Social Medicine
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HISTÓRIA DA MEDICINA
ISSN 2674-7103 (on-line) revisão
Isadora Sabrina Ferreira dos Santos1 , Laís Eduarda Silva de Arruda1 , Luís Roberto da Silva1 , Erlene Roberta
Ribeiro dos Santos2
¹Acadêmicos do Curso de Bacharel em Saúde Coletiva do Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de
Pernambuco – CAV/UFPE, Pernambuco, Brasil.
²Departamento de Saúde Coletiva, Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco,
Brasil.
Abstrato
A Medicina Social nasceu da discussão no século XIX sobre o processo saúde-doença, sendo uma das precursoras
da promoção da saúde, na qual era vista como uma tecnologia da época para o processo saúde-doença da
população. O processo saúde-doença se transforma ao longo do tempo, sendo imprescindível um pensamento
universal que entenda que os gradientes de mortalidade e morbidade envolvem classes socioeconômicas. O objetivo
desta revisão é revisitar as teorias que fundamentaram as definições do processo saúde-doença ao longo da história
da humanidade e a contribuição da medicina social para o contexto atual da saúde coletiva. É relevante abordar que
as condições de vida e trabalho da população estiveram diretamente ligadas à sua situação de saúde, fatores sociais,
culturais e psicológicos que influenciam na ocorrência de doenças e adoecimentos. Portanto, promoção, prevenção,
cura e reabilitação foram medidas iniciais baseadas na educação em saúde e ações utilizadas pelo Estado. Além
disso, o campo da medicina social contribuiu fortemente para aprimorar e implementar o modelo de atenção primária
à saúde (APS), voltado para a comunidade, considerando os determinantes sociais da situação de saúde das
comunidades, além dos aspectos individuais de cada ser.
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história humana e a contribuição da sociedade Figura 1- Pintura da parábola do primeiro Lázaro da Bíblia, a
medicina ao contexto atual da saúde coletiva. partir de fotos.
Fonte: Aventuras na História - Repositório Digital UOL
Processo saúde-doença
Além disso, o povo hebreu não
As concepções de saúde e doença começaram a
necessariamente acreditar que a doença era um pecado divino,
desenvolver a partir do povo sumério, bem como em
mas um sinal dela, como forma de alertar o ser humano
antigo Egito, onde a doença era vista e analisada
ser para seus pecados. No entanto, é possível
como um castigo divino, tendo um caráter mágico-religioso
ver que a doença era um sinal de desobediência ao
concepção resultante da ação de forças estranhas
mandamentos divinos, e que esta doença
ao organismo que eles introduziram pelo pecado ou maldição.
proclamada de forma visível, como a lepra (Figura 2).4
Além disso, o processo saúde-doença manifestou-se
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ordens religiosas que administravam o hospital, mas não Quando essa teoria foi esgotada, baseada em
processo de doença.
A partir das experiências empíricas (iniciais A Medicina Social vem com três
evidências), aperfeiçoamento do método científico
subdivisões. A medicina de Estado, que se desenvolveu em
e a observação de outros aspectos que influenciaram
Alemanha, com o objetivo de intervir no
a condição saúde-doença, o modelo baseado na
estagnação do desenvolvimento econômico, buscando melhor
história natural da doença (tríade ecológica) foi
alternativas para aprimorar as ações do Estado,
expandido, trazendo conceitos relacionados ao pré
uma vez que a economia estava desestruturada e vários
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organização.6
crescimento do proletariado, nasceu a lei dos pobres.6 Figura 4- Doenças na Idade Média
Fonte: História Interativa See More
Assim, é relevante abordar que os vivos verificando caso a caso, e estudos epidemiológicos
diretamente ligada à sua situação de saúde, social, frequência e distribuição de doenças na população
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fatores culturais e psicológicos que influenciam o grupos.
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condições de saúde da população já foi percebida (Figura O campo da medicina social tem fortemente
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considerando sua totalidade e não apenas o indivíduo a compreensão da necessidade de ser cuidado, de que
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quadro clínico. foi pensada uma nova visão sobre as medidas a serem utilizadas.
A estratégia saúde da família (ESF), um modelo de Assim, apesar de ser o indivíduo que recebe
A APS adotada no Brasil, tem em sua essência a base doente, a saúde deve ser pensada no coletivo
da medicina social, uma vez que visa atender a saúde dimensão, pois é fundamental reconhecer a
promoção da saúde é uma das principais bases da entender os fatores que contribuem para o
ESF e consiste em um conjunto de estratégias que visam doença, para que as necessidades de saúde sejam atendidas.
A epidemiologia desempenha um papel essencial na forma como se compreende o processo saúde-doença, uma vez que
desenvolvimento da atenção à saúde coletiva, uma vez que é é possível perceber que todo esse processo
a partir dela e de suas ferramentas que é possível elaborar começa a se desenvolver melhor desde o seu nascimento, quando o
e analisar a situação de saúde dos indivíduos acesso à saúde começa a se tornar mais efetivo
exerceu forte influência sobre os fundamentos da história dos modelos de atenção à saúde humana com a
medicina social, através das primeiras estratégias para propósito de entender como os modelos atuais
compreender a determinação social da saúde foram construídas e conhecendo suas bases.
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