Matemática: Livro de Atividades
Matemática: Livro de Atividades
Matemática: Livro de Atividades
9o. ano
Volume 3
Livro de
atividades 7 Expressões algébricas e
equações do 2.o grau 2
8 Funções 16
9 Ângulos na
circunferência
circu
i u 28
©Shutters
tock/Khunt
apol
Livro do professor
7 Expressões algébricas
e equações do 2.° grau
Produtos notáveis
Algumas multiplicações de polinômios apresentam regularidade em seus resultados. As demonstrações
desses resultados podem ser de forma algébrica, aplicando a propriedade distributiva, ou de forma geométrica,
utilizando a decomposição de retângulo e o cálculo de área.
(a b) 2 a 2 2ab b 2
Algebricamente, temos:
(a b) 2 (a b) (a b)
(a b)2 a2 ab ba b 2
(a b)2 a2 2ab b2
a+b
a2 ab ab
b2
a b
Perceba que a área do quadrado maior é igual a (a + b) ⋅ (a + b) e que ele pode ser decomposto em figuras
menores de áreas a2, ab, ab e b2.
(a b) 2 a 2 2ab b 2
2 Livro de atividades
Algebricamente, temos:
(a b) 2 (a b) (a b)
b
b
a−b a−b b
a b
a−b
a−b b b
Note que o quadrado da diferença pode ser verificado usando o quadrado da soma.
Algebricamente, temos:
(a + b) ⋅ (a – b) = a ⋅ a – a ⋅ b + b ⋅ a – b ∙ b
(a + b) ⋅ (a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b) ⋅ (a – b) = a2 – b2
Fatoração
Fatorar um polinômio é escrevê-lo como um produto de dois ou mais polinômios. A fatoração de poli-
nômios é um recurso válido em diversos cálculos algébricos. Nesse momento, vamos usá-la para simplificar
expressões. Relembre alguns casos de fatoração.
ab + ac + ad a
b c d
ab ac ad
A área do novo retângulo é dada pela soma das áreas de cada um dos retângulos, ou seja, é igual a ab + ac + ad.
Note que o fator a aparece em todos os termos da adição. Dessa maneira, podemos colocá-lo em evidência
e dizemos que a é um fator comum.
Fator comum Fator comum em evidência
ab + ac + ad = a · (b + c + d)
Expressão não Expressão
fatorada fatorada
Agrupamento
Considere o retângulo ABCD a seguir e os demais retângulos destacados com as áreas indicadas.
A B
a ax ay
b bx by
D x y C
A área do retângulo ABCD pode ser obtida pela soma das áreas dos quatro retângulos menores que o com-
põem. Essa área é representada pelo polinômio ax + ay + bx + by. Podemos fatorar os termos desse polinômio
dois a dois, agrupando inicialmente os termos que apresentam os fatores comuns a e b.
ax + ay + bx + by = a ⋅ (x + y) + b ⋅ (x + y)
Em seguida, podemos colocar em evidência o fator comum x + y:
a ⋅ (x + y) + b ⋅ (x + y) = (x + y) ⋅ (a + b)
4 Livro de atividades
Diferença de dois quadrados
A expressão que indica a diferença de dois quadrados pode ser fatorada
como um produto da soma pela diferença de dois termos.
a2 – b2 = (a + b) · (a – b)
Chamamos de solução ou raiz da equação o número real que, ao ser substituído na incógnita, torna a
igualdade verdadeira.
Sobre o número de raízes de uma equação do 2.º grau, pode ocorrer um dos seguintes casos:
• apresentar duas raízes reais e diferentes;
• apresentar duas raízes reais e iguais;
• não apresentar raízes reais.
ax 2 c 0, a z 0
c
A equação pode ser reescrita como x 2 . Vamos dividir em casos.
a
• c = 0: nesse caso, temos que x2 = 0 e, portanto, a equação tem uma única solução (a solução nula, dada
por x = 0).
Atividades
Produtos notáveis
1. Desenvolva cada um dos produtos notáveis a seguir. 2
§ 1 ·
a) (x 7)
3 2
b) ¨ x 2y y 2 ¸
© 2 ¹
( x 3 )2 2 x 3 7 7 2 x 6 14 x 3 49 §1 · §1 ·
2
1
( x 2 y)2 2 x 2 y ¨ y 2 ¸ ¨ y 2 ¸ x 4 y 2 x 2y 3 y 4
©2 ¹ ©2 ¹ 4
6 Livro de atividades
c) (a 2 b)(a 2 b) e) (2abc 3ad)2
d) (3x 7)(3x 7) 2
f) § 3 xy 1 z ·
¨ ¸
©2 3 ¹
(3 x)2 7 2 9 x 2 49
2 2
§3 · §3 · §1 · § 1 · 9 2 2 1
¨ xy ¸ 2 ¨ xy ¸ ¨ z ¸ ¨ z ¸ x y xyz z 2
© 2 ¹ ©2 ¹ ©3 ¹ © 3 ¹ 4 9
2. Podemos usar produtos notáveis para facilitar alguns cálculos numéricos. Observe os exemplos e
utilize um procedimento semelhante para efetuar os cálculos solicitados.
(2 003)2 (2 000 3)2 2 000 2 2 2 000 3 32 4 000 000 12 000 9 4 012 009
(50)2 2 50 1 12 2 500 100 1 2 401 (7 000)2 2 7 000 7 7 2 49 000 000 98 000 49
49 098 049
f) (994) (1 000 6)
2 2
c) 51 49 (50 1) (50 1)
(1 000)2 2 1000 6 6 2 1000 000 12 000 36
(50)2 12 2 500 1 2 499
988 036
3. Nesta atividade, vamos conhecer um novo produto notável: o quadrado da soma de três termos.
(a b c) (a b c) (a b c) 2 a2 + b2 + c2 +
+ 2ab + 2ac + 2bc
Justificativa algébrica
Usando a propriedade associativa, a soma de três parcelas (a + b + c) pode ser realizada por etapas. Primei-
ramente, a soma (a + b) é considerada como um único termo. Veja como fazer isso e complete as lacunas.
Termine de desenvolver a relação acima elevando ao quadrado o primeiro termo, efetuando as multiplica-
ções no segundo e organizando as parcelas.
Utilizando a relação dada, encontre a expressão que representa o quadrado da soma dos três termos em
cada um dos itens a seguir.
a) (4 + 2t + t2)2
4 2 (2t) 2 (t 2 ) 2 2 4 2t 2 4 t 2 2 2t t 2
16 4 t 2 t 4 16t 8t 2 4 t 3 16 16t 12t 2 4 t 3 t 4
b) (a2 + ab + b2)2
(a 2 ) 2 (ab) 2 (b 2 ) 2 2a 2b 2 2a 3b 2ab 3
a 4 a 2b 2 b 4 2a 3b 2a 2b 2 2ab 3 a 4 2a 3b 3a 2b 2 2ab 3 b 4
c) (x + 2xy – y)2
x 2 (2 xy ) 2 ( y ) 2 2 x (2 xy ) 2 x ( y ) 2 (2 xy ) (y )
x 2 4 x 2 y 2 y 2 4 x 2 y 2 xy 4 xy 2 4 x 2 y 2 4 x 2 y 4 xy 2 x 2 y 2 2 xy
d) 1232
8 Livro de atividades
Fatoração
4. Fatore as expressões.
a) 4x 4y 2 6x 3y 3 8x 2y 4 2 x 2 y 2 (2 x 2 3 xy 4 y 2 )
d) x 3 3x 2y 2 6y 3 2xy x 2 ( x 3y 2 ) 2y (3y 2 x) ( x 2 2y )( x 3y 2 )
e) x 2 z x 3y xyz zx 2 z 2 ( x 2 z ) xy ( x 2 z ) z ( x 2 z ) (1 xy z )( x 2 z )
f) a 4b 6 9c 2 (a 2b 3 3c)(a 2b 3 3c)
g) 9a 4 b 4 (3a 2 b2 )(3a 2 b2 )
h) 25x 6 10x 3y y 2 (5 x 3 y )2
5. Dona Laura sempre foi uma excelente professora de Matemática. Até hoje ela ajuda sua neta Bia a estu-
dar para as provas. Ao final dos estudos, dona Laura propôs um desafio à sua neta. Veja o que ela disse:
©Shutterstock/Volodymyr Baleha
BIA, PENSEI EM DOIS NÚMEROS POSITIVOS.
A SOMA DOS QUADRADOS DE CADA UM
DESSES NÚMEROS É IGUAL A 53 E O
PRODUTO ENTRE ESSES NÚMEROS É IGUAL
A 14. QUAL A SOMA DESSES NÚMEROS? E
A DIFERENÇA? EM QUE NÚMEROS PENSEI?
Quais foram as respostas encontradas por Bia, sabendo que ela respondeu corretamente às per-
guntas da avó?
Se x e y são os números pensados por dona Laura, como a Sabemos que ( x y )2 x 2 y 2 2 xy. Assim:
soma dos quadrados de cada um desses números é 53 e o 53 14
produto entre eles é 14, temos que x 2 y 2 53 e xy = 14. ( x y)2 x2 y2 2 xy
Sabemos que ( x y )2 x 2 y 2 2 xy. Assim: ( x y )2 53 2 14
53 14
( x y)2 x2 y2 2 xy ( x y )2 25
Como x e y são números positivos, x – y = 5.
( x y )2 53 2 14
Dessa maneira, precisamos encontrar os valores de x e y tais
( x y )2 81 que x + y = 9 e x – y = 5. Note que x = 7 e y = 2 satisfazem as
duas equações simultaneamente.
Como x e y são números positivos, x + y = 9.
7. Ao terminar sua tarefa sobre fatoração, a caneta de João estourou e manchas de tinta cobriram par-
tes da tarefa. Ajude João a descobrir os termos que ficaram escondidos pelos borrões. Em cada um
dos itens, x e y são diferentes de zero e você deve encontrar os valores indicados.
Depois de determinar os valores de A, B e C, incentive os alunos a substituir os
y2
a) 4x 2 xy (2x A )2 resultados encontrados em cada item e a desenvolver os cálculos para confir-
16 mar que as igualdades são verdadeiras.
y2
4 x 2 xy (2 x A)2
16
y2
4 x 2 xy 4 x 2 4 xA A 2
16
4x 2 (2x)2 o O primeiro termo é 2x.
° 2
® y2 §y· y
° ¨ ¸ oA (segundo termo)
¯ 16 4
© ¹ 4
y 4 xy y
E como 2 2 x xy, temos A .
4 4 4
b) x 3y(3 2x y 2 ) 3x 3y B x 3y 3
x 3 y (3 2 x y 2 ) 3 x 3 y B x 3 y 3
3x 3y 2x 4 y x 3y 3 3x 3y B x 3y 3
Veja que o primeiro termo do lado esquerdo (3x3y) é igual ao primeiro termo do lado direito da igualdade. Isso também
acontece para o último termo (x3y3). Assim, para que a igualdade seja verdadeira, é preciso que:
2 x 4 y B
B 2x 4 y
10 Livro de atividades
c) x 2 z 2 C y 2 (xz y)2
x 2 z 2 C y 2 ( xz y )2
x 2 z 2 C y 2 x 2 z 2 2 xzy y 2
Veja que o primeiro termo do lado esquerdo é igual ao primeiro termo do lado direito da igualdade. Isso também acontece
para o último termo (y2). Assim, para que a igualdade seja verdadeira, é preciso que C = 2xzy.
8. Thiago, irmão mais velho de Guilherme, estava o ajudando com suas tarefas de casa. Ele pediu a
Guilherme que fatorasse os polinômios x 4 4x 3 5x 2 36x 36 e x3 + 8. Para facilitar, ele informou
que (x – 2)2 é um dos fatores do primeiro polinômio e que (x + 2) é um dos fatores do segundo
polinômio. Dessa forma, determine os valores de A e B em cada um dos itens a seguir para encontrar
as fatorações obtidas por Guilherme.
a) x 4 4x 3 5x 2 36x 36 (x 2)2 (x 2 Ax B)
b) x 3 8 (x 2)(x 2 Ax B)
x 3 8 ( x 2)( x 2 Ax B)
x 3 Ax 2 Bx 2 x 2 2Ax 2B
x 3 (A 2) x 2 (B 2A)xx 2B
Dessa maneira, comparando os coeficientes, temos que:
A 2 0 o A 2
®
¯B 2A 0 o B 4
Assim, x 3 8 ( x 2)( x 2 2 x 4).
4 x2 8x 4 x2 4 x 4 Se SIM:
4 x 8x 4 x 4 x 4 0
2 2
a=3 b = 12 c=0
3 x 12 x 0
2
A equação é completa?
Logo, a = 3, b = 12 e c = 0.
Considerar correto também se os alunos dividirem a equa- SIM. X NÃO.
ção por 3, obtendo x2 + 4x = 0 (a = 1, b = 4 e c = 0).
b) (x 1) (x 3) 0
2 2
12 Livro de atividades
e) ((x 3)(x 3))2 100
A equação é do 2º. grau?
(( x 3)(x 3))2 100 SIM. X NÃO.
( x 2 9)2 100
Se SIM:
x 4 18 x 2 81 100
x 4 18 x 2 19 0
a= b= c=
A equação não é do 2 º. grau. A equação é completa?
SIM. NÃO.
10. Resolver uma equação do 2 º. grau incompleta é bem simples. Mesmo nesses casos, podemos usar
a fórmula resolutiva de equações do 2 º. grau. Encontre as raízes das equações incompletas por dois
métodos, conforme indicado no exemplo a seguir.
x 2 7x 0
Método 1:
x 2 7x 0
x(x 7) 0
Para que o produto de dois números seja igual a zero, pelo menos um dos fatores tem que ser
nulo. Dessa maneira, x = 0 ou x + 7 = 0, ou seja, x = –7. Logo, as duas raízes são x1 = 0 e x2 = –7.
Método 2:
A equação pode ser reescrita como x 2 7x 0 0 . Dessa forma, a = 1, b = 7 e c = 0 e, assim,
' 72 4 1 0 49 t 0 . Portanto, a equação apresenta duas raízes, que são:
7 49 7 7 7 49 7 7
x1 0 x2 7
2 1 2 2 1 2
2x 2 5x 0
Método 1: Método 2:
11. Verifique se as equações abaixo têm raízes reais. Em caso afirmativo, encontre as raízes de cada equa-
ção de duas formas: por meio da fórmula resolutiva de equações do 2º. grau e utilizando o método
de completar quadrados.
a) x2 – 10x + 7 = 0
• Fórmula resolutiva de equações do 2.º grau • Método de completar quadrados
Os coeficientes da equação são a = 1, b = –10 e c = 7. Logo, x 2 10 x 7 ( x 2 (2 5) x 52 ) 52 7 0
' (10)2 4 1 7 100 28 72 ! 0 . Portanto, a equação Dessa forma, a equação equivalente é dada por
tem duas raízes reais, que são dadas por: ( x 5)2 18 0 .
(10) 72 10 6 2 Logo:
x1 53 2 x 5 r 18
2 1 2
x 5 r3 2
(10) 72 10 6 2
x2 53 2 x 5r3 2
2 1 2
Portanto, as raízes são x 1 5 3 2 e x 2 5 3 2 .
b) x2 + x + 1 = 0
c) 9x2 – 30x + 25 = 0
• Fórmula resolutiva de equações do 2.º grau
Os coeficientes da equação são a = 9, b = –30 e c = 25. Logo, ' (30)2 4 9 25 900 900 0 . Portanto, a equação tem uma
única raiz real, que é dupla e dada por:
(30) 0 30 5
x
29 18 3
• Método de completar quadrados
9 x 2 30 x 25 ((3 x)2 2 3 x 5 52 ) 52 25 0. Dessa forma, a equação equivalente é dada por (3 x 5)2 0 .
Logo:
3x 5 0
5
x
3
14 Livro de atividades
12. (OBMEP) No dia de seu aniversário em 2006, o avô de Júlia disse a ela: “Eu nas-
ci no ano x2 e completei x anos em 1980. Quantos anos eu completo hoje?”.
A resposta certa é:
a) 61 b) 64 c) 67 X d) 70 e) 72
A idade do avô de Júlia em 1980 era igual a 1980 – seu ano de nascimento. Isso pode ser escrito como x = 1980 – x2. Dessa forma,
precisamos resolver a seguinte equação do 2.º grau:
x2 + x – 1980 = 0
Utilizando a fórmula resolutiva para equações do 2.º grau, temos ' b2 4 ac 1 4 1980 7 921 892 e, portanto, as raízes
1r 89
são dadas por x . Como a idade é um valor positivo, temos que considerar a raiz positiva, que é igual a
2
1 89 88
x 44 . Dessa forma, podemos concluir que o avô de Júlia nasceu em 1980 – 44 = 1936. Logo, no ano de 2006,
2 2
ele fez 2006 – 1936 = 70 anos.
13. (OBMEP) Márcia cortou quatro tiras retangulares de mesma largura, cada uma de um
dos lados de uma folha de papel medindo 30 cm por 40 cm. O pedaço de papel que
sobrou tem 68% da área da folha original. Qual é a largura das tiras?
a) 1 cm b) 2 cm X c) 3 cm d) 4 cm e) 5 cm
Sendo x a largura das tiras retangulares, as dimensões do pa- Utilizando a fórmula resolutiva para equações do 2.º grau, te-
pel depois de realizar o corte das tiras passam a ser 40 – 2x mos que as raízes dessa equação são:
e 30 – 2x. Como o pedaço de papel que sobrou tem 68% da
35 r (35)2 4 1 96 35 29
área da folha original, que é igual a 40 cm · 30 cm, temos a x
2 1 x1
seguinte equação a ser resolvida: 2
(40 2 x) (30 2 x) 0 , 68 40 30 35 r 1 225 384 35 29
x x2
4 x 2 140 x 1 200 816 2 2
35 r 841 64 6
4 x 2 140 x 384 (y 4 ) x x1 32 e x 2 3
2 2 2
x 2 35 x 96 0
Contudo, note que a medida 32 cm não convém. Logo, as ti-
ras têm largura de 3 cm.
14. (OBMEP) Joãozinho inventou uma operação matemática com números inteiros, para a qual ele usa
o sinal ∗. Ela funciona assim:
a ∗ b = (a + 1) × (b − 1)
Por exemplo, 3 ∗ 5 = (3 + 1) × (5 − 1) = 16. Se a e b são inteiros positivos tais que a ∗ b = 24 e
b ∗ a = 30, quanto vale a + b?
X a) 11 b) 12 c) 15 d) 16 e) 18
Pelas informações do enunciado, temos: Substituindo na primeira equação encontrada:
a * b = (a + 1) × (b – 1) = ab + b – a – 1 = 24 e (b 3)b 28
b * a = (b + 1) × (a – 1) = ab + a – b – 1 = 30 b2 3b 28 0
Temos, assim, as seguintes equações: Utilizando a fórmula resolutiva de equações do 2.º grau, en-
ab + b – a = 25 contramos –7 e 4 como raízes da equação anterior. Observe:
ab + a – b = 31
3 r 9 4 1 (28)
Ao somarmos as duas equações, obtemos: b
ab b a 25 2 1
ab a b 31
Logo, ab = 28. 3 r 121
b
2
2ab 56
Ao subtrairmos as duas equações, obtemos: 3 r 11
b o b1 4 e b2 7
ab a b 31 2
Logo, a – b = 3 e, portanto, a = b + 3. De acordo com o enunciado da questão, como a e b são nú-
ab b a 25 meros positivos, temos que b = 4 e, portanto, a = 4 + 3 = 7.
2a 2b 6 Logo, a + b = 7 + 4 = 11.
Toda função que puder ser escrita na forma y = ax + b é chamada de função afim
ou função polinomial do 1.º grau, sendo a e b números reais, com a ≠ 0.
As grandezas x e y representadas em uma função linear são proporcionais. Isso significa que as razões
y
entre os valores das duas grandezas são iguais, isto é, para todo x ≠ 0 e ao seu y associado temos a, em que
x
a é uma constante não nula.
Para ampliar a compreensão de uma função, é importante perceber como mudanças na variável indepen-
dente x repercutem na variável dependente y. Isso fica mais fácil de ser compreendido quando observamos
o gráfico da função.
Para traçar o gráfico de uma função, usamos o sistema de coordenadas cartesianas, no qual um ponto do pla-
no é representado por duas coordenadas (x, y). A primeira coordenada é chamada de abscissa e está associada
à variável independente x; a segunda coordenada é a ordenada e está associada à variável dependente y.
O gráfico de uma função é o conjunto de todos os pontos correspondentes aos pares ordenados que satisfazem
determinada lei matemática. Do ponto de vista abstrato e mais amplo, o domínio da função afim é o conjunto dos
números reais ( ); contudo, para algumas situações práticas, é possível termos restrições para o domínio da função.
Quando o domínio da função é o conjunto dos números reais e se estiver considerando x real, o gráfico de
uma função afim é uma reta, que fica bem determinada caso sejam conhecidos dois de seus pontos.
O valor de x para o qual temos y = 0 é denominado zero da função. O gráfico de uma função afim com x
§ b ·
real intersecta o eixo das abscissas em um único ponto, precisamente ¨ , 0 ¸ . Outro ponto importante é a
© a ¹
intersecção do gráfico com o eixo das ordenadas, ou seja, o ponto (0, b). Quando a função é linear (b = 0), seu
gráfico necessariamente passa pela origem.
O sinal de a da função y = ax + b determina como a variação de x influencia no crescimento de y.
16 Livro de atividades
y
Se a > 0: a função é crescente, isto é, se os valores de x aumen-
tam, os valores de y também aumentam.
Se a < 0: a função é decrescente, isto é, se os valores de x au-
mentam, então os valores de y diminuem.
Função quadrática
Chamamos de função quadrática toda função que pode ser escrita na forma
y = ax2 + bx + c, em que a, b e c são coeficientes reais, com a ≠ 0 e x real.
x x
Método 1 Método 2
Encontramos um par de abscissas simétricas. Para isso, Identificamos os coeficientes da função quadrática:
tomamos, por exemplo, a intersecção da reta y = 5 y x 2 2x 2
com a parábola: 2
y N 2 x N
1x N 2
x 2 2x 2 5 a b c
x 2 2x 1 4 As constantes da função quadrática são, portanto,
(x 1)2 4 a = 1, b = –2 e c = 2. A abscissa do vértice da parábola
é dada pela seguinte expressão:
xx 1 4 b
x 1 2 xv
2a
x 3 Substituindo:
xx 1 4 (2)
xv
x 1 2 2 1
2
x 1 xv 1
Determinamos a média aritmética dessas abscissas: 2
(1) 3 2 Substituímos o valor de xv na função:
xv 1
2 2 yv (1)2 2 1 2 1
Substituímos o valor de xv na função:
Portanto, o vértice V da parábola é V (1, 1).
yv (1)2 2 1 2 1
Portanto, o vértice V da parábola é V (1, 1).
Atividades
Função afim
1. Em uma sorveteria, o sorvete com 1 bola custa R$ 9,00 e o com 2 bolas custa R$ 12,00. Considerando que o
preço do sorvete é o preço da casquinha mais o preço de cada bola, qual a função que representa o preço
do sorvete como função do número de bolas? E qual o preço do sorvete de casquinha com 3 bolas?
A variável independente é o número de bolas (x) e a variável dependente é o preço do sorvete (y). Observe que a cada bola acres-
centada o preço do sorvete aumenta em 3 reais. A função é da forma y = ax + b, onde a é o preço pago por bola e b o preço da
casquinha, que é fixo. Logo, temos y = 3x + b. Para descobrir o valor da casquinha, substituímos os valores de uma das relações:
9 3 1b ou 12 3 2 b. Ambas geram o mesmo resultado, que é b = 6. Assim, a função é y = 3x + 6. Portanto, o preço do sorvete
com 3 bolas é R$ 15,00.
18 Livro de atividades
2. Uma pequena confecção produz camisas. A empresa tem um custo fixo mensal de R$ 1.500,00 e
custo de produção de R$ 5,00 por camisa produzida. Sabendo que o preço de venda das camisas é
R$ 9,00, responda às questões.
d) Supondo que todas as camisas produzidas são vendidas, qual deve ser o número mínimo de
camisas fabricadas por mês para a confecção não ter prejuízo?
L ( x) 4 x 1 500 0
4 x 1 500
x 375
Devem ser fabricadas pelo menos 375 camisas por mês para a confecção não ter prejuízo.
Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no início da segunda hora?
a) 1 000 b) 1 250 X c) 1 500 d) 2 000 e) 2 500
Usamos o intervalo da 1.ª hora para calcular a vazão da pri- Observe que as duas bombas esvaziam 5 000 L em duas horas.
meira bomba. Perceba que no gráfico a primeira bomba es- Assim, elas esvaziam 2 500 L em uma hora. Portanto, temos:
vazia 1 000 L de água por hora. Logo, a função afim que liga os Vazão das
duas bombas
pontos A e B é dada por: 2 500
Quantidade Tempo (1000 x)
inicial (L) (h) 1
P
V
N 6 000 1N
000 t x 1500
Volume Vazão
(L) (L/h) A vazão da segunda bomba é igual a 1 500 litros por hora.
5. O desgaste natural faz com que as mercadorias se desvalorizem. É comum representar esse fenô-
meno usando funções afins. Considerando V o valor de uma mercadoria e t o tempo decorrido em
anos, essas grandezas se relacionam na expressão V = at + b, onde a e b são constantes.
Determinado equipamento com preço inicial de R$ 400,00 perdeu 30% do seu valor em 2 anos.
a) Qual o valor desse equipamento como função do tempo (t anos)?
Em 2 anos, o equipamento desvalorizou 30% ∙ 400 reais = 120 reais. Como V em função de t é uma função afim, significa que a
cada ano o equipamento desvalorizará 60 reais. Observe que essa função é decrescente. Logo, temos:
Desvalorização Tempo
por ano (anos)
P P
V 60 t 400
N N
Valor Valor inicial
6. (UFPE) O preço pago por uma corrida de táxi normal consiste de uma quantia fixa de R$ 3,50, a bandei-
rada, adicionada de R$ 0,25 para cada 100 m percorridos, enquanto o preço pago por uma corrida de
táxi especial consiste de uma quantia fixa de R$ 4,20 adicionada de R$ 0,35 a cada 100 m percorridos.
Seja f(x) o preço pago, em reais, por uma corrida de x km no táxi normal e g(x) o preço pago, em reais,
por uma corrida de x km no táxi especial. Analise as afirmações seguintes referentes a esta situação.
Se é pago R$ 0,25 para cada 100 m, devem ser pagos R$ 2,50 para cada 1 000 m, ou seja, 1 km. Assim,
( V ) f(10) = 28,50 reais f(x) = 3,5 + 2,5x e f(10) = 3,5 + 25 = 28,5.
( V ) g(20) = 74,20 reais Se é pago R$ 0,35 para cada 100 m, devem ser pagos R$ 3,50 para cada 1 000 m, ou seja, 1 km. Assim,
g(x) = 4,2 + 3,5x; g(20) = 4,2 + 70 = 74,2.
20 Livro de atividades
y
g
32,2
30
( V ) Os gráficos de f(x) e g(x), para 0 ≤ x ≤ 10, estão esboçados f
a seguir (são, respectivamente, as semirretas com origem 20
16
nos pontos (0, 3,5) e (0, 4,2) e com inclinações 2,5 e 3,5). 10
f(5) = 3,5 +12,5 = 16 e g(8) = 4,2 + 28 = 32,2
0 2 4 5 6 8 10 x
( F ) Para qualquer corrida, o preço do táxi especial é 30% mais caro que o táxi normal.
g(x) = 4,2 + 3,5x ≠ 1,3 · (3,5 + 2,5x) = 4,55 + 3,25x
( V ) g(x) – f(x) = 0,7 + x. g(x) – f(x) = 4,2 + 3,5x – (3,5 + 2,5x) = 0,7 + x
7. Duas pequenas fábricas de calçados, I e II, têm produzido, respectivamente, 400 e 196 pares de sapa-
tos por mês. A partir de janeiro, a fábrica I aumentará a produção em 8 pares por mês e a fábrica II
aumentará a produção em 30 pares por mês.
a) Escreva as funções que representam as produções mensais de cada fábrica x meses depois de janeiro.
pI = 400 + 8x e pII = 196 + 30x
8. Qual a lei da função afim cujo gráfico passa pelos pontos (3, –6) e (5, 4)?
Consideramos a expressão geral y = ax + b. Obtemos um sistema equivalente multi- Para encontrar o valor b, basta substituir o
Substituindo os pares ordenados (x, y), plicando a primeira equação por –1. valor de a em uma das equações e calcular.
temos duas equações:
3a b 6 5a b 4
Para x = 3, temos –6 = 3a + b. ®
Para x = 5, temos 4 = 5a + b. ¯ 5a b 4 25 b 4
Logo, temos o seguinte sistema de duas Somando essas duas equações, obtemos: b 21
equações e duas incógnitas: 3a b 6 2a 10
® Portanto, a função que passa pelos pon-
3a b 6 ¯ 5a b 4 a 5 tos (3, –6) e (5, 4) é y = 5x – 21.
®
¯ 5a b 4 5a 3a 10
9. (OBMEP) A figura mostra o gráfico da função definida por y = x2. O ponto A tem coordenadas
(0, p). Qual é o valor de p?
a) 5 b) 5,5 X c) 6 d) 6,25 e) 6,5
y
Chamando de P e Q os pontos indicados na y = x2 Q
4 a (2) p
parábola, temos: ®
• P: a abscissa do ponto P é x = –2. ¯ 9 a 3 p
y = x2 → y = (–2)2 = 4 Logo, temos um sistema de equações: A
Assim, o ponto P tem coordenadas (–2, 4). 2a p 4
® P
• Q: a abscissa do ponto Q é x = 3. ¯ 3a p 9
y = x2 → y = 32 = 9 Multiplicando a primeira equação por 3, a
Assim, o ponto Q tem coordenadas (3, 9). segunda equação por 2 e somando as novas
Vamos encontrar então a equação de uma equações, obtemos:
função afim y = ax + b. Como b é a intersec- x
ção da reta com o eixo das ordenadas, temos 6a 3p 12 −2 3
®
b = p. Substituindo as coordenadas dos pon- ¯ 6a 2p 18 5p 30
tos P e Q, obtemos duas equações:
3p 2p 12 18 p 6
11. Observe os esboços dos gráficos de funções f(x), g(x) e h(x). Sabendo que g(x) é linear e f(x) é a que
tem o maior crescimento, determine as leis de formação dessas três funções e associe cada função
ao seu gráfico.
y f(x) = 2x −1
g(x) = −3x 8
6
h(x) = 1 x + 4
5 3
2
1
−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x
−1
O fato de g(x) ser linear indica que seu gráfico passa pela ori- Por fim, h(x) é a função cujo gráfico intersecta o eixo das orde-
gem. Logo, essa função é da forma g(x) = g1 ⋅ x. nadas no valor 4. Logo, essa função é da forma h(x) = h1 ⋅ x + 4.
Observando a imagem, concluímos que g1 < 0 e que g(x) con- Observando a imagem, concluímos que h1 > 0 e que h(x) con-
tém o ponto (–2, 6). Portanto, temos: tém o ponto (3, 5). Portanto, temos:
6 g 1 (2) 5 h1 3 4
g 1 3 3h1 1
g( x) 3 x 1
h1
O gráfico f(x), de maior crescimento, intersecta o eixo das orde- 3
nadas no valor –1. Logo, essa função é da forma f(x) = f1 ⋅ x – 1. 1
h(x) x 4
Observando a imagem, concluímos que f1 > 0 e que f(x) contém 3
o ponto (3, 5). Portanto, temos:
5 f1 3 1
3f1 6
f1 2
f (x) 2 x 1
22 Livro de atividades
Função quadrática
12. Encontre as funções quadráticas que satisfazem as condições indicadas em cada item.
a) 2 e –1 são as raízes de y f (x) ax 2 2x c.
Substituindo os valores 2 e –1 na função f(x), obtemos zero. Logo, temos o seguinte sistema:
Isso nos possibilita encontrar duas relações que envolvem os 4 a c 4
coeficientes a e c. ®
¯ ac 2
f (2) a 22 2 2 c 0 f (1) a(1)2 2(1) c 0
A solução é a = –2 e c = 4. Portanto, temos:
4a 4 c 0 a 2 c 0 y f ( x) 2 x 2 2 x 4
4 a c 4 ac 2
c) O ponto (–1, 7) é o vértice da parábola y f (x) ax 2 bx c cuja intersecção com o eixo das
ordenadas é 6.
Da intersecção com o eixo das ordena- Logo, podemos substituir essas primei- f (1) 7
das, segue que: ras informações na função f(x):
a(1)2 2a(1) 6 7
a (0) 2 b 0 c 6 f ( x) ax 2 bx c
a 2a 7 6
c 6 f ( x) ax 2 2ax 6
Como o ponto (–1, 7) é o vértice da pa- a 1
Como (–1, 7) pertence ao gráfico, segue
rábola, podemos relacionar os coeficien- que: b 2
tes a e b da função f com sua abscissa:
b b y f ( x) x 2 2 x 6
xv 1 b 2a
2a 2a
Sendo x o desconto em centavos, a expressão P(x) = 150 – x é o preço (em centavos) com desconto de x; a expressão
L(x) = 10 000 + 100x é a quantidade (em litros) de álcool vendido com desconto de x centavos. Como o valor V(x) arrecadado
P( x )
se calcula pelo produto entre o preço unitário e a quantidade de litros vendidos, temos V( x) L ( x) (note que, como V(x)
100
deve estar em reais, devemos dividir P(x) por 100). Portanto:
(150 x) (10000 100 x)
V( x ) 15000 100 x 150 x x 2 15000 50 x x 2
100
Para que o gasto com a construção da estrutura seja mínimo, deseja-se que a área de MNPQ seja a
menor possível. Nesse caso, ela seria de:
a) 18 m2. b) 16 m2. X c) 14 m2. d) 20 m2. e) 24 m2.
A área do quadrilátero MNPQ é calculada pela diferen- A função quadrática tem concavidade para cima, logo, tem
ça entre a área do retângulo ABCD e dos quatro triângulos um valor mínimo, que ocorre precisamente no vértice.
. . .
QAM, PDQ, PCN e NMB. . 1
A medida de x que torna a área mínima é
Área dos triângulos menores: x (4 x); área dos triângulos b (12)
2 xV 3.
1 2a 4
maiores: x (8 x) ; área total dos quatro triângulos:
2 A área pedida, portanto, vale:
1 1
2 x (8 x) 2 x (4 x) x(12 2 x) 12 x 2 x 2 S( x v ) S(3) 2 (3)2 12 (3) 32
2 2
S( x v ) 14
Área de MNPQ: S( x) 32 (12 x 2 x 2 ) 2 x 2 12 x 32. Portanto, a área mínima é de 14 m2.
15. Considere as funções afins f (x) 4x 13 e g(x) 2x 3 e a função quadrática h(x) x 2 4x 3 .
a) Encontre as intersecções dos gráficos dessas funções: f(x) e g(x); f(x) e h(x); h(x) e g(x).
f ( x) g( x) f ( x) h( x) h(x) = g(x)
4 x 13 2 x 3 4 x 13 x 2 4 x 3 x 2 4 x 3 2 x 3
8 x 2 8 x 16 0 x 2 2x 0
6 x 16?x Tem duas raízes:
3 Tem uma única raiz:
8 7 x=0ex=2
y 4 13 x 4 ; y 4 4 13 3
3 3 (0, 3) e (2, –1)
(4, 3)
§8 7 ·
¨ , ¸
©3 3 ¹
24 Livro de atividades
b) Esboce os gráficos das três funções no sistema de coordenadas abaixo, destacando os pontos de
intersecção entre os gráficos.
y
7
6
g(x) = −2x + 3
5
4
3 (0, 3) (4, 3)
2
1
h(x) = x2 − 4x + 3
−3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
−1 f(x) = 4x − 13
(2, −1)
−2 8 , −7
3 3
−3
16. Deseja-se construir um galpão retangular no terreno triangular. Veja a figura a seguir.
a) Expresse a área do galpão como função de seu lado horizontal. Dica: utilize semelhança de triân-
gulos.
A
Considerando x como a medida do lado A área é A x y , logo, a área em função
horizontal e y como a medida do lado do lado x é:
vertical do galpão, a relação entre os dois § 3 · 3
se dá pela semelhança de triângulos, por A( x) x ¨ x 30 ¸ x 2 30 x 30 m
© 2 ¹ 2
.
exemplo, ABC e ADE: . Note que 0 < x < 20. D E
ABC ADE
ym
AC AE
BC DE 3 x 2y 60 B C
20 m
30 (30 y ) 3x
y 30 xm
20 x 2
b) Quais devem ser as medidas do galpão para que a área seja a maior possível? Qual a área máxima?
Como a área é uma função quadrática com concavidade Veja outra maneira de calcularmos a área máxima:
para baixo, seu maior valor ocorre na ordenada do vértice 3
A(x v ) (x v )2 30 (x v )
da parábola, isto é, em A(xv): 2
3 30 3
A( x) x 2 30 x xv 10 A(10) (10)2 30 (10)
2 § 3· 2
2 ¨ ¸
© 2¹ A máx 150 300
Logo, as medidas do galpão devem ser x = 10 m e
A máx 150
ª 3 (10) º
y «30 m 15 m . Assim, a área máxima é Assim, a área máxima é 150 m2.
¬ 2 »¼
x ⋅ y = 10 m ⋅ 15 m = 150 m2.
Seja N o número de frequentadores do parque e p o preço do Se considerar oportuno, comente com os alunos que isso sig-
ingresso, temos, pelo enunciado, que N(p) a p b , onde a e nifica que, para cada aumento de 1 real, 4 pessoas deixam de
b são constantes a serem determinadas. ir ao parque. O valor de b é:
Sabemos que N(10) = 200, então 10a + b = 200 e também que b 200 10 (4)
N(15) = 180, então 15a + b = 180. Comparando o valor de b
nas duas equações, temos: b 240
200 – 10a = 180 – 15a Portanto, temos N(p) 4p 240.
5a = –20
a = –4
c) Qual preço deve ser cobrado para maximizar (tornar o maior possível) a receita diária? Qual é esse
faturamento?
18. (ENEM) A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de uma
parábola em torno de um eixo z, conforme mostra a figura. A função
real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela
3
lei f (x) x 2 6x C , onde C é a medida da altura do líquido contido
2
na taça, em centímetros. Sabe-se que o ponto V, na figura, representa o
vértice da parábola, localizado sobre o eixo x.
Nessas condições, a altura do líquido contido na taça, em centímetros, é
a) 1. b) 2. c) 4. d) 5. X e) 6.
Com os dados fornecidos, podemos encontrar o valor da Como 2 é uma raiz (dupla) da função, temos:
abscissa do vértice da parábola ax 2 bx c . As coordena-
f (2) 0
§ b ·
das do vértice V são ( x V , y V ) ¨ , 0 ¸ , pois V é raiz da 3 2
© 2a ¹ 2 6 2 C 0
função. Temos, então: 2
b (6) C 6
xV 2 Note que C também é o ponto que o gráfico corta o eixo y.
2a 2 3
2
26 Livro de atividades
19. Considere as funções quadráticas f (x) x 2 4x 4 e g(x) x 2 3x 4 . Determine os pontos de in-
tersecção dessas funções, seus vértices e suas raízes. Faça o esboço dos gráficos, destacando os ele-
mentos encontrados.
y y = f(x) = x2 − 4x + 4
8
7 3 , 25
Vg =
2 4
6
5
4 P1 = (0, 4)
3
7 , 9
P2 =
2 2 4
1 y = g(x) = −x2 + 3x + 4
−3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
−1 Vf = (2, 0)
Para f(x): A função f é um produto notável, pois A abscissa do vértice é a média aritmética das raízes:
f ( x) x 2 4 x 4 ( x 2)2. Calculamos suas raízes: (1) 4 3
xV . Sua ordenada é:
2 2
( x 2)2 0
§3·
x 2r0 g( x V ) g ¨ ¸
©2¹
x x 20 2
§3· §3· §3·
x 2 g ¨ ¸ ¨ ¸ 3 ¨ ¸ 4
©2¹ ©2¹ ©2¹
x x 20
§ ·
3 9 9
x 2 g¨ ¸ 4
©2¹ 4 2
Por ter raiz dupla, sua abscissa do vértice é precisamente a raiz
da função. Portanto, Vf = (2, 0). § 3 · 9 18 16 25
g¨ ¸
Para g(x): Suas raízes satisfazem x 2 3 x 4 0. Pode-se utili- ©2¹ 4 4
zar a fórmula resolutiva ou resolver a equação por manipulação
algébrica e fatoração. Aqui usamos esse último. Multiplicando § 3 25 ·
Logo, Vg ¨ , ¸.
por (–1) ambos os membros, temos: ©2 4 ¹
x 2 3x 4 0 Os pontos de intersecção das duas parábolas representam os
valores de x que tenham a mesma imagem nas duas funções.
1 5
Assim, fazemos f(x) = g(x):
x 2 3x 4 0
2 x 5 x x 2 4 x 4 x 2 3x 4
x 2 x 5 x 1 5 0
2
2x 2 7 x 0
Reagrupando os termos, temos:
x(2 x 7) 0
5( x 1)
x x 0
x 2
1 5 x 5 0
2 x
x 2x 7 0
( x 1)2
7
( x 1)2 5( x 1) 0 x
2
( x 1)( x 1 5) 0 7
As intersecções são x1 = 0 e x 2 , dando origem a dois pontos:
( x 1)( x 4) 0 §7 9· 2
P1 = (0, 4) e P2 ¨ , ¸ . Ressalte com os alunos que essa últi-
x x 1 0 ©2 4¹
ma equação não representa o cálculo de raízes de uma função,
x 1 mas, sim, a intersecção de duas funções.
x x4 0
x 4
Suas raízes, portanto, são –1 e 4.
A r
• Diâmetro: quando a corda passa pelo centro da circunferência, recebe o nome de r
C
diâmetro. É a maior das cordas e tem como comprimento o dobro do raio. Na fi- D
gura, DE é diâmetro.
P
A r
O A
s d r
Q d
d
O
M O
P r
s
A
28 Livro de atividades
Vamos recordar os diversos ângulos que se relacionam a uma circunferência.
E
B
Para determinar o ângulo central, indicamos o arco de circunferência associado.
o corresponde ao ângulo central AOB
Na figura ao lado, o arco AB . Para diferenciar
O
dois arcos com extremidades em C e E, por exemplo, caso não esteja claro a qual A
estamos nos referindo, podemos escolher um ponto de cada um deles. Assim, o
o que tem D como um dos pontos é indicado por CDE
arco CE p , e o que tem o ponto
C
p . A medida do arco é igual à medida do ângulo central associado.
A, por CAE D
C
Um ângulo inscrito está associado a um ângulo central, relacionado pelo mesmo
delimita o arco BC
arco de circunferência. Na figura ao lado, o ângulo inscrito BAC o , que
determina o ângulo central BOC . A medida do ângulo inscrito é a metade da medida 2_
O
do ângulo central correspondente. _
A
) 1 )
m(CAB m(COB B
2
A
B
• Relação entre segmentos secantes: se ao prolongarmos
duas cordas não paralelas elas se encontram em um ponto P
O P externo à circunferência, temos:
D
C
PA PB PC PD
O B
P
P
B C
D O
Atividades
C3
O1 A
O2 O3
D
H F
a) Trace um diâmetro da circunferência C3 que seja ao mesmo tempo raio da circunferência C2. Qual
a relação entre os raios dessas circunferências?
AO2 é ao mesmo tempo diâmetro da circunferência C3 e raio de C2. Por conta disso, um raio é o dobro do outro: r2 = 2 ⋅ r3.
b) As circunferências C1 e C2 têm um raio comum? Em caso afirmativo, trace esse raio. Qual a con-
sequência desse fato?
Sim. O segmento O1O2 é raio simultaneamente das duas circunferências; dessa forma, os raios são iguais, isto é, r1 = r2.
c) Trace um segmento que seja corda das circunferências C1 e C2 ao mesmo tempo. Como você
nomeou esse segmento?
Só existe um segmento, o que pode variar é o nome dado aos pontos. Na solução apresentada, temos o segmento BD.
30 Livro de atividades
d) Trace na figura um diâmetro da circunferência C1 que seja tangente à C2. GH
e) Trace na figura um diâmetro da circunferência C2 que seja tangente à C1 e C3. EF
2. Na figura a seguir, temos uma circunferência de centro O, na qual marcamos os pontos A e B. Use
a régua para traçar a reta secante à circunferência pelos pontos A e B. Trace também o diâmetro da
circunferência pelo ponto A. Use o transferidor para medir o ângulo inscrito que você desenhou.
Marque o arco compreendido pelo ângulo inscrito. Qual a medida, em graus, desse arco?
ˆ
Ângulo inscrito: m(BAC) 55°
B o
A Arco: m(BC)=2 55° =110°
55°
2 ∙ 180° A 2 ∙ 180°
7 7
b) Estrela de sete pontas C F l = 1 360° = 180°
m(BAG)
2 7 7
l = 180° O O triângulo ΔCHF é isósceles de base CF, com
m(BAG)
7 E = 180° 2 2 180° = 540° , logo:
m(CHF)
D
H 7 7
= 540°
m(BHG) 540°
7 540° m(BHG) = m(CHF) =
7 G B 7
H E
A D
B
b) Calcule o valor de y.
Seguindo o mesmo raciocínio do item anterior, o ângulo Temos, então:
l mede o dobro do ângulo y. Logo, m(BOD)
BOD l = 2y . x 2y 360°
2y 146°
y 73°
32 Livro de atividades
l + m(BAD)
c) Calcule o valor da soma m(BCD) l .
A soma é 107° + 73° = 180°.
e CBA
d) O que se pode concluir da soma da medida dos ângulos ADC ?
Essa soma também vale 180°. Esse fato pode ser verificado pelo mesmo raciocínio dos itens anteriores ou pode-se constatar que,
como a soma das medidas dos ângulos internos de um quadrilátero é 360° e dois ângulos opostos são suplementares, os outros
7. No retângulo abaixo, trace a circunferência que circunscreve o retângulo. Dica: encontre a intersec-
ção das diagonais.
8. Na figura abaixo, temos duas circunferências centradas nos pontos O1 e O2, com raios respectiva-
mente 6x e 5x. Sabendo que o quadrilátero ABCO1 tem área 60 cm2, determine o valor de x.
A
O1 B
O2
. .
Os triângulos ABO1 e CBO1 são retângulos e congruen- A área do quadrilátero ABCO1 é o produto do raio da primeira
circunferência pelo cateto AB, pois é a soma dos dois triângu-
tes pelo caso LLL (lado, lado, lado).
Como a hipotenusa dos triângulos é o diâmetro da circunfe- los retângulos. Logo:
6 x 8 x 60
rência de centro O2, segue que:
5
AB 2 (10 x)2 (6 x)2 x2
4
AB 2 (8 x)2
5
AB 8 x x cm
2
= 1 m(QP)
tade do arco que o compreende, isto é, m(QPR) .
2
Complete corretamente as lacunas com as palavras do quadro a seguir.
= 1 m(QP)
Resultado: m(QPR) R
2
Q
Justificativa: Como a reta definida por R e P é tangente à circun-
é
ferência, temos que o ângulo SPR reto .
P S
O
l = 67°
a) m(BAC) y
C
m(AB) = 134°
B
34 Livro de atividades
= 122°
b) m(PRT)
Q R
25° P
33°
x
1 o l
m(RTS)= m(RS)=m(RQS)=25 ° S
2
.
Olhando para o triângulo RTP, concluímos que: O
x + 33° + 25° = 180°
x = 122°
T
B 16 x Q
A 4,1
x
P
20 C
3,2 5
D S
T
f) x = 5 1 x ( x 2) 22 4
c) x = 3 x ( x 1) ( x 1) ( x 3)
x 2 2x 4 0
D
x 2 x x 2 2x 3
B x=3 x 5 1
P x
x x−1 R
A
2
x+1 2
C S
x+3
Q
3x − 1
2 x ( x 3) x (3 x 1) x2 7x 0 Como x > 0, segue que x = 7.
2x 2 6 x 3x 2 x x1 0 ; x 2 7 D
36 Livro de atividades