TERRAPLENAGEM Aula 1 À

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TERRAPLENAGEM

-Cálculo de volumes
-Movimento de terras

Apresentado por: Eng.° Msc. Siaquil Sitoe


Terraplenagem
• É o conjunto de operações de escavações, carga, transporte, descarga,
compactação e a acabamento executados com o fim de conformar o
terreno natural as condições topográficas do projecto. Estes
movimentos de terra, são executados objetivando alguns interesses
técnicos claros consoante a infraestrutura a ser edificada, recorrendo
para tal à : Corte(Remoção),Aterro( Deposição) ou Misto( áreas de
corte e outras de aterro de material).
Movimento de terras
• Corte: refere-se ao processo de eliminação de áreas de terreno
desnecessários a execução do projeto.
• Aterro: refere-se a áreas de material compacto e de boa qualidade
depositado na zona de projecto , com vista a conformar o terreno as
condições exigidas por este.
• Misto: refere-se ao facto de se proceder com áreas de cortes e outras de
aterro. Este tipo de procedimento possibilita o equilíbrio de custo do
projecto, a partir do reaproveitamento do material proveniente de cortes
para a execução de aterros.
Calculo de volumes
• Para o calculo do volume de terra a remover numa via, O Método mais
usual é o método geométrico, ou ainda chamado, método das secções
transversais. Este, consiste em considerar o volume como proveniente
de uma serie de prismoides( sólidos geométricos limitados nos
extremos por faces paralelas e lateralmente por superfícies planas), cujo
volume será facilmente calculado. No terreno, as faces paralelas
correspondem à plataforma da estrada, os taludes e a superfície do
terreno natural.
Cálculo das Áreas das Secções Transversais
2) Secção Mista
Quando a secção é mista , isto é , com áreas de
corte e aterro, o processo mais pratico para o
cálculo das áreas baseia-se na divisão da
secção em figuras geométricas conhecidas,
tais como triângulos , retângulos e trapézios.

Figura: área de uma secção transversal num terreno


plano.

Figura: secção mista.


Método Analítico
4) Planímetros
• Os planímetros são instrumentos que servem para medir a área de uma
figura, percorrendo o seu contorno com uma determinada parte do
instrumento.

Figura: planímetro ( fonte: notas pessoais).


Diagrama de Massas
• O diagrama de massas, ou de Bruckner, facilita sobremaneira a analise da
distribuição dos materiais escavados. Essa distribuição corresponde a definir
a origem e o destino dos solos e rochas objeto das operações de
terraplenagem, com indicações de seus volumes , classificações e distancias
de transporte . Apos calcular as áreas das secções transversais e os volumes
dos prismoides, pode-se preparar uma tabela de volumes acumulados, que
serve como base para a construção do diagrama.
• Para a construção do diagrama de massas, calculam-se inicialmente as
chamadas ordenadas de Bruckner. Estas ordenadas correspondem aos
volumes de corte (considerados positivos) e aterros (considerados negativos)
acumulados sucessivamente. O somatório dos volumes é feito a partir de
uma ordenada inicial arbitraria. Geralmente é escolhida uma ordenada
suficientemente grande para evitar o aparecimento de ordenadas negativas.
• No caso de secções mistas , compensação lateral é obtida de forma
automática quando do cálculo das ordenadas de Bruckner, pois os
volumes de corte e de aterro são considerados em cada secção, de
forma que o acréscimo ou decréscimo nas ordenadas será pela
diferença entre os dois volumes considerados. Pode-se dizer que a
compensação lateral será o menor dos dois volumes e que o volume
disponível para compensação longitudinal, que afeta as ordenadas, será
a diferença entre esses volumes.
• As ordenadas calculadas são plotadas em papel milimétrico, de
preferência sobre uma copia do perfil longitudinal do projeto. No eixo
das abscissas é colocado o estaqueamento e no eixo das ordenadas,
numa escala adequada, os valores acumulados para as ordenadas de
Bruckner, secção a secção. Os pontos assim marcados, unidos por uma
linha curva, formam o diagrama de Bruckner.
• COLUNA 10: volumes compensados lateralmente( não sujeitos a
transporte longitudinal).
• COLUNA 11: volumes acumulados, obtidos pela soma algébrica
acumulada dos volumes obtidos nas colunas 8 e 9. Os volumes
acumulados se colocam como ordenadas ao final da estaca.

• Afigura à seguir mostra o perfil longitudinal de um trecho de estrada e


o diagrama de massas correspondente.
• Figura: perfil longitudinal e diagrama de massas.
Propriedades do Diagrama de Massas
• Analisando a figura à cima, pode se concluir:

1. O diagrama de massas não é um perfil. Aforma do diagrama de


massas não tem nenhuma relação com a topografia do terreno.

2. Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes


movimentos de terras.

3. Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de


corte(ou predominância de cortes em secções mistas).

4.Todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de


aterro (ou predominância de aterros em secções mistas).
5. A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de
terra entre esses pontos.

6. Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de


passagem(PP).

7. Os pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro.

8. Pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte.

9. Qualquer horizontal traçado sobre o diagrama determina trechos de volumes


compensados (volumes de corte = volume de aterro corrigido).Esta horizontal,
por conseguinte, é chamada de linha de compensação( ou linha de terra). A
medida do volume é dada pela diferença de ordenadas entre o ponto máximo
ou mínimo do trecho compensado e a linha horizontal de compensação.
EMPOLAMENTO DO SOLO (E%)
• Quando se procede com o corte do solo, ele tende a desagregar-se e aumenta
de volume. Dado esse comportamento especial é imprescindível quantifica-
lo em valores, como forma de determinar o valor real do material removido.

• O volume de um solo varia segundo a natureza dos seu grãos e do nível de


compactação dos mesmos.
• O solo no terreno natural apresenta um gau de compactação próprio,
característico das forças nele atuantes ao longo dos anos.(cargas, chuvas e
processos geológicos)
• O processo de escavação torna o solo “solto” novamente. Perdendo assim a
sua consistência e aumentando consecutivamente o seu volume.
Fonte: FABIANI,1981

Importante: Para casos em que o material solido não passou por ensaios
laboratoriais, adota-se o grau de empolamento dos solos de 40%.
Fator de Homogeneização de Volumes
Ponto de Passagem (PP)
Figura: Determinação da posição do ponto de passagem

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