Biologia Celular e Molecular Unidade 2
Biologia Celular e Molecular Unidade 2
Biologia Celular e Molecular Unidade 2
II
ENVOLTÓRIOS CELULARES,
UNIDADE
CITOPLASMA E
CITOESQUELETO
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer a organização e as propriedades da membrana plasmática.
■ Identificar os componentes e as trocas que ocorrem entre o meio
intracelular e extracelular.
■ Reconhecer as principais estruturas e as respectivas funções dos
componentes citoplasmáticos.
■ Compreender a organização e as funções do citoesqueleto e sua
relação com os movimentos celulares.
■ Compreender os aspectos da interação e da comunicação entre as
células por meio de sinais químicos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Membrana plasmática, parede celular e glicocálix
■ Trocas entre a célula e o meio extracelular
■ Citoplasma: estrutura, função e composição
■ Citoesqueleto e movimentos celulares
■ Comunicação celular por meio de sinais químicos
69
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MEMBRANA PLASMÁTICA, PAREDE CELULAR E
GLICOCÁLIX
MEMBRANA PLASMÁTICA
Membrana celular
Espaço intercelular
Membrana celular
Figura 1 - Eletromicrografia de duas células próximas, em que é possível visualizar a membrana plasmática
de ambas, separadas por um espaço intercelular
Fonte: Chimica ([2018], on-line)¹.
Cabeça hidrofílica
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Fosfolipídeo Meio extracelular
Cauda hidrofóbica
Cadeia de Proteína
Glicolipídeo carboidratos globular Glicoproteína
Apolar
Polar
Polar
PAREDE CELULAR
Todas as células têm membrana plasmática. Algumas células, porém, ainda pos-
suem uma camada adicional, externa à membrana plasmática, como é o caso da
parede celular. Isto confere à célula maior resistência, mas não apresenta fun-
ção seletiva e tampouco delimita o citoplasma. Estas funções são exclusivas da
membrana plasmática.
A parede celular é um envoltório mais espesso do que a membrana plasmá-
tica (Figura 3) e pode ser vista sem dificuldade pelo microscópio óptico.
A estrutura de uma parede celular pode ser bem diferente. De maneira geral,
ela é formada por uma cadeia de carboidratos ou proteínas envoltas por uma
matriz. Nos vegetais, a celulose é o carboidrato que forma a parede celular. Em
algumas plantas, pode haver lignina na parede celular também, quando há cres-
cimento secundário. Nos fungos, a quitina forma a parede celular. Todos os
vegetais e todos os fungos a apresentam. As bactérias apresentam componentes
variados na estrutura de suas paredes celulares que, inclusive, não estão presen-
tes em todas as bactérias.
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Bactérias Gram Positivas e Gram Negativas
Hans Christian Gram (1853 - 1938), bacteriologista dinamarquês, definiu a téc-
nica para corar bactérias que leva seu nome, em 1884. A coloração gram com-
bina dois corantes diferentes que reagem com a parede celular das bactérias.
Se a estrutura é simples, então a coloração é Gram Positiva, pois as bactérias
coram com violeta de genciana e ficam com a cor roxa. São gram-positivas,
por exemplo, Estreptococos sp. e Estafilococos sp. Se, entretanto, a bactéria
apresentar uma estrutura complexa em sua parede celular, então ela se cora
com safranina e fucsina básica, adquirindo a cor vermelha. Escherichia coli e
Salmonella sp. são exemplos de bactérias gram-negativas.
Fonte: Pelczar et al. (1997).
GLICOCÁLIX
Meio extracelular
Fibra de Proteoglicana
colágeno
Grupamento
de carboidrato
Fibronectina
Proteoglicana
Bicamada Filamentos do
fosfolipídica CITOPLASMA
citoesqueleto
Cabeça
hidrofília Carboidrato
Proteína central
Cauda
hidrofília Polissacarídeo
Molécula de
fosfolipídeo Complexo da proteoglicana
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■ Enzimática, existem enzimas aderidas ao glicocálix que facilitam a ação
enzimática.
■ Movimentação celular.
■ Reprodução para a adesão do espermatozoide no óvulo, acontece por rea-
ções do glicocálix dessas células.
TRANSPORTE PASSIVO
Difusão
Meio extracelular
Bicamada lipídica
(membrana
plasmática)
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Meio intracelular
Tempo
Figura 7 - Difusão simples por meio da membrana plasmática
Fonte: Wikimedia Commons (2018, on-line)4.
Aquaporina
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Água
Figura 8 - Aquaporinas, proteínas transmembrana do tipo canal que facilitam a passagem de água
As proteínas carregadoras, por sua vez, não formam túneis, mas podem mudar
sua estrutura para atravessar uma molécula-alvo. As moléculas de glicose, por
exemplo, são transportadas por proteínas carregadoras.
Osmose
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Osmose
TRANSPORTE ATIVO
Muitas vezes, as células precisam mover moléculas contra seu gradiente de con-
centração. Por este motivo, o transporte demanda gasto energético da célula,
proveniente da molécula de ATP (Adenosina Trifosfato).
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ATP
Adenosina Trifosfato (ATP) representa uma fonte de energia amplamente
utilizada pela célula, por isso é conhecida como moeda energética. O ATP
armazena energia em suas ligações químicas quando perde/ganha um ra-
dical fosfato. Assim, a forma alternativa (ADP) forma um ATP consumindo
energia e, quando o ATP perde o radical fosfato terminal e se torna ADP, essa
energia é liberada para o consumo imediato.
Fonte: Junqueira e Carneiro (2015).
O transporte ativo só ocorre por meio de proteínas, que utilizam o ATP para
transportar uma molécula contra seu gradiente de concentração. As proteí-
nas permeases que realizam o transporte ativo são conhecidas como bombas.
O transporte por meio dessas permeases pode ser do tipo uniporte, simporte e
antiporte (Figura 10) (ROBERTS; HIB, 2001).
■ Uniporte: apenas uma molécula é transportada contra seu gradiente de
concentração.
■ Simporte: duas moléculas atravessam a membrana plasmática simulta-
neamente e contra seus gradientes de concentração e no mesmo sentido.
■ Antiporte: duas moléculas utilizam a bomba para se movimentarem con-
tra seus gradientes de concentração, porém as moléculas são carregadas
para sentidos opostos.
Figura 10 - Tipos de transporte ativo: simporte (passagem no mesmo sentido), antiporte (sentidos opostos)
e uniporte (apenas uma molécula)
FAGOCITOSE E PINOCITOSE
Há casos em que uma molécula ou substância é grande demais para ser trans-
portada por meio da membrana. Fagocitose e pinocitose são transportes em
quantidade e, nestes casos, a membrana plasmática se desloca, alterando sua
morfologia de maneira a englobar a partícula a ser importada.
Fagocitose
Proteína
Receptor
Lisossomo
Fagossomo
Figura 11 - Fagocitose
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A célula que realiza fagocitose possui receptores específicos que reconhecem
proteínas nas membranas do organismo ou na partícula a ser fagocitada. Após
o reconhecimento da partícula, o citoplasma da célula fagocitária a engloba por
meio da formação de pseudópodes. No interior da célula, a partícula envolvida
por membrana é reconhecida por um lisossomo, que se une a essa estrutura, for-
mando um fagolisossomo (estrutura digestiva).
Nos protozoários, a fagocitose é o meio de alimentação. Nos animais, é um
mecanismo de defesa, como quando uma célula de defesa (macrófago, por exemplo)
engloba um agente externo (vírus, bactéria) a ser destruído no interior da célula.
Pinocitose
Quando a pinocitose foi descoberta, ela era tratada como o englobamento de gotí-
culas líquidas. Hoje, porém, sabe-se que se trata da captação ativa de moléculas
em solução. O que ocorre na pinocitose é um tipo de endocitose onde pequenas
quantidades de material são envoltas por depressão da membrana plasmática,
que se separa e forma uma vesícula no citoplasma (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2015). Existem dois tipos de pinocitose: seletiva e não seletiva.
■ Pinocitose seletiva: há receptores específicos para a molécula ser incor-
porada ao citoplasma.
■ Pinocitose não seletiva: as vesículas englobam os solutos do meio extra-
celular, sem especificidade.
e a membrana plasmática.
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MATRIZ CITOPLASMÁTICA
ORGANELAS
Não há um consenso sobre o conceito de organela, para alguns autores, elas são
estruturas localizadas no interior das células e que são envolvidas por membranas,
como mitocôndria, cloroplasto, retículo endoplasmático e Complexo de Golgi.
Outros autores, porém, consideram que organelas são todas as estruturas intra-
celulares presentes em todas as células e que desempenham funções definidas,
mesmo sem serem envolvidas por membranas. Neste segundo caso, ribossomos,
centrossomos e corpúsculos basais (dos cílios) são organelas.
Existem, como você já viu na primeira unidade, diferenças nas organelas
presentes em células procariontes e eucariontes (Figura 13). De maneira geral,
organelas endomembranosas, mitocôndrias, cloroplastos (vegetais e algas) e
peroxissomos (degradam proteínas) são diferenças importantes ao comparar o
citoplasma de células procariontes e eucariontes.
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Flagelo
Mitocôndria
Complexo de Golgi
Cápsula Lisossomo
Retículo
Endoplasmático
Ribossomo Citoplasma
Parede celular Rugoso
Grânulo
alimentar Centríolo
Membrana
Núcleo
plasmática
DNA Nucléolo
cromossômico DNA do Plasmídeo
Membrana Retículo
Citoplasma plasmática Endoplasmático
Liso
Fímbria
Ribossomo
CÉLULA VEGETAL
Lisossomo
Complexo de Golgi
Cloroplasto
Ribossomo
Vacúolo
Retículo
Endoplasmático
Citoplasma Rugoso
Nucléolo
Parede Celular
Núcleo
Membrana Retículo
plasmática Endoplasmático
Liso
Mitocôndria
DEPÓSITOS CITOPLASMÁTICOS
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mados por diversas substâncias e
não envolvidos por membrana.
Os grânulos de glicogênio (ou
glicossomos) podem existir iso-
lados ou agrupados. São muito
comuns em hepatócitos (prin- Figura 16 - Eletromicrografia de células da hipófise: cada
cipais células do fígado) e em célula tem grânulos (pontos mais escuros) de diferentes
tipos e tamanhos, com distribuição variada nas células
células musculares estriadas. As
gotículas lipídicas apresentam constituição química e tamanhos variados. Nos
adipócitos (células do tecido adiposo, a camada de gordura abaixo da pele), as
gotículas lipídicas aparecem em grandes quantidades. Nos músculos, elas ficam
próximas às mitocôndrias, onde serão oxidadas. Nas glândulas mamárias, par-
ticipam da produção do leite. Os lipídios, assim como o glicogênio, constituem
importante reserva energética celular.
Os pigmentos são substâncias que dão cor às células. Clorofila (nos vegetais)
e melanina (nos animais) são os pigmentos mais conhecidos. A melanina está
presente nas células da epiderme, a camada mais superficial da pele, e ajuda na
proteção contra os raios UV solares. Os depósitos de pigmento são responsáveis,
em parte, pela cor dos seres vivos, com consequências no mimetismo, na atra-
ção para o acasalamento e na proteção contra raios UV (ROBERTS; HIB, 2001).
Considerando os componentes que formam o citoplasma, é possível afirmar
que as funções que ele desempenha estão diretamente relacionadas aos seus com-
ponentes que, por sua vez, variam conforme cada tipo de célula.
COMPONENTES DO CITOESQUELETO
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■ Microfilamentos de actina: são os mais finos, formados por actina, que
se distribuem por toda a célula. Realizam a contração muscular, partici-
pam dos movimentos das partículas intracelulares, reforçam a membrana
plasmática e participam da fagocitose.
■ Filamentos intermediários: são constituídos de diversas proteínas fibro-
sas que se agregam espontaneamente, sem necessidade de energia. São
estáveis, importantes para a sustentação e não participam da movimen-
tação celular. São muito abundantes em células que sofrem atrito, onde
se prendem a especializações da membrana plasmática, os desmossomos
(Figura 19), que unem as células umas às outras.
■ Proteínas motoras: miosina, dineínas e cinesinas são responsáveis pelo
deslocamento intracelular de organelas e outras partículas, associadas a
outros componentes do citoesqueleto.
Citoplasma
Microfilamentos
Filamentos
intermediários
Microtúbulos
Organelas imobilizadas
pelos componentes
do citoesqueleto
Glicoproteína
ligante
Placa
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Espaço Queratina
intercelular (filamentos
intermediários)
MOVIMENTOS CELULARES
Actina e Miosina
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movimento. O músculo esquelético é formado por diversos componentes estru-
turais que se repetem (Figura 21).
Figura 21 - Componentes estruturais de um músculo estriado esquelético: fibras, miofibrilas, actina e miosina
Cada músculo é formado por feixes de fibras musculares, que apresentam faixas
claras e escuras (estrias), consequência do arranjo de filamentos que formam as
miofibrilas. Estas, por sua vez, são formadas por unidades que se repetem, os
sarcômeros. É a estrutura do sarcômero que torna as estrias visíveis ao micros-
cópio óptico. Cada sarcômero é uma unidade contrátil, formada por filamentos
de actina (finos, nas extremidades) e miosina (grossos, ao centro).
Sarcômero
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Sarcômero Sarcômero
(músculo relaxado) (músculo contraído)
Filamento fino
Filamento grosso.
Figura 22 - Estrutura das células musculares e etapas da contração dos músculos por meio da interação
entre as proteínas actina e miosina
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Se há um estímulo no músculo (um sinal do sistema nervoso, por exemplo),
abrem-se os canais de Ca²+ da membrana plasmática, fazendo com que gran-
des quantidades desse íon entrem na célula muscular. Os íons Ca²+ deformam
a tropomiosina, liberando, então, o sítio de ligação, dando início à contração
muscular (Figura 23).
Troponina C Troponina T
Troponina I
Músculo relaxado
Filamento fino
do sarcômero
Tropomiosina
Cílios e flagelos
Flagelo
Vacúolo
alimentar
Citossomo
Núcleo
Sulco oral
Vacúolo
Macronúcleo Película
Vacúolo
Cílios contráctil Axóstilo
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Microtúbulo
duplo Força de
Braço de deslizamento
dineína
ATP
Célula-alvo
Receptor
Hormônio
Célula incompatível
Célula secretora (sem receptores)
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Figura 27 - Célula secretora liberando hormônios que atuam nas células-alvo, que são aquelas com
receptores específicos para o hormônio
HORMÔNIOS
Certamente, você já ouviu falar em hormônios. Muitas vezes, eles são associa-
dos aos problemas de saúde, ao crescimento ou mesmo em relação às mudanças
corporais que acontecem na puberdade. Os hormônios são mesmo responsá-
veis por todas estas funções. São moléculas secretadas em órgãos especializados
pelas glândulas endócrinas (Figura 28).
Hormônio na
corrente sanguínea
Capilares
sanguíneos
Células
endócrinas
Figura 28 - Esquema que ilustra as células que Figura 29 - Tecido glandular visto ao microscópio
formam as glândulas, circundadas por capilares óptico, corado com hematoxilina/eosina
sanguíneos, por onde os hormônios são liberados
os capilares sanguíneos por difusão, onde são captados por células que contêm
os receptores específicos, ou seja, as células-alvo.
A especificidade hormonal depende da natureza química do hormônio, mas
também da existência de receptores apropriados na célula-alvo. As respostas ao
estímulo de um hormônio dependem do tipo de célula-alvo: o mesmo hormônio
pode ter ação inibitória de secreção em alguns tipos celulares e liberar secreção
em outros. Uma vez que o hormônio encontra sua célula-alvo, a resposta por ela
apresentada pode ser lenta (como os esteroides) ou rápida.
A solubilidade de um hormônio está relacionada ao seu local de recepção
na célula-alvo. A maioria dos hormônios é hidrossolúvel e atua sobre os recep-
tores de membrana externamente, porém alguns são lipossolúveis e, por isso,
atravessam a membrana plasmática com facilidade. No interior da célula, ligam-
-se aos receptores localizados no citoplasma ou no núcleo.
COMUNICAÇÃO PARÁCRINA
Os mastócitos (Figura 30) são células de defesa que têm por mecanismo de
atuação a secreção parácrina de histamina e heparina no tecido conjuntivo. Ao
receberem um estímulo, tais como os antígenos do sistema imune ou a ação de
agentes químicos, os grânulos de histamina e heparina são expulsos dos mastócitos.
Receptor Antígeno
IgE
Liberação
dos grânulos
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Histamina
Figura 30 - Esquema de um mastócito com o Figura 31 - Mastócito (ao centro) com grânulos de
antígeno e seu receptor, os grânulos saindo do histamina e heparina que são liberados no tecido
citoplasma e a histamina saindo dos grânulos conjuntivo (em azul, ao redor), fotomicrografia óptica
NEUROTRANSMISSORES
Neurônio pré-sináptico
Mitocôndria
Ca2+
Terminal axônico
Canais de Ca2+ Fenda sináptica
Membrana pós-sináptica
Canal iônico ligante
Neurônio pós-sináptico
Neurotransmissores são produzidos em vesículas nos terminais pré-sinápticos.
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(também conhecidas como adrenalina e noradrenalina), que atuam como neu-
rotransmissores e também podem atuar como hormônios produzidos pelas
glândulas adrenais.
Além dos processos que você estudou ao longo deste tópico, que envolvem
ligantes e receptores, algumas células conseguem se comunicar diretamente por
meio de moléculas que passam por canais existentes entre células contíguas, as
junções comunicantes ou gap junctions (Figura 34).
Fechado Aberto
Complexo
conector
Monômero
de conexão
Membrana
plasmática
Espaço intercelular
Espaço de 2-4 nm
Canal hidrofílico
Figura 34 - Junções comunicantes ou gap junctions, presentes entre duas células contíguas que permitem
comunicações diretas entre as células por meio de moléculas que atravessam esses canais
Fonte: Wikimedia Commons (2015, on-line)8.
Caro(a) aluno(a), ao longo desta unidade, você pôde conhecer melhor a estrutura
de uma célula. A ideia que orienta seus estudos aqui é conhecer os componentes
celulares, principalmente em células eucariontes, como se você pudesse visualizar
a célula “de fora para dentro”. Os envoltórios celulares delimitam o citoplasma, a
membrana plasmática regula as trocas entre os meios intra e extracelular. No cito-
plasma, entre outros componentes, o citoesqueleto sustenta a estrutura e realiza
movimentos celulares. Em todos os organismos multicelulares existe comuni-
cação entre as células, feita por diferentes vias, por diversos mensageiros. Todos
os conhecimentos desta unidade se integram de forma a estruturar e a diferen-
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ciar as células, esta foi a primeira etapa no estudo aprofundado dos constituintes
e do metabolismo celular, que serão importantes para as próximas unidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
104 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DIABETES MELLITUS
DIABETES TIPO I
DIABETES TIPO II
O termo tipo II é usado para designar uma A maioria dos casos apresenta excesso de
deficiência relativa de insulina. A adminis- peso ou deposição central de gordura. Em
tração de insulina nesses casos, quando geral, mostram evidências de resistência à
efetuada, não visa evitar cetoacidose, ação da insulina e o defeito na secreção de
mas alcançar controle do quadro hiper- insulina manifesta-se pela incapacidade
glicêmico. A cetoacidose é rara e, quando de compensar essa resistência. Em alguns
presente, é acompanhada de infecção ou indivíduos, no entanto, a ação da insulina
estresse muito grave. é normal, e o defeito secretor mais intenso.
Fonte: Brasil (2006).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Quebrado
Ano: 2012
Sinopse: após testemunhar um ataque violento, a vida de uma jovem
inglesa é transformada e seu mundo começa a parecer cada vez mais
estranho. Ela enfrenta o desconhecido e o medo, vendo a inocência
da infância ir embora, com o apoio de Rick, um rapaz doce e sofrido. A
comunidade em que vivem é dividida pelo terrível crime e os esforços da
menina vão alterar as opiniões e os sentimentos dos moradores do bairro.
Comentário: o filme retrata de maneira realista o convívio diário com o
diabetes tipo 1 sob a ótica de uma menina de 11 anos.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; DE ROBERTS, K.; WALTER, P. Biologia
molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Cadernos de Atenção Básica n. 16.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/diabetes_mellitus.PDF>. Acesso em: 28 jan. 2019.
DE ROBERTS, E. M. F.; HIB, J. Bases da biologia celular e molecular. 3. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.
MOYES, C. D.; SCHULTE, P. M. Princípios de fisiologia animal. Porto Alegre: Artmed,
2009.
PELCZAR, M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R.; EDWARDS, D. D.; PELCZAR, M. F. Microbio-
logia: conceitos e aplicações. São Paulo: Makron Books, 1997.
Referências On-Line
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em: 25 jan. 2019.
² Em: <http://biovegetal.es/docencia-asignaturas-impartidas/biolog%C3%ADa-de-
-la-plantas/tema-1/>. Acesso em: 25 jan. 2019.
³ Em: <http://eluniversobajoelmicroscopio.blogspot.com/2017/11/glucocalix.
html>. Acesso em: 25 jan. 2019.
³ Em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scheme_simple_diffusion_in_
cell_membrane-en.svg>. Acesso em: 25 jan. 2019.
⁵ Em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Citoesqueleto.gif>. Acesso em: 28
jan. 2019.
⁶ Em: <https://schoolbag.info/biology/living/31.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
⁷ Em: <https://slideplayer.es/slide/134804/2/images/38/Mecanismo+de+curva-
tura+o+movimiento+de+un+microt%C3%BAbulo+en+cilios+y+flagelos.jpg>.
Acesso em: 28 jan. 2019.
⁸ Em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gap_cell_junction-en.
svg>. Acesso em: 28 jan. 2019.
111
GABARITO
1. C.
2. Exemplo de resposta:
Transporte Passivo Transporte Ativo
• Sem gasto energético. • Com gasto energético.
• A favor do gradiente de concentração • Contra o gradiente de con-
da molécula. centração.
Ex.: Osmose; difusão simples e facilitada. Ex.: Bomba de Sódio/Potássio.
3. D
4. E.
5. B.
ANOTAÇÕES