Notaaimprensa08 2023
Notaaimprensa08 2023
Notaaimprensa08 2023
As exportações do agronegócio subiram 6,6% em agosto de 2023, atingindo a cifra recorde de US$ 15,63
bilhões. O valor respondeu por 50,4% das exportações totais do Brasil.
Dois fatores influenciaram as exportações brasileiras do agronegócio nesse mês de agosto: aumento da
quantidade exportada e queda dos preços médios de exportação. O primeiro fator que influenciou as
exportações foi o aumento da quantidade exportada, que ocorreu, principalmente, em função da safra
recorde de grãos colhida em 2022/2023 1. O maior volume de grãos disponível ampliou a capacidade de
excedente exportável. Já o segundo fator, dessa vez negativo para o valor exportado, é a queda dos preços
internacionais dos alimentos. Nesse aspecto, o índice de preço dos alimentos do Banco Mundial 2 reporta
uma queda de 7,1% nos últimos doze meses, na comparação entre agosto de 2023 e agosto de 2022. Já o
índice de preço dos alimentos da FAO 3 teve redução 11,8% nos últimos doze meses, refletindo as
diminuições nos preços internacionais de produtos lácteos, óleos vegetais, carnes e cereais. Por outro lado, o
preço do açúcar apresentou aumentou moderado, segundo a FAO.
1
O último levantamento da safra 2022/2023 da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (12º levantamento,
divulgado em 06/09/2023) estima que a safra brasileira de grãos será de 322,75 milhões de toneladas. O número
significa um crescimento de 18,4% em relação à safra anterior ou, em valores absolutos, um incremento de 50,11
milhões de toneladas.
2
https://www.worldbank.org/en/research/commodity-markets
3
https://www.fao.org/worldfoodsituation/foodpricesindex/en/
A análise do índice de preço das exportações brasileiras do agronegócio apresentou queda de 10,9% em
agosto de 2023 quando comparação com o mesmo mês de 2022. No geral, a queda nos preços médios de
exportação foram mais que compensados pela elevação no índice de quantum das exportações, que teve
incremento de 19,7%. É esse o cenário básico para a análise das exportações do agronegócio nesse mês de
agosto de 2023, que, no geral, apresentou elevação dos volumes exportados, porém, comercializados com
preços inferiores aos registrados no mês de agosto de 2022.
As importações de produtos agropecuários diminuíram de US$ 1,68 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,46
bilhão em agosto de 2023 (-13,0%). Além desses produtos, deve-se mencionar que diversos insumos
necessários à produção agropecuária foram importados: fertilizantes 4 (US$ 1,36 bilhão; -45,0%); defensivos
agrícolas da posição 3808 (US$ 707,60 milhões; -24,6%); produtos de nutrição animal (US$ 250,97 milhões;-
37,8%); máquinas e implementos agrícolas (US$ 111,23 milhões; +14,7%) 5.
Em agosto de 2023, os cinco principais setores exportadores do agronegócio brasileiro venderam mais de
um bilhão cada e responderam por 83,7% do valor exportado: complexo Soja (35,7% do valor total
exportado); cereais, farinhas e preparações (15,3% do valor total exportado); carnes (13,2% do valor total
exportado); complexo sucroalcooleiro (12,5% do valor total exportado); e produtos florestais (7,1% do valor
total exportado). No mesmo mês do ano anterior, a participação dos mesmos cinco setores foi de 85,6%.
Logo, pode-se dizer que houve uma desconcentração da pauta exportadora no período em análise. Os vinte
demais setores ampliaram as vendas externas de US$ 2,11 bilhões em agosto de 2022 para US$ 2,55 bilhões
(+20,6%). Nesses vinte setores, os principais valores de exportação foram registrados em: setor cafeeiro
(US$ 733,45 milhões; +18,2%); fumo e seus produtos (US$ 310,27 milhões; +44,7%); e sucos (US$ 232,26
milhões; +18,8%).
O complexo soja continua registrando vendas recordes e se destacando como o principal setor exportador
do agronegócio. Nesse mês de agosto, as vendas externas do complexo soja foram de US$ 5,59 bilhões, com
crescimento de 12,2%. O valor foi recorde para os meses de agosto e representou 35,7% do valor de todas as
exportações do agronegócio. As exportações de soja em grãos atingiram o valor recorde de US$ 4,19 bilhões
em agosto de 2023, com elevação de 12,3% na comparação com os US$ 3,73 bilhões comercializados em
agosto de 2022. O volume exportado foi o principal fator responsável pelo recorde em valor, pois atingiu a
quantidade também recorde de 8,39 milhões de toneladas para os meses de agosto. Por outro lado, houve
queda nos preços internacionais do grão oleaginoso, que recuaram 20,4%, saindo de US$ 628 por tonelada
em agosto de 2022 para US$ 500 por tonelada em agosto de 2023.
A China ampliou a participação nas exportações brasileiras de soja em grãos, passando de US$ 2,72 bilhões
em agosto de 2022 para US$ 3,15 bilhões em agosto de 2023 (+15,6%). Dessa forma, três em cada quatro
grãos de soja exportados pelo Brasil são encaminhados ao país asiático, ou 6,29 milhões de toneladas das
8,39 milhões de toneladas exportadas nesse mês de agosto de 2023. Uma análise da demanda chinesa de
soja em grãos demonstra que o país asiático está voltando a bater recorde de importações do grão, com
projeção de compras de 106,55 milhões de toneladas em 2022/2023 6. Além da China, somente mais dois
4
O volume importado de fertilizantes (capítulo 31 da TEC) subiu de 3,44 milhões de toneladas em agosto de 2022 para
4,35 milhões de toneladas em agosto de 2023 (+26,3%). Mesmo com incremento do volume importado, houve registro
de redução do valor importado em função da queda dos preços médios de importação dos fertilizantes em 56,5%.
5
A relação apresentada não visa totalizar as importações de insumos utilizados na produção agropecuária brasileira.
Um exemplo de produto não mencionado é o diesel (NCM 2710.19.21). As importações de diesel são em parte
utilizadas para a produção agropecuária e totalizaram US$ 860,47 milhões em agosto de 2023.
6
Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Oilseeds: World Markets and Trade – Agosto de 2023).
mercados importaram mais de 200 mil toneladas de soja em grãos no período em análise: Espanha (US$
123,47 milhões e 255,62 mil toneladas) e Argentina (US$ 100,27 milhões e 208,17 mil toneladas).
Outro produto do complexo soja que atingiu cifra recorde de exportação para os meses de agosto foi o
farelo de soja. As vendas de farelo de soja nunca tinham ultrapassado o montante de um bilhão de dólares
nos meses de agosto. Nesse mês de agosto o valor exportado foi de US$ 1,19 bilhão (+26,4%), cifra obtida
em função do volume recorde exportado para o mês de 2,41 milhões de toneladas (+32,8%). A União
Europeia continua sendo a principal importadora do farelo de soja brasileiro, com aquisições de US$ 504,29
milhões ou o equivalente a 1,0 milhão de toneladas. Outros três países do sudeste asiático se destacaram as
aquisições de farelo de soja brasileiro: Indonésia (US$ 221,26 milhões; +46,9%); Tailândia (US$ 182,52
milhões; +154,9%) e Vietnã (US$ 129,71 milhões; +148,8%). Estes três mercados do sudeste asiático eram
grandes importadores de farelo de soja argentino. Devido à quebra da safra argentina de soja em grão e
consequente redução da produção argentina de farelo de soja 7, o Brasil aumentou sua participação nesses
mercados, possibilitando as exportações recordes do produto.
Ainda no complexo soja, as vendas externas de óleo de soja recuaram de US$ 306,55 milhões em agosto de
2022 para US$ 204,31 milhões em agosto de 2023 (-33,4%). Os principais países importadores do óleo de
soja brasileiro foram: Índia (US$ 117,99 milhões; -35,4%); China (US$ 22,48 milhões); Argélia (US$ 15,96
milhões; -44,0%); e Venezuela (US$ 12,97 milhões; -31,3%).
As exportações de cereais, farinhas e preparações bateram o recorde histórico da série histórica com US$
2,39 bilhões comercializados em agosto de 2023. O volume atingiu 9,69 milhões de toneladas e também foi
recorde. Mais de 90% do total das exportações do setor são de milho. A safra recorde de milho 2022/2023,
de praticamente 132 milhões de toneladas neste ano de 2023, possibilitou esses embarques recordes. Nesse
mês de agosto, o volume exportado atingiu 9,33 milhões de toneladas, uma quantidade recorde para toda a
série histórica, iniciada em 1997. Com um volume recorde comercializado, as exportações do cereal
chegaram a US$ 2,21 bilhões em agosto de 2023 ou um valor 10,1% superior na comparação com os US$
2,01 bilhões exportados no mesmo mês de agosto de 2022. A China se transformou no principal país
importador de milho brasileiro. Nesse mês de agosto de 2022, o país asiático importou US$ 546,58 milhões
ou o equivalente a 2,35 milhões de toneladas. Esta quantidade correspondeu a praticamente um quarto das
exportações totais do cereal. Além da China, outros três países asiáticos aparecem nas próximas posições
como maiores importadores: Vietnã (US$ 215,28 milhões; +4.227,5%); Japão (US$ 194,49 milhões; +13,6%);
Coreia do Sul (US$ 124,16 milhões; +216,6%).
As carnes ficaram terceira posição entre os principais setores exportadores do agronegócio. As exportações
de carnes caíram 20,2% em valor, com diminuição de US$ 2,57 bilhões exportados em agosto de 2022 para
US$ 2,06 bilhões exportados em agosto de 2023. O principal fator responsável pela redução do valor
exportado foi a queda dos preços médios de exportação, que recuaram de US$ 3.230 por tonelada em
agosto de 2022 para US$ 2.614 por tonelada em agosto de 2023 (-19,1%).
A exportações de carne bovina caíram para US$ 941,05 milhões em agosto de 2023, valor que significou um
recuo de 30,6% em comparação com os US$ 1,36 bilhão exportados em agosto de 2023. Houve queda de
volume exportado (-7,2%) e nos preços médios de exportação (-25,3%). A análise das estatísticas demonstra
que grande parte da queda nas exportações de carne bovina ocorreu em função da redução das vendas à
China, com recuo das exportações de US$ 852,71 milhões em agosto de 2022 para US$ 511,06 milhões em
agosto de 2023 (-40,1% ou -US$ 341,65 milhões). Não obstante a queda, a China ainda foi responsável pela
7
A produção estimada de farelo de soja na Argentina caiu de 30,3 milhões de toneladas na safra 2021/2022 para 23,6
milhões de toneladas na safra 2022/2023. Já a produção estimada de soja em grão teve redução de 43,9 milhões de
toneladas na safra 2021/2022 para 25,0 milhões de toneladas na safra 2022/2023 (fonte: Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos. FAS – Foreign Agricultural Service/ PSD – Production, Suppply and Distribution)
aquisição de 54,3% do valor total exportado pelo Brasil de carne bovina em agosto/23 8. Além da China,
somente mais três mercados adquiriram mais de US$ 30 milhões de carne bovina brasileira nesse mês de
agosto: Chile (US$ 62,90; +39,8%); Estados Unidos (US$ 55,59 milhões) e Hong Kong (US$ 31,30 milhões; -
5,7%).
O Brasil exportou US$ 815,65 milhões de carne de frango (-9,4%), com expansão de 3,1% no volume
exportado e queda de 12,2% no preço médio de exportação. A China é a maior importadora de carne de
frango brasileira, com compras de US$ 121,63 milhões em agosto de 2023 (+6,6%) ou o equivalente a 15%
do valor total exportado pelo Brasil. Somente mais quatro mercados adquiriram mais de US$ 50 de carne de
frango brasileira em agosto de 2023: Emirados Árabes Unidos (US$ 97,86 milhões; +24,9%); Arábia Saudita
(US$ 87,55 milhões; +7,7%); Japão (US$ 66,84 milhões; -28,8%) e União Europeia (US$ 50,21 milhões; -
25,4%).
Ainda no setor das carnes, as exportações de carne suína caíram de US$ 266,43 milhões em agosto de 2022
para US$ 250,89 milhões em agosto de 2023 (-5,8%). Houve queda, também, no volume exportado no
período, que diminuiu para 110,54 mil toneladas (-3,4%). O principal motivo da queda das exportações de
carne suína brasileira foi a redução da demanda chinesa pela carne suína brasileira. A produção chinesa de
carne suína se recuperou depois de ter sido muito impactada pela Peste Suína Africana – PSA. Em 2018, a
China produzia 54,0 milhões de toneladas de carne suína, quantidade que foi reduzida para 36,3 milhões de
toneladas em 2020. Neste ano de 2023, a estimativa é uma produção de 56,0 milhões de toneladas de carne
suína na China9. Neste contexto de recuperação da produção chinesa de carne suína, as exportações
brasileiras de carne suína à China recuaram de US$ 119,82 milhões de toneladas em agosto de 2022 para
US$ 69,10 milhões de toneladas em agosto de 2023 (-42,3%). Dessa forma, a participação chinesa nas
exportações brasileiras caiu de 45,0% em agosto de 2022 para 27,5% em agosto de 2023, mas continua a ser
o principal país importador da carne suína brasileira. Os outros três maiores mercados importadores da
carne suína brasileira foram: Filipinas (US$ 35,91 milhões; +31,3%); Vietnã (US$ 20,24 milhões; +48,4%);
Hong Kong (US$ 19,84 milhões; +13,2%).
O complexo sucroalcooleiro foi o único entre os maiores setores exportadores do agronegócio brasileiro que
registraram elevação dos preços internacionais na comparação entre agosto de 2022 e agosto de 2023.
Segundo avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – ESALQ/USP, apesar do bom
andamento da safra brasileira, os preços internacionais foram impulsionados por preocupações relacionadas
ao desempenho da safra na Índia e na Tailândia, onde o tempo seco ameaça a produtividade no campo 10. O
contexto internacional de preços em alta com boa safra no Brasil possibilitou o incremento das exportações
do setor sucroalcooleiro, que passaram de US$ 1,41 bilhões em agosto de 2022 para US$ 1,95 bilhões em
agosto de 2023 (+38,1%). A maior parte das exportações do setor é de açúcar, que registrou vendas externas
de US$ 1,78 bilhão (+48,7%), com expansão de 23,0% na quantidade exportada e de 20,9% no preço médio
de exportação.
A China aumentou a sua participação como maior importadora de açúcar brasileiro, passando 21,8% de
share em agosto de 2022 para 24,4% em agosto de 2023 ou, em valor, de US$ 260,69 milhões adquiridos em
8
Desde a confirmação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) em março de 2023, ocorrido por
causas naturais em um único animal de 9 anos, houve paralisação temporária das vendas à China. Após o retorno das
vendas, a China já se coloca como o principal país importador, embora com uma redução de market share. Deve-se
dizer, também, que a China reduziu as aquisições globais de carne bovina (Jan-jul), conforme estatísticas obtidas no site
chinês de estatísticas (stats.customs.gov.cn)
9
Estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (https://apps.fas.usda.gov/psdonline/)
10
A publicação Agromensal de Açúcar do CEPEA de agosto de 2023 faz menção a agosto último ter registrado um dos
meses mais seco na Índia desde 1901. Informa, também, que existe a possibilidade da Índia não exportar açúcar na sua
próxima temporada, que se inicia oficialmente me 1º de outubro.
agosto de 2022 para US$ 434,55 milhões em agosto de 2023 (+66,7%). Outros três mercados importaram
mais de US$ 100 milhões em agosto de 2023: Emirados Árabes Unidos (US$ 135,03 milhões; +1.759,2%);
Índia (US$ 112,26 milhões; +29,0%) e Arábia Saudita (US$ 104,87 milhões; +175,5%).
O setor sucroalcooleiro também exportou US$ 164,64 milhões de álcool (-21,7%). A Coreia do Sul é a
principal importadora de álcool do Brasil, tendo adquirido US$ 69,04 milhões em agosto de 2023 (+54,4%).
Os Estados Unidos importaram US$ 53,16 milhões (+12,9%), ficando na segunda posição.
Os produtos florestais aparecem na quinta posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio
brasileiro. O setor exportou US$ 1,10 bilhão em agosto de 2023 (-21,6%). Praticamente a metade desse
valor foi obtido com as vendas externas de celulose, que registraram US$ 547,03 milhões em exportações (-
21,2%). A celulose brasileira é tradicionalmente exportada para os principais países industriais do mundo:
China (US$ 252,12 milhões; +3,3% e participação de 46,1% nas exportações brasileiras); Estados Unidos (US$
108,65 milhões; +24,0% e participação de 19,9% nas exportações brasileiras) e União Europeia (US$ 91,64
milhões; -49,7% e participação de 16,8% nas exportações brasileiras). Além da celulose, o setor exportou
madeiras e suas obras (US$ 351,91 milhões; -24,4%) e papel (US$ 204,27 milhões; -17,8%).
As vendas externas dos cinco principais setores exportadores do agronegócio brasileiro foram acima
analisadas. Esses cinco setores responderam por 83,7% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do
agronegócio, demonstrando que há concentração das vendas nesses setores. É importante analisar,
também, o tamanho da concentração da pauta exportadora brasileira do agronegócio dentre os dez
principais produtos exportados. Em agosto de 2023, os dez principais produtos exportados foram: soja em
grãos (participação de 26,8% na pauta exportadora); milho (participação de 14,2% na pauta exportadora);
açúcar de cana em bruto (participação de 9,6% na pauta exportadora); farelo de soja (participação de 7,6%
na pauta exportadora); carne bovina in natura (participação de 5,3% na pauta exportadora); carne de frango
in natura (participação de 5,0% na pauta exportadora); café verde (participação de 4,2% na pauta
exportadora); celulose (participação de 3,5% na pauta exportadora); fumo não manufaturado (participação
de 1,8% na pauta exportadora); e açúcar refinado (participação de 1,8% na pauta exportadora). Estes dez
produtos acima apresentado foram responsáveis por praticamente 80% do valor exportado pelo Brasil em
produtos do agronegócio. No mesmo mês de agosto de 2022, os mesmos produtos responderam por 78% do
valor exportado.
Pela ótica das importações, o Brasil adquiriu US$ 1,46 bilhão em produtos do agronegócio (-13,0%) 11. Os dez
principais produtos importados pelo agronegócio brasileiro foram: papel (US$ 85,15 milhões; -10,4%); trigo
(US$ 82,78 milhões; -65,0%); salmões, frescos ou refrigerados (US$ 69,90 milhões; +3,5%); leite em pó (US$
63,70 milhões; -0,1%); vestuário e outros produtos têxteis (US$ 62,06 milhões; +17,2%); malte (US$ 61,71
milhões; -5,2%); arroz (US$ 60,19 milhões; +97,7%); azeite de oliva (US$ 55,55 milhões; +22,2%); milho (US$
44,12 milhões; -38,1%); e vinho (US$ 42,86 milhões; -5,0%).
11
É importante ressaltar que esse valor de importações não engloba insumos e bens de capital utilizados na produção
agropecuário, como fertilizantes, defensivos agrícolas, dentre outros.
I.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
A Ásia é a região geográfica que mais expandiu as aquisições de produtos do agronegócio brasileiro neste
século XXI. A participação do continente asiático era de 19,3% em agosto de 2001, subindo para 51,2% em
agosto 2023. Esta participação da Ásia só não é maior que a obtida em agosto de 2018, quando o continente
asiático teve participação de 53,3%. Por outro lado, a União Europeia, que era a maior importadora de
produtos do agronegócio brasileira no início do século XXI, obtendo participação de 33,0% em 2001, teve um
declínio da participação ao longo desses anos do século XXI, chegando a 12,9% de participação em agosto de
2023.
A Ásia importou US$ 8,00 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro em agosto de 2023, com
crescimento de 15,3% na comparação com os US$ 6,94 bilhões importados em agosto de 2022. Este
crescimento garantiu a participação de 51,2% que o continente obtive nas exportações brasileiras do
agronegócio. A Ásia é a maior importadora de inúmeros produtos comercializados pelo Brasil. Em agosto de
2023, cinco produtos tiveram registro de exportação para o continente asiático acima de US$ 500 milhões:
soja em grãos (US$ 3,40 bilhões; +12,2% e 81,2% de participação no valor exportado pelo Brasil do produto);
milho (US$ 1,16 bilhão; +282,4% e 52,6% de participação no valor exportado pelo Brasil do produto); açúcar
de cana em bruto (US$ 639,08 milhões; +24,3% e 42,4% de participação no valor exportado pelo Brasil do
produto); farelo de soja (US$ 630,73 milhões; +60,2% e 53,0% de participação no valor exportado pelo Brasil
do produto); e carne bovina in natura (US$ 560,18 milhões; -42,4% e 67,0% de participação no valor
exportado pelo Brasil do produto).
A União Europeia ocupa a segunda posição na relação de blocos da Tabela 2. O bloco econômico europeu
adquiriu US$ 2,01 bilhões de produtos do agronegócio brasileiro em agosto de 2023 (-10,9%). Os principais
produtos exportados para a União Europeia foram: farelo de soja (US$ 504,29 milhões; +10,6% e 42,4% de
participação no valor exportado pelo Brasil do produto); café verde (US$ 315,76 milhões; +22,4% e 48,3% de
participação no valor exportado pelo Brasil do produto); soja em grãos (US$ 261,06 milhões; +24,0% e 6,2%
de participação no valor exportado pelo Brasil do produto); fumo não manufaturado US$ 168,25 milhões;
+101,3% e 58,8% de participação no valor exportado pelo Brasil do produto); milho (US$ 130,10 milhões; -
74,0 e 5,9% de participação no valor exportado pelo Brasil do produto) e suco de laranja (US$ 115,69
milhões; +11,3% e 53,7% de participação no valor exportado pelo Brasil do produto).
I.c – Países
Os vinte principais países importadores de produtos do agronegócio brasileiro estão relacionados na Tabela
3, abaixo. Esses vinte países adquiriram 74,3% do valor total exportado pelo Brasil. Os demais mercados
diminuíram as importações de US$ 4,18 bilhões em agosto de 2022 para US$ 4,02 bilhões em agosto de
2023 (-3,7%).
Na mesma Tabela 3 é possível verificar que cinco mercados tiveram crescimento de participação nas
exportações brasileiras do agronegócio acima de 0,6 pontos percentuais: China (+3,4 pontos percentuais de
participação); Vietnã (+1,4 ponto percentual de participação); Emirados Árabes Unidos (+0,9 pontos
percentuais de participação); Turquia (+0,8 pontos percentuais de participação); e México (+0,7 pontos
percentuais de participação).
A China é o principal país importador de produtos do agronegócio brasileiro. As aquisições do país asiático
chegaram a US$ 5,31 bilhões em agosto de 2023 ou o equivalente a 34,0% do valor total exportado pelo
Brasil em produtos do agronegócio. Nesse mês de agosto de 2023, dois produtos se destacaram pelo
crescimento das exportações à China: soja em grãos (US$ 3,15 bilhões; +15,6% ou + US$ 425,02 milhões em
valores absolutos) e milho (US$ 546,58 milhões; o valor é quase idêntico ao acréscimo do valor absoluto
exportado pois praticamente não houve exportação de milho à China em agosto de 2022).
Os Emirados Árabes Unidos foram outro mercado que praticamente duplicaram as importações de produtos
do agronegócio brasileiro em agosto de 2023, com aquisições de US$ 314,96 milhões (+99,1%). O
crescimento das exportações aos Emirados Árabes Unidos ocorre em função, principalmente, do incremento
das exportações de açúcar, que atingiram US$ 135,03 milhões (+1.759,2%). O aumento das exportações de
açúcar em valores absolutos foi de US$ 127,77 milhões.
A Turquia é um terceiro país que também duplicou as compras na comparação entre agosto de 2022 e
agosto último. Em agosto de 2023, as importações da Turquia foram de US$ 258,12 milhões (+103,8%). Dois
produtos explicam grande parte desse aumento das vendas à Turquia: bovinos vivos (US$ 81,90 milhões; a
Turquia não importou bovinos vivos em agosto de 2022) e soja em grãos (US$ 82,26 milhões; +31,1% ou
+US$ 19,53 milhões em valores absolutos).
Por fim, o México também registrou aumento expressivo das importações, que cresceram 62,7% e atingiram
US$ 339,72 milhões. O crescimento das exportações de milho (US$ 121,98 milhões; +82,0%) e soja em grãos
(US$ 63,89 milhões; +932,2%) explicam a maior parte da expansão das exportações ao México.
Entre janeiro e agosto de 2023 as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 112,68 bilhões, cifra
recorde que representou um crescimento de 4,2% em relação aos US$ 108,16 bilhões exportados no mesmo
período em 2022. Esse crescimento se deu somente em função da expansão no índice de quantum (+9,9%),
uma vez que o índice de preços caiu 5,2%. O aumento nas vendas de soja em grãos, açúcar de cana em bruto
e milho foi o que mais contribuiu para o desempenho positivo observado em termos de valor. Em conjunto
os três produtos registraram US$ 6,93 bilhões em crescimento. Por outro lado, houve queda de US$ 3,03
bilhões nas vendas externas de café verde e carne bovina in natura, em conjunto, restringindo a
contribuição dos três produtos mencionados para o crescimento das exportações brasileiras do agronegócio.
O agronegócio representou 50,2% do total das vendas externas do Brasil em 2023 (janeiro a agosto),
enquanto nos mesmos meses em 2022 a participação havia sido de 48,1%. Os demais produtos registraram
4,0% de queda nas exportações, de modo que o agronegócio foi o setor que contribuiu para amenizar a
queda de 0,1% observada nas exportações totais do país.
As importações do setor foram de US$ 11,17 bilhões, ou seja, 1,0% inferior ao período janeiro a agosto de
2022, quando haviam registrado US$ 11,28 bilhões. Os produtos agropecuários representaram somente
6,9% das aquisições totais brasileiras no ano.
Os setores do agronegócio que mais contribuíram para o crescimento das exportações foram: complexo soja
+US$ 3,53 bilhões); complexo sucroalcooleiro (+US$ 2,58 bilhões); cereais, farinhas e preparações (+1,73
bilhão); fumo e seus produtos (+US$ 391,13 milhões) e demais produtos de origem animal (+US$ 269,71
milhões).
Em relação ao valor exportado destacaram-se: complexo soja (US$ 52,32 bilhões e 46,4% do total); carnes
(US$ 15,67 bilhões e 13,9% do total); produtos florestais (US$ 9,89 bilhões e 8,8% do total); complexo
sucroalcooleiro (US$ 9,61 bilhões e 8,5% do total) e cereais, farinhas e preparações (US$ 8,21 bilhões e 7,3%
do total). Em conjunto, os cinco setores destacados representaram 84,9% das vendas externas do
agronegócio brasileiro entre janeiro e agosto de 2023. No ano anterior os cinco principais setores haviam
representado 83,7%, o que indica um aumento na concentração da pauta exportadora brasileira em 2023,
principalmente em torno do complexo soja, que ganhou mais de 1 ponto percentual de participação.
O complexo soja, principal setor exportador do agro brasileiro, registrou crescimento de 7,2% das
exportações, somando US$ 52,32 bilhões. A soja em grão é o principal produto do setor (80,9% das vendas
externas do complexo), tendo registrado US$ 42,31 bilhões, recorde histórico para o período. A quantidade
embarcada também foi recorde, com 80,85 milhões de toneladas. Na comparação com 2022 houve
crescimento de 8,6% em valor, decorrente da expansão do quantum em 21,6%, uma vez que o preço médio
do produto caiu 10,8%. A safra prevista pela CONAB para a soja é de 154,62 milhões de toneladas para o
período 2022/2312. As exportações brasileiras equivalem a 52,3% desse montante. A China foi responsável
por 70,1% das exportações do grão brasileiro, somando US$ 29,65 bilhões (+12,7%) e 56,69 milhões de
toneladas (+26,8%). Além da China, as vendas para a Argentina também contribuíram expressivamente para
o crescimento das exportações de soja do Brasil, com US$ 1,70 bilhão a mais do que foi observado em 2022.
Assim como a soja em grãos, o farelo de soja registrou recordes em valor e quantidade exportados: US$ 7,96
bilhões (+12,1% sobre 2022) e 15,34 milhões de toneladas (+9,1% sobre 2022). Contudo, no caso do farelo o
preço também teve crescimento, passando de US$ 505 para US$ 519 (+2,7%). Os principais destinos do
produto foram: União Europeia (US$ 3,67 bilhões, +19,5%); Tailândia (US$ 1,27 bilhão, +30,3%); Indonésia
(US$ 1,22 bilhão, +17,7%); Vietnã (US$ 537,95 milhões, -14,6%) e Coreia do Sul (US$ 421,67 milhões, -2,8%).
As exportações de óleo de soja somaram US$ 2,05 bilhões, o que representou uma queda de 24,3% na
12
Fonte: CONAB. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras
comparação com o ano prévio. Tal queda reflete a redução no preço médio (-31,8%), que não foi capaz de
compensar o embarque recorde de quantidade (1,88 milhão de toneladas, ou +11,0%).
As carnes ocuparam a segunda posição no ranking de setores, com US$ 15,67 bilhões. A carne de frango
representou 43,0% desse valor (US$ 6,73 bilhões), enquanto a carne bovina foi responsável por 42,4% (US$
6,65 bilhões) e a carne suína por 12,1% (US$ 1,90 bilhão). As exportações de carne de frango in natura
somaram US$ 6,47 bilhões e 3,34 milhões de toneladas, recordes para a série histórica. O mercado chinês foi
o principal responsável por esse desempenho, com US$ 1,19 bilhão e aumento de US$ 325,20 milhões em
aquisições da proteína brasileira (+37,4%). O país também foi o principal destino do produto, com share de
18,5% sobre o total das vendas. Em seguida destacaram-se: Japão (US$ 662,86 milhões e 10,2% do total);
Emirados Árabes Unidos (US$ 603,19 milhões e 9,3%); Arábia Saudita (US$ 576,84 milhões e 8,9%) e União
Europeia (US$ 332,58 milhões e 5,1%). As exportações de carne bovina somaram US$ 6,65 bilhões, uma
redução de 24,0% na comparação com o ano anterior. Foram exportados 25,2% a menos de carne bovina in
natura pelo Brasil, em função não apenas da redução da quantidade embarcada (-5,4%), mas principalmente
do preço médio (-21,0%). A China foi o principal destino da proteína brasileira, tendo adquirido 3,56 bilhões
entre janeiro e agosto de 2023, ou 59,9% do total exportado pelo Brasil (-32,9% em valor).
A queda dos preços internacionais também motivou a retração das importações chinesas do mundo como
um todo. De acordo com dados oficiais do país, entre janeiro e julho houve queda de 13,5% das aquisições
chinesas de carne bovina in natura do mundo, porém o Brasil obteve ganho de participação no mercado em
comparação com o ano anterior (37,4% entre janeiro e julho de 2022 para 38,9% entre janeiro e julho de
2023). Isso se deu porque a queda nas importações chinesas de carne bovina do Brasil foi inferior à queda
para outros mercados, como o Uruguai, por exemplo 13.
Por fim, as exportações de carne Suína in natura somaram US$ 1,79 bilhão (+19,5%) e 720,11 mil toneladas
(+10,5%), que foram recordes na série histórica para o período janeiro a agosto. A China também foi o
principal destino tendo adquirido 37,3% das vendas brasileiras, ou US$ 667,95 milhões. Outros destinos
importantes para a carne suína in natura foram: Filipinas (US$ 176,71 milhões); Hong Kong (US$ 161,83
milhões); Chile (US$ 131,32 milhões) e Cingapura (US$ 115,34 milhões).
Em seguida destacaram-se os produtos florestais, cujas exportações alcançaram US$ 9,89 bilhões. Na
comparação com 2022 houve queda de 10,7% nas vendas externas, em função da redução nas vendas de
madeiras e suas obras (-30,7%) e papel (-13,7%). A celulose, por sua vez registrou crescimento de 5,6% em
valor, somando US$ 5,51 bilhões. A quantidade embarcada do produto foi recorde, alcançando 12,84
milhões de toneladas. Os principais destinos do produto foram: China (US$ 2,57 bilhões, +30,7% sobre 2022
e 46,5% do total); União Europeia (US$ 1,13 bilhão, -21,7% sobre 2022 e 20,4% do total) e Estados Unidos
(US$ 895,39 milhões, +20,7% e 16,2% do total).
As exportações do complexo sucroalcooleiro somaram US$ 9,61 bilhões, dos quais o açúcar representou
89,3% (US$ 8,58 bilhões). O valor exportado de açúcar de cana em bruto foi recorde: US$ 7,31 bilhões. A
cifra exportada para o mercado chinês foi de US$ 771,99 milhões, o que representou encolhimento de 13,2%
em relação a 2022. A queda para a China foi compensada principalmente pelo crescimento das vendas para:
Índia (+US$ 360,13 milhões); Arábia Saudita (+US$ 352,87 milhões); Bangladesh (+US$ 205,95 milhões);
Iraque (+US$ 193,85 milhões); União Europeia (+US$ 173,87 milhões); Estados Unidos (+US$ 145,01 milhões)
e Marrocos (+US$ 125,80 milhões). Além da China houve queda expressiva para o Irã (-US$ 207,54 milhões)
13
Fonte: General Administration of Customs of the Peolple’s Republic of China. Disponível em:
http://stats.customs.gov.cn/indexEn
e Rússia (-US$ 198,42 milhões). As exportações de álcool foram de US$ 1,02 bilhão (+14,5%). O crescimento
em valor se deu pela expansão no quantum (+25,3%), uma vez que o preço médio caiu 8,6%.
Por fim, destacou-se o setor de cereais, farinhas e preparações, cujas vendas externas somaram US$ 8,21
bilhões. Desse montante, 80,4% correspondeu às vendas de milho, que alcançou a cifra recorde de US$ 6,60
bilhões. A quantidade embarcada também foi recorde: 25,22 milhões de toneladas. Na comparação com o
ano anterior o crescimento foi de 33,8% em valor e 41,4% em quantidade. O aumento da quantidade foi
determinante para esse resultado nas vendas externas do grão, compensando o preço médio, que caiu 5,4%.
Assim como ocorreu com a soja em grãos, a safra recorde prevista pela CONAB para esse cereal em 131,87
milhões de toneladas possibilitou maior excedente para exportação 14. A China se tornou o principal destino
do milho brasileiro, tendo adquirido US$ 1,12 bilhão e 4,60 milhões de toneladas. O valor exportado pelo
Brasil ao mercado chinês representou 17,0% do total e consiste em uma evolução expressiva na série
histórica, visto que o país não era um grande parceiro do Brasil para o milho até 2022. O Japão foi o segundo
destino, com US$ 895,97 milhões ou 13,6% do total (+157,7%). Outros mercados importantes para o milho
brasileiro em 2023 foram: Vietnã (US$ 544,29 milhões e +553% sobre 2022); Coreia do Sul (US$ 513,49
milhões e +131,3%); Colômbia (US$ 420,24 milhões e +32,9%); Irã (US$ 389,26 milhões e -66,3%); Taiwan
(US$ 321,12 milhões e +101,7%) e União Europeia (US$ 305,18 milhões e -69,1%). Entre os oito principais
destinos do milho somente o Irã e a União Europeia não registraram crescimento nas aquisições.
Cabe ressaltar ainda outros produtos que não se encontram entre os cinco setores acima mencionados, mas
que alcançaram recordes em vendas externas: sucos de laranja em quantidade (1,75 milhão de toneladas),
café solúvel em valor (US$ 455,05 milhões) e arroz em valor (US$ 450,93 milhões).
Em relação às importações, os principais produtos do agronegócio adquiridos pelo Brasil foram: trigo (US$
913,11 milhões, -38,0%); papel (US$ 601,11 milhões, +5,0%); malte (US$ 540,45 milhões, +15,5%); salmões
frescos ou refrigerados (US$ 528,10 milhões, +4,5%); leite em pó (US$ 509,00 milhões, +167,1%); vestuários
e produtos têxteis de algodão (US$ 428,02 milhões, +24,1%); óleo de dendê ou de palma (US$ 372,00
milhões, -34,6%); azeite de oliva (US$ 357,65 milhões, +8,2%); arroz (US$ 346,88 milhões, +52,1%) e vinho
(US$ 297,70 milhões, -1,4%).
14
Fonte: CONAB. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras
II.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
No que se refere aos blocos econômicos e regiões geográficas, a Ásia é o principal destaque, com US$ 59,97
bilhões em aquisições de produtos do agronegócio entre janeiro e agosto de 2023. Em relação ao mesmo
período em 2022 houve crescimento de 7,6% em valor, graças, principalmente, ao incremento nas vendas de
soja em grãos (+US$ 2,21 bilhões) e milho (+US$ 2,68 bilhões). Houve crescimento expressivo também nas
exportações brasileiras de açúcar de cana em bruto (+US$ 615,15 bilhões) e celulose (+US$ 568,84 milhões)
para a região asiática.
Em seguida se destaca o bloco da União Europeia, para o qual as vendas brasileiras registraram US$ 14,92
bilhões, ou seja, 12,4% a menos do que havia sido registrado no ano anterior. O share do bloco teve queda
de 2,5 pontos percentuais. A queda nas vendas de soja em grãos (-US$ 1,09 bilhão), café verde (-US$ 792,84
milhões), milho (-US$ 682,68 milhões) e celulose (-US$ 311,52 milhões) foi o principal fator para o resultado
negativo observado.
Observa-se que enquanto a queda nas exportações de milho brasileiro para o bloco europeu foi de 308,94
mil toneladas entre janeiro e junho de 2023, no mesmo período o bloco informa em seu site de estatísticas
um aumento de 2,86 milhões de toneladas de aumento nas aquisições de milho ucraniano 15.
15
Fonte: Eurostat. Disponível em: https://ec.europa.eu/eurostat/comext/newxtweb/
II.c – Países
A China, principal destino do agro brasileiro, registrou participação de 36,5% no total das vendas do setor em
2023 (janeiro a agosto). Foram exportados US$ 41,18 bilhões, o que representa um crescimento de 9,4% em
valor. O aumento nas vendas de soja em grãos (+US$ 3,35 bilhões), milho (+US$ 1,12 bilhão), celulose (+US$
602,87 milhões) e carne de frango in natura (+US$ 325,20 milhões) foi o que mais contribuiu para esse
resultado. Por outro lado, cabe registrar a queda de US$ 1,74 bilhão nas exportações de carne bovina in
natura para o mercado chinês.
Além da China (+US$ 3,55 bilhões), os países que mais contribuíram para o incremento nas exportações do
agronegócio brasileiro em 2023 foram: Argentina (+US$ 1,60 bilhão); México (+US$ 770,79 milhões); Iraque
(+US$ 561,47 milhões) e Japão (+US$ 460,10 milhões). No caso da Argentina, o aumento nas exportações de
sojas em grãos (+US$ 1,70 bilhão), em decorrência da seca que atingiu o país, foi o fator determinante para
esse resultado.
III – Resultados de Setembro de 2022 a Agosto de 2023 (Acumulado 12 meses)
Nos últimos doze meses, entre setembro de 2022 e agosto de 2023, as exportações do agronegócio
brasileiro alcançaram a cifra de US$ 163,39 bilhões, o que representou incremento de 12,5% em
comparação aos US$ 145,27 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores. Com esses
valores, as exportações do agronegócio representaram 48,9% do total exportado no período, participação
superior à verificada entre setembro de 2021 e agosto de 2022 (45,9%). Pelo lado das importações, entre
setembro de 2022 e agosto de 2023, registrou-se um total de US$ 17,13 bilhões, ante US$ 16,82 bilhões
adquiridos entre setembro de 2021 e agosto de 2022, o que significou elevação de 1,8% na comparação
entre períodos. Como resultado, a balança comercial do agronegócio no acumulado dos últimos doze meses
apresentou superávit de US$ 146,26 bilhões. No entanto, cabe destacar que, no conceito utilizado, não
constam os valores de diversos insumos importados utilizados na agropecuária nacional, tais como
máquinas, equipamentos, defensivos, fertilizantes e combustíveis.
Os cinco principais setores do agronegócio brasileiro em valor exportado entre setembro de 2022 e agosto
de 2023 foram: complexo soja, com vendas externas de US$ 64,35 bilhões e participação de 39,4%; as
carnes, com US$ 24,19 bilhões e 14,8%; cereais, farinhas e preparações, com exportações de US$ 16,10
bilhões e participação de 9,9%; produtos florestais, com US$ 15,30 bilhões e 9,4%; e complexo
sucroalcooleiro, com exportações totais de US$ 15,35 bilhões e participação de 9,4%.
Em conjunto, os cinco setores foram responsáveis por 82,8% de todas as exportações do agronegócio
brasileiro nos últimos doze meses, participação superior à verificada com os cinco principais setores
exportadores nos 12 meses imediatamente precedentes (81,6%).
Como já mencionado, o complexo soja foi o principal setor do agronegócio brasileiro, em valor exportado,
entre setembro de 2022 e agosto de 2023, com vendas externas de US$ 64,35 bilhões e 117,53 milhões de
toneladas comercializadas, o que significou incremento de 9,6% e de 15,5%, respectivamente. O principal
produto exportado pelo segmento foi a soja em grãos, com a soma recorde de US$ 49,89 bilhões e aumento
de 8,9% em comparação aos US$ 45,82 bilhões negociados nos doze meses imediatamente anteriores. Em
quantidade, verificou-se igualmente recorde, com 93,11 milhões de toneladas embarcadas, o que
representou elevação de 16,6% ante o período anterior (79,88 milhões de toneladas). Já o preço médio do
produto brasileiro vendido no mercado internacional caiu 6,6% no período, totalizando US$ 536 por
tonelada. Os principais mercados a aumentarem as suas compras da oleaginosa brasileira nos últimos doze
meses foram a China (+US$ 3,51 bilhões) e a Argentina (+US$ 1,71 bilhão), que, em conjunto, ultrapassaram
o incremento total verificado entre os dois períodos (+US$ 4,07 bilhões).
As vendas externas de farelo de soja alcançaram a soma recorde de US$ 11,20 bilhões, com aumento de
6,9% em função da elevação do preço médio (+7,9%) e da quantidade recorde comercializada (21,64 milhões
de toneladas, +10,3%) nos últimos doze meses. Os destinos que mais contribuíram para o incremento das
exportações em valor absoluto foram: União Europeia (+US$ 1,03 bilhão), Indonésia (+US$ 483,58 milhões) e
Tailândia (+US$ 461,81 milhões). Já as exportações de óleo de soja somaram US$ 3,27 bilhões (-6,7%), para
um total de 2,78 milhões de toneladas comercializadas (+21,3%) a um preço médio de US$ 1.175 por
tonelada (-23,1%). Os principais compradores do óleo de soja em bruto do Brasil no período foram: Índia,
com US$ 1,88 bilhão e 62,9% de participação; China, com US$ 313,42 milhões e 10,5% de participação;
Bangladesh, com US$ 292,58 milhões e 9,8% de participação; e Argélia, com US$ 144,41 milhões e 4,8% de
participação.
O setor de carnes foi o segundo colocado entre os maiores exportadores do agronegócio brasileiro nos
últimos doze meses, com a cifra de US$ 24,19 bilhões e participação de 14,8% de todas as exportações
agropecuárias brasileiras no período. O crescimento observado foi resultado do incremento de 6,1% na
quantidade comercializada, tendo em vista que a cotação média dos produtos do setor caiu 4,4% entre
setembro de 2022 e agosto de 2023.
O principal destaque foi a carne bovina, cujas vendas externas totalizaram US$ 10,86 bilhões (-7,1%). O
volume negociado da mercadoria cresceu 7,5%, atingindo 2,20 milhões de toneladas, e o preço médio
decresceu 13,6%, alcançando US$ 4.937 por tonelada. O principal destino da carne bovina in natura
brasileira entre setembro de 2022 e agosto de 2023 foi a China, com a soma de US$ 6,21 bilhões e market
share de 63,3%. Nos últimos doze meses, a China aumentou as compras de carne bovina in natura brasileira
em US$ 123 milhões e quase 270 mil toneladas.
Em seguida destacaram-se as vendas de carne de frango, com o montante de US$ 9,87 bilhões (+8,6%) para
um total de 4,92 milhões de toneladas (+5,4%) e alta do preço médio no período de 3,0%. Os principais
mercados compradores de carne de frango in natura do Brasil nos últimos doze meses foram: China (US$
1,67 bilhão, +27,7%), Japão (US$ 998,09 milhões, +5,2%), Emirados Árabes Unidos (US$ 875,70 milhões, -
11,7%), Arábia Saudita (US$ 838,64 milhões, +12,5%) e União Europeia (US$ 500,54 milhões, +5,5%). Já as
exportações de carne suína totalizaram US$ 2,85 bilhões entre setembro de 2022 e agosto de 2023. O
aumento de 18,1% no valor exportado foi resultado do incremento de 9,2% no volume negociado e
crescimento de 8,2% na cotação média do produto brasileiro negociado no mercado internacional.
O terceiro principal setor do agronegócio nos últimos doze meses, em valor de exportação, foi o de cereais,
farinhas e preparações, com a soma de US$ 16,10 bilhões (+76,8%). Pouco mais de 85% dessa receita foi
alcançada por meio das vendas externas de milho, que totalizaram US$ 13,74 bilhões nos últimos doze
meses (+94,4%). A expansão do volume comercializado do grão (+78,8%) foi o principal fator responsável
pela alta da receita, em conjunto com a variação positiva de 8,7% no preço médio. Os principais destinos do
milho brasileiro foram: Japão (US$ 1,91 bilhão, +254,7%), União Europeia (US$ 1,58 bilhão, +24,8%), China
(US$ 1,45 bilhão), Irã (US$ 1,24 bilhão, -18,6%), Vietnã (US$ 941,49 milhões, +466,8%) e Coreia do Sul (US$
929,71 milhões, +160,5%).
Na quarta posição, o setor sucroalcooleiro alcançou montante exportado de US$ 15,35 bilhões (+42,2%),
resultado da elevação de 19,7% na quantidade negociada dos produtos do setor e da alta de 18,9% do preço
médio no período. O açúcar foi o principal produto comercializado nos últimos doze meses, com vendas de
US$ 13,46 bilhões e aumento de 42,1% em relação aos valores de setembro de 2021 e agosto de 2022 (US$
9,47 bilhões). A quantidade negociada cresceu 18,2% no período, atingindo 29,52 milhões de toneladas, com
o preço do produto apresentando alta de 20,3% (US$ 456 por tonelada). Os maiores incrementos em
quantidade foram verificados nos seguintes mercados: Índia (+819,70 mil toneladas), Arábia Saudita
(+812,54 mil toneladas), União Europeia (+718,52 mil toneladas), Indonésia (+480,84 mil toneladas) e Iraque
(+409,14 mil toneladas). Já as exportações de álcool totalizaram US$ 1,87 bilhão, com incremento de 43,7%
em virtude da elevação de 46,3% no volume comercializado do produto (2,19 milhões de toneladas), uma
vez que a cotação média caiu 1,8% nos últimos doze meses.
Completando os cinco principais setores do agronegócio entre setembro de 2022 e agosto de 2023,
apareceram os produtos florestais, com a cifra de US$ 15,30 bilhões e retração de 4,8% em relação aos
valores registrados entre setembro de 2021 e agosto de 2022 (US$ 16,07 bilhões), resultado do decréscimo
de 0,6% no quantum comercializado e de 4,2% no preço médio dos produtos do setor. O principal produto
exportado pelo segmento foi a celulose, com US$ 8,68 bilhões (+14,2%) para um volume comercializado de
20,09 milhões de toneladas (+11,7%) a um preço médio de US$ 432 por tonelada (+2,3%). Os três principais
compradores da celulose brasileira concentraram mais de 82% das vendas nos últimos doze meses: China,
com US$ 3,93 bilhões e 45,3% de participação; União Europeia, com US$ 1,89 bilhão e 21,8% de
participação; e Estados Unidos, com US$ 1,32 bilhões e 15,2% de market share. A queda nas vendas externas
de madeiras e suas obras foi determinante para a diminuição da receita auferida pelo setor de produtos
florestais. Tais exportações caíram de US$ 5,84 bilhões entre setembro de 2021 e agosto de 2022 para a cifra
de US$ 4,17 bilhões entre setembro de 2022 e agosto de 2023 (-28,7%). O volume negociado encolheu no
período, totalizando 8,38 milhões de toneladas (-18,3%), assim como a cotação média dos produtos, que
caiu 12,7%. Já as exportações de papel alcançaram o valor de US$ 2,45 bilhão (-6,6%) em função da retração
de 16,1% na quantidade embarcada, enquanto o preço médio subiu 11,4%.
No que tange às importações do agronegócio entre setembro de 2022 e agosto de 2023, totalizaram US$
17,13 bilhões e cresceram 1,8% em comparação aos doze meses imediatamente precedentes. Os produtos
que se destacaram foram: trigo (US$ 1,49 bilhão e -24,4%); papel (US$ 936,01 milhões e +8,4%); malte (US$
811,38 milhões e +18,7%); salmões frescos ou refrigerados (US$ 768,86 milhões e +4,9%); leite em pó (US$
758,76 milhões e +182,3%); vestuário e outros produtos têxteis de algodão (US$ 609,56 milhões e +19,8%);
óleo de palma (US$ 601,72 milhões e -30,2%); azeite de oliva (US$ 567,78 milhões e +18,3%); arroz (US$
466,69 milhões e +50,8%); e vinho (US$ 456,56 milhões e -3,4%).
III.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
No que se refere às exportações do agronegócio por blocos econômicos e regiões geográficas, a Ásia
permanece como principal destino brasileiro, com a soma de US$ 83,09 bilhões e crescimento de 15,6% em
comparação aos valores registrados entre setembro de 2021 e agosto de 2022 (US$ 71,90 bilhões). Os
principais produtos da pauta exportadora agropecuária brasileira para o continente asiático nos últimos doze
meses foram: soja em grãos (US$ 38,88 bilhões, +6,5%); carne bovina in natura (US$ 6,78 bilhões, -1,5%);
milho (US$ 6,29 bilhões, +315,5%); farelo de soja (US$ 5,10 bilhões, +16,5%); celulose (US$ 4,54 bilhões,
+29,2%); açúcar de cana em bruto (US$ 3,87 bilhões, +49,4%); carne de frango in natura (US$ 3,87 bilhões,
+15,2%); óleo de soja em bruto (US$ 2,63 bilhões, -4,2%); e algodão não cardado nem penteado (US$ 2,55
bilhões, -7,3%). Em consequência do crescimento registrado, a participação do continente asiático nas
exportações do agronegócio brasileiro subiu de 49,5% para 50,9% nos últimos doze meses.
O segundo principal parceiro da agropecuária nacional foi a União Europeia, com vendas externas de US$
23,43 bilhões e expansão de 3,2% em relação ao período compreendido entre setembro de 2021 e agosto de
2022 (US$ 22,71 bilhões). Com o crescimento dos valores adquiridos em produtos agropecuários abaixo da
média do período, a participação do bloco europeu nas exportações brasileiras caiu, de 15,6% para 14,3%.
Os principais produtos do agronegócio brasileiro a entrarem no mercado europeu no período foram: farelo
de soja (US$ 5,24 bilhões, +24,5%); café verde (US$ 3,58 bilhões, -9,0%); soja em grãos (US$ 3,08 bilhões, -
27,1%); celulose (US$ 1,89 bilhão, -6,5%); milho (US$ 1,58 bilhão, +24,8%); suco de laranja (US$ 1,16 bilhão,
+6,2%); e fumo não manufaturado (US$ 1,11 bilhão, +65,0%).
Os outros destaques no acumulado dos últimos doze meses, conforme observado na Tabela 8, foram os
países do Mercosul, com aumento de 39,8% nas vendas agropecuárias brasileiras (US$ 6,23 bilhões), a
ALADI, com exportações de US$ 8,49 bilhões e incremento de 30,8%, e os países da África, com crescimento
de 11,3% e vendas externas de US$ 9,74 bilhões.
III.c – Países
No que tange às exportações do agronegócio brasileiro por países de destino nos últimos doze meses, a
China permanece como destaque, adquirindo quase um terço de tudo que foi exportado pelo setor. Com
vendas externas de US$ 54,27 bilhões e incremento de 15,5% sobre os valores dos doze meses
imediatamente anteriores, a participação chinesa cresceu de 32,3% para 33,2%.
O principal produto agropecuário brasileiro exportado para o mercado chinês entre setembro de 2022 e
agosto de 2023 foi a soja em grãos, com o montante de US$ 35,13 bilhões, representando 64,7% das vendas
do agronegócio brasileiro para esse mercado. Em volume, foram 65,59 milhões de toneladas exportadas
para a China, o que significou expansão de 19,0% em relação ao período anterior e participação de 70,4% do
total das exportações brasileiras do grão para o mundo (93,11 milhões de toneladas).
O segundo principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro nos últimos doze meses foram os
Estados Unidos, com a soma de US$ 10,0 bilhões e diminuição de 4,1%, o que acarretou perda de
participação norte-americana de 7,2% para 6,1%. Os produtos que mais impactaram na queda das
exportações para o mercado norte-americano foram: madeira (-US$ 979,27 milhões), café verde (-US$
259,83 milhões), carne bovina in natura (-US$ 194,60 milhões) e carne bovina industrializada (-US$ 128,22
milhões).
Os Países Baixos ficaram na terceira posição em valor exportado, com US$ 5,44 bilhões e retração de 2,8%, o
que gerou perda de market share de 3,9% para 3,3%. Os produtos que mais contribuíram para a diminuição
das vendas para o parceiro europeu foram a soja em grãos, com perda de US$ 543,26 milhões nos últimos
doze meses, e a celulose, com variação negativa de US$ 134,23 milhões.
Os destaques quanto ao dinamismo das exportações entre setembro de 2022 e agosto de 2023 foram:
Argentina, com vendas externas de 3,47 bilhões e expansão de 85,9%, em virtude do crescimento de suas
aquisições de soja em grãos (+US$ 1,71 bilhão, +995%).
México, com US$ 3,02 bilhões e incremento de 66,6%, sobretudo em função do crescimento das vendas de
milho (+US$ 559,92 milhões), soja em grãos (+US$ 375,66 milhões e arroz (+US$ 139,67 milhões).
E Japão, com a soma de US$ 4,70 bilhões e elevação de 39,8%, com destaque para o aumento das compras
de milho, que saltaram de US$ 537,83 milhões entre setembro de 2021 e agosto de 2022 para US$ 1,91
bilhão entre setembro de 2022 e agosto de 2023 (+US$ 1,37 bilhão, +255%).
NOTA METODOLÓGICA
A classificação de produtos do agronegócio utilizada nesta nota foi atualizada de acordo com a Resolução
CAMEX Nº 125, de 15/12/2016, que alterou a Nomenclatura Comum do MERCOSUL – NCM para adaptá-la
em relação às modificações do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH-
2017), que estabelece um método internacional para a classificação de mercadorias.
A Balança Comercial do Agronegócio utiliza uma classificação dos produtos do agronegócio que reúne
3.074 NCM’s em 25 setores. Essa é a mesma classificação utilizada no Sistema de Estatísticas de Comércio
Exterior do Agronegócio Brasileiro, AGROSTAT BRASIL - base de dados on line que oferece uma visão
detalhada e atualizada das exportações e importações brasileiras do agronegócio. Mais informações da
metodologia e classificação podem ser consultadas no site: http://agrostat.agricultura.gov.br
MAPA/SCRI/DNAC/CGEA
15/09/2023