Apostila Disciplina - Tema 6

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Fundamentos de administração e segurança em rede de

computadores
Prof. Sérgio dos Santos Cardoso Silva

Descrição

Princípios teóricos de segurança e administração de redes de


computadores. Ferramentas para o alcance de um nível adequado de
segurança e gerência de redes.

Propósito

Conhecer os riscos da operação e da utilização de redes de


computadores, bem como os protocolos de segurança e os tipos de
ferramentas adequadas para a administração e o gerenciamento de tais
processos.

Objetivos

Módulo 1

Riscos de segurança nas redes de


computadores
Identificar os riscos de segurança nas redes de computadores.
Módulo 2

Softwares e equipamentos para diminuição


dos riscos
Selecionar softwares e tipos de equipamentos adequados para a
diminuição dos riscos de segurança nas redes.

Módulo 3

Arquitetura de gerenciamento de redes

Reconhecer a arquitetura de gerenciamento de redes.

meeting_room
Introdução
A internet é uma rede comercial que pode ser utilizada por
qualquer pessoa ou empresa em todos os cantos do mundo.
Com isso, possíveis problemas de segurança afloram.

Pessoas mal-intencionadas utilizam essa rede para realizar


atividades maliciosas, como roubo de informações e de
identidade, paralisação de serviços etc.

Por isso, o tópico segurança destaca-se atualmente como uma


das grandes preocupações dos administradores de redes.
Garantir a segurança na comunicação de dados passou a ser
uma das questões cruciais na utilização da internet.

É fundamental que tanto usuários quanto profissionais de


tecnologia da informação (TI) tenham conhecimento dos riscos
no uso da rede e saibam identificar ferramentas capazes de
minimizá-los.
1 - Riscos de segurança nas redes de computadores
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os riscos de segurança nas redes de
computadores.

Definições
Para identificar os riscos relacionados ao uso de uma rede de
computadores, é importante conhecer algumas definições. Por conta
disso, iremos nos basear na norma ABNT NBR ISO IEC 27001:2013,
reconhecida mundialmente como uma referência na área de segurança.
Essa norma apresenta as seguintes definições:

video_library
Conceitos de segurança da
informação
dangerous
Ameaça
Causa potencial de um incidente indesejado que pode resultar em danos
a um sistema ou organização.

bug_report
Ataque
Tudo aquilo que tenta destruir, expor, alterar, desativar, roubar, obter
acesso não autorizado ou fazer uso não autorizado de um ativo.

upload_file
Ativo
Qualquer coisa que tenha valor para uma pessoa ou organização.
Exemplo: os dados do cartão de crédito, um projeto de uma empresa,
um equipamento e até mesmo os colaboradores de uma empresa
podem ser definidos como ativos humanos.

Como é possível perceber nessas definições, a ameaça está relacionada


a algo que pode comprometer a segurança, enquanto o ataque é a ação
efetiva contra determinado ativo.

Um incidente de segurança ocorre quando uma ameaça se


concretiza e causa um dano a um ativo.

Se uma ameaça se concretizou e causou um dano, isso significa que


alguma propriedade da segurança foi comprometida.

Três propriedades são tratadas como os pilares da segurança:


Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (CID).

Além delas, outras propriedades também são importantes no contexto


de segurança. A norma ABNT NBR ISO IEC 27001:2013 destaca as
seguintes:
video_library
Propriedades da segurança da
informação

Confidencialidade expand_more

Propriedade cuja informação não está disponível para pessoas,


entidades ou processos não autorizados. A confidencialidade
está relacionada ao sigilo dos dados. Somente entes autorizados
podem acessá-los.

Integridade expand_more

Propriedade que protege a exatidão e a completeza de ativos.


Trata-se da indicação de que o dado não foi adulterado. Exemplo:
um ativo permanece intacto após ser armazenado ou
transportado.

Disponibilidade expand_more

Propriedade de tornar o dado acessível e utilizável sob demanda


por fontes autorizadas. Se uma pessoa ou um processo
autorizado quiser acessar um dado ou equipamento, ele estará
em funcionamento.

Autenticidade expand_more

Propriedade que assegura a veracidade do emissor e do receptor


das informações que são trocadas. A autenticidade assegura
que quem está usando ou enviando a informação é realmente
determinada pessoa ou processo. Em outras palavras, garante a
identidade.

Não repúdio ou irretratabilidade expand_more

Propriedade muito importante para fins jurídicos. Trata-se da


garantia de que o autor de uma informação não pode negar
falsamente a autoria dela. Desse modo, se uma pessoa praticou
determinada ação ou atividade, ela não terá como negá-la. O não
repúdio é alcançado quando a integridade e a autenticidade são
garantidas.

Confiabilidade expand_more

Propriedade da garantia de que um sistema vai se comportar


segundo o esperado e projetado. Exemplo: se determinado
equipamento foi projetado para realizar uma operação
matemática, esse cálculo será realizado corretamente.

Legalidade expand_more

Propriedade relacionada com o embasamento legal, ou seja, ela


afere se as ações tomadas têm o suporte de alguma legislação
ou norma. No caso do Brasil, podemos citar o Marco Civil da
Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o conjunto
de normas 27.000 da ABNT.

Os mecanismos de proteção se relacionam a práticas, procedimentos


ou mecanismos capazes de proteger os ativos contra as ameaças,
reduzindo ou eliminando vulnerabilidades. Além disso, eles evitam que
uma dessas propriedades sejam comprometidas.

Tipos de ataques
Veja as principais características dos ataques ativos e passivos.
Para haver a identificação dos riscos, será necessário entender e
classificar os tipos de ataques que podem ser realizados contra uma
rede de computadores.

Interligadas, as tabelas a seguir apresentam os critérios de classificação


desses tipos de ataques e as suas descrições:

ATAQUES DESCRIÇÃO TIPOS

Ataques de
interrupção

Ataques de
Tentam alterar os modificação
recursos do
ATIVOS
sistema ou afetar a Ataques de
sua operação. fabricação ou
personificação

Ataques de
repetição

Tentam descobrir
ou utilizar as
informações do Ataques de
PASSIVOS
sistema sem o interceptação
objetivo de afetar
seus recursos.

Classificação primária dos tipos de ataques.


CRITÉRIOS TIPOS DESCRIÇÃO

Realizados dent
da própria rede.
Ataques internos atacante e a víti
(inside attack) estão na mesma
PONTO DE rede (doméstica
INICIAÇÃO corporativa).

Feitos a partir de
Ataques externos
um ponto extern
(outside attack)
rede da vítima.

O atacante, sem
ajuda de terceiro
Ataques diretos realiza uma açã
diretamente con
a vitima.
METODO DE
ENTREGA O atacante
emprega terceir
ou seja, outros
Ataques indiretos
usuários da rede
para que o ataqu
seja realizado.
CRITÉRIOS TIPOS DESCRIÇÃO

OBJETIVO Buscam obter


informações que
Ataques de
trafegam a rede
interceptação
atacando a
confidencialidad
CRITÉRIOS TIPOS DESCRIÇÃO

Seu objetivo é
indisponibilizar u
ou mais serviço
de rede
Ataques de sobrecarregand
interrupção os sistemas, as
redes ou
simplesmente
desligando o
equipamento.

Ocorrem quando
um atacante tem
acesso não
autorizado a um
Ataques de sistema ou a um
modificação rede e modifica
conteúdo das
informações ou
configurações d
um sistema.

Buscam quebrar
principalmente,
Ataques de
autenticidade de
fabricação ou
um serviço, um
personificação
dispositivo ou d
uma rede.

Uma entidade
maliciosa
intercepta e repe
uma transmissã
de dados válida
que trafega atra
Ataques de de uma rede par
repetição produzir um efe
não autorizado,
como a repetiçã
de pedidos de u
item ou o proces
de login em um
ambiente.
Classificação primária dos tipos de ataques.

Terceiros
O uso de terceiros pode amplificar o poder de ataque ao, por exemplo,
aumentar o volume de tráfego contra a vítima em um ataque contra a
disponibilidade.

Etapas de um ataque
Precisamos dividir um ataque em sete etapas para poder analisá-lo de
forma mais criteriosa:

Reconhecimento

Armamento (weaponization)

Entrega (delivery)

Exploração

Instalação

Comando e controle

Ações no objetivo

video_library
Etapas de um ataque

Os atacantes passam a ter mais privilégios no alvo à medida que


avançam nas etapas. Portanto, pelo lado da defesa, o objetivo é pará-los
o mais cedo possível para diminuir o dano causado.

Vejamos a seguir cada etapa de um ataque:


Reconhecimento

Na primeira etapa, o ator da ameaça realiza uma pesquisa para


coletar informações sobre o local a ser atacado. Trata-se de
uma fase preparatória na qual o atacante procura reunir o
máximo de informações sobre o alvo antes de lançar um
ataque ou analisar se vale a pena executá-lo. As informações
podem ser obtidas por meio de diversas fontes: sites,
dispositivos de rede voltados para o público, artigos de
notícias, anais de conferências, meios de comunicação social.

Qualquer local público é capaz de ajudar a determinar o que,


onde e como o ataque pode ser realizado. O atacante escolhe
alvos negligenciados ou desprotegidos, pois eles possuem a
maior probabilidade de serem penetrados e comprometidos.

Armamento (weaponization)

Após a coleta de informações, o atacante seleciona uma arma


a fim de explorar as vulnerabilidades dos sistemas. É comum
utilizar a expressão exploits para essas armas, que podem
estar disponíveis em sites na internet ou ser desenvolvidas
especificamente para determinado ataque.

O desenvolvimento de uma arma própria dificulta a detecção


pelos mecanismos de defesa. Essas armas próprias são
chamadas de zero-day attack.

Após o emprego da ferramenta de ataque, espera-se que o


atacante tenha conseguido alcançar seu objetivo: obter acesso
à rede ou ao sistema que será atacado.
Entrega (delivery)

Nesta fase, o atacante entrega a arma desenvolvida para o


alvo. Para essa entrega, podem ser utilizados diversos
mecanismos. Eis alguns exemplos: mensagens de correio
eletrônico (e-mail), mídias USB, websites falsos ou infectados,
interação nas redes sociais.

O atacante pode usar um método ou uma combinação de


métodos para aumentar a chance de entrega do exploit. Seu
objetivo é fazer com que a arma pareça algo inocente e válido,
pois ludibria o usuário e permite que ela seja entregue.

Uma prática comum para essa entrega é o uso de phishing.


Tipicamente, são enviados e-mails com algum assunto
aparentemente de interesse da vítima. Nesta mensagem, existe
um link ou um anexo malicioso que serve de meio de entrega
da arma na máquina alvo.

Exploração

A etapa de exploração ocorre quando o atacante, após entregar


a arma, explora alguma vulnerabilidade (conhecida ou não) na
máquina infectada em busca de outros alvos dentro da rede de
destino. As vulnerabilidades que não são publicamente
conhecidas são chamadas de zero-day.

No caso do emprego de phishing, a exploração ocorre quando o


e-mail recebido é aberto e o usuário clica no link ou abre o
anexo, instalando um software malicioso que infecta a sua
máquina. Isso permite o controle dela por parte do autor do
ataque.

A partir desse momento, o atacante obtém acesso ao alvo,


podendo obter as informações e os sistemas disponíveis
dentro da rede atacada. Os alvos de exploração mais comuns
são aplicativos, vulnerabilidades do sistema operacional e
pessoal.

Instalação

A partir da exploração da máquina realizada na fase anterior, o


atacante busca instalar algum tipo de software que permita a
manutenção do acesso à máquina ou à rede em um momento
posterior.

Para essa finalidade, é instalado no sistema alvo um Remote


Access Trojan (RAT). Conhecido também como backdoor, o
RAT permite ao atacante obter o controle sobre o sistema
infectado.

Pelo lado do atacante, é importante que o acesso remoto não


alerte nenhum sistema de proteção e permaneça ativo mesmo
após varreduras por sistemas de segurança da rede de destino.

Comando e controle

A partir do momento em que um RAT (backdoor) é instalado no


sistema alvo, o atacante passa a ter um canal de comunicação
com o software instalado no alvo.

Denominado comando e controle, tal canal possibilita o envio


de comandos para realizar ataques na própria rede local ou
para atacar a rede de terceiros, caracterizando, assim, um
ataque indireto

Ações no objetivo

Quando o atacante chega à última etapa, isso é um indício de


que o objetivo original foi alcançado. A partir de agora, ele pode
roubar informações, utilizar o alvo para realizar ataques de
negação de serviço, envio de spam, manipulação de pesquisas
ou jogos on-line, entre outras atividades.

Nesse ponto, o agente de ameaças já está profundamente


enraizado nos sistemas da organização, escondendo seus
movimentos e cobrindo seus rastros.

É extremamente difícil remover o agente de ameaças da rede


quando ele já chegou a esta fase.

Vamos analisar a noticia a seguir:

Brasil sofreu 15 bilhões de ataques cibernéticos


em apenas três meses. A questão não é mais ‘o
que podemos fazer se sofrermos um ataque
cibernético?’, mas, sim, ‘o que podemos fazer
quando sofremos um ataque cibernético?

( TECMUNDO, 2019)

Ao analisarmos o caso, percebemos a importância da análise dos riscos


relacionados ao uso de uma rede de computadores sem a devida
proteção.
Pesquise outras situações similares e procure perceber a intervenção
dos mecanismos de proteção nesses casos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Os ataques podem ser classificados de diversas formas: ativo ou


passivo, interno ou externo, direto ou indireto. Os passivos são os
de interceptação; os ativos, os de modificação, interrupção,
personificação ou repetição. Considere que você esteja realizando a
compra online de uma caneta. Ao verificar o extrato de sua conta,
percebe que havia duas cobranças do mesmo valor. Esse tipo de
evento pode ser associado ao ataque de

modificação, porque o atacante modificou a


A transação, permitindo que a operação fosse
executada duas vezes.

repetição, pois o atacante capturou os pacotes com


B as informações de pagamento e os enviou
novamente para a cobrança no banco.

interceptação, uma vez que o atacante monitorou a


C transação e, percebendo a troca de informações
financeiras, repetiu a operação.

personificação, já que o atacante assumiu a


D identidade da loja on-line, repetindo a operação
financeira.

interceptação, pois o atacante modificou os dados


E
do carrinho de compras inserindo duas unidades.

Parabéns! A alternativa B está correta.


O ataque de repetição permitiu que fosse debitado duas vezes o
mesmo valor de sua conta. Como o atacante capturou os pacotes
que realizam a transação financeira, ele pôde modificar a conta de
destino e – considerando que os dados da transação estivessem
presentes no pacote – receber o valor cobrado. Esse mesmo
ataque pode ser utilizado quando um atacante captura pacotes de
autenticação, permitindo o acesso a determinada rede ou sistema.

Questão 2

Uma das grandes ameaças existentes na internet é a chamada APT.


Sigla para Advanced Persisten Threat, ela se refere a ataques
direcionados de organizações a determinadas organizações e
empresas.

Imagine que você, após ser convocado para analisar as ações de


uma APT, tenha percebido que ela estava enviando e-mails a
determinada empresa com um anexo possivelmente malicioso.

A etapa de ataque identificada está relacionada com:

conquista, porque a APT obteve acesso a um


A
endereço de e-mail válido da empresa.

instalação, pois a APT enviou a arma para obter


B
acesso ao alvo.

exploração, uma vez que a APT se aproveitou de


C
uma vulnerabilidade no sistema de e-mail.

entrega, já que a APT utilizou um meio de entregar a


D
arma a seu alvo.

comando e controle, porque a APT utiliza do serviço


E
de correio eletrônico para trocar comandos.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O entendimento das fases dos ataques é de suma importância na


segurança da rede. Quanto mais cedo o ataque for detectado e
interrompido, menos danos ele causará, porque o atacante (no caso
ilustrado, uma APT) terá tido uma menor penetração na rede e
comprometido menos o ambiente.

2 - Softwares e equipamentos para diminuição dos riscos


Ao final deste módulo, você será capaz de selecionar softwares e tipos de equipamentos
adequados para a diminuição dos riscos de segurança nas redes.

Segurança física

video_library
Segurança física x Segurança lógica

Estar conectado à internet nos expõe a diversos riscos, como roubo de


informações e de identidade, adulteração de informações etc. De acordo
com a norma ABNT 27001:2013, para minimizar os riscos dessa
conexão, é necessário implementar mecanismos de controle a fim de
garantir a segurança dela.
Esses mecanismos podem ser divididos em dois tipos:

lock
Mecanismos de controle físicos
Evitam ou dificultam as falhas nos equipamentos e instalações.

lock
Mecanismos de controle lógicos
Evitam ou dificultam as falhas relacionadas aos softwares utilizados.

Vejamos agora a aplicação desses mecanismos na manutenção da


segurança de uma conexão.

Segurança física abrange todo ambiente em que os sistemas de


informação estão instalados. Seu objetivo principal é garantir que
nenhum dano físico ocorra nos equipamentos. Por exemplo: roubo de
equipamentos, incêndio, inundação e qualquer ameaça às instalações
físicas.

A norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013 divide a segurança física em


dois itens principais:

Áreas seguras: Previnem o acesso físico não autorizado, os danos


e as interferências em instalações e informações da organização.

Equipamentos: Impedem perdas, danos, furto ou


comprometimento de ativos e interrupção das atividades da
organização.

A segurança física envolve outras áreas da Engenharia, como a civil e a


elétrica, ao permitir a projeção de prédios com paredes adequadas à
proteção dos equipamentos, sistemas de para-raios, aterramento,
limpeza da área para evitar incêndios etc.

Alguns exemplos de mecanismos de controle físicos podem ser


encontrados no emprego de:

Sistemas de refrigeração e de combate a incêndio

Projetados para os equipamentos poderem operar em


condições adequadas de temperatura e umidade. Ainda

t d i ê di b tid
garantem que os casos de incêndio possam ser combatidos
o mais rápido possível.

Sala-cofre

Espaço construído com paredes corta-fogo, sistemas de


refrigeração e de forma hermética para proteger
equipamentos críticos de TI.

Sistemas de energia redundantes

Funcionam como no-breaks (Uninterruptable Power Supply -


UPS) e geradores. Ambos são necessários ao permitirem
que, em caso de queda de energia, os equipamentos
permaneçam em operação. Isso garante tanto o
fornecimento constante de energia quanto a manutenção
dela dentro da tensão recomendada.

Preparação do ambiente contra alagamento

No caso de chuvas fortes.

Limpeza da área externa

Para evitar incêndios.

Segurança lógica
A segurança lógica envolve o emprego de soluções baseadas em
softwares para garantir a CID. Entre os diversos mecanismos existentes,
destacaremos os oito listados a seguir:
1. Autenticação

2. Sistemas de controle de acesso

3. Criptografia

4. Funções de hash

5. Assinatura digital

6. Certificado digital

7. Redes Virtuais Privadas (VPN)

8. Firewall, sistemas de detecção de intrusão e antivírus

Vamos entender agora o funcionamento de cada mecanismo.

Autenticação

Está relacionada à garantia da propriedade da autenticidade, evitando


que terceiros possam fingir ser uma das partes legítimas a fim de
acessar sistemas ou informações não autorizadas.

A autenticação diminui o risco de um ataque de personificação ou


fabricação. Para realizá-la, podem ser utilizados os seguintes
mecanismos: senhas, controles biométricos, tokens, certificados
digitais.

O mecanismo escolhido deve se adequar ao objetivo de segurança a ser


alcançado. Atualmente, os controles biométricos são considerados os
mais eficientes, mas é recomendado que seja utilizada a chamada
autenticação de dois fatores.

A autenticação de dois fatores utiliza dois mecanismos para autenticar


um usuário, por exemplo, utilizando senha e um código enviado por e-
mail.

Exemplo

Digitais, reconhecimento de íris, palma da mão e certificados digitais.


Sistemas de controle de acesso

Gerenciam os usuários que podem acessar sistemas e redes,


autorizando apenas o acesso às informações que lhes couberem. Desse
modo, a confidencialidade dos dados está garantida.

Exemplo

O uso de senhas nas redes wi-fi garante que somente as pessoas


autorizadas possam utilizá-las.

Para que o controle de acesso seja efetivo, deve-se empregar um


mecanismo de autenticação a fim de validar a identidade e – caso o
acesso esteja autorizado – restringir os direitos de acesso para cada
indivíduo de acordo com o seu perfil de uso.

Criptografia

video_library
Entendendo a criptografia
Assim como a criptoanálise, que não discutiremos aqui, a criptografia é
uma vasta área que compõe a criptologia.

A criptografia é uma área que estuda técnicas para esconder não a


mensagem real, mas o seu significado. Ela pode ser, inclusive, utilizada
para garantir a CID. A propriedade a ser garantida depende do
mecanismo utilizado e de que maneira ele foi empregado.

Funções
Para entendermos o processo criptográfico, iremos, inicialmente,
identificar duas funções principais:

Ciframento expand_more

Transforma um escrito simples, cujo alfabeto comum é utilizado


para compor a mensagem original, em um texto cifrado. Nesse
texto, as letras originais são substituídas pelas do alfabeto
cifrado, escondendo, dessa forma, o conteúdo da mensagem. A
função do ciframento é responsável pela criptografia da
mensagem original. Já a substituição das letras da mensagem
original é feita pelas cifras (Qualquer forma de substituição
criptográfica aplicada ao texto original da mensagem.).

Deciframento expand_more

Realiza o processo oposto. Como o texto cifrado é transformado


no original, o conteúdo de sua mensagem pode ser entendido. A
função de deciframento é a responsável pela decriptografia da
mensagem cifrada.
As técnicas modernas de criptografia envolvem o uso de um algoritmo
de criptografia associado a uma chave. O segredo do processo não está
no algoritmo em si, mas na chave utilizada para a realização do
ciframento.

Classificação

Quanto ao modelo de chave empregada, os algoritmos criptográficos


podem ser classificados como:

Algoritmos de chave simétrica ou de chave privada: Empregam


uma única chave. Dessa forma, a mesma chave que realiza a
cifragem faz a decifragem. Alguns exemplos de algoritmos
simétricos: DES, 3DES, Blowfish, RC4, RC5, IDEA, Rinjdael e
Advanced Encrytion Standard (AES) - Algoritmo padrão adotado por
diversos governos e várias empresas para garantir a
confidencialidade.

Algoritmos de chave assimétrica ou de chave pública: Utilizam


duas chaves (pública e privada): uma para cifrar e outra para
decifrar. Dependendo da ordem em que ambas são empregadas, o
algoritmo pode garantir a confidencialidade ou a autenticidade. A
exemplo temos o algoritmo Rivest-Shamir-Adleman (RSA), que é o
padrão utilizado para transações comerciais, financeiras etc.

Vamos entender melhor o que ocorre com o uso de cada modelo de


chave, de acordo com a ordem na qual são utilizadas:

Chave pública

Quando a chave pública é utilizada na função de cifragem, apenas


a privada pode decifrar. Como o nome sugere, a chave privada fica
restrita à entidade.

Exemplo: pessoa, empresa ou equipamento.


Neste caso, está garantida a confidencialidade, porque só quem
possui a chave privada pode decifrar o conteúdo.

close
Chave privada

Quando a chave privada é empregada no processo de cifragem


apenas a pública pode decifrar. Como a chave usada para decifrar
é a pública, qualquer pessoa pode possuí-la e, portanto, decifrar a
mensagem.

Neste caso, não há como garantir a confidencialidade, mas sim a


autenticidade. A aplicação das chaves nesta ordem permite o
emprego da assinatura digital.

Funções de hash

video_library
Conhecendo as funções de hash

O objetivo das funções de resumo de mensagem ou de hash é a


garantia da integridade das informações. Para calcular o resumo, pode
ser utilizado qualquer algoritmo que pegue uma mensagem de qualquer
tamanho e a mapeie em uma sequência de caracteres de tamanho fixo.

Exemplo

Você tem um arquivo chamado aula.doc e quer calcular o resumo dessa


mensagem. Uma das funções de hash bastante utilizadas é o Message-
Digest Algorithm 5 (MD5). Então, caso você tenha instalado em seu
computador o MD5, pode utilizar o seguinte comando:

md5sum aula.doc

A saída desse comando é uma sequência de caracteres:


595f44fec1e92a71d3e9e77456ba80d1

Essa saída será permanente enquanto não ocorrer nenhuma alteração


no arquivo. Portanto, toda vez que quiser verificar se ele foi modificado,
basta executar novamente a função de hash e compará-la à sequência
original. Se ela permanecer a mesma, isso demonstra que o arquivo é
íntegro; caso contrário, é uma evidência de que ele foi modificado.

Uma propriedade desejável na função de resumo é que, diante de


qualquer modificação mínima na informação, o resumo gerado deve ser
totalmente diferente. As funções de resumo também são utilizadas
como auxiliares no processo de autenticação.

Alguns sistemas usam o hash para armazenar a senha de um usuário.


Portanto, quando ele cadastra uma senha, o sistema calcula o hash e
armazena esse valor. Quando o usuário for digitar sua senha para entrar
no mesmo sistema, o sistema calculará o hash, enviará essa informação
e comparará com o que está armazenado. Se for igual, o seu acesso
será autorizado.

A vantagem dessa solução é que a senha do usuário não fica


armazenada no sistema nem trafega pela rede. Quem o faz é o hash.

Outra propriedade desejável das funções de resumo é que ela não é


inversível, ou seja, se temos o hash da mensagem, não conseguimos
descobrir a mensagem original. Dessa forma, podemos afirmar que ele
configura uma função criptográfica, pois esconde o conteúdo de uma
mensagem. Então, quando ocorre o envio do hash da senha, não há
como um atacante descobrir a senha original.

Entretanto, o uso isolado dele na autenticação pode gerar uma


facilidade para o ataque de reprodução. Um atacante que conseguir
obter o hash das assinaturas poderá repetir o seu processo, enviando o
resumo e obtendo a autorização de acesso.

Além do MD5, outras funções de resumo muito utilizadas são as


seguintes:

1. Secure Hash Algorithm version 1 (SHA-1)

2. Secure Hash Algorithm version 2 (SHA-2)

3. Secure Hash Algorithm version 3 (SHA-3)


Assinatura digital

video_library
O que é Assinatura Digital

O objetivo do emprego da assinatura digital é assegurar a autenticidade


e a integridade das informações. Automaticamente, está garantido o
não repúdio. A assinatura ainda garante a validade jurídica dos
documentos, pois existe a certeza de que eles não sofreram qualquer
adulteração, estando íntegros e completos, e a certeza quanto a sua
autoria, asseverando que eles realmente foram assinados por
determinada pessoa.

O processo utilizado para realizar a assinatura digital combina o


emprego da criptografia assimétrica com as funções de resumo da
mensagem. Para que um documento seja assinado digitalmente, o
usuário deve seguir estes passos:

Calcular Cifrar

Calcular o resumo da Cifrar esse resumo com a chave


mensagem. privada do emissor do
documento.

O esquema a seguir ilustra esse processo:


Assinatura digital de um documento.

Ao receber o documento, o receptor precisa realizar o seguinte processo


para o validar:

O usuário deve calcular o hash da mensagem e decifrar o outro recebido


com a utilização da chave pública do emissor. Em seguida, ele vai
comparar os dois hashes. Se forem iguais, há a garantia de que o
documento não foi modificado e o emissor é autêntico. Caso sejam
diferentes, algum problema ocorreu. Mas não é possível garantir se o
problema reside na modificação dele ou na autenticidade do emissor.
Estabelece-se apenas que o documento não é válido.

Certificado digital

video_library
O que é o Certificado Digital

Ele é utilizado para vincular a chave pública a uma entidade, como


pessoa, empresa, equipamento etc. O certificado contém a chave
pública da entidade, que é assinada digitalmente por uma terceira parte
confiável chamada de Autoridade Certificadora (AC).

A existência da autoridade certificadora é importante para garantir um


ataque conhecido como “homem no meio” (MITM - Man In The Middle).
O MITM ocorre quando um atacante pode interceptar o envio da chave
pública e ter acesso às informações.

Vejamos a descrição deste problema:


Autoridade certificadora (AC)
Cartório eletrônico que garante a segurança de todo o processo na troca
das chaves públicas.

Alice quer enviar um documento para Bob. Ela solicita a chave


pública dele para poder cifrar a mensagem.

Darth, enquanto isso, realiza um ataque de interceptação para


monitorar a comunicação entre ambos. Quando percebe que
houve uma solicitação da chave pública de Bob, Darth envia
para Alice a sua chave. Ao mesmo tempo, se fazendo passar
por ela, solicita a Bob a chave pública dele, o que caracteriza
um ataque de personificação.

Alice, dessa forma, cifra a mensagem com a chave privada de


Darth. Obviamente, ele consegue ler as informações enviadas.
Para que o processo continue, Darth agora cifra a mensagem
com a chave pública de Bob e a envia. Bob, em seguida, recebe
a mensagem e a decifra com sua chave privada.
Ao monitorar a troca de mensagens entre Alice e Bob, Darth conseguiu
obter as informações, quebrando a confidencialidade desse processo de
comunicação.

Para resolver esse problema, é necessária uma terceira parte confiável:


a AC, responsável por armazenar as chaves públicas das entidades
envolvidas no processo de comunicação. Dessa maneira, a chave fica
assinada digitalmente pela autoridade certificadora. Veja o esquema:

Uso do certificado de chave pública.

Voltemos ao exemplo da comunicação entre Alice e Bob. Agora ela já


pode solicitar o certificado digital dele para a AC. Ao receber esse
certificado, Alice verificará a assinatura digital da AC. Se ela estiver
correta, é um indício de que Alice possui o certificado correto de Bob,
podendo, dessa forma, realizar a transmissão das mensagens.

O processo para obter a chave privada da AC, contudo, pode esbarrar no


mesmo problema. Para o processo funcionar corretamente, o usuário
deve ir ao site da AC e realizar o download dos certificados – chamados
de certificados raiz –, garantindo, assim, a obtenção da chave pública
correta.

Saiba mais

No Brasil, as ACs estão organizadas na Infraestrutura de Chaves


Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Trata-se de uma cadeia hierárquica de
confiança que viabiliza a emissão de certificados digitais para a
identificação virtual do cidadão.

Redes virtuais privadas (VPN)

video_library
O que é uma VPN
A VPN (virtual private network) permite a utilização de um meio inseguro
de forma segura. Afinal, quando estamos conectados à internet e
desejamos acessar algum serviço ou rede, ficamos vulneráveis a
diversos tipos de ataques.

Para minimizar o risco inerente a esse acesso, podemos empregar uma


VPN, que utilizará um túnel de comunicação entre dois dispositivos.
Considere a topologia desta imagem na qual as redes da matriz e da
filial desejam trocar informações por meio da internet:

Ao trafegar pela internet, as informações trocadas entre as redes da


matriz e da filial estão sujeitas a diversos tipos de ataque. Na utilização
de uma VPN, é criado um túnel virtual entre essas redes. Veja:

Na utilização do túnel, as informações trafegadas ficam protegidas, já


que os dados são criptografados. Além disso, podem ser utilizados
mecanismos de autenticação e integridade para garantir tanto a entrada
em cada rede só de pacotes autorizados quanto a manutenção de sua
estrutura, ou seja, que eles não sejam modificados.

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Firewall, sistemas de detecção de
intrusão e antivírus
Confira a seguir os mecanismos de segurança lógica.

Veja o trecho da seguinte notícia:

“PF identifica invasão nos celulares de presidentes de STJ, Câmara e


Senado; PGR também foi alvo”. (Fonte: G1, 2019)

Percebemos aqui a importância dos softwares, cuja função é a de


garantir a CID nas instituições. Pesquise outras situações similares e
procure perceber como foi a intervenção da segurança lógica nesses
casos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Você foi contratado por uma empresa para realizar uma consultoria
na área de segurança. Durante o trabalho realizado, identificou que
ela estava sujeita a ataques contra a disponibilidade por falta de
mecanismos de controle físicos ou lógicos.

No relatório, uma de suas sugestões foi a implantação de um


mecanismo de controle:

físico, com o emprego de no-breaks para garantir o


A
fornecimento de energia.

físico, com o uso de assinaturas digitais para


B
garantir a identidade do emissor.

lógico, com o emprego de no-breaks para garantir o


C
suprimento de energia.
D lógico, com a aplicação de firewalls para garantir o
controle de acesso físico.

físico, com o uso de criptografia para garantir o


E
sigilo da informação.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O objetivo dos mecanismos de controle físico é proteger as


instalações físicas, ou seja, a destruição, o roubo ou a paralisação
de serviços. Os mecanismos físicos podem incluir desde o uso de
portões, grades e cadeados até a manutenção do ambiente dentro
de condições climáticas adequadas, como a utilização de
equipamentos de refrigeração e o fornecimento de energia
ininterruptos graças ao emprego de fontes de energia redundantes
(geradores e no-breaks).

Questão 2

Leia o fragmento de texto a seguir:

“Durante um grande surto em maio de 2017, Rússia, China, Ucrânia,


Taiwan, Índia e Brasil foram os países mais afetados. O WannaCry
afetou tanto pessoas quanto organizações governamentais,
hospitais, universidades, empresas ferroviárias, firmas de
tecnologia e operadoras de telecomunicações em mais de 150
países. O National Health Service do Reino Unido, Deutsche Bahn, a
empresa espanhola Telefónica, FedEx, Hitachi e Renault estavam
entre as vítimas.”

Fonte: (AVAST, s.d.)

O WannaCry causou uma grande infecção em diversas empresas no


Brasil e no mundo. Esse tipo de ataque sequestrava os dados dos
usuários e exigia uma recompensa para que eles fossem
disponibilizados novamente.

Para minimizar os riscos de um usuário ou uma empresa sofrer o


mesmo tipo de ataque, é necessário o emprego de:

firewall, já que este tipo de controle impede a


A invasão à rede, não sendo possível o sequestro dos
dados.
sistema de detecção de intrusão, pois pode
B monitorar o tráfego da rede, identificando o
sequestro dos dados.

antivírus, porque este tipo de ataque é realizado por


C
um malware conhecido como ransonware.

sistema de criptografia dos dados, uma vez que o


D atacante não consegue sequestrar os dados
criptografados.

sistema de autenticação digital para garantir que


E
somente os donos dos arquivos possam alterá-los.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A segurança de um ambiente pode ser considerada completa


quando ela emprega um conjunto de mecanismos de controle físico
e lógico com o objetivo de garantir a CID. Afinal, os mecanismos de
controle lógicos, firewalls, IDS, criptografia, controle de acesso e
antivírus são soluções que devem atuar em conjunto. Os antivírus,
por exemplo, são os responsáveis pela detecção dos malwares
como o WannaCry.

3 - Arquitetura de gerenciamento de redes


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a arquitetura de gerenciamento de
redes.

Arquitetura de gerenciamento OSI

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A importância do gerenciamento

Com o crescimento das redes, a administração e o gerenciamento delas


passaram a ser atividades de suma importância. Afinal, seus ambientes
são complexos e heterogêneos, tendo diversos tipos de equipamentos,
fabricantes e protocolos em operação.

Observe o esquema a seguir:

Vemos na imagem diversos servidores e várias estações de trabalho


com sistemas operacionais Windows e Linux, firewalls, roteadores,
switches e equipamentos para redes sem fio.

Switches
Switches ou comutadores são ferramentas de camada de enlace que
conseguem identificar os equipamentos conectados em cada porta e
direcionar os quadros para os destinos corretos, segmentando a rede.

Imaginemos uma paralisação de algum serviço ou


parte da rede. Nesses casos, muitos se perguntam:
onde ocorreu a falha? No servidor? No switch? Na
estação?
A gerência de redes auxilia no processo de identificação das falhas e na
correção de problemas, permitindo que a rede possa operar
corretamente e oferecer níveis de serviços adequados à necessidade
dos usuários.O objetivo dessa gerência é monitorar e controlar os
elementos físicos ou lógicos da rede, assegurando, segundo Stallings
(1998), certo nível de qualidade de serviços.

Trata-se do ato de oferecer serviços que atendam à necessidade dos


usuários com um funcionamento adequado, bom desempenho e
disponibilidade.

Para oferecer uma organização das tarefas de gerenciamento de redes,


a International Organization for Standardization (ISO) criou a M.3400,
um modelo de gerência derivado de recomendação publicada pela
International Telecommunications Union (ITU).

Esse modelo se baseia em cinco áreas conhecidas pela sigla FCAPS


(fault, configuration, accounting performance e security). Vamos
conhecê-las agora!

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Arquitetura de gerenciamento OSI
(FCAPS)
Gerência de detecção e correção de
falhas (F = fault)
A área de gerenciamento de falhas é importante para garantir que os
serviços e as redes permaneçam em operação. De acordo com a norma
ISO, esta área permite registrar, detectar e reagir às condições de falha
da rede. Tal gerenciamento depende do bom funcionamento de cada
componente da rede tanto de forma isolada quanto pela interoperação
com outros equipamentos dela.

As possíveis falhas nas redes podem ser causadas por problemas de:

Software Enlace

Falha no sistema operacional de Paralisação de operação de uma


um servidor ou em um serviço. ligação entre uma matriz e uma
filial por um rompimento de
cabo.

Quando uma falha ocorre, o gerente da rede deve analisar as


informações de gerência para identificar a causa raiz do problema,
descobrindo, em uma diversidade de equipamentos, softwares e
protocolos, o que realmente causou o problema.

O gerenciamento de falhas pode ser dividido em dois subsistemas:

Reativo

Trata as falhas no curto prazo (detecção, isolamento, correção e


registro de falhas).
close

Proativo

Monitora a rede para tentar impedir que ocorram falhas.


Gerência de configuração e operação
(C = configuration)
As redes são compostas por diversos equipamentos interligados entre
si que possuem uma configuração.

Essas configurações devem ser consistentes em todos eles, permitindo


que, no caso de uma reinicialização, o dispositivo volte a operar com a
configuração correta.

Desse modo, é necessário realizar o gerenciamento das configurações


dos equipamentos para:

1. Garantir seu funcionamento com os ajustes corretos.

2. Identificar quais dispositivos estão presentes na rede.

3. Verificar se eles estão com as configurações corretas.

De acordo com Forouzan (2010), um sistema de gerenciamento de


configuração precisa saber o estado de cada entidade e sua relação
com outras entidades a todo instante.

Gerência de contabilidade e
faturamento (A = accounting)
De acordo com a ISO, a gerência de contabilidade e faturamento permite
especificar, registrar e controlar o acesso de usuários e dispositivos
aos recursos da rede. Por meio desta área de gerenciamento, é possível
contabilizar o consumo de determinado recurso da rede.

Exemplo

A franquia de consumo de internet de uma linha telefônica, o que


possibilita a tarifação para o usuário.
Este tipo de gerenciamento impede que usuários possam monopolizar
os recursos da rede e libera a elaboração de planos de evolução de
acordo com a demanda de uso dela.

Gerência de desempenho e
otimização (P = performance)
O objetivo do gerenciamento de desempenho e otimização é garantir
que uma rede esteja em operação da forma mais eficiente possível. De
acordo com a ISO, sua função é quantificar, medir, informar, analisar e
controlar o desempenho de diferentes componentes dela.

Dentro desta área de gerenciamento, é possível realizar dois tipos de


avaliação de desempenho:

Avaliação de diagnóstico expand_more

Detecta problemas e ineficiências na operação da rede.

Exemplo: Se o gerente da rede percebe um equipamento ou


enlace com baixa utilização, ele pode alterar a configuração para
permitir que haja uma melhor distribuição de carga. Esse tipo de
avaliação auxilia no gerenciamento de falhas, porque é capaz de
antever situações que poderiam causar uma falha na rede.

Avaliação de tendências expand_more

Auxilia no planejamento da evolução da rede, observando seu


comportamento e estimando a necessidade de aumento de
determinado recurso.

Exemplo: O monitoramento de um enlace entre matriz e filial


poderá indicar a necessidade de um aumento na capacidade
dele quando a utilização média ultrapassar determinado valor.
Para avaliar a operação da rede, devem ser utilizadas, aponta
Forouzan (2010), medidas mensuráveis, como capacidade,
tráfego, vazão (throughput) e tempo de resposta.
Gerência de segurança e proteção (S
= security)
A gerência de segurança e proteção permite controlar o acesso aos
recursos da rede e verificar se ela está de acordo com a Política de
Segurança da Informação (PSI) da empresa.

Que papel desempenha a segurança nesse contexto?

Ela envolve todas as camadas da pilha de protocolos TCP/IP, o que


engloba cada dispositivo e informação trafegando pela rede. Por isso, é
possível afirmar que esta é a área mais difícil de ser gerenciada.

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Arquitetura de gerenciamento em
rede
Veja mais sobre segurança e gerenciamento de rede.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O diretor da empresa em que você trabalha informou a ocorrência


de diversas paralisações na rede, o que prejudica a realização das
atividades dos funcionários. Alegando que ela está
subdimensionada, ele defende que a rede não consegue atender à
demanda de trabalho existente.
Você argumenta que a rede, apesar de constantemente monitorada,
possui uma utilização considerada alta (70%), precisando, portanto,
ser ampliada para o atendimento dessa demanda.

Essa situação se refere à área de gerenciamento de:

desempenho, que realiza a avaliação de tendências


A
e auxilia no planejamento da evolução da rede.

contabilização, que monitora o consumo de


B recursos da rede, permitindo o uso racional dos
dispositivos.

falhas, que é responsável por realizar um


C monitoramento proativo da rede, evitando que haja
uma sobrecarga dela.

configuração, que realiza o monitoramento da


D configuração dos dispositivos, apresentando o
consumo da rede.

detecção, que monitora a rede em buscas de falhas,


E
como a apresentada.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A situação apresentada é típica em diversas redes. Por meio dos


sistemas de gerenciamento, é possível monitorar o seu uso e
planejar os investimentos necessários para que as demandas da
rede sejam atendidas, garantindo um nível de satisfação elevado
para os seus usuários.

Questão 2

Uma arquitetura de gerenciamento de rede é composta por quatro


componentes básicos: estação de gerenciamento, dispositivo
gerenciado, base de informações gerenciais e protocolo de
gerenciamento.
Tais componentes trabalham em conjunto para permitir que a rede
possa ser monitorada e controlada. Para isso:

o agente envia mensagens para o gerente


A
solicitando informações dos objetos.

a gerência da rede é realizada pelo protocolo de


B gerenciamento, permitindo que os comandos sejam
executados pelo gerente.

a base de informações gerenciais mantém


C informações do estado dos diversos objetos
existentes em um dispositivo.

o gerente emite comandos para a base de


D informações gerenciais, informando os valores de
cada objeto.

o agente envia comandos para que o gerente possa


E realizar a coleta de dados dos diversos objetos da
rede.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A arquitetura de gerenciamento de redes é genérica, mas os


sistemas de gerenciamento existentes são baseados nos
componentes apresentados. A entidade gerenciadora ou de
gerenciamento monitora e controla os dispositivos da rede por
intermédio do software gerente. No dispositivo gerenciado, o
software agente recebe os comandos do gerente por meio do
protocolo de comunicação. Já o conjunto de objetos existentes
compõe a base de informações gerenciais.

Considerações finais
Garantir a operação de uma rede é uma tarefa árdua. Afinal, ela deve
estar preparada para suportar diversos tipos de ataques mediante o
emprego de mecanismos de controle adequados.

Além disso, os sistemas de gerenciamento podem permitir o controle de


uma diversidade enorme de dispositivos, protocolos e aplicações. Os
mecanismos de controle e gerenciamento adequado das redes,
portanto, são fundamentais na manutenção da qualidade e da
operacionalidade de seu serviço.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC
27001:2013 – tecnologia da informação – técnicas de segurança –
sistemas de gestão da segurança da informação – requisitos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC


27002:2013 – tecnologia da informação – técnicas de segurança –
código de prática para controles de segurança da informação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013b.

AVAST. WannaCry. Avast. s.d. Consultado na internet em: 18 maio. 2022.

CENTRO DE ESTUDOS, RESPOSTA E TRATAMENTO DE INCIDENTES DE


SEGURANÇA NO BRASIL. Estatísticas dos incidentes reportados ao
CERT.br. CERT.br. Consultado na internet em: 28 maio 2020.
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.

FOROUZAN, B. A.; MOSHARRAF, F. Redes de computadores: uma


abordagem top-down. Porto Alegre: AMGH, 2013.

KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma


abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2013.

LUKASIK, S. J. Why the Arpanet was built. IEEE annals of the history of
computing. n. 33, p. 4-21, 2011.

MCCLURE, S.; SCAMBRAY, J.; KURTZ, G. Hackers expostos: segredos e


soluções para a segurança de redes. 7. ed. Porto Alegre: Bookman,
2014.

STALLINGS, W. Criptografia e segurança de redes – princípios e


práticas. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

STALLINGS, W. SNMP, SNMPv2, SNMPv3 and RMON1 and 2. 3. ed.


Boston: Addison-Wesley, 1998.

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Visite a página do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de


Incidentes de Segurança no Brasil (CERT). Em Publicações, navegue
pelos diversos artigos produzidos pelo CERT com recomendações sobre
prevenções de ataques;

Acesse a Cartilha de Segurança para Internet. Desenvolvida pelo CERT,


ela descreve os riscos na utilização da internet e as soluções existentes
para isso;

Leia o documento intitulado Sistema de gerenciamento de rede: White


Paper de práticas recomendadas (2018). Desenvolvido pela Cisco, ele
apresenta uma estrutura mais detalhada sobre o processo de
gerenciamento de redes;

Saiba2 mais sobre a Information Technology Infrastructure Library


(ITIL). Trata-se de um conjunto de recomendações de boas práticas para
o gerenciamento dos serviços de TI.

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