Teresa Amelia - Sociolinguistica
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Tema:
Código do Estudante:
708212827
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Folha de avaliação
Classificação
Categorias Nota
Capa 0,5
Índice 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 1.0
Articulação e domínio do 2.
discurso académico
(expressão escrita cuidada
coerência/coesão textual)
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Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
2
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Indice
Introdução..................................................................................................................................3
1.2.3. Metodologia.....................................................................................................................4
3. Conclusão.............................................................................................................................11
4. Referências Bibliográficas...................................................................................................12
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Introdução
Entretanto, convém destacar que a variação linguística é um fenômeno muito interessante que
comprova a organicidade da língua. Ao longo da história, a língua portuguesa sofreu diversas
transformações até chegar à língua que conhecemos e tão bem falamos nos dias de hoje.
Certamente ela continuará evoluindo, posto que é um elemento mutável e propriedade de seus
falantes, que a utilizam de diferentes maneiras para alcançar um fim maior: a comunicação.
O Português é língua materna para uma minoria da população e língua segunda para a maioria da
população. O Português é a única língua oficial e, por conseguinte, é utilizada em toda a
Administração Pública. É língua de escolaridade porque é a língua usada no sistema educacional,
como meio de ensino, em todos os níveis, e como matéria, com carácter obrigatório, até ao
Ensino Médio e Pré-universitário, equivalentes ao Ensino Secundário Português. Mesmo os que
não têm o Português como língua materna aprendem, durante o primeiro contacto com a escola, a
ler e a escrever em Língua Portuguesa
Apesar das línguas nacionais africanas não terem desenvolvido conceitos científicos e técnicos,
elas são importantes na transmissão de certos conhecimentos tanto culturais como sociais.
A primeira função dessas línguas nacionais é, naturalmente, ser a língua do grupo étnico que lhe
corresponde. Idioma vernacular de comunicação, ela é veículo dos valores culturais próprios a
esse grupo, e, portanto, o seu uso tem valor de identidade. Existem similaridades entre vários
países africanos com situações linguísticas idênticas ao caso de Moçambique. No entanto, as
línguas nacionais angolanas têm tido um papel importante no actual contexto sociolinguístico.
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1.2. Objectivo Geral
1.2.3. Metodologia
Tratou-se de uma pesquisa de carácter exploratório, uma vez que levantamos os aspectos da
realidade, caracterizando-se também por esta ser uma pesquisa de cunho bibliográfico,
documental e investigativo.
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1 2. Mudança e Variações Linguísticas
A variação é uma propriedade inerente a qualquer língua (viva e saudável) e pode observar-se
quer contemporaneamente, manifestando-se como diversidade dialectal ou sociolinguística, quer
historicamente, revestindo então a feição de mudança linguística.
Variação Linguística
A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem
sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é
a língua. Esta pode variar de acordo com alguns factores, tais como o tempo, o espaço, o nível
cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.
Variação de uma língua é a forma pela qual defere de outras formas da linguagem sistemática e
coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços, e um deles é a língua. Esta pode variar de
acordo com alguns factores, tais como: o tempo, o espaço, o nível cultural e a situação em que o
individuo se manifesta verbalmente.
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2.1.2. Factores que influenciam a Variação Linguística
Etnoletos: variedade falada pelos membros de uma etnia (termo pouco utilizado, já que
geralmente ocorre em uma área geograficamente definida, coincidindo, portanto, com o
conceito de dialecto.
Dialectos: dialecto é uma forma particular, adoptada por uma comunidade, na fala de uma
língua. Nesse sentido pode-se falar de Português Brasileiro, Português Angolano, Português
Moçambicano, etc.
É preciso também ter presente que os dialectos não apresentam limites geográficos precisos - ao
contrário, são borrados e graduais - daí se considerar que os dialectos que constituem uma
língua formam um continuum sem limites precisos.
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Variedades Africanas
É a língua portuguesa com desvios resultantes do contacto com as línguas locais dos países de
expressão lusófona em África. Em geral, as variedades africanas de língua portuguesa que têm
sido alvo de descrição são as do português de Angola e de Moçambique.
Mas, a meu ver, uma coisa são as definições que caracterizam os elementos presentes numa
sociedade, outra é o verdadeiro nível de integração e interacção dos diferentes grupos em
sociedade, o que realmente faz jus a uma determinada categorização de um país como sendo
multicultural, um país em que as pessoas se sintam livres em termos dos seus costumes, hábitos,
religião, liberdades individuais sem perseguição, expressão linguística em enquadramento de
política oficial, ao mesmo tempo que se aprende a língua definida como dominante e se assumem
as leis do país.
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Ribeiro (2010) O conceito de multiculturalismo tem-se prestado a diversas interpretações e
variados entendimentos, as línguas faladas nativamente por moçambicanos gozem de direitos
idênticos através de uma política linguística oficial democrática e mais justa.
Para alguns moçambicanos, a língua materna é o Português, para outros, o Árabe e várias línguas
asiáticas, mas para a esmagadora maioria dos moçambicanos as línguas maternas são as línguas
bantu, família de línguas que é falada nas regiões equatorial e austral de África. As principais
línguas bantu de Moçambique com o maior número de falantes das vinte e duas são: o
Emakhuwa com uma percentagem superior a 25% do total da população moçambicana, o
Xichangana (11%), o Cisena (9%), Elomwe (8%), o Echuwabo (7%) e o Cishona (6.5%). O
Português, como língua materna, representa cerca de 6%.
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Exemplo: (PE)/bola/...(PM) /bola/....(emakhuwa) /pola/ (PE) /burro/...(PM) /burro/....(emakhuwa)
/purro/.
Mateus (2006) destaca que temos em qualquer língua as chamadas variantes padrão e variantes
não padrão. Os princípios que regulam as propriedades das variantes padrão e não-padrão
geralmente extrapolam critérios puramente linguísticos.
Na maioria das vezes o que se determina como sendo variante padrão relaciona-se à classe
social de prestígio e a um grau relativamente alto de educação formal dos falantes. As
variantes não padrão geralmente desviam-se destes parâmetros.
Assim, a variante padrão ou língua padrão, que na sociolinguística anglófona se denomina
standard language, é a variedade culta formal do idioma. Há quem tome o termo norma culta,
indevidamente, como sinônimo de língua padrão.
Ocorre que a língua culta, isto é, a das pessoas com nível elevado de instrução, pode ser formal
ou informal. A língua padrão é a culta, sim, mas limitada à sua vertente formal.
De acordo com Preti (2003) a expressão registo linguístico designa o modo de um falante usar a
língua, de acordo com a situação comunicativa em que participa, tendo em conta as suas
intenções e os objetivos na situação de comunicação e o seu nível social e/ou cultural, como atrás
se referiu, que são fatores que condicionam o grau de formalidade de língua utilizado.
O registo cuidado recorre à expressão bem elaborada; tem perfeição estrutural e precisão
vocabular, exige um grau de formalidade maior.
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O registo corrente (média ou normal) usa termos e estruturas correntes de acordo com a norma,
com o padrão, já exige menor grau de formalidade.
O registo familiar, usado nas relações do quotidiano entre familiares ou amigos, com vocabulário
pouco rigoroso, e uma formalidade reduzida.
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3. Conclusão
Portanto, é interessante observar que na língua portuguesa existem diferentes registros, variações
diafásicas que resultam da adequação de seu uso nas diferentes situações comunicacionais,
fenômeno que possibilita que um mesmo falante adote diferentes registros em um mesmo dia.
A variante não padrão é associada ao nível coloquial ou popular da língua, que já tratamos nessa
aula. Em síntese, quando se fala desse tema, convem referir que as variedades linguísticas é
importante, portanto, sabermos identificá-las, avaliarmos a adequação ao ambiente e ao
contexto e nos livrarmos de todo e qualquer preconceito linguístico.
Mas temos que ter em mente que em nossos textos acadêmicos, em nossas redações para
concursos ou textos e relatórios de nossa área profissional, é a variante padrão que precisa
prevalecer. É necessário evitarmos gírias, regionalismos e os elementos típicos da linguagem
coloquial: repetições desnecessárias, cacoetes, abreviações.
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4. Referências Bibliográficas
Mateus, M. H., Brito, A. M., Duarte, I., & Faria, I. H. (2006). Gramática da língua portuguesa.
Lisboa: Caminho.
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