1) A missão da Chrisfapi é oferecer serviços educacionais de qualidade comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e cidadania.
2) O procedimento especial de júri possui duas fases, a primeira é o juízo da acusação que analisa os indícios e culmina na pronúncia ou não do réu. A segunda fase é o julgamento propriamente dito pelos jurados.
3) Na pronúncia o juiz apenas verifica se há indícios mínimos de autoria e materialidade, não
1) A missão da Chrisfapi é oferecer serviços educacionais de qualidade comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e cidadania.
2) O procedimento especial de júri possui duas fases, a primeira é o juízo da acusação que analisa os indícios e culmina na pronúncia ou não do réu. A segunda fase é o julgamento propriamente dito pelos jurados.
3) Na pronúncia o juiz apenas verifica se há indícios mínimos de autoria e materialidade, não
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Título original
Aula 7 Direito Processo Penal II - Procedimento Especial do Juri
1) A missão da Chrisfapi é oferecer serviços educacionais de qualidade comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e cidadania.
2) O procedimento especial de júri possui duas fases, a primeira é o juízo da acusação que analisa os indícios e culmina na pronúncia ou não do réu. A segunda fase é o julgamento propriamente dito pelos jurados.
3) Na pronúncia o juiz apenas verifica se há indícios mínimos de autoria e materialidade, não
1) A missão da Chrisfapi é oferecer serviços educacionais de qualidade comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e cidadania.
2) O procedimento especial de júri possui duas fases, a primeira é o juízo da acusação que analisa os indícios e culmina na pronúncia ou não do réu. A segunda fase é o julgamento propriamente dito pelos jurados.
3) Na pronúncia o juiz apenas verifica se há indícios mínimos de autoria e materialidade, não
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Missão Chrisfapi
“Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento
e o saber, por meio da oferta de serviços educacionais de qualidade, comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e a cidadania.” Direito Processual Penal II – 2021.2
Procedimento Especial do Juri
Prof Dr. Tiago Ribeiro
IG: tiagoribeiromastercoach Procedimento Especial do Juri Fundamentos • “O tribunal popular julgará os crimes dolosos contra a vida” – CF/88; • Varia em cada país, mas sempre com a ideia de que o réu seja julgado por seus pares; • Origem: Grécia, Roma, Pôncio Pilatos, Carta; Magna Carta da Inglaterra de 1215 e Revolução francesa de 1789; • No Brasil, por Lei em 18 de julho de 1822, competência para julgar os crimes de imprensa; Constituição Imperial de 1824, alguns bens jurídicos inclusive os contra a vida; Carta de 1937, foi a única que não previu. Constituição Federal - 1988 • É alçado à categoria de garantia individual fundamental constitucional; • “tem o propósito de proteger o cidadão contra o arbítrio do poder estatal. (...) deseja-se tutelar a liberdade do imputado contra os excessos do exercício do jus puniendi”; • Em que pese a sua localização no Art. 5º, há o entendimento de que o júri integra a estrutura do Poder Judiciário Princípios reitores • A plenitude de defesa;
• O Sigilo das Votações;
• A soberania dos veredictos;
• A competência para julgar os crimes dolosos contra a vida.
Plenitude de defesa • Dupla face: técnica e autodefesa, obrigatória e facultativa, respectivamente; • Ao acusado é facultado apresentar sua versão dos fatos, ou valer-se do direito ao silencio; • Cabe, inclusive, a figura do laudador, ou testemunha de beatificação; • Art. 483 - § 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: “O jurado absolve o acusado?” Sigilo das Votações • Engloba o voto e o local do voto; • Cada jurado recebe cédulas opacas com sim e não, que é depositado na urna; • Previamente havia a unanimidade, hoje não mais, Art. 483; • Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação. Soberania dos Veredictos • Os jurados julgam os fatos; • Apelação provida, sobre julgamento contrário a prova nos autos, produz um novo júri; • Contudo, sob a ampla proteção ao estado de inocência, admite-se que o Tribunal absolva réu condenado injustamente pelo júri em sentença transitada em julgado no âmbito de revisão criminal. Competência • Dolosos contra a vida, tentados e consumados;
• Competência mínima;
• É possível julgar outros crimes por conexão ou continência;
• Genocídio e o Latrocínio? (Súmula 603, STF)
Características • Heterogeneidade – 25 jurados, dos quais 7, irão compor o conselho de sentença. O juiz presidente aplica o direito, não vigorando o princípio da soberania dos veredictos; • Horizontalidade – não há hierarquia entre o juiz presidente e os jurados; • Temporariedade – períodos conforme cada estado-membro (Art. 453,CPP); Em um mesmo dia pode-se apreciar mais de um processo, sob novo juramento (Art. 452, CPP) - Ordem da Pauta: Réus presos, dentre estes os que estiverem há mais tempo, se “empate”, os pronunciados primeiro. Procedimento Especial do Juri - 1ª Fase – judicium accusationis 2ª fase – judicium causae • Juízo da instrução preliminar ou • Preparação para julgamento ou juízo da acusação; julgamento de mérito; • Inicia-se com o recebimento da • Somente após a preclusão da denúncia e ordem de citação do decisão de pronúncia; acusado (juiz das garantias); • Etapa de apreciação dos fatos • Concluída com a preclusão da pelos jurados, sob a presidência decisão de pronuncia (juiz da do juiz-presidente do tribunal do instrução preliminar) júri. 1ª fase - Juízo da Instrução preliminar
• Inicial acusatória (denuncia ou queixa-crime) → 8 testemunhas;
• Juizo de admissibilidade da inicial (Juiz das garantias):
- Rejeita: inépcia, falta de condição da ação ou pressuposto processual e pela ausência de justa-causa (art. 395, CPP) - Se recebida: Citação do réu, remessa dos autos ao juiz da instrução preliminar. Resposta Preliminar • Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) • § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. • § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. • § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. Resposta preliminar • Se não apresentar, será nomeado defensor para apresenta-la em 10 dias; • Após a resposta da defesa, cabe réplica do MP em 5 dias (exclusivo no rito do júri), sobre preliminares e documentos carreados nos autos; • Então cabe ao juiz (de instrução), decidir sobre as diligencias probatórias requeridas pelas partes em 10 dias e marcar a audiência de instrução e julgamento; • É possível absolvição sumária? (Art. 394, § 4º, CPP) Audiência de instrução debates e “julgamento” • Adivinha como ocorre????
• É possível diligencias complementares (Art. 156, II, CPP);
• Mesmo no silencio da lei os debates podem ser substituídos por memoriais (Art. 403, § 4º e 404, CPP); • Art. 411, § 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos; “julgamento” • Pronuncia/ impronuncia;
• Absolvição Sumária;
• Desclassificação da infração penal.
Pronuncia • “Quando o juiz estiver convencido da existência de lastro probatório necessário que justifique a remessa do réu à segunda fase; • Teto de cognição da pronúncia – limites ao âmbito cognitivo do juiz, que deve proferir sua decisão sobre um “afiado fio de navalha” • A preclusão ou julgamento efetivo de possíveis recursos interpostos da decisão de pronúncia, inicia a segunda fase do rito especial do júri. Características da cognição judicial • Não exauriente e não vertical – não cabe se aprofundar no debate acerca das provas, nem antecipar o juízo de culpa;
• Horizontalidade estreita – nos casos de infrações conexas, cabe ao
juiz olhar apenas para materialidade e indícios de autoria, bem como verificar apenas os requisitos mínimos que indiquem a conexão (eficácia objetiva da pronúncia). Natureza jurídica • Decisão interlocutória mista não terminativa: • Mista – encerra fase do procedimento;
• Não terminativa - não decide o mérito da causa e nem extingue o
processo sem resolução de mérito;
• In dubio pro societate na pronuncia?
Limites à fundamentação da Pronuncia • Art. 315, CPP - § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: • I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; • II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; • III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; • IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; • V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; • VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. O que pode ou não apreciar? Deve Não Deve • Indícios de autoria; • Circunstâncias judiciais; • Prova da materialidade; • Atenuantes; • Qualificadoras; • Agravantes; • Causas de aumento de pena; • causas especiais de diminuição • Omissão penalmente relevante de pena (Art. 7º da lei de (Art. 13, § 2º, CPP) introdução do CPP); • Tese da tentativa (Art. 14,II, CP; • concurso de crimes (material, • Concurso de pessoas (Art. 29, CP) formal ou continuidade delitiva) Emendatio Libelli e Mutatio Libelli • Emendatio Libelli – se houver apenas erro na tipificação - Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.
• Mutatio Libelli – Se advirem novos fatos, Art. 384. Encerrada a instrução
probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente + 3 testemunhas Intimação da Pronuncia • Vale lembrar que: • Art. 201 - § 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) • § 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de meio eletrônico. • Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) • I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) • II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) • Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. ???? Efeitos da decisão de Pronuncia • Mirabete – “efeitos preclusivos de natureza processual, ante a imutabilidade de sua afirmação sobre a admissibilidade da acusação que encaminha para a decisão final pelo tribunal do júri” • Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri. – Art. 421, CPP; • Interrompe-se a prescrição punitiva – Art. 117, II, CPP; • Não automatiza a prisão, se o juiz for provocado, estiverem presentes os requisitos da _____ e não couber outras medidas cautelares, aí sim... • Superação de alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo. Correção da decisão de pronúncia • Caso da vítima de homicídio tentado que morre após a pronuncia...
• Cabe ao MP aditar a acusação, ouvida a defesa (mesmo não estando
no código) e prolação de nova pronúncia – Art. 421, §§ 1º e 2º do CPP; Recurso da Pronuncia • RESE – Art. 581, IV, CPP; • Impede que o réu seja julgado, mas não impede eventual cumprimento de prisão preventiva ou medida cautelar;
• Art. 584 - § 2o O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o
julgamento. Sentença de Impronuncia • Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
• Extingue-se o processo sem julgamento de mérito;
• Trata-se de decisão terminativa – tem natureza de sentença sem
aptidão da imutabilidade; • Livra o réu do processo, porém não impede que ele seja processado novamente, desde que existam novas provas, sejam elas substanciais ou formalmente novas (testemunho anterior que foi modificado); • Da sentença de impronúncia, cabe apelação (Art. 416, CPP), sem efeito suspensivo (réu preso, deve ser posto em liberdade – Art. 584, § 1º, CPP); • Podem impetrar MP, querelante e assistente de acusação. Bem como o acusado que pode pleitear a absolvição sumária, mais benéfica para o réu; Despronuncia • É quando ocorre a impronuncia de um réu outrora pronunciado:
- Pode ocorrer quando o próprio juiz ao analisar a admissibilidade do recurso,
reveja o seu ato;
- Ou por decisão reformada em sede de Tribunal
Absolvição Sumária • Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) • I – provada a inexistência do fato; • II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; • III – o fato não constituir infração penal; • IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. • Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto- Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. • Tem natureza jurídica de sentença definitiva – encerra a primeira fase do júri e é imutável gerando coisa julgada material; • Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. - não possui efeito suspensivo, réu preso deve ser posto em liberdade; nem se pode impetrar mandado de segurança onde não se permite obter efeito suspensivo que não foi conferido por lei. (Súmula 604, STJ) • Lei 11.689/2008 não previu o recurso de ofício contra absolvição sumária. Portanto, revogou tacitamente esse reexame no rito do júri, (Art. 574, II, CPP) Desclassificação • Quando não houver dolo em tirar a vida de outrem, deve o magistrado desclassificar o crime. Não cabe indicar qual o crime indicado (competência do MP), mas apenas declarar que não é o júri o juízo competente para julgar o fato em discussão; • Tem natureza de decisão interlocutória mista (encerra a primeira fase) não terminativa (determina a remessa a novo juízo, não pondo fim ao procedimento); • Devem os autos serem imediatamente remetidos ao novo juízo e informado caso, haja réu preso; • Ao novo juízo cabe instaurar conflito negativo de competência; • Da desclassificação cabe recurso em sentido estrito (Art. 581, II, CPP). Se junto ao juiz declinante, se não estiver mais com os autos remete-se ao novo juízo;