Relatório Final PROINFANTIL
Relatório Final PROINFANTIL
Relatório Final PROINFANTIL
Introdução -------------------------------------------------------------------------------- 4
Conclusões ------------------------------------------------------------------------------ 16
Auto-Avaliação ------------------------------------------------------------------------ 18
Durante o tempo em que trabalho com a Educação Infantil, percebi que muitas
crianças adoram desenhar. Isso se torna evidente quando notamos que tudo em suas mãos
se torna um possível material de desenho: cacos de tijolo, o vidro embaçado do carro, o
chão coberto de areia, a poeira sobre os móveis...
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O desafio dos professores que trabalham com crianças nesta faixa etária é saber
como aproveitar esse interesse apresentado por elas na arte de desenhar para ajudá-las a
desenvolver suas habilidades, fazendo a interferência adequada, no momento adequado,
sem desrespeitar a espontaneidade criadora da criança.
Para que isso ocorra, deverei dar atenção ao significado do desenho para a
criança, buscando produzir sugestões e indicações que levem ao aperfeiçoamento do
trabalho artístico com crianças em idade pré-escolar.
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O significado e a importância do desenho
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Fonte bibliográfica: Holanda, Aurélio B., Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Nova
Fronteira, 1991.
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Historiografia
Com o decorrer dos séculos, o desenho assumiu as mais diversas funções. Assim,
pode-se dizer até mesmo que ele foi um precursor da linguagem escrita, da fotografia e assim,
do cinema, e até mesmo das representações cartográficas.
Nos tempos antigos, o desenho ganhou status sagrado. Por exemplo, no Egito, as
tumbas e os templos eram decorados com desenhos que eram considerados tão importantes
que, alguém que merecesse uma grave condenação após a morte tinha todos os desenhos e
inscrições de sua tumba raspadas. Outros povos, como chineses, mesopotâmicos e
americanos, desenvolveram, cada qual, maneiras e significados próprios para seus desenhos,
assim como ocorreu com os gregos e romanos,que na antiguidade clássica, quando gregos e
romanos utilizaram o desenho para representar seus deuses.
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predecessores das importantes representações cartográficas de rotas comerciais e domínios,
que ganhou fôlego com a expansão do Império Romano.
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anatomia buscar atribuir maior realidade às imagens através do uso de sombras, proporções,
luz e cores.
A Arte Terapia é um tratamento que une a arte livre ao processo terapêutico e visa
ajudar pessoas com problemas psicológicos ou com dificuldades de aprendizagem. Nela, o
paciente é estimulado a expressar seus sentimentos e emoções por meio de expressões em
vários campos da arte, estabelecendo uma conexão entre o seu mundo e o mundo exterior.
Entre as áreas exploradas pela arte terapia, o Desenho tem fornecido grande
contribuição. Isto ocorre porque, conforme dito anteriormente, os desenhos contam as
preferências, experiências e preocupações de quem os faz. Confirmando o ditado que diz:
"Uma imagem fala mais do que mil palavras", os desenhos têm sido muito úteis na
identificação dos problemas a serem tratados, principalmente no caso das crianças, que ainda
não sabem explicar o que sentem. Muitos casos de violência, agressividade, abusos,
pesadelos, ansiedade, medos... Podem ser identificados através dos desenhos feitos por uma
criança. Estes desenhos são analisados e interpretados cuidadosamente, por profissionais com
formação especializada, já que é comum que as crianças fantasiem ou reproduzam aquilo que
viram em programas de televisão.
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O psicólogo que faz uso da arte terapia na criança busca conhecê-la, bem como o
meio em que ela vive, procura estabelecer uma relação de confiança com ela, a escuta e busca
entender o que ela quer lhe dizer através de seus desenhos.
O desenho também pode ser usado na arte terapia como meio de alcançar a forma,
a precisão, o desenvolvimento da atenção, da concentração, da coordenação viso-motora, e
espacial, na concretização de pensamentos, no exercício da memória. Tem função ordenadora
e se relaciona ao movimento e ao reconhecimento do objeto.
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Descrição e análise das atividades realizadas
Primeira Atividade
Da metade do ano em diante, porém, pude observar que apenas o giz de cera
não é suficiente para satisfazer a então crescente curiosidade e o desejo de experimentação
das crianças. Torna-se adequado, então, oferecer às crianças não só o giz de cera, mas
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também a canetinha, o lápis de cor, o carvão, a tinta... Percebi que, com o passar do
tempo, as crianças se tornaram mais livres para criar e reproduzir de tudo um pouco!
Esta experiência constatou que o desenho pode ser uma expressão gráfica dos
pensamentos de uma criança. Suas ansiedades e tensões podem ser diminuídas à medida
que ela externa tudo aquilo que ocupa sua mente e, assim como uma pessoa se sente
melhor ao discutir com um amigo sobre um determinado assunto, a criança também se
sentirá melhor ao desenhar. Mas o contrário também é verdadeiro: um adulto pode se sentir
frustrado se não puder confiar seus problemas a outra pessoa e a criança que não desenha
terá menos uma possibilidade para se expressar e, consequentemente, um aumento na
probabilidade de se tornar tensa e inquieta.
Segunda Atividade
Outro grupo, formado pela maioria, realizou desenhos não tão exatos, mas
compreensíveis para um observador atento. Os traços tremidos e as cores livres, comuns à
idade de 3 anos, poderiam deixar alguém confuso, mas estas crianças sabiam exatamente o
que pretendiam e podiam explicar cada risco de seu trabalho.
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que desenharam, diziam: "a mamãe!", "o cachorro!" ou qualquer coisa que lhes viesse à
mente.
Terceira Atividade
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Achei que a atividade foi válida, pois muitas crianças dedicaram boa parte do
tempo à realização do desenho, e mesmo aquelas que não souberam, ou não quiseram,
desenhar exatamente o que são, conseguiram se expressar por meio do desenho, expondo
sua visão e suas preferências. Alguns retratos ficaram bem engraçados!
Quarta Atividade
Foi oferecida às crianças uma folha branca com um pequeno círculo no meio,
para verificar como reagiriam àquela interferência. A intenção era que eles exercitassem a
criatividade e utilizassem o círculo como parte de um desenho maior, que eles mesmos
criariam... Mas não foi bem assim que aconteceu!
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Percebi que este tipo de atividade cerceia e confunde as idéias dos pequenos.
Quando uma criança desenha, ela pensa em algo que, muitas vezes, é visto como
insignificante para os adultos. Mas no momento em que esta criança pensa no que vai
desenhar, ela se concentra em suas experiências e conhecimentos, muitas vezes se pondo
em confronto com seu próprio "eu". Assim, ela estimula sua habilidade de raciocínio e
reflexão acerca de alguma coisa, o que é muito importante no desenvolvimento da
criatividade. Em seu desenho, poderão ser observados os elementos que ela conhece e que
lhe têm alguma importância. Quando eu interfiro em sua criação, impondo um elemento
que não tem nenhum significado para ela, isso pode lhe causar desagrado e fazê-la recuar
de sua criatividade.
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Conclusões
Entendi com esse estudo que é importante que eu mantenha na minha sala de
aula na creche, um cantinho com diferentes materiais, não só de desenho e pintura, mas de
artes plásticas de diversos tipos, permitindo e respeitando a espontaneidade da criança,
estimulando-a a fazer da criatividade uma prática realmente agradável e presente no seu
dia-a-dia.
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para ele. Cada um tem seu jeito de criar e suas obras constroem e carregam sua identidade.
Entendi que eu não devo interferir neste processo; cada desenho deve ser capaz de contar
por si só a que criança pertence, por carregar as suas marcas.
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Auto-Avaliação
A realização desta pesquisa não foi para mim um processo tão simples, pois
enfrentei algumas dificuldades no que diz respeito a encontrar fontes bibliográficas que
falassem sobre o tema que eu escolhi. Além disso, houve bastante confusão no
esclarecimento do que o curso estava pedindo de nós, cursistas, em relação a realização
deste relatório, pois cada um parecia ter uma idéia diferente do que era pedido e o que
chegava até nós eram idéias vagas e orientações confusas.
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Fontes de Pesquisa
Lowenfeld, Viktor A Criança e sua Arte. São Paulo, Mestre Jou: 1976
Site: www.revistaescola.abril.com.br
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