O documento descreve a história de um convento franciscano em Lisboa desde a sua fundação em 1217 até aos dias atuais. Ao longo de 500 anos, o espaço conventual foi reduzido devido a partilhas, terramotos e incêndios. Após o terramoto de 1755, o convento entrou em decadência. Nos últimos séculos, as estruturas conventuais foram transformadas e abrigam hoje o Museu do Chiado.
O documento descreve a história de um convento franciscano em Lisboa desde a sua fundação em 1217 até aos dias atuais. Ao longo de 500 anos, o espaço conventual foi reduzido devido a partilhas, terramotos e incêndios. Após o terramoto de 1755, o convento entrou em decadência. Nos últimos séculos, as estruturas conventuais foram transformadas e abrigam hoje o Museu do Chiado.
O documento descreve a história de um convento franciscano em Lisboa desde a sua fundação em 1217 até aos dias atuais. Ao longo de 500 anos, o espaço conventual foi reduzido devido a partilhas, terramotos e incêndios. Após o terramoto de 1755, o convento entrou em decadência. Nos últimos séculos, as estruturas conventuais foram transformadas e abrigam hoje o Museu do Chiado.
O documento descreve a história de um convento franciscano em Lisboa desde a sua fundação em 1217 até aos dias atuais. Ao longo de 500 anos, o espaço conventual foi reduzido devido a partilhas, terramotos e incêndios. Após o terramoto de 1755, o convento entrou em decadência. Nos últimos séculos, as estruturas conventuais foram transformadas e abrigam hoje o Museu do Chiado.
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Contexto histórico desde
a origem do espaço conventual a sua desagregação
A ordem de São Francisco de Assis fundada
em Alenquer, por insistência de Dona Sancha , veio no ano de 1217 com permissão do rei D. Afonso 2 fundar outra casa da mesma ordem. O local escolhido situava-se sobre o monte fragoso ,zona de precipícios rochosos apartada da cidade onde só se sabia da existência de uma pequena ermida de nossa senhora dos mártires, local com óptima vista sobre a baixa da cidade e o rio, sendo ao mesmo tempo isolada, as condições eram propicias. Nos 500 anos que se seguiram ,o espaço conventual sofreu diversas partilhas ,em grande parte pela nobreza, também várias catástrofes nomeadamente 2 terramotos e 3 incêndios foram factores que levaram os franciscanos a verem a área conventual sendo reduzida ao longo dos anos. O ultimo terramoto, o de 1755 e o incêndio que se lhe seguiu, destinaram o grande convento de são Francisco a uma irremediável decadência. Enquanto instituição religiosa e social, o convento perdeu para sempre a sua importância; o seu espaço físico e arquitectónico foi sendo constantemente transformado até aos dias de hoje, quando poucos são os vestígios reconhecíveis do que foi a poderosa casa dos terceiros franciscanos. Toda a área que os alinhamentos pós-terramoto reformularam foi reconstituída de raiz, criando novas funções para o espaço conventual. A partir dos anos 70 do sec. XVIII, recomeçou no mesmo chão sagrado a edificação da igreja, projectada para Ser "um dos mais sumptuosos templos de Lisboa “ que nunca chegou a ser concluída. No inicio do sec. XIX foi edificado em volta da abside da igreja nova, e como parte laica da propriedade dos padres franciscanos, um conjunto de seis construções abobadadas de aparelho tipicamente pombalino e carácter funcional. Estes edifícios de abóbadas de tijolo fino, sustentadas por grossos pilares de pedra e divididos em dois andares, estendem-se pela Rua Serra Pinto para sul precisamente desde o actual local de entrada do Museu do Chiado até a esquina com a rua Vítor Córdon, com excepção de uma parede cega que protegia a capela mor da igreja do convento. Continuam na Rua Vítor Córdon em repetição, até aproximadamente ao espaço que a igreja dos mártires preenchia. A maior parte destas estruturas já não estão visíveis; pode contudo observar-se a sua existência nos projectos de alterações que os prédios sitos naquela zona da esquina foram sofrendo, nos respectivos processos de obras. Constituídas por lojas e um piso superior, estas construções foram arrendadas desde 1801,na sua maioria com armazéns. O edifício que é hoje o piso de entrada do Museu do Chiado, com duas portas e um primeiro andar, recebeu diversas ocupações ao longo de 33 anos que antecederam a extinção das ordens religiosas: foi armazém de vinhos e taberna, casa de habitação no andar superior, e local de guardar gado. Com a extinção das ordens religiosas em 1834 o ex convento é, apropriado como bem nacional e logo ocupado na sua maior parte por serviços públicos .Em 1836,lado oriental incluía a biblioteca pública (biblioteca nacional)e a igreja. A academia de belas artes ,mais a sul localizada na zona correspondente à antiga portaria e livraria, foi criada em substituição da escola da irmandade de São Lucas. A escola de belas artes (faculdade de belas artes de Lisboa ) recebeu para as suas instalações a zona a ocidente da academia e biblioteca, em voltado pátio grande da cisterna. Todo a restante área foi vendida em asta pública. O ultimo grupo de vendas é para nós o mais interessante, já que abarca a área correspondente á entrada do actual museu. AS propriedades foram designadas como seis armazéns com um primeiro andar cada, e com um terraço por cima, que correspondem às já referidas construções pombalinas. Os edifícios foram vendidos a dois estrangeiros residentes em Portugal. Estevão Seimond que ficou com a esquina propriamente dita com os números 10 a 12 e 11 a 9, das Ruas Vítor Córdon e Serpa Pinto respectivamente. O proprietário do imóvel que passou a constituir a entrada e livraria do museu do Chiado, foi Abraham Wheelhouse, também apelidado de “HABRÃO PADEIRO”. Era um edifício com quatro portas de entrada e dois andares correspondendo ao piso térreo de hoje, sendo que as marcas da existência do pavimento de divisão dos dois pisos ,estão ainda visíveis nos pilares de sustentação das abóbadas. Abraham Whellhouse estava estabelecido na freguesia dos Martires desde aproximadamente 1814 explorava uma pequena industria panificadora destinada ao fornecimento do exército britânico residente em Portugal. Por volta dos anos 40 do sec. XIX Abraham Wellhouse compra o edifício e faz construir no próprio, um terceiro andar(actual segundo piso-sala de exposições temporárias), onde instalou quatro fornos marcados por um aparelho regular resistente e pela presença de vigas em L ,elemento de moderna tecnologia para a época, e de provável origem inglesa. ”A CASA E FORNOS DE ABRAAM”, estava destinada ao fabrico e comercialização de bolachas. As clara bóias ou aberturas que estão posicionadas entre os dois pisos superiores, terão servido para facilitar o transporte das matérias primas utilizadas. Em 1854 quando o proprietário era já George Wellhouse, a entrada do edifício funcionava como loja onde se vendiam bolachas e farinhas. Desde os finais do sec. XIX até cerca de 1974, o segundo e terceiro pisos foram ocupados pela litografia Salles, enquanto que o rés-do-chão foi utilizado para garagem e armazém da refinaria brasileira, embora o imóvel tivesse permanecido propriedade da família de Abraham até aos anos 60 do passado século. Mau grado a sua inutilidade para litografia ,e apesar dos projectos para a sua demolição, os quatro fornos permaneceram intactos até aos nossos dias. A abertura do museu do chiado possibilitou a feliz reabilitação deste edifício ,impedindo a destruição da estrutura abobadada ,dos fornos e clarabóias, as marcas do tempo que o ex convento reteve.