Aula 16 - Processo Penal III
Aula 16 - Processo Penal III
Aula 16 - Processo Penal III
SENTENÇA
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: - dispensa fundamentação, pois é baseada na íntima convicção dos jurados, não no livre
convencimento do juiz
I – no caso de condenação:
a) fixará a pena-base;
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates;
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri;
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; - circunstâncias que devam ser levadas em consideração, fixa valor mínimo para reparação do
dano, se for o caso etc.
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a
uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem
prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; - controvérsias sobre essa possibilidade. Violação à presunção de inocência? ->
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;
II – no caso de absolvição:
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; - porque a apelação interposta contra a sentença absolutória não tem
efeito suspensivo. Logo, não tem o condão de manter a prisão.
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; - ex: hipoteca legal, sequestro de bens etc.
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. - sentença absolutória imprópria, para os casos de inimputabilidade
EXECUÇÃO PROVISÓRIA
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão
preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução
provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que
vierem a ser interpostos;
CORRENTES:
• Constitucionalidade:
• Soberania dos veredictos
• Imediata aplicação da decisão do Conselho de Sentença
• Presunção de regularidade do processo: procedimento bifásico
• Eventual recurso não poderia reformar a culpabilidade (mérito).
• Inconstitucionalidade:
• Só seria possível se houvesse risco: periculum libertatis
• Presunção de inocência e duplo grau de jurisdição
• As decisões não podem ser reformadas no mérito, mas são recorríveis.
• Pode ser determinado novo julgamento pelo Juri
• Ou reformada a decisão de imediato, com a revisão criminal. Ex: decisão contrária a prova nos autos
SENTENÇA
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de que
trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo tribunal
ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15
(quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo.
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo,
quando verificado cumulativamente que o recurso:
I - não tem propósito meramente protelatório; e
II - levanta questão substancial e que pode resultar em absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou
redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de reclusão.
§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser feito incidentemente na apelação ou por meio de
petição em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com cópias da sentença condenatória, das razões da
apelação e de prova da tempestividade, das contrarrazões e das demais peças necessárias à compreensão da
controvérsia.
ATA
III – os jurados que deixaram de comparecer, com escusa ou sem ela, e as sanções aplicadas;
VII – a abertura da sessão e a presença do Ministério Público, do querelante e do assistente, se houver, e a do defensor do acusado;
[...]
ATA
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente referidas neste Código:
II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade;
III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante requerimento de uma das partes;
V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso, podendo, neste caso, dissolver o Conselho e designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a
constituição de novo defensor;
VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a realização do julgamento, o qual prosseguirá sem a sua presença;
VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências requeridas ou entendidas necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados;
VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para repouso ou refeição dos jurados;
IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a defesa, ou a requerimento de qualquer destes, a argüição de extinção de punibilidade;
XI – determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as diligências destinadas a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento da
verdade;
XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte
requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.