E Book Disc 23 Acs Acompanhando Os Ciclos de Vida Das Familias Saude Da Pessoa Idosa e Saude Do Homem 1685546108

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ACOMPANHANDO OS CICLOS
DE VIDA DAS FAMÍLIAS
SAÚDE DA PESSOA IDOSA E
SAÚDE DO HOMEM
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23

Brasília – DF
2023
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ACOMPANHANDO OS CICLOS
DE VIDA DAS FAMÍLIAS
SAÚDE DA PESSOA IDOSA E
SAÚDE DO HOMEM
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23

Brasília – DF
2023
2023 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
bvsms.saude.gov.br

Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica

Elaboração, distribuição e informações: Coordenação - geral: Colaboração:


MINISTÉRIO DA SAÚDE Célia Regina Rodrigues Gil - MS Fabiana Schneider Pires - UFRGS
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Cristiane Martins Pantaleão – Conasems Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Educação na Saúde Hisham Mohamad Hamida – Conasems Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Departamento de Gestão da Educação na Isabela Cardoso de Matos Pinto - MS Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Saúde Leandro Raizer – UFRGS Marcia Cristina Marques Pinheiro –
Coordenação - Geral de Ações Estratégicas Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo - MS Conasems
de Educação na Saúde Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Roberta Shirley A. de Oliveira – SGTES/MS
Edifício PO 700, 4º andar Organização: Rosângela Treichel Saenz Surita –
CEP: 70719-040 – Brasília/DF Núcleo Pedagógico do Conasems Conasems
Tel.: (61) 3315-3394
E-mail: [email protected] Supervisão - geral: Assessoria executiva:
Rubensmidt Ramos Riani Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família Coordenação técnica e pedagógica: Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º andar Carmen Lúcia Mottin Duro Cristina Perrone – Conasems
CEP: 70058 - 90 – Brasília/DF Cristina Fatima dos Santos Crespo
Tel.: (61) 3315-9044/9096 Diogo Pilger Diagramação e projeto gráfico:
E-mail: [email protected] Fabiana Schneider Pires Aidan Bruno – Conasems
Valdívia França Marçal Alexandre Itabayana – Conasems
Secretaria de Vigilância em Saúde e Bárbara Napoleão – Conasems
Ambiente Elaboração de texto: Lucas Mendonça – Conasems
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Sérgio Valverde Marques dos Santos Ygor Baeta Lourenço – Conasems
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF Revisão técnica: Fotografias e ilustrações:
Tel.: (61) 3315.3874 Alayne Larissa M. Pereira - SAPS/MS Banco de Imagens do Conasems
E-mail: [email protected] Andréa Fachel Leal – UFRGS Freepik
Camila Mello dos Santos – UFRGS
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS Carmen Lúcia Mottin Duro - UFRGS Revisão:
MUNICIPAIS DE SAÚDE Diogo Pilger – UFRGS Camila Miranda Evangelista
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Sala 144 Lanusa T. Gomes Ferreira – SGTES/MS Normalização:
Zona Cívico - Administrativo Michelle Leite da Silva – SAPS/MS Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
CEP: 70058-900 – Brasília/DF Patrícia da Silva Campos – Conasems Valéria Gameleira da Mota – Editora
Tel.: (61) 3022-8900 Wendy Payane F. dos Santos - SAPS/MS MS/CGDI

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Designer educacional:


Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha Alexandra Gusmão – Conasems
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS Juliana Fortunato – Conasems
Tel.: (51) 3308-6000 Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde.


Título do ebook [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: Ministério da Saúde, 2023.
xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book x)

Modo de acesso: World Wide Web: xxx


ISBN xxx-xx-xxxx-xxx-x.

1. Agentes comunitários de saúde. 2. Agentes de combate às endemias. 3. Atenção básica em saúde. I. Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
CDU 614

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx

Título para indexação:


Healthcare agent workers' Fundamentals
OLÁ, AGENTE!

Este é o seu e-book da disciplina Acompanhando os ciclos de vida das


famílias. Trataremos aqui de informações importantes sobre a
Saúde da Pessoa Idosa e também da Saúde do Homem. Vamos
refletir sobre os aspectos relacionados à promoção da saúde da
pessoa idosa, que inclui homens e mulheres com mais de 60 anos, e os
aspectos sobre a promoção da saúde dos homens.

Vamos entender que tanto as pessoas idosas quanto os homens estão


entre as populações que mais precisam de atenção e cuidados no
âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Os homens pelo fato de,
frequentemente, negligenciarem sua própria saúde e as pessoas
idosas em geral pela alta prevalência de doenças e fatores de risco.

Nesse contexto, é importante que você, ACS, conheça as políticas de


saúde vigentes e as ações de promoção da saúde que podem ser
desenvolvidas com estas pessoas para contribuir com o
envelhecimento saudável e ativo em seu território. Estude este material
com atenção e consulte-o sempre que necessário! Acompanhe
também a aula interativa, a teleaula e realize as atividades propostas
para assimilar as informações apresentadas.

Bons estudos!
LISTA DE SIGLAS

ACS - Agente Comunitário de Saúde


ACE - Agente de Combate às Endemias
APS - Atenção Primária à Saúde
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social
ILPI - Instituição de longa permanência de idosos
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ISTs - Infecções Sexualmente Transmissíveis
PNASPI - Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa
PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
RAPS - Rede de Atenção Psicossocial
SRT - Serviços Residenciais Terapêuticos
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SUS - Sistema Único de Saúde
UA - Unidade de Acolhimento
UBS - Unidade Básica de Saúde
SUMÁRIO

6 SAÚDE DA PESSOA IDOSA

35 SAÚDE DO HOMEM

44 RETROSPECTIVA

46 REFERÊNCIAS
SAÚDE DA
PESSOA IDOSA
Você sabia que a
população idosa tem
crescido no Brasil?
O processo de envelhecimento populacional é uma realidade
mundial, sendo que, nos países em desenvolvimento, como o Brasil,
ele ocorre de maneira acelerada. De acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa irá crescer nas
próximas décadas. Atualmente, no Brasil, há aproximadamente 30,2
milhões de pessoas idosas, o que corresponde a 14,6% da população.
Você pode observar na Figura 1, o quanto aumentou a população de
idosos, comparando os anos de 1940, 1980 e 2018. Perceba que a
projeção (a população estimada) de idosos em 2060 é maior ainda.

Figura 1 – Projeção de Crescimento da População Idosa no Brasil

Fonte: IBGE, 2018.

7
Em 2018, observe que a população de pessoas com 60 anos ou mais foi
maior, quando comparado com anos de 1940 e de 1980. Segundo o
estudo do IBGE, em 2060, a quantidade de pessoas com mais de 60
anos será ainda maior.

Isso, ao longo dos anos, irá mudar o perfil epidemiológico em que


proporcionalmente haverá redução de casos de doenças infecto
contagiosas e aumento de doenças crônicas não transmissíveis. Dentre
elas estão a diabetes, a hipertensão, as doenças cardiovasculares, as
doenças respiratórias e os cânceres (Brasil, 2018).

Por que é importante saber disso? Isso nos mostra o quanto é preciso
compreender o processo de saúde e adoecimento das pessoas idosas,
identificar suas capacidades funcionais, suas condições sociais e sua
qualidade de vida para a promoção da educação em saúde para essa
população.

É necessário desenvolver abordagens de cuidado à saúde da


população idosa, que levem em consideração as variações nas
condições de saúde desse grupo e que respeitem suas
particularidades e características únicas.

8
Desta forma, você, ACS, precisa conhecer e diferenciar as alterações
do envelhecimento e suas fragilidades. Deve estar ciente das
diferenças entre as alterações fisiológicas do envelhecimento
(senescência), e as mudanças patológicas ou de senilidade
associadas ao processo de envelhecimento para acompanhar e
monitorar as necessidades de cada idoso (a) dentro de seu território.

Figura 01 - Envelhecimento e Fragilidade

Fonte:PARANÁ, 2018
9
O senhor João, idoso de 78 anos, que mora sozinho, está com sua
capacidade funcional comprometida, ou seja, possui dificuldades
de andar sozinho e sua função auditiva está reduzida. O que você,
ACS, pode fazer para ajudar?

Sua atribuição, nesta situação, é observar tais fatores de risco


(dificuldade de andar e de ouvir) que deixam o senhor João
vulnerável a uma queda dentro de casa, ou a um acidente na rua.
Além disso, deve reportar aos profissionais da Unidade Básica de
Saúde (UBS), para que, juntos, possam construir um plano de ação
para promover a saúde e a segurança do idoso dentro e fora de
casa.

A equipe multiprofissional (composta por profissionais da medicina,


enfermagem, fisioterapia, assistência social), além do (a) ACS,
deverão promover uma avaliação multidimensional do senhor João,
e oferecer as melhores estratégias para o plano de cuidado.

Acesse a Aula interativa, ou, clique aqui


e assista a uma entrevista com Dr.
Edgar Nunes, consultor do conselho
nacional de secretários de saúde. Você
terá informações sobre o IVCF-20,
instrumento de rastreio para identificar
o idoso com fragilidade.

10
A capacidade funcional do idoso é crucial para sua autonomia e
independência. Por isso, sua avaliação multidimensional deve
incluir todas as dimensões da saúde e objetivar o diagnóstico
global e etiológico, além da elaboração do plano terapêutico.

Figura 02 - Modelo Multidimensional de Saúde do Idoso

Clique aqui e saiba mais


sobre a avaliação
multidimensional (p 11).Se
Fonte:PARANÁ, 2018
estiver lendo este
material no formato
impresso, escaneie o QR
para fazer download.

11
Você sabia que existe uma política
específica para a promoção da saúde
da pessoa idosa?
Hoje, os homens idosos e as mulheres idosas são acolhidos pela
Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (PNASPI),
que está descrita na Portaria Nº 2.528, de 2006. É por meio dessa
política que os profissionais de saúde planejam as ações que serão
desenvolvidas no território com os idosos.

A principal meta da Política Nacional de


Atenção à Saúde da Pessoa Idosa é
promover uma atenção adequada e
digna a todos (as) os (as) idosos (as).
Além disso, atuar com mais atenção à
saúde daqueles (as) que vivem um
processo de envelhecimento prejudicado
por doenças e agravos que interferem na
sua qualidade de vida e no seu
bem-estar (Brasil, 2006).

Essa política é muito importante para as pessoas idosas, porque ela


propõe ações que vão ajudá-las em sua recuperação, na
manutenção da sua autonomia e independência. Ela ajuda os (as)
profissionais de saúde no direcionamento de medidas coletivas e
individuais de promoção e prevenção (Brasil, 2006).

12
A Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa determina
algumas diretrizes para apoiar as ações de saúde no território.
Conheça-as:

● Promoção do envelhecimento saudável e ativo;


● Atenção integral à saúde da pessoa idosa;
● Estímulo das ações intersetoriais com a integralidade da
atenção ao idoso;
● Garantia de recursos para a qualidade da atenção à saúde
da pessoa idosa;
● Estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
● Promoção da formação dos profissionais de saúde do SUS
para atenção à pessoa idosa;
● Promoção da cooperação nacional e internacional das
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
● Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o
tema.

Todas essas diretrizes fazem parte das ações de promoção da


saúde da pessoa idosa, por isso é importante que você conheça e
aborde essas questões em sua unidade e em seu território.

Uma importante função dessa política é contribuir para que mais


idosos alcancem um envelhecimento saudável e ativo, com
participação dos profissionais de saúde da APS, principalmente
dos (as) ACS, que estão mais próximos (as) da comunidade e
conhecem a realidade e a necessidade de todos e todas.

A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é


parte de um conjunto de medidas para
melhorar a qualidade da assistência
fornecida aos idosos pelo Sistema Único de
Saúde. Clique aqui e acesse essas
informações, ou, se estiver lendo este
material no formato impresso, escaneie o QR
para fazer download.

13
É preciso considerar a saúde de forma ampla para promover um
ambiente familiar, social e cultural mais adequado às
necessidades da pessoa idosa. No planejamento estratégico da
UBS, principalmente no que diz respeito ao trabalho do (a) ACS, as
atividades em grupo, as ações coletivas na comunidade e o
fortalecimento de redes sociais de apoio aos usuários e usuárias
podem ser algumas das medidas indicadas. Dessa forma, a equipe
da APS consegue atuar nas dimensões cultural e social do
cotidiano dos idosos e das idosas. A participação do (a) ACS
nessas ações é indispensável (Brasil, 2007).

À medida que a população


envelhece, os problemas de
saúde aumentam. Vamos
refletir sobre isso…

Primeiro, é importante relembrar o rápido processo de


envelhecimento da população mundial, como discutido no início
deste e-book. A transição demográfica é acompanhada pela
transição epidemiológica, caracterizada pelo aumento progressivo
das doenças, entre elas, as doenças crônicas não transmissíveis.

Alguns exemplos disso são: o câncer de mama, o câncer de


próstata, a osteoporose, as dislipidemias (alterações nos níveis de
colesterol), a diabetes, as doenças cardíacas, a catarata, o déficit
cognitivo e a depressão, que precisam de cuidados e atenção a
longo prazo. Inclusive, esses são os principais problemas de saúde
das pessoas idosas (Brasil, 2018).

14
Não é só isso! A população idosa ainda sofre com o aumento das
doenças crônicas degenerativas, ou seja, aquelas doenças que
não possuem cura e que aumentam as dificuldades das pessoas
idosas de realizar suas atividades. Elas podem ser
neuropsiquiátricas, cardiovasculares, osteomusculares,
respiratórias e provocam a incapacidade funcional do (a) idoso
(a) e a redução da sua qualidade de vida (Felipe; Zimmermann,
2011).

É importante mencionar também o aumento das Infecções


Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre as pessoas idosas. Muitas
pessoas idosas têm vida sexual ativa e, com isso, acabam se
expondo a práticas sexuais inseguras, que as deixam vulneráveis à
contaminação por ISTs. As ISTs mais conhecidas são HIV e Aids,
hepatites virais B e C, herpes genital, sífilis e gonorreia (Quintino;
Ducatti, 2022).

Outro fator que precisa ser mencionado aqui é o aumento do uso


de substâncias psicoativas entre os idosos, que estão associados
aos altos índices de morbidade e mortalidade entre essa
população.

Substâncias psicoativas:

São aquelas que modificam o funcionamento do cérebro, como o


álcool e outras drogas ilegais (chamadas ilícitas), e também os
remédios que agem no sistema nervoso central, como os
antidepressivos e os calmantes, por exemplo.

15
Geralmente, os idosos não falam do consumo de algumas
substâncias, como álcool, maconha, crack ou outras drogas, por
vergonha ou medo. O problema é que isso pode dificultar o
trabalho dos profissionais da saúde e retardar a identificação e o
início de um tratamento (Pillon, et al., 2010).

O que são Fatores


de Risco?

Fatores de risco são condições que expõem uma pessoa à maior


risco de desenvolver certo evento relacionado à saúde. Como
exemplo, podemos citar a inatividade física, que é um fator de risco
para o desenvolvimento de doenças crônicas nos idosos (BRASIL,
2007).
nos idosos (Brasil, 2007).
O uso e o abuso de álcool (e ou de outras substâncias psicoativas)
pelas pessoas idosas podem causar problemas na saúde e no
bem-estar delas. A utilização dessas substâncias pode ser
considerada como fator de risco para o desenvolvimento de
problemas físicos, psicológicos e sociais na pessoa idosa (Pillon, et
al., 2010).

É nesse momento que entra a participação ativa dos ACS, para


monitorar e acompanhar os homens idosos e as mulheres idosas
do seu território, por meio de busca ativa e de visitas domiciliares,
para identificar aqueles que já possuem alguma doença e,
principalmente, aqueles que têm um maior risco de adquiri-las em
algum momento.

16
Quando uma pessoa idosa tem maior possibilidade de desenvolver
alguma doença, falamos que ela está exposta a um fator de risco.
Isso ocorre em decorrência de algum elemento presente na vida do
idoso ou da idosa, na sua família, no seu domicílio, na sua
alimentação ou no seu convívio social. Esses riscos de adoecimento
da pessoa idosa são determinados de acordo com os seguintes
fatores:
Figura 2 – Fatores de risco de adoecimento da pessoa idosa

Esses fatores estão relacionados aos


Condições socioeconômicas, níveis de renda, escolaridade,
culturais e ambientais profissão, sexo, gênero, local de
moradia.

Esses fatores estão ligados à


educação, alimentação, condições de
Condições de vida e de
moradia e saneamento, acesso ao
trabalho
serviço de saúde, condições de
trabalho.

Esses fatores estão relacionados às


relações sociais, como amigos,
Redes sociais e comunitárias parentes, vizinhos, grupos religiosos,
associações sindicais, associações de
moradores e clubes recreativos.

Estes fatores estão ligados a dieta


pouco saudável, a falta de atividade
Comportamentos e estilos de
física, o tabagismo e o abuso de
vida.
álcool.

Fonte: GEIB, 2012.

Esses fatores, que chamamos de determinantes sociais da saúde da


pessoa idosa, são os principais elementos que influenciam no estado
de saúde e causam maior risco de adoecimento do idoso e da idosa.
O (a) ACS precisa ficar atento (a) a esses determinantes para
conseguir monitorar a condição de saúde da pessoa idosa.

17
Para isso, é importante que você, ACS, observe alguns fatores, tais
como:
● Se o (a) idoso possui alguma renda, que possa suprir suas
despesas;
● Se a pessoa idosa possui familiares e/ou amigos, que
possam ajudar quando necessário;
● Se as condições de moradia do (a) idoso são adequadas,
com higiene e conforto;
● Se a pessoa idosa usa cigarro, ou bebida alcoólica;
● Se pratica alguma atividade física;
● E se tem uma alimentação saudável.

Quando for observado que algum desses quesitos está


inadequado, colocando a pessoa idosa em risco de adoecimento,
é preciso informar a equipe da UBS, para que sejam tomadas as
providências necessárias.

Entenda um pouco mais sobre os fatores


que influenciam a saúde da pessoa idosa
no artigo “Determinantes Sociais da Saúde
do Idoso”. Clique aqui, ou, se estiver lendo
este material no formato impresso,
escaneie o QR para fazer download.

Um fato importante a se considerar é que a população


não envelhece da mesma forma, ou seja, não são todos
(as) que têm doenças e não são todos (as) que
precisam de cuidados contínuos. Muitos (as) idosos
(as) são capazes de realizar suas atividades do dia a
dia, mesmo apresentando alguma doença.

18
Já outras pessoas idosas precisam de cuidado contínuo para a
realização de alguma atividade cotidiana, ou seja, possuem algum
grau de dependência de cuidados (Brasil, 2018).

Muitas pessoas idosas possuem doenças e agravos crônicos não


transmissíveis, alguns em estado permanente e outros de longa
duração, que precisam de um acompanhamento constante.

Essas condições crônicas podem gerar um processo de


incapacidade no (a) idoso (a) que, em alguns casos, acaba
afetando sua funcionalidade. Ou seja, impede que ele desenvolva
suas tarefas diárias, como por exemplo: se alimentar, tomar banho, ir
ao banheiro sozinho, sair de casa, etc. E isso afeta a qualidade de
vida da pessoa idosa, pois reduz a sua independência para
atividades simples que ela sempre realizou sozinha (Brasil, 2007).

Também é necessário conhecer como é a organização da família e,


no caso do idoso ser dependente, quem auxilia no seu cuidado.
Nesse sentido, o (a) ACS, pode colaborar quanto à organização do
plano de cuidados do (a) idoso (a), para que não haja sobrecarga
em apenas um membro da família.

19
O plano de cuidados da pessoa idosa não pode se restringir
apenas à doença. É preciso considerar também o grau de
limitação funcional e dependência que o idoso, ou a idosa, tem de
familiares ou de outros cuidadores para suas atividades de vida
(Brasil, 2018).

Esse Plano estabelece de maneira clara quais são os problemas de


saúde do paciente, quais intervenções são mais apropriadas para
melhorar sua saúde, os motivos para as mudanças propostas e
quais profissionais e equipamentos de saúde são necessários para
implementar as intervenções.

Isso porque a pessoa idosa que tem maior grau de limitação e


dependência, por exemplo um idoso acamado, ou que anda
somente com ajuda, precisará de um plano de cuidado integral, ou
seja, uma assistência ampla e contínua para atender todas as
suas necessidades no dia a dia.

Nesse cenário, podemos chamar a atenção para aqueles (as)


idosos (as) portadores (as) de alguma deficiência que pode
reduzir a sua capacidade funcional. Em alguns casos podem se
tratar de deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais,
mentais, entre outras. Essas condições de saúde podem reduzir a
qualidade de vida do idoso, ou da idosa.

20
Talvez essa seja uma das principais vulnerabilidades da pessoa
idosa porque ela se torna vulnerável por possuir uma limitação
funcional (seja ela motora, auditiva ou visual) que a deixará sob
uma condição de risco de queda, de acidente, de má alimentação,
etc.

Por isso, é necessário maior atenção do (a) ACS nessas situações,


para evitar que a pessoa idosa com limitações funcionais passe
por alguma condição de risco.

Nesse sentido, torna-se importante a atuação do (a) ACS para


identificar quantos idosos e idosas dependentes vivem em sua
área de atuação e de que forma é feito o cuidado. Se é pela
família, se é por um cuidador contratado, ou se a pessoa está em
uma instituição de longa permanência de idosos (ILPI).

Você, ACS, deve compreender que existem pessoas idosas


que precisam de cuidados contínuos, porque é você quem
vai monitorá-las e fazer as visitas domiciliares identificando
a necessidade desta pessoa idosa, como por exemplo:

● Se ela necessita de outros cuidados, como mais visitas da


equipe de enfermagem ou de médicos (as);
● Se ela precisa de uma consulta com o (a) dentista;
● Se essa pessoa precisa de vacinas;
● Se ela está tomando as medicações de acordo com as
receitas médicas;
● Se está realizando atividades físicas de acordo com suas
possibilidades.

21
Na caderneta do idoso
você pode analisar o
Protocolo de
identificação do idoso
vulnerável (VES-13).

Clique aqui, e acesse a Caderneta


do Idoso para estas e outras
informações. Ou, se estiver lendo
este material no formato impresso,
escaneie o QR para fazer download.

Também é atribuição do (a) ACS conhecer quantas ILPIs existem


no território e quais necessidades essas instituições possuem,
como vacinas para os idosos. Essas informações levantadas
deverão ser levadas para a equipe de saúde para discussão
sobre as possibilidades de solução.

Sua atuação, ACS, é de extrema


relevância! Identifique quantas
pessoas idosas dependentes
existem na sua área e entenda de
que forma elas são cuidadas!

22
Nesse sentido, é importante que o serviço de saúde busque
atender cada pessoa idosa de acordo com suas necessidades,
proporcionando acessibilidade e inclusão social ao serviço de
saúde proposto pela APS. Isso pode ser feito por meio do trabalho
atencioso do (a) ACS com idosos (as) portadores de alguma
deficiência, com visitas mais constantes aos seus domicílios, em
busca de alguma necessidade ou informação, para ser reportada
aos profissionais da UBS.

Esses profissionais, se necessário, podem solicitar apoio de outros


serviços do município, como, por exemplo, o atendimento de
proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência
e idosas, oferecido pelas equipes dos Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS), para melhor acompanhamento do idoso.

Leia mais sobre o Serviço de Proteção Social Básica no


Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, no
documento “Linha de Cuidado para Atenção Integral à
Saúde da Pessoa Idosa no Sistema Único de Saúde –
SUS”. Clique aqui, ou, se estiver lendo este material no
formato impresso, escaneie o QR para fazer download.

23
Por isso, é importante saber que tipo de doença essa pessoa idosa
possui e qual o seu grau de dependência. Além disso, é importante
saber também se esta pessoa tem alguém que possa lhe ajudar,
algum parente, filho, amigos, etc.

A pessoa idosa que não


precisa de cuidados
contínuos ainda assim
também precisam de
atenção do (a) ACS?
A resposta é sim! Muitas pessoas idosas têm autonomia e
independência. Até mesmo as pessoas que vivem com alguma
doença crônica, como hipertensão ou diabetes, podem ser
independentes.

Essa pessoa idosa deve ser monitorada por você, pois ela pode
perder a independência e passar a necessitar de cuidados mais
intensivos, por parte da família/cuidadores e da equipe de saúde. A
perda de independência pode prejudicar o acesso aos serviços de
saúde. O (a) ACS deve ficar atento aos fatores de risco, para
observar, cuidadosamente, as pessoas idosas que têm mais
chances de adoecerem ou terem um agravo de saúde.

24
Os principais fatores de risco que podem afetar a independência e
funcionalidade da pessoa idosa estão relacionados ao
comportamento e ao estilo de vida, como, por exemplo, a má
alimentação, a falta de atividade física, o uso de tabaco, o
consumo de bebidas alcoólicas, etc.

Além disso, outros fatores também podem prejudicar a


funcionalidade da pessoa idosa, como quedas, infecções,
problemas no controle de doenças crônicas, uso de muitos
medicamentos (polifarmácia), surgimento de outras doenças, etc.
Com a exposição a algum desses fatores, as condições de saúde e
as necessidades da pessoa idosa podem mudar rapidamente
(Brasil, 2018).

As quedas consistem nos acidentes


domésticos mais frequentes e perigosos
para os idosos, visto que, com o avançar
da idade, as estruturas óssea e
muscular, bem como as articulações,
ficam debilitadas e levam muito mais
tempo para se recuperar.

25
Por exemplo, uma idosa que sofreu uma queda e, em decorrência
disso teve uma fratura no quadril, precisará de mais cuidados com
a saúde. Esta demanda por mais cuidados significa que a equipe
de saúde precisará dar atenção especial a este caso.

Esta pessoa pode ainda precisar de um (a) cuidador (a) em tempo


integral, que geralmente é alguém da própria família, amigos,
vizinhos ou um profissional contratado.

Por isso é necessário o cuidado e o acompanhamento da pessoa


idosa, para evitar que ela se exponha a algum fator de risco que
pode prejudicar sua condição de saúde e provocar a perda das
suas condições funcionais.

A prevenção das quedas em idosos é fator muito importante, pois


elas podem implicar em fraturas sérias que resultam na
imobilização do idoso, e muitas vezes, em sequelas piores. A partir
da queda e subsequente fratura, o idoso pode passar de uma
condição de independência funcional para a de dependência
parcial ou completa.

Podemos ajudar as pessoas a evitar a queda, se ajudarmos

1 elas a reduzir as chances de escorregar, de tropeçar, de errar


o passo, de pisar em falso, de trombar.

2
Você, ACS, pode ajudar a própria pessoa idosa a fazer
adaptações no seu ambiente.

3
Pode, e deve, também envolver familiares e cuidadores da
pessoa idosa nesta conversa sobre como prevenir quedas.

4
Realize orientações educativas que levem em conta os
fatores de risco internos e externos para quedas.

26
Alguns fatores de risco externos para
quedas: iluminação inadequada, piso
escorregadio, presença de tapetes, ausência
de barras de apoio para facilitar o acesso a
escadas e degraus, mobiliário que dificulta a
mobilidade e o acesso aos pertences do
idoso, ausência de antiderrapantes e
anteparo para assento durante o banho.

Você deve orientar a pessoa idosa sobre como prevenir fatores de


risco externos. Oriente-a a:

● Manter os ambientes iluminados.


● Instalar barras de apoio - especialmente nos banheiros, e
em um corredor mais longo.
● Retirar potenciais obstáculos (tapetes, por exemplo).

Alguns fatores de risco internos para


quedas são: polifarmácia, acuidade visual
prejudicada, alterações na marcha e na
postura, quadros de déficit de memória ou
demência, sedentarismo e atividades
domésticas.

Algumas pessoas idosas possuem várias doenças, como


Diabetes, Hipertensão Arterial sistêmica, doenças cardíacas,
que envolvem o uso de muitas medicações, às vezes
prescritas em receitas diferentes. Este fato gera confusão,
fazendo com que o idoso ou a idosa acabe utilizando os
remédios em horários errados, confundindo as receitas e os
comprimidos.

27
Assim, podem acontecer problemas, tonturas ou desmaios, pelo
uso incorreto ou por efeito adverso devido ao uso de várias
medicações. Denominamos essa situação de polifarmácia.

Veja algumas dicas de como você, ACS, pode ajudar a pessoa


idosa a reduzir os fatores de riscos internos:

● Fazer e manter atualizada uma lista com todos os


medicamentos que a pessoa idosa está tomando, ou que
costuma tomar.
● Essa lista deve ser levada sempre para os médicos com
quem a pessoa idosa faz consulta.
● Os medicamentos que estão em uso devem ser guardados
dentro de suas caixas, para que qualquer pessoa saiba
quais são.

A supervisão da administração de medicação é também uma


atribuição do (a) ACS! Fique especialmente atento (a) quando
uma pessoa faz uso de 4 (quatro) ou mais remédios.

Clique aqui e veja mais orientações


práticas para evitar quedas, ou, se
estiver lendo este material no
formato impresso, escaneie o QR
para fazer download.

28
Há também casos em que a pessoa apresenta dificuldade de
mastigação e/ou deglutição, o que pode provocar engasgos
durante a alimentação e gerar um quadro de insuficiência
respiratória, podendo ser até mesmo fatal. Por isso, a importância
de mapear os (a) idosos (a) que vivem sozinhos (as). A atuação
do (a) ACS é importante no sentido de monitorar esses casos e
articular uma rede de apoio que possa contribuir no cuidado
dessas pessoas.

Sabemos que vivemos em um país enorme, diverso e com muitas


desigualdades. O (a) ACS, ao fazer o seu trabalho, deve procurar
conhecer as condições em que as pessoas idosas se encontram -
se estão dependentes ou não, se têm condições de acessar uma
alimentação adequada, se estão fazendo algum tratamento. Caso
observe que a pessoa idosa não tem condições, deve levar este
caso para discussão em equipe, para que possam propor a
solução mais adequada e um plano de cuidados para esta
pessoa.

Você, ACS, deve ficar atento aos sinais de


alerta que podem comprometer a
capacidade funcional da pessoa idosa.
Clique aqui e conheça estes sinais. Se
estiver lendo este material no formato
impresso, escaneie o QR para fazer
download.

A participação do (a) ACS no cuidado e na atenção à pessoa idosa


é fundamental. Principalmente, para acompanhar essa pessoa e
estabelecer um vínculo de confiança e segurança.

29
Isso é necessário porque, muitas vezes nas visitas que o ACS realiza
na casa da pessoa idosa, o ACS consegue observar, por exemplo,
situações onde a pessoa idosa está sofrendo algum tipo de
violência. Este é outro ponto relevante e de vulnerabilidade da
pessoa idosa, pois muitos estão expostos a diversos tipos de
violência.

Você sabia que as


pessoas idosas são o
segundo grupo com
maior vulnerabilidade
em relação à violência
no Brasil?

Em 2019, foram registradas mais de 48 mil denúncias de violência


contra pessoas idosas (Brasil, 2020). A violência pode ocorrer de
duas formas:

● visíveis: são situações em que há morte ou lesões no idoso;

● invisíveis: a violência ocorre sem machucar o corpo do


idoso, mas causa medo, depressão, sofrimento, falta de
esperança (Brasil, 2020) e ameaças.

Nesse sentido, você precisa se atentar para algum sinal de


violência à pessoa idosa.

30
Clique aqui e veja quais são os principais
tipos de violência que os idosos sofrem, ou,
se estiver lendo este material no formato
impresso, escaneie o QR para fazer
download.

É importante que o (a) ACS esteja atento para os sinais de violência


contra a pessoa idosa. Muitas vezes, isso pode ser feito por meio das
visitas domiciliares, nas quais é possível observar todas as
características do domicílio do idoso, suas necessidades e seus
fatores de vulnerabilidade (ou seja, os elementos que deixam os
idosos expostos à violência). Como exemplo, podemos citar a
dificuldade de andar, de falar, de ouvir, de se alimentar, etc.

No entanto, não é somente por meio das visitas que se pode descobrir
uma violência. Os sinais também podem ser denunciados por vizinhos
ou amigos, observados em eventos nos quais a pessoa idosa estiver
presente, como nas ações educativas da UBS, nas consultas, em
praças, centros religiosos e outros locais na comunidade.

Muitas vezes, a pessoa idosa fica calada durante as visitas, porque


tem medo de determinado familiar ou cuidador que a violenta.

Nesse caso, é necessário que o (a) ACS busque apoio dos demais
profissionais da sua equipe, que podem até mesmo precisar do apoio
de outros serviços do município. Juntos devem programar a melhor
forma de abordar aquela pessoa idosa, verificar sua situação e, caso
ela seja mesmo vítima de violência, buscar protegê-la.

31
Então, nessas situações, é importante ficar atento (a) a qualquer
sinal de violência e buscar ajuda com a equipe da UBS, que possui
profissionais capazes de acolher e lidar com essas situações,
incluindo denúncias feitas aos órgãos responsáveis. Nesse cenário,
o papel e a atenção do (a) ACS são fundamentais para ajudar o
idoso vítima de violência.

Deste modo, sempre que o (a) ACS vivenciar uma situação de


violência contra uma pessoa, deve buscar coletar o máximo de
informações possíveis, com vizinhos, amigos e até mesmo
familiares, se for o caso. Essas informações podem ser referentes:

● Aos atos de violência;


● Ao tempo em que eles estão ocorrendo;
● Aos motivos da violência;
● Às necessidades do idoso;

Busque saber ainda se a pessoa que provoca a violência tem


algum problema de saúde, se os familiares sabem e outras
informações que possam ajudar nas ações que a equipe de saúde
irá promover.

Vamos praticar?
Lembre-se que, em qualquer caso de
suspeita de violência, é necessário que
algum membro da equipe de saúde
faça a notificação no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação
(SINAN).

32
Você, ACS, junto a equipe da APS, deve oferecer à pessoa idosa e
aos seus cuidadores uma atenção humanizada por meio de
orientações, acompanhamento e monitoramento de suas
demandas e necessidades. Através também de apoio domiciliar,
respeitando todos os valores, culturas e diversidades do
envelhecimento. Essas ações irão ajudar o idoso, ou a idosa, a ter
um envelhecimento ativo e saudável, em um ambiente seguro e
acolhedor (Brasil, 2007).

Agora, vamos refletir


sobre o seu papel na
promoção do
envelhecimento
saudável, ACS.
Você, ACS, tem o papel de monitorar os idosos, acompanhando a
sua progressão no envelhecimento, de forma saudável e com sua
capacidade funcional preservada. Por isso, precisa considerar que
o envelhecimento saudável, com autonomia e independência,
deve ser a realidade para todos os idosos e os profissionais da
saúde. Você tem um papel fundamental nisso pois é o responsável
por acolher, acompanhar e monitorar esses idosos, com ações de
promoção da saúde que vão contribuir para um estilo de vida
saudável.

Para saber um pouco mais sobre o


envelhecimento saudável Clique aqui. Se
estiver lendo este material no formato
impresso, escaneie o QR para fazer
download.

33
As ações de promoção da saúde da pessoa idosa organizadas na
APS são distribuídas entre todos os profissionais da equipe.

O (a) ACS que cumpre com suas atribuições ajuda a pessoa idosa
a ter um melhor acompanhamento. Assim, consegue cumprir com
todos os cuidados necessários, mantendo uma atenção integral e
contínua à pessoa idosa.

Na APS, vocês são considerados os profissionais da ponta do


cuidado, ou seja, aqueles mais próximos das famílias e dos idosos
e idosas. Isso permite que conheçam toda a realidade daquela
família e a vulnerabilidade da pessoa idosa. Isso contribui para a
construção de vínculo e de afeto entre os usuários e o serviço de
saúde, assim como entre os (as) ACS e os (as) idosos (as)
(Romagnoli, 2003).

Uma estratégia importante é que a equipe da APS realize uma


avaliação multidimensional da pessoa idosa, no mínimo, uma vez
por ano e defina um plano de cuidados de acordo com as
necessidades de cada idoso e idosa. Dessa forma, o (a) ACS
poderá monitorar o desenvolvimento desse plano de cuidados no
momento das visitas domiciliares.

Para saber mais sobre as atribuições de


cada profissional da equipe da Atenção
Básica para a promoção da saúde da
pessoa idosa, clique aqui e leia o
Caderno de Atenção Básica (p.27). Se
estiver lendo este material no formato
impresso, escaneie o QR para fazer
download.

34
SAÚDE DO
HOMEM
E nós homens? Por que
devemos cuidar da
nossa saúde?

Você já percebeu que os homens quase não frequentam a UBS? É


verdade! Os homens dificilmente vão aos serviços de APS em
busca de atendimento à saúde, principalmente aqueles com idade
entre 20 e 59 anos.

Segundo Coelho et. al. (2018), geralmente, as mulheres, as pessoas


idosas e as crianças estão mais presentes nos serviços de saúde.
Existe uma construção social, cultural e histórica acerca dos papéis
que a nossa sociedade espera que os homens desempenhem. Tal
construção reforça vários estereótipos. Ideias associadas aos
homens como a de que “machos” são impulsivos e sempre muito
ativos sexualmente, ou até mesmo mais agressivos do que as
mulheres, são preconceitos do senso comum, e não são ideias
com qualquer embasamento científico.

Muitos destes estereótipos também reforçam que as práticas de


cuidados são práticas femininas – como se os homens não
devessem cuidar da própria saúde e da saúde da sua família, ou
que os homens não têm responsabilidade na prevenção de
infecções sexualmente transmissíveis ou na contracepção. Esta
construção social também pode colocar homens em situações em
que correm maiores riscos, como reforçar o uso de tabaco, de
drogas, abuso de álcool, envolver-se em situações de violência no
trânsito ou de acidente de trabalho (COELHO et. al., 2018).

36
É importante que você conheça os
homens que vivem no território de sua
atuação para saber de suas necessidades,
de acordo com condições familiares, de
trabalho, de moradia, entre outras. Você,
agente de saúde, deve conhecer os fatores
que expõem os homens ao maior risco de
adoecimento, de violência ou de
acidentes. Esse acompanhamento é uma
ação importante para a promoção da
saúde dos homens, e de suas famílias.

Se os homens não procuram


os serviços de APS, onde eles
vão quando precisam?

Muitos homens, acabam procurando o serviço de saúde quando


estão em más condições, optando pelos serviços de urgência ou
de emergência. Nestes casos, frequentemente, o estado de saúde
já está muito agravado (Herrmann, A. et al., 2016).
Isso é uma herança da cultura machista existente na nossa
sociedade que pode nos levar a pensar que os homens não
conhecem as ações de promoção da saúde fornecidas pela APS.
Aqui se percebe, mais uma vez, a importância do papel do (a) ACS
na promoção de informações. Isso porque, uma vez que os
homens conhecem essas ações, não ficam tão expostos ao risco
de doenças graves ou morte.

Por exemplo, se você, ACS, conhece algum homem do seu território


que faz uso abusivo de bebidas alcoólicas, você pode fazer uma
visita ao domicílio dele e convidá-lo a comparecer à UBS. Não
esqueça de levar estas informações para a equipe de saúde da
família.

37
Na unidade, estarão os profissionais de saúde que poderão ajudar
esse homem por meio de tratamentos medicamentosos e/ou
programa de promoção da saúde. Isto é importante porque
aproxima o homem do serviço de saúde, tornando mais fácil o
acompanhamento e a assistência prestada.

Você sabia que os


homens morrem mais
por causas externas
(acidentes e violência)?

Os homens se expõem a vários fatores de risco, como lesões por


violência, acidentes de trânsito e acidentes de trabalho, e esta
exposição pode ser provocada pelo uso abusivo de álcool e drogas
(Herrmann, A. et al., 2016).

Por isso, é importante a presença e a atuação do (a) ACS na vida


dos homens, para monitorar riscos de adoecimento e de violência,
promovendo ações conjuntas com a equipe de APS.

O (a) ACS pode colaborar em ações que vão reduzir os fatores de


risco aos quais os homens estão expostos, por exemplo:

● Através de campanhas de combate ao uso do tabagismo, de


drogas e de bebidas alcoólicas;
● Por meio do estímulo ao acompanhamento da saúde
masculina e da saúde mental.

38
Assim como as mulheres, as crianças,
os adolescentes e os idosos, os homens
também possuem uma política pública
específica para guiar as ações de
promoção da saúde, por meio dos
profissionais de saúde da APS.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem


(PNAISH) foi criada com o objetivo de facilitar e aumentar o acesso
dos homens aos serviços de saúde e às ações de promoção de
saúde. Ela direciona gestores e profissionais de saúde para
considerarem aspectos sociais e culturais dos homens, visando a
integralidade do cuidado, a redução de mortes e doenças e
melhorando as condições de saúde masculina.

A PNAISH foi criada com cinco temas para facilitar a promoção da


saúde masculina na comunidade e ajudar o (a) ACS a incentivar a
ida dos homens às UBS. No entanto, é importante lembrar que
esses temas não abrangem todas as questões importantes para a
saúde masculina, como a saúde do trabalhador e a saúde mental
(tópicos importantes para a saúde masculina).

Clique aqui e saiba quais são os cinco


temas propostos na PNAISH e outras
informações importantes desta política .
Se estiver lendo este material no
formato impresso, escaneie o QR para
fazer download.

39
Como podemos estimular os
homens a aderirem a ações de
promoção da saúde e a
usarem os serviços de saúde
de Atenção Primária?

Algumas atividades podem ser desenvolvidas na UBS e envolver os


homens:

Rodas de Palestras;;
conversa; Vacinações;

Realização de
exames (como
Consultas; Planejamento
testes rápidos
reprodutivo;
para sífilis, HIV e
hepatites B e C);

Grupos Pré-natal da
operativos; parceira, entre
Atividades
outras.
preventivas;

40
As Unidades são também espaços em que métodos
contraceptivos e insumos para o sexo seguro para os homens se
tornam possíveis. Através da APS, os homens podem ter acesso
a encaminhamento para vasectomia, preservativos femininos
e/ou masculinos, lubrificantes e materiais educativos. Além
disso, o (a) ACS e a equipe devem desenvolver ações de
prevenção e tratamento de infecções sexualmente
transmissíveis (IST) e HIV/aids.

O (a) ACS tem um papel fundamental, pois está diretamente em


contato com os homens de seu território. Assim, conhece suas
vulnerabilidades e consegue identificar as situações de risco em
que o homem está exposto, como uso de droga, de álcool, de
tabaco, entre outras. Desse modo, é possível compreender a real
situação de cada um e atuar de forma educativa com as ações
de prevenção.

41
Por exemplo, uma atribuição que o (a) ACS do território pode
desenvolver com os homens é monitorar sua condição de saúde e
sua exposição a fatores de risco, como o uso de álcool.
Imagine que você, ACS, observou em seu território, por meio de
uma visita, que o senhor Lucas, de 38 anos, trabalhador de linha de
produção industrial, portador de diabetes tipo 2, mora com a
esposa e um filho e faz uso abusivo de bebidas alcoólicas
diariamente.

Qual seria sua conduta correta


nessa situação?
Como ACS, seu papel seria reportar a situação aos profissionais da
equipe de saúde para, juntos, planejarem as ações de promoção
de saúde que poderiam ser implementadas no caso. Ações de
educação em saúde, controle da diabetes, redução e/ou
eliminação do consumo de bebidas alcoólicas, importância do
estilo de vida saudável, seriam algumas das recomendações
indicadas.

42
Para melhor compreensão, vamos falar de alguns fatores de risco
dos homens que podem provocar o adoecimento e, até mesmo, a
morte prematura.

O fato de o homem ter uma doença, ou se expor a algum tipo de


violência, pode causar um impacto negativo na sua vida e na de
seus familiares. Imagine, por exemplo, uma situação em que um
homem que fez uso de álcool e drogas se envolveu em um
acidente de trânsito. Neste caso, o uso do álcool e das drogas foi o
principal fator de risco que deixou o homem vulnerável ao acidente
de trânsito. O reflexo desse acidente pode lhe causar doença,
trauma ou, até mesmo, a morte.

Alguns elementos podem ser observados no cotidiano dos homens


do seu território, a partir dos quais determinadas ações devem ser
desenvolvidas, junto com a equipe de saúde, tais como:

● Fatores de violência comuns entre os homens;


● Abuso de álcool e drogas;
● Doenças crônicas não transmissíveis;
● Infecções sexualmente transmissíveis.

Clique aqui e acesse o Material Complementar para


conhecer cada um desses fatores de forma
detalhada. Se estiver lendo este material no
formato impresso, escaneie o QR para fazer
download.

43
Veja algumas das práticas de promoção da saúde do homem que
o (a) ACS pode executar no seu território:

● Manter o cadastro dos homens atualizado na UBS, através


das fichas do e-SUS;
● Realizar busca ativa de homens para a realização de, pelo
menos, uma consulta por ano;
● Elaborar ações para dar visibilidade aos serviços de saúde
aos homens;
● Estimular a equipe a criar horários alternativos de
atendimento;
● Aproveitar as visitas domiciliares para falar sobre a saúde do
homem;
● Criar rodas de conversas com os homens da comunidade;
● Verificar o cartão de vacinação e estimular o homem a se
imunizar;
● Realizar ações educativas para a prevenção de violências e
acidentes, uso de álcool e outras drogas.

Veja quais cuidados o (a) ACS pode


realizar com os homens em relação aos
temas: saúde sexual e reprodutiva,
doenças crônicas não transmissíveis,
prevenção de violências e acidentes e
promoção da saúde mental. Clique aqui,
ou, se estiver lendo este material no
formato impresso, escaneie o QR para
fazer download.

44
RETROSPECTIVA
Com este estudo, vimos que o processo de envelhecimento
populacional é uma realidade mundial, sendo que nos países em
desenvolvimento, como o Brasil, ele ocorre de maneira acelerada. Vimos,
também, que os idosos são acolhidos pela Política Nacional de Atenção
à Saúde da Pessoa Idosa, e é por meio dela que os profissionais de
saúde planejam as ações que serão desenvolvidas no território,
garantindo o acesso aos serviços de saúde necessários para manter a
qualidade de vida dessa população.

Você percebeu o quanto é importante trabalhar com ações de


promoção da saúde da pessoa idosa e da saúde do homem?
Conseguiu observar os pontos importantes de atuação do (a) ACS no
território para trabalhar com os fatores de prevenção para essas
populações? Lembre-se: Você, ACS, é o profissional da equipe que está
mais próximo da pessoa idosa, dos homens e de seus familiares. Você
conhece suas necessidades e pode atuar de forma a incentivar esses
públicos a fazerem parte da unidade de saúde, mostrando a
importância de se cuidar, de monitorar todos os fatores de risco
presentes em seu ambiente familiar, social ou de trabalho, objetivando
mais qualidade de vida.

Esperamos que você tenha compreendido o conteúdo apresentado e


esteja pronto (a) para aplicar esses conhecimentos em sua prática
profissional, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde em seu
município.
Até a próxima disciplina!

46
REFERÊNCIAS
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mortes
violentas atingem até 11 vezes mais homens que mulheres jovens.
Agência IBGE Notícias, 2017. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia
-de-noticias/noticias/22868-mortes-violentas-atingem-ate-11-vezes
-mais-homens-que-mulheres-jovens

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Idosos


indicam caminhos para uma melhor idade. Agência IBGE Notícias,
2018. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia
-de-noticias/noticias/24036-idosos-indicam-caminhos-para-uma-
melhor-idade

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.


Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa
Idosa. Violência contra a pessoa idosa, vamos falar sobre isso?
Perguntas mais frequentes sobre direitos das pessoas idosas.
Brasília, 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/junho/cartil
hacombateviolenciapessoaidosa.pdf

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homem: prevenção é fundamental para uma vida saudável. Brasília,
2022. Disponível em
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BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Traumatologia e


Ortopedia. Como reduzir quedas no idoso. 2015. Disponível em:
https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/186-que
das-e-inflamacoes/272-como-reduzir-quedas-no-idoso

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Direitos


sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília,
2009. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sexuais_reprod
utivos_metodos_anticoncepcionais.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção
Básica, n. 19. Brasília, 2007. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Orientações técnicas para a implementação de Linha de Cuidado
para Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa no Sistema Único de
Saúde – SUS. Brasília, 2018. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao
_pessoa_idosa.pdf

48
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde
Sexual e Saúde Reprodutiva: os homens como sujeitos de cuidado.
Brasília,, 2018. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_reprodut
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de


Vigilância em Saúde. 5. ed. – Brasília, 2021. Disponível em:
https://abrir.link/MJTUo

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/partes/saude_brasil200
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Boletim Temático:


Saúde do Idoso. Brasília, 2022. Disponível em:
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BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação Nº 2.


Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do
Sistema Único de Saúde, 2017. Disponível em
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10
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Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Disponível em:
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_2009.html

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.528, de 19 de outubro de


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determina outras providências. Diário Oficial da União, 2006.
Disponível em:
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COELHO, E. B. S. et al. Política nacional de atenção integral a saúde do


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50
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br

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