5 - Terapia Nutricional Enteral
5 - Terapia Nutricional Enteral
5 - Terapia Nutricional Enteral
Definição
“Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para
uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para
substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme
suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a
síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (ANVISA, 2000)
• “(...) composição definida ou estimada”: A composição do alimento deve ser
bem calculada para que se tenha certeza daquilo que o paciente está recebendo.
• “(...) uso por sondas ou via oral”: A nutrição enteral é elaborada para ser usada
por via de sondas (ou cateteres) implantadas diretamente nos órgãos; além
disso, no Brasil, há a peculiaridade de se poder usar os produtos de nutrição
enteral por via oral, com o objetivo de suplementar necessidades energéticas
dos pacientes – sejam proteicas ou não.
• “(...) substituir ou complementar a alimentação oral”: Visa a complementar ou
substituir a alimentação oral, com a finalidade de manter ou recuperar o estado
nutricional.
Obs.: Essa é a definição de nutrição enteral, ou seja, das fórmulas que são aplicadas
aos pacientes. Quando se trata dos procedimentos, no entanto, a definição
correspondente é a de terapia de nutrição enteral, a qual engloba as vias de
acesso, os modos de administração etc., tendo cada profissional a sua compe-
tência no processo.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
Regulamentação da TNE
• Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n. 63, da Anvisa, de 06/07/2000 – Regu-
lamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutri-
ção Enteral.
• Os seguintes anexos da RDC n. 63 são muito importantes, pois, em caso de fiscaliza-
ção, seu cumprimento será verificado:
– Anexo I – Atribuições da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN);
– Anexo II – Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral (BPPNE);
– Anexo III – Boas Práticas de Administração da Nutrição Enteral (BPANE);
– Anexo IV – Roteiros de Inspeção.
Obs.: Os roteiros de inspeção são utilizados pela Vigilância Sanitária com a finalidade de
controle de todos os processos e garantia da qualidade dos produtos ofertados aos
pacientes.
5m
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
– Se a nutrição enteral não for utilizada imediatamente, também devem ser seguidas
regras para o seu armazenamento em temperatura adequada, a fim de inviabilizar a
contaminação por patógenos.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
• Além dos profissionais obrigatórios, a equipe também pode contar com outros
profissionais que se fazem importantes para a garantia da qualidade da tera-
pia e da resposta do paciente, a exemplo de fisioterapeutas, psicólogos e fono-
audiólogos.
• Dentro da equipe, há um coordenador clínico, que deve, obrigatoriamente, ser médico
e, preferencialmente, ter especialização em terapia nutricional enteral e parenteral.
• Também há a presença de um coordenador técnico-administrativo, que é o responsá-
vel pelos treinamentos, agendamentos de reuniões, educação continuada etc.
10m
– Essa função pode ser assumida pelo médico ou outro profissional de saúde, desde
que este seja especialista nos procedimentos de terapia nutricional.
Atribuições da EMTN
• As atribuições gerais da EMTN devem seguir recomendações contidas na Resolução
RDC/Anvisa n. 63, de 6 de julho de 2000, e na Portaria n. 272/MS/SNVS, de 8 de abril
de 1998, ou em normas que venham a substituí-las.
• As atribuições são as seguintes:
– Médico: Indicação da via de acesso e prescrição médica da terapia nutricional
enteral/parenteral.
– Ex.: O médico define que será uma dieta via sonda nasogástrica para um paciente
crítico, que esteja em ventilação mecânica.
– Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes, das necessidades
nutricionais e prescrição dietética da TNE, além de supervisão das etapas de pre-
paração da nutrição enteral.
– É somente após a avaliação do nutricionista que ocorre a indicação da terapia nutri-
cional. Essa avaliação, portanto, precede todas as outras etapas.
– O nutricionista também determina as necessidades nutricionais para os pacientes
(tanto de macro quanto de micronutrientes), a fim de que se possa fazer o ajuste de
fórmula adequado às suas necessidades, realizando, então, a prescrição dietética
com todos os nutrientes que serão administrados.
– Além disso, também é responsável pela supervisão de todas as etapas de prepara-
ção da nutrição enteral – ou seja, é o responsável técnico pelas etapas de manipula-
ção, conservação e transporte do produto, até que este seja entregue ao profissional
da enfermagem, que é o responsável pela administração.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
ATENÇÃO
• Quando o atendimento da necessidade é menor do que 75%, tenta-se a terapia nutricio-
nal via oral – ou seja, usam-se produtos enterais pela via oral, com a finalidade de comple-
mentação das necessidades.
• Quando esse atendimento é menor do que 60%, passa-se para a nutrição enteral pro-
priamente dita, mas, para isso, é preciso avaliar a funcionalidade do trato digestório.
• Se o trato digestório está funcionante, ele é utilizado a fim de que não haja risco de
atrofia intestinal e, provavelmente, translocação bacteriana por conta dessa atrofia.
• Quando o trato gastrointestinal não funciona, já há indicação direta da terapia parente-
ral para que as necessidades dos pacientes sejam atingidas.
• Um fator importante a ser considerado é que, mesmo na nutrição enteral, é preciso
avaliar se o paciente consegue receber todo o volume que foi prescrito para se atingir
suas necessidades nutricionais.
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Legislação
Obs.: A nutrição parenteral pode servir como fonte exclusiva de dieta, mas também pode
ser uma via complementar para atingir as necessidades totais do paciente, evitando
a desnutrição.
Indicações
• Estabilidade hemodinâmica:
– É a primeira indicação para qualquer via de nutrição.
– Os sinais vitais dos pacientes têm que estar estáveis.
ATENÇÃO
• Regra de ouro da nutrição enteral: “Quando o intestino funciona, use-o ou perca-o”.
– O intestino também depende de nutrição. Quando não é utilizado, as velocidades
intestinais começam a atrofiar, o que ocasiona risco de translocação e risco de de-
senvolvimento de menor tolerância à introdução dietética pelo trato digestório.
• TGI íntegro: Caso o paciente se recuse a comer, ou, então, não possa ou não deva
alimentar-se.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
– Na segunda hipótese, por repouso do trato digestório; na terceira, por questões obs-
trutivas, que impõem riscos à saúde.
• Comentarioa sobre algumas das situações em que pacientes não podem se alimentar:
– Alguns tipos de neoplasias podem obstruir o trato digestório.
– Doenças desmielinizantes afetam a capacidade de motilidade digestória.
Obs.: Além dos casos citados na imagem, há o daqueles pacientes em ventilação mecâ-
nica, pois a intubação orotraqueal aumenta o risco de broncoaspiração do alimento,
demandando diretamente o uso de nutrição enteral.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
ATENÇÃO
• A iamgem apresenta um quadro de doenças ou estados que afetam de forma importante
o aproveitamento dos nutrientes
• Muitas dessas situações aumentam significativamente o gasto energético, de maneira
que o uso da via oral se torna insuficiente para suprir as necessidades de nutrientes.
• Pacientes com dor e/ou desconforto com a nutrição por via oral:
Obs.: Nesses casos em que o paciente tem inflamações no trato digestório ou obstruções,
por vezes o procedimento pela via oral não é capaz de suprir suas necessidades. De
qualquer modo, a funcionalidade do trato digestório será avaliada, sendo este utiliza-
do mesmo que sua função seja parcial.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
– Síndrome da má absorção:
– Avalia-se má absorção, normalmente, quando há diarreia muito intensa, que não
cede com as terapias convencionais.
– Essa diarreia, por aumentar muito a motilidade do trato digestório, leva à má absor-
ção dos nutrientes, o que também acontece na síndrome do intestino curto (SIC).
– SIC:
– Nessa síndrome, ressecções muito extensas de porções do intestino comprometem
a área absortiva, levando a uma motilidade gastrointestinal bastante elevada, o que
impede o tempo de contato adequado dos nutrientes com a mucosa a fim de que
sejam devidamente absorvidos.
ATENÇÃO
Em fases em que a má-absorção está muito pronunciada, será usada a via parenteral, po-
rém, à medida em que o paciente vai se recuperando das síndromes de má-absorção e o
nível de diarreia reduz, retorna-se ao uso do trato digestório por meio da nutrição enteral.
– Fístulas:
– São comunicações anormais entre órgãos ou vasos (entre cavidades ocas).
– Classificam-se em de alto e baixo débito. As primeiras são aquelas que secretam
mais de 500 ml por dia.
– Dependendo da localização da fístula, pode-se ou não utilizar o trato digestório.
– Uma fístula de esôfago com bastante secreção expelirá, principalmente, produtos do
trato superior a ela (cavidade oral, início da orofaringe e do esôfago), não impedindo
que se coloque uma sonda cerca de 50 cm abaixo de onde está localizada.
25m
– Num caso desses, portanto, seria possível alimentar o paciente por via gástrica.
– Se for uma fístula gástrica, seria possível alimentá-lo diretamente pelo intestino.
– Quando as fístulas são intestinais e de alto débito, contudo, os nutrientes infundidos
pela dieta serão, em grande parte, perdidos nelas, não sendo indicado o uso do trato
digestório.
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Legislação
ATENÇÃO
Obs.: Outra peculiaridade importante da nutrição enteral é referente aos casos em que há
pancreatites, principalmente as agudas.
• Por muito tempo, com a ideia de manter o órgão em repouso, foi indicado o uso da nu-
trição parenteral para as pancreatites, porém, com a evolução científica, verificou-se que a
dieta enteral é bem tolerada nesses casos. Hoje, já se parte para a dieta gástrica.
• Porém, em alguns casos, há a necessidade do posicionamento da sonda em jejum, jus-
tamente para não estimular as secreções pancreáticas que ocorrem a partir da entrada do
alimento no duodeno.
– Isso ocorre porque, a partir da entrada de alimentos, principalmente lipídicos (mas tam-
bém de alguns teores de aminoácidos), o duodeno secreta colecistoquinina, responsável
por estimular o pâncreas a liberar suas enzimas digestivas.
– Havendo posicionamento jejunal da sonda – ou seja, pós-duodeno – procura-se garantir
o conforto dos pacientes com pancreatite.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
• Sangramento gastrointestinal:
– Há necessidade de repouso para que as ulcerações cicatrizem e o sangramento ceda.
• Isquemia gastrointestinal:
– Caso em que mão existe fluxo adequado para o intestino capaz de manter a capaci-
dade absortiva desse órgão
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Legislação
• Vômitos incoercíveis:
– Os vômitos constantes podem ocasionar deslocamento da sonda, o que, além de
prejudicar o processo, pode impor risco de aspiração da dieta recebida.
– A via parenteral também é a mais indicada.
30m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Lucia Ribeiro Salomon.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Vias de Acesso
• Não cirúrgicas – SNG, SND ou SNJ; Oro.
– Sondas que são passadas, em adultos, normalmente pela via nasal, e que são posi-
cionadas diretamente no estômago, no duodeno ou no jejuno.
– Esse tipo engloba as sondas nasogástricas (SNG), nasoduodenais (SND) ou naso-
jejunais (SNJ) – todas responsáveis por manter o fluxo de dieta até o órgão alvo.
– Em pediatria, também é habitual se fazer o acesso oral: as sondas são passadas
pela boca e posicionadas no órgão alvo.
– É o caso das sondas orogástricas, oroduodenais ou orojejunais.
ATENÇÃO
• As sondas pós-pilóricas, ou seja, abaixo do estômago, normalmente precisam ser pas-
sadas com o auxílio de um endoscópio, pois não migram naturalmente para esses órgãos.
Por consequência, há a necessidade da presença de um endoscopista.
• Em razão disso, muitas das diretrizes de hoje em dia trazem, como primeira via de
escolha, a nasogástrica, já que esta independe de endoscopista, sendo mais ágil para
o paciente.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Obs.: Nas figuras acima, há o exemplo de um acesso nasal passando pelo esôfago e posi-
cionado no estômago.

ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Obs.: A figura acima representa uma jejunostomia. O acesso é feito diretamente no jejuno,
por procedimento cirúrgico ou endoscópico.
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Obs.: Abaixo, alguns elementos a serem analisados para se saber qual será a melhor via
para o paciente.
Obs.: Alguns autores adotam o ponto de corte de 4 semanas, mas é admitido que, antes
de 4 a 6 semanas, é possível manter uma via não cirúrgica – isto é, uma via na-
sal ou oral.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
– Nesses casos, as estomias são muito mais confortáveis e práticas, além de serem
benéficas psicologicamente, já que ficam cobertas pelas roupas, o que diminui a
estigmatização do paciente.
• Intragástrica ou pós-pilórica.
– As intragástricas são destinadas à maioria dos pacientes, enquanto as pós-pilóricas
aplicam-se ou para aqueles que têm alguma obstrução gástrica, ou par aos que têm
alto risco de broncoaspiração.
(Cuppari, 2015)
Obs.: Se a duração for menor do que semanas, adotam-se vias de acesso não cirúrgicas;
se for maior, adotam-se vias cirúrgicas ou endoscópicas.
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Métodos de Administração
• Há dois métodos de administração: o intermitente e o contínuo.
– Intermitente: Segue a via mais fisiológica de alimentação, ou seja, a infusão da dieta
ocorre durante alguns períodos, que são alternados por outros períodos de repouso.
– Contínuo: Normalmente é utilizado em pacientes inconscientes, que não têm mais
uma vida ativa para que necessitem de repousos.
Obs.: A escolha de um outro método vai depender da tolerância digestiva do paciente e dos
meios que se encontram disponíveis na internação e/ou no domicílio.
Obs.: Normalmente, encontra-se infusão por bomba somente nos ambientes de terapia
intensiva, quando existe a necessidade de monitoramento seguro do fluxo recebido
pelo paciente.
• Método contínuo:
– Gravitacional ou bomba de infusão.
– Há, normalmente, 12 horas contínuas de infusão no mínimo, podendo chegar
a 24 horas.
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
• Exemplo:
– Volume total de 1500 ml a ser administrado de forma contínua em 20 horas.
– Para se saber o número de ml/h, divide-se o volume total de 1.500 ml pelas 20 horas,
o que resulta em 75 ml/h.
– Como 1 ml são 20 gotas, multiplica-se os 75 ml por 20 gotas, resultando em
15000 gotas.
– Por fim, divide-se essas 1500 gotas por 60 minutos, o que equivale a 25 gotas/min.
15m
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
ATENÇÃO
• Se as técnicas higiênico-sanitárias para manipulação e o tempo de validade das dietas
forem respeitados, não haverá favorecimento de contaminação.
• De qualquer forma, a RDC n. 63 recomenda que, periodicamente, sejam realizados exa-
mes microbiológicos das fórmulas para garantir que os procedimentos de manipulação
estão sendo corretamente aplicados.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
– Fórmula em pó, que precisa ser reconstituída em água, seja num copo (com o auxílio
de uma colher) ou em liquidificadores ou mixers – nessas duas últimas hipóteses, há
a necessidade de higiene mais controlada desse equipamentos.
– Fórmula líquida, já pronta para o uso. Também é classificado como sistema aberto
porque precisa ser transferida de sua embalagem original para o frasco de adminis-
tração da dieta.
ANOTAÇÕES
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Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
– Equipo usado no sistema fechado. Na ponta de conexão com a dieta, existe uma
lanceta de perfuração, usada para penetrar o lacre da embalagem.
ATENÇÃO
• Mesmo no sistema fechado, os cuidados de higiene devem ser seguidos.
• A tampa do produto da dieta é higienizado com álcool 70, assim como a embalagem e
a abertura do equipo.
• Perfurada a embalagem, já se faz a conexão direta, para evitar qualquer contaminação
durante o procedimento.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
• Fórmulas poliméricas: São aquelas cujos nutrientes são totalmente constituídos por
polímeros.
– Exemplos: amido (polímero de carboidrato); proteína (polímero de aminoácido); tri-
glicerídeo de cadeia longa (polímero de lipídio).
– Esses nutrientes estão na sua forma íntegra; é como, normalmente, são ingeridos.
20m
– São indicadas para a maior parte dos pacientes.
Obs.: Ao se decidir por uma fórmula, as poliméricas são a primeira opção, a não ser que o
paciente apresente alguma peculiaridade em termos de função absortiva e digestiva.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
Obs.: As fórmulas especializadas, por terem a adição ou retirada de algum nutriente impor-
tante, costumam ter custo muito elevado.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
ATENÇÃO
Tanto uma quanto a outra refletem o mesmo significado – quanto maior forem, muito
mais partículas existem dentro do produto, o que pode gerar intolerância digestiva para o
paciente.
25m
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Característica das Fórmulas
ATENÇÃO
• O estômago, como tem a função de reservatório, segura as partículas até que elas este-
jam adequadamente diluídas, ajustando a osmolaridade.
• O intestino já não tem essa capacidade de ajuste, pois, quando uma fórmula hiperosmo-
lar é infundida nele, ocorre perda de água para equilibrar a osmolaridade, o que causa as
diarreias.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Lucia Ribeiro Salomon.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
Exemplo 1:
• Cálculo da necessidade energética: 30 kcal/kg/d e PA = 60 kg;
O paciente é do sexo masculino, que tem o peso atual de 60 kg. A necessidade energé-
tica dele será calculada com base no padrão, que seria de 30 calorias por quilo ao dia.
• VET = 1.800 kcal (esse valor foi obtido da multiplicação de 30x60);
• Densidade calórica (d.c.) da Fórmula = 1,2 kcal/mL;
• Volume de Fórmula = VET / d.c.
1.800 kcal / 1,2 = 1.500 mL de fórmula.
Para calcular o volume da fórmula, o valor das calorias totais (VET) deverá ser dividido
pela densidade calórica.
De acordo com a densidade calórica, haverá um percentual de água livre, ou seja, a água
que foi utilizada para a diluição da fórmula e que serve para a hidratação do paciente. Uma
porção da água é complexada aos nutrientes da fórmula, e a outra porção fica disponível
para hidratar o paciente, a chamada água livre na fórmula.
• Fórmulas Normocalóricas: possuem densidade calórica de 1,0-1,2 Kcal/ml e fornecem
um percentual de 80 a 86% de água livre;
• Fórmulas Hipercalóricas: possuem densidade calórica de 1,3-1,5 Kcal/ml e fornecem
um percentual de 76 a 78% de água livre;
• Fórmulas Acentuadamente Hipercalóricas: possuem densidade calórica de 1,5-2,0
Kcal/ml e fornecem um percentual de 69 a 71% de água livre.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
• Para adultos de 18-64 anos, o cálculo utilizado de forma padrão para pessoas mais
sedentárias é de 30-35 mL/kg. Se forem pessoas que realizam atividades muito inten-
sas, é utilizado um cálculo com uma quantidade superior de mL/Kg;
• 30 mL/kg (55-65 anos);
5m
• Idosos: mulheres – 1,6 L; homens – 2,0 L;
• A recomendação da RDA é de 1 mL/kcal oferecida.
Exemplo 2:
Paciente do sexo masculino, 50 anos, necessitando de TNE pós sequela de AVE, peso
atual de 60 kg, estatura de 1,65 m.
• O cálculo do VET = 1.800 kcal;
• Necessidade hídrica = 1.800 mL;
• Fórmula disponível com densidade calórica de 1,2 kcal/mL;
• Volume total de fórmula: 1.800 / 1,2 = 1.500 mL.
Os percentuais de água livre são utilizados para verificar quanto na fórmula é água dis-
ponível para a hidratação do paciente e, a partir daí, é feito o cálculo da diferença da neces-
sidade hídrica.
Considerando que a fórmula é normocalórica (1,0-1,2 Kcal/ml), o conteúdo de água livre
encontra-se em 80-86%.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
Calorias não proteicas excluem as calorias proteicas e o cálculo começa com a verifica-
10m ção de quantas calorias de proteína existem dentro da fórmula.
O segundo passo é converter as calorias de proteínas em gramas de proteínas. É sabido
que 1 g de proteína fornece 4 calorias, então as gramas de proteína são divididas por 4 para
descobrir a gramatura de proteínas.
Para o cálculo das gramas de Nitrogênio, divide-se as gramas de proteína por 6,25, con-
siderando que a proteína tem cerca de 16% de Nitrogênio disponível.
Descobrindo as gramas de Nitrogênio, calculam-se as calorias não proteicas, utilizando o
valor energético total e subtraindo pelas calorias que provêm de proteína.
Por fim, basta realizar a divisão das calorias não proteicas pelas gramas de Nitrogê-
nio obtidas.
Esquematizando:
1.Calcular as kcal provenientes de proteínas;
2. Converter kcal em g: kcal PTN / 4;
3. Converter g PTN em gN: g PTN/6,25;
4. Calcular as kcal não proteicas: VET – kcal PTN;
5. Dividir as kcal não proteicas por g N.
Retomando o Exemplo 2:
Paciente do sexo masculino, 50 anos, necessitando de TNE pós sequela de AVE, peso
atual de 60 kg, estatura de 1,65 m.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
• 20% PTN: 1.800 kcal x 0,2 = 360 kcal de PTN. Para converter as calorias de proteína
para grama, as calorias são divididas por 4;
• Converter kcal em g: 360 / 4 = 90 g PTN;
• Converter g PTN em gN: 90 g /6,25 = 14,4 g N;
• Calcular as kcal não proteicas: VET – kcal PTN = 1.800 – 360 = 1.440 kcal não PTN;
• Dividir as kcal não proteicas por g N: 1.440 / 14,4 = 100 : 1.
Para cada grama de Nitrogênio, existem de suporte 100 calorias não proteicas, indicativo
de que essa dieta é hiperproteica e que a proteína estará sendo utilizada para fins proteicos
propriamente, e não para fins de conversão em energia.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
2. Constipação intestinal:
• Adequar hidratação, já que a constipação pode ser um alerta de desidratação;
• Usar fórmulas com fibras;
• Estimular deambulação para que haja estímulo para a própria musculatura abdominal
e para auxiliar o processo de evacuação.
ANOTAÇÕES
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
3. Náuseas e vômitos:
São complicações comuns que dependem muito da velocidade de infusão da dieta,
mesmo naquele paciente que está em infusão gravitacional. Às vezes, com a própria movi-
mentação do paciente, o fluxo da dieta acelera, sendo necessário:
• Evitar administração rápida;
• Evoluir gotejamento gradualmente;
• Usar fórmulas isotônicas para prevenir qualquer desconforto;
• Usar fórmulas com baixos teores de lipídeos (30% do VET), já que o lipídeo retarda
o esvaziamento gástrico e pode causar essa sensação de plenitude e descon-
forto gástrico;
• Não há a necessidade de diminuir temporariamente a alimentação, exceto se o
paciente vomitar em excesso. Nesse caso, a recomendação é de suspender o horário
seguinte e avaliar se o quadro vai permanecer, pois normalmente os médicos entraram
com medicamentos procinéticos para estimular a propulsão gástrica; por fim, a dieta é
retomada e a tolerância é avaliada. Se os sintomas persistirem, o ideal é que o posi-
cionamento seja feito pós pilórico, com uma infusão mais cuidadosa;
• Considerar via pós-pilórica.
4. Estase gástrica:
Quando a dieta fica muito tempo dentro do estômago por uma baixa motilidade gas-
trointestinal, muitas vezes causada por drogas vasoativas, medicamentos e sedativos, é
necessário:
• Usar agentes que aumentam a mobilidade gástrica: metoclopramida, cisaprida;
• Diminuir temporariamente a alimentação.
6. Refluxo gastroesofágico:
• Ocorre como uma pressão gástrica aumentada, que pode estar relacionada ao um
25m volume gástrico, de fluido abdominal (ascite);
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral - Características das Fórmulas II
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Lúcia Ribeiro.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTAL
Nutrição Enteral – Complicações e Exercícios
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Nutrição Enteral – Complicações e Exercícios
• Fatores de risco:
– Alimentos in natura;
– Manipulação e preparo de fórmulas em sistema aberto, principalmente em caso de
fórmulas que demandam uma maior manipulação.
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Ex.: Fórmulas em pó que precisam ser reconstituídas em água;
– Sistema de infusão (aberto/fechado): aquela dieta que já vem reconstituída (líquida),
mas que precisa ser transferida para um recipiente adequado de administração;
durante esse processo de transferência, há risco de contaminação e, para evitá-la,
devem ser adotadas medidas de prevenção, como a higienização com álcool 70%;
– Materiais (estéreis/reutilizáveis): as fórmulas vêm com recomendações de tempo de
preparo e armazenamento pelos próprios fabricantes; normalmente as fórmulas em
sistema aberto, a depender do tipo de fórmula, têm uma validade de 12-24 horas
sob refrigeração, e durante a administração, as fórmulas em pó têm uma validade
máxima de 6 horas;
– Tempo e temperatura (condições de armazenamento): as fórmulas devem ser admi-
nistradas em temperatura ambiente (o que aumenta o risco de contaminação); fór-
mulas que foram previamente preparadas e estão armazenadas em geladeira pre-
cisam ser retiradas do refrigerador 30 minutos antes da administração para evitar
complicações em decorrência da temperatura baixa, como espasmos gástricos ou
intestinais;
– Tempo e temperatura (infusão);
– Adição de substâncias durante a infusão: enquanto a dieta está sendo infundida,
administrar concomitantemente um medicamento ou outra substância aumenta
os riscos de contaminação da fórmula; isso deve ser evitado; cada administração
deve ter seus tempos adequados, assim como a higienização correta de equipo e
sonda deve ser feita entre as etapas de administração para evitar esses riscos de
contaminação.
• Recomendações:
– Uso de produtos comerciais estéreis: em riscos de contaminação ou em locais que
não tenham uma área adequada para a manipulação das fórmulas, locais que não
tenham um laboratório de nutrição enteral que seja devidamente aprovado pela vigi-
lância sanitária local devem preferencialmente utilizar produtos estéreis, ou seja,
ANOTAÇÕES
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Obs.: É necessário atentar para o fato de o paciente já ser diabético, de forma que os per-
centuais de carboidratos devem ser adequados à própria doença que ele apresenta;
ANOTAÇÕES
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Há uma quebra das vinculações sociais, já que a interação social maior feita entre os
indivíduos é através da alimentação e, quando o paciente está com uma sonda (via nasal ou
estomia), essa socialização fica prejudicada; consequentemente, o paciente acaba se iso-
lando, o que gera um maior risco de:
• Ansiedade;
• Depressão.
Ocorrem também:
• Falta de estímulo ao paladar;
• Sede e boca seca que reduzem paladar;
• Monotonia alimentar;
• Horários fixos reduzem estímulo para alimentação;
• Insociabilidade;
• Auto-imagem prejudicada;
• Inatividade.
DIRETO DO CONCURSO
35. (IBFC/2014)Diversos fatores devem ser considerados na escolha e na prescrição de
fórmula enteral para um paciente. Dentre esses fatores pode-se citar:
a. Densidade calórica da fórmula; uma vez que indivíduos com restrição hídrica podem
se beneficiar de fórmulas com menor densidade calórica, como as de 1,0 Kilocaloria/
mililitro.
b. Capacidade digestiva e absortiva do paciente; uma vez que indivíduos com distúr-
bio de má digestão ou má absorção podem ser beneficiados com o uso de fórmulas
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monoméricas, que contêm peptídeos ou aminoácidos.
ANOTAÇÕES
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c. Osmolaridade da fórmula; uma vez que fórmulas com proteína ou amido íntegros são
contraindicadas em caso de diarreia, por apresentaram maior osmolaridade do que
aquelas com esses nutrientes na forma hidrolisada.
d. Posicionamento da sonda; uma vez que no posicionamento pós-pilórico a infusão de
grandes volumes de fórmula em curto tempo é mais bem tolerada do que no posicio-
namento gástrico.
e. Presença de fibras na fórmula; uma vez que em casos de diarreia, a presença de
fibras insolúveis prebióticas, como a lignina e a celulose, contribui para a redução da
velocidade de trânsito intestinal.
COMENTÁRIO
• Quando o paciente tem restrição hídrica, ou seja, precisa receber um volume de água
menor, é necessário utilizar fórmulas mais concentradas para não ultrapassar essa
capacidade hídrica de ingestão que ele tem; quanto maior a densidade calórica de
uma fórmula, menor o volume;
• Quanto maior a hidrólise de um nutriente, maior a sua osmolaridade, ou seja, as formas
íntegras, poliméricas, intactas, são as que apresentam menor osmolaridade;
• O órgão capaz de regular volume para o intestino é o próprio estômago, que tolera
muito mais volume que o intestino;
• Quem faz o papel de fibras periódicas são as fibras solúveis, indicadas na ocorrência
de diarréia. As fibras insolúveis na ocorrência de uma diarréia vão promover uma
aceleração da velocidade de trânsito, favorecendo a diarréia.
42. (IBFC/2015) Paciente apresenta contraindicação de alimentar-se por via oral pelas pró-
ximas 2 semanas. Possui função gastrintestinal normal, sem obstruções mecânicas
ou outros fatores que inviabilizem sua utilização para fins de nutrição. Não apresenta
refluxo gastroesofágico ou vômitos. A indicação preferencial de terapia nutricional a
esse caso é:
a. Nutrição parenteral periférica.
b. Nutrição enteral via gastrostomia.
c. Nutrição enteral via sonda com inserção nasal e posicionamento intragástrico.
d. Nutrição enteral via sonda com inserção nasal e posicionamento pós-pilórico.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
• O paciente não vai conseguir se alimentar por via oral nas próximas duas semanas. A
sua função gastrointestinal está normal, preservada, o que indica que o uso do trato
digestório deve ser optado, caso exista essa possibilidade. O paciente não tem refluxo/
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vômitos, eliminando o risco de broncoaspiração da dieta;
• As opções que falam de nutrição parenteral devem ser excluídas;
• A sonda nasogástrica deve ser utilizada. Indicativos para a ostomias são pacientes que
vão precisar da nutrição enteral por um período superior a 6 semanas;
• Se o paciente não tem risco de aspiração indicado pela ausência do refluxo gastro-
esofágico e pela ausência de vômitos, o procedimento é adotar o acesso gástrico,
preservando a maior funcionalidade do trato digestório possível.
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d. II, III e I.
e. III, II e I.
COMENTÁRIO
34. (IBFC/2019) A nutrição enteral é uma importante ferramenta nutricional para pacien-
tes que, em determinado momento não conseguem atingir as necessidades diárias se
alimentando por via oral, devido a alguma enfermidade. Quanto às doenças em que a
30m dieta enteral não é recomendada, assinale a alternativa correta.
a. Queimaduras extensas
b. Câncer de boca
c. Disfagia orofaríngea pós acidente vascular encefálico
d. Fístulas intestinais de alto débito.
COMENTÁRIO
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40. (IBFC/2019) Joana, hospitalizada, não está com o trato gastrointestinal funcionando há
mais de 10 dias; perdeu 15% de seu peso; relata hemorragia gastrointestinal frequente.
Sobre as indicações gerais da terapia nutricional no caso de Joana, assinale a alterna-
tiva correta.
a. Terapia Nutricional Enteral oral
b. Gastrostomia e Jejunostomia
c. Terapia Nutricional Parenteral
d. Terapia Nutricional Enteral por sonda
COMENTÁRIO
O trato gastrointestinal não funciona, o que já é indicativo de nutrição parenteral por acesso
central.
35. (IBFC/2019) No período hospitalar, alguns pacientes podem apresentar limitações fun-
cionais para ingestão oral de alimentos devido às condições clínicas associadas a de-
terminadas doenças de base, necessitando de uma via alternativa de alimentação para
garantia de um estado nutricional adequado.
Nesse sentido, assinale a alternativa incorreta.
a. A Nutrição Enteral refere-se à administração de nutrientes pelo trato gastrintestinal
por meio do uso de sondas. Considerada mais fisiológica quando comparada com a
Nutrição Parenteral, por evitar a atrofia da mucosa, manter a flora intestinal mais pró-
xima do normal e preservar a função do trato gastrintestinal.
b. A Nutrição Parenteral é utilizada quando há disfunção ou obstrução do trato gastrin-
35m testinal ou condições que requerem repouso intestinal absoluto.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
GABARITO
35. b
42. c
35. c
34. d
40. c
35. d
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Lucia Ribeiro.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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