Didactica de Literatura

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO DE PEMBA

Tema do trabalho

A importância da educação literária no desenvolvimento da competência linguístico –


discursiva dos alunos

Nome: Nankite Manuel Nankite

Código: 708203480

Curso de Licenciatura em: Língua Portuguesa

Disciplina: Didáctica de Literatura

Ano de Frequência: 4º Ano

Pemba, Abril de 2023


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 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas  Rigor e coerência
Referências APA 6ª edição das
4.0
Bibliográficas em citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Índice:
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………………………………………………………4

A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NO TRABALHO COM O TEXTO LITERÁRIO................................5


O ESTUDO DAS NARRATIVAS LITERÁRIAS NA SALA DE AULA...................................5
IMPORTÂNCIA DA LITERATURA....................................................................................................7
CONCLUSÃO.................................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:.................................................................................................10
INTRODUÇÃO:
A literatura é de suma importância para o ensino de língua portuguesa. Quanto mais o
aluno ler bons livros, mais ele aprende sobre os mecanismos de funcionamento da
língua, tanto escrita quanto falada. Por isso, a literatura e a gramática devem caminhar
juntas para que a aprendizagem aconteça de fato. Por meio das leituras dos livros
clássicos universais, o leitor satisfaz suas necessidades, sendo-lhe permitido assumir
uma atitude crítica em relação ao mundo que o rodeia, advinda das diferentes
mensagens e indagações que a literatura oferece.
O trabalho do professor está centrado na prática de sala de aula, bem como o seu
direcionamento no momento das aulas de literatura. A fim de direccionar o ensino no o
Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio da Secretaria de Educação,
desenvolveu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Os PCN são um documento
oficial, criado em 1988 com a intenção de ampliar e aprofundar questões educacionais,
envolvendo governo e sociedade, na pretensão de gerar condições nas escolas para que
os estudantes tenham contacto com o leque de conhecimento pertinentes à sociedade e
colocá-los em situação que favoreça a formação como cidadão. Esse documento orienta
o trabalho do docente no planejamento de suas aulas, de análise do material utilizado, de
modo a contribuir na reflexão e formação do profissional da educação; como também o
orienta sobre a concepção de leitura.
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NO TRABALHO COM O TEXTO
LITERÁRIO
O trabalho com a literatura infantil e juvenil no contexto escolar e a formação do
hábito/necessidade de leitura tem motivado várias discussões e busca constante de
inovações por parte dos profissionais da educação. Porém, na prática, percebe-se que as
aulas de Língua Portuguesa não têm dado conta de abarcar toda essa carga de
responsabilidades, principalmente no que se refere à formação do hábito de leitura de
textos literários. Como em qualquer outro conteúdo, o ensino da leitura na escola
necessita de metodologia.
Segundo Ezequiel Theodoro da Silva e Regina Zilberman (2005, p.115), uma pedagogia
da leitura que objectiva a transformação do leitor e, através deste, da sociedade,
dificilmente se funda na descrição da estrutura do(s) texto(s). Mais do que isso, uma
pedagogia da leitura de cunho transformador propõe, ensina e encaminha a descoberta
da função exercida pelo(s) texto(s) num sistema comunicacional, social e político.
O ESTUDO DAS NARRATIVAS LITERÁRIAS NA SALA DE AULA

Considerando que a Literatura contribui para o desenvolvimento das pessoas em


diferentes aspectos que começam no artístico e cultural e se estendem pelo social,
político, cognitivo, é preciso, pois, reflectirmos sobre o que de fato significa e a que se
propõe o trabalho com a leitura literária na escola. Os estudos na universidade apontam
que a teoria sobre Literatura não deve silenciar e nem sucumbir à leitura dos textos
ficcionais.

Entretanto, é preciso que ao lado da fruição desses textos, os leitores possam se


apropriar de saberes sobre essas histórias, ou seja, conhecer sobre os aspectos
composicionais, estilísticose culturais que lhe são próprios. Além disso, por meio de
leituras cuidadosas é possível oportunizar ao leitor-jovem cessar, a partir desses textos,
questões de ordem política, religiosa, ética, estética, social, comportamental.

Uma das estratégias de abordagem dos textos literários pode ser: ao propor uma leitura
da obra Tenda dos Milagres, por exemplo, de autoria do baiano Jorge Amado, pode-se
durante ou após a leitura, solicitar dos alunos-leitores uma avaliação da própria leitura
com base na análise do estilo que o autor usou para contar como o pai de Lúcia reage ao
saber que ela fugiu de casa para casar com um negro, dessa feto de seu pai por causa da
cor da pele, ou ainda, investigar na própria narrativa por que os terreiros de candomblé
eram proibidos e como o poder público referia-se as essas manifestações religiosas.
Nesse tipo de actividade, o leitor precisaria debruçar-se sobre o texto em si para fazer
isso e nesse momento a leitura desloca-se da gratuidade e passa a ser uma fonte
conhecimento sobre a língua, o estilo amadiano, a sociedade soteropolitana do inicio do
século XX.
No entanto, Lajolo (1995a, p. 113) reflecte que a entrada da Literatura nas escolas ainda
tem sido por meio de fragmentos de romances que estão organizados nos livros
didácticos. A escola tem denominado essa actividade de leitura extra classe e a prática
dá-se da seguinte forma: o professor recomenda textos integrais a serem lidos em casa,
mas em algum momento tornam-se intra classe, quando retomados em aula para serem
explicados pela professora e quando servem de pretexto para que os alunos respondam
as questões propostas pelo livro.

É comum e positiva a prática da leitura oral e silenciosa na sala de aula. No entanto, os


leitores não tem um tempo para fazer uma leitura mais apurada que possibilite o
desenvolvimento de suas leituras, as habilidades de fazer inferências e produzir
sentidos.

Todos os livros favorecem a descoberta de sentidos, mas são os


literários que o fazem de modo mais abrangente. Enquanto os
textos informativos atêm-se aos fatos particulares, a literatura da
conta da totalidade do real, pois, representando o particular,
logra atingir uma significação mais ampla. O texto literário se
vale da imitação genérica constituída pelos símbolos
linguísticos, e atinge, sem dúvida, um plano de significação
(BORDINI e AGUIAR, p.13).

Bordini e Aguiar (1988) observam que os professores querem incentivar posturas


críticas e participantes da realidade social, mas se valem das actividades repetitivas com
a carga altíssima de obrigatoriedade, se dando por satisfeitos com leituras superficiais
dos textos solicitados e preenchimentos de fichas, redacção de resumos resolução de
exercícios.

Se os métodos de ensino como ficaram comprovado, encerram


pouca margem para a imaginação e a criatividade e não acolhem
práticas familiares ou desafiadoras aos alunos, é possível
deduzir-se que o problema reside mais nesses métodos do que
na bagagem cultural prévia daqueles que frequentam a escola
(BORDINI e AGUIAR, 1988, p.33).

Para essas autoras, dificilmente tais atitudes podem contribuir positivamente em termos
de gosto de leitura ou que ela torne-se um momento de produção ou apropriação de
conhecimento.8A Literatura permite uma abordagem interdisciplinar, capaz
proporcionar ao aluno o diálogo entre características estéticas do texto e as motivações
históricas, sociais, políticas, filosóficas e psicológicas que contribuem para a polissemia
própria do texto literário.
A experiência literária não só nos permite saber da vida por
meio da experiência do outro, como também vivenciar essa
experiência, ou seja, a ficção feita palavra na narrativa e a
palavra feita matéria na poesia são processos formativos tanto da
linguagem quanto leitor e do escritor (COSSON,2011,p.17).

A partir das ideias de Cosson (2011), observamos que a escola precisa ampliar e
resinificar suas práticas leitoras com vistas a uma prática menos pedagogizante e mais
eficiente quanto á produção de sentidos e a formação de leitores nessa modalidade de
leitura.

IMPORTÂNCIA DA LITERATURA

Para o aluno se desenvolver e ser um bom leitor a família e a escola precisam andar
juntas, pois ambas são parceiras nesse aspecto.
Segundo Cunha (1998, p. 18) O quadro relativo ao hábito de leitura no Brasil só poderá
melhorar quando toda a postura do adulto relativa ao livro à função dele na educação se
modificar.
No quotidiano escolar a preocupação com o estímulo a leitura é constante, alvo de
inúmeros trabalhos. Muitas crianças têm oportunidade de ler só na escola. Por isso a
escola deve propiciar momentos de leitura para que as crianças possam adquirir o hábito
da leitura.
A escola precisa se organizar e demonstrar através de acções que não é só o professor de
Língua Portuguesa que é o professor de leitura, mas todos os professores devem ter esse
contacto com os alunos e incentivar a leitura em sala de aula, leituras em voz alta,
questionar se o aluno compreendeu o texto, pois ele precisa compreender o que esta
lendo, e os professores precisam de praticas que envolva seus alunos em diversos tipos
de textos que por eles circulam Muitos lares não possuem livros ou porque são caros ou
porque os pais não dão exemplo. Cabe à escola trabalhar a leitura em todos os sentidos,
mas cabe também às famílias dar inicio a esse processo perguntado aos filhos o que
leram hoje e se querem mostrar e ler para eles o que viram e acharam curioso na leitura.
O livro por si só é brilhante, mas sem o leitor sua luz não se propaga.
Segundo Cunha (1998) a literatura infantil teria surgido a partir do momento em que os
ideais burgueses atingem seu ápice no século XVIII. Neste período não existia um
espaço reservado à infância, pois eram escritos pelos adultos que muitas vezes
colocavam nos livros infantis sua forma de ver o mundo, desta forma não
desempenhava nenhum fascínio ou o gosto pela leitura na criança.
CONCLUSÃO:
Ler e ouvir histórias e se dedicar a mostrar aos alunos um mundo encantador, onde eles
podem descobrir mistérios se surpreender com as histórias contadas e estar sempre
querendo ouvir mais e mais isso também ensina e nesse momento que se forma o
pequeno leitor. Assim a leitura ganhara um espaço na vida do aluno e isso o ajudara na
sua vida escolar.
Após observar, ler e pesquisar verificamos que a literatura infantil vem contribuir e
muito na vida escolar do aluno e no seu desenvolvimento cognitivo. Nos livros
podemos encontrar histórias que busque encantar as crianças e prender sua atenção,
além de deixar a aula muito mais rica, prazerosa e cheia de informação, trazendo a
leitura e o gosto por ela cada vez mais para perto das crianças. Trabalhando o
letramento de forma lúdica e motivando seus alunos a buscar a aprender mais com a
leitura. A escola precisa estar sempre à frente nessa questão, apoiando os professores e
alunos promovendo horas de leituras, apoiando os projectos dos professores e
auxiliando no que precisarem. Os professores e a escola devem estar sempre unidos
procurando desenvolver trabalhos que a leitura esteja inserida, muitos acham que a
leitura não tem tanta importância que um momento na semana já basta, mas não
podemos pensar assim a leitura completa e auxilia no currículo escolar, acrescentando
melhoras em todos os sentidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. AGUIAR, de Vítor Manuel, Silva. (2007). Teoria da Literatura. 8ªed.Coimbra:
Almedina.
2. BORDINI, M.G.; AGUIAR, V. T. de. (1988). A formação do leitor: alternativas
metodológicas. Porto Alegre: Mercado Alegre.
3. COSSON, Rildo, (2011). Letramento literário: teoria e prática. 2ed-São Paulo:
Contexto.
4. CUNHA, Maria Antonieta A. (1993). Literatura Infantil Teoria e Pratica. São
Paulo: Ática.
5. LAJOLO, Marisa. (1995). O que é literatura. 10ªed. São Paulo: Brasiliens.
6. ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da. (2004). Pedagogia da
leitura: movimento e história, In: Zilberman, Regina; SILVA, Ezequeiel
Theodoro da. et. al. (orgs). Leitura: perspectiva interdisciplinares.5º ed. São
Paulo: Ática.

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