Caderno Do Projeto Desenv Gestao Programas Residência Preceptoria SUS 2021 2023
Caderno Do Projeto Desenv Gestao Programas Residência Preceptoria SUS 2021 2023
Caderno Do Projeto Desenv Gestao Programas Residência Preceptoria SUS 2021 2023
CADERNO DO PROJETO
Desenvolvimento da
Gestão de Programas de
Residência e da Preceptoria 1
no SUS - DGPSUS
CADERNO DO CURSO 2021-2023
DGPSUS
CADERNO DO PROJETO
Desenvolvimento da
Gestão de Programas de
Residência e da Preceptoria 1
no SUS - DGPSUS
CADERNO DO CURSO 2021-2023
DGPSUS
Ministério da Saúde
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Cursos de Especialização:
2
PSUS - Especialização em Educação na Saúde para Preceptores no SUS
CADERNO DO PROJETO
Projeto DGPSUS
Apoio Administrativo:
Ficha Catalográfica
Biblioteca Dr. Fadlo Haidar
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
© Reprodução autorizada pelo autor somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino
não sendo autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Na utilização ou citação de par-
tes do documento é obrigatório mencionar a autoria.
ISBN: 978-65-997208-0-2
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 12
2. OBJETO E OBJETIVOS DO DGPSUS .............................................................. 16
3. DESAFIOS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: ÊNFASE NA RESIDÊNCIA, NA
PRECEPTORIA E NA QUALIDADE DO CUIDADO ................................................... 16
4. MACROPROBLEMAS ........................................................................................ 22
5. A INTERVENÇÃO ................................................................................................ 23
6. AVALIAÇÃO NO ÂMBITO DO DGPSUS ........................................................... 24
7. AS INICIATIVAS EDUCACIONAIS DO DGPSUS .............................................. 24
7.1. O currículo .......................................................................................................... 25
7.2. Processo de Ensino-Aprendizagem ................................................................ 26
7.3. A metodologia de Ensino-Aprendizagem ....................................................... 28
I. Espiral construtivista ..................................................................................... 29
II. As comunidades de aprendizagem .............................................................. 30
7.4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem ............................................................. 32
I. Aprendizagem Baseada em Equipes .......................................................... 32
II. Portfólio Reflexivo ......................................................................................... 33
III. Oficina de Trabalho ....................................................................................... 36
IV. Simulação ..................................................................................................... 37
5
V. Viagem Educacional ..................................................................................... 37
VI. Projeto de Intervenção .................................................................................. 38
7.5. A organização curricular ................................................................................... 41
I. Ensino Híbrido .............................................................................................. 43
7.6. O papel do Apoiador de Intervenção/Facilitador de Aprendizagem ............ 44
7.7. O processo de avaliação ................................................................................... 46
7.7.1.Avaliação do especializando ............................................................................ 47
7.7.2. Avaliação dos cursos ........................................................................................ 48
8. OS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO DO DGPSUS ......................................... 48
8.1. Estrutura e Carga Horária ................................................................................. 48
8.2. Semana típica ..................................................................................................... 49
8.3. Critério de Certificação ..................................................................................... 49
9. ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS EM
SAÚDE – GPRS ........................................................................................................... 49
9.1. Objetivos e metas do curso .............................................................................. 49
9.2. Unidades Educacionais ..................................................................................... 50
9.3. Macroproblemas e perfil de competência ....................................................... 52
10. ESPECIALIZAÇÃO EM PRECEPTORIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE –
PSUS ............................................................................................................................. 57
DGPSUS
6
DGPSUS
Lista de quadros
Mensagem Institucional
Atualmente, são cinco grandes áreas de atuação dos projetos: Estudos de Avaliação
e Incorporação de Tecnologia; Pesquisas de Interesse Público em Saúde; Desenvol-
vimento de Técnicas e Operação de Gestão em Serviços de Saúde; Assistência em
Parceria com o Gestor Local (governo estadual e municipal), por meio da prestação
de serviços hospitalares e ambulatoriais ao SUS; e Capacitação de Recursos Huma-
nos, onde o projeto de Desenvolvimento da Gestão de Programas de Residência e da
Preceptoria no Sistema Único de Saúde (DGPSUS) faz parte.
Serão muitos os desafios para este período, mas as recompensas serão ainda maio-
res, o que contribui para a conscientização de que os frutos dessas atividades cola-
boram para a construção de uma sociedade com mais saúde, mais equilibrada e mais
humana.
11
DGPSUS
1. APRESENTAÇÃO
PSUS: Especialização em Preceptoria no SUS; PRM: Preceptoria Médica no SUS; GPRM: Aperfei-
çoamento em Gestão de Programas de Residência Médica; GPRS: Aperfeiçoamento em Gestão de
Programas de Residência em Saúde; QSCP – Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente.
DGPSUS
O desafio atual do trabalho em saúde é produzir um novo saber, oriundo dos proces-
sos de reflexão a respeito da produção do cuidado, motivando seus atores ao prota-
gonismo necessário para a qualificação das práticas em saúde e o aprimoramento do
trabalho em equipe como ferramenta indispensável.
A partir de março de 2020, tivemos que lidar com a pandemia pelo Sars-CoV-2. Houve
um grande empenho no sentido de proteger a saúde das pessoas e garantir a qualida-
de das nossas iniciativas, em especial dos projetos de intervenção. Embora a situação
tenha sido e, ainda seja, difícil para todos, acreditamos que ela demande uma atitude
solidária, colaborativa e criativa, tanto no enfrentamento da situação sanitária quanto
no desenvolvimento do DGPSUS. Neste sentido, tanto as iniciativas educacionais
quanto os projetos de intervenção do triênio 2021-2023 levarão em consideração e
abordarão aspectos relacionados à pandemia, como forma de qualificação da forma-
ção e das práticas relacionadas ao cuidado. No Quadro 2 e Figura 1, são apresenta-
dos os municípios e cursos ofertados.
DGPSUS
2021-2023.
Região Estado Município/Região Curso
DF Brasília GPRS, PSUS, QSUS
GO Goiânia GPRS, PSUS, QSUS
Centro-Oeste
MS Campo Grande GPRS, PSUS, QSUS
MT Cuiabá GPRS, PSUS, QSUS
AC Rio Branco GPRS, PSUS, QSUS
AM Manaus GPRS, PSUS, QSUS
AP Macapá GPRS, PSUS, QSUS
PA Belém GPRS, PSUS, QSUS
Norte
PA Santarém PSUS
RO Porto Velho GPRS, PSUS, QSUS
RR Boa Vista GPRS, PSUS, QSUS
TO Palmas GPRS, PSUS
AL Maceió GPRS, PSUS, QSUS
BA Salvador GPRS, PSUS, QSUS
BA Itabuna/ Ilhéus PSUS
BA Recôncavo Baiano PSUS
CE Fortaleza GPRS, PSUS, QSUS
MA São Luís GPRS, PSUS, QSUS
Nordeste PB João Pessoa GPRS, PSUS, QSUS
14
PB Campina Grande PSUS
PE Jaboatão dos Guararapes/ Recife GPRS, PSUS, QSUS
PI Teresina GPRS, PSUS, QSUS
RN Natal GPRS, PSUS, QSUS
RN Caicó/ Currais Novos/ Santa Cruz PSUS
SE Lagarto/ Aracaju GPRS, PSUS, QSUS
ES Cariacica/ Vitória/ Aracruz PSUS
MG Ouro Preto PSUS
MG Montes Claros PSUS
MG Belo Horizonte PSUS
Sudeste RJ Niterói PSUS
RJ Volta Redonda PSUS
SP Guarulhos PSUS
SP São Paulo PSUS
SP Campinas PSUS
PR Cascavel PSUS
PR Londrina/ Maringá PSUS
RS Passo Fundo PSUS
Sul
RS Porte Alegre PSUS
SC Florianópolis PSUS
SC Joinville PSUS
DGPSUS
15
Um modelo de cuidado centrado nas necessidades das pessoas coloca para os pro-
fissionais um modo de produção das práticas em saúde que se constrói pela possi-
bilidade de reflexão sobre o seu processo de trabalho e da equipe em que se insere,
orientado pelos pressupostos da Educação Permanente em Saúde.
Por meio desse novo perfil, são apontados modelos alternativos de formação, foca-
dos na melhoria da qualidade e segurança da atenção à saúde, no comprometimento
do educando com seu processo de ensino-aprendizagem e com as necessidades de
saúde da sociedade.
4. MACROPROBLEMAS
Macroproblemas DGPSUS
5. A INTERVENÇÃO
Paulo Freire26 afirmou que nosso papel no mundo não deve ser apenas de constata- 23
ção das ocorrências cotidianas, mas também da intervenção como sujeitos de ação
inseridos na realidade: “no mundo da história, da cultura e da política, constato não
para me adaptar, mas para mudar” (p. 75). Ao considerarmos que “ensinar exige com-
preender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”26 (p. 96) a constru-
ção de um plano de intervenção representa uma oportunidade concreta para traduzir
nossa ação na transformação da realidade.
24
• Porcentagem de Projetos de Intervenção com evidências de resultados;
• Percepção do participante do domínio do perfil de competência (antes e depois).
Os cursos serão desenvolvidos, de maneira articulada quando possível, nos locais se-
lecionados pelas equipes da SGTES/MS, validados pelos parceiros CONASS e CO-
NASEMS com prioridade para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste no GPRS e
QSUS e para todas as regiões e interiorização no PSUS.
Já no PSUS, a iniciativa está voltada para profissionais de saúde das diferentes profis-
sões desta área que atuam como preceptores de residentes e graduandos, em cená-
rios reais de cuidado à saúde, e para profissionais dos serviços e/ou das instituições
de ensino com alguma vinculação na formação e desenvolvimento de pessoas nos
cenários do SUS, como profissionais que atuam na integração ensino-serviço-comu-
nidade.
7.1. O currículo
Este currículo, como configurador da prática, revela-se uma verdadeira ponte entre a
teoria e a ação e apoia-se nos princípios: a) de uma prática sustentada pela reflexão
– práxis, que se constrói através de uma interação entre a reflexão e a atuação; b)
em um processo de construção no qual o currículo acontece nas situações concretas
dentro das quais se desenvolve; c) a prática se opera em um mundo de interações,
que é o mundo social e cultural, significando com isso que não pode se referir de for-
ma exclusiva a problemas de ensino-aprendizagem, já que se trata de um ato social, o
que torna o ambiente de ensino-aprendizagem como algo social; d) o mundo da práxis
é um mundo construído, não natural31.
DGPSUS
Por ter a prática profissional como eixo estruturante da organização curricular, o mo-
delo adotado é o do currículo integrado e orientado por um perfil de competência. O
currículo integrado pressupõe a integração teórico-prática, disciplinar, dos contextos
do trabalho, da aprendizagem e a interprofissionalidade. A orientação por competên-
cia, na abordagem dialógica, coloca a competência como uma modalidade de educa-
ção baseada em resultados, ou seja, na qual o perfil de competência orienta, de modo
articulado, todas as decisões pertinentes ao currículo32.
No Brasil, o precursor deste pensamento é Paulo Freire, que concebe homens e mu-
lheres como produtores de cultura e sujeitos produtores do conhecimento. Para este
autor, se os seres humanos vão se formando em suas relações sociais, sempre po-
derão saber, descobrir, fazer coisas novas, diferentes. Freire38 contribuiu também no
que diz respeito à dimensão política da prática educativa, na relação dialógica entre
educador e educando, na importância dos conhecimentos prévios trazidos pelo edu-
cando, na crítica à educação bancária e no respeito à diversidade cultural, entre ou-
tros aspectos38.
27
Também se toma como referência a teoria da Aprendizagem Significativa, tendo como
percursor Ausubel et al39, que preconiza que quanto mais complexas, variadas e nu-
merosas forem as relações estabelecidas entre o novo conteúdo da aprendizagem e
os elementos já presentes na estrutura cognoscitiva do aluno, mais profunda será a
sua assimilação e maior será a significatividade da aprendizagem realizada. Ainda, se
o sujeito que inicia uma nova aprendizagem o faz a partir de conceitos, concepções,
representações e conhecimentos que construiu em sua experiência prévia, esta se
torna mais significativa. Outro pressuposto para assegurar que a aprendizagem se
torne significativa é a motivação, ou seja, o sujeito deve estar motivado para relacio-
nar o que aprende com o que já sabe, ter uma atitude favorável para aprender. Por
fim, quanto mais rica for a estrutura cognoscitiva do sujeito, em elementos e relações,
maior será a probabilidade de que ele possa construir novos significados, assim maior
será sua capacidade de aprendizagem significativa40.
Tentando ampliar estas concepções de aprendizagem, neste projeto, além dos as-
pectos cognitivos e das interações socioculturais apresentadas até aqui, inclui-se a
concepção de aprendizagem trazida por Illeris, 41 que definiu aprendizagem de ma-
neira mais ampla. Para este autor, toda aprendizagem determina a integração de
dois processos – um externo de interação entre os indivíduos e seu ambiente social,
DGPSUS
Para Schön44, quando realizamos uma prática, uma tarefa, podemos fazer isto de
forma mecânica, aplicando os conhecimentos adquiridos anteriormente sem pensar
muito a respeito, ou seja, realizamos espontaneamente, como um técnico que aplica
28
conhecimentos aprendidos. Mas devemos considerar que cada situação profissional
é única e exige de sua parte uma reflexão em e sobre a ação, para dar sentido e
uma prática mais autônoma que contribuirá para transformação do contexto. Precisa,
assim, possuir a capacidade de reflexão, o que lhe permite realizar um processo de
aprendizagem contínuo que representa uma das características mais importantes e
determinantes da prática profissional. Assim, as pessoas podem aprender a refletir so-
bre a prática mediante três situações: a reflexão na ação, a reflexão sobre a ação e a
reflexão sobre a reflexão na ação. Desta forma, a prática se transforma num processo
de aprendizagem que contribui para a formação do profissional reflexivo44.
I. Espiral Construtivista
30
• Grupos Diversidade (GD): quando utilizados são formados por até dez participan-
tes de maneira a contemplar a maior diversidade possível de experiências prévias
dos educandos. Cada grupo é acompanhado por um AFa. As atividades nesses
DGPSUS
Além destes dois papéis, há docentes que atuam como AFa. O papel desse docente
é o de mediar a interação do sujeito que aprende com os objetos/conteúdos apresen-
tados por meio dos materiais e atividades educacionais.
O TBL se baseia na: (I) elaboração dos materiais didáticos a serem trabalhados; (II)
formação e trabalho em equipe; (III) corresponsabilização e engajamento dos parti-
cipantes no processo ensino-aprendizagem; (IV) aplicação dos conhecimentos e (V)
devolutiva de especialistas. A utilização do trabalho em equipes é uma estratégia para
favorecer a aprendizagem ativa e ampliar a troca de saberes entre os participantes.
Por meio de três etapas, um determinado conteúdo deve ser contextualizado para ser
trabalhado de modo dinâmico e interativo, requerendo proatividade tanto de educado-
res como de educandos. Na primeira etapa, ocorre a preparação dos materiais pelos
autores e especialistas do curso. Na segunda etapa, os AFa coordenam as atividades
DGPSUS
Elaboração do contexto/cenário/
Realização do Teste Individual
situação e teste pelos docentes
Pode ser descrito como uma coleção sistematizada e planejada dos trabalhos produ-
zidos pelos participantes ao longo do curso, de modo a proporcionar uma visão am-
pliada e detalhada das aprendizagens efetivadas, no qual reflete a identidade de cada
um no contexto estudado, auxiliando-os no aprofundamento e, na reflexão sobre as
aprendizagens e no processo de autoconhecimento.
A construção do portfólio deve favorecer que o autor faça escolhas e tome decisões,
de modo que sua organização reflita a trajetória de aprendizagem e as realizações
decorrentes desse processo53.
Para que isto ocorra, o portfólio deve ser constituído pelos registros e reflexões sobre
o desenvolvimento das aprendizagens, sendo que estas anotações devem conter ar-
gumentos e evidências que caracterizem a aprendizagem, apontamentos de dúvidas
e de descobertas, no qual se registra tudo aquilo que for aprendendo.
Com esta experiência, esse percurso e seus produtos se tornam singulares, portfólio
como peça única de um processo de aprendizagem reflexiva. De tal modo, espera-se
que o portfólio represente a autoavaliação do participante sobre suas aprendizagens
e produções, construída por meio do desenvolvimento da capacidade de metacogni-
ção55.
meio da análise sistemática das práticas e da ação reflexiva. Esse conhecimento ad-
vém da prática e da reflexão sobre a experiência. Assim, o conhecimento profissional
é essencial para os profissionais que se veem obrigados a rever sua postura frente às
mudanças provocadas pelos avanços sociais e tecnológicos56.
A oficina como forma de trabalho com grupos consiste em uma “construção coletiva
de uma práxis (saberes e práticas), desenvolvida por meio de uma reflexão tematiza-
da em grupo, partindo da experiência afetiva, cognitiva e de ação do grupo e o conhe-
cimento já sistematizado acerca do tema.” 58.
Esta estratégia favorece o desenvolvimento de uma relação horizontal, tendo em vista
que o diálogo objetiva trazer os conhecimentos existentes e favorecer a manifestação
de sentimentos relacionados à vivência, comunicação intergrupal e produzir a reflexão
DGPSUS
IV. Simulação
A simulação pode ser definida como a técnica utilizada para substituir ou amplificar
experiências reais, que evoca ou replica aspectos essenciais da prática diária, de uma
forma interativa. O treinamento em simulação tem como objetivo maior melhorar a qua-
lidade e a segurança do atendimento oferecido aos pacientes. Na literatura, se encontra
que a simulação melhora o desempenho de habilidades em processos em comparação 37
com o ensino padrão ou quando não há treinamento62. Nos cursos do DGPSUS, a simu-
lação será utilizada como forma de experiência e reflexão sobre o vivido.
V. Viagem Educacional
A Viagem Educacional (VE) consiste numa estratégia que permite a integração entre
a razão e a emoção, a partir dos sentimentos disparados por uma produção artística.
Assim, o caráter social e artístico dessa estratégia favorece a aprendizagem por meio
das emoções e sentimentos63.
39
A concepção que norteia a construção dos projetos e a implementação das interven-
ções almejadas está baseada no histórico das iniciativas educacionais do PROADI-
-SUS, HSL, estruturadas por diferentes propostas metodológicas tais como o Planeja-
mento Estratégico Situacional – PES27, 66, 67, o Método Altadir de Planificação Popular
– MAPP68, 69 e a Modelização24 associadas à utilização de outras ferramentas de su-
porte.
1
Adotamos “produto” como um dos resultados alcançados pela ação (ou pelo conjunto delas) do PI.
Evidencia-se pela materialização de uma entrega formal, pela demonstração de um processo ou pela
percepção e reconhecimento de seu valor de uso. Devem ser considerados aqueles relacionados aos
resultados esperados, mas também aqueles não planejados, inesperados ou imprevistos. Exemplos:
publicações oficiais, material pedagógico, material educativo, material informativo, documentos técni-
cos, protocolos, fluxogramas, manuais, empoderamento político, fortalecimento das relações institucio-
nais, replicação deste modelo pedagógico ou de intervenção em outros programas de residência etc.
DGPSUS
São os movimentos:
evidências (do contexto, dos problemas, das causas e do tipo de intervenção) a partir
do trabalho de campo e a pactuação com os atores relevantes, ampliando a viabilida-
de da intervenção e a corresponsabilização de todos.
41
No eixo baseado na simulação da prática, os autores e especialistas vinculados ao
curso articulam os conteúdos selecionados e as estratégias e recursos educacionais
a serem utilizados, a partir do perfil profissional de competência. Os especialistas tam-
bém elaboram os textos utilizados como estímulos ou disparadores da aprendizagem
dos participantes. Nesse eixo, a representação da realidade, por meio de situações
simuladas, visa potencializar a aprendizagem, uma vez que combina elementos que
podem não estar presentes em casos reais. As simulações visam, ainda, a construção
de pontes com o mundo do trabalho e a promoção de um maior envolvimento dos par-
ticipantes no processo de ensino-aprendizagem, quando estes percebem a utilidade
dos novos saberes para sua prática.
Projeto de Intervenção
43
As UE por meio das atividades curriculares dos Cursos são desenvolvidas em encon-
tros presenciais e a distância, nas comunidades de aprendizagem sob a orientação
dos docentes dos cursos, no papel de AFa. Esses, por sua vez, são apoiados pela
coordenação do curso e pelos docentes especialistas do PROADI-SUS do HSL.
I. Ensino Híbrido
O ensino híbrido tem demostrado preencher a lacuna entre a teoria e a prática e melho-
rar uma gama de competências clínicas entre os alunos70.
Para exercer o papel de AFa, o docente precisa mostrar respeito aos saberes dos par-
ticipantes, ética e estética de uma prática educacional emancipadora e reflexão crítica
sobre essa prática. Com base em Freire26, cabe ao AFa:
46
Avaliação Somativa do TCP dos
AFa Outubro de 2023
Especializandos
A proposta de avaliação para o Projeto DGPSUS tem como foco de análise o desen-
volvimento do curso e do projeto de intervenção: processo de ensino-aprendizagem
DGPSUS
A avaliação dos AFa deve ser realizada pelos educandos a partir de um diálogo entre
a sua perspectiva e o seu desempenho. O objetivo dessa avaliação é a identificação
de potências e desafios no apoio à construção de capacidades do especializando,
visando a uma prática educativa ética e reflexiva. Para a avaliação de desempenho
dos AFa deve-se considerar a atuação destes na mediação e no favorecimento do
processo ensino-aprendizagem e na construção do portfólio, TCP e do PI.
1 - TBL: Team Based Learning; 2 - OT: Oficina de Trabalho; 3 - SP: Situação-problema; 4 - NP: Narrativa
da Prática; 5 - AAD: Aprendizagem autodirigida; 6 - GPI: Grupos de Projeto de Intervenção.
Objetivos
Metas
• Ofertar 200 vagas para o curso de Especialização GPRS para municípios selecio-
nados pelos parceiros MS, CONASS e CONASEMS.
UE 5
UE 2 UE 3 Aprimorando
UE 1 UE 4
Analisando Qualificando o perfil de
PERCURSO / Refletindo
paradigmas, o cuidado Avaliando o competência
UNIDADE sobre os
currículos e integral e a processo em Gestão de
EDUCACIONAL processos de
estratégias formação em educacional Programas de
mudança
educacionais serviço Residência em
Saúde
Reconhecendo
os sentidos da Analisando e
Refletindo sobre
“mudança”. reconhecendo Compreendendo Analisando a
os cenários de
Analisando o os paradigmas o currículo nos Gestão de PRS,
prática no eixo
contexto do educacionais, PRS, favorecen- favorecendo a re-
DESCRIÇÃO da comunidade
Programa de currículos e es- do a gestão da flexão e aprimo-
e no eixo de
Residência em tratégias educa- sua construção e ramento do perfil
ensino-cuidado
Saúde (PRS) e cionais utilizadas implementação. do gestor.
nos PRS.
do território onde nos PR.
está inserido.
Refletir sobre os 51
processos de en- Articular necessi-
sino-aprendiza- dades de saúde
gem articulados nos serviços e Refletir sobre a
com os campos necessidades de gestão do PRS
Refletir sobre o
de prática e aprendizagem. numa perspec-
papel do gestor
os desenhos tiva dialógica,
de PRS para a
curriculares dos Reconhecer democrática e
Refletir sobre construção e a
PRS. a negociação participativa.
o contexto do implementação dos
serviços-PRS
PRS, sua inser- Reconhecer o processos de ava-
a partir dos Favorecer a im-
ção no território/ seu papel do liação do estudante
princípios da plementação do
INTENCIONALI- rede local de gestor de PRS e do programa.
rede escola de processo de EPS/
DADE saúde/SUS, para a defini-
forma a articular desenvolvimento
e seu papel ção, construção Discutir sobre o
o conjunto dos docente.
como Gestor de e articulação processo de avalia-
na mudança/ programas.
Programa de ção dos atores do
implementação Estabelecer
Residência. programa, propor
do currículo, Fortalecer e ino- processos de
estratégia de
junto aos atores var as práticas comunicação, li-
desenvolvimento
envolvidos. do cuidado a derança e gestão
docente.
partir da vivência de conflitos com
Reconhecer a dos residentes atores relevantes.
necessidade do no cenário de
planejamento prática.
educacional.
DGPSUS
Ações Desempenhos
1.1. Viabiliza as condições para a análise das necessidades de saúde, das
causas, efeitos e determinantes no processo saúde-doença no âmbito em
que se desenvolvem os programas de residência.
Ações Desempenhos
1. Promove a articulação 1.4. Promove a análise dos contextos interno e externo ao trabalho de construção de
do trabalho e da educação parcerias, identificando atores envolvidos, reconhecendo a existência de interesses an-
tagônicos e buscando a criação de espaços de diálogo e pactuação, orientados por uma
perspectiva de complementaridade entre as diferentes visões e saberes, de forma a ga-
rantir a diversidade e sequência de cenários de prática.
1.5. Favorece e utiliza informações e elementos que agreguem valor na tomada de deci-
são, estimulando o uso de indicadores, melhores práticas e evidências científicas.
1.6. Promove a socialização de informações de modo a construir decisões compartilha-
das e ampliar o comprometimento dos profissionais de saúde, preceptores, tutores e resi-
dentes com a qualidade da saúde e da formação em serviço, na rede de atenção à saúde.
1.7. Contribui para a organização de programas educacionais propostos pela parceria en-
tre instituições formadoras e serviços de saúde, levando em conta as políticas nacionais
de saúde, educação e de integração ensino-serviço e as potencialidades e limitações das
organizações envolvidas.
2.1. Promove uma cultura de avaliação comprometida com a melhoria dos processos, 55
produtos e resultados que agregam valor à saúde, à qualidade de vida das pessoas e à
excelência da formação em serviço.
2. Promove o acompa-
2.2. Participa e promove espaços para avaliação formativa, apresentação dos resulta-
nhamento e avaliação do
dos alcançados no cuidado e educacionais, e prestação de contas. Desta forma, deve
desenvolvimento articula-
garantir espaços protegidos para reflexão sobre as práticas, assegurando a expressão
do das práticas de cuidado
das perspectivas de todos os atores envolvidos, em especial, dos usuários e residentes.
e de educação na saúde
2.3. Estimula a identificação de oportunidades e os aspectos que requerem melhoria,
tanto em relação à organização do trabalho para um cuidado integral como em relação à
prática educacional dos profissionais.
Ações Desempenhos
1.1. Promove a identificação de necessidades e oportunidades de aprendi-
zagem dos residentes, preceptores, tutores e docentes a partir da reflexão
sobre as práticas de saúde, gestão do trabalho e da educação na saúde.
1.2. Desenvolve atividades educacionais a partir das necessidades de apren-
dizagem identificadas no contexto do programa, considerando e respeitando
o conhecimento prévio de cada um e favorecendo o desenvolvimento de no-
vas capacidades voltadas à superação das limitações e dificuldades.
1. Identifica necessidades 1.3. Identifica suas próprias necessidades de aprendizagem como profissio-
de aprendizagem e imple- nal e gestor de programa de residência, de forma a buscar apoio para reso-
menta ações educacionais lução delas.
no contexto do programa
de residência 1.4. Articula e implementa ações de desenvolvimento docente de forma ins-
titucionalizada.
2. Desenvolve e monitora 2.2. Utiliza o perfil de competência para a avaliação formativa e somativa
56 o projeto pedagógico do orientadas a partir de atividades profissionais confiáveis.
programa de residência
2.3. Estabelece coerência entre a proposta educacional, suas estratégias, os
cenários de prática e avaliação, de forma a propiciar singularidade, complexi-
dade e articulação dos diferentes semestres/anos do programa de residência.
Objetivos
Metas
• Ofertar 800 vagas do curso PSUS para municípios selecionados pelos parceiros 57
MS, CONASS e CONASEMS.
• Apoiar, com a oferta de ferramentas pedagógicas/estratégicas, a construção de
pelo menos 80 projetos de intervenção, cujo objeto seja a qualificação do exercício
da preceptoria no SUS.
UE 1 UE 3 UE 4
UE 2 Integrando
PERCURSO Refletindo a Construindo UE 5
Promovendo ensino-ser-
/ UNIDADE mudança e o cuidado Promovendo
a educação viço-comu-
EDUCACIO- construindo a integral e a Avaliação
reflexiva na nidade no
NAL intervenção - contexto da atenção em Educacional
Saúde
contínuo formação saúde
Estimula os
participantes a
58 refletirem so-
bre o contexto
Encoraja a
do SUS, o Incentiva a
reflexão sobre
território/rede reflexão sobre
os processos
Promove a local de saúde os modos de
de ensino-
reflexão sobre e o contexto avaliação dos
-aprendizagem
o cuidado para da formação processos de
Reflete sobre a partir da
fortalecer a da residência ensino-apren-
os processos análise crítica
clínica amplia- em saúde em dizagem e a
de mudança da vivência da
da e centrada âmbito nacio- aplicação das
por meio do prática educa-
INTENCIONA- no sujeito, nal e local, a ferramentas
Projeto de cional na pre-
LIDADE visando à partir de seu avaliativas
Intervenção ceptoria, para
articulação papel como no campo
no contexto da construção e
entre o cuida- preceptores da prática da
Residência em reconstrução
do individual de Programa preceptoria
Saúde. desta prática
e coletivo e de Residência na Residência
e ressignifi-
a prática de na articulação em Saúde na
cando o papel
ensino. e negocia- perspectiva
protagonista
ção junto aos da mediadora/
dos sujeitos
demais atores, dialógica.
envolvidos.
fortalecendo
a integração
ensino-serviço-
-comunidade.
DGPSUS
Ações Desempenhos
1.2. Estimula a identificação de queixas e/ou motivos trazidos pelas pessoas, sem
a explicitação de julgamentos. Favorece a abordagem do contexto de vida e dos
elementos biológicos, psicológicos e socioeconômico-culturais relacionados ao pro-
cesso saúde-doença.
1.6. Estimula que os problemas de saúde sob investigação sejam informados e es-
clarecidos aos usuários, familiares ou responsáveis, de forma ética e humanizada,
acolhendo e esclarecendo dúvidas e questionamentos desses.
2.1. Estimula a análise das necessidades de saúde, das causas, efeitos e determi-
nantes no processo saúde-doença de grupos de pessoas e/ou de comunidades sob
60
cuidado no âmbito em que se desenvolve a preceptoria. Favorece a utilização de
2. Favorece a investi- dados colhidos na escuta atenta de grupos e/ou comunidade e de dados secundários
gação de problemas de e/ou informações que incluam as dimensões clínico-epidemiológicas, cultural, socio-
saúde coletiva econômica, ecológica e das relações intersubjetivas e dos valores.
1. Favorece a identifi- 1.2. Promove a análise dos contextos interno e externo ao trabalho de preceptoria,
cação de obstáculos identificando atores envolvidos, reconhecendo a existência de interesses antagôni-
e oportunidades à cos e buscando a criação de espaços de diálogo e pactuação, orientados por uma
articulação do trabalho perspectiva de complementaridade entre as diferentes visões e saberes.
e educação na saúde
1.3. Estimula a identificação e priorização de problemas que retardam ou impedem o
desenvolvimento de iniciativas de integração ensino-serviço-comunidade, incluindo
análises de estrutura, processos e recursos necessários para a sua execução com
foco no pensamento estratégico.
2. Promove a articula- 2.3. Favorece a utilização de informações e dos elementos que agreguem valor na
ção do trabalho e da tomada de decisão, estimulando o uso de indicadores, melhores práticas e evidên-
educação no exercício cias científicas.
da preceptoria
2.4. Promove a socialização de informações de modo a construir decisões compar-
tilhadas e ampliar o comprometimento dos profissionais de saúde, preceptores e
estudantes com a qualidade da saúde e da formação em serviço, na rede de atenção
à saúde.
3.1. Promove uma cultura de avaliação comprometida com a melhoria dos proces-
sos, produtos e resultados, estimulando o compromisso de todos com a transforma-
ção das práticas e da cultura instituídas, de modo a orientá-las por resultados que
3. Promove o acompa- agregam valor à saúde, à qualidade de vida das pessoas e à excelência da formação
nhamento e avaliação em serviço.
do desenvolvimento
3.2. Favorece o acompanhamento da articulação entre as práticas de cuidado e de
articulado das práti-
educação na saúde e de resultados de intervenção, desenvolvendo estratégias de
cas de cuidado e de
monitoramento, utilizando indicadores quantitativos e qualitativos para análise de
educação na saúde e
programas educacionais desenvolvidos na rede de atenção à saúde.
de processos de inter-
venção 3.3. Participa e promove espaços para avaliação formativa, apresentação dos re-
sultados alcançados e prestação de contas. Cria espaços protegidos para reflexão
sobre as práticas, assegurando a expressão das perspectivas dos envolvidos, em
especial, dos usuários e estudantes.
DGPSUS
2. Desenvolve ações 2.2. Promove a educação pelo exemplo e atua como facilitador de apren-
Educacionais no exercí- dizagem de educandos e da equipe em que atua e dos demais atores,
cio da preceptoria incentivando a inovação e a melhoria da qualidade das práticas.
Objetivos
Metas
• Ofertar 200 vagas para o curso de Especialização QSUS para hospitais seleciona-
dos pelos parceiros MS, CONASS e CONASEMS.
• Apoiar, com a oferta de ferramentas pedagógicas/estratégicas, a construção de pelo 63
UE 1 UE 3 UE 4
PERCURSO/ UE 2 UE 5
Refletindo a Construindo Promovendo
UNIDADE Promovendo a Melhorando a
mudança e qualidade no a avaliação da
EDUCACIO- educação para a qualidade do
construindo cuidado em qualidade em
NAL qualidade cuidado
a intervenção saúde saúde
Analisando os flu-
xos assistenciais
para atender às
Reconhecen-
Analisando e necessidades de
do os sentidos Avaliando a
reconhecendo os saúde do usuário, Reconhecendo as
da “mudança” qualidade do
currículos e es- refletindo sobre mudanças neces-
e analisando o cuidado a partir
DESCRIÇÃO tratégias educa- os cenários de sárias para a me-
contexto local dos padrões
cionais voltadas prática a partir da lhoria da qualidade
em relação à da acreditação
para a qualidade qualidade do cui- do cuidado.
qualidade do hospitalar.
em saúde. dado e envolver
cuidado.
os sujeitos na pro-
posta de melhoria
desta qualidade.
Refletir sobre os
processos de en-
Refletir sobre o
sino-aprendiza- Compreender o
contexto atual
gem articulados cuidado, a partir
64 da qualidade na
com os campos das necessida-
instituição, as po-
de prática e des de saúde da
tências e desafios
a inserção da pessoa.
para a mudança
reflexão sobre Refletir sobre
apoiada nos pa-
qualidade do Refletir sobre as a proposta de
drões da Acredita-
cuidado em cur- iniciativas da qua- Acreditação de
ção Hospitalar.
rículos de cursos lidade do cuidado instituições de
Refletir sobre
de graduação e nos cenários da saúde.
o contexto da Reconhecer a
pós-graduação. prática hospitalar
qualidade na oportunidade de
e a articulação Reconhecer
instituição/ enfrentar micro e
Reconhecer o com a formação os conceitos e
organização, mesoproblemas,
seu papel de dos profissionais propostas de
sua inserção por meio de ciclos
preceptor em da saúde. organizações
INTENCIO- no território/ de melhoria da
serviços de saú- nacionais e
NALIDADE rede local de qualidade, a partir
de, articulando a Reconhecer os internacionais
saúde/SUS, dos padrões da
qualidade do cui- fluxos assisten- para a Acredita-
e seu papel Acreditação Hos-
dado à formação ciais como inter- ção Hospitalar.
nas iniciativas pitalar.
na saúde. venientes na ela-
institucionais
boração de planos Relacionar a
em relação à Identificar necessi-
Reconhecer as terapêuticos para qualidade do
qualidade. dades de mudan-
iniciativas curricu- o cuidado. cuidado com
ça, com vistas
lares nacionais e os padrões de
à Acreditação
internacionais re- Reconhecer a Acreditação
Hospitalar.
lacionadas à qua- importância da Hospitalar.
lidade do cuidado corresponsabiliza-
Construir, implan-
e sua inserção ção de todos os
tar e desenvolver
no planejamen- sujeitos envolvi-
plano de ação
to educacional dos no processo
para a Acreditação
de cursos de de cuidar.
Hospitalar.
graduação e de
pós-graduação.
DGPSUS
3. Planejamento incipiente e
Modelo de cuidado não centrado na pessoa, com o não
gestão pouco democrática e
emprego de tecnologias de saúde que sistematizam
participativa dos programas de
a abordagem de risco, que facilitam a ocorrência de
residência
eventos não desejáveis e dificultam a integralidade do
cuidado.
Ações Desempenhos
66
Apoia a formulação de problemas mais prováveis, estimulando o ra-
ciocínio clínico-epidemiológico durante o atendimento ao paciente, au-
xiliando na articulação da história, favorecendo a formulação de hipó-
teses e utilização racional dos exames complementares, pautando-se
na prática informada por evidências, nas condições de acesso e na
relação custo-benefício.
Elabora e im-
plementa ações Implementa as intervenções de cuidado para grupos de pessoas, levan-
para a melhoria do em conta as dimensões biológicas e psicossociais de cada grupo e
na qualidade do os protocolos de cuidado.
cuidado
Incentiva o registro das ações realizadas nos prontuários de forma ética
e clara, incluindo os incidentes ocorridos e os notifica no sistema dispo-
nível, reconhecendo o valor da informação para a avaliação da atenção
67
à saúde e para o desenvolvimento de ações de melhoria na qualidade
do cuidado.
Ações Desempenhos
Reconhece os pa- Estimula a pactuação dos processos de trabalho entre ensino, ser-
drões da qualidade viços e equipes, promovendo a implementação das diretrizes nacio-
e promove as estra- nais para o cuidado seguro.
tégias para garantir
o planejamento do Favorece a utilização das ferramentas da gestão da clínica e da epi-
cuidado seguro ao demiologia para promover a qualidade e a segurança na atenção à
paciente. saúde das pessoas.
Ações Desempenhos
Avalia as ações educacio- Promove a cultura de avaliação de programas educacionais desenvolvidos no contexto
nais no exercício profis- do SUS, visando a potencialização da atuação profissional e da integração ensino-servi-
sional. ço-comunidade para a melhoria da qualidade da atenção à saúde e da educação.
Faz e recebe críticas de modo ético, orientado para a construção de significados, utili-
zando acertos e erros como insumos para a aprendizagem profissional, organizacional e
para o exercício reflexivo na atuação profissional.
Referência Datas
1º Encontro 17 de fevereiro de 2022
2º Encontro 16, 17 e 18 de março de 2022
3º Encontro 06, 07 e 08 de abril de 2022
4º Encontro 11, 12 e 13 de maio de 2022
5º Encontro 08, 09 e 10 de junho de 2022
6º Encontro 20, 21 e 22 de julho de 2022
7º Encontro 10, 11 e 12 de agosto de 2022
8º Encontro 14, 15, 16 de setembro de 2022
9º Encontro 05, 06 e 07 de outubro de 2022
10º Encontro 09, 10 e 11 de novembro de 2022 71
O registro das avaliações de desempenho e das avaliações do curso deve ser enca-
minhado por meio da Plataforma do PROADI-SUS, HSL, segundo prazos estabeleci-
dos (Quadro 19).
Autoavaliação Formativa de
Desempenho do Especializan-
Especializando 9º encontro
do nas Atividades da Iniciativa
Educacional
72
Avaliação Formativa de Desem-
Especializando 9º encontro
penho dos AFa
Autoavaliação Somativa de
Desempenho do Especializan-
Especializando 18º encontro
do nas Atividades da Iniciativa
Educacional
73
PI elaborados e apresentados aos GPI 9º encontro
gestores
APÊNDICES
Periodici- Fontes de
Resultado Indicado- Unidade
Metas Fórmula de cálculo dade de Verificação
Esperado res de Medida
Medição (Evidência)
Porcentagem
de projetos
Número de Projetos
de interven-
50% de de Intervenção com Relatório de
ção (PI) com Produ-
projetos produtos que possam Frequência avaliação da
evidências tos que
implantados trazer contribuição simples e Dezembro implantação
de resultados possam
em cada para o SUS/Número de frequência de 2023 de cada PI de
expressos em subsidiar o
iniciativa Projetos de Intervenção percentual cada iniciativa
produtos que SUS
educacional implantados pelos parti- educacional
possam trazer
cipantes *100
contribuições
para o SUS
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