Didactica de Literatura
Didactica de Literatura
Didactica de Literatura
Tema do trabalho
Código: 708203480
Uma das estratégias de abordagem dos textos literários pode ser: ao propor uma leitura
da obra Tenda dos Milagres, por exemplo, de autoria do baiano Jorge Amado, pode-se
durante ou após a leitura, solicitar dos alunos-leitores uma avaliação da própria leitura
com base na análise do estilo que o autor usou para contar como o pai de Lúcia reage ao
saber que ela fugiu de casa para casar com um negro, dessa feto de seu pai por causa da
cor da pele, ou ainda, investigar na própria narrativa por que os terreiros de candomblé
eram proibidos e como o poder público referia-se as essas manifestações religiosas.
Nesse tipo de actividade, o leitor precisaria debruçar-se sobre o texto em si para fazer
isso e nesse momento a leitura desloca-se da gratuidade e passa a ser uma fonte
conhecimento sobre a língua, o estilo amadiano, a sociedade soteropolitana do inicio do
século XX.
No entanto, Lajolo (1995a, p. 113) reflecte que a entrada da Literatura nas escolas ainda
tem sido por meio de fragmentos de romances que estão organizados nos livros
didácticos. A escola tem denominado essa actividade de leitura extra classe e a prática
dá-se da seguinte forma: o professor recomenda textos integrais a serem lidos em casa,
mas em algum momento tornam-se intra classe, quando retomados em aula para serem
explicados pela professora e quando servem de pretexto para que os alunos respondam
as questões propostas pelo livro.
Para essas autoras, dificilmente tais atitudes podem contribuir positivamente em termos
de gosto de leitura ou que ela torne-se um momento de produção ou apropriação de
conhecimento.8A Literatura permite uma abordagem interdisciplinar, capaz
proporcionar ao aluno o diálogo entre características estéticas do texto e as motivações
históricas, sociais, políticas, filosóficas e psicológicas que contribuem para a polissemia
própria do texto literário.
A experiência literária não só nos permite saber da vida por
meio da experiência do outro, como também vivenciar essa
experiência, ou seja, a ficção feita palavra na narrativa e a
palavra feita matéria na poesia são processos formativos tanto da
linguagem quanto leitor e do escritor (COSSON,2011,p.17).
A partir das ideias de Cosson (2011), observamos que a escola precisa ampliar e
resinificar suas práticas leitoras com vistas a uma prática menos pedagogizante e mais
eficiente quanto á produção de sentidos e a formação de leitores nessa modalidade de
leitura.
IMPORTÂNCIA DA LITERATURA
Para o aluno se desenvolver e ser um bom leitor a família e a escola precisam andar
juntas, pois ambas são parceiras nesse aspecto.
Segundo Cunha (1998, p. 18) O quadro relativo ao hábito de leitura no Brasil só poderá
melhorar quando toda a postura do adulto relativa ao livro à função dele na educação se
modificar.
No quotidiano escolar a preocupação com o estímulo a leitura é constante, alvo de
inúmeros trabalhos. Muitas crianças têm oportunidade de ler só na escola. Por isso a
escola deve propiciar momentos de leitura para que as crianças possam adquirir o hábito
da leitura.
A escola precisa se organizar e demonstrar através de acções que não é só o professor de
Língua Portuguesa que é o professor de leitura, mas todos os professores devem ter esse
contacto com os alunos e incentivar a leitura em sala de aula, leituras em voz alta,
questionar se o aluno compreendeu o texto, pois ele precisa compreender o que esta
lendo, e os professores precisam de praticas que envolva seus alunos em diversos tipos
de textos que por eles circulam Muitos lares não possuem livros ou porque são caros ou
porque os pais não dão exemplo. Cabe à escola trabalhar a leitura em todos os sentidos,
mas cabe também às famílias dar inicio a esse processo perguntado aos filhos o que
leram hoje e se querem mostrar e ler para eles o que viram e acharam curioso na leitura.
O livro por si só é brilhante, mas sem o leitor sua luz não se propaga.
Segundo Cunha (1998) a literatura infantil teria surgido a partir do momento em que os
ideais burgueses atingem seu ápice no século XVIII. Neste período não existia um
espaço reservado à infância, pois eram escritos pelos adultos que muitas vezes
colocavam nos livros infantis sua forma de ver o mundo, desta forma não
desempenhava nenhum fascínio ou o gosto pela leitura na criança.
CONCLUSÃO:
Ler e ouvir histórias e se dedicar a mostrar aos alunos um mundo encantador, onde eles
podem descobrir mistérios se surpreender com as histórias contadas e estar sempre
querendo ouvir mais e mais isso também ensina e nesse momento que se forma o
pequeno leitor. Assim a leitura ganhara um espaço na vida do aluno e isso o ajudara na
sua vida escolar.
Após observar, ler e pesquisar verificamos que a literatura infantil vem contribuir e
muito na vida escolar do aluno e no seu desenvolvimento cognitivo. Nos livros
podemos encontrar histórias que busque encantar as crianças e prender sua atenção,
além de deixar a aula muito mais rica, prazerosa e cheia de informação, trazendo a
leitura e o gosto por ela cada vez mais para perto das crianças. Trabalhando o
letramento de forma lúdica e motivando seus alunos a buscar a aprender mais com a
leitura. A escola precisa estar sempre à frente nessa questão, apoiando os professores e
alunos promovendo horas de leituras, apoiando os projectos dos professores e
auxiliando no que precisarem. Os professores e a escola devem estar sempre unidos
procurando desenvolver trabalhos que a leitura esteja inserida, muitos acham que a
leitura não tem tanta importância que um momento na semana já basta, mas não
podemos pensar assim a leitura completa e auxilia no currículo escolar, acrescentando
melhoras em todos os sentidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. AGUIAR, de Vítor Manuel, Silva. (2007). Teoria da Literatura. 8ªed.Coimbra:
Almedina.
2. BORDINI, M.G.; AGUIAR, V. T. de. (1988). A formação do leitor: alternativas
metodológicas. Porto Alegre: Mercado Alegre.
3. COSSON, Rildo, (2011). Letramento literário: teoria e prática. 2ed-São Paulo:
Contexto.
4. CUNHA, Maria Antonieta A. (1993). Literatura Infantil Teoria e Pratica. São
Paulo: Ática.
5. LAJOLO, Marisa. (1995). O que é literatura. 10ªed. São Paulo: Brasiliens.
6. ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da. (2004). Pedagogia da
leitura: movimento e história, In: Zilberman, Regina; SILVA, Ezequeiel
Theodoro da. et. al. (orgs). Leitura: perspectiva interdisciplinares.5º ed. São
Paulo: Ática.