Sermão 7401 391 Daniel Seminário
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Sermão 7401 391 Daniel Seminário
Por que estudar o livro de Daniel? Pelo menos por três razões: 1) porque
é inspirado por Deus; 2) porque é especialmente dirigido às pessoas que vivem
no tempo derradeiro da história; 3) porque proporciona esperança e otimismo
nestes tempos de crises sucessivas, de violência e agressividade inusitadas e de
confusão de valores e crenças.
O livro de Daniel é dividido em dois segmentos: profecias e história. As
profecias tratam dos grandes eventos através da história e apontam para um
período chamado fim dos tempos.
Suas histórias ensinam como podemos nos preparar para o fim dos
tempos. Elas falam de fé, coragem e esperança. Em Daniel, as narrativas
revelam "como" através das qualidades da fé, coragem e esperança; e as
profecias indicam "quando ". Na verdade, dentre todos os livros da Bíblia, Jesus
chama a atenção para o estudo de Daniel.
Se você estiver com sua Bíblia, apanhe-a e abra no capítulo 24 de
Mateus. Jesus dá destaque a acontecimentos do fim dos tempos. Quando lemos
esse capítulo, percebemos que ele é pura profecia. Nele Jesus ressalta as
ocorrências que terão lugar antes do fim dos tempos. Ele fala sobre guerras e
rumores de guerras, fomes, pestilências, terremotos e desastres da Natureza.
Jesus antecipa as condições sociais de nosso tempo, advertindo sobre lares
desfeitos, divórcios, conflitos familiares e aumento vertiginoso do crime e da
violência.
Você observa Mateus, capítulo 24, e entende ser esse realmente uma
crônica atualizadíssima dos nossos dias. Pense bem, por que será que o próprio
Jesus deu destaque a essas profecias? Por que Daniel as registrou séculos antes?
Antes de mais nada, é preciso entender o propósito específico da
profecia. A primeira intenção básica das profecias, como as de Mateus 24 e de
Daniel, é habilitar o povo de Deus a se preparar para o futuro. Sabendo o que
vai acontecer no futuro, temos condições de ficar alertas. Em segundo lugar,
quanto mais estudamos a profecia e comprovamos seu cumprimento, mais
cresce nossa confiança na Bíblia. Então, a profecia nos capacita a
compreendermos o fato de a Bíblia ser um livro inspirado por Deus, e não um
mito, uma alegoria ou drama histórico. A Bíblia é de fato verdadeira e
portadora da Palavra de Deus.
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2 SEMINÁRIO - DANIEL
Jesus disse: "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou
o profeta Daniel, esta no lugar santo (quem lê, que entenda)." (Mat. 24:15)
Podemos depreender claramente que Jesus recomendava a leitura e
compreensão das profecias de Daniel. Apesar desse conselho abalizado, há
gente que diz que Daniel não foi profeta. Existem muitos historiadores eruditos
sustentando que Daniel não foi um profeta de verdade; que as visões foram
simplesmente fruto de sua imaginação.
Mas, infelizmente para eles, sua voz perdeu volume, forca e tom.
Sabem por quê? Porque as profecias de Daniel têm sido confirmadas
historicamente, e demonstram com exuberância uma inquestionável precisão.
Antes os críticos costumavam afirmar com ares doutorais que tais
profecias eram místicas e alegóricas, que não existiam provas arqueológicas ou
históricas que as confirmassem. Agora existe abundância de evidências e
comprovações científicas. A despeito disso, intentam mais uma incursão
descabida contra o profeta de Deus, afirmando: "Daniel não é um profeta, pois
suas profecias foram muito precisas, ele deve ter escrito depois delas terem
acontecido." Ora, se Jesus disse que Daniel foi um profeta, então acredito que
assim é. E você? Pense bem: Jesus faz um apelo convocando-nos para ler e
entender Daniel. Pois bem, se o Senhor da verdade diz para estudarmos esse
precioso livro, é porque isso é importantíssimo para nossa vida.
Calamidades do Fim
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3 SEMINÁRIO - DANIEL
Abra sua Bíblia, e se você tiver uma caneta, talvez queira sublinhar
algumas palavras. Daniel l verso 1: “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim,
rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.”
Duas cidades: Babilônia e Jerusalém. Dois reis, Jeoaquim e Nabucodonosor.
Babilônia, o centro da rebelião contra Deus, da confusão, do pecado, da
apostasia. Babilônia, a poderosa cidade-nação, ataca Jerusalém, a qual Deus
chamou de cidade da verdade e da obediência. Nabucodonosor, de Babilônia,
toma de assalto a Jerusalém. O errado ataca o certo e Jerusalém cai.
Alguém já comentou com você o fato de que se Deus é tão bom, por
que o crime parece triunfar sobre o direito? Se Deus é tão bom por que uma
mãe com crianças de colo está com câncer? Por que sua família passa pelo
drama do divórcio? Por sue um rapaz de 18 anos sofre um acidente de carro,
onde um motorista bêbado saiu ileso e ele sofreu forte impacto na coluna,
ficando paraplégico? Se Deus é tão bom, por que o errado parece estar
entronizado? Existe um poema de Jean Rassalow que diz:
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4 SEMINÁRIO - DANIEL
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5 SEMINÁRIO - DANIEL
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6 SEMINÁRIO - DANIEL
semelhante ao do Deus vivo e lembre-se de que daqui por diante você e servo
de Sheba".
Azarias foi o último dos três a receber outro nome de deus pagão.
Azarias quer dizer: "o Senhor é o meu ajudador". Seria difícil aos mestres
babilônios fazer com que Azarias invocasse os novos deuses que lhe estavam
sendo apresentados, tendo um nome que exaltava Jeová como o único grande
ajudador. Se dissessem: "Incline-se diante deste ídolo", ele responderia:
"Azarias é o meu nome, pois o Senhor é meu ajudador. Se ainda fosse dito:
"Você nunca verá seu pai ou sua mãe novamente, mas morrerá em cativeiro
Azarias se lembraria mais uma vez: "Meu nome é Azarias, o Senhor é meu
ajudador." Como isso nunca daria certo, resolveram trocar o nome de Azarias
para Abde-Nego, que quer dizer, "o servo de Nebo" . Diabólico sofisma!
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7 SEMINÁRIO - DANIEL
Provérbios 23, verso 7, diz: "Porque, como imaginou na sua alma, assim é..."
Assim, a batalha nos últimos dias da história, rio fim dos tempos (por isso Jesus
disse para ler e entender), é uma batalha na mente, no intelecto, e o diabo
fará todo o possível através da mídia, da violência, corrupção e imoralidade
apresentadas pela televisão, e da cultura alardeada como padrão pela
sociedade. para mudar o seu processo de pensamento, a mente, Ele usa como
ferramenta a cultura duma sociedade sem Deus e voltada para perversidade,
para influenciar o processo de pensamento e as mentes, pois a mente é o lugar
de todas as emoções e pensamentos.
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8 SEMINÁRIO - DANIEL
Removendo Obstáculos
Agora note que, para Daniel não se corromper. algo teve que ser
dispensado. Sem isso, ele nunca poderia receber aquilo que Deus lhe desejava
conceder, Quando Daniel propôs em seu coração servir a Deus, Deus propôs em
Seu coração abençoar a Daniel. As Escrituras dizem em Daniel 1, verso 16:
"Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam
beber e lhes dava legumes." Isto é, comida vegetariana. A Bíblia diz que o
cozinheiro-chefe tirou algo do cardápio daqueles 'jovens. Assim também, a não
ser que você permita que Deus retire algo da sua vida, como por exemplo, a
raiva, a maledicência ou outros empecilhos, será impossível receber todas as
bênçãos que Ele deseja dar-lhe. Para Daniel, o obstáculo a ser removido era a
carne que tinha sido oferecida aos ídolos do rei, pois naquele salão de
banquetes havia um grande ídolo e a carne da mesa real era ofertada ao
ídolo como parte do cerimonial idólatra.
Em primeiro lugar, Daniel não comeria carne oferecida aos ídolos; em
segundo lugar a carne era impura. Sua herança israelita e os valores bíblicos
não permitiam que ele participasse de tal alimentação. Finalmente, em
terceiro lugar, aquela carne tinha sido escolhida de modo impróprio e não em
harmonia com os preceitos das Escrituras ou os métodos indicados na Bíblia para
os filhos de Israel. Daniel sabia que comendo daquela carne estaria
participando da idolatria. A Palavra de Deus diz em Daniel, capítulo 1, verso
16, que "o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho... ". A não ser
que você permita a Deus retirar a maledicência, a imoralidade, os ciúmes,
raiva, de sua vida; a não ser que Ele retire o que está errado com e em você, o
amigo não poderá receber as bênçãos do verso 17, que está na seqüência. Veja:
"Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas
as letras e sabedoria...” Para receber as mais ricas bênçãos de Deus em sua
vida, você precisa permitir que Ele remova os obstáculos. Existe alguma coisa
separando você de Deus? Algum impedimento em sua vida? Como é possível
receber as grandiosas bênçãos de Deus? Como é possível receber a abundância
que Ele separou para mim?
Há dois passos que levam você a receber as bênçãos de Deus. Primeiro:
Decida (ponha em sua mente) agradar a Deus em todas as situações. Daniel
resolveu agradar a Deus e Deus resolveu abençoar a vida de Daniel. Você já
resolveu agradar a Deus? Diga firmemente agora: "Eu nada farei em minha vida
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9 SEMINÁRIO - DANIEL
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10 SEMINÁRIO - DANIEL
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11 SEMINÁRIO - DANIEL
Por favor, pegue sua Bíblia e abra no segundo capítulo de Daniel Deus nos
revelou, mediante o sonho dado a Nabucodonosor, rei de Babilônia, um futuro
de 2.500 anos. O que é surpreendente nesse sonho profético, é que nesses
últimos 2.500 anos suas predições se têm cumprido minuciosamente. Parte
dele já está cumprida. Assim, os eventos cumpridos nos dão segurança de que
o que está para acontecer se realizará conforme as revelações divinas.
Venha comigo, recuemos 2.500 anos na história. Deixe sua mente retroceder
décadas, séculos e milênios. Vamos aos arenosos desertos que cercavam
Babilônia e entremos no palácio do rei Nabucodonosor. Leiamos agora o
capítulo 2:
"No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve um sonho; o seu espírito
se perturbou, e passou-se-lhe o sono. Então o rei mandou chamar os magos, os
encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe
foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei."
Certa noite o rei foi dormir e enquanto repousava em régio aposento, trajado
de seu pijama real e entre lençóis de seda, começou a se revolver na cama e
não conseguiu dormir a noite toda. Acordou na manhã seguinte e disse: "Tive
um sonho mas não tenho certeza sobre o que sonhei . Você já teve um sonho e
acordou na manhã seguinte sem saber o que sonhou? Claro. E você confirma:
"Sonhei, mas não me lembro sobre o que. Dizem que se você comer pizza entre
10 e 11h da noite, ou mesmo uma boa macarronada, o sangue do cérebro é
derivado para o aparelho digestivo e você sonha.
Posso assegurar-lhe que o rei Nabucodonosor não havia comido massa ou
comida mexicana. Garanto-lhe que o sonho real não foi proveniente de algum
fenômeno ou processo físico. Foi o Deus do Céu que concedeu o sonho ao rei.
E a Escritura diz que o rei chamou magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores
e caldeus para decifrar o sonho. Quem era esse grupo que o rei mandou
chamar?
Magos. Eles eram o grupo real de peritos. Existem onze citações sobre eles
não Velho Testamento. Geralmente eram elementos obrigatórios nas cortes.
Os magos punham óleo na água e olhavam os desenhos formados pelo fluido,
tentando prever o futuro pelas imagens aleatoriamente delineadas. Eles
também eram quiromantes, pretendendo ler as linhas da palma da mão e
predizer o futuro do dono. Ainda dispunham cartas - eram cartomantes - e
“liam-nas” para fazer adivinhações. Um de seus principais sortilégios era matar
uma vaca e olhar as conformações de seu fígado tentando predizer o futuro.
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12 SEMINÁRIO - DANIEL
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13 SEMINÁRIO - DANIEL
explicou o caso a Daniel. Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o
tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação. Então Daniel foi para casa, e fez
saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que
pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério...”
Verso 19: "Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel
bendisse o Deus do céu."
Daniel não tinha a solução do problema. Mas ele conhecia Alguém que sabia
a solução do problema. Através da oração, Daniel descobriu os mistérios por
revelação pessoal de Deus. Na crise final da história deste mundo, haverá
muitos problemas que não conseguiremos resolver a não ser que saibamos orar.
Enfrentaremos problemas em nosso casamento, em casa com nossos filhos,
problemas financeiros, de saúde...
Vocês sabem que no mundo em que vivemos existe sempre alguém que pode
resolver qualquer problema. Para qualquer problema de saúde existe um
especialista. Há oftalmologistas (especialistas em olhos),
otorrinolaringologistas (ouvido, nariz e garganta), odontólogos ou dentistas,
cardiologistas, ortopedistas, especialistas em problemas de coluna e
articulações. Você tem um especialista para a narina direita e um para a
esquerda. Um especialista para o ouvido direito...
Não me interprete mal. Eu louvo a Deus pela ciência médica e todos os seus
especialistas. Esse não é o ponto. O que quero pôr em destaque é que para
qualquer problema que você tenha em nossa sociedade, consegue encontrar
alguém que tem condições de lhe dar uma solução. Se você tem um problema
financeiro, existem bancos e agências financeiras para resolver. Há até bancos
que enviam o dinheiro do empréstimo para sua casa via motoboy. Não é
verdade o que estou dizendo? Seu carro está com problemas? Existem oficinas
e mecânicos especializados que podem resolver qualquer enguiço.
Você está com problemas no casamento? Existem centenas de conselheiros
matrimoniais; basta procurar nos classificados dos jornais. Não estou sequer
insinuando que isso será errado. Tudo que estou sugerindo é que não havia
nenhum ser humano que pudesse resolver o problema de Daniel. A única
solução era buscar a Deus de joelhos, em oração. A única solução era uma
solução divina.
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14 SEMINÁRIO - DANIEL
o futuro, com os filhos, com suas finanças e dívidas? Há um Deus nos céus, o
qual revela os segredos. Ele revelou há 2.500 anos e revela ainda hoje.
"Mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios; pois fez saber ao rei
Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua
cabeça quando estavas no teu leito são estas..." Atente para o que ele diz:
"Nabucodonosor, o sonho é para o final ou últimos dias. Embora ele comece
agora, termina no fim dos tempos. Esse é um sonho que te conduz pelo túnel
do tempo, que te leva até o final de todas as coisas, aos últimos dias da história
deste mundo."
As Escrituras dizem: "... pois te tez saber o que há de ser nos últimos dias..."
Então, Daniel continua a explanação: "Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-
te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que
revela mistérios te revelou o que há de ser." Agora o verso 31: "Tu, ó rei, estavas
vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário
esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça
era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze;
as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, em parte de barro." verso 34:
"Quando estavas olhando, urna pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a
estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então foi juntamente
esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como
a palha das eiras no esteio, e o vento os levou, e deles não viram mais
vestígios... "
"Daniel, Daniel, foi isso exatamente o que vi em meus sonhos: uma imagem
com a cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze,
pernas de ferro e os pés de ferro e barro. Então vi uma pedra caindo, cortada
sem auxílio de mãos, e esmagando os pés da imagem como palha de estio. E a
pedra se tornou uma montanha que encheu toda a Terra. " Diga-me: se você
fosse Nabucodonosor e Daniel tivesse acabado de explicar o seu sonho o que
você lhe diria? Talvez: "Daniel, esse foi o meu sonho, mas o que quero saber
agora é o que significa."
Pense. Será que as profecias bíblicas são apenas uma questão de
interpretação pessoal? Você já ouviu isso? Muita gente diz que qualquer um
pode extrair as mais variadas interpretações sobre as profecias. Agora, espere
um pouco. Acabamos de ler uma profecia sobre uma imagem com quatro
metais: ouro, prata, bronze e ferro. Como podemos entendê-la? O que fazer?
Vamos supor que você nunca houvesse escutado essa profecia. Eu poderia
pedir-lhe que pegasse uma folha de papel e escrevesse o que a profecia significa
para você. Alguém poderia dizer, por exemplo: "Ouro... Bem, ele representa o
seguinte: uma nação com muito dinheiro. A prata significa... " Quantas
interpretações teríamos em mãos?
Depois de receber as opiniões escritas de todos, fecho os olhos e tiro uma
folha dobrada do chapéu e concordamos democraticamente com o significado.
Você acha que essa é a maneira certa de interpretar uma profecia? Deixamos
cada um interpretar de acordo com suas próprias idéias e então escolhemos a
explicação que soar melhor.
Quem deu essa profecia a Nabucodonosor? "Mas há um Deus", Onde? Nos
céus. Que faz Ele? Revela segredos. Está claro que foi Deus quem concedeu a
profecia. Agora preste atenção no capítulo 2, verso 36: "Este é o sonho; e
também a sua interpretação... " Note com mais atenção a seqüência do verso:
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15 SEMINÁRIO - DANIEL
... (nós) diremos ao rei." Quem são "nós"? Deus e Daniel! Então essa não é
uma interpretação humana. Com certeza não e a interpretação de Mark Finley.
Mas a que Deus deu a Daniel e que este deu ao rei. Daniel registrou as palavras
da interpretação no livro. Atente bem:
"Tu, ó rei, rei dos reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a
forca e a glória..." (Deus e Daniel estão explicando o sonho) a cujas mãos foram
entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do
campo e as aves dos céus, para que dominasses sobre todos eles, tu, és a cabeça
de ouro."
Metais Proféticos
Então Daniel olha para o rei Nabucodonosor e lhe diz: "Tu ó rei, és a cabeça
de ouro." Quem, então, representa a cabeça de ouro? Nabucodonosor ou seu
reino? Será que temos de interpretar esse detalhe segundo nossa visão
particular? Não! Porque a Bíblia diz: "Tu, Nabucodonosor, és a cabeça de ouro."
Nabucodonosor ou seu reino, Babilônia, representa a cabeça de ouro. O que
representa o segundo metal? Verso 39:
"Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu..."
Um reino de prata. Um segundo reino se levantará, representado pela prata
que é inferior em valor ao ouro. O texto não diz o nome do reino, mas
saberemos alguns capítulos à frente.
"E um terceiro reino, de bronze... O quarto reino será forte como o ferro...”
(verso 40). Agora vamos ao verso 41: "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos,
em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido...”
Temos quatro tipos de metais: ouro, prata, bronze e ferro. E os dedos eram
de quê? Ferro e barro. Cada metal representando, de acordo com a Bíblia, um
reino. A Bíblia diz que o primeiro metal é o reino de Nabucodonosor, Babilônia.
Você percebe que os metais aparecem em ordem decrescente de valor na
estátua, cada um representando um império universal.
Mas qual é a nação que vem após Babilônia? A Bíblia nos ajuda a descobri-
la. Abra a Escritura rio quinto capítulo de Daniel. Que nação destronou
Babilônia? Ela é representada pelo segundo metal que compunha o peito e os
braços de prata. Daniel 5, verso 26: "Esta é a interpretação: MENE: Contou Deus
o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança, e achado em
falta." Verso 28: "PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos
persas."
Então, qual nação estava representada pela prata? Medo-Pérsia. Agora
pergunto: os medo-persas reinaram para sempre? Claro que não! Porque um
terceiro reino está descrito como se seguindo a esse império. Ele é
representado pelos quadris de bronze. É verdade que a Bíblia diz, nome por
nome, os impérios que vieram depois da Medo-Pérsia? Sim!
Vamos a Daniel, capitulo 8, verso 20. A maravilhosa profecia do oitavo
capítulo do livro que estamos estudando exibe uma pequena mudança de
simbolismo - de um metal, o bronze, para um bode peludo. E revela o nome
da nação que derrotaria a Medo-Pérsia, a qual, por sua vez, subtraíra a subtraíra
à Babilônia: "Aquele carneiro que viste com dois chifres são o rei da Média e da
Pérsia. " E que nação tiraria a hegemonia mundial da Medo-Pérsia?
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16 SEMINÁRIO - DANIEL
Vamos até o livro de Isaías. Esse é um dos livros mais maravilhosos que já li.
Contém profecias as mais incríveis. Deus não apenas revelou o nome da nação
que abateria Babilônia, como comandaria o ataque final à cidade, mais de 150
anos dele nascer. Vejam só, foi em 539 a.C. que Dario, o medo e Ciro, o persa,
juntaram suas forças formando o império medo-persa para derrotar Babilônia.
E o Deus de Israel deu o nome de quem prostraria o orgulhoso império de
Nabucodonosor, um século e meio antes. Que Deus poderoso! Os médiuns
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17 SEMINÁRIO - DANIEL
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18 SEMINÁRIO - DANIEL
quando chegam ao fim de sua vida, alguém deles diz: "Exalou seu último
suspiro." Quando você está morrendo, respirando mal num leito hospitalar,
porque a radioterapia ou a quimioterapia não deu resultado; ou quando um
ataque cardíaco fatal põe fim à sua vida, você vai para o túmulo, o que mais
importa?
Existe apenas uma coisa, ou melhor, Alguém: Jesus. O que vale é ter a
segurança de que a sua vida está escondida com Ele, a vida eterna. Alexandre
o grande foi para o túmulo sem conhecer a segurança e a paz que advêm
somente de Jesus. Os reinos deste mundo não podem oferecer-lhe isso, amigo.
Mas o que Deus diz depois das pernas de ferro? Verso 41: "Quanto ao que
viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será
isso um reino dividido [Roma] , contudo haverá nele alguma cousa da firmeza
do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. Como os dedos
dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o
reino será forte, e por outra será frágil.
Você por certo já percebeu que a profecia afirma indiscutivelmente que não
haverá outro império mundial depois de Roma. Ela diz sim que o domínio
romano seria dividido. O processo de divisão do império romano aconteceu
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19 SEMINÁRIO - DANIEL
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20 SEMINÁRIO - DANIEL
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21 SEMINÁRIO - DANIEL
terminará com alguma catástrofe social. Uma pedra, sim, uma pedra, porá fim
à infeliz história do pecado na Terra. Por toda Bíblia Jesus Cristo simboliza a
grande pedra. Representa aquilo que é sólido, permanente, imutável,
resistente, eterno. Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma tiveram seus
momentos de glória. Mas esses reinos ascenderam e declinaram. Mas o reino
eterno de Cristo está chegando. Não estamos vivendo nos dias de Babilônia,
Medo-Pérsia, Grécia ou Roma. E estamos vivendo no fim dos tempos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quando as bombas estavam caindo sobre
Londres, um pai e sua filha de seis anos estavam num abrigo de bombas, no
porão de uma das grandes Igrejas de Londres. A mãe da menina havia morrido
num ataque aéreo. Seus dois irmãos também haviam morrido na mesma noite
tentando abrigar-se das explosões. O solo tremia, as bombas assobiavam e
arrasavam prédios e quarteirões inteiros. A menina estava com medo, chorando
convulsivamente. Ela disse a seu pai: "Papai, papai segure minha mão." O pai
a confortou: "Estou segurando sua mão,, querida; agora durma." Momentos
depois, outra bomba explodiu. O prédio balançava ao impacto da detonação.
Ela disse: "Papai, papai, me abrace. Papai, eu estou com medo." Ele se volveu
e a acalmou: "Vá dormir, querida." As bombas continuaram caindo. Finalmente
a menina olhou para o pai e disse: "Papai, só conseguirei dormir se eu vir que
você está olhando para mim."
"Só conseguirei dormir se você estiver olhando para mim." Nos últimos dias
da história deste mundo, fortes ondas se abaterão contra sua vida. Olhamos
para o futuro e dizemos: Ele é um ponto de interrogação. O que o futuro nos
reserva? E Deus diz: "Eu estou olhando para você. Eu não dei as costas ao
planeta Terra. Não vou empurrá-lo para bem longe no espaço e deixar que seja
destruído. Mas voltarei em breve. Meu rosto está voltado para você. A pedra
cortada sem auxílio de mãos esmiuçará os reinos deste mundo e o reino eterno
de Cristo perdurará para sempre e sempre. Daniel estava cheio de esperança
porque os reinos deste mundo não estão alinhados numa corrida política. Os
reinos e destino deste mundo estão nas mãos de Deus e Seu rosto está voltado
para nós.
Oremos:
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22 SEMINÁRIO - DANIEL
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23 SEMINÁRIO - DANIEL
Contrariando o Sonho
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24 SEMINÁRIO - DANIEL
"0 rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta côvados
de alto e seis de largo [o côvado real babilônico tinha cerca de 6com]; levantou-
a no campo de Dura, na província de Babilônia." Dan. 3:1. Agora, espere um
pouco; há uma imagem no capítulo dois (lemos a respeito dela), mas agora
surge uma imagem diferente no capítulo três. Quem revelou a imagem para
Nabucodonosor no capítulo dois? Daniel fez a revelação. Mas quem deu a
imagem a Nabucodonosor? Deus. Quem fez a imagem do capítulo três? Deus?
Não, não era a imagem conferida por Deus. Por quem, então? Nabucodonosor.
No capítulo dois, você têm a legítima linha da história: uma imagem com
cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e os quadris de bronze, pernas
de ferro, pés em parte de ferro e em parte de barro. Já no capítulo 3, a imagem
é toda de ouro, criada pelo homem, exigindo adoração falsa estabelecida por
seres humanos. E algo interessante sobre esse capítulo é que a imagem foi feita
com sessenta côvados de altura, por seis de largura. Na simbologia numérica
bíblica, o número seis na Bíblia sempre representa imperfeição, rebeldia. Sete
é símbolo de perfeição. Seis é símbolo de imperfeição, perdição,
desobediência. Então, você tem aqui uma imagem feita com dimensões
projetadas pelo homem representando o caminho humano em vez do divino.
Nabucodonosor fez essa colossal imagem toda de ouro no campo de Dura.
Uma imagem falsificada, criada pelo homem e não por Deus. "Então o rei
Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos e governadores, os
juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais das
províncias, para que viessem à consagração da imagem que o rei Nabucodonosor
tinha levantado". Quem fora convidado? Prefeitos, governadores, juízes,
tesoureiros, todos que eram VIPS, famosos, insignes, vieram. Se você não
conseguisse um convite para essa cerimônia a realizar-se no campo de Dura,
era tão-somente um joão-ninguém, sem qualquer importância para o império.
As Escrituras dizem que todos vieram - prefeitos, militares de alta patente,
pessoas importantes como juízes, tesoureiros, políticos. Da sala do trono
babilônico promulgou-se um decreto (verso 4): "Ordena-se a vós outros, à povos,
nações e homens de todas as línguas: No momento em que ouvirdes o som da
trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de
toda sorte de música, vos prostrares, e adorares a imagem de ouro que o rei
Nabucodonosor levantou." Veja agora as implicações da questão. Ali estava
uma imagem falsa, toda de ouro, feita por homem e não por Deus, e todos os
governadores representando seus povos vieram para o campo de Dura. O campo
de Dura estava lotado. Havia pessoas por vários quilômetros pelo campo de
Dura e a imagem de ouro num pedestal de sessenta côvados. Um colosso
impressionante! Compare com a altura de uma residência térrea? Qual altura?
Uns seis metros, talvez. Pois bem, Então 36 metros equivalem a um prédio de
mais ou menos dez andares. Imagine-se andando pelas ruas de urna cidade
grande e olhando para cima. Você se detém numa esquina e depara um prédio
de dez andares. Enquanto está observando o edifício, alguém para ao seu lado
e pergunta: Por que você está olhando para cima? Talvez você responda: "Eu
só estava pensando no tamanho desse prédio, comparando-o com imagem que
Nabucodonosor ergueu no campo de Dura. Trinta e seis metros incluindo o
pedestal!
Mas dez andares de altura naquele vasto campo de Dura, no deserto,
produzia impressão muito maior do que um prédio perdido em meio a uma
floresta de concreto e ferro. O rei a construíra como monumento para sua
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26 SEMINÁRIO - DANIEL
Daniel Apocalipse
Um governante plenipotenciário Um governante plenipotenciário
Cap. 3
(Besta Poderosa) – Cap. 13
Verso l5: "E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não
só a imagem da besta falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem
a imagem da besta." No capítulo 3 de Daniel há uma imagem falsa
representando espírito de desobediência a Deus e relacionada com o ato de
adoração. Em Apocalipse 13, essa imagem falsa refere-se ao poder da besta.
Em Daniel 3, a gigantesca imagem de ouro referia-se a um possível reino
sempiterno - assim pretendia o rei -, Babilônia. A adoração era compulsória.
Adorar ou morrer inapelavelmente. Em Apocalipse, uma imagem gerada pelo
poder da besta, com direito a adoração imposta por lei.
O Desafio da Fé
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27 SEMINÁRIO - DANIEL
ninguém poderá comprar ou vender a não ser que tenha a marca da imagem da
besta. Haverá uma imagem falsa, um sinal ou marca falsa, representando a
autoridade da besta. A imagem de ouro no campo de Dura era um sinal
inequívoco da autoridade de Babilônia. A adoração daquela imagem
representava culto a Babilônia. Haverá um sinal, marca ou símbolo da
autoridade do poder da confederação Igreja-estado perto do fim. Aqueles que
não concordarem com essa coligação e permanecerem fiéis a Deus, terão que
desafiar a morte mantendo inabalável sua lealdade a Deus. A Bíblia diz que
eles terão uma fé similar a de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Mas neste momento alguém pode me interromper e dizer que está
interessado em saber quem é a besta. Quer saber sobre a questão da compra
e venda. Permita-me explicar-lhe resumidamente. Vamos supor que hoje lhe
diga quem é a besta e o que é a sua marca. Você então fica sabendo quem é a
besta e o que significa sua marca, mas se não acreditar em Jesus todo o
conhecimento sobre a besta e sua marca não conduzirão você à salvação. O
que é mais importante: saber como ter aquela fé que supera a crise final ou
conhecer todos os detalhes sobre ela? A Bíblia não diz que até mesmo os
demônios acreditam e tremem? Eles crêem, tremem e sabem o que vai
acontecer, mas não têm a fé que entrega tudo a Jesus. Talvez mais importante
do que estudar sobre a identidade da besta, seja voltar ao capítulo 3 de Daniel
e ver o que está se passando na mente de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. É
muito mais importante entender a fé do que saber quem é a besta futura.
Nesse capítulo aparece o chefe de Estado mais poderoso do mundo e ordena
que se preste um culto à sua estátua. Ele construiu uma imagem em direta
oposição, aberta rebeldia e desobediência a Deus. Mandou aquecer a fornalha
sete vezes mais. Esse foi um tempo de prova como nunca dantes para os
hebreus. Note o que a Bíblia diz no verso 8, do capítulo 3: Nabucodonosor disse:
"Bem, quando a banda tocar, quando todos ouvirem o som da música,
coloquem-se de joelhos com o rosto no chão e adorem." Mas os judeus ficaram
de pé enquanto todos ao seu redor estavam com o rosto colado ao chão,
adorando aquela imagem de ouro.
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28 SEMINÁRIO - DANIEL
poderia ter dito algo sobre você. O que Nabucodonosor fez? O homem mais
inteligente de sua nação acusou os judeus e o que fez? Chamou-os e perguntou
se era verdade. Acredito que muitos problemas de relacionamento seriam
resolvidos se seguíssemos essa lição.
O que acha? Se você supõe que alguém falou que outra pessoa disse que
alguém disse algo sobre você, por que não pergunta ao próprio que está sendo
acusado de iniciar toda essa corrente de maledicência? "João, eu escutei isso e
isso e gostaria de lhe perguntar se é verdade." Se for, resolva o problema; se
não for, esqueça o assunto e tenha uma boa noite de sono. Então,
Nabucodonosor perguntou: "É verdade? É verdade?" e acrescentou: "Vou dar-
lhes outra chance. Talvez vocês não estivessem prontos. Agora, estejam
dispostos a, quando ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa,
do saltério, prostrarem-se. Já lhes dei uma chance, mas não abusem, não
abusem da minha paciência. Já tolerei uma vez, mas quando a música tocar
novamente quero o rosto de vocês no chão.
No verso 16 encontramos a resposta dos jovens: "Responderam Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego: Quanto a isto não necessitamos de te responder." Há
coisas que você, em meio às crises, não precisa pensar a respeito. Vou dizer-
lhe uma coisa: quando você vai à confraternização de Natal em sua empresa e
está em dúvida sobre se vai beber ou não; caso tenha de tomar a decisão na
hora, provavelmente acabará bebendo. Se toda vez que estiver vendo TV e
aparecem blasfêmias, palavrões e imoralidade, e você pensar se vai ou não
assistir ao programa, esteja certo de que continuará a vê-lo. Tem coisas que
você precisa resolver antecipadamente. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
foram até onde puderam em sua dedicação ao rei, mas decidiram antes que não
submeteriam sua consciência a imposição real. Antes de irem à dedicação da
estátua, tomaram firme decisão: "Não vamos submeter as convicções de nossa
consciência. Seremos fiéis a Deus, custe o que custar." Disseram mais: "Ó rei,
não estamos indecisos. Vossa majestade não precisa dar-nos um dia ou dois para
pensarmos na questão. Já fizemos nossa escolha." O verso 17 relata a corajosa
decisão dos jovens: "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos
livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, à rei. Se não, fica
sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem
de ouro que levantaste." Em outros termos: "Majestade, permita-nos dizer-lhe
algo: o Deus a quem servimos é tão poderoso, é tão forte, que se Ele quiser
livrar-nos, fá-lo-á. Caso contrário, não nos curvaremos, porque preferimos
morrer crendo em Deus do que submeter nossas convicções."
Fé Vitoriosa
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29 SEMINÁRIO - DANIEL
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30 SEMINÁRIO - DANIEL
para fazer compras e não voltou para casa. Você está tenso e preocupado, e
recebe um telefonema no meio da noite, avisando que ela morreu em
conseqüência de atropelamento. Quando você passa pelas chamas da vida e
parece que vai ser consumido pelo desespero, a depressão e o desânimo, olhe
através de suas lágrimas, porque dentro das chamas de sua vida Ele está lá.
Nos desapontamentos e crises da existência, Ele está lá.
Quando era garoto, meu avô costumava criar canários. A criação de
canários ficava no segundo andar de nossa casa na Georgia, Connecticut. Certo
dia fui assistir meu avô treinar um grupo de canários. Ele pegou um canário e
o pôs na gaiola, isolando-o de todo o resto. Então cobriu aquela gaiola com um
pano negro, deixando a avezinha em total escuridão. Aí vovô assobiou e logo o
canário começou a cantar. O pequeno cantor alado deu um verdadeiro
recital. Perguntei a vovô: "Vovô, o que você está fazendo?" Ele
respondeu: "Mark, se você quer realmente treinar um canário, precisa isolá-lo
dos demais da espécie e colocá-lo num lugar escuro. O cântico que ele entoar
na escuridão será para sempre."
Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, confiantes em Deus,
passaram pelas chamas ardentes da prova de suas vidas, Deus os estava
ensinando a cantar uma canção na escuridão, treinando-os a terem fé, ânimo e
coragem. Não foi porque Deus não os amava que foram parar na fornalha, mas
porque viu neles algo muito valioso que teria de ser refinado pelas chamas do
sofrimento. Alguns de vocês poderão estar pensando: "Não preciso disso agora
porque tudo em minha vida está correndo maravilhosamente bem. Não estou
passando por nenhuma chama."
Pois é, mas o quinhão de sofrimento e dor é inevitável na vida.
Enfrentamos agruras, penas, dores em nossa jornada. O mundo em que vivemos
não é só feito de "pêssegos com creme", como cantava Pollyana. Todos, em
alguma época da vida, passamos pelo fogo, Quando foi a vez de Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, eles não passaram sozinhos.
Se você hoje estiver passando pelos fogos das dificuldades, por
situações muito críticas e se sentindo derrotado, lembre-se de que o fogo
queimará apenas as cordas que o algemam à Terra. Lembre-se de olhar através
da fumaça, das chamas, das lágrimas, e verá o Filho de Deus enlaçando-o com
Seus divinos e poderosos braços, sussurrando palavras de coragem ao seu
ouvido. Tenha em mente que Deus confia tanto em você que lhe permitiu
passar por algumas chamas hoje, para que quando a crise final chegar amanhã,
quando um grande líder mundial baixar um decreto universal impondo adoração
e forçando homens e mulheres a servirem o inimigo das almas em lugar de Deus,
você já terá tido experiência com dores, problemas e sofrimentos que o
prepararão para os eventos culminantes da história.
Daniel, capítulo três conclui com um magnífico cenário de glória. Um
rei pagão abalado pela fé de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Nabucodonosor
olhou para as chamas e viu o Filho de Deus, Cristo, o Salvador poderoso e
Defensor de Seu povo. Quando clamo, Jesus responde. Quando estou em luta,
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31 SEMINÁRIO - DANIEL
com medo, quando preciso muito dele, o Senhor está presente. Nabucodonosor
viu que os jovens hebreus possuíam algo que ele não tinha. Percebeu que
tinham um Salvador que ele muito necessitava.
A Bíblia diz, em Daniel 3, verso 28: "Falou Nabucodonosor, e disse:
Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu
anjo, e livrou os Seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a
palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, a servirem e adorarem a
qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto faço um decreto, pelo qual
todo o povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, seja despedaçado..." Perceba que o rei continua com
tendências malignas. Ele continua dizendo: "Agora quero servir a Deus e não
vou forçá-los a servir a imagem, mas os obrigarei a servir a Deus."
Sua majestade ainda não entendeu, porém ficou convencido de que
Deus salva. Um dia, nas ruas de ouro, num lugar chamado eternidade, onde o
ar é fresco e puro e os riachos e rios de águas cristalinas e incontaminadas
regarão as terras cobertas de verde perene, onde pássaros e flores imortais
alegrarão bosques radiantes... ah, nesse dia não haverá mais doença,
sofrimento, dor e morte. Ah, um dia! Em minha imaginação vejo dois homens
caminhando juntos e conversando lá no Céu. As evidências bíblicas mostram no
capítulo 3 de Daniel que por causa do testemunho de Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego, porque eles foram fiéis em meio às chamas de sua vida, o rei
Nabucodonosor foi salvo. O maior testemunho de que Cristo vive em você, é
quando persevera durante as dificuldades.
Cerca de três semanas atrás, presenciei um dos fatos mais tristes de
minha vida. Eu estava sentado em meu escritório, onde faço o programa de
televisão Está Escrito e Royce Williams, o gerente de nosso programa, entrou
na minha sala chorando. Royce já é um homem experiente, mas estava
trêmulo. Trazia um fax procedente da China em suas mãos. O programa Está
Escrito é muito divulgado na televisão chinesa. Nosso representante nesse país,
Dr. Rubem Nelson, tem PhD em estudos chineses e também em saúde. O Dr.
Nelson era nosso elo com a China. Falava fluentemente o mandarim, a língua
oficial chinesa. Cheguei a fazer duas viagens com ele por esse país. O fax dizia:
"0 governo americano sente muito em informá-lo que o Dr. Nelson faleceu esta
manhã, ao atravessar uma rua. Estava andando quando foi atingido por um
automóvel. Não temos todos os detalhes, mas parece que ele tropeçou no meio
fio e caiu para trás batendo a cabeça. Havia um ferimento tão grande na parte
posterior do crânio que o sangue o sufocou enquanto os atendentes o punham
na calçada." Ficamos profundamente chocados. Foi uma prova de fogo. Pensei
em sua esposa, Dorothy, chorando, e em seus filhos. Quando visitamos a
família, Dorothy disse: Pastor Finley, eu falo chinês e quero voltar para China
e continuar o trabalho." Seu filho se levantou e disse: "Eu também desejo voltar
para China e continuar o trabalho de papai." A prova que estavam passando
como família não lhes esmagou ou destruiu a fé. Não os tornou rancorosos e sim
mais fortes. Não ficaram com raiva, mas ansiosos pela volta de Cristo. E
Dorothy disse: "Vou contar-lhe algo. Pouco antes de irmos para China, Rubem
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Essa família passou pelo teste da fé, permitindo que Cristo, o divino Filho de
Deus, entrasse nas chamas e ficasse a seu lado dando-lhes coragem, esperança,
certeza inabalável e convicção inquebrantável.
Você está passando por consumidoras chamas em sua vida? Algum pesar
profundo, um desapontamento amargo? Tenha certeza de que Ele está com
você. Procure ver através das lágrimas e das nuvens negras. Você o encontrará
em meio de sua noite mais escura e da provação. Vamos orar.
Oremos:
Pai Celestial, obrigado porque nas chamas da vida Tu estás lá. Nas
provas da vida, Tu estás lá. Aprendemos em Daniel 2 que Tu és o revelador do
futuro. Coloca nosso futuro em Tuas mãos. Em Daniel 3, Tu és o Redentor,
entrando nas chamas e salvando-nos. Leva-nos para mais perto de Ti, cantando
o hino da salvação na escuridão. Oh Pai, dá-nos coragem e esperança,
assegurando-nos de que estás lá. Que todos possamos sentir a Ma presença em
nosso coração neste momento. Que todos sintamos Teus braços de amor ao
nosso redor, enquanto em meio às chamas da vida. Em nome de Jesus, amém.
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Tudo neste mundo é incerto. Hoje você tem tudo e amanhã não tem mais
nada. O capitulo 4 do livro de Daniel traz advertências aos que hoje possuem
tudo o que se pode desejar em bens terrenos, e apresenta fortes esperanças
àqueles que tudo perderam.
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35 SEMINÁRIO - DANIEL
A Síndrome de Nabucodonosor
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37 SEMINÁRIO - DANIEL
Um Sonho Aterrador
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38 SEMINÁRIO - DANIEL
rei, meu senhor; serás expulso de entre os homens, e a tua morada será
com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e
serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de
ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos
homens, e o dá a quem quer." (Versos 23 a 25)
O rei representava a árvore e seu corte o julgamento. O cepo
significa que o reino continuará e será restabelecido um dia. E sobre a
cadeia, a misteriosa cadela de ferro e bronze? Ferro sempre representa
autoridade na Bíblia. O salmo 2 fala sobre a grande vara de ferro, que é
autoridade ou liderança. Bronze é sempre um símbolo de proteção; no
capítulo 2 representava o império grego. Os gregos estavam protegidos por
armaduras de bronze; a pia no santuário de Israel era de bronze, onde o
sacerdote lavava as mãos antes de entrar nos lugares santo e santíssimo,
porque esse rito simbólico representava purificação protetora.
Então, autoridade e proteção significadas pelo ferro e o bronze.
Deus protegeria o rei, o cepo. A autoridade e soberania de Deus cuidariam
para que ninguém tomasse o reino. Nabucodonosor o perderia, contudo.
A Bíblia diz no verso 25 do capitulo em estudo: "Serás expulso de entre os
homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a
comer erva como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu..." Perceba
que a Bíblia diz que o cepo continuará - o reino ficará seguro, o domínio
e a proteção divina estarão sobre o reino.
A essa altura o próprio Deus faz um apelo, e diz que o cepo
representa a segurança ou garantia do reino babilônico. Deus argumenta
com o rei e diz: "Nabucodonosor, isso não precisa acontecer. Você não
precisa perder seu reino, ser retirado de seu trono." "Portanto, à rei,
aceita o meu conselho, e põe termo em teus pecados pela justiça, e as
tuas iniqüidades usando de misericórdia para com os pobres..." (verso 27)
Algumas vezes Deus toca em nosso ombro uma, duas vezes, mas
nos afastamos dele vivendo uma vida negligente e desprovida de oração,
ocupados exclusivamente com os negócios desta vida em lugar das
realidades eternas. Mas, enquanto nos afastamos dele, sentimos Seu toque
gentil. Quando há crises em nossa vida, podemos ter certeza de que não
é Deus quem as está causando. Ele, porém, não impede que aconteçam
porque sabe que podemos superá-las com seu auxílio. Entretanto, se
continuamos em curso de afastamento negligente, de rejeição, Deus
permite que o volume de Sua voz seja aumentado, a fim de que aquilo que
não aceitamos na alegria, aprendamos na tristeza.
Sofrimento Curador
O amor de Deus por você é tão intenso, tão imenso, que o Senhor deseja
ensinar-lhe paciente e ternamente os caminhos de uma vida venturosa. Ele
permitiu que você nascesse (você não pediu para nascer pois não tinha poder
de escolha sobre isso), não mesmo? Seus pais desejaram que nascesse e Deus
deu licença. É algo maravilhoso que na mente de Deus você já existia antes de
ser gerado. Quando os genes e cromossomos se juntaram e formaram sua
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(verso 31): "Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz
ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino'."
Ele fez ouvidos de mercador ao aviso de Deus, às suas advertências
pró arrependimento. Não quis aceitar as amorosas instruções provindas do
Céu. Recusou a misericórdia divina e perdeu seu trono num momento. A
Bíblia diz, no verso 32: "Serás expulso de entre os homens, e a tua morada
será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois. "No
mesmo instante se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi expulso
de entre os homens, e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi
molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as
penas da águia e as suas unhas como as das aves."
O Régio Homem-Lobo
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Oremos:
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43 SEMINÁRIO - DANIEL
Alguns anos atrás o Dr. Edward Gramm estava fazendo sua primeira
pesquisa sobre o consumo de cigarros. Suas "máquinas fumadoras" extraíam a
nicotina dos cigarros e essa substância era pincelada sobre animaizinhos. Assim
fazendo ele percebeu que o fumo e o câncer estavam relacionados. As cobaias
desenvolviam cânceres muito semelhantes ao câncer humano.
Então ele escreveu a um amigo, o Dr. Ochsner, de Lousianna, New
Orleans, famoso cirurgião cancerologista. O Dr. Ochsner vinha operando multas
pessoas que fumavam e contraíam câncer pulmonar.
Enquanto o Dr. Gramm fazia suas pesquisas sobre os efeitos do cigarro
sobre os pulmões, ele próprio continuava a fumar. Consumia um maço e meio
por dia, em média. Quando descobriu estar com a terrível doença, escreveu
novamente para o Dr. Ochsner. Ao receber a carta, o Dr. Ochsner disse ter sido
a carta mais triste que recebeu na vida.
O Dr. Gramm dizia: "Caro Dr. Ochsner, sinto muito comunicar-lhe que
contraí câncer nos dois pulmões. Não há saída." Mais tarde, disse Ochsner: "O
brilhantismo do Dr. Gramm não o isentou de ter câncer pulmonar. Ele sabia,
pelas pesquisas, o que estava fazendo e que fumar causava câncer, mas não se
preocupou com isso."
Quantas vezes nosso problema é que sabemos e não fazemos. Vamos
abrir a Bíblia em Daniel, capítulo 5. O rei Belsazar, de Babilônia, sabia, mas não
fez. Seu problema não era falta de informação, mas de não querer lidar com
ela. Daniel 5, verso 1: "O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus
grandes, e bebeu vinho na presença dos mil." O rei queria ser famoso. Nas
Escrituras, sua única contribuição é que ele fez uma festa, mais nada. Ele
gostava de comer, beber e se regalar. Alguém disse que bons comedores e
bebedores dificilmente são bons em qualquer outra coisa.
Eram mil os convidados ao banquete. Tudo fora preparado para ser uma
festa memorável. Venha comigo agora até Babilônia e imagine-se caminhando
por suas largas ruas. A Lua brilha no céu, as estrelas cintilam como diamantes.
As imagens douradas da cidade faiscam à luz do luar. Ouve-se então música de
instrumentos de sopro, cítaras e percussão. Ao olharmos pelas ]anelas do
palácio, vemos uma magnífica e régia sala de banquetes. A orquestra real anima
a festa. Os homens e mulheres da realeza estão trajados com suas longas e ricas
vestes, e jóias caríssimas. Suas mentes acham-se entorpecidas pelo álcool e
seus movimentos eram descoordenados e grotescos. A orgia seguia sem
controle.
Em dado momento o rei Belsazar ergue sua voz engrolada e ordena de
forma desafiadora: "Tragam-me as taças!"
Abra a Bíblia em Daniel 5, versos 2 a 4. Belsazar estava bêbado, com a
mente totalmente confusa. A consciência está dopada. "Havendo Belsazar
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44 SEMINÁRIO - DANIEL
O Veredito Final
Daniel 5:5 e 6: "Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem e
escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via
a parte da mão que estava escrevendo. Então, se mudou o semblante do rei, e
os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os
seus joelhos bateram um no outro."
Em meio àquela orgíaca festividade pagã, onde ressoavam risos sarcásticos
regados a muito vinho embriagante, a mão de Deus escreveu na parede com
letras de fogo, estranhas e misteriosas palavras. A Bíblia diz que o semblante
do rei mudou. Ele ficou branco como um fantasma e se perturbou muito. De
súbito, sua mente foi trazida à realidade. Sua cabeça rodava, o estômago
estava revirado e ele procurou por algum medicamento. Seus joelhos tremiam
descontrolados.
Pense nisso. No princípio, o rei era o centro das atenções, desafiando e
blasfemando. Ele ria e brincava abraçado a várias mulheres. Em meio à sua
arrogância etílica, mandou: "Ei, tragam as taças até aqui pois iremos honrar ao
Deus dos hebreus. "Quando levava aos lábios a taça sagrada, agora poluída com
intoxicante bebida, a mão aparece escrevendo na parede.
Belsazar não entendeu as misteriosas palavras. Mas seu semblante se
transtornou e tornou-se pálido. Ficou com súbita azia e dor de cabeça. As mãos
tremiam e os joelhos batiam um no outro. Agora ele repete o gesto de seu avô,
Nabucodonosor, fez em duas ocasiões diferentes. Daniel 5:7: "E ordenou o rei,
com forca, que se introduzissem os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; e
falou o rei e disse aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me
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45 SEMINÁRIO - DANIEL
Nabopolassar
Nabucodonosor
Nabonidos
(filho de Nabucodonosor)
Belsazar
(neto de Nabucodonosor)
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46 SEMINÁRIO - DANIEL
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47 SEMINÁRIO - DANIEL
mesma: "Você não conhece a minha casa, as músicas que meus filhos ouvem.
Eles não são cristãos. Meu marido fala blasfêmias e profere maldições.
Ora, se Daniel foi fiel a Deus num país como Babilônia; se Deus o manteve
puro e leal ali, também pode fazer o mesmo com você. Mas você pode retrucar:
"Pastor, o Senhor não conhece o lugar onde trabalho. A desonestidade, as fotos
pornográficas nas paredes, as blasfêmias, as brincadeiras... É muito difícil. "
Lembre-se de Daniel e do Deus de Daniel. A força do Senhor vai mantê-lo firme
e seguro onde você vive, trabalha, mora, estuda. Lembre-se também de um
detalhe Daniel não estava em Babilônia por sua livre e espontânea vontade.
Por vezes, para ser fiéis a Deus, temos de sair do lugar onde estamos.
Também existem posições e lugares aos quais Deus nos conduz para exercermos
influência. Quando você é colocado num ambiente que não escolheu, em meio
a situações que não pode controlar, Deus tem todas as condições e poder para
conservá-lo seguro, firme e fiel.
"Então Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei, e disse a Daniel:
És tu aquele Daniel, um dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?
Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti..." Daniel
5:13 e 14.
O borracho rei tenta ridicularizar a Daniel. Imagine situação; Daniel é o mais
velho conselheiro do império babilônico. Ele viveu ali por 70 anos e Belsazar,
um sujeito antipático, rebelde e arrogante, que estava completamente
embriagado, olha para esse homem íntegro e tenta desfazê-lo.
Ora, majestade, rei Belsazar, quem você pensa que estava governando o seu
império quando Nabucodonosor ficou comendo grama por sete anos? Daniel.
Com sua grande capacidade administrativa, esse douto estadista, intelectual e
filósofo tratou dos negócios reais durante o tempo de ausência de
Nabucodonosor. Agora, Belsazar diz: 'Acho que ]a ouvi falar sobre você. Ah,
um escravo judeu." Alguém disse que o bêbado costuma falar muito mais e dizer
muito menos.
Verso 16: "Ouvi dizer, porém, a teu respeito que podes dar interpretações e
resolver dúvidas. Agora, pois, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a
sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadela de ouro
ao pescoço, e no reino serás o terceiro governante. " Isso parece bem uma
tentativa de suborno, não é? Por que Daniel desejaria ser o terceiro no reino,
se fora o segundo dirigente no reinado de Nabucodonosor?
A resposta de Daniel: "Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios
a outro; todavia, vou ler ao rei o escrito, e lhe farei saber a interpretação.
(Verso 17). Em outras palavras: "Não me interessa o quanto você paga; eu não
posso ser comprado." Você certamente já ouviu a máxima popular de que todo
homem tem seu preço.
Alguns trabalhos não valem a pena se levam você para longe de Deus, não
interessando o quanto rendem.
Gostaria de me dirigir aos jovens, agora: Há relacionamentos que não valem
a pena, não importa quão atraente seja a pessoa e quão persuasiva sua
personalidade. Se ela não conhece Jesus, seu lar será um caos.
Esse foi o grande momento de Daniel. "Far-te-ei saber a interpretação, à rei,
mas não quero dinheiro ou posições; fiquem as tuas dádivas contigo."
A essa altura dos acontecimentos, a banda real já havia parado de tocar. Os
copos de vinho, que estavam pela metade, são colocados à mesa por mãos
trementes. Todos olhavam fixamente para a parede e a inscrição nela feita.
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49 SEMINÁRIO - DANIEL
O Tempo Se Esgota
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50 SEMINÁRIO - DANIEL
6-CONFIANÇA NA CRISE
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51 SEMINÁRIO - DANIEL
O Dario, o medo, de que fala esse capítulo foi o rei que derrotou os
babilônios, e ele constituiu a Daniel como homem de confiança do primeiro
escalão: "Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas,
que estivessem sobre todo o reino, e sobre eles três presidentes, dos quais
Daniel era um..." Temos aqui, então uma nova estrutura governamental.
Quando um império tomava a hegemonia mundial de outro, era implantada uma
nova estrutura política. Portanto, o rei constituiu três presidentes, e colocou
Daniel como primeiro presidente. Abaixo destes três presidentes existiam
outros 120 príncipes. Todos os príncipes prestavam contas aos presidentes e
esses a Daniel, que por sua vez prestava contas diretamente ao rei. Logo que
os dois outros presidentes começaram a perceber a indicação do rei, ciúme e
inveja começaram a desenvolver-se em seus corações.
O capítulo 6 revela a conseqüência do ciúme e o perigo de permitir que os
pecados se desenvolvam em nossa mente. "Então o mesmo Daniel se distinguiu
destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente, e o rei
pensava constituí-lo sobre todo o reino. Então os presidentes e os sátrapas
procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino, mas não podiam
achar ocasião ou culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele
nenhum vício ou culpa." (Dan. 6:4) Perceba-lhes a inveja e o ciúme. A Bíblia diz
que "não podiam achar ocasião ou culpa alguma."
Eles grampearam a linha telefônica direta de Daniel com o rei, checaram sua
correspondência real depois que ele ia para casa, à noite. Entravam em seu
escritório, pegavam a sua correspondência e liam. "Quantos fãs medo-persas
ele conseguiu hoje? Quantos políticos denunciou? Quanto de propina levou para
casa? Sabemos que todos são desonestos, que todos roubam um pouquinho, pelo
menos. Talvez ele esteja desviando recursos reais para sua aposentadoria.
Ninguém é perfeito e honesto."
Investigavam tudo quanto podiam para descobrir algum indício
incriminatório. Sua vida foi dissecada minuciosamente, até mesmo o que dizia
quando em missão real, suas atitudes particulares e íntimas... "Podemos usar
alguma coisa contra ele? Há todos os indícios de que ele será o próximo rei,
com certeza, pois é o primeiro presidente. Quem sabe queira planejar um golpe
para depor Dario. Certamente ele é um velho homem, mas vai tentar manobrar
e destruir o reino." Checaram suas economias, palavras, ambições, vida pública,
vida privada, tudo, tudo. Ele foi totalmente investigado, mas não acharam
nada.
O que você faria se alguém investigasse sua vida privada? O tipo de livros,
revistas e jornais que você está lendo? Que programas de televisão está
assistindo; os filmes que anda vendo, as palavras que usa?
Daniel passou por rigoroso inquérito. Devassaram sua vida, mas Daniel nada
tinha a esconder. É maravilhoso quando na sua vida não existe nada para
ocultar. Existe extraordinária paz quando você pode ir para a cama e dizer:
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52 SEMINÁRIO - DANIEL
"Não existe nada nas minhas ações que gostaria de ocultar das pessoas. Minha
vida é transparente diante de Deus e dos homens." É muito bom saber que não
existe nenhum segredo que possa ser levado a público e envergonhar você.
Como aqueles inquisidores nada puderam achar, disseram: "Nunca acharemos
ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do
seu Deus." (verso S) Se alguém acusá-lo de ser leal a Deus, continue sendo. Se
alguém o condena porque você tem princípios, se o motivo da ridicularização
são seus firmes valores morais, não há problema. Se alguém o censura e
marginaliza por motivo de ciúmes, inveja, maldade ou qualquer razão
infundada, continue assim.
Os versos seqüentes dizem: "Então estes presidentes e sátrapas foram juntos
ao rei, e disseram - lhe: ó rei vive para sempre! Todos os presidentes do reino,
os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores, concordaram em que o rei
devia baixar um decreto e fazer firme o interdito, que qualquer que, por espaço
de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não
a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões." O que esse texto nos traz de pronto
à mente? Uma mentira deslavada, cínica! Em outras palavras eles disseram:
"Todos os presidentes do reino se reuniram e resolveram que não adoraremos
outro deus, exceto tu." Todos os presidentes se reuniram? O primeiro
presidente estava de acordo com eles? Não adoraria ele nenhum outro deus
exceto Dario?
A inveja explodiu em ciúme, e esse os levou a mentir. Sua mentira descarada
eclodlu no desejo de condenar à morte um homem inocente.
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53 SEMINÁRIO - DANIEL
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54 SEMINÁRIO - DANIEL
Centro do conflito
A lei de Deus x lei dos homens
A ordem de Deus x ordem dos homens
Reverência a Deus x reverência aos homens
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55 SEMINÁRIO - DANIEL
Aqui está o chamado para adorar o Criador, para Lhe sermos fiéis. Veja agora
o verso 9: "Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se
alguém adorar a besta...". O verso 7 ordena adorar o Criador. O verso 9 adverte:
não adore a besta. No verso 12 diz como evitar de adorar a besta: “Aqui está a
perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a
fé em Jesus.” Já o verso 12 diz que os que adoram o Criador e não à besta têm
fé em Jesus e isso conduz à obediência, à observância dos mandamentos de
Deus.
Nos dias de Daniel, um líder poderoso assinou um decreto que proibia a
adoração genuína. Em nossos dias, outro líder mundial irá unir o Estado e a
igreja e juntos forçarão um decreto que proibirá a adoração genuína. Daniel 3
e 6 são experiências paralelas. Em Daniel 3, um rei assinou um decreto que
dizia: Quem não ajoelhar e adorar a imagem, irá para a fornalha. Mesaque,
Sadraque e Abedenego foram fiéis e leais. Em Daniel 6, no fim da vi da de
Daniel, Dario assinou um decreto, aquela era uma lei real, prevendo pena
máxima para a infração de seu disposto. Nos últimos dias, conforme Apocalipse,
haverá um decreto similar. O problema será a adoração, a lealdade, a
obediência. Minha pergunta é: se hoje achamos difícil servir a Deus quando
gozamos de plena liberdade, por causa da pressão de algumas pessoas na
escola, no trabalho, em casa, em nosso clube. Se tais coerções nos levam hoje
a conformarmo-nos com as imposições humanas, que faremos na crise dos
últimos tempos? Será que Daniel se preparou para a crise de sua vida naquele
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56 SEMINÁRIO - DANIEL
• Conflito final
• Lealdade
• Obediência
• Adoração
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57 SEMINÁRIO - DANIEL
Lá estava Daniel numa cova imunda, fétida e abafada. O profeta repousa sua
cabeça num velho e roto trapo que não era lavado talvez há seis meses ou até
mesmo seis anos, e adormece tranqüilo, enquanto o rei, no palácio, em pijama
real, agitado e virando toda a noite não pode dormir nem um minuto. E bom
lembrar que não é a casa onde você vive que lhe permite dormir como uma
criança. É a paz concedida por Deus que faz você dormir. Nosso Senhor Jesus
Cristo disse: "Olhem para mim; perfeita paz lhes dou. Minha paz dou a vocês."
Muitas pessoas no mundo pensam que só terão paz se possuírem alguma
coisa. Se eu tiver uma casa nova ela me trará paz; se eu tiver um carro novo
ele me trará paz; se tiver sapatos novos eles me trarão paz; se tiver uma roupa
nova ela me trará paz; se tiver uma nova esposa ela me trará paz. Conheço
muitas pessoas assim. Sempre lhes está faltando alguma coisa para conseguir
a paz. Assim pensam.
Paz não procede de algo físico, palpável, visível, concreto. Existem pessoas
que são movidas por este pensamento: "Se eu puder conseguir, se eu puder
comprar, se for a outra festa, terei paz, serei feliz. " Acontece que paz é algo
interior. Paz, paz que se origina em Deus, é conforto para o espírito
desassossegado. Ela é concedida somente por Deus. Não surpreende que Daniel,
apesar de lançado cruelmente numa cova de leões fétida, abafada e nauseante,
tenha tido a paz de Deus em seu coração e nada temeu, porque ele sabia que
agira honesta e corretamente e tinha certeza que aqueles grandes gatos iriam
deitar-se e dormir a noite toda. Contraste gritante viveu o rei Dario,
preocupado, ansioso, tenso, apesar de habitar num belíssimo palácio. Não lhe
faria diferença a moradia real, nem os régios cofres abarrotados de jóias e
riquezas, Ele não podia dormir apesar de todos os confortos e segurança física.
Quando você conhece a Deus, Ele lhe proporciona paz ao coração. Deus e
Sua paz nos capacitam a enfrentar as situações difíceis com confiança e alegria.
Se a paz e a alegria dependem sempre das experiências que você está tendo no
momento, você estará como que no tombadilho de um navio em alto mar,
durante terrível tempestade, Oscilará como um barco fustigado por ondas de
doze metros. Se experiência for boa, você estará bem, se ma, voce ficará mal.
Agora, se sua paz não depende do que está acontecendo ao redor, mas do que
sucede em seu coração; se o reino de Deus está bem arraigado no íntimo e Jesus
vive dentro de você, essa paz, verdadeira, legítima, perdurável, irá enchê-lo
de vida e fá-lo-á feliz.
Leiamos Daniel, capítulo 6, versos 19 e 20: "O meu Deus enviou o seu anjo,
e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano." Quando os leões
da vida, da tentação, da ira, da amargura, do ressentimento, da depressão, do
desânimo, rugirem ameaçadores, não tema, tenha paz, Deus é um domador de
leões.
Porventura você já chegou a abraçar um leão alguma vez? Já? Eu já..., uma
vez. Quando comecei a trabalhar na televisão, nosso produtor, David Jones,
disse-me: "Mark, você fará um programa, uma série sobre o livro de Daniel,
inclusive a história da cova dos leões." Prosseguiu: "Tenho uma idéia! Quero
trazer um leão de verdade para os estúdios." Aí perguntei-lhe: "Você tem
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58 SEMINÁRIO - DANIEL
seguro?" Sua convicção era firme: "Traremos o leão para o estúdio" E um dia
eles trouxeram o leão... e era de verdade. Alguém chegou a perguntar: "Vocês
sedaram o leão?" Não, eles não doparam o bicho... e nem a mim. O domador
velo ao estúdio com o leão preso a uma corrente. O leão arrastava o rapaz e eu
confesso que fiquei um pouco nervoso.
Então o domador me disse: "Pr. Finley, coloque um terno velho quando o
senhor estiver com o leão. Isso é para o caso de o bichano pular no senhor. Não
quero que ele estrague um bom terno." Então emendei: "... E uma boa pessoa?
Um bom terno não interessa! "Daí ele disse: "Vou soltar o leão no palco e ele
irá se deitar. Mas, nunca passe pela frente dele. Você chegará perto, por trás
do animal e colocará seus joelhos nas suas costas e as mãos ao redor de sua
cabeça." A cabeça dos leões é imensa. O "rei das selvas" pode pesar entre 230
e 270kg. O domador continuou as instruções: “Aí massageie as laterais de sua
cabeça. Ele vai gostar disso e você sentirá seu pescoço movimentar-se. Se ele
gostar do que você estiver fazendo, inclinará a cabeça para trás e abrirá a boca.
Não fique nervoso. " Eu lhe disse: "Você me diz para não ficar nervoso?" Eu me
lembro do primeiro dia em que fizemos a gravação com o leão. Eu me ajoelhei
por trás dele, coloquei meus joelhos nas suas costas e fiquei assim. O produtor
do programa, vendo-me receoso, estimulava: "Chegue mais perto dele." E eu
cheguei um pouquinho mais perto e tentei tocá-lo, e o produtor disse: "Não
assim... mais perto, mais perto. Está muito longe. Há muito espaço ainda."
Finalmente cheguei bem perto e comecei a massagear sua cabeça. O leão
virou-se para trás e abriu a bocarra. Sabe por que o leão fez aquilo? Acha que
se eu tivesse encontrado um leão na floresta ele reagiria assim? O que você me
diz? Se fosse em seu habitat natural, por certo eu não estaria aqui para contar
a história. A razão de o grande felino ter reagido assim era que ele tinha um
domador. O domador tem tamanho poder sobre o animal, que eu pude tocar o
leão.
Daniel ficou dentro da cova dos leões, mas tinha um Domador ali presente,
um Domador que tornou os leões inofensivos. Existe, sim, um alguém que
domestica as mais rapinantes feras e Ele está vigilante por você neste
momento. Quem sabe você esteja enfrentando alguns "leões" da tentação,
problemas difíceis e intrincados a tal ponto que se assemelham a cova de leões
ferozes e famintos. Talvez você tenha sido lançado num fosso do sentimento de
perda e lutado contra "leões" os quais não pode dominar. O leão da adversidade
parece estar rugindo nos seus ouvidos, e hoje você pede: "Senhor, doma o leão.
Acalma a tempestade. Fecha a boca do leão." E Deus, o grande Domador, vem
para a sua cova dos leões e faz todos aqueles grandes gatos dormir.
Agradeço a Deus por Ele continuar a domar leões, por fechar-lhes a boca
mortal, por tornar esses grandes gatos de minha vida inofensivos. Ele fez isso
por Daniel e certamente fará por você também.
Oremos
Pai Nosso que está nos céus,, 7b és o grande domador de leões e quando
a vida se torna dura e o caminho longo, os dias difíceis e o leão parece rugir
ameaçadoramente em nossos ouvidos, n lhe fechas a boca e nos concede paz
em meio à tempestade.
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59 SEMINÁRIO - DANIEL
7-REINOS EM COLISÃO
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60 SEMINÁRIO - DANIEL
Tome sua Bíblia e abra-a no livro de Êxodo, capítulo 25. Deus ordenou
que Moisés construísse um templo quando Israel vagueava no deserto. No verso
8 está escrito: "E Me farão um santuário para que Eu habite no meio deles. " O
livro de Daniel, em seus capítulos proféticos, admite a priori que os leitores
tenham alguma noção sobre os dois santuários bíblicos. "E Deus disse: Me farão
um santuário, para que Eu habite no meio deles. Conforme tudo o que Eu te
mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis,
assim mesmo o fareis." O verso 40 adverte: "Vê que os faças conforme o modelo
que te foi mostrado no monte."
Deus levou Moisés até o cume do Monte Sinai e lá revelou a Moisés as
medidas e disposições do santuário terrestre. Esse se dividia em duas partes:
lugar santo e lugar santíssimo, mais o pátio. Moisés o construiu conforme as
medidas que Deus lhe deu no monte. Esse templo era uma ilustração viva do
plano da salvação. Foi a maneira que Deus escolheu para mostrar ao povo o
que era necessário para se prepararem para a vinda do Messias.
No santuário do Velho Testamento, se alguém perdesse o controle, ficasse
com raiva, amaldiçoasse a outrem, fosse desonesto ou cometesse qualquer
outra violação da lei, era-lhe necessário ir ao santuário levando consigo um
cordeiro, que não podia ter manchas ou defeitos. O culpado ia até o santuário
e lá chegando apanhava uma faca e degolava o animalzinho, depois de ter
confessado seus pecados com as mãos postas sobre a cabeça do cordeiro. Os
pecados eram transferidos simbolicamente do pecador para a vítima inocente.
O pecador tinha errado, transgredido e deveria morrer pagando a penalidade
da transgressão, mas sua culpa era transferida para o animal inocente, que
deveria arrostar a penalidade em lugar do infrator. O pecador degolava o animal
e o sangue respingava no chão. Então o cordeiro era colocado sobre o altar
para ser consumido pelo fogo, o sangue, colhido numa bacia, era levado pelo
sacerdote para dentro do santuário. O pecado tinha sido simbolicamente
transferido do pecador para o cordeiro. Ora, pense: merecia o cordeiro morrer?
Não de jeito nenhum! O pecador é quem merecia a morte. Mas quando o
cordeiro era morto, ele representava o pecador; estava em lugar dele.
O pecador ia para o santuário cheio de culpa, condenado pela lei, mas
quando confessava seu pecado, esse era transferido figurativamente para o
cordeiro. Mas espere um momento, o que isso tudo representava? Você se
lembra de que quando Jesus veio até as margens do Jordão, João Batista disse:
"Esse é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo," Jesus é nosso
Cordeiro, merecemos morrer porque quebrantamos a lei de Deus, ser
sepultados no esquecimento e jamais sair do sepulcro. Quando ficamos
nervosos, amargurados, com raiva, criticamos, temos pensamentos imorais ou
somos desonestos, merecemos morrer, mas Deus mesmo tomou sobre Si,
através do simbolismo do cordeiro, nossos pecados. O cordeiro representava
Cristo. O cordeiro não podia salvar a ninguém e nem tampouco seu sangue. Era,
em realidade, o sangue de Cristo que salvava.
O sacerdote, depois de lavar as mãos, levava o sangue para dentro do
santuário. No primeiro compartimento do templo havia a mesa dos pães da
proposição. Cada pão representava a Cristo, que é o Pão da Vida, nossa real
nutrição. O candelabro, que ficava à esquerda de quem entrava no recinto
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61 SEMINÁRIO - DANIEL
Bestas Proféticas
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62 SEMINÁRIO - DANIEL
A essa altura de sua vida, Daniel deveria ter mais ou menos 62 anos de idade,
e teve sua primeira visão. Ele interpretou visões anteriormente, mas a do
capítulo 7 foi sua primeira visão e maior experiência espiritual. E por falar na
experiência espiritual desse profeta, constatamos que ela se tornou mais e mais
rica com o passar do tempo. Alguns dizem que quando alguém se converte, é
possuído de grande exuberância espiritual e declina pouco ou muito ao cabo de
anos. Mas a experiência de Daniel com Deus ficou cada vez mais viçosa,
vigorosa. Não diminuiu com o passar do tempo.
Vamos ao versos: "No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel,
na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu logo o sonho,
e relatou a suma das coisas. Disse Daniel: Na minha visão da noite eu estava
olhando, e vi que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande. Quatro
animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como
leão, e tinha asa de águia. Eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi
levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração
de homem. Continuei olhando, e vi o segundo animal, semelhante a um urso, o
qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os dentes, e foi-
lhe dito: Levanta-te, devora muita carne. Depois disto, continuei olhando, e vi
outro animal, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas costas.
Este animal tinha quatro cabeças, e foi - lhe dado domínio. Depois disto
continuei olhando nas visões da noite, e vi o quarto animal, terrível e
espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e
fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava. Era diferente de todos os
animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres." (Versículos l a 7)'.
Que viu Daniel? Um mar agitado e, simbolizado por bestas ou animais, viu
reinos em confronto. O que esses símbolos proféticos representam?
Símbolos proféticos
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63 SEMINÁRIO - DANIEL
O que significa o surgimento das bestas do mar, da água? A Bíblia diz que as
bestas surgiram do Mar Grande. Segundo Apocalipse 17, verso 15, mar
representa pessoas ou nações. Nós mesmos usamos símbolos em nossa
linguagem. Algumas vezes dizemos, para referir-nos a uma grande concentração
de gente, "um mar de gente".
E os ventos? Você está lembrado de que Daniel 7 diz que "os quatro ventos
se agitavam sobre o Grande Mar"? O que o vento representa? Segundo Jeremias
49, verso 36, vento simboliza discórdia e destruição. O profeta viu um grande
mar agitado. Agora vamos fazer uma ligação entre símbolos e realidades e você
verá como é fácil entender as profecias bíblicas. Nos versos 2 e 3 está escrito:
"Disse Daniel: Na minha visão da noite eu estava olhando, e vi que os quatro
ventos do céu agitavam o Mar Grande. Quatro animais grandes, diferentes uns
dos outros, subiam do mar."
Ora, se ventos representam discórdia, conflitos, então quatro ventos
representavam conflitos ao redor do globo. Esses ventos sopravam sobre o
Grande Mar. Mas o que é o Grande Mar? Vimos que águas, mares, significam
pessoas ou nações. Ventos soprando sobre o mar são representativos de
conflitos, discórdias e guerras entre a humanidade.
Quando pensamos em ventos fortes, vêm-nos à mente furacões, ciclones,
tornados, tufões, desastres da Natureza, produzindo devastação. Assim, os
quatro ventos simbolizam destruição. Eles sopram sobre povos, nações, e das
guerras ou conflitos entre os homens surgem quatro grandes bestas ou reinos
em seqüência, uma após outra. O primeiro desses reinos é representado como
um leão com asas de águia. Você se recorda de quando estudamos a profecia
do capítulo 2, que tinha uma grande imagem? Aquela grande imagem era
construída de quatro metais: ouro, prata, bronze e ferro, e tinha dez dedos de
ferro e barro. Os quatro metais representavam reinos: Babilônia, Medo-Persa,
Grécia e Roma. Agora temos quatro bestas. Assim como o ouro é o principal
dos metais, o leão é o rei dos animais. O primeiro metal representava Babilônia,
a primeira besta também era figurativa desse reino.
Na seqüência dos tempos proféticos, como estudamos na Bíblia, Deus sempre
começa no ponto onde o profeta está. Isso faz sentido, não é verdade? Ele
começou por Babilônia. Quando o reino caldeu estava para desaparecer, o
Senhor iniciou pela Medo-Pérsia, depois vieram Grécia e Roma, Deus usou o leão
para representar Babilônia. Na verdade, Isaías e Jeremias diziam que Babilônia
era como um leão. Exatamente como o ouro, o principal dos metais,
representava Babilônia, o leão com asas de águias representava Babilônia. Mas
as Escrituras dizem que após Babilônia, que governou o mundo de 605 a 539
a.C., surgiria outra nação e que ela seria representada por um urso. Daniel 7,
verso 5: "Continuei olhando, e vi o segundo animal, semelhante a um urso...".
Esse urso tinha três costelas em sua boca. Quem derrotou Babilônia? Medo-
Pérsia. As três costelas na boca do urso representavam as três nações que a
Medo-Pérsia precisava abater para dominar o mundo Babilônia, Lídia e Egito. E
a Medo-Pérsia, feroz como um urso faminto e sedento de sangue, conquistou o
mundo.
Havia, porém, uma terceira besta. Daniel 7, verso 6: "Depois disto, continuei
olhando, e vi outro animal, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de
ave nas costas. Este animal tinha quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio."
Observem a precisão da profecia bíblica. Quem submeteu e liquidou a Medo-
Pérsia? A voz da história confirma: Grécia. O que você sabe sobre a Grécia? A
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64 SEMINÁRIO - DANIEL
Vamos ler Daniel 7, verso 7: "Depois disto, continuei olhando nas visões da
noite, e vi o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha
dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o
que sobrava. Era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e
tinha dez chifres." Surge agora no panorama profético uma besta ou animal
diferente e possui dez chifres. Você se lembra de qual nação derrotou a Grécia?
Roma, certo? O império romano, por sua vez, foi dividido em 10 partes.
Observem o paralelismo. Na imagem de Daniel, temos quatro metais: a cabeça
de ouro, os braços e o peito de prata as coxas de bronze e pernas de ferro. No
capítulo 7, animais. Eis um quadro das correspondências proféticas.
Daniel 2 Daniel 7
Ouro Leão
Prata Urso
Bronze Leopardo
Ferro Dragão
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65 SEMINÁRIO - DANIEL
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66 SEMINÁRIO - DANIEL
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67 SEMINÁRIO - DANIEL
Observe agora mais detalhes dessa figura: tinha olhos como os de um homem
e falava grandes coisas. Atende agora para lógica do raciocínio: se os dez chifres
representam as dez divisões de Roma e se esse pequeno chifre surge entre os
dez, em que lugar deveria aparecer? Em algum lugar dentro dos limites do velho
império romano ou na Europa. Se ele está surgindo após os 10 chifres, porque
a Bíblia diz que ele surgiu depois deles, tem de aparecer em algum lugar em
seguida à derrota do império romano. Ele destruiria três chifres, isto é, três
divisões das dez em que Roma foi repartida, porque esses não aceitariam os
dogmas e imposições desse poder. Diz a Bíblia que ele tem olhos como os olhos
de homem. Posso imaginar qual seja o significado disso: esse poder tem olhos
como de um homem. Na Bíblia, algumas vezes, um profeta é chamado por outro
nome vidente. Por que um profeta é chamado de vidente? Porque o profeta
não vê com os seus próprios olhos mas com os olhos de Deus. Então essa força
possuía os olhos de Deus ou olhos de homem? Olhos de homem. Olhos, na Bíblia,
freqüentemente representam sabedoria ou entendimento.
Deixe essa passagem marcada em sua Bíblia e vamos até Efésios, capítulo 1
, verso 18: "Para que sejam iluminados os olhos do vosso entendimento..." Note
que estes são olhos do entendimento. Portanto esse poder não tinha a mente
de Deus, mas dos homens. Nos primeiros séculos da era cristã, um poder
despontaria na Europa, especialmente em Roma, Ele viria não com a sabedoria
ou o entendimento de Deus, mas com o entendimento humano.
O verso 24, de Daniel 7, diz que no império romano aconteceriam dez
divisões e que um pequeno chifre surgiria no meio delas, sendo diferente dos
outros. O que significa diferente? Os demais poderes eram de índole política,
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68 SEMINÁRIO - DANIEL
porém, o chifre pequeno seria diferente, não político, mas religioso. Por isso,
já nos primeiros séculos da era cristã poderíamos esperar o surgimento de um
poder religioso. Ele estaria baseado na sabedoria e entendimento humanos.
Ocorreria um abandono da verdade da Palavra de Deus. Por causa da filosofia e
interesses inconfessáveis do poder do chifre pequeno, ele perseguiria o povo de
Deus e se atreveria a mudar Sua santa lei.
Note o que revela a profecia; Daniel 7, verso 25: "Proferirá palavras contra
o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos
e as leis." Esse poder assomou ao cenário mundial nos primeiros séculos de nossa
era e fez com que a tradição humana tomasse o lugar da infalível Palavra de
Deus. Ele haveria de surgir do império romano pagão e seria diferente dos
poderes anteriores Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma e das dez divisões. A
diferença: seria um poder político-religioso. Vejamos suas principais
características: Primeira "Proferirá palavras contra o Altíssimo". O que significa
proferir palavras contra o Altíssimo? Quer dizer colocar a si mesmo na posição
de Deus, usurpar-Lhe a autoridade. Segunda: Destruirá os santos do Altíssimo",
ou perseguiria aqueles que não aceitassem sua ideologia político-religiosa.
Terceira: "E cuidará em mudar os tempos e as leis." A Bíblia previu que haveria
uma apostasia no seio da cristianismo. Isso aconteceu? Leiamos, Daniel 8, verso
12: "O exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das
transgressões. Lançou a verdade por terra, e prosperou em tudo o que fez." A
verdade de Deus seria lançada por terra; a tradição tomaria o lugar das
Escrituras. Despontaria de Roma um poder político-religioso que substituiria a
Bíblia por ensinamentos humanos e teria o absurdo desplante de mudar a lei de
Deus.
O apóstolo Paulo ficou muito preocupado com isso. Vá para o segundo livro
de Tessalonicenses, capítulo 2. Esse capítulo evidencia a tremenda aflição de
Paulo por causa do abandono da verdade, dos princípios da Palavra de Deus,
nos últimos dias de nossa história. Leiamos o verso 3: “Ninguém de maneira
alguma vos engane, pois isto não acontecerá sem que antes venha a apostasia,
e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” As Escrituras são
muito claras nos últimos dias a verdade de Deus seria mudada e abandonada.
Preste atenção e perceba o que a Bíblia ensina. Haveria grandes nações que
governariam o mundo: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma pagã, e depois de
Roma pagã o reino seria dividido em dez partes. De Roma se desenvolveria um
novo sistema de características político-religiosas que pretenderia instituir o
templo de Deus na Terra, com sacrifícios e sacerdotes terrestres.
À medida que esse sistema fosse se desenvolvendo, a tradição tomaria o
lugar da Escritura. Na Idade Média aconteceria o abandono dos claros
ensinamentos da Palavra de Deus. Jesus rogou, em Sua oração ao Pai:
“Santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade.” João 17:17. Pedro disse,
em Atos 5:29: “Mais importa obedecer a Deus do que os homens!” Em Marcos
7:7, Jesus protestou: “Em vão, porém, Me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos de homens." Foi exatamente isso que a Bíblia profetizou. Daniel viu
o leão, o urso, o leopardo e o dragão; viu os dez chifres e o pequeno chifre; viu
a apostasia, o abandono da verdade em toda a Terra; viu a rebelião contra a lei
de Deus. Então ele olhou para o Céu e o que viu? O santuário celeste.
Por favor, volte para Daniel 7, versos 9 e 10: “Eu continuei olhando, até que
foram postos Lins tronos, e um Ancião de Dias Se assentou. Sua veste era branca
como a neve, e o cabelo da Sua cabeça como lã puríssima. O Seu trono era de
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69 SEMINÁRIO - DANIEL
chamas de fogo, com rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de
diante dele. Milhares de milhares estavam diante dele. Assentou-se o tribunal
e abriram-se os livros.” Daniel disse: eu vi da terra e olhei para os céus e eu vi
Deus, o Ancião de dias, sentado no seu trono. E lá, o julgamento começou. E o
chamado foi para que homens e mulheres voltassem a obedecer a lei de Deus,
que obedecessem a palavra de Deus. Um pouco antes da Vinda de Cristo, haverá
um último chamado, um chamado de retorno para a bíblia, um chamado para a
verdade. Um chamado para a obediência, um chamado para a adoração e a
harmonia com a lei de Deus
Verdade ou Tradição?
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70 SEMINÁRIO - DANIEL
Oremos:
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71 SEMINÁRIO - DANIEL
8-FINALMENTE SALVOS!
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72 SEMINÁRIO - DANIEL
animal podia estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se das suas
mãos. Ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. Estando eu
considerando, vi que um bode vinha do Ocidente sobre toda a Terra, mas sem
tocar no chão, e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos. Dirigiu-se
ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto diante do rio, e
correu contra ele no furor da sua forca."
Há um combate entre o carneiro e o bode. O carneiro baixa sua cabeça e o
bode também e eles trocam marradas. É vital que consideremos um ponto: o
carneiro e o bode eram animais usados no ritual do santuário. Deus quer nos
dizer alguma coisa mediante o uso do simbolismo do carneiro e do bode. Ele
quer que saibamos que mesmo antes de começarmos a estudar essa profecia, o
Senhor nos está chamando a atenção para o santuário.
O Processo Expiatório
Suponhamos que você vá viajar e eu lhe digo que antes de chegar ao destino
final, irá cruzar uma ponte. Depois de passar por ela você irá encontrar uma
curva e depois um lago. Às margens desse lago existe uma montanha. Quando
chegar perto da ponte, você dirá estar chegando perto. Vêem o lago e diz estar
mais perto ainda e, ao ver a montanha, dirá estar quase lá. As indicações que
lhe dei apontavam para o fim da viagem.
Em Israel. se uma pessoa pecasse deveria oferecer um sacrifício. Tinha de
trazer um cordeiro perfeito e sem manchas. Por que perfeito e sem manchas?
Quem será que era representado pelo cordeiro? Cristo. Jesus cometeu algum
pecado? Absolutamente não! Ele nunca pecou, mas tornou-Se pecador em nosso
lugar e assumiu nossa culpa do pecado. Jesus, o Cristo perfeito, era
representado pela ovelha perfeita e sem manchas.
Como pecadores, não podemos entrar no santuário sem oferecer um
sacrifício. No lugar o segundo compartimento do santuário, está a arca do
concerto com a santa lei de Deus em seu interior e querubins a encimar-lhe a
tampa ou propiciatório. Entre os seres celestes se manifesta a glória de Deus.
Repetimos: não podemos nos aproximar de Deus sem oferecer sacrifícios,
porque somos pecadores e nos rebelamos contra Deus. Então, oferecemos
sacrifícios porque foram os nossos pecados que levaram Cristo à cruz.
Comparecemos diante de Deus como culpados pecadores, mas ao oferecermos
nossos sacrifícios, o peso dos nossos pecados é erguido de nossos ombros, e a
angústia da culpa é retirada de nosso peito.
Pensem em Cristo sobre a cruz. Imaginem o seu Cordeiro imaculado
morrendo na cruz, seu sangue gotejando de Suas mãos e fronte. Ainda em sua
imaginação, aí mesmo onde você está, diga: Ó Senhor, perdoa – me!
A Bíblia diz que: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para
nos perdoar.” O peso da culpa pode agora mesmo ser suspenso de seus ombros.
Ele é o Cordeiro de Deus que foi morto por você, Seu sangue derramou-se por
você. Aproximamo-nos de Deus ao nos achegarmos a Cristo.
No antigo santuário hebreu, o sacerdote apanha o sangue e entra no
santuário. Ali, no compartimento conhecido como Lugar Santo, ele esparge o
sangue do animal na cortina que separa o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. O
sacerdote ali é o representante do pecador. Quando me dou conta de que ao
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73 SEMINÁRIO - DANIEL
Guerra ao Santuário
Dos animais descritos nesse capítulo, é dito que o cordeiro possuía dois
chifres. Por que será? Que nação derrotou a Babilônia? Medo-Pérsia, E a Bíblia
diz em Daniel 8, verso 3 "Levantei os olhos e vi um carneiro que estava diante
do rio, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos. Um dos dois chifres
era mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por último." Temos dois chifres,
um menor e outro, maior, que surgiu por último. A Pérsia, o maior, dominou
sobre a Média. Os persas eram mais fortes que os medos. E eles surgiram depois,
conforme estava profetizado.
Vejamos o verso 4: "Vi que o carneiro dava marradas para o Ocidente, para
o Norte e para o Sul." A Medo-Pérsia atacava o ocidente, ao Norte e ao Sul.
Agora o verso 5: "Estando eu considerando, vi que um bode vinha do Ocidente."
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74 SEMINÁRIO - DANIEL
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75 SEMINÁRIO - DANIEL
conselhos que deram sobre ele. Eles apelavam para que todos os crentes fossem
fiéis às Escrituras, e estariam dispostos a dar a própria vida para serem fiéis à
Bíblia.
Os apóstolos apelavam à estrita fidelidade a Deus. Leiamos Atos capítulo 20,
verso 28: "Olhai por vós, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com
o Seu próprio sangue . Sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós
lobos cruéis que não pouparão o rebanho." O que Paulo está dizendo é que
quando ele morresse, haveria uma grande perseguição." Acentua que dentre os
próprios crentes surgiriam homens perversos que buscariam desviar o rebanho.
Que coisas perversas seriam essas? Mentiras, falsidades, heresias. O apóstolo
Paulo disse exatamente a mesma coisa que o profeta Daniel. Líderes religiosos
surgiriam convertendo até os pagãos, mas introduziriam idéias e formas pagãs
de adoração no cristianismo. Haveria um abandono da Bíblia. O conselho
apostólico apela para uma volta às Escrituras, à obediência a Deus.
O pequeno chifre estendeu seus domínios por toda a Europa e atacou o
exército celeste. Lançou a verdade por terra. Mas a Bíblia diz que essa verdade
agredida e posta no chão seria, no final, completamente restaurada. Voltemos
a Daniel 8 e leiamos os versos 12,13 e 14. Confirmado! A verdade seria
restaurada e as tradições disseminadas por toda a Terra derrotadas pela luz da
verdade divina. "O exército lhe foi entregue com o sacrifício contínuo, por
causa das transgressões. Lançou a verdade por terra, e prosperou em tudo o
que fez. Depois ouvi um santo que falava, e disse outro santo àquele que falava:
Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora
para que seja entregue o santuário, e o exército, a fim de serem pisados?"
Por quanto tempo o santuário divino seria lançado por terra? Um poder
político-religioso se projetaria e buscaria destruir a verdade sobre Jesus e o
sacrifício. Todos os tipos de intercessores seriam criados em substituição a
Jesus. Seriam imaginados e disponibilizados todos os tipos de penitências para
obscurecer a intercessão de Cristo. A verdade sobre Jesus, o único
intermediário entre Deus e os homens, seria prostrada ao chão. A verdade sobre
a lei divina, que mostra o caminho da obediência a Deus para homens e
mulheres, seria substituída por tradições humanas.
Em Daniel 8, versos 12, 13, vemos dois santos no céu. Freqüentemente na
Bíblia, santo tem dois significados, dependendo do contexto em que se insere.
Pode ser atinente a crente, se for atribuído aos fiéis de Deus na Terra. Algumas
vezes, a palavra santo significa seres angelicais. Assim, Daniel aqui está falando
sobre anjos, seres santos celestiais. Se você possui uma tradução moderna da
Bíblia, provavelmente lerá assim: "Santos que falavam." Dois seres santos estão
conversando e um olha para o outro e pergunta: "Até quando a verdade sobre
Jesus será lançada por terra? Até quando a verdade sobre Jesus, o Salvador, o
único que pode perdoar pecados e que derramou Seu próprio sangue para remir,
será assim vilipendiada? Até quando as leis humanas tomarão o lugar das leis
divinas? O verso 14 responde: "Ele me disse: até 2.300 tardes e manhãs, e o
santuário será purificado."
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76 SEMINÁRIO - DANIEL
Esquematizemos:
A verdade divina seria disseminada por toda a Terra, revelando que Jesus é
o Cordeiro, o Sacerdote, o Caminho para a obediência da Sagrada Lei. No final
desse período de 2.300 dias, os pecados seriam purificados pelo juízo final de
Deus na Terra. A luz celeste brilharia sobre a Terra, sobre os seres humanos,
antes do fim do tempo. E eles saberiam tudo sobre Jesus, o cordeiro sacrificado;
todos saberiam que Jesus é o Sacerdote, que Ele é o Único que perdoa.
Conheceriam a misericórdia e o poder de Jesus e a legítima lei de Deus.
Percebam que no fim do tempo, tudo versa sobre Jesus, Mas os 2.300 dias
podem deixar alguém um pouco confuso. A Bíblia diz: "Até duas mil e trezentas
tardes e manhãs, o santuário seria purificado." Portanto, existem três coisas:
Um período de tempo = 2.300 dias; existe um lugar = o santuário e um evento
= a purificação desse santuário. Mas se contarmos 2.300 dias a partir dos dias
de Daniel, chegaremos até onde? Se são dias literais, quantos dias temos num
ano? Trezentos e sessenta e cinco. Mas o anjo disse algo para Daniel que pode
causar perplexidade. Vejamos Daniel 8, verso 17. Se esses forem considerados
literais, eu mesmo ficaria um pouco aturdido com o que o anjo disse a Daniel:
"Ele veio para perto de onde eu estava; e vindo ele, fiquei assombrado, e caí
com o rosto em terra. Mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta
visão se realizará no fim do tempo." Quando essa visão sobre a purificação do
templo aconteceria? No fim do tempo. Note que novamente, no verso 19, ele
diz: "Eu te farei saber o que há de acontecer no último tempo." Conclui-se que
esse período de 2.300 dias acaba quando o tempo do fim começa. E no fim
desse tempo a verdade de Deus é restaurada. Portanto, esses não são 2.300
dias literais. Eles têm de ser algo mais.
Em Ezequiel 4, verso 6, diz: "Quarenta dias te dei, cada dia por um ano."
Segundo a Bíblia, um dia profético é igual a um ano literal. Então os 2.300 dias
representam 2.300 anos literais.
Não vamos, por enquanto, abordar a questão do tempo de início do
julgamento ou quando esses 2.300 dias começaram, porque desejamos agora
focalizar os fatos narrados no capítulo 8. Quando então chegarmos ao capítulo
9, iremos ver exatamente quando começa o fim dos tempos e o Juízo Final,
também chamado de "purificação do santuário".
Vimos que anjos estavam conversando e um deles disse para o outro: "Quando
a verdade sobre Jesus, o Cordeiro sacrificado; quando a verdade sobre Sua
misericórdia, perdão e atividade sacerdotal intercessória no Céu será revelada?"
Então o outro anjo respondeu e disse que no final dos 2,300 dias (ou anos)
haverá uma grande restauração da verdade. Mas não é apenas um período de
tempo mencionado aqui, é também um evento. Os 2.300 anos, desde o tempo
de Daniel nos levam ao final dos tempos.
Você estará lembrado de que no capítulo anterior, a Bíblia falou de dois
santuários: o terrestre, construído por Moisés, como uma maquete, e o
santuário celeste, o verdadeiro santuário que foi erigido e estabelecido por
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77 SEMINÁRIO - DANIEL
O Dia da Expiação
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78 SEMINÁRIO - DANIEL
Jesus disse que no fim dos tempos, após os 2.300 dias, o santuário seria
purificado. Nalgum momento, durante o tempo do fim, iniciar-se-ia uma
expiação, um julgamento. Também nalgum momento, durante a fase final do
julgamento, Deus fará um último apelo a homens e mulheres para irem a Ele,
provarem Sua misericórdia e graça, e abrirem seus corações. Cristo será
exaltado novamente perante todo o mundo, como Salvador universal. A luz irá
alcançar os confins da terra. Jesus Cristo será exaltado sobre todas as
ideologias, tradições e religiões. Cristo será exaltado como o Cordeiro de Deus
que tira os pecados do mundo, sob a luz da purificação do santuário, do juízo
final. Cristo será exaltado como Sumo Sacerdote, Aquele que nos conhece
intimamente e está a par de todas as nossas preocupações, males, desânimo,
desejos e depressão. Cristo será visto diante do trono de Deus representando
a humanidade e intercedendo pelos que Lhe buscam o favor.
Nos últimos dias o santuário seria purificado. Toda a poluição moral e
religiosa produzida pelos homens seria trazida à luz, todos os erros secretos e
abertos cometidos pelos homens seriam descobertos. As falsidades ensinadas
por professores de religião, teólogos e ministros seriam descobertas e banidas
do santuário celeste.
O apelo do santuário é o apelo de Jesus como nosso Sumo Sacerdote, para
amá-Lo, obedecê-Lo, servi-Lo e entregarmos nossa vida a Ele. É o convite de
Jesus, nosso Salvador, a nós. Agora, não importa quão distantes estamos dele;
não importa o quanto O temos desapontado e ofendido, o chamado de Daniel,
capítulo 8, é para que nos voltemos para Jesus. O apelo de Daniel 8 não é para
nos unirmos em um santuário terrestre, mas é para nos ajoelharmos, em nossos
quartos, perante o grande Santuário Celestial imaginando Cristo como o nosso
Sumo Sacerdote, dizendo para nós, diante do Universo que nós somos seus
filhos. É um apelo para aceitarmos Cristo como nosso Salvador, para abrirmos
nossos corações para Ele, aceitarmos Sua grandeza, misericórdia e perdão, e o
poder que Ele possui para transformar nossa vida. Ele nos tornará obedientes e
dar-nos-á forças para obedecermos à Sua lei. O apelo de Daniel 8 é feito a
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79 SEMINÁRIO - DANIEL
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80 SEMINÁRIO - DANIEL
Lei de Deus e por isso desenvolveu um sistema religioso voltado para nós. Mas,
como aquela mulher que se comoveu com o amor do marido e que hoje deseja
fazer somente o que lhe agrada, assim também quando nossos corações forem
tocados pelo amor de Deus, não desejaremos fazer mais nada a não ser agradá-
Lo e obedecê-Lo. E nos últimos dias da nossa história, Deus está nos chamando,
para amá-Lo
Oremos:
Pai, nós te agradecemos pelo teu amor. Nós te agradecemos pelo apelo
de Daniel para restaurar a verdade hoje, e para amar-Te e obedecer-Te nestes
últimos dias e para sempre. Obrigado, querido Jesus, por dar, a nós, a força e
a coragem para fazermos isso. Obrigado, porque não só nos perdoas, não só és
misericordioso, mas porque há poder no sangue de Cristo para fazer de nós um
novo homem, uma nova mulher. Há poder na graça de Cristo que nos
transforma e reconstrói. Obrigado por isso, em nonme de Jesus, Amém.
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81 SEMINÁRIO - DANIEL
9-SEMPRE PONTUAL
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82 SEMINÁRIO - DANIEL
delonga é só para nós e não para Deus, porque o que Deus faz as coisas sempre
pontualmente.
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83 SEMINÁRIO - DANIEL
Você pode encontrar essa lei em Daniel 9, verso 13 e 14: "Como está escrito
na lei de Moisés, todo esse mal nos sobreveio; apesar disso, não temos
implorado o favor do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas
iniqüidades, e para alcançarmos discernimento da Tua verdade. Por isso, o
Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós."
A Lei da Causa e Efeito diz simplesmente isto: Quando qualquer pessoa,
qualquer família, qualquer nação, consciente e voluntariamente deixa o
Senhor, perdem as bênçãos e a proteção divina. Em conseqüência, sua vida se
enche de preocupações, tristezas e destruição, as quais não existiriam caso não
tivessem escolhido o estado de rebeldia. Deus é tão amoroso que não pode
gerar nos humanos preocupações, tristezas, divórcios e acidentes
automobilísticos ou de qualquer outro tipo. Nossa rebeldia é que repele Suas
bênçãos, dando ao diabo permissão para causar problemas que, em outra
situação, ele não poderia. Daniel 9:13 diz: "... Para nos convertermos das nossas
iniqüidades, e para alcançarmos discernimento da Tua verdade."
Algumas vezes Deus nos ensina através do sofrimento o que não
aprenderíamos em momentos de alegria. A história de Israel é a narrativa de
uma nação a quem Deus ensinou através de grande sofrimento por causa da sua
rebeldia.
Não sei o que você pensa, mas eu quero que minha família seja obediente a
Deus, para não precisar passar por problemas e dificuldades que se tornariam
necessários com o propósito para levar nossas mentes e corações a Deus.
Alguém disse que só olhamos para cima quando estamos lá embaixo. Espero que
sejamos sábios. A Bíblia diz: “Aquele que tem ouvidos, ouça e aprenda.”
Tudo o que aconteceu com Israel, seu cativeiro, sofrimentos e
desapontamentos, foi escrito como exemplo para nós, sobre quem o fim do
mundo virá, para que tenhamos esperança. Prefiro aprender quando Deus me
dá um gentil toque nos ombros e responder ao Seu amor, do que continuar
rejeitando Sua voz e evitando Seu toque. Desejo aprender com alegria o que
não quero conhecer pelo sofrimento, e você?
Daniel continua a tratar da profecia no verso 21. Ele revela profunda
preocupação sobre quando seu povo sairá de Babilônia e voltará para Jerusalém
a fim de reconstruir o santuário de Deus.
Daniel estava preocupado com seu povo: "Estamos presos, cativos e
precisamos sair de Babilônia." Ele orou para que os 70 anos de cativeiro
terminassem e todos pudessem voltar para Jerusalém e adorar a Deus. Enquanto
estava orando, o anjo Gabriel velo até ele e disse: "Daniel, eu responderei a
sua oração de forma muito mais ampla. Mostrarei quando o povo de Deus
deixará Babilônia e quando a verdade sobre a adoração no verdadeiro santuário
será revelada. A verdade sobre Jesus, o Cordeiro de Deus, o verdadeiro Sumo
Sacerdote, a verdade sobre a lei de Jesus e a obediência. Quero mostrar-lhe
alguma coisa, Daniel, não sobre o santuário terrestre e a restauração da
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84 SEMINÁRIO - DANIEL
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Gabriel aparece e diz: "Setenta semanas desse período, ou 490 dias, ou 490
anos, estão determinados sobre o teu povo." Os 490 dias se aplicam aos judeus.
Qual o significado da palavra determinados? O livro de Daniel foi escrito em
aramaico e hebraico, e existe uma palavra hebraica interessante chamada
Yatok, que significa cortado ou separado de. Assim podemos entender a
explicação do anjo: "Daniel, os 490 anos foram cortados, isolados ou separados
dos 2.300 anos. A primeira parte dos 2.300 anos ou 490 anos, se referem ao
teu povo." E ele então revela a Daniel o que vai acontecer esses 490 dias
proféticos.
Esse período de quase cinco séculos é a mais emocionante e excitante
profecia de todo o Velho Testamento, por ser tão acurada e mostrar que Deus
é muito pontual. Gabriel diz ao velho profeta: "Serão 2.300 anos contados de
hoje até o final dos tempos. Mas os primeiros 490 anos estão determinados ao
teu povo, os judeus. Durante esse tempo muitas coisas haverão de acontecer."
E Gabriel completou: "Deixe-me mostrar-lhe onde esse período começa." Preste
atenção, Daniel: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas
semanas. As praças e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos
angustiosos." (Daniel 9:25)
Os judeus estavam cativos a 70 anos e Daniel estava preocupado em saber
quando o povo seria libertado, obteria permissão para voltar a Jerusalém e
reconstruir a cidade e seus muros, e adorar a Deus em paz. Então o anjo Gabriel
começou com um evento que era muito importante para Daniel. O tempo
deveria ser contado a partir da saída da ordem para restaurar e edificar
Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe. Quem é o Ungido, o Príncipe? Jesus, sem
sombra de dúvida.
A colocação de Gabriel é clara. A partir de algum evento político, um
decreto, ordenando que os judeus voltassem para sua terra e reedificassem
Jerusalém e reinstaurassem a adoração a Deus, transcorreriam sete e mais
sessenta e duas semanas (de anos) até o Cristo, o Messias. Ainda restaria mais
uma semana profética para completar as setenta anunciadas. Quantos dias são
69 semanas proféticas? Se um dia profético é igual a um ano literal, conforme
Ezequiel 4:6: “Um dia te dei para cada ano” - sessenta e nove semanas somam
483 dias-anos.
Desde o decreto para restaurar Jerusalém até o Messias, Jesus Cristo, haveria
exatamente 483 anos. Quando foi emitido o decreto para restaurar Jerusalém?
Esdras, capítulo 7, tem a resposta. Na realidade, foram baixados três decretos;
o terceiro deles foi expedido por Artaxerxes Longímano, e era muito
significativo porque permitia aos judeus não só partir, como também
restabelecer a adoração a Deus com seu próprio sacerdote, permitindo ainda
que formassem uma comunidade religiosa independente.
Esdras 7, verso 13: "Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do
povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas..." Por isso era tão importante,
porque permitia os sacerdotes e levitas voltar e organizar a adoração. “... Que
quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Agora o verso 27: "Bendito seja o Senhor
Deus de nossos pais, que pôs no coração do rei o desejo de honrar a casa do
Senhor, a qual está em Jerusalém." Esse era um decreto especial. Eles podiam
ir embora e construir o templo. Eles podiam ir embora e organizar a adoração.
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A lei de retorno à pátria de Israel foi decretada em 457 a.C. A partir dele
seriam contadas as 69 semanas e mais uma, até completar os 490 anos
proféticos.
Imaginemos uma linha do tempo e suponhamos que eu esteja andando sobre
ela. Cada passo representa um ano e eu ando 457 passos, a partir de um ponto
inicial chamado decreto de Artaxerxes, emitido em 457 a.C. Quando encerrar
os passos a que me propus, chegarei a zero. Qual é a referência histórica para
o ano zero? Nenhuma. Você chegará ao ano l d.C. Mas precisamos andar nesta
linha do tempo por 483 anos. Bem, se andarmos esses 483 anos chegaremos ao
ano 27 d.C., porque não existe e ano zero. Segundo a Bíblia, em 27 d.C., o
Messias surgiria. A propósito, você sabe o significado da palavra Messias? Ela
procede do termo hebraico machiach e quer dizer "o ungido ".
E o que aconteceu exatamente em 27 DC? Precisamente nesse ano Jesus
Cristo, o Messias, foi batizado. A Bíblia não adivinha, ela sabe. Daniel
profetizou, centenas de anos antes, a data exata do batismo de Cristo. Jesus
Cristo foi batizado no rio Jordão em 27 d.C. Quando Jesus saiu das águas, o
Espírito Santo desceu sobre Ele e ungiu-O.
Vamos ver Lucas, capítulo 3, verso 1: "No décimo quinto ano do reinado
Tibério César," O décimo quinto ano do reinado de Tibério César deu-se em 27
d.C. Vejamos o que aconteceu naquele ano. Lucas 3, verso 21: "Quando todo o
povo se batizava, Jesus também foi batizado. E, enquanto Ele orava, o céu se
abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba.
E ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em Ti Me comprazo"
Até o seu batismo, Jesus trabalhou na carpintaria de José, em Nazaré. Mas
aos 30 anos, foi batizado e a partir daí exerceu Seu ministério salvador durante
três anos e meio como o Messias. Ele foi ungido pelo Espírito Santo.
Os eventos do esquema divino sucedem de acordo com a previsão bíblica.
Daniel capítulo 9, verso 25: "Sabe e entende desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe [batismo e unção
de Cristo] serão sessenta nove semanas [483 anos]." Verso 26: "Depois das
sessenta e duas semanas será tirado o Ungido [Cristo]." O que significa "tirado"?
Crucificado, sacrificado por nós, os pecadores!
"E depois das sessenta duas semanas será separado o Messias, e não será
mais, e o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade." Trinta e nove anos
e meio após a morte de Jesus Cristo, a cidade de Jerusalém foi a destruída por
Tito Vespasiano (70 d.C.). A Bíblia previra que o santuário terreno seria
destruído por Tito. "... E o santuário, e o seu fim será com uma inundação."
Milhares de judeus foram mortos pelos soldados de Tito no cerco de Jerusalém
- "e até o fim haverá guerra: estão determinadas assolações."
O santuário terrestre seria destruído por causa da crucificação de Cristo, por
causa da rejeição do Messias. O verso 27 diz: "Ele [o Messias] firmará um
concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares." Ele iria firmar um pacto com muitos por uma
semana.
Sessenta e nove das setenta semanas determinadas para os judeus haviam-
se acabado. Havia, porém, uma semana de sobra. Uma semana profética, ou
sete anos, que teria início em 27 d.C. Se somarmos 27 com 7 obtemos 34 d.C.
No meio desse período de tempo, a Bíblia diz: "e na metade da semana", o
Messias seria crucificado.
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O Juízo Final
"E Ele me disse: até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário
será purificado." Daniel 8:14. O anjo revelou que a purificação do santuário
aconteceria no final dos tempos. Já que um dia profético é igual a um ano
literal, os dois mil e trezentos anos nos levam até o tempo do rim. Mas como
podemos descobrir isso? Dois mil e trezentos menos 49 O anos resulta em 1.810
anos. Os primeiros 490 anos terminaram em 34 d.C. Os restantes 1.810 anos
referem-se ao povo de Deus no fim dos tempos. Se adicionar 34 d.C. a 1.810
anos chegaremos a 1.844 anos. Em outras palavras, se iniciarmos em 457 a.C.
e continuarmos por 2.300 anos, chegaremos ao ano de 1844 d.C. Esses I.810
anos referem-se ao período chamado na Bíblia de final dos tempos, onde ocorre
o juízo final antes da vinda de Cristo.
Ao cabo de 2.300 anos, a verdade sobre Jesus, o Cordeiro morto, nosso
Sumo sacerdote e a Lei de Deus será restaurada. Até 2.300 dias e Deus
estabeleceria Seu juízo sobre as nações. Fracos e fortes serão julgados e
achados culpados. O povo de Deus será purificado e exaltado diante do
Universo.
Começando em 1844 de nossa era, assim como se fazia no antigo
santuário hebreu, o povo de Deus se reuniu e orou durante o dia do Julgamento.
Abriram seus corações para ser purificados pelo sangue do Cordeiro, ter seus
pecados perdoados e receber a misericórdia de Deus. Eles examinaram seus
corações para ver se não havia nenhuma rebeldia oculta, não confessada.
Diziam: "Senhor, perdoa-nos! Na última hora da história terrestre Deus convida
homens e mulheres a virem a Ele. Estamos vivendo no tempo do Juízo final!
Desde 1844, Deus tem restaurado a verdade sobre as Escrituras para o
mundo. Verdade que foi perdida durante os séculos, que foi obscurecida por
tradições e doutrinas humanas. A verdade de que somos salvos somente por
Cristo e que nossas boas obras não nos podem salvar. A verdade de que em
qualquer preocupação ou dificuldade por que passarmos, precisamos não de um
sacerdote terreno, mas de Jesus, nosso Sumo Sacerdote celestial. A verdade de
que se nós O amarmos, permitiremos que Ele mude nossos corações e escreva
Sua lei em nosso interior.
Alguém me disse: "Mas, Mark, espere um momento, nós estamos vivendo
no tempo do fim desde 1844? Mas isso é mais do que 150 anos!"
Deus disse para Noé: "Noé, este mundo será destruído por uma
enchente." E Noé pregou a destruição pelo dilúvio durante 120 anos. A Terra
está sendo julgada por 150 anos, porque o dilúvio final está chegando. Nos
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últimos 150 anos, a mensagem de Deus tem sido anunciada ao mundo enquanto
o tempo se escoa. Estamos nos aproximando da Grande Crise, do fim do mundo,
da volta de Cristo, dos últimos momentos que precedem a eternidade.
Jesus, nosso Salvador, está apelando a você e a mim, no final dos
tempos. Estamos vivendo nos derradeiros instantes da história terrena.
Jesus veio como era previsto, da primeira vez; Ele foi batizado em 27 e
crucificado em 31 d.C. O evangelho passou a ser pregado aos gentios em 34 d.C.
Não houve nem mesmo um pequeno erro nas profecias, e desde 1844 o tempo
está acabando.
Não é por acaso que nos últimos anos, a Rússia se abriu para o
evangelho. A cortina de ferro caiu tão rapidamente como num efeito domina.
A Iugoslávia se abriu para o evangelho como por milagre. Deus, agora está
começando a abrir a China. Existe uma rachadura na muralha da China.
"Dá-me a Bíblia"
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Oremos:
Ó meu Pai, vivemos exatamente no fim; o tempo está acabando e Cristo logo
voltará. Queremos ser fiéis à Tua palavra, fiéis à Tua verdade, fiéis ao Teu
Cristo. Nós Te agradecemos em nome de Jesus, Amém.
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10-Sem Dúvidas
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Esses setenta anos tinham sido profetizados pelo profeta Jeremias, que afirmou
que Jerusalém seria escrava de Babilônia por 70 anos.
Daniel sabia que esse período profético estava no fim e seu povo ainda não
tinha sido libertado. Os judeus continuavam em cativeiro, embora a Medo-
Pérsia houvesse derrotado Babilônia. Daniel estava orando porque o tempo
profetizado estava sendo prolongado. Ele desejava a libertação, ir para
Jerusalém e adorar; ele queria que os prisioneiros fossem libertos e que Deus
cumprisse Sua promessa. Mas o tempo parecia se dilatar.
O velho profeta estava preocupado. Façamos um parêntese para pensar, Em
nossos dias o tempo também está sendo prolongado. Cristo foi para o Céu e
disse: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em Mim.
Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito.
Vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez...”
João 14:1 a 3. Mas essa promessa tem sido delongada. Dois mil anos já se
passaram.
Todavia, o momento da libertação está próximo. A própria Terra anseia ser
libertada. Existe fome, terremotos, incêndios, enchentes, desastres naturais,
calamidades, crimes, desordem civil, dependência de drogas, alcoolismo, lares
destruídos pelo divórcio. Olhamos ao redor e clamamos a Deus como fez Daniel
no capítulo 10, verso 1. O tempo já se alonga. A hora da libertação é agora!
Daniel orou para que os judeus fossem libertados e voltassem a Jerusalém
para adorar. Nós oramos para ser liberados do domínio do pecado e da morte,
dos problemas e sofrimentos deste mundo. Certamente seremos levados para a
Nova Jerusalém onde os nossos corações se sentirão à vontade para adorar a
Deus. Diante disso, podemos identificar-nos com Daniel, não é mesmo? Também
estamos longe de casa e somos prisioneiros do câncer, de problemas cardíacos,
do álcool, das drogas, da fome e da morte; por isso clamamos como Daniel: “O
tempo determinado tem sido prolongado.”
Prosseguindo. Verso 2: “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três
semanas inteiras.” Os judeus continuavam como prisioneiros após os 70 anos,
por isso Daniel orava dizendo: “Deus, faça alguma coisa... Deus, faça alguma
coisa... Deus, liberte-nos!” Ele jejuou e orou por três semanas completas. Esse
é o apelo momentoso feito a um povo que espera a vinda de Cristo. Apela-se
para que oremos; que tratemos de nossos corpos que são templos do Espírito
Santo. Eles não são casa de diversão para que permitamos que seus sentidos
sintam desejos pelo álcool e todos os tipos de alimentos que o arruinam. Cristo
está apelando para que dediquemos mente, corpo e espírito a Ele.
Daniel desejava a libertação e orava. A Bíblia diz em Daniel 10, verso 4: “No
vigésimo quarto dia do primeiro mês...” Daniel orou por três semanas e
aparentemente nada acontecera. O primeiro dia se passou sem resposta, o
segundo dia, uma semana, duas semanas, três semanas se passaram sem
resposta.
Alguma vez você já orou e aparentemente não recebeu resposta? Não sentiu
nenhum alívio após ter orado, mesmo assim continuou a orar como antes? Já
passou por essa experiência? Que sensação incômoda! Você ora e parece que a
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oração vai até o teto e volta. Ora e nada sente de especial em seu íntimo, não
sente a presença de Deus ao redor. Se você já teve essa experiência, pode
identificar-se com Daniel. Ele sentia que suas orações não estavam sendo
ouvidas e muito menos respondidas. Mas enquanto perseverava em oração,
alguma coisa surpreendente aconteceu. Daniel 10, verso 5: “Levantei os olhos,
olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino
de Ufaz. O seu corpo era como berilo, o seu rosto parecia um relâmpago, os
seus olhos eram como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés como o brilho
de bronze polido, e a voz das suas palavras como a voz de uma multidão.” Verso
8: “Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão, e não ficou força em mim;
desfigurou-se a feição do meu rosto, e não retive forca alguma.” O que significa
força? Forca é sinônimo de vigor, vitalidade. Daniel perdeu sua vitalidade, suas
forças e desmaiou.
Ele orou por três semanas e aparentemente não foi atendido. Então, um ser
de brilho ofuscante apareceu; um majestoso e fantástico ser surgiu diante do
profeta. Seu brilho era tão magnífico, tão intenso, que Daniel desmaiou. Quem
era esse Ser de tamanha glória, que considerou Daniel tão precioso?
Há outra descrição desse Ser em Apocalipse. Vamos ler Apocalipse, capítulo
1, verso 13 em diante: “E no meio dos sete candeeiros alguém semelhante a um
filho de homem, vestido com vestes talares, e cingido à altura do peito com um
cinto de ouro.” O Ser do capítulo 10 estava vestido com vestes talares ou longas
e usava um cinto de ouro. “A Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã
branca, como a neve, e os seus olhos com chama de fogo.” A mesma descrição
de Daniel capítulo 10: “Os Seus pés eram semelhantes a latão reluzente, como
que refinado numa fornalha e a sua voz como a voz de muitas águas.” A
descrição do capítulo 10 é um paralelo perfeito da descrição de Apocalipse 1.
Em Daniel 10, foi Jesus Cristo que desceu do Céu para estar com o venerando e
angustiado profeta.
No lugar secreto de oração, quando seu coração parecer destruído, quando
você não sentir que suas orações estão sendo ouvidas, Jesus Cristo, o Divino
Vigilante, desce do céu. Se cortina entre o temporal e a eternidade pudesse ser
erguida, se nossos olhos pudessem enxergar a dimensão celestial, veríamos
Cristo conosco envolvendo-nos com Seu onipotente braço, assegurando-nos que
Ele ouviu nossa prece, e mesmo que ainda não tenhamos obtido a solução, o
amabilíssimo Salvador está resolvendo nossas dificuldades.
No livro de Daniel, Cristo não é apresentado como uma ser celestial,
assentado em Seu trono, separado e alheio ao povo, Em Daniel 2, foi Jesus quem
revelou os sonhos à Daniel; no capítulo 3, o Filho do Homem que entrou no meio
da fornalha com Sadraque, Mesaque e Abedenego era Cristo. Em Daniel 4, nosso
Senhor foi novamente o Revelador dos sonhos ao profeta. Em Daniel 5, a
charada escrita na parede proposta pelo Senhor. Em Daniel 6, foi Jesus quem
fechou a boca dos leões. Em Daniel 7 e 8, Cristo era o centro do templo, a
Ovelha sacrificada. Ele é o Filho do Homem no Céu, no Juízo, que nos
representa diante de Deus. Em Daniel 9, Ele é o Messias, o Cristo que veio como
profetizado. Em Daniel, Ele é o Cristo que ouve as orações de Daniel e as nossas.
Na próxima vez que você orar, imagine que onde quer que estiver ajoelhado,
existe um Ser de um brilho esplendoroso presente. Seus olhos são como chamas
do fogo, radiantes da glória de Deus. E imagine que enquanto você está
ajoelhado, com o coração debilitado e desesperançado, Ele desce dos céus e Se
ajoelha ao seu lado.
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por que parecia que sua oração não estava sendo respondida. Vou mostrar-lhe
a grande controvérsia entre o bem e o mal. Quando você orou, suas súplicas
chegaram até o Céu e Deus procurou influenciar o rei Ciro da Pérsia. O problema
foi que o príncipe da Pérsia entremeteu-se no esforço divino e influenciou o rei
da Pérsia.” Interessante! O anjo falou sobre o príncipe da Pérsia. Mas o que
significa isso? Ele não disse o príncipe da Pérsia, mas o príncipe do reino da
Pérsia.
Vamos consultar agora João, capítulo 12. O estudo está ficando cada vez
mais excitante e emocionante a cada frase que lemos, porque revela o que
acontece na vida de seu filho, filha, marido, esposa, amigo, amiga, vizinhos,
que não conhecem a Cristo. Veremos por que quando oramos, algumas vezes
nossas orações não são respondidas imediatamente. A Revelação nos descobre
o que realmente acontece nos bastidores. Essa história ou drama é mais
emocionante do que qualquer produção de Hollywood. É um conflito cósmico
que tem efeitos universais.
João 12, verso 31. Satanás veio tentar a Jesus e o Salvador disse: “Agora é o
juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.” Quem é o
príncipe deste mundo? Satanás. E quem era o príncipe do reino da Pérsia? Se
Satanás é o príncipe deste mundo, ele também era o príncipe do reino da Pérsia.
Portanto, Satanás estava impedindo que as orações de Daniel fossem
respondidas, porque estava influenciando a mente do rei Ciro para não deixar
os israelitas voltarem para sua terra.
Vamos ao livro de Efésios capítulo 2, verso 2: “Nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do
espírito que agora opera nos filhos da desobediência. “Portanto, Satanás é o
príncipe dos poderes do ar, aquele que trabalha com o espírito da
desobediência.”
De volta ao capítulo 10, começamos a montar o quebra-cabeças. Daniel orou
e enquanto ele orava, suas orações subiram a Deus, e no mesmo instante Deus
mandou o anjo Gabriel para influenciar a mente do rei Ciro. Veja como Deus
respeita nossa liberdade de escolha. Ele nunca manipula a vontade, não a
coage. Daniel orou e suas preces subiram até Cristo no Santuário Celeste. O
Senhor Jesus disse a Gabriel: “Eu respeito a oração de Daniel e sua liberdade
de escolha.” Deus impôs-Se limites na controvérsia entre o bem e o mal. Deus
enfrenta barreiras ou limites. Ele não irá forçar ou desrespeitar a liberdade de
escolha. Deus respeitou o livre arbítrio de Ciro e não foi além do limite. Deus
enviou Seu Espírito Santo para trabalhar na mente de Ciro. Mas quando Daniel
orou e sua prece chegou aos céus, ele abriu novos caminhos na controvérsia
entre o bem e o mal, porque Deus pode olhar para Satanás e dizer: “Satanás,
Eu preciso respeitar a liberdade de escolha de Daniel e ele está orando por Ciro.
Então irei dobrar Meus anjos e enviarei grandes fontes de força espiritual para
abrir a mente de Ciro.”
O que aconteceu quando Gabriel desceu até a corte persa? Verso 13: “Mas o
príncipe do reino da Pérsia [Satanás] me resistiu.” Então, Satanás lutou contra
Gabriel, porque ele iria dissipar a escuridão e a mente de Ciro poderia ser
aberta. O rei teria oportunidade de tomar sua decisão. Gabriel iria imobilizar
todas as forças do inferno que rodeavam a mente de Ciro. Ele iria afastar todas
as influências más que incidiam sobre a mente do monarca. Mas quando ele
começou fazer isto, o príncipe do reino da Pérsia, Satanás, apresentou-se
pessoalmente, porque não queria que o povo de Daniel voltasse para Jerusalém
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o Cordeiro, porque é nosso sacrifício pelo pecado. Ele é a Porta para a salvação;
é a Rocha Eterna porque podemos firmar nossos pés sobre Ele. Tentemos
lembrar-nos de alguns outros nomes dados a Jesus. Ele é o Leão de Judá, o
Salvador, o Príncipe da Paz, o Consolador, o Bom Pastor, Emanuel, Rosa de
Saron, Lírio do Vale... Por sue tantos nomes para Jesus? Por que Ele é a Rocha,
mas também o lírio do vale? Ele é a Rocha porque dá solidez à nossa vida; Lírio
do Vale porque perfuma nossa existência. Por que Ele é a Porta? Porque Ele é o
caminho para a salvação. Por que Ele é o Bom pastor? Porque nos guia e lidera.
Por que Ele é conhecido como a Estrela da Manhã, a estrela do dia? Porque Ele
é a luz magnificente que nos guia na escuridão de nossas noites.
Existem muitos nomes para Jesus porque Ele é tudo para nós. Mas, e o
nome Miguel? Por que Miguel é um dos muitos nomes de Jesus? Miguel é um
nome especial e Deus o usa para descrever Cristo como Comandante e Chefe de
todos os anjos, Aquele que tem poder sobre Satanás e que pode expulsar todos
os demônios. Quando precisamos de forca extra, Miguel vem. Quando
precisamos de poder, Miguel vem. Quando precisamos vencer as forças do
inferno, Miguel vem.
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Libertador veio e expulsou as forças infernais da mente do rei Ciro, e ele assinou
o decreto libertando o povo de Daniel.
Oração não é um artifício psicológico. Ela nos liga ao trono de Deus e produz
maravilhosos resultados. Todas as forcas do céu vêm em auxílio do suplicante.
Leiamos Daniel 10, verso 14: “Agora vim, para fazer-te entender o que há de
acontecer ao teu povo nos derradeiros dias.” Ele diz: “Esse é o cenário final.
Nos últimos dias haverá um conflito e as mentes dos homens serão envolvidas
pela escuridão. Satanás em pessoa, sabendo que o tempo é pouco, irá comandar
a batalha. Nos últimos dias ele virá para enganar e destruir.” Na Bíblia, Satanás
é chamado de serpente porque engana; é chamado de dragão porque destrói.
E você e eu não podemos enfrentá-lo sozinhos, pois ele é o dragão, a antiga
serpente que introduziu a tentação e o pecado no mundo.
Daniel, verso 19: “Disse ele: Não temas, homem muito amado, paz seja
contigo; sê forte, e tem bom ânimo. Falando ele comigo, fiquei fortalecido, e
disse: Fala, meu Senhor, porque me fortaleceste.” Na batalha entre o bem e o
mal, na batalha entre Cristo e Satanás, quando nos sentimos fracos e estamos
a ponto de desistir de tudo; quando sentirmos que as tentações de Satanás
estão nos suplantando e as forças inimigas qual mar tormentoso estão tragando
o castelo de areia de nossa vida; quando percebermos que quanto mais nos
esforçamos, mais fracos somos, procuremos por Miguel, de joelhos, e Ele virá.
O Poderoso Vencedor expulsa as forças do inferno e torna-nos vitoriosos.
Louvemos o Seu Santo nome.
Oremos:
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Estamos no limiar de um novo milênio. A vida será melhor nos próximos mil
anos? Alguns dizem que não, que nossos melhores dias já se passaram. O que
quer que seja que o futuro traga, encontramos nos versos do capítulo 11, a
segurança que precisamos para fazer face ao futuro.
• Três reinos
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• Europa dividida
• Cristianismo apóstata
• Juízo final
• Batalha terrestre final
• Derrota do ateísmo
• Cristianismo apóstata
• Cresceria e desenvolveria
• Povo de Deus perseguido mas fiel.
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Em todo o livro de Daniel, Jesus é chamado de Príncipe. Cristo que não teve
começo e nem terá fim, estabeleceu uma aliança, um pacto que diz: “Pelo Meu
sangue, homens e mulheres obtêm a salvação eterna. Pela Minha graça seus
pecados são perdoados.” Cristo, o Príncipe da aliança foi morto numa cruz
romana exatamente como fora profetizado. Agora vamos ao capítulo 11. O que
você poderia esperar depois da queda da Roma pagã e após o surgimento de
um poder cristão apóstata? Um poder professamente cristão, mas apóstata,
surgiria para distorcer a verdade sobre Jesus Cristo, o Cordeiro, o Príncipe da
aliança, que morreu por nossos pecados. Então, em Daniel 7 vemos o
surgimento de um pequeno chifre - o anticristo. Esse poder surgiu para anuviar
e desvirtuar a verdade do Santuário Celeste, e obscurecer a verdade sobre
Jesus, Sua graça, amor, sobre a devida observância da divina Lei dos Dez
Mandamentos.
Daniel 11, verso 27: “Também estes dois reis terão o coração atento para
fazerem o mal, e a uma mesma mesa falarão a mentira, mas sem êxito, porque
o fim há de ser no tempo determinado.” Estamos chegando ao fim dos tempos
e a próxima seção nos localiza nos primeiros séculos após a queda de Roma
pagã, o surgimento de um cristianismo apóstata, do poder do anticristo. Agora
o verso 31: “E estarão ao lado dele forças que profanarão o santuário, isto é,
a fortaleza, e tirarão o holocausto contínuo, estabelecendo a abominação
desoladora.” Você se recorda do que estudamos sobre o santuário? Quem é sua
figura central? Jesus, o Cordeiro.
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rebelião, dessa era de trevas, de abandono de Cristo como nosso único Salvador
e Sacerdote, haveria um povo fiel a Deus. Leiamos Daniel 11,versos 32 e 33:
“Aos violadores do pacto ele perverterá com lisonjas; mas o povo que conhece
ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas. Os entendidos entre o povo
ensinarão a muitos, mas cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo
despojo.” Veja o que a Bíblia diz sobre esse período de escuridão. Deus teria
um povo leal que iria trabalhar para Ele - os valdenses. O poder da união entre
a Igreja e Estado pressionaria a todos os que não se submetessem a ele.
Os valdenses foram um simples grupo do povo de Deus. Suas crianças
memorizavam grandes partes da Bíblia e escondiam partes da Escritura em
lugares secretos dentro de cavernas. O Estado e a Igreja uniram todas as suas
forcas e exércitos para exterminá-los. Eles foram obrigados a morar em
cavernas e bosques. Quando as autoridades da Igreja e do Estado os
descobriam, faziam fogueiras na entrada das grutas a fim de trazê-los para
fora e massacrá-los. Bebês eram lançados ao ar e aparados por afiadas
espadas. Esse foi um tempo marcado por crueldade e violência sanguinária.
Recordo-me de Jacó, um fabricante de velas, que viera da região de
Flandres, na parte baixa da Bélgica. Jacó começou a estudar a Bíblia e ler
textos como estes: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens em que devamos ser salvos.”
(Atos 4:12) “Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos.” (João 14:15)
Então orou, dizendo: “Ó Deus, tenho de abandonar as tradições da Igreja;
tenho que deixar de ver homens como sendo meus salvadores e de seguir os
princípios que as religiões terrestres ensinam. à Deus, tenho de seguir a Tua
palavra.” Decidiu que iria servir a Deus. Mas foi julgado pela Igreja oficial e o
Estado. Lá estavam os representantes de ambos; os da Igreja de um lado, com
suas longas vestes clericais, e os dignatários do Estado de outro. Disseram eles:
“Jacó, fabricante de velas, você é um homem ignorante, que nunca aprendeu,
nunca foi ensinado.” E ele respondeu: “Sim senhor, nunca fui ensinado nas
escolas de homens, mas a Bíblia diz: ‘Buscai primeiro o reino de Deus e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’. A Bíblia disse que Deus
Se revelaria aos bebês e não aos sábios e prudentes, senhor. Não sou educado
nas escolas dos homens, mas fui educado na palavra de Deus, pois Jesus disse:
'Santifica-os na verdade, a Tua Palavra é a verdade.’” Jacó foi levado para fora
é queimado numa fogueira por causa da sua fé. Lembro-me também de João
Huss, um grande homem de Deus. Huss fez da obediência a Deus seu modelo e
foi preso em Praga, na Checoslováquia, e julgado porque era obediente à
Palavra de Deus e não tinha outro Salvador, exceto Cristo, porque sabia que
Jesus era seu Representante e Sacerdote diante do trono de Deus. Enquanto o
fogo ardia, consumidor, carbonizando seu corpo, ele clamava: “Ó Deus, nas
Tuas mãos deponho meu espírito.”
A História se Repetirá
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Oremos:
Pai nosso que está no céu, que essa imagem do nosso tempo! Jesus
Cristo, o Rei dos reis, o poderoso rei do Oriente, o Rei que vem do nascente do
Sol, virá, e todos os poderes do inferno não poderão lutar contra Ele. Todos os
demônios não poderão combatê-Lo e todas as falsas religiões que tentaram
destruir o encanto de Sua morte vicária e sacrifício expiatório perfeito não
poderão enfrentá-Lo. Nestas últimas horas, ouvimos o chamado de Cristo para
amá-Lo, servi-Lo e obedecê-Lo. Assim nos ajoelhamos e adorai-nos o nome
amorável de Jesus, amém.
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A Bem-Aventurada Esperança
A volta de Cristo é tudo. Qual a esperança do ateísmo para uma jovem mãe
cujo marido está morrendo de câncer? Venha comigo ao hospital do câncer,
onde as pessoas fazem radioterapia e quimioterapia, onde eles perdem peso,
cabelos, força, esperança. Que me diz você de tudo isso? Você está sofrendo e
irá morrer. Será colocado numa urna fria e escura e não terá mais nada depois
disso. O ateísmo não dá nenhuma esperança. Se os túmulos são escuras covas;
se a morte é uma longa noite sem manhã, não existe nada além.
O livro de Daniel transborda de esperança. A história não é cíclica, circular.
Daniel tem um ponto de partida e suas profecias, reveladas pelo anjo Gabriel,
começam em Babilônia, vão para Medo-Pérsia, depois Grécia, Roma, destruição
dó império romano, passando pela igreja apóstata, o julgamento de Deus no
céu, o fim de todas as coisas, culminando com a volta de Cristo. Cada profecia
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de Daniel, não importa onde comece, acaba com a volta de Cristo, finda com o
retorno de nosso Senhor. Daniel diz que há esperança para o oprimido deste
mundo confuso e caótico.
Vamos estudar a partir de agora o derradeiro capítulo de Daniel, o décimo
segundo. Nele vemos a libertação. Principiemos com o verso 1: “Naquele tempo
se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu
povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu
nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele
que for achado escrito no livro.” Já sabemos quem é Miguel, o Grande Príncipe.
É Cristo, o Poderoso Libertador, o Vencedor em Todas as Batalhas.
Marque Daniel 12 e analise comigo. Existe algum momento em que Miguel Se
assentou? Se Ele está Se levantando, tem de ter havido algum momento em
que Ele Se assentou. Daniel 7 mostra que o Filho do homem entra onde se acha
o trono de Deus e Miguel Se assenta para o início do julgamento. Miguel Se
levanta no fim do julgamento. Então, no fim do tempo, antes da volta de Cristo,
haverá um julgamento cósmico eterno que revela que Deus é generoso e justo
na forma como lida com a controvérsia entre o bem e o mal.
Você já andou pensando alguma vez por que as pessoas precisam sofrer? Já
imaginaram que algumas vezes a justiça parece ser jogada na poeira e o mal
parece triunfar? No julgamento, Deus porá tudo em ordem. O destino da espécie
humana será determinado. Vamos ler a respeito. Daniel capítulo 7, versos 9 e
10: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um Ancião de
Dias Se assentou. A Sua veste era branca como a neve, e o cabelo da Sua cabeça
como lã puríssima. O Seu trono era de chamas de fogo, com rodas de fogo
ardente. Uni rio de fogo manava e saía de diante dele. Milhares de milhares o
serviam e milhões de milhões estavam diante dele. Assentou-se o tribunal e
abriram-se os livros.”
Agora o verso 13: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e vi que
vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem...” Quem é Ele? Jesus
Cristo. “Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até Ele.” O Pai e o
Filho se assentaram no julgamento. O destino de toda a raça humana devia ser
decidido. Estudamos que a profecia dos 2.300 anos terminou em 1844. Desde
1844, estamos vivendo no que a Bíblia chama de “hora do juízo de Deus”. O
destino da humanidade tem de ser decidido no tribunal eterno de Deus, no céu.
Em Daniel 12, verso 1, Miguel Se levanta, o Poderoso Guerreiro, e as nações,
as fracas nações foram julgadas e condenadas na sala do trono de Deus. Na
corte divina foi mostrado a todo o mundo que Deus prolongou Sua misericórdia;
que Ele dilatou Sua graça e justiça. Qualquer um que se perder, não estará
condenado porque Deus não foi misericordioso e justo, mas porque virou as
costas para o Seu amor, desprezou a Sua misericórdia. O julgamento mostrou
que Deus fez tudo o que podia para salvar todos os seres humanos. Miguel, o
Poderoso Guerreiro, Aquele que descerá dos céus, o Rei triunfante, o grande
Príncipe, representou Seu povo no Julgamento. O propósito do julgamento não
é condenar o povo de Deus, mas Miguel os representou, nossos nomes passaram
diante de Deus e Satanás, o acusador, diz: “Veja os pecados que Mark Finley
cometeu, veja os erros de sua vida, suas más ações.” Mas Jesus Se apresenta
como o Poderoso Conquistador e defende Seu povo diante do Universo: “Este
homem é um dos Meus, esta mulher é uma das Minhas. Sim, eles pecaram, mas
entregaram Suas vidas a Mim. Minha graça e Meu sangue cobrem todos os seus
pecados confessados. Suas vidas foram transformadas pelo Meu poder.” O
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Existem algumas pessoas que pensam, mesmo alguns cristãos, que de alguma
maneira Deus irá levar Seu povo para o céu antes do tempo de angústia.
Sadraque, Mesaque e Abedenego foram tirados das chamas? Onde estava Jesus?
Nas chamas com eles. Daniel foi tirado da cova dos leões? Onde estava Daniel?
Na cova dos leões mas protegido pelos anjos de Deus. E sobre as dez pragas que
caíram no Egito? Os israelitas foram libertados antes ou depois das pragas?
Depois. O sangue nos batentes das portas os protegia da última praga, mas eles
foram guardados durante o período das pragas e preservados por Deus. A
libertação velo após as pragas.
Aqui a Bíblia fala sobre um tempo de angústia como nunca houve. Daniel e
Apocalipse devem ser estudados juntos. E para termos uma amostra disso,
deixemos Daniel 12 marcado e vamos para Apocalipse, capítulo 16. O povo de
Deus será protegido durante as pragas. Apocalipse 16, verso 2 a 5, 8, 10, 12:
“O primeiro saiu e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga
feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua
imagem. O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue
como de um morto, e morreram todos os seres viventes que estavam no mar. O
terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram
em sangue... O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi lhe permitido
que abrasasse os homens com fogo... O quinto anjo derramou a sua taça sobre
o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso... O sexto anjo derramou a sua
taça sobre o grande rio Eufrates... e vi três espíritos imundos, semelhantes a
rãs...” Agora o verso 14: “São espíritos de demônios que operam sinais.”
Nos últimos dias da nossa história, caro leitor, a Igreja se unirá ao Estado.
Satanás começará a operar grandes milagres. Os doentes serão curados por
falsos milagres. Ocorrerá a grande batalha do dia do Deus Todo-Poderoso,
quando Satanás tentará impor sua marca ao povo de Deus. Leiamos a seguir,
Apocalipse 16, verso 15: “Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele
que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua
vergonha.” Após a queda de seis pragas, a Bíblia diz que bem-aventurado é
aquele que vigia e guarda as vestes de seu caráter, porque Jesus virá como um
ladrão. Se Cristo voltará como ladrão, isto é, de surpresa, após as seis pragas,
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poderia Ele ter vindo como ladrão antes do início delas? A Escritura diz que Ele
virá após as pragas. Os crentes serão provados exatamente como Daniel passou
pela fornalha e a cova dos leões, e como Sadraque, Mesaque e Abedenego
passaram pela fornalha.
Deus terá um povo espalhado pelo mundo enquanto haverão desastres
naturais e catástrofes. Quando suas vidas estiverem em perigo e todo o apoio
terreno lhes for negado, olharão para o alto e encontrarão Jesus, o Seu Salvador
e Redentor. Divisarão além das pragas, das dificuldades, provações, problemas,
sofrimentos, do poder da besta e do anticristo. Eles olharão para além da união
Igreja-Estado. A volta de Cristo lhes dará esperança, lhes animará o espírito e
dará forcas durante a maior crise da história terrestre.
Voltemos ao capítulo 12 de Daniel, verso 1. Sim, haverá um tempo de
angústia qual nunca houve. Mas veja, amigo, isso não significa que você e eu
precisemos passar por ele sozinhos; isso não significa que tenhamos de ranger
os dentes, conformando-nos à pressão terrível e tentando agüentar para
sobreviver. Gosto daquele velho hino:
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sabem que alguma coisa incomum irá acontecer; eles sabem que esse é o último
dia. “Mas nesse tempo livrar-se-á teu povo, todo aquele que se achar escrito
no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão, uns para a vida
eterna, e outros para a vergonha e o desprezo eterno.” A essa altura acontece
uma ressurreição. Alguém pode perguntar: “Por que diz que muitos dos que
dormem no pó da terra ressurgirão?” Marque essa passagem e vamos para João
5, versos 28 e 29: “Não vos maravilheis disto, pois vem a hora em que todos os
que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz [Quantos ressurgirão? Todos os que
ouvirem a Sua voz] e sairão: os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da
vida, e os que praticaram o mal, para a ressurreição da condenação.”
Quando Jesus voltar, os sepulcros serão abertos e todos os que aceitaram
Cristo e O amaram, serão ressuscitados em Sua vinda. Haverá uma ressurreição
dos condenados, porém estudaremos esse assunto mais tarde. Esse texto diz
que haverá duas ressurreições: a ressurreição da vida e a ressurreição da
condenação. Apocalipse 1, verso 7, monta o quebra- cabeças: “Vede, ele vem
com as nuvens e todo o olho o verá. até mesmo os que O trespassaram; e todas
as tribos da terra se lamentarão sobre ele sim.” Portanto, aqueles mesmos que
crucificaram Jesus ve-Lo-ão retornar. Aqueles romanos que O pregaram na cruz
vão vê-Lo voltar. Por quê? Porque “muitos dos que dormem no pó da terra
ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e o desprezo
eterno.” Haverá uma ressurreição especial, no momento em que Cristo estiver
voltando, para aqueles que O perseguiram e mataram. Eles O viram pela última
vez na cruz e agora vêem-no retomando em glória. Ele os ressuscitará e eles
serão destruídos pela intensidade da divina glória do Senhor. É isso que está
profetizado na Bíblia.
Voltemos para a glória da segunda vinda de Cristo. Não queremos focalizar o
grupo especial daqueles que O pregaram e crucificaram, mas os que serão
ressuscitados para a eternidade. Cristo desce dos céus e alguns pedem às
montanhas que calam sobre eles. Outros, agonizando, não podem olhar para
Sua face. Mas existem outros, como diz Isaías, que olham para
cima e dizem: “Este é o nosso Senhor, o qual aguardávamos. Ele nos salvará.”
Do lado de fora de um apartamento, num gueto qualquer, existe
urna jovem mãe com os braços cheios de cicatrizes das picadas de
injeção de heroína, mas seu coração está muito mais cheio de
marcas feitas pelo homem que usou seu corpo como brinquedo e a
abandonou cheia de hematomas. Nos seus braços tem um bebê de
seis meses nascido fora do casamento. Mas ela olha para cima e vê
que Ele vem. Recentemente, ela O aceitou como seu Senhor e
Salvador. O amor de Jesus revivesceu-lhe o coração. Ela foi
perdoada e transformada por Sua graça. Ela diz: “Esse é o meu
Deus.” E olha nos olhos de seu bebê e diz: “Ele está vindo, Ele está
vindo, Ele está vindo para mim.” Lá na cerca de uma casinha bem
simples há um velho casal. Ele coloca os braços ao redor da esposa.
Eles são fracos, velhos e solitários. Ele não tem muita esperança. O
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