Ceisc Portugues
Ceisc Portugues
Ceisc Portugues
LÍNGUA PORTUGUESA
Prof. Luana Porto
1
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Emprego de verbos..................................................................................................3
Verbo...................................................................................................................10
QUESTÕES ........................................................................................................13
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
2
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
3
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Pronomes pessoais: representam as pessoas gramaticais (quem fala, com quem se fala, de
quem se fala). Veja as pessoas gramaticais e os pronomes correspondentes:
1ª pessoa do singular: eu, me, mim, comigo
2ª pessoa do singular: tu, te, ti, contigo
3ª pessoa do singular: ele/ela, o/a, se, si, lhe, consigo
1ª pessoa do plural: nós, nos, conosco
2ª pessoa do plural: vós, vos, convosco
3ª pessoa do plural: eles/elas, os/as, se, si, lhes, consigo
Eu e mim
Os pronomes EU e TU não pode vir em uma frase acompanhados de preposição, devendo
ser substituídos por MIM e TI.
a) Ela trouxe o presente para eu comemorar meu aniversário.
b) Ela trouxe o presente para mim.
c) As decisões sobre o contrato foram tomadas por mim.
d) O prêmio será dividido entre mim e ti.
Entre os pronomes pessoais, estão os pronomes de tratamento. Estes são usados no trato
com pessoas e a forma de tratamento depende do cargo, título, idade da pessoa a quem se
dirige.
4
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
5
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
chefes de seção,
comerciantes etc)
Vossa Paternidade V.P. VV.PP. Superiores de ordem
religiosa
6
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
7
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
2. Empregam-se os pronomes demonstrativos esse(s), essa(s), isso para indicar o que está
próximo daquele com quem se fala, para se referir a algo que já foi dito e para indicar um tempo
anterior recente ou posterior próximo.
Exemplos: Esse anel que você está usando foi um presente de sua mãe.
Aumento de assaltos e miséria. Isso é o resultado da desigualdade social.
Os economistas alertam que esse fim de semana terá anúncio de renúncia de governantes
europeus.
4. Pronomes relativos: “são aqueles que retomam um substantivo (ou um pronome) anterior a
eles, substituindo-o no início da oração seguinte” (FERREIRA, 2007, p. 223). Veja os pronomes
relativos:
Variáveis
O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas
8
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Invariáveis
Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Invariáveis
Quem que
9
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Atenção!
Devido à função do pronome na oração, o pronome pode ser classificado em:
► A) pronome substantivo: representa o núcleo o sujeito ou do
complemento.
João visitou Pedro. João visitou-o.
Isso me incomodou muito.
► B) pronome adjetivo: refere-se a um substantivo ao qual se
subordina na qualidade de adjunto adnominal.
O seu filho foi embora.
Cada aluno da sala fez um pedido diferente à escola.
• Pessoais • Possessivos
• Demonstrativos • Relativo CUJO
• Indefinido (quem, alguém, • Indefinidos CADA e CERTO
ninguém, outrem, tudo, nada,
algo)
• Relativos (exceto cujo)
• Interrogativo QUEM
Verbo
O verbo “é a palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno0
e localiza-o no tempo” (FERREIRA, 2007, p. 239).
Exemplos: Comprei uma casa nova no Rio de Janeiro.
Pedro está cansado.
Choveu ontem.
10
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Observação: O verbo pôr e outros terminados em -OR são considerados verbo de segunda
conjugação.
Verbos abundantes: verbos que possuem duas formas de particípio (uma regular – terminada
em -ADO ou -IDO – e outra irregular).
Exemplos:
Aceitar: Aceitado – aceito
Expressar: Expressado – expresso
Eleger: Elegido – eleito
Prender: Prendido – preso
Extinguir: Extinguido – extinto
Tingir: Tingido – tinto
11
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Questões
Identificação das funções dos pronomes e
sentidos Identificação das funções e correção do uso de verbos
12
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
QUESTÕES
O animal humano, que é parte da natureza e que dela depende, não se resignou a viver
para sempre à mercê dos frutos espontâneos da terra. O desafio que desde logo se insinuou foi:
como induzir o mundo natural a somar forças e multiplicar o resultado do esforço humano? Como
colocá-lo a serviço do homem? O passo decisivo nessa busca foi a descoberta, antes prática
que teórica, de que “domina-se a natureza obedecendo-se a ela”. A sagacidade do animal
humano soube encontrar nos caminhos do mundo como ele se põe (natura naturans: “a natureza
causando a natureza”) as chaves de acesso ao mundo como ele pode ser (natura naturata: “a
natureza causada”).
13
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
transição para a sociedade de base agrícola e pastoril em toda a forma como percebemos e
lidamos com a dimensão temporal da vida prática.
(GIANNETTI, Eduardo. O valor do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, edição digital. Adaptado)
Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).
Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
14
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…
− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois
seu Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.
Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:
O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe
ser desejado bom apetite. Em silêncio.
− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata me
sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
15
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:
− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para
o senhor se consolar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 110-
111)
16
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Texto CB1A1-I
A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente
em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo
mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores
de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda
é relativamente tímida.
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola
de Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras
áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam
doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental,
causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a
probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o
patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir
sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos
nossos modelos de produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que
fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que
possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consumo consciente, é necessário
que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção consciente, assumindo sua verdadeira
responsabilidade pelos impactos que causam.
Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como complemento
das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’.
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como complemento
das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’.
( ) CERTO
( ) Errado
17
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Para evitar a repetição, pode-se, por exemplo, substituir elementos de um texto por um pronome.
Assinale a alternativa em que há a correta substituição da expressão em destaque no trecho por
um pronome – … trate de tornar seus dias úteis.
18
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
5. VUNESP - 2022 - Câmara Municipal de São José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres
publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens, dizem
respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a sete
segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de resposta
às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas palavras
estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais o local da
aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida no
virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço irreal onde
vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. Só
que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não estávamos
preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão, deveriam
prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira suficiente porque,
“empenhados na política de todo dia, não viram chegar a contemporaneidade”. Não sei se Serres
tem toda razão, mas alguma ele tem.
19
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. 2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017.
Excerto adaptado)
• Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
(A) ... estes filhos ou netos nunca lhes viram. / ... os jovens europeus não lhes conhecem...
(B) ... estes filhos ou netos nunca lhes viram. / ... os jovens europeus não conhecem-nas...
(C) ... estes filhos ou netos nunca os viram. / ... os jovens europeus não as conhecem...
(D) ... estes filhos ou netos nunca viram-nos. / ... os jovens europeus não lhes conhecem...
(E) ... estes filhos ou netos nunca viram-lhes. / ... os jovens europeus não conhecem-lhes...
20
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
"Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos,
o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos
enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária.
Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para
receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à
disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um
ser humano se adapte a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência
urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para
varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem
votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis
penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a
ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá-
lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de
oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni-la.
"O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que
visem a puni-la"'.
(A) a juventude.
(B) o amparo.
(C) a oportunidade.
(D) a educação.
(E) a medida.
21
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
"Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos, o
memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos
enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária.
Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para
receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à
disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um
ser humano se adapte a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência
urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para
varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem
votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis
penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a
ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá-
lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de
oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni-la.
"...o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: ..."; o emprego da forma do
demonstrativo sublinhada
(A) mostra equívoco do autor do texto, pois a forma correta seria "essa".
(B) indica que o seu referente será enunciado a seguir.
(C) demonstra que o referente do pronome já foi enunciado.
(D) destaca que o fato ocorrido ocorreu no tempo presente.
(E) informa que o referente tem significado humorístico ou irônico.
22
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
8. FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária)
23
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Dadas as relações de coesão do texto, é correto afirmar que, em “juntá-las” (linha 7), o pronome
oblíquo está empregado em relação a “rapidez e precisão” (linha 5).
( ) Certo
( ) Errado
24
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
Considerando a correção gramatical e a coerência das ideias do texto, julgue o item que consiste
em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO
1. E 2. A 3. C 4. D 5. C 6. A 7. B 8. A 9. E 10. C
25
Língua Portuguesa
Prof.ª Luana Porto
26