O modelo cognitivo da depressão ressalta as distorções cognitivas que ocorrem no pensamento da pessoa deprimida, incluindo pensamentos automáticos, crenças subjacentes e esquemas. O tratamento cognitivo busca identificar e corrigir essas distorções para aliviar os sintomas depressivos.
O modelo cognitivo da depressão ressalta as distorções cognitivas que ocorrem no pensamento da pessoa deprimida, incluindo pensamentos automáticos, crenças subjacentes e esquemas. O tratamento cognitivo busca identificar e corrigir essas distorções para aliviar os sintomas depressivos.
O modelo cognitivo da depressão ressalta as distorções cognitivas que ocorrem no pensamento da pessoa deprimida, incluindo pensamentos automáticos, crenças subjacentes e esquemas. O tratamento cognitivo busca identificar e corrigir essas distorções para aliviar os sintomas depressivos.
O modelo cognitivo da depressão ressalta as distorções cognitivas que ocorrem no pensamento da pessoa deprimida, incluindo pensamentos automáticos, crenças subjacentes e esquemas. O tratamento cognitivo busca identificar e corrigir essas distorções para aliviar os sintomas depressivos.
A psiquiatria biológica considera o humor depressivo
e a perda de interesse e prazer característicos da depressão, como resultado de anormalidades funcionais em neurotransmissores cerebrais;
Consequentemente, o tratamento de escolha são os
medicamentos antidepressivos, que regulam os níveis desses neurotransmissores. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
O modelo cognitivo da depressão ressalta as
mudanças que ocorrem no pensamento da pessoa deprimida.
A formulação cognitiva da depressão, sem negar a
evidente importância dos fatores biológicos, entende os sintomas depressivos como resultado das distorções cognitivas de conteúdo negativo.
O conteúdo negativo do pensamento por si só pode
não causar depressão, mas é um aspecto fundamental na manutenção do transtorno. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
O modelo cognitivo da depressão propõe que os
sintomas cognitivos, motivacionais e vegetativos da depressão podem ser causados e mantidos por distorções nos três níveis de cognição: pensamentos automáticos, crenças subjacentes e crenças nucleares (esquemas).
Beck (1967) postulou a denominada tríade cognitiva
da depressão, em que o indivíduo deprimido está em sofrimento pela visão negativa de si próprio, do seu ambiente e do futuro. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Os pacientes deprimidos percebem-se como inferiores,
inadequados, indesejados e incapazes (“Nada que eu faço dá certo”).
Percebem também o ambiente em que estão inseridos
como hostil, com obstáculos intransponíveis (“As pessoas me tratam mal”); a visão do futuro passa a ser influenciada pelas cognições negativas, pois o paciente considera ter recursos insuficientes para modificar o futuro (“Não adianta eu fazer nada, nunca irei sair disso”); com o consequente desenvolvimento da desesperança. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Na espiral depressogênica, o viés de
interpretação negativa dos eventos gera um humor depressivo congruente com a distorção; este humor, por sua vez, aciona ainda mais percepções negativamente distorcidas, que geram mais humor deprimido; os pensamentos se tornam cada vez mais negativos, e o humor, mais depressivo. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Os pensamentos automáticos são as cognições no
nível mais superficial da consciência e refletem a temática cognitiva específica do transtorno depressivo (“Não adianta eu me esforçar, nunca faço nada certo”).
Por estarem mais acessíveis à consciência, os
pensamentos automáticos geralmente são as primeiras cognições a serem identificadas e trabalhadas no tratamento. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
O conteúdo do pensamento do paciente é distorcido
pela perpetuação de diversas distorções cognitivas, entre elas a catastrofização, a polarização, a emocionalização e a minimização/maximização. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Em um nível intermediário de cognições encontramos
as crenças subjacentes, que são constituídas de pressupostos e regras que governam a relação do indivíduo com o mundo.
Pressupostos são afirmações do tipo “se..., então”. Por
exemplo, um indivíduo com uma crença nuclear acerca de ser inferior e de não ser amado apresentará pressupostos subjacentes relacionados com essa temática (“Se os outros não gostarem de mim, então serei infeliz”). DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
As regras subjacentes, geralmente afirmações do
tipo “devo” e “tenho que”, são mandamentos rígidos e inflexíveis, que determinam a forma do relacionamento interpessoal dos indivíduos (Necessito da aprovação dos outros para ficar bem, e devo fazer de tudo para agradar os outros.”) DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Além dos aspectos biológicos que tornam o indivíduo
mais suscetível à depressão, a teoria cognitiva propõe que algumas pessoas têm predisposição para a depressão por causa de um conjunto particulares específico de ideias e conceitos acerca de si e do mundo desenvolvidos precocemente, chamadas crenças nucleares. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Tais crenças são o resultado de um processo
contínuo de aprendizado, moldado pelas experiências existenciais do indivíduo e desenvolvido pela identificação com outras pessoas importantes em sua vida, bem como pela percepção das atitudes dessas pessoas em relação a si. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Uma vez que uma crença nuclear específica é
formada, ela pode influenciar a formação de conceitos subsequentes e, se ela persiste, é incorporada em uma estrutura cognitiva duradoura, denominada esquema. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Beck sugeriu que essas crenças poderiam ser
formadas relativamente cedo na vida e incorporadas em estruturas cognitivas, denominadas esquemas (Beck, 1991).
Beck acreditava que a ativação de certos esquemas
cognitivos representava o problema central na depressão e poderiam ser apontados com tendo um papel primário na produção de vários sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Ao definir esquema, Beck (1976) se refere a uma rede
estruturada e inter-relacionada de crenças que orientam o indivíduo em suas atitudes e posturas nos mais variados eventos de sua vida.
“Os esquemas, definidos como estruturas cognitivas
que organizam e processam as informações que chegam ao indivíduo, são propostos como representações dos padrões de pensamento adquiridos no início do desenvolvimento do indivíduo” DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Na investigação do processamento cognitivo nos
transtornos mentais, o conceito de esquemas tem sido utilizado para referir estruturas com conteúdos altamente personalizados, que são ativados na manifestação da psicopatologia.
...“os esquemas são estruturas cognitivas dentro do
pensamento, cujo conteúdo específico são as crenças centrais” (Beck, 1964, citado por J. Beck, 1997, p. 174). DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
O esquema, constituído de crenças centrais, é
definido por Beck e colaboradores (1979) como uma estrutura cognitiva usada para filtrar, codificar e avaliar os estímulos que interagem com o indivíduo.
Essas estruturas nucleares podem estar relacionadas
a diversas temáticas, como, por exemplo, aprovação, amor, autonomia, conquistas, perfeccionismo e assim por diante. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Todos temos nossos esquemas, que são reforçados
ao longo da vida pelo processo de associar importância àquelas experiências que os validam e desqualificar as experiências que os invalidam.
A diferença é que, nos distúrbios emocionais, os
esquemas são extremamente distorcidos, disfuncionais, rígidos e generalizados. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO Nos indivíduos predispostos a desenvolver depressão, crenças como “sou um fracasso”, “não tenho valor” ou “não sou amado” são predominantes.
Uma vez que as crenças nucleares negativas são
consideradas um fator crítico de vulnerabilidade cognitiva para a patogênese da depressão, é objetivo da Terapia Cognitiva tornar conscientes e corrigir tais crenças, no sentido de torná-las mais adaptadas. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Esquemas que são rígidos e impermeáveis podem ser
particularmente difíceis de modificar. Muitas vezes, o que é possível é a redução da valência desses esquemas negativos. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Os esquemas, as crenças intermediárias e os
pensamentos automáticos do indivíduo moldam de forma constante e automática as percepções e interpretações dos eventos.
Esses três níveis de cognição determinam o
“jeito de ser” do indivíduo no mundo, indicando formas de lidar com suas experiências de vida. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
Embora muitos eventos de vida possam trazer
sofrimento psíquico, eles podem não produzir depressão, a não ser que o indivíduo tenha uma sensibilidade cognitiva específica àqueles eventos, o que se dá quando a predisposição específica está incrustada em uma crença subjacente ou em um esquema. Quando tais situações existenciais são encontradas, as pessoas com predisposição à depressão começam a ter uma visão negativa de cada aspecto de suas vidas. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
À medida que a depressão se agrava, seu pensar
torna-se progressivamente saturado com temáticas depressivas típicas, até que gradualmente os pacientes perdem a habilidade de enxergar seus pensamentos negativos objetivamente.
Com o quadro clínico da depressão, esses esquemas
disfuncionais são salientados e reforçados; mesmo com a resolução do quadro clínico, tais esquemas mal adaptativos permanecem latentes se não forem adequadamente trabalhados. DEPRESSÃO – MODELO COGNITIVO
A falta de motivação que acompanha os indivíduos
deprimidos resulta em diminuição da atividade, tendo várias consequências.
O tempo desocupado aumenta as ruminações
depressogênicas; o indivíduo deprimido passa a se autocriticar pela redução da produtividade e diminui também as suas atividades prazerosas. Além disso, a mudança no comportamento ou na expressão de afeto de um indivíduo deprimido pode influenciar suas relações interpessoais, perpetuando, dessa forma, a depressão.