Bsico em Eletrotcnica Apostila03
Bsico em Eletrotcnica Apostila03
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Básica
á poucas décadas desenvolveram-se inúmeras possibilidades de aplicação da
energia elétrica, presente em todos os setores de nossa vida, seja no lar, na
indústria, no comércio ou no trânsito. Com o emprego da eletricidade em aparelhos,
máquinas e equipamentos industriais, trabalhos manuais e mentais foram facilitados
ou mesmo substituídos. Através da energia elétrica, pode-se produzir luz, calor, ação
magnética ou fenômenos químicos.
Para o estudo dos fenômenos elétricos, não se pode imaginar uma disciplina de
estudo isoladamente. Serão necessários estudos em outras disciplinas, como a
química, por exemplo. Assim como a física visa a explicar os fenômenos da
natureza, a eletricidade (parte da física) visa a explicar os fenômenos elétricos, às
vezes sem justificá-los, afinal são fenômenos da natureza. Mas a explicação ou
compreensão dos fenômenos são muito úteis para aplica-los, seja na elaboração de
um aparelho ou de uma máquina elétrica, trazendobenefício.
16
1 FUNDAMENTOS DAELETROTÉCNICA
1.1 MATÉRIA
Tudo que existe no universo é composto por matéria, e toda matéria é composta por
átomos.
1.2 ÁTOMO
Na (Sódio)
Cloreto de Sódio Molécula NaCl Elétron
(Sal de Cozinha) Grão de sal Próton
Neutron
Cl (Cloro)
Carbono C
Elétrons
Núcleo
(Prótons e Nêutrons)
Elétrons Núcleo
(Prótons e Nêutrons)
Curiosidades do átomo:
Massa do elétron =9,11 x 10-31Kg ou0,000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 911Kg
Massa do próton =1,67 x 10-27Kgou0,000 000 000 000 000 000 000 000 001 67Kg
Massa do neutron=1,68 x 10-27Kgou0,000 000 000 000 000 000 000 000 001 68Kg
18
Quando um átomo possui um maior número de prótons que de elétrons, dizemos
que ele está carregado positivamente com carga +q e o chamamos de íon positivo.
Quando um átomo possui um maior número de elétrons que de prótons, dizemos
que ele está carregado negativamente com carga -q e o chamamos de íonnegativo.
19
2 TENSÃO ELÉTRICA
Vamos analisar uma pilha elétrica. Ela possui dois pólos: um positivo e outro
negativo. No pólo positivo, haverá falta de elétrons, e no pólo negativo, haverá
excesso de elétrons. Sabemos que a pilha é de 1,5 Volts, mas o que isto
representa? Representa que no pólo positivo há uma diferença de potencial de 1,5 V
em relação ao pólonegativo.
1,5V
O instrumento utilizado para medir a tensão elétrica é o voltímetro. Como ele vai
medir a diferença de potencial entre os terminais de um componente (pilha), deve
ser conectado emparalelo.
+
Símbolo
-
+ + +
1.5V + 1.5V 1.5V
+ 3V -
+ +
1.5V 1.5V - +
1.5V +
- 1.5V
1.5V
Tensão elétrica é a diferença de potencial entre dois corpos, portanto, para que haja
tensão elétrica, devemos carregar os corpos eletricamente, isto é, retirar elétrons
dos átomos de um corpo e injetá-los nooutro.
22
2.1.2 Geração de Tensão por Calor
Ao aquecer o ponto de contato entre dois metais deferentes, aparece uma pequena
tensão. O valor desta tensão depende da temperatura. Este fenômeno é utilizado
para medir a temperatura de fornos.
23
3 CORRENTE ELÉTRICA
A essa circulação de cargas elétricas (no caso o elétron) damos o nome de corrente
elétrica, e é ela que irá executar algum tipo de trabalho, seja aquecimento,
iluminação, força etc.
26
4 RESISTÊNCIAE L É T R I C A
Existem materiais que possuem os elétrons da última camada com pouca atração ao
núcleo, sendo facilmente capturados por outros átomos. Na verdade, estes elétrons
não são ligados a átomo algum, estando ali apenas para dar equilíbrio ao átomo, e
ficar circulando pela estrutura do material. A estes elétrons damos o nome
deelétrons livres.
Elétron livre
4.1 CONDUTORES
São materiais que possuem um grande número de elétrons livres, servindo como
meio de condução da corrente elétrica. Ex.: cobre, ouro, alumínio, zinco, chumbo,
etc.
Outros materiais não possuem elétrons livres, logo, se os colocarmos entre dois
corpos em que há diferença de potencial, não haverá corrente elétrica, pois os
átomos não irão ceder elétrons.
4.2 ISOLANTES
São materiais que não possuem elétrons livres na sua estrutura, portanto não
conduzem corrente elétrica. Ex.: borracha, amianto, madeira, vidro, mica, plástico,
etc.
4.3 RESISTÊNCIAELÉTRICA
28
Tabela 1 - Resistência específica dos materiais
MATERIAL RESISTÊNCIAESPECÍFICA
Seção
Comprimento
R⇒Resistência em;
R =xl ⇒Resistência específica em.mm2/m;
S l⇒Comprimento do material em m;
S⇒Seção do material em mm2.
470
ou
Figura 16 – Simbologia.
1 e 2 Algarismos: Multiplicador:
Preto0 Pretox 1
Marrom1 Marrom x 10
Vermelho 2 Vermelho x 100
Laranja Amarelo Verde Azul
3 Violeta Laranjax 1 000
Cinza Branco 4 Amarelox 10 000
Ouro Prata 5 Verdex 100 000
6 Azulx 1 000 000
7
8
9
Tolerância: Ouro ⇒ 5%
Prata ⇒ 10% Ouro Prata x 0,1
x 0,01
30
4.5 POTENCIÔMETROS
b
b
c
a
4.6 TRIMPOT
b
acb
5 MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DASUNIDADES
Escrever 15 ampères fica fácil, mas já imaginou 0,000 002 A ou 69 000 Volts ou
ainda 22000000 ohm. Para este problema, utiliza-se os múltiplos e submúltiplos das
unidades.
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
Prefixo Símbolo Fator Prefixo Símbolo Fator
3
kilo k 10 mili m 10-3
mega M 106 micro 10-6
giga G 109 nano n 10-9
-12
tera T 1012 pico p 10
-15
peta P 1015 femto f 10
GV MV kV V mV V nV pV
0 00
Tensão V
0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00
GA MA kA A mA A nA pA
0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 Corrente A
G M k m n p
Resistência
0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00
Exemplo:
250 V = 0,250kV
85000= 85k
26000 mA = 26A
Reservatório Superior
Reservatório Inferior
Meio condutor
Fonte de Tensão
Resistência de um chuveiro
Sabemos que o fluxo de elétrons em um circuito elétrico vai do pólo negativo para o
pólo positivo. Este é o sentido real da corrente elétrica, mas, por convenção, analisa-
se o fluxo de corrente elétrica fluindo do pólo positivo ao pólo negativo, sendo este o
sentido convencional da correnteelétrica.
36
7 LEI DEOHM
Traduzindo matematicamente:
V⇒Tensão aplicada em V
V=IxR
I⇒Corrente que circula em A
R⇒Resistência em
Exemplo 1:
I=?
V=IxR
10 = I x 20
I =1 0
20
I = 0,5 A
V=IxR
220 =20 x R
R =220
20
R = 11
EXERCÍCIOS 1
a)
I=...............
b) 2A
R=...............
c)
2A
V=...............
d)
I=...............
38
8 POTÊNCIAELÉTRICA
Em um circuito, a corrente elétrica é que irá executar trabalho, mas qual trabalho
necessita maior corrente elétrica? Um chuveiro ligado em 220V ou uma torneira
elétrica ligada em 110V?
A potência elétrica indica a rapidez com que se realizará o trabalho. Sua unidade de
medida é o WATT -W-, e um Watt é alcançado quando realizamos o trabalho de um
Joule em um segundo.
POTÊNCIAELÉTRICA(P)indicaarapidezcomqueserárealizadootrabalho elétrico.
Unidade⇒Watt
1 W = 1 J . em 1 s
Para o cálculo da potência elétrica de um aparelho sob tensão e consumindo uma
corrente elétrica, usamos a seguinte fórmula:
Um chuveiro que trabalha com uma potência de 4700 W, se ligado a uma tensão de
220 V. Qual será o consumo de corrente elétrica deste chuveiro?
Isto é muito útil para o projeto da instalação predial de uma residência, afinal as
tomadas, os fios e os disjuntores deverão suportar as correntes drenadas pelos
aparelhos. Veja uma tabela de fios normalizada pela ABNT-NBR-6148.
40
Na conta de energia elétrica é registrado o consumo em kWh (quilowatt-hora), isto
é, quantos mil watts foram consumidos a cada hora decorridas. Mas os aparelhos
informam o consumo em watts, portanto, faça o seguinte: anote a potência do
aparelho (vem registrado na etiqueta), registre o tempo que o aparelho ficou ligado
em segundos e aplique a fórmula:
Exemplo:
Digamos que você tomou um banho de 20 minutos (1200 segundos), e que na
etiqueta do chuveiro indique uma potência de 4700W,logo:
Agora você pode calcular o consumo e o custo dos consumidores da sua residência.
EFEITO JOULE
41
9 TIPOS DE CIRCUITOSELÉTRICOS
Até aqui falamos de circuito elétrico com apenas uma carga, mas geralmente
possuímos várias cargas associadas.
Neste circuito, os componentes são ligados um após o outro, sendo que só haverá
um caminho para a corrente elétrica fluir.
Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Rt = R1+R2+R3 Rt = 100+120+80 Rt = 300
I It = Vt I
Rt It = 30
300
It = 0,1 A ou 100 mA
Neste tipo de circuito, as cargas estão ligadas de forma a permitir vários caminhos
para a circulação da corrente elétrica.
44
Neste caso, o funcionamento de cada lâmpada não depende do das outras. A
corrente total será maior que qualquer uma das correntes parciais, logo, a
resistência total será menor que qualquer uma das resistências parciais. A fórmula
para o cálculo é aseguinte:
Rt= 1 .
1+1 +1 + ....+1 .R1 R2
R3 Rn
Rt = 1
1+1+1
20 40 40
Rt = 10
45
Figura 30 – Circuito Misto.
It It
It = Vt.
Rt
It = 15 .
30
It = 0,5 A ou 500 mA
46
10 LEIS DEKIRCHHOFF
“A soma das correntes que entram em um nó é igual à soma das correntes que
delesaem”.
I1 I3
I1 + I2 = I3 + I4
I2 I4
I1I2
It = I1 + I2
Esta lei é utilizada para análise de circuitos série, onde a corrente é a mesma em
todos os componentes, mas a tensão da fonte se divide nos componentes do
circuito.
Vr2
48
EXERCÍCIO 2
a)
It=................
Vr1=.............
Vr2=.............
Vr3=.............
b)
It=...............
Ir1=.............
Ir2=.............
Ir3=.............
Vr1=............
Vr2=............
Vr3=............
c)
It=...............
c)
Ir1=.............
Ir2=.............
Ir3=.............
Vr1=............
Vr2=............
Vr3=.............
d)
It=.............. Ir1=............
Ir2=............ Ir3=............
Ir4=............ Vr1=...........
Vr2=........... Vr3=...........
Vr4=........... Pr1=...........
Pr2=........... Pr3=...........
Pr4=........... Pt=.............
49
11 DIVISORES DETENSÃO
R1
TensãoTensão
de Entrada (Vin)
de Entrada
R2 Tensãode
Tensão deSaída
Saída (Vout)
Vout=(Vin ).R2
R1+R2
Note que a corrente em cada resistor é a mesma, mas se aplicada uma carga, a
corrente em R1 será a soma da corrente em R2 e na carga (Lei de Kirchhoff), logo,
devemos considerar a corrente de carga para o cálculo da tensão de saída do
divisor.
Exemplo:
IT R1
IR1
IRL
IR2
R2
IRL= VRL/RL
Para que não haja dissipação de potência em
IRL= 5 / 100 R2,atribui-se a IR2 um valor menor que IRL (IRL/
IRL= 0,05 A ou 50mA 10). IR2= IRL/10
IR2= 0,05 / 10IR2=
Portanto IR1 será: 0,005 ou5mA
IR1 = IR2 + IRL
IR1 = 0,005 + 0,05
IR1 = 0,055 A ou 55mA E a tensão sobre R1 será Vin-Vout:
R1 =
(Vin-Vout)/IR1R1 =
(12-5)/0,055
R1 = 127,27atribuindo 120(valor comercial)
52
A tensão sobre R2 será 5V:
R2 = VR2 / IR2
R2 = 5 / 0,005
R2 = 1000ou 1k
P =V2 .F S
R
E PR2 = (VR22/R2) . FS
PR2 = (52/1000).2
PR2 = 0,05 W atribuído 1/4W (menor valor comercial)
53
EXERCÍCIO 3
a)
R1
R2
b)
R1
R2
54
12 TEOREMA DETHEVENIN
Se a tarefa fosse descobrir qual o valor da tensão e corrente na carga RL, não seria
muito difícil, bastaria calcular a resistência total eqüivalente, obter a corrente total e
retornar a análise, dividindo as correntes até obter a corrente e a tensão sobre a
carga.
É aquela que aparece nos terminais da carga quando está aberta (sem drenar
corrente). Portanto, basta imaginar que a carga não existe, para calcular a tensão
em seus terminais, obtendo a tensão deThevenin.
56
12.2 RESISTÊNCIA DETHEVENIN
57
Agora fica mais fácil construir uma tabela com os valores de tensão e corrente para
diferentes tipos de cargas.
VRL=( Vth ). RL
Rth+RL
IRL=( Vth )
Rth+RL
RL VRL IRL
100 1,25V 12,48mA
200 2,13V 10,65mA
300 2,78V 9,29mA
400 3,29V 8,24mA
500 3,70V 7,40mA
600 4,03V 6,72mA
700 4,30V 6,15mA
800 4,53V 5,67mA
900 4,73V 5,26mA
1000 4,90V 4,90mA
58
13 CIRCUITO EQÜIVALENTEESTRELA/TRIÂNGULO
Neste caso, fica difícil saber qual a relação de R3 com os demais resistores, se está
em paralelo ou em série.
Para isto, é necessário converter a malha formada por R1, R2 e R3, que é uma
ligação em triângulo, em uma malha eqüivalente em estrela:
R1 =Ra . Rc_ Ra + Rb + Rc
R3 R2 =Rb . Rc_ Ra + Rb + Rc
Rb Ra
Rc R2 R1
R3 =Ra . Rb_ Ra + Rb + Rc
60
13.2 CONVERSÃO ESTRELA EMTRIÂNGULO
R3
Rb Ra
R2 R1 Rc
Exemplo:
61
Fonte: Software Work Bench
62
14 CONCEITO DE FONTE DE TENSÃO E FONTE DECORRENTE
Para que os circuitos elétricos possam realizar algum trabalho, é necessária uma
fonte de energia como alimentação, afinal, energia não se produz, se transforma.
As três grandezas que a Lei de Ohm relaciona são tensão, corrente e resistência. A
resistência é uma grandeza que depende da carga e terá seu valor constantemente
alterado. Mas, para projetar nosso circuito, é necessário que alguma grandeza seja
constante, não varie, especialmente a alimentação, portanto, esta poderá ser de
tensão constante ou de corrente constante.
V = I .R
se R,Ise
R,I
Figura 51 – Símbolo da fonte de tensão constante.
+
-
A fonte de tensão ideal fornece tão somente tensão elétrica, mas a fonte de tensão
real possui perdas que atuam como se fossem uma resistência em série. Ora,
qualquer resistência em série com um circuito forma um divisor de tensão, logo, a
tensão na carga será menor que a tensão fornecida pela fonte.
+
Rin
Carga RL
V
Atribua um valor de carga dentro dos limites da fonte (100) e meça a corrente e
tensão sobre a carga.
64
Rin
I=V/R
se R,
Vse R,
V
65
Este tipo de fonte, ao contrário da fonte de tensão, é confeccionada a partir de
circuitos eletrônicos, como no exemplo, e sua limitação está no fato de necessitar de
uma carga mínima na saída para que a tensão não atinja o valor da tensão de
alimentação interna da fonte.
Exemplo:
200mA 200mA
-
Fonte: Software Work Bench
Figura56–
Fontedealimentaçãoecircuitoderegulaçãoesuarepresentaçãoporumafontede
corrente constante.
+
Fonte de Corrente Real
Rin
66
15 TIPOS DE TENSÃO E CORRENTEELÉTRICA
Tensão Corrente
t
t
Tensão Corrente
t t
1 Ciclo
Sua unidade de medida é o HERTZ -Hz- e seu valor é função do tempo em que
ocorre um ciclo.
f =1 f⇒Freqüência em Hz;
t
t⇒Tempo em segundos.
Mas, como medir uma tensão ou corrente que varia a cada instante? O valor medido
será uma média quadrática, como se a corrente alternada fosse contínua. O valor
eficaz de uma corrente alternada, produz o mesmo efeito Joule que uma corrente
contínua de igual valor, ao circular em uma mesma resistência. A este valor dá-se o
nome detensão ou corrente eficaz. O valor máximo que a CA atinge é
chamadotensão ou corrente de pico.
+ Vpico tensão
Veficaz
V pico = V eficaz x 2
- Vpico
68
16 EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPOHUMANO
Um fio fase possui tensão elétrica em relação à terra (chão), já o fio neutro não
possui tensão elétrica em relação ao chão.
220 V
Fase
Neutro
220V 0V
Da intensidade de correnteelétrica;
Do caminho por onde circula a corrente elétrica no corpohumano;
Do tempo de atuação da correnteelétrica;
Do tipo de correnteelétrica.
Uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, até 40 mA. Se o corpo
humano estiver com umidade, sua resistência diminui e a circulação de corrente é
maior. Em níveis internacionais, tensões superiores a 50V são consideradas
perigosas.
Figura62–Figuraparafacilitaraanálisedosefeitosdacorrente
elétricanocorpohumano.
Corrente Efeito
5 mA Pequenos estímulos nervosos
10 mA a 25 mA Contrações musculares
25 mA a 80 mA Aumento da pressão sangüínea, transtornos cardíacos
erespiratórios,desmaios.
80 mA a 5 A Corrente alternada pode provocar a morte por contrações
rápidas do coração (fibrilação)
Acima de 5A Queimaduras da pele e dos músculos, parada cardíaca.
70
17 PROTEÇÃO PARA OS CIRCUITOSELÉTRICOS
Para evitar que uma tensão elétrica se mantenha na carcaça (estrutura metálica) de
um aparelho, podendo provocar um choque elétrico no operador caso este encoste
na carcaça, utiliza-se aterrar o aparelho.
Como o fio neutro está conectado à terra, caso um fio fase venha a encostar na
carcaça, haverá um curto-circuito, desarmando o circuito de proteção (visto a
seguir).
NeutroNeutro
17.1 FUSÍVEIS
Fusível Diazed
Elo fusível
Fusível de Vidro
Os fusíveis mais utilizados são: tipo vidro, tipo cartucho, tipo diazed e tipo NH. Além
disso, os fusíveis podem ser tipo rápido, ultra-rápido e de retardo.
72
17.2 DISJUNTORES
Figura68–Elementobimetálico.
Figura69–Símbolododisjuntor.
73
O elemento bimetálico é constituído por dois materiais com coeficiente de
temperatura diferentes, isto é, dilatam-se em temperaturas diferentes. Com a junção
destes dois materiais, quando aquecido, o material não dilata, mas curva-se. O
aquecimento do fio condutor enrolado ao elemento bimetálico é proporcional à
corrente elétrica, logo, quanto maior a corrente, maior o aquecimento, e quando
atinge o valor projetado para o trabalho do disjuntor, este desarma, abrindo o
circuito. Após o seu esfriamento, o disjuntor pode ser rearmadomanualmente.
10 A
220 Vac
74
18 MAGNETISMO
O magnetismo é uma propriedade que certos materiais possuem, que faz com que
estes materiais exerçam uma atração sobre materiais ferrosos.
Mas podemos magnetizar uma barra de material ferroso por processos artificiais,
obtendo os ÍMÃS ARTIFICIAIS, muito empregados por poderem ser fabricados em
diversos formatos para atender às necessidades práticas.
Magnetismo tem sua origem na organização atômica dos materiais. Cada molécula
de um material é um pequeno ímã natural.
NS
NS NS
NS NS NS
NS NS NS
NS NS NS
NS NS NS
76
Os ímãs têm uma propriedade característica: por mais que se divida um ímã em
partes menores, estas sempre terão um pólo norte e um pólo sul. Esta propriedade é
chamada deinseparabilidade dos pólos.
N S
N S N S
NS NS NS NS
N S N S
N S S N
S N N S
77
Figura 77 – Linhas magnéticas ao redor do imã.
78
19 ELETROMAGNETISMO
Quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica, ocorre uma orientação
no movimento das partículas no seu interior. Esta orientação do movimento das
partículas tem um efeito semelhante à orientação dos ímãs moleculares. Como
conseqüência, verifica-se o surgimento de um campo magnético ao redor do
condutor (perpendicular).
Figura78–Determinaçãodosentidodocampomagnético atravésda“regradosaca-rolha”.
N S
I I
S N
80
Podemos agora controlar um movimento mecânico a partir de um acionamento
elétrico, como acontece nos “feixes elétricos”, utilizados em porteiros eletrônicos.
Para obter uma maior intensidade de campo magnético a partir de uma mesma
bobina, pode-se utilizar o recurso de colocar um material ferroso (ferro, aço etc.) no
interior da bobina. A maior intensidade do campo magnético nos eletroímãs deve-se
ao fato de que os materiais ferrosos provocam uma concentração das linhas de
força. Neste caso, o conjunto bobina-núcleo de ferro recebe o nome deeletroímã.
Bobina sem Núcleo Bobina com Núcleo de Ferrite Bobina com Núcleo de Ferro
81
A capacidade de um material de concentrar as linhas de força é denominada
depermeabilidade magnética. De acordo com a permeabilidade magnética, os
materiais podem ser classificados como:
82
20 INDUÇÃO DE CORRENTEELÉTRICA
Assim como uma corrente elétrica circulando em um condutor gera neste um campo
magnético perpendicular, se um condutor estiver submetido a um campo magnético
perpendicular a ele, haverá uma circulação de corrente elétrica neste condutor. Mas,
para isto, é necessário que o condutor corte diferentes linhas de forças, isto é, que o
condutor ou o campo magnético movam-se (alternem-se).
N S
Esta corrente que surge no fio é chamada de “Corrente Induzida” e terá sentido e
grandeza proporcional ao campo magnético que a gera.
84
21 INSTRUMENTOS DE MEDIDASELÉTRICAS
21.1 SENSIBILIDADE
21.2 PRECISÃO
21.3 GALVANÔMETRO
Figura 86 – Galvanômetro.
Bobina fixa
Ponteiro Escala
86
Figura 88 – Símbolo do galvanômetro de Ferro Móvel.
21.4 VOLTÍMETRO
Um galvanômetro mede tensões de baixo valor de tensão, mas, para medir valores
maiores, é colocado na entrada um divisor de tensão.
Exemplo: Criar um voltímetro que meça tensão elétrica de 0 a 20V (range), a partir
de um galvanômetro com fundo de escala de50mV.
R1
400 k
R2
1 k
Cálculos:
O voltímetro deve sempre possuir a maior resistência interna possível para não
interferir nas grandezas do circuito a ser medido.
21.5 AMPERÍMETRO
A
Podemos criar um amperímetro a partir de um galvanômetro de tensão. Como a
medição de corrente elétrica deve ser feita em série com o circuito, o instrumento
deve possuir a mínima resistência possível. Então, um resistor de baixo valor é
colocado em paralelo com a bobina do galvanômetro, sendo que a corrente que
circula no resistor causa uma queda de tensão no mesmo, a qual será medida pelo
galvanômetro.
Cálculos:
R1 =
VR1 /IR1R1 =
0,5 / 2 R1 =
0,25
Quando circular uma corrente de 2 ampères no resistor R1, haverá uma queda de
tensão de 500 milivolts sobre a bobina do galvanômetro, que irá deslocar o ponteiro
até o fim da escala, onde será colocado a marca de2 ampères.
21.6 OHMÍMETRO
90
Rx 0 à 9V
V 9V
R1
1 k
Se o Rx for 0, a tensão medida será 9V e o ponteiro irá para o fundo da escala,
onde será marcado o ponto0.Se o Rx for 500, a tensão sobre R1 será 6V e o
ponteiro irá até 2/3 da escala, onde será marcado o ponto500. Se Rx for 1k, a
tensão sobre R1 será 4,5V e o ponteiro irá para o meio da escala, onde será
registrado o ponto1k. Se o Rx for infinito (aberto), o ponteiro não se deslocará e
será marcado o ponto.
21.7 WATTÍMETRO
CorrenteTensão
Figura 97 – Wattímetro.
W RL
Hz
Hz
54 56 58 60 62 64 66
São circuitos eletrônicos que possuem uma configuração específica para medir a
grandeza e expressa-la em forma de números (displaydigital).
21.10 MULTÍMETROS
São instrumentos que agregam vários outros instrumentos, sendo a seleção do tipo
de instrumento e de escala feita através de uma chave seletora.
x1k
2000 x100
200
20 x10 x1
mAdc
ACOMV -
x1k
2000 x100
200
20 x10 x1
mAdc
A COM V-
22.1 ENERGIAEÓLICA
É a energia dos ventos. Colunas com hélices são colocadas em campos onde há
uma quantidade constante de ventos durante o ano, o movimento destas hélices gira
uma turbina ou gerador que produz a energia elétrica. As usinas que utilizam este
tipo de energia para gerar energia elétrica chamam-seUsinas Eólicas.
22.2 ENERGIATÉRMICA
22.3 ENERGIAHIDRÁULICA
22.4 GERADORMONOFÁSICO
Para análise, vamos supor que, quando a bobina estiver recebendo campo
magnético de um pólo norte, a tensão induzida será positiva. Se o campo magnético
for sul, a tensão será negativa.
98
Posição inicial: o ângulo do ímã com a referência é o.
0
45
90 180 270 360
90
90 180 270 360
135
90 180 270 360
180
90 180 270 360
225
90 180 270 360
315
90 180 270 360
360
90 180 270 360
405
450
90 180 270 360
G
1~
22.5 GERADORTRIFÁSICO
100
Consiste em três geradores monofásicos colocados na mesma
carcaça,devidamente espaçados, isto é, 120de distância entre asbobinas.
120
G
3~
120
120
Tudo o que acontecer com uma bobina, acontecerá com as outras bobinas, só que
120depois.
IL
IL
VL
If If
VfVf
If
VL VL
Vf
IL
IL
If
VfVL VfVL
If
IL
If
VfVL
IL
Neste tipo de ligação, a tensão de fase é igual à tensão de linha, porém a corrente
de linha corresponde à corrente de fase vezes3.
Estrela: IL = If Triângulo: VL = Vf
VL = Vf . 3 IL = If . 3
Pf = Vf . If.3 ou Pf = Vf . If .1,732
23 TRANSFORMADORES
Exemplo: Comprei uma refrigerador com tensão de trabalho de 110V, mas onde
moro a rede elétrica é de 220V? A solução é um transformador com entrada 220V e
saída 110V.
Figura115–Ilustraçãodaalimentaçãoatravésde umtransformador.Mas
Transformador
G
1~
Porém, para haver corrente induzida, é necessário que a espira do secundário corte
linhas de força diferentes. Como o transformador não é móvel, é necessário que o
campo magnético seja variável, portanto, um transformador só funciona
comcorrente alternada.
Vprimário = Nespiras
primárioVsecundário
Nespirassecundário
106
Sabemos que o transformador não transforma energia, portanto, a potência elétrica
do primário, desprezando as perdas, será igual à potência do secundário.
P primário = P secundário
I=?
G 220 V 24 V
1~
I=12 A
Cálculos:
Pp = Ps
Vp . Ip = Vs . Is
220 . Ip = 24 . 12
Ip = 288 / 220
Ip = 1,3 A
Isto porque
Pp = Ps
Vp . Ip = Vs . Is
220 . 1,3 = 24 . 12
288 W = 288 W
Para melhor condução magnética do campo do primário para o campo do
secundário, utiliza-se lâminas de material ferroso como núcleo.
PrimárioSecundário
EXERCÍCIOS 3
? 2A
220V 10V
0,5 A ?
110V 24V
23.1.1 Transformadores com mais de uma Bobina no Primário e no
SecundárioOs transformadores podem ter várias bobinas no primário e no
secundário, visto que o campo magnético está concentrado no mesmo núcleo.
Primário 1
Secundário 1
Secundário 2
Primário 2
Figura120–Transformadorcom
Referência
110
23.2 TRANSFORMADORTRIFÁSICO
R
R
S
T
S
23.3 AUTOTRANSFORMADORTRIFÁSICO
80%
R S T
80 80 80 65%
6%5 6%5 6%5 50%
5%0 5%0 5%0
0% 0% 0%
0
0
0 0 0
Exemplo de ligação:
380V
S
R T
R R R 80%
%
80% 80%
50%
65% 65% 65
50% 50%
0 0 0
U V W
247V
São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de
corrente contínua, ou de um dispositivo que converta corrente alternada em corrente
contínua. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se
prestam a controles de grande flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a
casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito alto da
instalação.
Para análise do motor CA, imagine a seguinte situação: um aro metálico que possui
movimento de giro livre e, no centro deste sistema, um ímã também com giro livre.
Nas bordas opostas do aro, são colocados outros dois ímãs com polaridades
opostas.
No primeiro instante, os campos dos ímãs presos ao aro atrairão o ímã central para
que se oriente. Quando giramos o aro para um dos lados, o ímã central também irá
girar, tentando acompanhar o giro do aro.
Portanto, basta ter um campo magnético girante que o elemento móvel no centro irá
acompanhar o movimento deste campo.
O motor elétrico é formado por uma parte fixa, chamadaestator,e uma parte móvel,
chamadarotor.
114
Motor Elétrico Estator Rotor
Para formar um campo magnético no rotor, basta circular uma corrente na bobina do
mesmo. Esta corrente irá produzir um campo magnético que se comportará como o
ímã no centro do sistema.
Figura129–Polarizaçãoexterna.
N S
S N
Note que foi necessário 1 ciclo de CA para que o campo magnético desse 1 giro
completo (360). A CA é de 60 Hz, 60 ciclos por segundo, em 1 minuto haverá:
60 ciclos 1segundo
X 60segundos
O resultado é igual a 3600 ciclos, então o campo magnético girante dará 3600 giros
por minuto. Como o rotor irá acompanhar o estator (sistema aro/ímã), o rotor irá dar
3600 giros por minuto ou 3600 rotações por minuto ou ainda3600 rpm.
S S
N SN NS
SSSNNS
NSSN
NN SS N
SN NS
SNNS
NSSN
N SS N
Note que foi necessário 2 ciclos de CA para que o campo magnético desse um giro
completo. Em 1 segundo, há 60 ciclos de CA, mas somente 30 giros do campo
magnético:
30 ciclos 1segundo
X 60 segundos
O resultado é igual a 1800 giros por minuto. Portanto, um motor elétrico com 4 pólos
magnéticos terá uma velocidade de 1800 rotações por minuto ou1800 rpm.
24.4 MOTORSÍNCRONO
24.5 MOTORASSÍNCRONO
Neste tipo de motor, o campo magnético do rotor é induzido pelo campo magnético
do estator. Mas, para haver corrente induzida, deverá haver corte de linhas de força
pelas espiras do rotor.
N S
Interruptor centrífugo
1 2 5
Bobinas
Bobinado dedetrabalho
trabalho BobinadoBobina
de partida
de
partida
Capacitor de partida
3 4 6
Neste caso, não há espira sendo cortada por campo magnético, logo, não há
corrente induzida.
120
Para resolver este problema, é inserida um bobinado de partida na posição
perpendicular.
Para tanto, também é necessário que a tensão em cima deste bobinado possua um
sinal defasado em relação ao bobinado de trabalho. É colocado, então, um capacitor
com a função de provocar um atraso na tensão elétrica, e, devidamente projetado,
este atraso é de 90º.
VV
1 2 5
5 6
110V
12 34
6 L1 L2
3 4
220V
5 6
3 6 12 34
2 L1 L2
1 2 3
4 5 6
R
R S T
1 2 3 6 1
6 4 5
3 4 1 2 3
4 5 6 T S
R S T
52
R S
1 2
R S T
1 2 3 4 5
6
6 4 5
1 2 3
R S T
4 5 6 T
3
Para inverter a rotação, basta inverter duas fases de entrada (R-S , R-T ou S-T).
25 COMPORTAMENTO DA CORRENTE ELÉTRICA NO MOTORINDUSTRIAL
Quando aplicamos uma tensão elétrica no motor, começa a circular uma corrente na
bobina do estator que induzirá corrente no rotor. Porém, para o rotor começar a
girar, é necessário vencer a inércia, que se agrava com o aumento da carga. Com
isto, o campo induzido no rotor se opõe ao campo do estator, aumentando a
correntedrenada.
I
Ip
In
RP M
Rn100
Figura 147 – Comportamento da corrente em relação à rotação.
Pico de corrente na partida (Ip):É a máxima corrente no motor quando o rotor está
partindo do repouso com carga nominal.
A corrente de pico, durante a partida do motor, pode atingir valores de até 10 vezes
o valor nominal da corrente elétrica. Isto pode causar sérios danos aos circuitos que
acionarão o motor, devendo serconsiderado.
126
26 CONJUGADO DE PARTIDA DO MOTOR ELÉTRICOINDUSTRIAL
a
20cm
20 kgf
Figura148–Conjugado(relaçãodaforçaaplicadanamanivelapelocomprimentodamanivela).
Como vemos, para medir o esforço necessário para fazer girar o eixo, não basta
definir a força empregada, é preciso também dizer a que distância do eixo a força é
aplicada. O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produtoF x ada força pela
distância.
No exemplo citado, o conjugado vale:
128
valores dos conjugados relativos a estes pontos são especificados pela norma NBR
7094 da ABNT.
C (% )
C mC p C a
C n= 100 %
Co
V elocidade
100 %
Figura 149 – Valores dos conjugados relativos conforme especificação da NBR 7094.
Categoria H:Usados para cargas que exijam maior conjugado na partida, como
peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia etc.
130
C (%)
250
Categoria D
200
Conjugado em percentagem do conjugado em plena carga
Categoria H
150
100 Categori a N
locidade
50 Ve
50% 100%
Quando o fabricante projeta um motor e oferece à venda, ele tem que partir de
certos valores adotadospara:
WEG
MOD. Hz
CV rpm
YV YA
FS ISOL Ip/In
REG.S. CAT IP
6 4 5 6 4 5
Y
1 2 3 1 2 3
RST RST
27.1 DISJUNTORMOTOR
e1
100
100
60 2 4 6
ms 40
20
10 1 2 3
6
4
1 M
x In m1
1,5 2 3 45679 15 20 30 3~
8 10
x Corrente Ajustada
Figura 152 – Curva característica de disparo do disjuntor motor WEG DMW 25.
138
Como ilustração, podemos mostrar a chave de comutação manual MAR-GIRIUS CR-
501 que pode acionar motores monofásicos ou trifásicos. Esta chave possui três
posições: uma à direita, uma central e outra posição à esquerda.
L2 T2
T3 L3
E0D
F
110V N
4 35612
M
1~
4 52361
M
1~
E0D
T
1 2 3
M
3~
140
A maneira mais universal de representar a chave de reversão manual é a seguinte:
T1 L2
T2 L3
T3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CATÁLOGOS INDUSTRIAIS
Gravataí
Janeiro de2000