NBR 5410 - Paineis Eletricos
NBR 5410 - Paineis Eletricos
NBR 5410 - Paineis Eletricos
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 240-8249/532-2143
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
geral de comando e proteção; no caso excepcional 2 A aplicação às linhas de sinal limita-se à prevenção dos riscos
em que tal dispositivo se encontre antes do medidor, a devido às influências mútuas entre essas linhas e as demais
origem corresponde aos terminais de saída do me- linhas elétricas da instalação, sob o ponto de vista da segurança
didor; contra choques elétricos, incêndios e efeitos térmicos e sob o
ponto vista da compatibilidade eletromagnética, por exemplo:
1.2.2 Esta Norma aplica-se a instalações novas e a refor- g) instalações de proteção contra quedas diretas de
mas em instalações existentes. raios; no entanto, esta Norma considera as conse-
qüências dos fenômenos atmosféricos sobre as
NOTA - Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos instalações (por exemplo, escolha de dispositivos de
equipamentos ou substituir os existentes não implicam proteção contra sobretensões);
necessariamente reforma total da instalação.
(comentário 1.2.2.G)
h) instalações em minas;
1.2.3 Esta Norma aplica-se:
1.3.1.1 Proteção contra contatos diretos A instalação elétrica deve ser disposta de modo a excluir
qualquer influência danosa entre a instalação elétrica e as
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os instalações não elétricas da edificação.
perigos que possam resultar de um contato com partes
vivas da instalação. 1.3.7 Acessibilidade dos componentes
1.3.1.2 Proteção contra contatos indiretos Os componentes da instalação elétrica devem ser dispos-
tos de modo a permitir:
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os
perigos que possam resultar de um contato com massas a) espaço suficiente para a instalação inicial e even-
colocadas acidentalmente sob tensão. tual substituição posterior dos componentes indivi-
duais; e
1.3.2 Proteção contra efeitos térmicos
b) acessibilidade para fins de serviço, verificação,
A instalação elétrica deve estar disposta de maneira a manutenção e reparos.
excluir qualquer risco de incêndio de materiais inflamá-
veis devido a temperaturas elevadas ou arcos elétricos. 1.3.8 Condições de alimentação
Além disso, em serviço normal, as pessoas e os animais
domésticos não devem correr riscos de queimaduras. As características dos componentes devem ser adequa-
das às condições de alimentação da instalação elétrica na
1.3.3 Proteção contra sobrecorrentes qual sejam utilizados. Em particular, a tensão nominal de
um componente deve ser igual ou superior à tensão sob a
1.3.3.1 Proteção contra correntes de sobrecarga qual o componente é alimentado.
Qualquer circuito deve ser protegido por dispositivos que 1.3.9 Condições de instalação
interrompam a corrente nesse circuito quando esta, em
pelo menos um de seus condutores, ultrapassar o valor da Qualquer componente deve possuir, por construção,
capacidade de condução de corrente e, em caso de características adequadas ao local onde é instalado, que
passagem prolongada, possa provocar uma deterioração lhe permitam suportar as solicitações a que possa ser
da isolação dos condutores. submetido. Se, no entanto, um componente não apresen-
tar, por construção, as características adequadas, ele po-
1.3.3.2 Proteção contra correntes de curto-circuito derá ser utilizado sempre que provido de uma proteção
complementar apropriada, quando da execução da insta-
Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que inter- lação.
rompam a corrente nesse circuito quando pelo menos um
de seus condutores for percorrido por uma corrente de 1.4 O projeto, a execução e a manutenção das instalações
curto-circuito, devendo a interrupção ocorrer em um tempo elétricas só devem ser confiados a pessoas habilitadas a
suficientemente curto para evitar a deterioração dos conceber e executar os trabalhos em conformidade com
condutores. esta Norma.
As pessoas, os animais domésticos e os bens devem ser As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
protegidos contra as conseqüências prejudiciais devidas a ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
uma falta elétrica entre partes vivas de circuitos com tensões esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
nominais diferentes e a outras causas que pos- momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
sam resultar em sobretensões (fenômenos atmosféricos, a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
sobretensões de manobra, etc.). com base nesta, que verifiquem a conveniência de se
usarem as edições mais recentes das normas cita-
1.3.5 Seccionamento e comando das a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.
1.3.5.1 Dispositivos de parada de emergência
NBR 5361:1983 - Disjuntores de baixa tensão - Espe-
Se for necessário, em caso de perigo, desenergizar um cificação
circuito, deve ser instalado um dispositivo de parada de
emergência, facilmente identificável e rapidamente ma- NBR 5413:1992 - Iluminância de interiores - Procedi-
nobrável. mento
NBR 5598:1993 - Eletroduto rígido de aço-carbono com IEC 364-5-523:1983 - Electrical installations of buildings
revestimento protetor, com rosca NBR 6414 - - Part 5: Selection and erection of electrical equipment
Especificação - Chapter 523: Wiring systems - Section 523: Current-
carrying capacities
NBR 5624:1993 - Eletroduto rígido de aço-carbono,
com costura, com revestimento protetor, e rosca IEC 439-2:1982 - Low-voltage switchgear and
NBR 8133 - Especificação controlgear assemblies - Part:2 Particular requirements
for busbar trunking systems (busways)
NBR 6146:1980 - Invólucros de equipamentos elétri-
cos - Proteção - Especificação IEC 479-1:1994 - Effects of current on human beings
and livestock - Part 1: General aspects
NBR 6148:1997 - Condutores isolados com isolação
extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensões
IEC 669-1:1993 - Switches for household and similar
até 750 V - Sem cobertura - Especificação
fixed electrical installations - Part 1: General
requirements
NBR 6150:1980 - Eletroduto de PVC rígido - Especifi-
cação
IEC 742:1983 - Isolating transformers and safety
NBR 6151:1980 - Classificação dos equipamentos isolating transformers - Requirements
elétricos e eletrônicos quanto à proteção contra os
choques elétricos - Classificação IEC 898:1995 - Electrical accessories - Circuit-
breakers for overcurrent protection for household and
NBR 6808:1993 - Conjuntos de manobra e controle de similar installations
baixa tensão montados em fábrica - “CMF” - Espe-
cificação IEC 947-2:1995 - Low-voltage switchgear and
controlgear - Circuit-breakers
NBR 6812:1995 - Fios e cabos elétricos - Queima
vertical (fogueira) - Método de ensaio IEC 1008-1:1996 - Residual current operated circuit-
breakers without integral overcurrent protection for
NBR 7094:1996 - Máquinas elétricas girantes - Moto- household and similar uses (RCCB’s) - Part 1: General
res de indução - Especificação rules
NBR 7285:1987 - Cabos de potência com isolação IEC 1009-1:1996 - Residual current operated circuit-
sólida extrudada de polietileno termofixo para tensões breakers with integral overcurrent protection for
até 0,6/1 kV sem cobertura - Especificação household and similar uses (RCCB’s) - Part 1: General
rules
NBR 9313:1986 - Conectores para cabos de potência
isolados para tensões até 35 kV - Condutores de co-
NF-C-63-010 - Appareilage à basse tension
bre ou alumínio - Especificação
NBR IEC 50 (826):1997 - Vocabulário eletrotécnico c) compatibilidade de seus componentes (ver 4.4);
internacional - Capítulo 826 Instalações elétricas em
edificações d) manutenção (ver 4.5).
IEC 38:1983 - IEC standart voltages 4.1.2 Essas características devem ser consideradas na
escolha das medidas de proteção para garantir a segu-
IEC 79-0:1983 - Electrical apparatus for explosive gas rança (ver seção 5) e na seleção e instalação dos compo-
atmospheres - Part 0: General requirements nentes (ver seção 6).
NBR 5410:1997 5
4.2.1.2.1 Geral
de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais - segunda letra - Situação das massas da instala-
análogos deve ser prevista no mínimo uma tomada; ção elétrica em relação à terra:
c) as tomadas de uso específico devem ser instala- - C = funções de neutro e de proteção combi-
das, no máximo, a 1,5 m do local previsto para o nadas em um único condutor (condutor PEN).
equipamento a ser alimentado.
(comentário 4.2.1.2.4.G)
4.2.2 Tipos de sistemas de distribuição NOTAS - Nas figuras 1 a 5 são utilizados os seguintes símbolos:
b) esquema de aterramento.
Figura 1 - Esquema TN-S (O condutor neutro e o condutor de proteção são separados ao longo de toda a instalação)
Figura 2 - Esquema TN-C-S (As funções de neutro e de condutor de proteção são combinadas em um único
condutor em uma parte da instalação)
Figura 3 - Esquema TN-C (As funções de neutro e de condutor de proteção são combinadas em um único
condutor ao longo de toda a instalação )
8 NBR 5410:1997
Figura 4 - Esquema TT
1)
O neutro pode ser isolado do terra.
Figura 5 - Esquema IT
4.2.3.1.2 Essas características devem ser obtidas do con- futuros. Tal necessidade, conforme mencionado em
cessionário de energia elétrica, no caso de fonte externa, e 4.2.1.1.2, deverá se refletir, ainda, na taxa de ocupação
devem ser determinadas, no caso de fonte própria. São dos condutos elétricos e quadros de distribuição.
aplicáveis tanto para a alimentação normal como para
alimentações de segurança e de reserva. 4.2.4.5 Os circuitos terminais devem ser individualizados
pela função dos equipamentos de utilização que alimen-
4.2.3.2 Sistema de alimentação elétrica para serviços de se- tam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais
gurança e sistemas de alimentação de reserva distintos para iluminação e tomadas de corrente.
(comentário 4.2.4.5.G)
Quando for imposta a necessidade de instalações de se-
4.2.4.6 Em unidades residenciais e acomodações (quartos
gurança por autoridades responsáveis pela proteção con-
ou apartamentos) de hotéis, motéis e similares, devem ser
tra incêndio ou devido a prescrições relativas à fuga dos
previstos circuitos independentes para cada equipa-
locais em caso de emergência, ou ainda quando forem
mento com corrente nominal superior a 10 A.
especificadas pelo projetista alimentações de reserva, as (comentário 4.2.4.6.G)
características das alimentações para instalações de
segurança ou de reserva devem ser determinadas sepa- 4.2.4.7 Nas instalações alimentadas com duas ou três fa-
radamente. Essas alimentações devem possuir capa- ses, as cargas devem ser distribuídas entre as fases, de
cidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas ao modo a obter-se o maior equilíbrio possível.
funcionamento especificado. Em 4.6 e 6.6 são apresenta-
das prescrições suplementares para as instalações de 4.2.4.8 Quando houver alimentação a partir de vários sis-
segurança. Esta Norma não contém prescrições particula- temas (subestação, gerador, etc.), o conjunto de circuitos
res para alimentações de reserva. alimentados por cada sistema constitui uma instalação. Cada
(comentário 4.2.3.2.G) uma delas deve ser claramente diferenciada das outras,
4.2.4 Divisão das instalações observando-se que:
4.2.4.1 Qualquer instalação deve ser dividida, de acordo a) um quadro de distribuição só deve possuir compo-
com as necessidades, em vários circuitos, devendo cada nentes pertencentes a uma única instalação, com
circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado exceção de circuitos de sinalização e comando e de
sem risco de realimentação inadvertida, através de outro conjuntos de manobra especialmente projetados pa-
circuito. ra efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação;
por um código que compreende sempre um grupo de duas 4.3.1.3 Presença de água
letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir:
Conforme a tabela 3.
a) a primeira letra indica a categoria geral da influên-
cia externa: 4.3.1.4 Presença de corpos sólidos
Características
Código Classificação Limite inferior Limite superior Aplicações e exemplos
(°C) (°C)
AA1 Frigorífico - 60 +5
AA2 Muito frio - 40 +5 Câmaras frigoríficas
AA3 Frio - 25 +5
AA4 Temperado -5 + 40
AA5 Quente +5 + 40 Interior de edificações
AA6 Muito quente +5 + 60 (caso geral)
NOTAS
1 O valor médio por um período de 24 h não deve ser superior ao limite superior diminuído de 5°C.
2 Para certos ambientes pode ser necessário combinar duas regiões entre as definidas acima. Assim, por exemplo, as
instalações situadas no exterior podem ser submetidas a temperaturas ambientes compreendidas entre - 5°C e + 50°C, isto é,
AA4 + AA6.
3 As instalações submetidas a temperaturas diferentes das indicadas devem ser objeto de normas particulares.
Tabela 2 - Altitude
Tabela 11 - Raios
b) geradores independentes da alimentação normal; As instalações de reparos podem não atender às prescri-
ções desta Norma, desde que sua existência seja transi-
c) ramais separados da rede de distribuição, tória e que, se certas prescrições não forem atendidas,
efetivamente independentes da alimentação normal (ver possam ser adotadas medidas compensadoras ou pos-
6.6.2.4). (comentário 4.6.1.2.G) sam ser tomadas precauções apropriadas.
(comentário 4.7.2.G)
18 NBR 5410:1997
A ordem em que as medidas de proteção são descritas não b) fonte de corrente que garanta um grau de segu-
implica qualquer noção de importância relativa. rança equivalente ao do transformador de segurança
especificado em a) (por exemplo, um grupo moto-
5.1 Proteção contra choques elétricos gerador com enrolamentos apresentando uma sepa-
ração equivalente);
A proteção contra choques elétricos deve ser prevista pela
aplicação das medidas especificadas em: c) fonte eletroquímica (pilhas ou acumuladores) ou
outra fonte que não dependa de circuitos de tensão
a) 5.1.1 para a proteção contra contatos diretos e contra mais elevada (por exemplo, grupo motor térmico-
contatos indiretos, ou gerador);
b) 5.1.2 para a proteção contra contatos diretos e 5.1.3 d) certos dispositivos eletrônicos, conforme as nor-
para a proteção contra contatos indiretos. mas aplicáveis, nos quais tenham sido tomadas me-
didas para assegurar que, mesmo em caso de falta
NOTA - Na aplicação destas medidas, ver 5.7.2 e 5.8. interna, a tensão nos terminais de saída não possa ser
superior aos limites indicados em 5.1.1.1.1. Valo-
5.1.1 Proteção contra contatos diretos e indiretos res mais elevados podem ser admitidos se, em caso
de contato direto ou indireto, a tensão nos terminais de
NOTAS saída for imediatamente reduzida a um valor igual ou
inferior a esses limites.
1 A sigla SELV foi introduzida ao invés de “Proteção por extrabaixa
tensão de segurança” (do inglês, Safety Extra-Low Voltage). A NOTAS
versão por extenso deste termo não é utilizada.
1 Equipamentos para ensaios de isolamento constituem um
2 A sigla PELV (do inglês, Protective Extra-Low Voltage) foi es- exemplo de tais dispositivos.
colhida para a variante aterrada do SELV (incluída na edição
anterior em “Extrabaixa tensão funcional”). Aqui também não é 2 Mesmo que a tensão medida inicialmente nos terminais de
utilizado o termo por extenso. saída seja mais elevada, a prescrição contida em d) pode ser
considerada atendida se, após medida com um voltímetro
3 Por analogia com essas notações, “Extrabaixa tensão fun- apresentando uma resistência interna de 3 000 W , a tensão nos
cional” foi abreviada para FELV (do inglês, Functional Extra-Low terminais de saída se situar então dentro dos limites especi-
Voltage). ficados em 5.1.1.1.1.
NBR 5410:1997 19
5.1.1.1.3.1 As partes vivas de circuitos SELV e PELV de- c) a elementos condutores estranhos à instalação; no
vem ser separadas eletricamente uma das outras e de entanto, para equipamentos que por sua dispo-
outros circuitos. Devem ser tomadas medidas para garan- sição sejam obrigatoriamente ligados a elementos
tir uma separação pelo menos equivalente à existente entre condutores, a presente medida de proteção só é vá-
os circuitos primário e secundário de um transforma- lida se puder ser assegurado que essas partes não
dor de segurança. possam ser levadas a um potencial superior ao do
circuito SELV considerado.
NOTAS
NOTA - Se as massas dos circuitos SELV forem susceptíveis de
1 Este requisito não exclui a ligação de circuitos PELV à terra (ver entrar em contato, efetiva ou fortuitamente, com massas de outros
circuitos, a proteção contra choques não deve mais basear-se
5.1.1.1.5).
apenas na medida de proteção por SELV, mas nas medidas de
proteção de que estas massas sejam objeto.
2 Em particular, uma separação elétrica pelo menos equivalente à
prevista entre os enrolamentos primário e secundário de um
transformador de segurança deve ser garantida entre as partes 5.1.1.1.4.3 Se a tensão nominal do circuito for superior a 25
vivas de dispositivos elétricos, tais como relés e contatores, e V em corrente alternada, ou 60 V em corrente contínua, a
quaisquer partes de um circuito de tensão mais elevada. proteção contra os contatos diretos deve ser assegurada
por:
5.1.1.1.3.2 Os condutores de circuitos SELV e PELV devem,
de preferência, ser fisicamente separados dos condutores a) barreiras ou invólucros apresentando um grau de
de qualquer outro circuito. Se isto não for possível, uma proteção IP2X; ou
das seguintes condições deve ser atendida:
b) uma isolação que possa suportar uma tensão
a) os condutores do circuito SELV e PELV devem ser de 500 V, valor eficaz em corrente alternada, durante 1
providos de cobertura não metálica, além de sua min.
isolação básica;
5.1.1.1.4.4 Em geral, quando a tensão não for superior a 25
V, em corrente alternada, ou 60 V, em corrente con-
b) os condutores de circuitos de tensões diferentes
tínua, nenhuma medida de proteção contra os contatos
devem ser separados por uma tela metálica aterrada
diretos é necessária; entretanto, isso pode ser necessário
ou por uma blindagem metálica aterrada;
sob certas circunstâncias de influências externas (con-
NOTA - Nos casos a) e b), a isolação básica de cada um dos
dições BB3 e BB4 - tabela 13).
condutores precisa corresponder apenas à tensão de seu
circuito. 5.1.1.1.5 Requisitos para circuitos PELV
b) a tomada deve impedir a introdução de plugues 5.1.1.1.5.2 A proteção contra contatos diretos conforme
previstos para outras tensões; 5.1.1.1.5.1 não é necessária se o equipamento estiver dentro
da zona de influência de uma ligação eqüipoten-
c) as tomadas não devem possuir contato para condu- cial, e a tensão nominal não exceder:
tor de proteção.
a) 25V, valor eficaz em corrente alternada ou 60 V em
5.1.1.1.4 Requisitos para circuitos SELV corrente contínua sem ondulação, nas condições BB1
e BB2 - tabela 13;
5.1.1.1.4.1 As partes vivas dos circuitos SELV não devem
estar ligadas eletricamente a partes vivas, nem a condu- b) 6 V, valor eficaz em corrente alternada ou 15 V em
tores de proteção pertencentes a outros circuitos, nem à corrente contínua sem ondulação em todos os outros
terra. casos.
20 NBR 5410:1997
5.1.2.2.5 A supressão das barreiras, a abertura dos invólu- 5.1.2.4.1 A colocação fora de alcance é somente destinada
cros ou coberturas ou a retirada de partes dos invólucros a impedir os contatos fortuitos com as partes vivas.
ou coberturas não deve ser possível a não ser:
5.1.2.4.2 Partes simultaneamente acessíveis que se achem
a) com a utilização de uma chave ou de uma ferra- a potenciais diferentes não devem encontrar-se no interior
menta; ou da zona de alcance normal.
b) após a desenergização das partes vivas prote-
NOTAS
gidas por essas barreiras, invólucros ou coberturas,
não podendo ser restabelecida a tensão enquanto não
forem recolocadas as barreiras, invólucros ou 1 Duas partes devem ser consideradas como simultaneamente
coberturas; ou acessíveis se não estiverem distanciadas de mais de 2,50 m.
c) que haja interposta uma segunda barreira ou isola- 2 Por zona de alcance normal entenda-se o volume representado
ção que não possa ser retirada sem a ajuda de uma na figura 6.
chave ou de uma ferramenta, e que impeça qualquer
contato com as partes vivas. 5.1.2.4.3 Quando a superfície sobre a qual pessoas se
postem ou circulem habitualmente for limitada por um
5.1.2.3 Proteção parcial por meio de obstáculos obstáculo (por exemplo, corrimão, tela de arame) que
apresente grau de proteção inferior a IP2X, as distâncias
5.1.2.3.1 Os obstáculos são destinados a impedir os conta-
que limitam a zona de alcance normalmente devem ser
tos fortuitos com partes vivas, mas não os contatos volun- determinadas a partir deste obstáculo. No sentido vertical,
tários por uma tentativa deliberada de contorno do obstá- a zona de alcance normal é limitada a 2,50 m a partir da
culo. superfície S sobre a qual se postem ou circulem pessoas,
sem levar em conta obstáculos intermediários que apre-
5.1.2.3.2 Os obstáculos devem impedir:
sentem grau de proteção inferior a IP2X.
a) uma aproximação física não intencional das partes
vivas (por exemplo, por meio de corrimãos ou de te- 5.1.2.4.4 As distâncias previstas em 5.1.2.4.1 e 5.1.2.4.2
las de arame); devem ser ampliadas em função das dimensões de objetos
condutores de grande comprimento ou volumo-
b) contatos não intencionais com partes vivas por sos, que possam ser constantemente manipulados nos
ocasião de operação de equipamentos sob tensão locais considerados.
2 Podem ser excluídas, na alínea d), as tomadas de corrente NOTA - As disposições referentes ao aterramento e aos
claramente destinadas a alimentar refrigeradores e congeladores condutores de proteção devem satisfazer às prescrições de
e que não fiquem diretamente acessíveis. 6.4.
b) Ligação eqüipotencial suplementar - se, em uma c) nas instalações fixas, pode-se utilizar um mesmo e
instalação ou parte de uma instalação, as condições único condutor para as funções de condutor de
de proteção definidas em 5.1.3.1.1-c) não puderem proteção e de condutor neutro (condutor PEN), ob-
ser respeitadas, deve ser realizada uma ligação servadas as prescrições de 6.4.6.2;
eqüipotencial suplementar (ver 5.1.3.1.7). Esta liga-
ção deve satisfazer às condições indicadas em 6.4. d) as características dos dispositivos de proteção e
as impedâncias dos circuitos devem ser tais que,
NOTAS ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedân-
cia desprezível entre um condutor de fase e o condu-
1 O emprego da ligação eqüipotencial suplementar não tor de proteção ou uma massa, o seccionamento au-
dispensa a necessidade de seccionamento da alimentação tomático se efetue em um tempo no máximo igual ao
por outras razões - por exemplo, proteção contra incêndio, especificado. Esta prescrição será atendida se a se-
sobreaquecimento do equipamento, etc. guinte condição for satisfeita:
NOTA - Essa prescrição não é aplicável quando a proteção é UL é a tensão de contato limite.
assegurada por dispositivo a corrente diferencial-residual nem
cobre as redes de distribuição públicas. NOTA - Quando, em uma mesma instalação, algumas mas-
sas se encontrarem na situação 1 e outras na situação 2, e
g) no esquema TN podem ser usados os seguintes ambas ligadas ao mesmo eletrodo de aterramento, ou a
dispositivos na proteção contra contatos indiretos: eletrodos de aterramento aparentemente separados mas
eletricamente confundidos, deve ser adotado o menor valor
- dispositivos de proteção a sobrecorrente; de UL.
- dispositivos de proteção a corrente diferencial- d) quando a condição c) anterior não puder ser res-
residual (dispositivos DR). peitada, deve-se realizar uma ligação eqüipotencial
NOTAS
suplementar, conforme indicado em 5.1.3.1.7;
1 No esquema TN-C não é possível utilizar dispositi- e) visando seletividade, dispositivos a corrente dife-
vos DR. rencial-residual do tipo S conforme IEC 1008-1 e IEC
1009-1 podem ser utilizados em série com dis-
2 No caso da utilização de dispositivos DR, as massas po- positivos a corrente diferencial-residual do tipo geral.
dem não ser ligadas ao condutor de proteção do esquema
Para assegurar seletividade com os dispositivos a
TN, desde que sejam ligadas a um eletrodo de aterramento
cuja resistência seja compatível com a corrente de atuação
corrente diferencial-residual do tipo S, admite-se um
do dispositivo diferencial-residual. O circuito assim prote- tempo de atuação não superior a 1 s em circuitos de
gido deve ser então considerado de acordo com o esquema distribuição.
TT, aplicando-se as prescrições de 5.1.3.1.5.
(comentário 5.1.3.1.5.G)
5.1.3.1.6 Esquema IT
Tabela 20 - Tempos de seccionamento máximos no
esquema TN Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir:
NOTA - Quando as massas de uma mesma instalação se 2 Para tensões dentro dos limites de tolerância definidos pela
encontrarem, umas na situação 1, outras na situação 2, e IEC 38, os tempos de seccionamento correspondentes às
forem ligadas ao mesmo eletrodo de aterramento, deve ser tensões nominais são aplicáveis.
adotado o menor valor de UL.
3 Para valores intermediários de tensão deve ser adotado o
valor (da tabela) imediatamente superior.
d) deve ser previsto um dispositivo supervisor de
isolamento (DSI), para indicar a ocorrência de uma (comentário 5.1.3.1.6.G)
5.1.3.1.7 Ligação eqüipotencial suplementar
primeira falta à massa ou à terra. Esse dispositivo
deve acionar um sinal sonoro e/ou visual; Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir:
NOTA - A primeira falta deve ser localizada e eliminada o
a) a ligação eqüipotencial suplementar deve com-
mais rápido possível.
preender todos os elementos condutores simultanea-
e) após a ocorrência de uma primeira falta, as con- mente acessíveis, sejam massas de equipamentos
dições para o seccionamento da alimentação, quan- fixos, sejam elementos condutores estranhos à insta-
do de uma segunda falta, são as definidas para os lação, e deve incluir, sempre que possível, as arma-
esquemas TN ou TT, dependendo da forma como as duras principais de concreto armado utilizadas na
massas estão aterradas: construção da edificação. A esse sistema eqüipoten-
cial devem ser ligados os condutores de proteção de
- quando as massas forem aterradas individual- todos os equipamentos, inclusive os das tomadas de
mente, ou por grupos, as condições aplicáveis são corrente;
aquelas prescritas para o esquema TT;
b) em caso de dúvida, a eficácia da ligação eqüipo-
- quando todas as massas forem interligadas (mas- tencial suplementar deve ser verificada assegurando-
sas coletivamente aterradas), as considerações se que a resistência R entre qualquer massa conside-
aplicáveis são aquelas do esquema TN, devendo rada e qualquer elemento condutor simultaneamente
ser atendida a seguinte condição: acessível (seja outra massa ou elemento condutor
estranho à instalação) atenda à seguinte condição:
onde:
onde:
Zs é a impedância do percurso da corrente de
falta; UL é a tensão de contato limite;
26 NBR 5410:1997
Ia é a corrente de atuação do dispositivo de pro- condições. Isto não exclui, no entanto, a utilização de invólucros
teção, correspondendo a: cobertos por uma camada destes materiais, quando as normas
aplicáveis admitirem seu uso e o invólucro for ensaiado de acordo
- IDn para dispositivos de proteção a corrente dife- com tais normas.
rencial-residual;
5.1.3.2.4 Se o invólucro isolante não tiver sido ensaiado
- corrente de atuação em 5 s para dispositivos a previamente, deve-se realizar um ensaio de tensão apli-
sobrecorrente. cada, de acordo com as prescrições das seções 7 e 8.
(comentário 5.1.3.1.7.G)
5.1.3.2.5 O invólucro isolante não deve ser atravessado por
5.1.3.2 Proteção pelo emprego de equipamentos da
elementos condutores susceptíveis de propagar um
classe II ou por isolação equivalente
potencial. O invólucro não deve possuir parafusos de
(comentário 5.1.3.2.0.G)
material isolante cuja substituição por parafusos metálicos
5.1.3.2.1 A proteção deve ser garantida pela utilização de
possa comprometer o isolamento proporcionado pelo in-
qualquer das soluções a), b) e c) expostas a seguir:
vólucro.
a) equipamentos que tenham sido submetidos aos NOTA - Quando o invólucro isolante tiver que ser atravessado por
ensaio de tipo e marcados conforme as normas apli- ligações mecânicas (por exemplo, alavancas de comando de
cáveis, a saber: equipamentos), estas devem ser realizadas de forma a não
comprometer a proteção contra contatos indiretos.
- equipamentos com isolação dupla ou reforçada
(equipamentos da classe II); 5.1.3.2.6 Quando o invólucro comportar tampas ou portas
que possam ser abertas sem o auxílio de ferramentas ou
- conjuntos pré-fabricados de equipamentos com chaves, todas as massas que sejam acessíveis quando a
isolação total (ver NBR 6808 e IEC 439-2); tampa ou a porta estiver aberta devem ser protegidas por
uma barreira isolante que apresente pelo menos grau de
NOTA - Esses equipamentos são identificados pelo sím- proteção IP2X, de modo a impedir que as pessoas toquem
acidentalmente nas referidas massas. Essa bar-
bolo . reira só pode ser removida através do uso de chave ou
ferramenta.
b) uma isolação suplementar, aplicada (aos equipa-
mentos elétricos que possuam apenas uma isolação 5.1.3.2.7 As massas no interior de um invólucro isolante não
básica) durante a execução da instalação elétrica. devem ser ligadas a um condutor de proteção. Entre-
Essa isolação deve garantir ao equipamento uma tanto, podem ser tomadas medidas para uma ligação de
segurança equivalente à dos equipamentos confor- condutores de proteção que por necessidade passem
me alínea a) anterior e atender às condições especifi- através do invólucro para ligar outros equipamentos cujos
cadas em 5.1.3.2.2 a 5.1.3.2.8; circuitos de alimentação atravessam o invólucro. No in-
terior do invólucro, os condutores de proteção e os termi-
nais correspondentes devem ser isolados como se fossem
NOTA - O símbolo deve ser fixado em posição visí- partes vivas e os terminais devem ser marcados de forma
apropriada.
vel no exterior e no interior do invólucro.
NOTA - Partes condutoras acessíveis ou intermediárias não devem
c) uma isolação reforçada, aplicada às partes vivas ser ligadas a um condutor de proteção, a menos que isso seja
não isoladas e montadas durante a execução da especificamente previsto nas normas de construção do
instalação, garantindo uma segurança equivalente à equipamento correspondente.
dos equipamentos conforme alínea a) anterior e
atendendo às condições especificadas em 5.1.3.2.2 a 5.1.3.2.8 O invólucro não deve prejudicar o funcionamento
5.1.3.2.8; uma isolação deste tipo só é admitida quando do equipamento por ele protegido.
características construtivas impedirem a apli-
cação da isolação dupla. 5.1.3.2.9 A instalação dos equipamentos enunciados em
5.1.3.2.1 (fixação, ligação dos condutores, etc.) deve ser
realizada de modo a não prejudicar a proteção assegu-
NOTA - O símbolo deve ser fixado em posição visí- rada conforme as normas de construção desses equipa-
mentos.
vel no exterior e no interior do invólucro.
5.1.3.3 Proteção em locais não condutores
5.1.3.2.2 Estando o equipamento elétrico pronto para en-
trar em funcionamento, todas as massas separadas das Respeitadas todas as condições abaixo, admite-se o uso
partes vivas apenas por uma isolação básica devem es- de equipamentos classe 0.
tar contidas em um isolante que possua pelo menos o grau (comentário 5.1.3.3.G)
de proteção IP2X. 5.1.3.3.1 As massas devem ser dispostas de modo que, em
condições normais, as pessoas não possam entrar
5.1.3.2.3 O invólucro isolante deve ser capaz de resistir às simultaneamente em contato com:
solicitações mecânicas, elétricas ou térmicas às quais possa
ser submetido em uso normal. a) duas massas;
NOTA - Camadas de tinta, vernizes, lacas e produtos análogos b) uma massa e qualquer elemento condutor estra-
não são em geral considerados como satisfazendo a estas nho à instalação caso tais elementos sejam suscep-
NBR 5410:1997 27
5.1.3.3.4 As paredes e pisos isolantes devem apresentar 5.1.3.5.2 Além do enunciado em 5.1.3.5.1, devem ser ob-
uma resistência de no mínimo servadas também as prescrições a) a g) descritas a seguir:
a) 50 kW , se a tensão nominal da instalação não for a) o circuito deve ser alimentado por intermédio de
superior a 500 V, ou uma fonte de separação, isto é:
e) as partes vivas do circuito separado não devem ter 5.2.2 Proteção contra incêndio
qualquer ponto comum com outro circuito nem qualquer
ponto aterrado. A fim de evitar riscos de fal- 5.2.2.1 Os componentes elétricos não devem apresentar
tas para terra, deve ser dada especial atenção à iso- perigo de incêndio para os materiais vizinhos. Devem ser
lação destas partes em relação à terra, principalmen- observadas, além das prescrições desta Norma, eventuais
te no que toca aos cabos flexíveis; instruções relevantes dos fabricantes.
f) os cabos flexíveis devem ser visíveis em toda sua 5.2.2.2 Os componentes fixos cujas superfícies externas
extensão e ser de um tipo capaz de suportar solicita- possam atingir temperaturas que venham a causar perigo
ções mecânicas (condições de influências externas de incêndio a materiais adjacentes devem:
AG2 - tabela 6-(a));
a) ser montados sobre materiais ou contidos no in-
terior de materiais que suportem tais temperaturas e
g) todos os condutores do circuito separado devem
sejam de baixa condutância térmica; ou
estar fisicamente separados dos de outros circuitos.
(comentário 5.1.3.5.2.G) b) ser separados dos elementos da construção do
5.1.3.5.3 Quando um circuito separado só alimentar um prédio por materiais que suportem tais temperaturas e
aparelho, suas massas não devem ser ligadas intencio- sejam de baixa condutância térmica; ou
nalmente a condutores de proteção, massas de outros
circuitos ou a elementos condutores estranhos à insta- c) ser montados de modo a permitir a dissipação se-
lação. gura do calor, a uma distância segura de qualquer
(comentário 5.1.3.5.3.G) material em que tais temperaturas possam ter efeitos
5.1.3.5.4 Se forem tomadas precauções para proteger o térmicos prejudiciais, sendo que qualquer meio de
circuito secundário contra danos ou falhas de isolamento, suporte deverá ser de baixa condutância térmica.
uma fonte de separação conforme alínea a) de 5.1.3.5.2
pode alimentar vários aparelhos, desde que todas as 5.2.2.3 Quando, em serviço normal, um componente insta-
prescrições abaixo sejam atendidas: lado de modo permanente puder emitir arcos ou fagulhas, o
componente deve:
a) as massas dos circuitos separados devem ser
ligadas entre si por condutores de eqüipotencialida- a) ser totalmente envolvido por material resistente a
de não aterrados. Estes condutores não devem ser arcos; ou
ligados a condutores de proteção, nem a massas de
outros circuitos, nem a elementos condutores estra- b) ser separado, por materiais resistentes a arcos, de
nhos; elementos de construção do prédio nos quais os arcos
possam ter efeitos térmicos prejudiciais; ou
b) todas as tomadas de corrente devem possuir um
c) ser montado de modo a permitir a segura extinção
contato exclusivo para ligação aos condutores de
do arco a uma distância suficiente dos elementos do
eqüipotencialidade previstos em a);
prédio nos quais os arcos possam ter efeitos térmicos
prejudiciais.
c) todos os cabos flexíveis devem possuir um condutor
de proteção utilizado como condutor de eqüipoten- 5.2.2.4 Os componentes fixos que apresentem efeitos de
cialidade; focalização ou concentração de calor devem estar a uma
distância suficiente de qualquer objeto fixo ou elemento do
d) no caso de duas faltas diretas afetando duas mas- prédio, de modo a não submetê-los, em condições normais,
sas e alimentadas por dois condutores de polarida- a elevação perigosa de temperatura.
des diferentes, um dispositivo de proteção deve ga-
rantir o seccionamento em um tempo igual ou inferior 5.2.2.5 Quando, em um dado local, forem usados equipa-
ao fixado na tabela 20. mentos elétricos contendo líquidos inflamáveis em quan-
tidade significativa, devem ser tomadas precauções para
5.2 Proteção contra efeitos térmicos evitar que o líquido inflamado e os produtos da combustão
do líquido (chamas, fumos, gases tóxicos) se espalhem
5.2.1 Generalidades para outras partes do prédio. São exemplos de tais pre-
cauções:
As pessoas, os componentes fixos de uma instalação
elétrica, bem como os materiais fixos adjacentes, devem a) construção de fosso de drenagem, para coletar
ser protegidos contra os efeitos prejudiciais do calor ou vazamentos de líquidos e assegurar a extinção de
radiação térmica produzida pelos equipamentos elétri- chamas, na eventualidade de incêndio;
cos, particularmente quanto a:
b) instalação do equipamento em uma câmara com
resistência ao fogo adequada e a previsão de peitoris,
a) riscos de queimaduras;
ou outros meios, para evitar que o líquido inflamado se
espalhe para outras partes do prédio, sendo a câ-
b) prejuízos no funcionamento seguro de componen-
mara ventilada apenas por atmosfera externa.
tes da instalação;
NOTAS
c) combustão ou deterioração de materiais.
1 O limite inferior geralmente aceito para uma quantidade sig-
NOTA - A proteção contra as sobrecorrentes é tratada em 5.3. nificativa é de 25 L.
NBR 5410:1997 29
Tabela 22 - Temperaturas máximas das superfícies externas dos equipamentos elétricos dispostos no
interior da zona de alcance normal
NOTAS
1 Esta prescrição não se aplica a materiais cujas normas fixam limites de temperatura ou de aquecimento para as superfícies acessíveis.
2 A distinção entre superfícies metálicas e não-metálicas depende da condutividade térmica da superfície considerada. Camadas de tinta e
de verniz não são consideradas como modificando a condutividade térmica da superfície. Ao contrário, certos revestimentos plásticos
podem reduzir sensivelmente a condutividade térmica de uma superfície metálica e permitir considerá-la como não-metálica.
3 Para dispositivos de controle manuais, dispostos no interior de invólucros, que somente sejam acessíveis após a abertura do invólucro
(por exemplo, alavancas de emergência ou alavancas de desligamento) e que não sejam utilizados freqüentemente, podem ser admitidas
temperaturas mais elevadas.
30 NBR 5410:1997
5.3.2.1 Dispositivos que garantem simultaneamente a proteção 5.3.3 Proteção contra correntes de sobrecarga
contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-
circuito 5.3.3.1 Prescrições gerais
Esses dispositivos de proteção devem poder interromper Devem ser previstos dispositivos de proteção para inter-
qualquer sobrecorrente inferior ou igual à corrente de curto- romper toda corrente de sobrecarga nos condutores dos
circuito presumida no ponto em que o dispositivo está circuitos antes que esta possa provocar um aquecimento
instalado. Eles devem satisfazer às prescrições de 5.3.3 e prejudicial à isolação, às ligações, aos terminais ou às
de 5.3.4.3. Tais dispositivos podem ser: vizinhanças das linhas.
a) disjuntores, conforme a NBR 5361, IEC 947-2 ou 5.3.3.2 Coordenação entre condutores e dispositivos de
IEC 898; proteção
NOTAS b) I2 £ 1,45 Iz .
1 Os fusíveis gM e aM destinam-se à proteção de circuitos Devem ser previstos dispositivos de proteção para in-
de motores. terromper toda corrente de curto-circuito nos condutores
dos circuitos, de forma a evitar que os efeitos térmicos e
2 Quando da aplicação de disjuntores conforme a dinâmicos da corrente prevista possam causar a dani-
NBR 5361, deve ser levada em consideração a integral de ficação dos condutores e/ou de outros elementos do cir-
Joule (característica I2t). cuito.
NBR 5410:1997 31
NOTA - Em certos casos, pode ser necessário tomar em - curtos-circuitos de duração superior a 5 s;
consideração outras características, tais como os esforços
dinâmicos e a energia de arco, para os dispositivos situados - outros tipos de emendas nos condutores;
a jusante. Os detalhes das características que necessitam
de coordenação devem ser obtidos junto aos fabricantes - condutores nus;
desses dispositivos.
- condutores blindados com isolante mineral.
b) a integral de Joule que o dispositivo deixa passar
deve ser inferior ou igual à integral de Joule necessá-
3 A corrente nominal do dispositivo de proteção contra curtos-
ria para aquecer o condutor desde a temperatura circuitos pode ser superior à capacidade de condução de cor-
máxima para serviço contínuo até a temperatura li- rente dos condutores do circuito.
mite de curto-circuito (ver tabela 29), o que pode ser (comentário 5.3.4.3.G)
indicado pela seguinte expressão:
5.3.4.4 Proteção de condutores em paralelo
(comentário 5.3.4.4.0.G)
Um único dispositivo de proteção pode proteger contra
Onde: correntes de curto-circuito vários condutores em paralelo,
desde que as características de funcionamento do dispo-
é a integral de Joule que o dispositivo de sitivo e a maneira de instalar dos condutores em paralelo
proteção deixa passar, em ampères quadrados- estejam coordenadas de maneira adequada.
segundo;
NOTA - Devem ser analisadas as condições que poderão apre-
k2 S2 é a integral de Joule para aquecimento do sentar-se no caso de o curto-circuito não afetar todos os condu-
condutor desde a temperatura máxima para serviço tores.
contínuo até a temperatura de curto-circuito, (comentário 5.3.4.4.G)
admitindo aquecimento adiabático, sendo: 5.3.5 Coordenação entre a proteção contra correntes de
sobrecarga e a proteção contra correntes de curto-circuito
k igual a:
5.3.5.1 Proteções garantidas pelo mesmo dispositivo
115 para condutores de cobre com isolação de
PVC;
Se um dispositivos de proteção contra sobrecarga esco-
135 para condutores de cobre com isolação de lhido de acordo com 5.3.3 possuir uma capacidade de
EPR ou XLPE; interrupção pelo menos igual à corrente de curto-circuito
presumida no ponto de instalação, o mesmo pode ser
74 para condutores de alumínio com isolação de considerado, também, como proteção contra curtos-circui-
PVC; tos para a linha situada a jusante desse ponto.
87 para condutores de alumínio com isolação de NOTA - Isto pode não ser válido para todas as correntes de curto-
EPR ou XLPE; circuito; a verificação deve ser efetuada conforme as pres-
crições de 5.3.4.3.
32 NBR 5410:1997
5.3.5.2 Proteções garantidas por dispositivos distintos tensão suportável pelos equipamentos da instalação de
baixa tensão e/ou ligados às linhas elétricas de sinal.
As prescrições de 5.3.3 e 5.3.4 aplicam-se, respectiva-
mente, ao dispositivo de proteção contra sobrecargas e ao NOTAS
dispositivo de proteção contra curtos-circuitos. As ca-
1 No caso de instalação de tensão mais elevada, em que a cor-
racterísticas dos dispositivos devem ser coordenadas de
rente de uma falta para terra não seja devidamente limitada, o
tal maneira que a energia que o dispositivo de proteção
respectivo dispositivo de proteção deve efetuar o desligamento
contra curtos-circuitos deixa passar, por ocasião de um instantâneo do circuito dessa alimentação.
curto, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o
dispositivo de proteção contra sobrecargas. 2 Deve-se garantir a segurança de pessoas e instalações con-
tra tensões induzidas e a elevação de potencial de solo.
5.3.6 Limitação das sobrecorrentes através das características
da alimentação 5.4.3 Sobretensões de origem atmosférica
São considerados protegidos contra qualquer sobrecor- 5.4.3.1 A avaliação dos riscos provocados por sobreten-
rente os condutores alimentados por uma fonte cuja im- sões de origem atmosférica deve levar em consideração:
pedância seja tal que a corrente máxima que ela pode
fornecer não seja superior à capacidade de condução de a) as características das alimentações de alta e de
corrente dos condutores (como é o caso de certos baixa tensão e das linhas de sinal;
transformadores para dispositivos sonoros, certos trans-
formadores de solda e certos tipos de geradores termo- b) as características de instalação que afetam a im-
elétricos. pedância do condutor de aterramento;
5.4.2 Sobretensões devidas a faltas em outra instalação de g) o tipo de alimentação dos equipamentos (sensí-
tensão mais elevada veis) monofásicos, se entre fase e neutro, ou entre
(comentário 5.4.2.0.G) duas fases;
5.4.2.1 A necessidade de utilização de dispositivos ade-
quados de proteção contra sobretensões deve ser avalia- h) o aterramento dos circuitos de sinal dos equipa-
da com base nas tensões de operação e nos níveis de mentos.
5.4.3.3 Nos casos de serem as linhas elétricas de sinal - travamento do dispositivo de seccionamento por cadeado;
constituídas por condutores metálicos, devem ser insta-
- avisos;
lados dispositivos de proteção contra sobretensões, do tipo
curto-circuitante, tais como centelhadores, no Ponto de
- instalação em local ou invólucro fechado a chave.
Terminação da Rede (PTR).
2 Quando houver necessidade, como medida complementar, as
NOTA - Quando os cabos de sinal forem providos de proteção
partes vivas devem ser curto-circuitadas e aterradas.
metálica, estas devem ser aterradas.
5.6.3.3 Quando um equipamento ou invólucro contiver partes
5.5 Proteção contra quedas e faltas de tensão vivas ligadas a mais de um circuito alimentador, uma nota
de advertência deve ser colocada de forma que toda pessoa
5.5.1 Medidas de proteção que tenha acesso às partes vivas seja prevenida da
(comentário 5.5.1.0.G) necessidade de seccionar os diferentes circuitos.
5.5.1.1 Devem ser tomadas medidas de proteção quando
uma queda de tensão significativa (ou sua falta total) e o 5.6.3.4 Devem ser previstos meios apropriados, se ne-
posterior restabelecimento dessa tensão forem suscep- cessário, para garantir a descarga da energia elétrica.
tíveis de criar perigo para pessoas e bens ou de perturbar o (comentário 5.6.3.4.G)
bom funcionamento da instalação. 5.6.4 Seccionamento para manutenção mecânica
5.5.1.2 Para a proteção contra quedas e faltas de tensão 5.6.4.1 Devem ser previstos meios de seccionamento
são normalmente utilizados relés de subtensão acopla- quando a manutenção mecânica envolver risco de quais-
dos a dispositivos de seccionamento ou contatores com quer danos.
contato de auto-alimentação.
NOTAS
5.6 Seccionamento e comando
1 Entende-se por equipamento mecânico alimentado por ener-
gia elétrica, além das máquinas rotativas, os sistemas de aque-
5.6.1 Introdução cimento e os equipamentos eletromagnéticos.
Esta subseção trata das medidas de seccionamento e 2 Exemplos de instalações onde é utilizado o seccionamento para
comando não automático, local ou à distância, utilizadas a a manutenção mecânica:
fim de evitar ou suprimir perigos com instalação elétricas
ou com equipamentos alimentados por energia elétrica. - guindastes;
(comentário 5.6.1.G)
- elevadores;
5.6.2 Generalidades
- escadas rolantes;
5.6.2.1 De acordo com as funções desejadas, todo disposi-
tivo previsto para seccionamento ou comando deve sa- - correias transportadoras;
tisfazer às prescrições correspondentes de 6.3.8.
- máquinas-ferramenta;
5.6.2.2 No esquema TN-C, o condutor PEN não deve ser
seccionado. No esquema TN-S, o condutor neutro pode - bombas.
não ser seccionado.
3 Essas prescrições não se referem a sistemas alimentados por
NOTA - Em todos os esquemas de aterramento, o condutor de outras formas de energia, por exemplo energia pneumática,
proteção não deve ser seccionado (ver também 6.4.3.3.3). hidráulica ou vapor. Nesses casos o seccionamento de toda ali-
mentação elétrica associada pode não ser suficiente.
(comentário 5.6.2.2.G)
5.6.2.3 As medidas descritas nesta seção não substituem
5.6.4.2 Devem ser previstas medidas apropriadas para
as medidas de proteção descritas em 5.1 a 5.5, inclusive.
impedir qualquer reenergização inadvertida do equipa-
mento durante sua manutenção mecânica.
5.6.3 Seccionamento
NOTAS
5.6.3.1 Qualquer circuito deve ser seccionado em cada um
dos condutores vivos, com exceção dos descritos em 1 Essas medidas podem incluir uma ou mais das seguintes:
5.6.2.2. Podem ser tomadas medidas para o secciona-
mento de um conjunto de circuitos por um mesmo dis- - travamento do dispositivo de seccionamento por cadeado;
positivo, se as condições de serviço o permitirem.
34 NBR 5410:1997
2 Em sistemas alimentados por energia elétrica, quando houver NOTA - Um dispositivo de comando unipolar não deve ser colo-
necessidade, como medida complementar, as partes vivas de- cado no condutor neutro.
vem ser curto-circuitadas e aterradas.
5.6.6.1.3 Em geral, todo equipamento de utilização que
5.6.5 Seccionamento de emergência, incluindo parada de
necessite de um comando deve ser comandado por um
emergência
dispositivo de comando funcional apropriado.
5.6.5.1 Devem ser previstos meios de seccionamento de
NOTA - Um mesmo dispositivo de comando funcional pode
emergência para qualquer parte da instalação em que possa comandar vários equipamentos destinados a funcionar simul-
ser necessário seccionar a alimentação a fim de suprimir taneamente.
rapidamente um perigo inesperado.
5.6.6.1.4 As tomadas de corrente podem garantir o coman-
NOTA - Exemplo de instalação em que é utilizado o secciona-
do funcional se sua corrente nominal for igual ou inferior a
mento de emergência (não considerando a parada de emer-
gência, conforme 5.6.5.5):
16 A.
e) grandes edificações (por exemplo, lojas de departamen- 5.6.6.2 Circuitos de comando (circuitos auxiliares)
tos);
Os circuitos de comando devem ser concebidos, dispos-
f) laboratórios elétricos e instalações de pesquisa;
tos e protegidos de modo a limitar os perigos resultantes de
g) salas de caldeiras; uma falta entre o circuito de comando e outras partes
condutoras susceptíveis de provocar um funcionamento
h) grandes cozinhas (industriais e comerciais). inadequado do equipamento comandado (por exemplo,
manobra inadvertida).
5.6.5.2 Quando existir risco de choque elétrico, o dispositi-
vo de seccionamento de emergência deve seccionar todos NOTA - Em sistemas de comando automático e/ou seqüencial,
os condutores vivos, observada a prescrição de 5.6.2.2. quando as possíveis conseqüências de uma falha ou falta puderem
ser significativas, devem ser tomadas medidas adi-
cionais, tais como técnicas de segurança, dupla proteção, indica-
5.6.5.3 Os meios de seccionamento de emergência, in-
ção da ocorrência, etc.
cluindo a parada de emergência, devem atuar tão dire-
tamente quanto possível sobre os condutores de alimen-
5.7 Aplicação das medidas de proteção
tação adequados. Devem ser dispostos de forma a que
uma única ação seccione a alimentação adequada.
5.7.1 Prescrições gerais
(comentário 5.6.5.3.G)
5.6.5.4 Os arranjos do sistema de seccionamento de
5.7.1.1 Devem ser aplicadas medidas de proteção em to-
emergência devem ser tais que seu funcionamento não
introduza nenhum outro perigo, nem interfira com a opera- da instalação, em parte de uma instalação e a equipa-
ção completa necessária para suprimir o perigo. mentos, segundo as prescrições desta subseção.
5.6.5.5 Devem ser previstos meios de parada de emergên- 5.7.1.2 Na seleção e aplicação das medidas de proteção
cia quando os movimentos produzidos por meios elétricos em função das condições de influências externas devem
puderem causar perigos. ser observadas as prescrições de 5.8.
(comentário 5.6.5.5.G)
5.6.5.6 Os dispositivos de seccionamento de emergência, 5.7.1.3 A proteção deve ser assegurada:
inclusive parada de emergência, devem ser de acesso e
identificação rápidos. a) pelo próprio equipamento; ou
5.7.2.1 Proteção contra contatos diretos 5.7.4.1.1 A localização dos dispositivos de proteção contra
sobrecarga deve obedecer às prescrições descritas a
Todo equipamento elétrico deve ser objeto de uma das seguir:
medidas de proteção contra contatos diretos descritos em
5.1.1 e 5.1.2. a) um dispositivo que assegure a proteção contra
sobrecarga deve ser localizado no ponto em que uma
5.7.2.2 Proteção contra contatos indiretos mudança (por exemplo, troca de seção, de na-
NOTA - Certos equipamentos, locais ou utilizações podem requerer
tureza, de maneira de instalar ou de constituição)
medidas de proteção especiais (ver 5.8.1 e seção 9).
provoque uma redução do valor de capacidade de
condução de corrente dos condutores, com exceção
5.7.2.2.1 Exceto os casos previstos em 5.7.2.2.2, qualquer dos casos mencionados na alínea b) a seguir e em
equipamento elétrico deve ser objeto de uma das medi- 5.7.4.1.2;
das de proteção contra contatos indiretos descritas em
5.1.1 e 5.1.3 e nas condições definidas a seguir: b) o dispositivo que protege uma linha elétrica contra
sobrecargas pode ser colocado ao longo do percurso
a) deve ser aplicada, a toda instalação, a proteção por dessa linha se a parte da linha compreendida entre, de
seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.3.1), um lado, a troca de seção, de natureza, de manei-
exceto a partes da instalação que forem ob- ra de instalar ou de constituição e, do outro lado, o
jeto de uma outra medida de proteção; dispositivo de proteção, não possuir qualquer deri-
vação nem tomada de corrente e atender a uma das
b) se a proteção por seccionamento automático da duas condições seguintes:
alimentação for impraticável ou indesejável, as pres-
crições para locais não condutores (ver 5.1.3.3) ou as - estar protegida contra curtos-circuitos de acordo
referentes a ligações eqüipotenciais locais não com as prescrições de 5.3.4;
aterradas (ver 5.1.3.4) podem ser aplicadas a certas
partes de uma instalação; - seu comprimento não exceder 3 m, ser instala-
da de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-
c) as proteções por extrabaixa tensão de segurança circuito e não estar situada nas proximidades de
(ver 5.1.1.1), pelo emprego de equipamentos de classe materiais combustíveis (ver 5.7.4.2.2-a)).
II ou isolação equivalente (ver 5.1.3.2) e por separação (comentário 5.7.4.1.1.G)
elétrica (ver 5.1.3.5), podem ser aplicadas a certas 5.7.4.1.2 Omissão da proteção contra sobrecargas
instalações, ou partes de instalações e a certos
equipamentos. NOTA - Os diferentes casos enunciados nesta subseção não
devem ser aplicados a instalações situadas em locais que
5.7.2.2.2 A proteção contra contatos indiretos pode ser apresentem riscos de incêndio ou explosão (condição BE2 ou
omitida para: BE3 - tabela 16), ou quando prescrições particulares de certos
locais especificarem condições diferentes.
a) suportes de isoladores de linha aéreas e partes
metálicas associadas (por exemplo, ferragens de linhas Admite-se omitir a proteção contra sobrecargas:
aéreas), se não estiverem dentro da zona de alcance
a) em uma linha situada a jusante de uma troca de
normal;
seção, de natureza, de maneira de instalar ou de
b) postes de concreto reforçado com aço em que o constituição e efetivamente protegida contra sobre-
reforço de aço não é acessível; cargas por um dispositivo de proteção localizado a
montante;
c) massas que, por suas reduzidas dimensões (apro-
ximadamente até 50 mm x 50 mm) ou por sua dispo- b) em uma linha que não seja susceptível de ser per-
sição, não possam ser agarradas ou estabelecer con- corrida por correntes de sobrecarga, desde que essa
tato significativo com parte do corpo humano, desde linha seja protegida contra curtos-circuitos de acordo
que a ligação a um condutor de proteção seja difícil ou com as prescrições de 5.3.4 e não possua derivação
pouco confiável; ou tomada de corrente;
NOTA - Isto se aplica, por exemplo, a parafusos, pinos, d) nas instalações de comando, sinalização e análo-
placas de identificação e grampos de fixação de condutores gas.
(comentário 5.7.4.1.2.G)
d) tubos ou invólucros metálicos que protejam com- 5.7.4.1.3 Deslocamento ou omissão da proteção contra
ponentes ou equipamentos conforme 5.1.3.2. sobrecargas no esquema IT
5.7.4.1.4 Casos em que é recomendada a omissão da proteção circuito (ver 2ª subalínea de 5.7.4.2.2-a)) e a mesma não
contra sobrecargas por razões de segurança se situe nas proximidades de materiais combustíveis:
Recomenda-se omitir o dispositivo de proteção contra a) linhas ligando geradores, transformadores, retifi-
sobrecargas nos circuitos que alimentam equipamentos se cadores, baterias e acumuladores aos quadros de
a abertura inesperada do circuito puder causar perigos. comando correspondentes, estando os dispositivos de
São exemplos de tais casos: proteção localizados nesse quadro;
a) circuitos de excitação de máquinas rotativas; b) circuitos cuja abertura possa trazer perigos para a
instalação correspondente, tais como os citados em
b) circuitos de alimentação de eletroímãs para eleva- 5.7.4.1.4;
ção de cargas;
c) certos circuitos de medição.
c) circuitos secundários de transformadores de cor-
rente; 5.7.4.3 Proteção de acordo com a natureza dos dispositivos
(comentário 5.7.4.3.G)
d) circuitos que alimentam motores de bombas de 5.7.4.3.1 A proteção dos condutores fase deve obedecer às
serviços de incêndio. prescrições descritas a seguir:
NOTA - Nesses casos pode ser útil a presença de dispositivo de a) a detecção de sobrecorrentes deve ser prevista
sinalização de sobrecargas. em todos os condutores fase e deve provocar o sec-
cionamento de condutor em que a sobrecorrente seja
5.7.4.2 Proteção contra curtos-circuitos detectada, não precisando, necessariamente, provo-
car o seccionamento dos outros condutores vivos,
5.7.4.2.1 Localização dos dispositivos que assegurem a
com exceção do caso mencionado na alínea b) a
proteção contra curtos-circuitos
seguir;
Um dispositivo que assegure a proteção contra curtos-
b) no esquema TT, nos circuitos alimentados entre
circuitos deve ser localizado no ponto em que uma mu-
fases e nos quais o condutor neutro não seja distri-
dança (por exemplo, troca de seção, de natureza, de ma-
buído, a detecção de sobrecorrente pode ser omitida
neira de instalar ou de constituição) provoque uma redu-
em um dos condutores fase, desde que sejam si-
ção do valor da capacidade de condução de corrente dos
multaneamente cumpridas as seguintes condições:
condutores, com exceção dos casos onde se aplica 5.7.4.2.2
ou 5.7.4.2.3. - que exista, no mesmo circuito ou a montante, uma
proteção diferencial que provoque o seccio-
5.7.4.2.2 Deslocamento dos dispositivos de proteção contra
namento de todos os condutores fase;
curtos-circuitos
- que o condutor neutro não seja distribuído, a partir
É permitido localizar os dispositivos de proteção contra
de um ponto neutro artificial, nos circuitos situados
curtos-circuitos em um ponto diferente do especificado em
a jusante do dispositivo diferencial citado na
5.7.4.2.1, nas condições indicadas a seguir:
subalínea anterior.
a) a parte da linha compreendida entre, de um lado, a
NOTA - Se o seccionamento de uma única fase puder causar
redução de seção ou outra modificação e, do outro perigo, por exemplo no caso de motores trifásicos, devem ser
lado, o dispositivo de proteção, atende simultanea- tomadas precauções apropriadas.
mente às três condições seguintes:
5.7.4.3.2 Nos esquemas TT ou TN a proteção do condutor
- seu comprimento não excede 3 m; neutro deve obedecer às prescrições descritas a seguir:
- está instalada de modo a reduzir ao mínimo o a) quando a seção do condutor neutro for pelo menos
risco de curto-circuito. Essa condição pode ser igual ou equivalente à dos condutores fase, não é
obtida por um reforço das proteções da linha contra necessário prever detecção de sobrecorrente no
influências externas; condutor neutro, nem dispositivo de seccionamento
nesse condutor;
- não está localizada nas proximidades de mate-
riais combustíveis; b) quando a seção do condutor neutro for inferior à dos
condutores fase, é necessário prever detecção de
b) um dispositivo de proteção situado a montante da
sobrecorrente no condutor neutro, adequada à seção
redução de seção, ou outra modificação, possui uma
desse condutor; essa detecção deve provocar o
característica de instalação tal que protege contra
seccionamento dos condutores fase, mas não
curtos-circuitos, de acordo com a prescrição de 5.3.4.3,
necessariamente do condutor neutro.
a linha situada a jusante.
(comentário 5.7.4.2.2.G) NOTA - No entanto, admite-se omitir a detecção de sobrecor-
5.7.4.2.3 Casos em que se pode omitir a proteção contra curtos- rente, no condutor neutro, se as duas condições seguintes fo-
circuitos rem simultaneamente atendidas:
Admite-se omitir a proteção contra curtos-circuitos nos Condição 1: o condutor neutro estiver protegido contra curtos-
casos enumerados a seguir, desde que a linha seja ins- circuitos pelo dispositivo de proteção dos condu-
talada de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto- tores fase do circuito;
NBR 5410:1997 37
5.7.4.3.3 Seccionamento do condutor neutro 5.7.7.1.2 De uma forma geral, todo o circuito deve poder ser
individualmente seccionado em sua origem; no entan-
Quando o seccionamento do condutor neutro for reco- to, é admitido que um conjunto de circuitos seja seccio-
mendado, esse condutor não deve ser seccionado antes nado por um mesmo dispositivo quando houver conve-
dos condutores fase, nem restabelecido após os conduto- niência por razões de serviço.
res fase.
5.7.7.1.3 Nas instalações de maior potência ou nível de
5.7.5 Medidas de proteção contra sobretensões segurança, deve ser sempre previsto um dispositivo de
seccionamento na origem dos circuitos principais e para
As especificações sobre seleção e instalação dos disposi- grupos de circuitos em locais de mesma natureza.
tivos de proteção contra sobretensões, incluindo aspectos
particulares relativos à compatibilidade eletromagnética 5.7.7.2 Seccionamento para manutenção mecânica
entre os diversos elementos, constam em 6.3.5.
Devem ser previstos meios de seccionamento para manu-
5.7.5.1 Para reduzir os riscos de danos devidos a sobre- tenção mecânica, de acordo com 5.6.4, quando esta ma-
tensões, pode ser necessário utilizar dispositivos de pro- nutenção puder causar riscos, como, por exemplo, em:
teção contra sobretensões, equipamentos com nível de
sobretensão suportável adequado e/ou outros meios de a) guindastes;
proteção, como blindagem ou aterramento integrado
b) elevadores;
eqüipotencial.
5.7.6 Medidas de proteção contra quedas e faltas de tensão 5.7.7.4 Comando funcional
Devem ser previstos dispositivos de proteção contra que- 5.7.7.4.1 Devem ser previstos dispositivos de comando
das e faltas de tensão em: funcional, de acordo com 5.6.6, para todas as partes de
circuito que possam necessitar de um comando indepen-
a) equipamentos que possam ser danificados pela dente das outras partes da instalação.
ocorrência de quedas ou faltas de tensão;
5.7.7.4.2 Os dispositivos de comando funcional não preci-
b) equipamentos cuja entrada em serviço, após uma sam necessariamente atuar sobre todos os condutores
parada devido a queda ou falta de tensão, possa vivos; entretanto, não deve ser colocado no neutro qual-
apresentar perigo para pessoas, animais, ou ainda quer dispositivo de manobra unipolar.
causar danos à instalação;
5.7.7.4.3 Todo equipamento de utilização deve ser coman-
c) instalações de edificações em que sejam previstos dado por um dispositivo de comando funcional; entretanto,
equipamentos de segurança ou alimentações de re- um único dispositivo pode comandar vários equipamen-
serva; os dispositivos de proteção devem assegurar, tos destinados a funcionar simultaneamente.
38 NBR 5410:1997
5.7.7.4.4 Quando um equipamento possuir um dispositivo 5.8.1.2.3 Admite-se omitir as medidas de proteção contra
de comando incorporado, não é necessário prever-se outro contatos diretos nos locais acessíveis somente a pessoas
dispositivo de comando funcional para o circuito de advertidas (BA4 - tabela 12) ou qualificadas (BA5 - tabela
alimentação desse equipamento. 12) e se as seguintes condições forem simultaneamente
satisfeitas:
5.8 Seleção das medidas de proteção em função das
influências externas a) a pessoa BA4 ou BA5 deve estar devidamente
instruída com relação às condições do local e às
5.8.1 Seleção das medidas de proteção contra choques tarefas a serem nele executadas;
elétricos em função das influências externas
b) os locais devem ser sinalizados de forma clara e
5.8.1.1 Generalidades visível por meio de indicações apropriadas;
5.8.1.1.1 As prescrições de 5.8.1.2 e 5.8.1.3 indicam as c) não deve ser possível ingressar nos locais se-
medidas de proteção contra choques elétricos, definidas não com o auxílio ou a liberação de algum dispo-
em 5.1, que devem ser aplicadas em função das con- sitivo especial;
dições de influências externas determinantes.
d) as portas de acesso aos locais devem permitir a
NOTAS fácil saída das pessoas. A abertura das portas,
pelo lado interno dos locais, deve ser possível sem
1 Na prática, apenas as seguintes condições de influências externas o uso de chaves, mesmo que as portas sejam
são determinantes para a seleção das medidas de proteção contra fechadas a chave do exterior; e
choques elétricos:
5.8.1.2 Medidas de proteção contra contatos diretos 5.8.1.2.6 As passagens cuja extensão for superior a 20 m
devem ser acessíveis nas duas extremidades. Recomen-
5.8.1.2.1 As medidas de proteção por isolação das partes da-se que passagens de serviço menores, mas com com-
vivas (5.1.2.1) e por meio de barreiras ou invólucros (5.1.2.2) primento superior a 6 m, também sejam acessíveis nas
são aplicáveis em todas as condições de influên- duas extremidades.
cias externas.
5.8.1.2.7 O emprego de SELV ou PELV é considerado co-
5.8.1.2.2 As medidas de proteção parcial por meio de obs- mo uma medida de proteção contra os contatos diretos se
táculos (5.1.2.3) ou por colocação fora de alcance (5.1.2.4) a tensão do circuito não for superior a:
são admitidas em locais acessíveis somente a pessoas
advertidas (BA4 - tabela 12) ou qualificadas (BA5 - tabe- a) 25 V na situação 1; ou
la 12) e se as seguintes condições forem satisfeitas:
b) 12 V na situação 2.
a) a tensão nominal dos circuitos existentes nestes
locais não deve ser superior aos limites da faixa de NOTAS
tensões II (ver anexo A);
1 O emprego de SELV ou PELV não representa medida de pro-
b) as prescrições apresentadas em 5.8.1.2.4 e 5.8.1.2.6 teção contra contatos diretos na situação 3.
devem ser observadas, nos casos em ques-
tão; e 2 O emprego de FELV não constitui, em nenhuma hipótese, medida
de proteção contra os contatos diretos.
c) os locais devem ser sinalizados de forma clara e
visível por meio de indicações apropriadas. 3 As situações 1, 2 e 3 são definidas em 5.8.1.3.1.
NBR 5410:1997 39
Situação Distância
1. Distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elétricos (punhos, volantes, 700 mm
alavancas, etc.), entre obstáculos e parede ou entre manípulos e parede
2. Altura da passagem sob tela ou painel 2 000 mm
NOTA - As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos painéis devidamente montadas e fechadas.
Tabela 25 - Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção
desprovidas de proteção contra contatos diretos
Situação Distância
1. Apenas um dos lados da passagem apresenta partes vivas não protegidas (ver figura 8)
1.1 largura da passagem entre parede e partes vivas 1 000 mm
1.2 passagem livre defronte manípulos (punhos, volantes, alavancas, etc.) de dispositivos 700 mm
elétricos
2. Os dois lados da passagem apresentam partes vivas (ver figura 9)
2.1 largura da passagem entre partes e/ou condutores vivos de cada lado
a) passagem destinada exclusivamente à manutenção, prevendo-se que qualquer 1 000 mm
trabalho de manutenção seja precedido da colocação de barreiras protetoras
b) passagem destinada exclusivamente à manutenção, não estando previsto que os 1 500 mm
trabalhos de manutenção sejam precedidos da colocação de barreiras protetoras
c) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, prevendo-se que todo 1 200 mm
trabalho de manutenção seja precedido da colocação de barreiras protetoras
d) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, não estando previsto que 1 500 mm
os trabalhos de manutenção sejam precedidos da colocação de barreiras protetoras
2.2 passagem livre defronte manipuladores (punhos, volantes, alavancas, etc.) de
dispositivos elétricos
a) passagem destinada à manutenção 900 mm
b) passagem destinada à operação 1 100 mm
3. Altura das partes vivas acima do piso 2 300 mm
1)
Caso em que todo trabalho de manutenção é precedido da colocação de barreiras protetoras (ver 2.1-a) e 2.1-c) da tabela 24).
2)
Caso em que os trabalhos de manutenção não são precedidos da colocação de barreiras protetoras (ver 2.1-b) e 2.1-d) da ta-
bela 24).
Figura 9 - Passagens sem proteção com partes vivas dos dois lados
NBR 5410:1997 41
5.8.1.3.4 A adoção das medidas admitidas em locais não NOTA - A codificação BD - tabela 15 - dos locais deve ser regu-
condutores restringe-se às condições especificadas em lamentada pelas autoridades competentes, normalmente o Poder
5.1.3.3. Público Municipal.
Tabela 26 - Situações 1, 2 e 3
NOTAS
1 Alguns exemplos da situação 2:
- compartimentos condutores;
- dependências interiores molhadas em uso normal.
2 Na prática, a situação 3 refere-se principalmente ao volume 0 (zero) de banheiros e piscinas (ver 9.1 e 9.2).
42 NBR 5410:1997
5.8.2.1.1 Nos locais BD2, BD3 e BD4, conforme a tabe- linhas aparentes devem atender a uma das seguintes
la 15, as linhas elétricas aparentes devem atender a uma condições:
das seguintes condições:
a) no caso de linhas constituídas por cabos fixados
a) no caso de linhas constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos devem ser resis-
em paredes ou em tetos, ou constituídas por condu- tentes ao fogo sob condições simuladas de incêndio,
tos abertos, os cabos deverão ser resistentes ao fogo livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e
sob condições simuladas de incêndio, livres de halo- gases tóxicos;
gênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxi-
cos;
b) no caso de linhas constituídas por condutos aber-
tos, os cabos e os condutos devem ser resistentes ao
b) no caso de linhas em condutos fechados, estes
fogo sob condições simuladas de incêndio, livres de
deverão ser resistentes ao fogo sob condições simu-
halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases
ladas de incêndio, livres de halogênios e com baixa
tóxicos;
emissão de fumaça e gases tóxicos.
5.8.2.1.2 Nos locais BD3 e BD4, conforme a tabela 15, e c) no caso de linhas em condutos fechados, estes
nas saídas de emergência, o uso de componentes elétri- devem ser resistentes ao fogo sob condições simu-
cos contendo líquidos inflamáveis não é permitido. ladas de incêndio, livres de halogênio e com baixa
emissão de fumaça e gases tóxicos.
NOTA - Os capacitores auxiliares individuais incorporados aos
equipamentos não estão submetidos a esta prescrição. Isto diz 5.8.2.2.7 Nas instalações de aquecimento a ar forçado, a
respeito principalmente às lâmpadas de descarga e aos capa- tomada de ar deve ser feita fora dos locais onde existam
citores de partida de motores. poeiras combustíveis. A temperatura de saída do ar não
deve ser capaz de provocar um incêndio no local.
5.8.2.2 Natureza dos materiais processados ou armazenados
(condição BE2, conforme 4.3.2.5)
5.8.2.2.8 Os motores, que não os servomotores de serviço
leve, comandados automaticamente ou à distância, ou que
NOTAS
não sejam continuamente supervisionados, devem ser
1 As quantidades de materiais inflamáveis, as superfícies ou os protegidos contra aquecimentos excessivos por dis-
volumes desses locais devem ser regulamentados pela autori- positivos sensíveis à temperatura.
dade competente.
5.8.2.2.9 As luminárias devem ser adequadas aos locais e
2 Para o caso de riscos de explosão, ver IEC 79-0. contidas em invólucros que apresentem no mínimo grau de
proteção IP4X. As lâmpadas e os elementos da lumi-
5.8.2.2.1 Os equipamentos elétricos devem ser limitados nária devem ser adequadamente protegidos nos locais onde
aos necessários ao uso desses locais, com exceção das possam ocorrer danos mecânicos, através de cober-
linhas elétricas nas condições de 5.8.2.2.6. turas suficientemente robustas (por exemplo, telas ou bacias
de plástico ou vidro resistentes a choques mecâ-
5.8.2.2.2 Quando for possível que poeiras se depositem em nicos). Tais proteções não devem ser fixadas aos receptá-
quantidade suficiente para causar risco de incêndio em culos das lâmpadas, a menos que isso seja previsto por
invólucros de componentes elétricos, devem ser to- construção.
madas precauções para impedir que esses invólucros
atinjam temperaturas excessivas. 5.8.2.2.10 Quando for necessário limitar as conseqüências
da circulação de correntes de falta nas linhas, sob o ponto
5.8.2.2.3 Os componentes elétricos devem ser seleciona-
de vista dos riscos de incêndio, o circuito correspondente
dos e instalados de modo tal que seu aquecimento nor- deve ser:
mal ou previsível em caso de falta não possa provocar um
incêndio. As medidas a tomar podem estar relaciona-
a) protegido por um dispositivo a corrente diferen-
das com a construção ou com a instalação dos compo-
cial-residual (dispositivo DR) com corrente diferen-
nentes. Quando a temperatura das superfícies dos com-
cial-residual nominal de atuação de no máximo
ponentes não for susceptível de provocar a combustão de
500 mA; ou
materiais situados nas proximidades, nenhuma me-
dida é necessária.
b) ser supervisionado por um dispositivo supervisor
5.8.2.2.4 Os dispositivos de proteção, comando e seccio- de isolamento que acione um sinal sonoro ou visual
namento devem ser localizados fora dos locais que apre- quando do surgimento de uma falta.
sentem condições BE2, a menos que eles estejam con-
tidos em invólucros que apresentem um grau de proteção NOTA - Um condutor nu de supervisão, que pode ser um con-
adequado ao local, no mínimo IP4X. dutor de proteção, pode ser incorporado à linha do circuito corres-
pondente, a menos que a linha possua um invólucro metálico
5.8.2.2.5 Nos locais BE2, as linhas elétricas embutidas ou ligado ao condutor de proteção.
aparentes devem ter suas conexões contidas em invó-
lucros resistentes ao fogo. 5.8.2.2.11 Os circuitos que alimentem ou atravessem locais
BE2 devem ser protegidos contra sobrecargas e contra
5.8.2.2.6 Nos locais BE2, as linhas elétricas embutidas curtos-circuitos por dispositivos de proteção situados a
devem estar envolvidas por material incombustível. As montante desses locais.
NBR 5410:1997 43
AA4 - 5°C + 40°C Normal (em certos casos podem ser necessários precauções
especiais)
AA5 - 5°C + 40°C Normal
AA6 + 5°C + 60°C Componentes especialmente projetados ou disposições
apropriadas1)
AC Altitude (4.3.1.2)
AC1 £ 2 000 m Normal
AC2 2 000 m Podem ser necessárias precauções especiais, tais como a
aplicação de fatores de correção
NOTA - Para certas categorias de componentes, podem ser
necessárias medidas especiais a partir de 1 000 m
AE4 Poeira
NBR 5410:1997 45
Tabela 27 (continuação)
6.1.3.2.2 Quando um componente não possuir, por cons- 6.1.5.2 Linhas elétricas
trução, as características correspondentes às influências
externas do local, ele poderá ser utilizado sob a condição As linhas elétricas devem ser dispostas ou marcadas de
de que seja provido, por ocasião da execução da instala- modo a permitir sua identificação, quando da realização de
ção, de uma proteção complementar apropriada. Esta verificações, ensaios, reparos ou modificações da ins-
proteção não pode afetar as condições de funcionamento talação.
do componente protegido.
6.1.5.3 Condutores
6.1.3.2.3 Quando diferentes influências externas se produ-
zirem simultaneamente, seus efeitos podem ser indepen- 6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia
dentes ou influenciar-se mutuamente e os graus de pro- de cabo multipolar utilizado como condutor neutro deve ser
teção devem ser escolhidos de acordo. identificado conforme essa função. Em caso de identificação
por cor, deve usada a cor azul-clara na isola-
6.1.3.2.4 A escolha das características dos componentes ção do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou
em função das influências externas é necessária não so- na cobertura do cabo unipolar.
mente para seu funcionamento correto, mas também para
garantir a confiabilidade das medidas de proteção, em NOTA - A veia com isolação azul-clara de um cabo multipolar
conformidade com as prescrições de 5.1 a 5.6. As medi- pode ser usada para outras funções, que não a de condutor de
proteção, se o circuito não possuir condutor neutro ou se o ca-
das de proteção associadas à construção dos componen-
bo possuir um condutor periférico utilizado como neutro.
tes são válidas apenas para as condições de influências
externas dadas se os correspondentes ensaios previstos
6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia
nas normas dos componentes forem prescritos para aquelas
condições. de cabo multipolar utilizado como condutor de prote-
ção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função.
Em caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla
NOTAS
coloração verde-amarela (cores exclusivas da função de
proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do
1 Para efeito desta Norma, são considerados como “normais” as
cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.
seguintes classes de influências externas:
6.1.7.3 Para os locais utilizados predominantemente por 6.2.3.4 Os cabos multiplexados (exceto os auto-susten-
pessoal BA1- tabela 12, onde não haja a presença perma- tados), para efeito de aplicação desta Norma, devem ser
nente de pessoal BA4 ou BA5, conforme a tabela 12, deverá considerados como cabos multipolares.
ser elaborado um manual do usuário que con-
6.2.3.5 Os condutores isolados de cobre com isolação em
tenha, no mínimo, em linguagem acessível a pessoal BA1,
PVC, nas maneiras de instalar mencionadas na tabe-
os seguintes elementos:
la 28, deverão ser resistentes à chama sob condições
simuladas de incêndio (tipo BWF) segundo a NBR 6148.
a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com
indicação e finalidade dos circuitos terminais e dos
6.2.3.6 As linhas pré-fabricadas devem atender às normas
pontos alimentados;
específicas, ser instaladas de acordo com as instru-
ções do fabricante e atender às prescrições de 6.2.3, 6.2.8,
b) potências máximas que podem ser ligadas em cada
6.2.9 e 6.2.10.
circuito terminal existente;
NOTA - Os barramentos blindados (busbar trunking systems ou
c) potências máximas previstas nos eventuais cir- busways ) devem atender à IEC 439-2 e à NF C 63-010 e o
cuitos terminais de reserva; sistema undercarpet ao NEC art. 328.
d) recomendação explícita para que não sejam troca- 6.2.3.7 O uso de condutores de alumínio só é admitido nas
dos, por tipos com características diferentes, os dispo- condições estabelecidas em 6.2.3.7.1 a 6.2.3.7.3.
sitivos de proteção existentes no(s) quadro(s). (comentário 6.2.3.7.0.G)
NOTA - As restrições impostas ao uso de condutores de alumínio
NOTA - São exemplos destes locais as unidades residenciais, refletem o estado atual da técnica de conexões no Brasil. So-
pequenos estabelecimentos comerciais, etc. luções técnicas de conexões que atendam a NBR 9513, a
NBR 9313 e a NBR 9326 e que alterem aquelas restrições serão
consideradas em norma complementar e futuramente in-
6.2 Seleção e instalação das linhas elétricas
corporadas a esta Norma.
6.2.1.2 As prescrições a seguir são aplicáveis, em parti- b) a instalação seja alimentada diretamente por
cular, aos condutores vivos (fases e neutro, no caso de subestação de transformação ou transformador, a partir
circuitos em corrente alternada). Sobre condutores de de uma rede de alta tensão ou que possua fon-
proteção, ver 6.4.3. te própria.
50 NBR 5410:1997
c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por b) os locais sejam exclusivamente BD1 - tabela 15;
pessoas qualificadas (BA5 - tabela 12).
c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por
6.2.3.7.2 Em instalações de estabelecimentos comerciais,
pessoas qualificadas (BA5 - tabela 12).
podem ser utilizados condutores de alumínio, desde que
sejam obedecidas simultaneamente as seguintes con-
dições: 6.2.3.7.3 Em locais BD4 - tabela 15 - não é permitido, em
nenhuma circunstância, o emprego de condutores de
a) a seção nominal dos condutores seja igual ou su- alumínio.
perior a 50 mm2;
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
Tabela 28 (continuação)
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
31 B1
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
31A B2
Tabela 28 (continuação)
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
Método de referência
Método de a utilizar para a
instalação Esquema ilustrativo Descrição capacidade de
número condução de
corrente1)
75
Cabo multipolar em canaleta embutida em parede B2
75A
1)
Ver 6.2.5.1.2.
2)
O revestimento interno da parede possui condutância térmica de no mínimo 10 W/m2.K.
3)
A distância entre o eletroduto e a parede deve ser inferior a 0,3 vez o diâmetro externo do eletroduto.
4)
A distância entre o cabo e a superfície deve ser inferior a 0,3 vez o diâmetro externo do cabo.
5)
A distância entre o cabo e a parede ou teto deve ser igual ou superior a 0,3 vez o diâmetro externo do cabo.
6)
Deve-se atentar para o fato de que quando os cabos estão instalados na vertical e a ventilação é restrita, a temperatura ambiente no
topo do trecho vertical pode aumentar consideravelmente.
7)
Os forros falsos e os pisos elevados são considerados espaços de construção.
8)
Os cabos devem ser providos de armação.
6.2.4 Seleção e instalação em função das influências exter- circulação de correntes de valores iguais às capacidades
nas de condução de corrente respectivas, durante períodos
prolongados em serviço normal. Outras considerações
NOTA - As prescrições relativas à seleção e instalação das li- intervêm na determinação da seção dos condutores, tais
nhas são apresentadas na tabela 29, consideradas as influênci- como as prescrições para a proteção contra choques elé-
as externas indicadas em 4.3. tricos (ver 5.1), a proteção contra efeitos térmicos (ver
5.2), a proteção contra sobrecorrentes (ver 5.3), a queda
6.2.5 Capacidades de condução de corrente
de tensão (ver 6.2.7), bem como as temperaturas limites
para os terminais de equipamentos aos quais os condu-
6.2.5.1 Introdução
tores sejam ligados.
6.2.5.1.1 As prescrições desta subseção são destinadas a
garantir uma vida satisfatória aos condutores e suas iso- NOTA - São considerados nesta subseção apenas os cabos não
lações, submetidos aos efeitos térmicos produzidos pela armados cuja tensão nominal não seja superior a 0,6/1 kV.
(comentário 6.2.5.1.1.G)
56 NBR 5410:1997
Tabela 29 (conclusão)
NOTAS NOTAS
1 Nos métodos A1 e A2, a parede é formada por uma camada 1 As tabelas 31, 32, 33 e 34 dão as capacidades de condução de
externa estanque, isolação térmica e uma camada interna em corrente para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C, D, E, F
madeira ou material análogo com condutância térmica de no mínimo e G, descritos em 6.2.5.1.2, aplicáveis aos diversos tipos de
10 W/m2.K. O eletroduto, metálico ou de plástico, é fixa- linhas, conforme indicado na tabela 28.
do junto à camada interna (não necessariamente em contato físico
com ela). 2 As capacidades de condução de corrente dadas nas tabelas 31,
32, 33 e 34 referem-se a funcionamento contínuo em regime
2 Nos métodos B1 e B2, o eletroduto, metálico ou de plástico, é permanente (fator de carga 100%), em corrente contínua ou em
montado sobre uma parede de madeira, de modo tal que a dis- corrente alternada com freqüência de 50 Hz ou 60 Hz.
tância entre o eletroduto e a superfície da parede seja inferior a 0,3 (comentário 6.2.5.2.2.G)
vez o diâmetro externo do eletroduto. 6.2.5.2.3 Os valores adequados de capacidades de condu-
ção de corrente podem ser calculados como indicado na
3 No método C, a distância entre o cabo multipolar, ou qualquer NBR 11301. Em cada caso pode-se levar em considera-
cabo unipolar, e a parede de madeira deve ser inferior a 0,3 vez o ção as características da carga e, para os cabos enterra-
diâmetro externo do cabo. dos, a resistividade térmica real do solo.
Seções A1 A2 B1 B2 C D
nominais
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
mm 2
condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores
carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1 000 767 679 698 618 1 012 906 827 738 1 125 996 792 652
Alumínio
16 48 43 44 41 60 53 54 48 66 59 62 52
25 63 57 58 53 79 70 71 62 83 73 80 66
35 77 70 71 65 97 86 86 77 103 90 96 80
70 118 107 108 98 150 133 131 116 160 140 140 117
95 142 129 130 118 181 161 157 139 195 170 166 138
120 164 149 150 135 210 186 181 160 226 197 189 157
150 189 170 172 155 241 214 206 183 261 227 213 178
185 215 194 195 176 275 245 234 208 298 259 240 200
240 252 227 229 207 324 288 274 243 352 305 277 230
300 289 261 263 237 372 331 313 278 406 351 313 260
400 345 311 314 283 446 397 372 331 488 422 366 305
500 396 356 360 324 512 456 425 378 563 486 414 345
630 456 410 416 373 592 527 488 435 653 562 471 391
800 529 475 482 432 687 612 563 502 761 654 537 446
1 000 607 544 552 495 790 704 643 574 878 753 607 505
NBR 5410:1997 61
Seções A1 A2 B1 B2 C D
nominais
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
mm 2
condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores condutores
carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados carregados
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46
10 61 54 57 51 75 66 69 60 80 71 73 61
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1 122 923 711 596
800 885 792 805 721 1 158 1 020 952 837 1 311 1 074 811 679
1 000 1 014 908 923 826 1 332 1 173 1 088 957 1 515 1 237 916 767
Alumínio
16 64 58 60 55 79 71 72 64 84 76 73 61
25 84 76 78 71 105 93 94 84 101 90 93 78
50 125 113 115 104 157 140 138 124 154 136 132 112
70 158 142 145 131 200 179 175 156 198 174 163 138
95 191 171 175 157 242 217 210 188 241 211 193 164
120 220 197 201 180 281 251 242 216 280 245 220 186
150 253 226 230 206 323 289 277 248 324 283 249 210
185 288 256 262 233 368 330 314 281 371 323 279 236
240 338 300 307 273 433 389 368 329 439 382 322 272
300 387 344 352 313 499 447 421 377 508 440 364 308
400 462 409 421 372 597 536 500 448 612 529 426 361
500 530 468 483 426 687 617 573 513 707 610 482 408
630 611 538 556 490 794 714 658 590 821 707 547 464
800 708 622 644 566 922 830 760 682 958 824 624 529
1 000 812 712 739 648 1061 955 870 780 1108 950 706 598
62 NBR 5410:1997
Seções
nominais
mm2
Seções
nominais
mm2
Isolação
Temperatura
(°C)
PVC EPR ou XLPE
Ambiente
10 1,22 1,15
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
45 0,79 0,87
50 0,71 0,82
55 0,61 0,76
60 0,50 0,71
65 - 0,65
70 - 0,58
75 - 0,50
80 - 0,41
Do solo
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04
25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77 0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 - 0,60
70 - 0,53
75 - 0,46
80 - 0,38
NOTAS
1 Os fatores de correção dados são valores médios para as seções nominais in-
cluídas nas tabelas 31 e 32, com uma dispersão geralmente inferior a 5%.
Tabelas dos
Item Disposição dos Número de circuitos ou de cabos multipolares métodos de
cabos referência
justapostos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 ³ 20
Feixe de cabos ao
ar livre ou sobre 31 a 34
1 superfície; cabos 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 (métodos A a F)
em condutos
fechados
Camada única
sobre parede, piso,
2 ou em bandeja não 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70
perfurada ou 31 e 32
prateleira (Nota 7) (método C)
NOTAS
1 Esses fatores são aplicáveis a grupos de cabos, uniformemente carregados.
2 Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar ne-
nhum fator de redução.
3 Os mesmos fatores de correção são aplicáveis a:
Tabela 38 - Fatores de agrupamento para mais de um circuito - Cabos unipolares ou cabos multipolares
diretamente enterrados (método de referência D)
NOTA - Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. São valores
médios para as dimensões dos cabos constantes nas tabelas 31 e 32. Os valores médios arredondados podem apresentar erros de 10% em
certos casos. Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à NBR 11301.
Tabela 39 - Fatores de agrupamento para mais de um circuito - Cabos em eletrodutos diretamente enterrados
NOTA - Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. São valores
médios para as dimensões dos cabos constantes nas tabelas 31 e 32. Os valores médios arredondados podem apresentar erros de 10% em
certos casos. Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à NBR 11301.
NBR 5410:1997 67
Contíguos
Bandejas
verticais
13
perfuradas
Espaçados
(Nota 4)
NOTAS
1 Os valores indicados são médios para os tipos de cabos e a faixa de seções das tabelas 33 e 34.
2 Os fatores são aplicáveis a cabos agrupados em uma única camada, como mostrado acima, e não se aplicam a cabos dispostos em mais
de uma camada. Os valores para tais disposições podem ser sensivelmente inferiores e devem ser determinados por um método adequado;
pode ser utilizada a tabela 42.
3 Os valores são indicados para uma distância vertical entre bandejas ou leitos de 300 mm. Para distâncias menores, os fatores devem ser
reduzidos.
4 Os valores são indicados para uma distância horizontal entre bandejas de 225 mm, estando estas montadas fundo a fundo. Para
espaçamentos inferiores os fatores devem ser reduzidos.
68 NBR 5410:1997
Tabela 41 - Fatores de correção para o agrupamento de circuitos constituídos por cabos unipolares, aplicáveis
aos valores referentes a cabos unipolares ao ar livre - Método de referência F nas tabelas 32 e 33
Número de circuitos
Método de instalação da tabela 28 Número de trifásicos (Nota 5) Utilizar como
bandejas ou multiplicador
leitos 1 2 3 para a coluna:
Contíguos
Contíguos
Contíguos
Leitos,
14 1 1,00 0,97 0,96
suportes
6
horizontais,
15 2 0,98 0,93 0,89
etc. (Nota 3)
16 3 0,97 0,90 0,86
Espaçados
Bandejas
horizontais 1 1,00 0,98 0,96
13
perfuradas
(Nota 3) 2 0,97 0,93 0,89
Espaçados
Espaçados
NOTAS
1 Os valores indicados são médios para os tipos de cabos e a faixa de seções das tabelas 33 e 34.
2 Os fatores são aplicáveis a cabos agrupados em uma única camada, como mostrado acima, e não se aplicam a cabos dispostos em mais
de uma camada. Os valores para tais disposições podem ser sensivelmente inferiores e devem ser determinados por um método adequado;
pode ser utilizada a tabela 42.
NBR 5410:1997 69
4 Os valores são indicados para uma distância horizontal entre bandejas de 225 mm, estando estas montadas fundo a fundo. Para
espaçamentos inferiores os fatores devem ser reduzidos.
5 Para circuitos contendo vários cabos em paralelo por fase, cada grupo de três condutores deve ser considerado como um circuito para a
aplicação desta tabela.
Tabela 42 - Multiplicadores a utilizar para a obtenção dos fatores de agrupamento aplicáveis a circuitos
trifásicos ou cabos multipolares, ao ar livre, cabos contíguos, em várias camadas horizontais,
em bandejas, prateleiras e suportes horizontais - Métodos de referência C, E e F nas tabelas 31,
32, 33 e 34
2 3 4 ou 5 6a8 9 e mais
NOTAS
1 Os fatores são obtidos multiplicando os valores referentes à disposição em um plano horizontal pelos referentes à disposição em um
plano vertical, que corresponde ao número de camadas.
6.2.5.3.3 Quando forem utilizadas as tabelas de 6.2.5 e a 2 Os valores de capacidade de condução de corrente indicados
temperatura ambiente no local em que devem ser insta- nas tabelas de 6.2.5 para cabos enterrados referem-se apenas a
percursos no interior ou em torno das edificações. Para outras
lados os condutores ou os cabos diferir das temperaturas
instalações, quando for possível conhecer valores mais precisos
de referência, os fatores de correção especificados na
da resistividade térmica do solo, bem como os períodos em que
tabela 35 devem ser aplicados aos valores de capacidade se verifica carga máxima, os valores de capacidade de condução
de condução de corrente das tabelas 31 a 34. de corrente podem ser calculados pelos métodos especificados
na NBR 11301.
6.2.5.3.4 Os fatores de correção da tabela 35 não conside-
ram o aumento de temperatura devido à radiação solar ou a
6.2.5.5 Agrupamento de circuitos
outras radiações infravermelhas. Quando os cabos ou
condutores forem submetidos a tais radiações, as capa- 6.2.5.5.1 Os fatores de correção são aplicáveis a grupos de
cidades de condução de corrente devem ser calculadas condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multi-
pelos métodos especificados na NBR 11301. polares com a mesma temperatura máxima para serviço
6.2.5.4 Resistividade térmica do solo contínuo. Para grupos contendo condutores isolados ou
cabos com diferentes temperaturas máximas para serviço
6.2.5.4.1 As capacidades de condução de corrente, indica- contínuo, a capacidade de condução de corrente de todos
das em 6.2.5, para os cabos enterrados, correspondem a os cabos ou condutores isolados do grupo deve ser ba-
uma resisitividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. seada na menor das temperaturas máximas para serviço
70 NBR 5410:1997
contínuo de qualquer cabo ou condutor isolado do grupo, 2 Os fatores de correção foram calculados admitindo-se um
afetada do fator de correção adequado. agrupamento de cabos semelhantes igualmente carregados.
Quando um grupo contiver cabos de dimensões diferentes, devem
ser tomadas precauções relacionadas com a carga dos cabos de
6.2.5.5.2 Se, devido a condições de funcionamento conhe-
menor seção (ver 6.2.5.5.5).
cidas, um circuito ou cabo multipolar for previsto para
conduzir não mais do que 30% da capacidade de condu- 6.2.5.5.5 Grupos contendo cabos de dimensões diferentes
ção de corrente de seus condutores, já afetada pelo fator
de correção aplicável, o circuito ou cabo multipolar pode a) Os fatores de correção tabelados (tabelas 37 a 42)
ser omitido para efeito da obtenção do fator de correção do são aplicáveis a grupos de cabos semelhantes,
resto do grupo. igualmente carregados. O cálculo dos fatores de cor-
(comentário 6.2.5.5.2.G) reção para grupos contendo condutores isolados ou
6.2.5.5.3 Métodos de instalação correspondentes aos métodos cabos unipolares ou multipolares de diferentes se-
de referência A1, A2, B1, B2, C e D ções nominais depende da quantidade de condu-
tores ou cabos e da faixa de seções. Tais fatores não
As capacidades de condução de corrente indicadas nas podem ser tabelados e devem ser calculados caso a
tabelas 31 e 32 são válidas para circuitos simples constituí- caso, utilizando, por exemplo, a NBR 11301.
dos pelo seguinte número de condutores:
NOTA - São considerados cabos semelhantes aqueles cujas
capacidades de condução de corrente baseiam-se na mesma
a) dois condutores isolados, dois cabos unipolares ou
temperatura máxima para serviço contínuo e cujas seções
um cabo bipolar;
nominais estão contidas no intervalo de 3 se-
ções normalizadas sucessivas.
b) três condutores isolados, três cabos unipolares ou
um cabo tripolar. b) No caso de condutores isolados, cabos unipolares
ou cabos multipolares de dimensões diferentes em
Quando for instalado, em um mesmo grupo, um número condutos fechados ou em bandejas, leitos, pratelei-
maior de condutores ou de cabos, devem ser aplicados os ras ou suportes, caso não seja viável um cálculo mais
fatores de correção especificados nas tabelas 37, 38 e 39. específico, deve-se utilizar a expressão:
NOTAS
6.2.5.6.3 Os condutores utilizados unicamente como con- 6.2.6.1 As seções dos condutores fase, em circuitos de
dutores de proteção (PE) não são considerados. Os con- corrente alternada, e dos condutores vivos, em circuitos de
dutores PEN são considerados como condutores neutros. corrente contínua, não devem ser inferiores aos valores
dados na tabela 43.
6.2.5.7 Condutores em paralelo
Quando dois ou mais condutores são ligados em paralelo 6.2.6.2 O condutor neutro, se existir, deve possuir a mesma
na mesma fase ou polaridade: seção que o(s) condutor(es) fase nos seguintes casos:
a) devem ser tomadas medidas para garantir que a a) em circuitos monofásicos a 2 e 3 condutores e bi-
corrente se divida igualmente entre eles. fásicos a 3 condutores, qualquer que seja a seção;
Essa exigência é considerada atendida se os condu- b) em circuitos trifásicos, quando a seção dos con-
tores são de mesmo material, têm a mesma seção dutores fase for inferior ou igual a 25 mm2, em cobre
nominal, são, aproximadamente, de mesmo compri- ou em alumínio;
mento, não contêm derivações ao longo de seu per-
curso e atendem a uma das três condições a seguir:
c) em circuitos trifásicos, quando for prevista a pre-
sença de harmônicas, qualquer que seja a seção.
- são veias de cabos multipolares ou multiplexa-
dos, qualquer que seja a seção nominal, cada cabo
contendo todas as fases ou polaridades e o 6.2.6.3 Nos circuitos trifásicos, a seção do condutor neutro
respectivo neutro, se existir; pode ser inferior à dos condutores fase, sem ser inferior
aos valores indicados na tabela 44, em função da seção
- são cabos unipolares em trifólio, em formação dos condutores fase, quando as duas condições seguin-
plana ou em conduto fechado, com condutores de tes forem simultaneamente atendidas:
seção igual ou inferior a 50 mm2 em cobre, ou 70
mm2 em alumínio, cada grupo ou conduto fe- a) não for prevista a presença de harmônicas;
chado contendo todas as fases ou polaridades e o
respectivo neutro, se existir; b) a máxima corrente susceptível de percorrer o con-
dutor neutro, em serviço normal, seja inferior à capaci-
NOTA - Em condutos fechados podem ser usados con-
dade de condução de corrente correspondente à seção
dutores isolados.
reduzida do condutor neutro.
- são cabos unipolares com condutores de seção
superior a 50 mm2 em cobre, ou 70 mm2 em alu- NOTAS
mínio, agrupados segundo configurações espe-
ciais adaptadas a cada caso, cada grupo contendo 1 Os valores da tabela 44 são aplicáveis quando os condutores
todas as fases e o respectivo neutro, se existir, fase e o condutor neutro forem constituídos pelo mesmo metal.
sendo as configurações escolhidas de modo a obter-
se o maior equilíbrio possível entre as impe- 2 Em nenhuma circunstância o condutor neutro pode ser comum a
dâncias dos condutores de cada fase; ou vários circuitos. (comentário 6.2.6.3.G)
b) um estudo específico sobre a divisão das correntes deve 6.2.6.4 Determinação das seções nominais de circuitos
ser realizado para atender a 6.2.5.1. (comentário 6.2.5.7.G) trifásicos considerando a presença de harmônicas
6.2.5.8 Variações das condições de instalação em um As prescrições que se seguem aplicam-se a circuitos tri-
percurso fásicos a 4 condutores, onde o desequilíbrio entre fases é
inferior a 50% e onde é prevista a presença de correntes
Quando os condutores e cabos são instalados em um harmônicas de 3ª ordem nos condutores fase, admitindo-
percurso ao longo do qual as condições de resfriamento se que os 4 condutores sejam de mesmo material e te-
(dissipação de calor) variam, as capacidades de condu- nham a mesma seção nominal.
ção de corrente devem ser determinadas para a parte do
percurso que apresenta as condições mais desfavoráveis.
A tabela 45 dá os fatores de correção que, aplicados às
NOTAS (comuns às tabelas 31 a 40) capacidades de correção relativas a 3 condutores carre-
gados (tabelas 31, 32, 33 e 34), fornecem os valores cor-
1 As capacidades de condução de corrente indicadas nas tabelas respondentes a 4 condutores carregados, quando a cor-
são determinadas para os tipos de condutores e cabos providos rente no condutor neutro é devida a harmônicas.
72 NBR 5410:1997
NOTAS
1 Em circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos são admitidas seções de até 0,1 mm2.
2 Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias são admitidas seções de até 0,1 mm2.
Fator de correção
Porcentagem de 3ª harmônica na
corrente de fase (%) Escolha da seção com base Escolha da seção com base na
na corrente de fase corrente de neutro
0 - 15 1,0 -
15 - 33 0,86 -
33 - 45 - 0,86
> 45 - 1,0
NOTAS
1 A tabela foi originalmente obtida para cabos tetrapolares e pentapolares, mas pode, em princípio, ser utilizada para circuitos
com cabos unipolares ou condutores isolados.
2 A corrente (I) a ser utilizada para a determinação da seção dos 4 condutores do circuito, utilizando as tabelas 31, 32 ou 34
(colunas de 3 condutores carregados), é obtida pelas expressões:
onde:
(comentário 6.2.6.4.G)
6.2.7 Quedas de tensão 6.2.8.3 Devem ser tomadas precauções para evitar que
partes metálicas de conexões energizem outras partes
6.2.7.1 A queda de tensão entre a origem de uma instala- metálicas normalmente isoladas de partes vivas.
ção e qualquer ponto de utilização não deve ser superior
aos valores da tabela 46, dados em relação ao valor da 6.2.8.4 Salvo nos casos de linhas aéreas e de linhas de
tensão nominal da instalação. contato alimentando equipamentos móveis, as conexões
de condutores entre si e com equipamentos não devem
6.2.7.2 Quedas de tensão maiores que as indicadas em
ser submetidas a qualquer esforço de tração ou de tor-
6.2.7.1 são permitidas para equipamentos com corrente de
ção.
partida elevada, durante o período de partida, desde que
dentro dos limites permitidos em suas normas respec-
6.2.8.5 Para as linhas elétrica constituídas por condutos
tivas.
fechados só se admitem conexões contidas em invólu-
6.2.7.3 Para o cálculo da queda de tensão em um circuito, cros apropriados, tais como caixas, quadros, etc., que
deve ser utilizada a corrente de projeto do circuito, cal- garantam a necessária acessibilidade e proteção
culada a partir das prescrições de 4.2.1. mecânica.
(comentário 6.2.7.3.G)
6.2.8 Conexões 6.2.8.6 As conexões devem ser realizadas de modo que a
pressão de contato independa do material isolante.
6.2.8.1 As conexões de condutores entre si e com equipa-
mentos devem ser adequadas aos materiais do(s) condu- 6.2.8.7 Quando dispositivos ou equipamentos elétricos
tor(es) ou dos terminais dos equipamentos e instaladas e forem previstos para serem diretamente ligados a condu-
utilizadas de modo adequado. tores de alumínio, estes devem atender aos requisitos
das normas de conexões para alumínio.
6.2.8.2 As conexões devem estar em condições de supor-
tar os esforços provocados por correntes de valores iguais NOTA - Na falta de equipamento adequado para conexão direta
às capacidades de condução de corrente e por correntes com alumínio, o condutor deve ser emendado com um condutor
de curto-circuito, determinadas pelas características dos de cobre através de um conector especial e então ligado ao
dispositivos de proteção. Por outro lado, as conexões não equipamento.
devem sofrer modificações inadmissíveis em decor-
rência de seu aquecimento, do envelhecimento dos iso- 6.2.8.8 As conexões para alumínio, com aperto por meio
lantes e das vibrações que ocorrem em serviço normal. de parafuso, devem ser instaladas de forma a garantir
Em particular, devem ser consideradas as influências da pressão adequada sobre o condutor de alumínio. Esta
dilatação térmica e das tensões eletroquímicas que va- pressão é assegurada pelo uso de torque controlado du-
riam de metal para metal, bem como as influências das rante o aperto do parafuso. O torque adequado deve ser
temperaturas que afetam a resistência mecânica dos fornecido pelo fabricante do conector ou do equipamento
materiais. que possua os conectores.
74 NBR 5410:1997
NOTAS
1 Nos casos B e C as quedas de tensão nos circuitos terminais não devem ser
superiores aos valores indicados em A.
2 Nos casos B e C, quando as linhas principais da instalação tiverem um com-
primento superior a 100 m, as quedas de tensão podem ser aumentadas de 0,005%
por metro de linha superior a 100 m, sem que, no entanto, essa suplemen-
tação seja superior a 0,5%.
6.2.8.9 As conexões prensadas devem ser realizadas por uma distância de 3 cm é considerada como su-
meio de ferramentas adequadas para o tipo de tamanho de ficiente. Esta regra não se aplica às linhas e canalizações
conector utilizado, de acordo com as recomendações do embutidas.
fabricante do conector.
6.2.9.4.2 Na vizinhança de canalizações de calefação, de
6.2.8.10 Em condutores de alumínio somente são admiti- ar quente ou de dutos de exaustão de fumaça, as linhas
das emendas por meio de conectores por compressão ou elétricas não devem correr o risco de ser levadas a uma
solda adequada. temperatura prejudicial e, por conseguinte, devem ser
mantidas a uma distância suficiente ou ser separadas
6.2.8.11 A conexão entre cobre e alumínio somente deve daquelas canalizações por anteparos adequados.
ser realizada por meio de conectores adequados a este
6.2.9.4.3 As linhas elétricas não devem utilizar dutos de
fim.
exaustão de fumaça ou de ventilação.
6.2.9 Condições gerais de instalação 6.2.9.4.4 As linhas elétricas não devem ser colocadas pa-
ralelamente abaixo de canalizações que possam gerar
6.2.9.1 Proteção contra influências externas condensações (tais como tubulações de água, de vapor,
de gás, etc.), a menos que sejam tomadas precauções
A proteção contra influências externas conferida pela para proteger as linhas elétricas dos efeitos dessas con-
maneira de instalar deve ser assegurada de maneira densações.
contínua.
6.2.9.4.5 As linhas elétricas não devem utilizar as mesmas
6.2.9.2 Extremidades canaletas ou poços que as canalizações não elétricas,
exceto se as seguintes condições forem simultaneamente
Nas extremidades das linhas elétricas e especialmente nos atendidas:
locais de penetração nos equipamentos, a proteção deve
ser conseguida de maneira contínua e, se necessá- a) a proteção contra contatos indiretos seja assegu-
rio, deve ser assegurada a estanqueidade. rada conforme as prescrições de 5.1.3, consideran-
do-se as canalizações metálicas não elétricas como
6.2.9.3 Travessias elementos condutores;
a) quando as três condições seguintes forem simul- NOTA - Quando o ramal de eletrodutos passar obrigatoriamente
taneamente atendidas: através de locais onde não seja possível o emprego de caixa de
derivação, a distância prescrita na alínea b) pode ser aumentada,
- os circuitos pertençam à mesma instalação, isto desde que:
é, se originem do mesmo dispositivo geral de ma-
nobra e proteção, sem a interposição de equipa- a) seja calculada a distância máxima permissível (levando-
se em conta o número de curvas de 90° necessárias); e,
mentos que transformem a corrente elétrica;
b) para cada 6 m, ou fração, de aumento dessa distância,
- as seções nominais dos condutores fase estejam se utilize eletroduto de tamanho nominal imediatamente
contidas dentro de um intervalo de três valores superior ao do eletroduto que normalmente seria empregado
normalizados sucessivos; para a quantidade e tipo dos condutores ou cabos.
(comentário 6.2.11.1.2.G)
- os condutores isolados ou cabos isolados te- 6.2.11.1.3 Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas,
nham a mesma temperatura máxima para serviço entre extremidades, ou entre extremidade e caixa, podem
contínuo; ser previstas no máximo três curvas de 90° ou seu equi-
valente até no máximo 270°. Em nenhuma hipótese de-
b) no caso dos circuitos de força e de comando e/ou vem ser previstas curvas com deflexão superior a 90°.
sinalização de um mesmo equipamento.
6.2.11.1.4 As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não
6.2.10.3 Os cabos unipolares e os condutores isolados devem reduzir efetivamente seu diâmetro interno.
pertencentes a um mesmo circuito devem ser instalados
nas proximidades imediatas uns dos outros. Essa regra 6.2.11.1.5 Devem ser empregadas caixas de derivação:
aplica-se igualmente ao condutor de proteção correspon-
dente. a) em todos os pontos de entrada ou saída dos condutores
da tubulação, exceto nos pontos de transição ou passa-
6.2.10.4 Quando vários condutores forem reunidos em gem de linhas abertas para linhas em eletrodutos, os
paralelo, eles devem ser reunidos em tantos grupos quan- quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas;
76 NBR 5410:1997
6.2.11.1.10 Os eletrodutos só devem ser cortados perpendi- a) fixos a paredes ou tetos, com auxílio de argolas,
cularmente ao seu eixo. Deve ser retirada toda rebarba abraçadeiras ou outros meios de fixação;
susceptível de danificar as isolações dos condutores.
NOTA - Não se recomenda o uso de materiais magnéticos
6.2.11.1.11 Nas juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos quando os mesmos estiverem sujeitos a indução significativa
devem ser seccionados, devendo ser mantidas as carac- de corrente.
terísticas necessárias à sua utilização (por exemplo, no
caso de eletrodutos metálicos, a continuidade elétrica deve b) sobre bandejas, leitos, prateleiras ou suportes.
ser sempre mantida).
6.2.11.3.3 Os meios de fixação, as bandejas, leitos, pratelei-
6.2.11.1.12 Quando necessário, os eletrodutos rígidos iso-
ras ou suportes devem ser escolhidos e dispostos de
lantes devem ser providos de juntas de expansão para maneira a não poder trazer prejuízo aos cabos. Eles de-
compensar as variações térmicas. vem possuir propriedades que lhes permitam suportar sem
danos as influências externas a que são submetidos.
6.2.11.1.13 Os condutores somente devem ser enfiados
depois de estar completamente terminada a rede de ele-
trodutos e concluídos todos os serviços de construção que 6.2.11.3.4 Nos percursos verticais deve ser assegurado
os possam danificar. A enfiação só deve ser iniciada após que os esforços de tração exercidos pelo peso dos cabos
a tubulação ser perfeitamente limpa. não conduzam a deformações ou rupturas dos conduto-
res. Tais esforços de tração não devem ser exercidos so-
6.2.11.1.14 Para facilitar a enfiação dos condutores, podem bre as conexões.
ser utilizados:
6.2.11.3.5 Nas bandejas, leitos e prateleiras, preferencial-
a) guias de puxamento que, entretanto, só devem ser mente, os cabos devem ser dispostos em uma única ca-
introduzidos no momento da enfiação dos condu- mada. Admite-se, no entanto, a disposição em várias ca-
tores e não durante a execução das tubulações; madas, desde que haja uma limitação de material com-
bustível (isolações, capas e coberturas), de modo a evitar
b) talco, parafina ou outros lubrificantes que não pre- a propagação de incêndio. Para tanto, o volume de ma-
judiquem a isolação dos condutores. terial combustível deve ser limitado a:
6.2.11.1.15 Só são admitidos em instalação aparente ele-
trodutos que não propaguem a chama. a) 3,5 dm3 por metro linear, para cabos de categoria
BF da NBR 6812;
6.2.11.1.16 Só são admitidos em instalação embutida os
eletrodutos que suportem os esforços de deformação ca- b) 7 dm3 por metro linear, para cabos de categoria AF
racterísticos do tipo de construção utilizado. ou AF/R da NBR 6812;
(comentário 6.2.11.3.5.G)
NBR 5410:1997 77
6.2.11.4.5 Nas canaletas encaixadas no piso podem ser 6.2.11.7.3 As instalações sobre isoladores devem obe-
utilizados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos decer às prescrições de 5.1.2.4 (proteção por colocação
multipolares. Os condutores isolados só podem ser uti- fora de alcance).
lizados se contidos em eletrodutos.
6.2.11.7.4 As barras só são admitidas quando instaladas
6.2.11.5 Espaços de construção em locais de serviço elétrico.
6.2.11.5.1 Nos espaços de construção podem ser utilizados 6.2.11.7.5 Em locais comerciais ou assemelhados, as linhas
condutores isolados e cabos unipolares ou multipolares com condutores nus são admitidas como linhas de contato
sob qualquer forma normalizada de instalação, desde que alimentando lâmpadas ou equipamentos mó-
os condutores ou cabos possam ser instalados ou retirados veis, desde que sejam alimentadas em SELV.
sem intervenção nos elementos de construção do prédio.
6.2.11.7.6 A instalação de condutores nus sobre isoladores
6.2.11.6 Linhas elétricas enterradas em estabelecimentos industriais ou assemelhados deve
ser limitada aos locais de serviço elétrico ou a utilizações
6.2.11.6.1 Em instalações diretamente enterradas (cabos específicas (por exemplo, alimentação de pontes rolan-
diretamente enterrados ou contidos em eletroduto), só são tes).
admitidos cabos unipolares ou multipolares providos de
armação ou proteção mecânica adicional. 6.2.11.7.7 Na instalação de condutores nus ou barras sobre
isoladores, devem ser considerados:
NOTA - Poderão ser utilizados condutores isolados no interior do
eletroduto enterrado se, no trecho enterrado, não houver nenhuma a) os esforços a que eles podem ser submetidos em
caixa de passagem e/ou derivação enterrada e se for garantida a serviço normal;
estanqueidade do eletroduto.
b) os esforços eletrodinâmicos a que eles podem ser
6.2.11.6.2 Os cabos devem ser protegidos contra as de- submetidos em condições de curto-circuito;
teriorações causadas por movimentação de terra, contato
com corpos duros, choque de ferramentas em caso de c) os esforços relativos à dilatação devida às varia-
escavações, bem como contra umidade e ações químicas ções de temperatura que possam acarretar a flam-
causadas pelos elementos do solo. bagem dos condutores ou a destruição dos isola-
dores; pode ser necessário prever juntas de dilata-
78 NBR 5410:1997
ção; convém, por outro lado, tomar precauções contra cionamento do condutor neutro deve efetuar-se após ou
as vibrações excessivas dos condutores pela uti- virtualmente ao mesmo tempo que o dos condutores fase e
lização de suportes suficientemente próximos. o condutor neutro deve ser religado antes ou virtualmen-
te ao mesmo tempo que os condutores fase.
6.2.11.8 Linhas aéreas externas (comentário 6.3.2.1.G)
6.3.2.2 Em circuitos com mais de uma fase não devem ser
6.2.11.8.1 Nas linhas aéreas externas podem ser usados inseridos dispositivos unipolares no condutor neutro, à
condutores nus ou providos de cobertura resistente às exceção do que é dito em 6.3.8.2.4.
intempéries, condutores isolados ou cabos multiplexados
em feixes e montados sobre postes ou estruturas. 6.3.2.3 Dispositivos que assegurem, ao mesmo tempo, mais
de uma função, devem satisfazer a todas as prescri-
6.2.11.8.2 Quando uma linha aérea servir a locais que ções previstas nesta subseção, para cada uma das fun-
apresentem riscos de explosão (BE3 - tabela 16), a ali- ções.
mentação deve ser efetuada por intermédio de uma linha
enterrada com um comprimento mínimo de 20 m. 6.3.3 Dispositivos de proteção contra os contatos indiretos
por seccionamento automático da alimentação
6.2.11.8.3 Os condutores nus devem ser instalados de forma
que seu ponto mais baixo observe as seguintes al- 6.3.3.1 Dispositivos de proteção a sobrecorrente
turas mínimas em relação ao solo:
6.3.3.1.1 Esquema TN
a) 5,50 m onde houver tráfego de veículos pesados;
No esquema TN, os dispositivos de proteção contra as
b) 4,50 m onde houver tráfego de veículos leves; sobrecorrentes devem ser selecionados e instalados de
acordo com as prescrições de 5.1.3.1.4-d), 5.7.4.2, 5.7.4.3
c) 3,50 m onde houver passagem exclusiva de pe- e 6.3.4.3.
destres.
6.3.3.1.2 Esquema TT
6.2.11.8.4 Os condutores nus devem ficar fora do alcance
de janelas, sacadas, escadas, saídas de incêndio, terra- No esquema TT, não se admite o emprego de dispositivo
ços ou locais análogos. Para que esta prescrição seja de proteção a sobrecorrente na proteção contra os con-
satisfeita, os condutores devem atender a uma das con- tatos indiretos (ver 5.1.3.1.5-b)).
dições seguintes:
6.3.3.1.3 Esquemas IT
a) estar a uma distância horizontal igual ou superior a
1,20 m; Quando as massas forem interligadas, os dispositivos de
proteção contra a sobrecorrente, que asseguram a proteção
b) estar acima do nível superior das janelas; no caso de uma segunda falta, devem ser selecionados
conforme as prescrições de 5.1.3.1.4-g) e 5.7.4.2.
c) estar a uma distância vertical igual ou superior a
3,50 m acima do piso de sacadas, terraços ou varan- 6.3.3.2 Dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual
das; (dispositivos DR)
d) estar a uma distância vertical igual ou superior a 6.3.3.2.1 As condições gerais de instalação devem obe-
0,50 m abaixo do piso de sacadas, terraços ou varan- decer às prescrições descritas a seguir:
das.
a) os dispositivos DR devem garantir o seccionamen-
6.2.11.9 Linhas pré-fabricadas to de todos os condutores vivos do circuito protegido.
Nos esquema TN-S, o condutor neutro não precisa
6.2.11.9.1 As linhas pré-fabricadas não devem ser instala- ser desconectado se as condições de alimentação
das em locais contendo banheira ou chuveiro. forem tais que o neutro possa ser considerado como
seguramente ao potencial de terra;
6.2.11.9.2 Os invólucros ou coberturas devem assegurar
proteção contra contatos diretos em serviço normal. Devem b) o circuito magnético dos dispositivos DR deve en-
possuir um grau de proteção no mínimo igual a IP2X e para volver todos os condutores vivos do circuito, inclusive
sua abertura ou desmontagem deve ser res- o neutro; por outro lado, o condutor de proteção cor-
peitada uma das condições de 5.1.2.2.5. respondente deve passar exteriormente ao circuito
magnético;
6.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando
(comentário 6.3.0.G) c) os dispositivos DR devem ser selecionados e os
6.3.1 Generalidades circuitos elétricos divididos de forma tal que as
correntes de fuga à terra susceptíveis de circular
As prescrições desta subseção complementam as regras durante o funcionamento normal das cargas alimen-
comuns de 6.1. tadas não possam provocar a atuação desnecessá-
ria do dispositivo;
6.3.2 Prescrições comuns
NOTA - Os dispositivos DR podem operar para qualquer
6.3.2.1 Quando um dispositivo seccionar todos os condu- valor de corrente diferencial superior a 50% da corrente de
tores vivos de um circuito com mais de uma fase, o sec- disparo nominal.
NBR 5410:1997 79
a) na seleção dos dispositivos DR deve ser atendida a 6.3.4.2 Seleção dos dispositivos de proteção contra
condição prescrita em 5.1.3.1.4-b), levando-se tam- sobrecargas
bém em conta as possíveis variações sazonais da
A corrente nominal ou de ajuste do dispositivo de proteção
resistência do eletrodo de aterramento das massas
deve ser escolhida conforme 5.3.3.2. No caso de cargas
(devido às variações da resistividade do solo);
cíclicas, os valores de In e de I2 devem se escolhidos com
base nos valores de IB e de I2 para cargas constantes ter-
b) se uma instalação for protegida por um único dis-
micamente equivalentes às cargas cíclicas.
positivo DR, este deve ser colocado na origem da
instalação, a menos que a parte da instalação com- NOTA - Em certos casos, para evitar atuação indesejada, os
preendida entre a origem e o dispositivo não possua valores de corrente de crista das cargas devem ser conside-
qualquer massa e satisfaça à medida de proteção pelo rados.
emprego de equipamentos classe II ou por apli-
80 NBR 5410:1997
6.3.4.3 Seleção dos dispositivos de proteção contra curtos- b) disjuntores. Para estes, duas condições devem ser
circuitos cumpridas:
onde:
C é a curva corrente/tempo correspondente à solicitação térmica admissível nos condutores protegidos;
Figura 10 - Valor mínimo de corrente de curto-circuito para circuitos protegidos por fusíveis
onde:
Figura 11 - Valor mínimo de corrente de curto-circuito para circuitos protegidos por disjuntores
NBR 5410:1997 81
onde:
C’ é a curva I2t admissível dos condutores;
Figura 12 - Valor máximo de corrente de curto-circuito para circuitos protegidos por disjuntores
6.3.5 Dispositivos de proteção contra sobretensões d) no caso de dispositivos de proteção contra sobre-
tensões cujas características não impeçam a sua
6.3.5.1 Se, pela avaliação de 5.4, for necessária a instala- explosão, princípio de incêndio ou outros efeitos da-
ção de proteção contra sobretensão, a sua seleção deve nosos, deve ser prevista a proteção do dispositivo
respeitar os seguintes critérios: contra sobrecorrentes e/ou sobreaquecimento;
e) os dispositivos de proteção contra sobretensões
a) quando utilizada a proteção em cascata, deve ser devem ser de tipo não curto-circuitante para proteger
efetuada a coordenação adequada, entre os vários o sistema de energia;
estágios, da tensão nominal e da corrente de descar-
ga dos dispositivos de proteção contra sobretensões NOTA - Excepcionalmente podem ser utilizados dispositivos
em geral, desde a origem da instalação até aos equi- do tipo curto-circuitante, desde que haja proteção contra
pamentos a serem protegidos; sobrecorrente devidamente coordenada.
c) no esquema IT, admitindo o neutro não distribuído, mesmo ponto. A partir deste ponto, as linhas de energia e
entre cada condutor fase e o terminal de aterramento de sinal devem seguir, sempre que possível, traçados
principal. próximos, paralelos, em condutos separados. No caso de
equipamentos de tecnologia da informação (ver 6.4.8), é
NOTAS recomendável que quaisquer condutos fe-
1 No caso de instalações alimentadas por rede de distribuição em chados sejam de material ferromagnético, aterrados e com
baixa tensão, quando houver na origem um eletrodo de aterra- continuidade elétrica assegurada.
mento distinto do da edificação, porém ligado ao termi-
nal de aterramento principal, admite-se ligar os dispositivos de 6.3.5.6 Quando a distância entre a origem da instalação e o
proteção contra sobretensões entre cada condutor fase (esquema quadro de entrada da edificação ultrapassar 10 m, e a origem
TN), ou entre cada condutor ativo (esquema TT), e um terminal de estiver fora da zona de influência da ligação eqüi-
aterramento local ligado ao eletrodo de aterramento da origem da instalação. potencial principal da edificação, a entrada da edificação
deve ser considerada como origem efetiva da instalação.
2 Não é aconselhável, em princípio, prever equipamentos de
tecnologia da informação (ver 6.4.8) em instalações com esque- Portanto, todas as considerações referidas no seguimen-
ma TT ou IT. to devem ser aí efetuadas, sem entretanto deixar de as
executar também na origem formal da instalação, como um
3 Os dispositivos de proteção contra sobretensões devem ser sistema independente.
instalados a jusante do dispositivo de seccionamento, mas a
montante do dispositivo DR. NOTA - A interligação entre o terminal de aterramento da origem
da instalação e o terminal de aterramento principal deve ser
4 Na eventualidade de serem os dispositivos de proteção contra
realizada pelo condutor PEN.
sobretensões instalados a jusante de um dispositivo DR, este
dispositivo deverá ser tipo S.
(comentário 6.3.5.2.G) 6.3.5.7 O condutor de terra de proteção PE deve ser insta-
6.3.5.3 Se necessário, os dispositivos de proteção contra lado junto com os condutores de energia correspondentes,
sobretensões suplementares podem ser instalados ao longo até aos pontos servidos, porém, para instalações exten-
da instalação e principalmente junto ao equipa- sas, o PE deve ser multiaterrado localmente às armações
mento a ser protegido, ligados entre o condutor PE e os estruturais.
condutores das linhas vindas do exterior da edificação,
tanto de energia, como de sinal, se metálicas. 6.3.5.8 O condutor de proteção PE deve ser utilizado como
a referência de potencial para aterramento dos equipa-
NOTA - Os dispositivos de proteção contra sobretensões suple- mentos e dos supressores de sobretensão locais, tanto
mentares devem ser ligados entre cada fase e neutro e entre para a instalação de energia como de sinal.
neutro e condutor de proteção, e/ou entre cada fase e o condutor
de proteção e entre o neutro e o condutor de proteção. NOTA - Todas as ligações de aterramento (incluindo as dos
dispositivos de proteção contra sobretensões) referentes a cada
6.3.5.4 Um único conjunto de dispositivo de proteção con-
equipamento devem ser tão curtas e retilíneas quanto possível e
tra sobretensões instalado na origem da instalação pode convergir em um mesmo ponto do PE.
proteger vários circuitos a jusante.
2 Para sistemas de baixa tensão de 60 Hz com até 220 V nomi- 6.3.5.10 Quando os equipamentos de tecnologia da
nal à terra, devem-se utilizar dispositivos de proteção contra informação são alimentados entre fase e neutro, os dispo-
sobretensões de tipo não curto-circuitante, como pára-raios sitivos de proteção contra sobretensões, se necessários,
secundários, com tensão contínua/nominal 280 V, tensões de devem ser do tipo supressores de sobretensão e ligados
referência/proteção e residual com valor máximo de crista de 700 entre fase e neutro e entre o neutro e o condutor PE, ou
V , com corrente nominal 10 kA (ou 20 kA nas áreas críticas). entre o neutro e o terminal de “terra”, do equipamento.
3 Para linhas elétricas de sinal, devem-se utilizar dispositivos de
proteção de tipo curto-circuitante, como centelhador (recomen- 6.3.5.11 Os dispositivos destinados à proteção contra so-
da-se o tipo tripolar/balanceado), com tensão disruptiva entre 300 bretensões provenientes dos condutores mencionados em
V e 500 V, em corrente contínua, e capacidade mínima de corrente 5.4.3.1-e) devem ser instalados no ponto de entrada ou de
de 10 kA (ou 20 kA nas áreas críticas), com onda de saída (dos condutores) da edificação. O terminal “terra”
8/20 ms, e corrente mínima de 10 A (ou 20 A nas áreas críticas) dos dispositivos deve ser ligado a um terminal de
sob 60 Hz por 1 s. Para equipamentos com circuito de sinal aterramento próximo, interligado a uma armadura de aço
aterrado pode ser utilizado centelhador bipolar ou tripolar/balan- local da edificação, com o traçado mais curto e retilíneo
ceado com tensão disruptiva entre 200 V e 500 V, em corren-
possível, diretamente ou através de um condutor de
te contínua, com ou sem os protetores de sobrecorrentes de 150
mA nominal, integrados. Nos condutores contidos em um cabo
proteção.
com blindagem aterrada podem ser utilizados centelhadores de 5
kA. 6.3.5.12 As proteções metálicas dos cabos de sinal vindos
do exterior da edificação devem ser interligadas, po-
6.3.5.5 Os condutores de energia e de sinal que entram na dendo, em casos específicos, como ocorrência de ruído
edificação devem convergir, sempre que possível, para um excessivo na linha e/ou controle de corrosão eletrolítica, a
NBR 5410:1997 83
6.3.6 Dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão O dispositivo DR não deve ser danificado nessas
condições de curto-circuito, mesmo se ele vier a abrir-
Por ocasião da seleção dos dispositivos de proteção con- se (em virtude de um desequilíbrio de corrente ou de
tra quedas e faltas de tensão, devem ser satisfeitas as um desvio de corrente para a terra).
prescrições de 5.1.1 e 5.7.6.
NOTA - As solicitações mencionadas dependem do valor da
6.3.6.1 Os dispositivos de proteção contra quedas e faltas corrente de curto-circuito presumida no ponto de ins-
de tensão devem ser escolhidos, por exemplo, entre os talação do DR e das características de atuação do dispo-
seguintes: sitivo que assegura a proteção contra curtos-circuitos.
(comentário 6.3.7.2.2.G)
a) relés de subtensão atuando sobre contatores ou 6.3.7.3 Seletividade entre dispositivos DR
disjuntores;
6.3.7.3.1 A seletividade entre dispositivos DR em série pode
b) contatores providos de contato de auto-alimen- ser exigida por razões de serviço, notadamente quando a
tação. segurança está envolvida, de modo a manter a alimentação
de partes da instalação não afetadas por uma falta eventual.
6.3.6.2 Os dispositivos de proteção contra quedas e faltas
de tensão podem ser retardados se o funcionamento do 6.3.7.3.2 Para assegurar a seletividade entre dois dispo-
equipamento protegido puder admitir, sem inconvenien- sitivos DR em série, estes dispositivos devem satisfazer
tes, uma falta ou queda de tensão de curta duração. simultaneamente às seguintes condições:
6.3.6.3 Se forem usados contatores, a abertura retardada e a) a característica tempo-corrente de não atuação do
o restabelecimento não devem, em qualquer caso, im- dispositivo DR a montante deve ficar acima da
pedir o seccionamento instantâneo devido à atuação de característica tempo-corrente de operação total do
outros dispositivos de comando e proteção. dispositivo DR a jusante, e
6.3.8 Dispositivos de seccionamento e de comando e) terminais especialmente concebidos, que não exijam a
retirada de condutores;
6.3.8.1 Generalidades
f) dispositivos de comando, contatores.
Todo dispositivo de seccionamento ou de comando con-
forme 5.6.3 a 5.6.6 deve satisfazer às especificações 6.3.8.2.5 Os dispositivos utilizados para seccionamento
correspondentes. Se um dispositivo é utilizado para mais devem ser claramente identificados, por exemplo por meio
de uma função, ele deve satisfazer às prescrições de ca- de marcas para indicar os circuitos seccionados.
da uma de suas funções.
6.3.8.3 Dispositivos de seccionamento para manutenção
NOTA - Em certos casos podem ser necessárias prescrições mecânica
complementares para as funções combinadas.
6.3.8.3.1 Os dispositivos de seccionamento para manuten-
6.3.8.2 Dispositivos de seccionamento ção mecânica devem, de preferência, ser dispostos no
circuito principal de alimentação. Quando forem previstos
6.3.8.2.1 Os dispositivos de seccionamento devem seccio- interruptores para essa função, eles devem poder seccio-
nar efetivamente todos os condutores vivos de alimen- nar a corrente de plena carga da parte correspondente da
tação do circuito considerado, levando-se em conta as instalação. Eles não precisam, necessariamente, sec-
disposições de 5.6.2.2. Os equipamentos utilizados para o cionar todos os condutores vivos. A interrupção do circuito
seccionamento devem satisfazer às prescrições desde a de comando, por exemplo de um motor, é permitida so-
alínea a) a seguir até 6.3.8.2.5: mente,
a) a distância de abertura entre os contatos do disposi- - se seguranças complementares, por exemplo, inter-
tivo deve ser visível ou ser clara e confiavelmente travamento mecânico,
indicada pela marcação “Desligado” ou “Ligado”. Tal
indicação deve aparecer somente quando a distân- - ou se as especificações IEC ou das normas brasilei-
cia de abertura entre os contatos de abertura for aten- ras dos dispositivos de comando utilizados
dida em todos os pólos do dispositivo;
garantirem uma condição equivalente ao seccionamento
NOTA - Essa marcação prescrita pode ser realizada pela direto da alimentação principal.
utilização dos símbolos “O” e “I”, indicando, respectiva-
mente, as posições aberta e fechada. NOTA - O seccionamento para manutenção mecânica pode, por
exemplo, ser realizado por meio de:
b) os dispositivos a semicondutores não devem ser
utilizados como dispositivos de seccionamento. a) interruptores multipolares;
6.3.8.2.3 Devem ser tomadas precauções para proteger os 6.3.8.3.2 Os dispositivos de seccionamento para manu-
dispositivos de seccionamento apropriados para aber- tenção mecânica, ou os respectivos dispositivos de co-
tura sem carga contra aberturas acidentais ou desauto- mando, devem ser de operação manual. A distância de
rizadas. abertura entre os contatos do dispositivo deve ser visível
ou ser clara e confiavelmente indicada pela marcação
NOTA - Isso pode ser conseguido colocando-se o dispositivo em “Desligado” ou “Ligado”. Tal indicação deve aparecer
um local ou invólucro fechado a chave. Uma outra solução seria a somente quando a posição “Desligado” ou “Ligado” for
de intertravar o dispositivo de seccionamento com outro apropriado alcançada em todos os pólos do dispositivo.
para abertura sob carga.
NOTA - Essa marcação pode ser realizada pela utilização dos
6.3.8.2.4 O seccionamento deve ser garantido por dispo- símbolos “O” e “I”, indicando, respectivamente, as posições aberta
sitivo multipolar que seccione todos os pólos da alimen- e fechada.
tação correspondente.
6.3.8.3.3 Os dispositivos de seccionamento para manuten-
NOTA - O seccionamento pode, por exemplo, ser realizado por ção mecânica devem ser concebidos e/ou instalados de
meio de: modo a impedir qualquer restabelecimento inadvertido.
a) seccionadores, interruptores-seccionadores; NOTA - Um tal restabelecimento pode ser provocado, por exemplo,
por choques mecânicos ou por vibrações.
b) tomadas de corrente;
6.3.8.3.4 Os dispositivos de seccionamento para manuten-
c) fusíveis (retirada de); ção mecânica devem ser localizados de modo a ser facil-
mente identificados e devem ser adequados ao uso pre-
d) barras; visto.
NBR 5410:1997 85
NOTAS - contatores;
- botoeiras ou dispositivos similares nos circuitos de co- 6.4 Aterramento e condutores de proteção
mando (circuitos auxiliares).
6.4.1 Generalidades
6.3.8.4.3 Os dispositivos de seccionamento a comando
manual devem, de preferência, ser escolhidos para o 6.4.1.1 As características e a eficácia dos aterramentos
seccionamento direto do circuito principal. Os disjuntores, devem satisfazer às prescrições de segurança das pes-
contatores, etc. acionados por comando a distância de- soas e funcionais da instalação.
vem se abrir quando interrompida a alimentação das bobi-
nas, ou outras técnicas que apresentem segurança equi- 6.4.1.2 O valor da resistência de aterramento deve satis-
valente devem ser utilizadas. fazer às condições de proteção e de funcionamento da
instalação elétrica, de acordo com o esquema de aterra-
6.3.8.4.4 Os elementos de comando (punhos, botoeiras, etc.) mento utilizado (ver 5.1.3).
dos dispositivos de seccionamento de emergência devem
ser claramente identificados, de preferência pela cor 6.4.2 Ligações à terra
vermelha contrastando com o fundo amarelo. (comentário 6.4.2.0.G)
6.4.2.1 Aterramento
6.3.8.4.5 Os elementos de comando devem ser facilmente
6.4.2.1.1 Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou
acessíveis a partir dos locais onde possa ocorrer um pe-
funcional) o aterramento deve ser único em cada local da
rigo e, quando for o caso, de qualquer outro local de on-
instalação.
de um perigo possa ser eliminado à distância.
NOTA - Para casos específicos de acordo com as prescrições da
6.3.8.4.6 Os elementos de comando de um dispositivo de instalação, podem ser usados separadamente, desde que sejam
seccionamento de emergência devem poder ser travados tomadas as devidas precauções.
na posição aberta do dispositivo, a menos que esses
elementos e os de reenergização do circuito estejam sob o 6.4.2.1.2 A seleção e a instalação dos componentes dos
controle da mesma pessoa. aterramentos devem ser tais que:
NOTA - A liberação de um seccionamento de emergência não a) o valor da resistência de aterramento obtida não se
deve realimentar a parte correspondente da instalação. modifique consideravelmente ao longo do tempo;
6.3.8.5.1 Os dispositivos de comando funcional devem ter 6.4.2.1.3 Devem ser tomadas precauções para impedir danos
características apropriadas às condições mais severas sob aos eletrodos e a outras partes metálicas por efeitos de
as quais possam funcionar. eletrólise.
86 NBR 5410:1997
2 As armaduras de aço das fundações, juntamente com as de- 1 Preferencialmente, o eletrodo de aterramento deve constituir um
mais armaduras do concreto da edificação, podem constituir, nas anel circundando o perímetro da edificação.
condições prescritas pela NBR 5419, o sistema de proteção contra
descargas atmosféricas (aterramento e gaiola de Faraday,
2 A eficiência de qualquer eletrodo de aterramento depende das
completado por um sistema captor).
condições locais do solo; devem ser selecionados um ou mais
3 Em geral os elementos em concreto protendido não devem eletrodos adequados às condições do solo e ao valor da resistên-
integrar o sistema de proteção contra descargas atmosféricas. cia de aterramento exigida pelo esquema de aterramento ado-
(comentário 6.4.2.2.1.G) tado. O valor da resistência de aterramento do eletrodo de aterra-
6.4.2.2.2 No caso de fundações em alvenaria, o eletrodo de mento pode ser calculado ou medido (ver 7.3.6.2).
aterramento pode ser constituído por uma fita de aço ou
barra de aço de construção, imersa no concreto das 6.4.2.2.4 Não devem ser usados como eletrodo de aterra-
fundações, formando um anel em todo o perímetro da es- mento canalizações metálicas de fornecimento de água e
trutura. A fita deve ter no mínimo 100 mm2 de seção e outros serviços, o que não exclui a ligação eqüipotencial de
3 mm de espessura e deve ser disposta na posição vertical. que trata 5.1.
A barra deve ter no mínimo 95 mm2 de seção. A barra ou (comentário 6.4.2.2.4.G)
fita deve ser envolvida por uma camada de concreto com
espessura mínima de 5 cm. 6.4.2.3 Condutores de aterramento
6.4.2.2.3 Quando o aterramento pelas fundações não for 6.4.2.3.1 Os condutores de aterramento devem atender às
praticável, podem ser utilizados os eletrodos de aterra- prescrições gerais de 6.4.3.1.
mento convencionais, indicados na tabela 47, observan-
(comentário 6.4.2.3.1.G)
do-se que:
6.4.2.3.2 Quando o condutor de aterramento estiver enter-
a) o tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos rado no solo, sua seção mínima deve estar de acordo com
de aterramento devem ser tais que as mudanças nas a tabela 48. (comentário 6.4.2.3.2.G)
Cobre: 16 mm2
Protegido contra corrosão De acordo com 6.4.3.1
Aço: 16 mm2
6.4.2.3.3 Quando o eletrodo de aterramento estiver embu- 3 Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distri-
tido nas fundações (ver 6.4.2.2.1 e 6.4.2.2.2), a ligação ao buição pública em baixa tensão, que utilizem o esquema TT,
eletrodo deve ser realizada diretamente, por solda elétrica, devem ser previstos dois terminais ou barras de aterramento
à armadura do concreto mais próxima, com seção não separados, ligados a eletrodos de aterramento eletricamente
independentes, quando possível, um para o aterramento do condutor
inferior a 50 mm2, preferencialmente com diâmetro não
neutro e o outro constituindo o terminal de aterramento principal
inferior a 12 mm, ou ao ponto mais próximo do anel (fita ou propriamente dito.
barra) embutido nas fundações. Em ambos os ca-
sos, deve ser utilizado um condutor de aço com diâmetro
4 Os condutores de eqüipotencialidade destinados à ligação de
mínimo de 12 mm, ou uma fita de aço de 25 mm x 4 mm. eletrodos de aterramento de SPDA devem ser dimensionados
Com o condutor de aço citado, acessível fora do concreto, segundo a NBR 5419. (comentário 6.4.2.4.1.G)
a ligação à barra ou condutor de cobre para utilização deve
ser feita por solda exotérmica ou por processo equi-
6.4.2.4.2 Quando forem utilizados eletrodos de aterramento
valente do ponto de vista elétrico e da corrosão.
convencionais, deve ser previsto, em local acessível, um
Em alternativa podem-se usar acessórios específicos de dispositivo para desligar o condutor de aterramento. Tal
aperto mecânico para derivar o condutor de tomada de dispositivo deve ser combinado ao terminal ou barra de
terra diretamente da armadura do concreto, ou da barra de aterramento principal, de modo a permitir a medição da
aço embutida nas fundações, ou ainda do condutor de aço resistência de aterramento do eletrodo, ser somente des-
derivado para o exterior do concreto. montável com o auxílio de ferramenta, ser mecanicamente
resistente e garantir a continuidade elétrica.
NOTA - O condutor de aço que deriva para o exterior do concreto
deve ser adequadamente protegido contra corrosão.
6.4.3 Condutores de proteção
6.4.2.3.4 Na execução da ligação de um condutor de aterramento a
um eletrodo de aterramento deve-se garantir a continuidade elétrica NOTAS
e a integridade do conjunto. (comentário 6.4.2.3.4.G)
1 Para condutores de aterramento, ver 6.4.2.3.
6.4.2.4 Terminal de aterramento principal
2 Para condutores de eqüipotencialidade, ver 6.4.7.
6.4.2.4.1 Em qualquer instalação deve ser previsto um
terminal ou barra de aterramento principal e os seguintes
condutores devem ser a ele ligados: 3 Um condutor de proteção pode ser comum a vários circuitos de
distribuição ou terminais, quando estes estiverem contidos em um
a) condutor de aterramento; mesmo conduto.
tempos de atuação dos dispositivos de proteção que não serviço. Se, ao ser aplicada a expressão, forem obtidos
excedam 5 s): valores não padronizados, devem ser utilizados condu-
tores com a seção normalizada imediatamente superior.
NOTAS
Onde:
1 É necessário que a seção calculada seja compatível com as
S é a seção do condutor, em milímetros quadrados; condições impostas pela impedância do percurso da corrente de
falta.
I é o valor (eficaz) da corrente de falta que pode cir-
cular pelo dispositivo de proteção, para uma falta di- 2 Para limitações de temperatura em atmosferas explosivas, ver
reta, em ampères; IEC-79-0.
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, em 3 Devem ser levadas em conta as temperaturas máximas ad-
segundos; missíveis para as ligações.
(comentário 6.4.3.1.1.G)
NOTA - Deve ser levado em conta o efeito de limitação de
6.4.3.1.2 A seção do condutor de proteção pode, opcional-
corrente das impedâncias do circuito, bem como a capa-
cidade limitadora (integral de Joule) do dispositivo de pro- mente ao método de cálculo de 6.4.3.1.1, ser determinada
teção. através da tabela 53. Se a aplicação da tabela conduzir a
valores não padronizados, devem ser usados condutores
k é o fator que depende do material do condutor de com a seção normalizada mais próxima. Os valores da
proteção, de sua isolação e outras partes e das tem- tabela 53 são válidos apenas se o condutor de proteção for
peraturas inicial e final. constituído do mesmo metal que os condutores fase. Caso
não seja, sua seção deve ser determinada de modo que
As tabelas 49, 50, 51 e 52 dão os valores de k para con- sua condutância seja equivalente à da seção obtida pela
dutores de proteção em diferentes condições de uso ou tabela.
NOTAS
NOTAS
1 A temperatura inicial do condutor é considerada igual a 70°C para o PVC e a 90°C
para o EPR e o XLPE.
2 A temperatura final do condutor é considerada igual a 160°C para o PVC e a 250°C
para o EPR e o XLPE.
NBR 5410:1997 89
Tabela 52 - Valores de k para condutores de proteção nus onde não haja risco de dano em qualquer
material vizinho pelas temperaturas indicadas
Condições
Visível e em áreas Condições Risco de
Material do condutor
restritas1) normais incêndio
Temperatura máxima 500°C 200°C 150°C
Cobre
k 228 159 138
Temperatura máxima 300°C 200°C 150°C
Alumínio
k 125 105 91
Temperatura máxima 500°C 200°C 150°C
Aço
k 82 58 50
1)
As temperaturas indicadas são válidas apenas quando não puderem prejudicar a qualidade das ligações.
S £16 S
16 < S £ 35 16
S > 35
6.4.3.1.3 A seção de qualquer condutor de proteção que b) condutores isolados, cabos unipolares ou condu-
não faça parte do mesmo cabo ou do mesmo invólucro que tores nus em um conduto comum aos condutores vivos;
os condutores vivos deve ser, em qualquer caso, não
inferior a: c) condutores isolados, cabos unipolares ou condu-
tores nus independentes;
a) 2,5 mm² se possuir proteção mecânica; d) proteções metálicas ou blindagens de cabos;
b) 4 mm² se não possuir proteção mecânica. e) eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos;
NOTA - Ver também 6.2, no que se refere à escolha e instalação f) certos elementos condutores estranhos à instala-
dos condutores em função das influências externas. ção.
(comentário 6.4.3.2.1.G)
6.4.3.2.2 Quando a instalação contiver linhas pré-fabrica-
6.4.3.2 Tipos de condutores de proteção
das (barramentos blindados) com invólucros metálicos, tais
invólucros podem ser usados como condutores de proteção
NOTA - Para a seleção e instalação dos vários tipos de condu-
se satisfizerem simultaneamente às três prescri-
tores de proteção, devem ser levadas em conta, em conjunto, as
ções seguintes:
prescrições de 6.2 e 6.4.
a) sua continuidade elétrica deve estar assegurada e
6.4.3.2.1 Podem ser usados como condutores de proteção: de forma a estar protegida contra deteriorações
mecânicas, químicas ou eletroquímicas;
a) veias de cabos multipolares;
90 NBR 5410:1997
b) sua condutância seja pelo menos igual à resul- 6.4.4.1 Condutores de proteção usados com dispositivos de
tante da aplicação de 6.4.3.1; proteção a sobrecorrentes
c) devem permitir a ligação de outros condutores de 6.4.4.1.1 Quando forem utilizados dispositivos de proteção
proteção em todos os pontos de derivação predeter- a sobrecorrentes para a proteção contra contatos indire-
minados. tos, o condutor de proteção deve estar contido na mesma
linha elétrica dos condutores vivos ou em sua proximi-
6.4.3.2.3 As proteções metálicas ou blindagens de cabos, dade imediata.
bem como os eletrodutos e outros condutos metálicos, (comentário 6.4.4.1.1.G)
podem ser usados como condutores de proteção dos
6.4.4.2 Aterramento de mastro de antenas e do sistema de
respectivos circuitos se satisfizerem às prescrições a) e b)
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação
de 6.4.3.2.2.
(comentário 6.4.3.2.3.G)
6.4.3.2.4 Elementos condutores estranhos à instalação Os mastros de antenas devem ser incorporados ao SPDA,
podem ser usados como condutores de proteção se satis- devendo ser atendidas as prescrições da NBR 5419.
fizerem a todas as prescrições seguintes:
6.4.5 Aterramento por razões funcionais
a) sua continuidade elétrica deve estar assegurada,
por construção ou por ligações adequadas, e de for- 6.4.5.1 Generalidades
ma a estar protegida contra deteriorações mecânicas,
químicas e eletroquímicas; O aterramento por razões funcionais deve ser realizado
para garantir o funcionamento correto dos equipamentos
b) sua condutância seja pelo menos igual à resul-
ou para permitir o funcionamento adequado e confiável da
tante da aplicação de 6.4.3.1;
instalação.
c) seu traçado seja o mesmo dos circuitos correspon-
NOTA - Para o aterramento dos equipamentos de tecnologia da
dentes;
informação ver 6.4.8.
d) só devem poder ser desmontados se forem pre-
vistas medidas compensadoras; 6.4.6 Aterramento por razões combinadas de proteção e
funcionais
e) sua aplicação a esse uso seja analisada e, se ne-
cessário, sejam feitas adaptações adequadas. 6.4.6.1 Generalidades
- equipamentos e instalações de CPCT - Centrais Privadas 6.4.8.4 Proteção contra corrosão eletrolítica
de Comutação Telefônica (PABX);
Quando os condutores de aterramento funcional, ou os
- redes locais; condutores de proteção e aterramento funcional, forem
percorridos por corrente contínua, devem ser tomadas
- sistemas de alarme contra incêndio e contra roubo; precauções para impedir danos aos condutores e a partes
metálicas próximas por efeitos de eletrólise.
- sistemas de automação predial;
92 NBR 5410:1997
6.4.8.5 Barramento de eqüipotencialidade funcional de água e eletrodutos ou uma malha instalada em cada pavimento
ou em parte de um pavimento. É conveniente incluir as armaduras
6.4.8.5.1 O terminal de aterramento principal de uma edifi- do concreto da edificação na ligação eqüipotencial.
cação pode, quando necessário, ser prolongado emen-
dando-se-lhe um barramento de eqüipotencialidade fun- 2 As características das ligações eqüipotenciais por razões
cional, de forma que os equipamentos de tecnologia da funcionais (por exemplo, seção, forma e posição dos condutores)
informação possam ser ligados e/ou aterrados pelo ca- dependem da gama de freqüência dos sistemas de tecnologia da
informação das condições presumidas para o ambiente eletro-
minho mais curto possível, de qualquer ponto da edifica-
magnético e das características de imunidade/freqüência dos
ção.
equipamentos.
6.4.8.5.2 Ao barramento de eqüipotencialidade funcional
podem ser ligados: 6.4.8.6.1 A seção de um condutor de eqüipotencialidade
entre dois equipamentos ou duas partes de um equipa-
a) quaisquer dos elementos normalmente ligados ao mento deve atender a 6.4.7.1.2.
terminal de aterramento principal da edificação (ver
6.4.2.4); NOTA - No caso de curtos-circuitos envolvendo partes condu-
toras aterradas, pode surgir uma sobrecorrente nas ligações de
b) blindagens e proteções metálicas dos cabos e sinal entre os equipamentos.
equipamentos de sinais;
6.4.8.6.2 Os condutores de eqüipotencialidade funcional
c) condutores de eqüipotencialidade dos sistemas de que satisfazem às prescrições de proteção contra cho-
trilho; ques elétricos, devem ser identificados como condutores
de proteção, de acordo com 6.1.5.3.2.
d) condutores de aterramento dos dispositivos de
proteção contra sobretensões;
6.4.8.6.3 Se for utilizada uma malha de eqüipotencialidade
e) condutores de aterramento de antenas de radioco- para o aterramento funcional de equipamentos de tec-
municação; nologia da informação, devem ser atendidas as prescri-
ções de 6.4.7.1.2.
f) condutor de aterramento do pólo “terra” de alimen-
tações em corrente contínua para equipamentos de 6.4.8.7 Condutores de aterramento funcional
tecnologia da informação;
6.4.8.7.1 A determinação da seção dos condutores de
g) condutores de aterramento funcional; aterramento funcional deve considerar as possíveis cor-
rentes de falta que possam circular e, quando o condutor
h) condutores de sistemas de proteção contra descar- de aterramento funcional for também usado como condu-
gas atmosféricas; tor de retorno, a corrente de funcionamento normal e a
queda de tensão. Quando os dados necessários não fo-
i) condutores de ligações eqüipotenciais suplemen-
rem disponíveis, deve ser consultado o fabricante do
tares (ver 6.4.7.1.2).
equipamento.
6.4.8.5.3 O barramento de eqüipotencialidade funcional, de
preferência em cobre, pode ser nu ou isolado e deve ser 6.4.8.7.2 Os condutores de aterramento funcional que li-
acessível em toda sua extensão, por exemplo, sobre a gam os dispositivos de proteção contra surtos ao barra-
superfície das paredes ou em eletrocalha. Condutores nus mento de eqüipotencialidade funcional devem seguir o
devem ser isolados nos suportes e na travessia de paredes, percurso mais reto e mais curto possível, a fim de reduzir
para evitar corrosão. ao mínimo a impedância.
6.4.8.5.4 Quando for necessário instalar um barramento de 6.4.8.8 Condutores de proteção e aterramento funcional
eqüipotencialidade funcional em uma edificação com
presença extensiva de equipamentos de tecnologia da 6.4.8.8.1 Um condutor de proteção e aterramento funcio-
informação, este deve constituir um anel fechado. nal deve, no mínimo, obedecer às prescrições relativas
ao condutor de proteção, em todo o seu comprimento
6.4.8.5.5 O barramento de eqüipotencialidade funcional deve
(ver 6.4.3). Sua seção deve atender, além das prescri-
ser dimensionado como em condutor de eqüipoten- ções relativas ao condutor de proteção, ao disposto em
cialidade principal, conforme 6.4.7. 6.4.8.7.1.
NOTA - A confiabilidade da ligação eqüipotencial entre dois pontos
do barramento de eqüipotencialidade funcional depende da 6.4.8.8.2 Um condutor de retorno de corrente contínua da
impedância do condutor utilizado, determinada pela seção e pe- alimentação de um equipamento de tecnologia da
lo percurso. Para freqüências de 50 Hz ou de 60 Hz, caso mais informação pode ser usado como condutor de proteção e
comum, um condutor de cobre de 50 mm2 de seção nominal aterramento funcional, com a condição de que, na even-
constitui um bom compromisso entre custo e impedância. tualidade de abertura do circuito, a tensão entre duas partes
simultaneamente acessíveis não exceda os valores das
6.4.8.6 Ligação eqüipotencial tensões de contato limite, fixados em 5.1.3.1.1-b).
NOTAS
6.4.8.8.3 Se as correntes contínuas e de sinal puderem
1 A ligação eqüipotencial pode incluir condutores, capas metálicas produzir, no condutor de proteção e aterramento funcio-
de cabos e partes metálicas da edificação, tais como tubulações nal, uma queda de tensão que possa vir a resultar em
NBR 5410:1997 93
6.5.1.2 Os circuitos de autotransformadores devem ser Consideram-se aplicações normais, para as finalidades das
estabelecidos para a maior tensão que possa aparecer prescrições que se seguem, as definidas por:
entre condutores ou entre condutores e terra. A tensão
dos circuitos secundários de autotransformadores, en- a) Cargas industriais e similares:
tre condutores ou entre condutores e terra, não deve
ser superior ao limite superior da faixa II. - motores de indução de gaiola trifásicos, de po-
tência não superior a 150 kW (200 CV), com carac-
6.5.2 Geradores terísticas normalizadas conforme a NBR 7094;
Os geradores devem ser instalados em locais de serviço - cargas acionadas em regime S1 e com caracte-
elétrico ou em locais protegidos de acordo com as medi- rísticas de partida conforme a NBR 7094.
94 NBR 5410:1997
a) utilizando-se um dispositivo de proteção capaz de 6.5.6.2 Quando se fizer uso de tensões ou de correntes de
proteger os condutores de alimentação do motor de naturezas diferentes, é necessário utilizar tomadas e plugues
menor corrente nominal e que não atue indevida- de tipos distintos e não intercambiáveis.
mente sob qualquer condição de carga normal no
circuito; ou 6.5.6.3 Quando for necessário impedir a permutação dos
pólos ou das fases deve-se empregar tomadas assimé-
b) utilizando-se proteção individual na derivação de tricas.
cada motor, conforme 6.5.3.6.1.
6.5.6.4 Para a alimentação de equipamentos móveis e
NOTAS portáteis através de tomadas de corrente, devem ser pre-
vistas disposições especiais para que um aparelho de uma
1 O meio referido na alínea b) é recomendado para motores de
dada classe não possa ser utilizado em circunstân-
potência nominal superior a 0,37 kW (0,5 CV). cias onde a proteção contra contato indireto não seja as-
segurada.
2 Quando mais de um motor é alimentado por um único circuito
terminal, é preferível que as cargas de outra natureza sejam 6.5.6.5 As tomadas de corrente e extensões devem ser
alimentadas por outros circuitos terminais. dispostas de maneira que as partes vivas nuas não sejam
acessíveis ao toque, tanto quando seus elementos esti-
3 Um único circuito terminal pode alimentar um ou mais motores e verem unidos, quanto quando separados.
uma ou mais outras cargas, desde que cada um deles não
prejudique o funcionamento adequado dos demais e que as ou- 6.5.6.6 Nos locais que apresentem riscos de explosão
tras cargas sejam protegidas adequadamente. (condição BE3 - tabela 16), as tomadas de corrente, exten-
(comentário 6.5.3.7.G)
96 NBR 5410:1997
sões e conectores nos quais os condutores não sejam 6.5.8 Equipamentos de utilização
constantemente mantidos em invólucros antideflagrantes
devem ser dotados de um dispositivo de intertravamento 6.5.8.1 Ligação dos equipamentos às instalações
elétrico ou mecânico, tal que a desenergização dos con-
dutores preceda sua separação. Os equipamentos podem ser ligados à instalação:
6.5.7 Conjuntos de dispositivos de proteção, seccionamento a) diretamente a uma linha fixa (6.5.8.1.1); ou
e comando
b) através de uma linha móvel (6.5.8.1.2).
NOTA - As prescrições de 6.5.7.1 a 6.5.7.5 são aplicáveis aos
conjuntos montados no local da instalação (conjuntos que não 6.5.8.1.1 Ligação direta dos equipamentos a uma linha fixa
vêm prontos de fábrica). Para os casos em que o conjunto seja
montado em fábrica, este deverá estar em conformidade com a
As linhas devem ser protegidas de acordo com as con-
NBR 6808.
dições de influências externas locais e as conexões dos
condutores com os equipamentos não devem ser sub-
6.5.7.1 Componentes
metidas a esforços de tração e de torção. Na ligação do
Os componentes utilizados devem ser adequados às equipamento à linha fixa devem ser observadas as
influências externas previstas, principalmente no que con- prescrições de 6.2.7 e 6.2.8.
cerne às solicitações mecânicas, umidade, calor e riscos
de incêndio. 6.5.8.1.2 Ligação dos equipamentos por intermédio de uma
linha móvel
6.5.7.2 Distâncias
A ligação dos equipamentos por intermédio de uma linha
As distâncias mínimas seguintes devem ser respeitadas: móvel deve obedecer às prescrições descritas a seguir:
a) entre partes vivas nuas de polaridades diferentes: a) as linhas móveis devem comportar o número ne-
10 mm; cessário de condutores eletricamente distintos e me-
canicamente solidários, inclusive o condutor de pro-
b) entre partes vivas nuas e outras partes condutoras teção se esse for necessário;
(massas, invólucros externos): 20 mm.
b) as linhas móveis devem satisfazer às prescrições
NOTA - A distância especificada em b) deve ser aumentada para aplicáveis de 6.2;
100 mm quando os invólucros externos possuírem aber-
turas cuja menor dimensão esteja entre 12 mm e 50 mm. c) quando a linha móvel comportar um condutor de
proteção, este deve ser identificado pela dupla colo-
6.5.7.3 Medidas de proteção para garantir segurança ração verde-amarela ou pela cor verde. Quando a linha
móvel comportar um condutor neutro, ou se o meio de
Os conjuntos devem ser concebidos e montados de forma
conexão determinar a posição do condutor neutro, este
a poderem ser utilizados nas condições definidas na seção
deve ser identificado pela cor azul-clara. Nos outros
5, notadamente em 5.1.2, 5.1.3, 5.3.2 e 5.4.3.
casos, o condutor identificado pela cor azul-clara pode
ser utilizado para outros usos, exceto como condutor
6.5.7.4 Montagem
de proteção.
6.5.7.4.1 Os dispositivos de proteção, seccionamento e
6.5.8.2 Equipamentos de iluminação
comando devem ser instalados e ligados segundo as
instruções fornecidas pelo fabricante, respeitadas as pres-
6.5.8.2.1 Prescrições gerais
crições de 6.1.4, 6.1.5, 6.1.6 e 6.3.
6.5.7.4.2 Os condutores de alimentação dos equipamentos As prescrições gerais são as descritas a seguir:
e instrumentos fixados nas portas ou tampas devem ser
dispostos de tal forma que os movimentos das portas ou a) os equipamentos de iluminação instalados em lo-
tampas não possam causar a deterioração desses condu- cais molhados ou úmidos devem ser especialmente
tores. projetados para esse uso, de forma que, quando
instalados, não permitam que a água se acumule em
6.5.7.5 Marcações e indicações condutor, porta-lâmpadas ou outras partes elé-
tricas;
6.5.7.5.1 As placas dos equipamentos e dispositivos cons-
tituintes do conjunto não devem ser retiradas. b) os equipamentos de iluminação devem ser firme-
mente fixados;
6.5.7.5.2 No interior do conjunto, a correspondência entre
os componentes e o circuito respectivo deve ser feita de c) a fixação de equipamentos de iluminação penden-
forma clara e precisa. tes deve ser tal que:
6.5.7.5.3 A designação dos componentes deve ser legível, - rotações repetidas no mesmo sentido não pos-
executada de forma durável e posicionada de forma a evitar sam causar danos aos meios de sustentação;
qualquer risco de confusão. Além disso, deve cor-
responder à notação adotada no projeto (diagramas e - a sustentação não seja efetuada por intermédio
memoriais). dos condutores de alimentação;
NBR 5410:1997 97
Aplicam-se as prescrições descritas a seguir: Esta previsão de reserva deverá obedecer ao seguinte
critério:
a) os equipamentos de aquecimento fixos devem ser
instalados de forma que o fluxo de calor por eles for- a) quadros com até 6 circuitos, prever espaço reser-
necido se escoe como previsto por construção; va para no mínimo 2 circuitos;
c) os equipamentos de aquecimento que, por sua na- NOTA - Esta capacidade reserva deverá se refletir no cál-
tureza, processem materiais combustíveis ou infla- culo do circuito de distribuição do respectivo quadro de
máveis (BE2 - tabela 16), tais como estufas e se- distribuição.
98 NBR 5410:1997
b) todos os componentes devem ser providos, seja NOTA - Na medida do possível, é conveniente evitar que esses
por construção, seja por instalação, de proteção que circuitos passem por locais apresentando riscos de incêndio.
garanta uma resistência ao fogo por um tempo ade-
6.6.3.3 A proteção contra correntes de sobrecargas pres-
quado.
(comentário 6.6.1.1.G) critas em 5.7.4.1 pode ser omitida.
6.6.1.2 São preferidas as medidas de proteção contra os
6.6.3.4 Os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes
contatos indiretos sem seccionamento à primeira falta. Nos
devem ser escolhidos e instalados de modo a evitar que a
esquemas IT devem ser utilizados dispositivos su-
sobrecorrente em um circuito prejudique o funciona-
pervisores de isolamento, que produzam uma indicação
mento correto dos outros circuitos do sistema de alimen-
audível e visível quando da ocorrência de uma primeira
tação elétrica para serviços de segurança.
falta.
(comentário 6.6.1.2.G)
6.6.3.5 Os dispositivos de manobra e controle, exceto os
6.6.1.3 Os componentes devem ser dispostos de modo a
dispositivos de alarme, devem ser claramente identifica-
facilitar a inspeção periódica, os ensaios e a manutenção.
dos e agrupados em locais acessíveis apenas às pes-
6.6.2 Fontes soas advertidas ou qualificadas (BA4 ou BA5), conforme a
tabela 12. Os dispositivos de alarme devem ser clara-
6.6.2.1 As fontes para sistema de alimentação elétrica pa- mente identificados.
ra serviços de segurança devem ser instaladas como equi-
pamentos fixos e de maneira tal que não possam ser afeta- 6.6.4 Equipamentos de utilização
das por falha da fonte normal.
6.6.4.1 Nos sistemas de iluminação, o tipo de lâmpada deve
6.6.2.2 As fontes para sistema de alimentação elétrica pa- ser compatível com o tempo de comutação, para que pos-
ra serviços de segurança devem ser instaladas em locais sa ser mantida a iluminância especificada.
adequados e acessíveis apenas às pessoas advertidas ou
6.6.4.2 Em um equipamento alimentado por dois circuitos
qualificadas (BA4 ou BA5), conforme a tabela 12.
distintos, uma falta em um dos circuitos não deve preju-
6.6.2.3 O local de instalação das fontes deve ser adequa-
dicar a proteção contra choques elétricos, nem o funcio-
damente ventilado, de modo que eventuais gases ou fu- namento correto do outro circuito. O equipamento deve ser
mos provenientes das fontes não possam penetrar em áre- ligado, se necessário, aos condutores de proteção dos dois
as ocupadas por pessoas. circuitos.
7.1.4 Quando a instalação a verificar constituir reforma de f) separação elétrica dos circuitos (7.3.7);
uma instalação existente, deve ser verificado se esta não
anula as medidas de segurança da instalação existente. g) resistência elétrica do piso e das paredes (7.3.8).
7.2.1 A inspeção visual deve ser realizada para confirmar 7.3.1.2 Os métodos de ensaios aqui descritos são forne-
se os componentes elétricos permanentemente conec- cidos como métodos de referência; outros métodos, no
tados estão: entanto, podem ser utilizados, desde que, comprovada-
mente, produzam resultados não menos confiáveis.
a) em conformidade com as normas aplicáveis;
7.3.2 Continuidade dos condutores de proteção, incluindo
NOTA - Isto pode ser verificado por marca de conformida-
de, certificação ou termo de responsabilidade emitido pelo ligações eqüipotenciais principal e suplementares
fornecedor.
Um ensaio de continuidade deve ser realizado. Reco-
b) corretamente selecionados e instalados de acordo menda-se que a fonte de tensão tenha uma tensão em
com esta Norma; vazio entre 4 V e 24 V, em corrente contínua ou alternada.
A corrente de ensaio deve ser de no mínimo 0,2 A.
c) não visivelmente danificados, de modo a restringir
seu funcionamento adequado e sua segurança. 7.3.3 Resistência de isolamento da instalação
7.2.2 A inspeção visual deve incluir no mínimo a verifica- A resistência de isolamento deve ser medida:
ção dos seguintes pontos:
a) entre os condutores vivos, tomados dois a dois;
a) medidas de proteção contra choques, conforme
5.1, 5.7.2 e 5.8.1; NOTAS
b) medidas de proteção contra efeitos térmicos, con- 1 Na prática, esta medição somente pode ser realizada an-
forme 5.2 e 5.8.2; tes da conexão dos equipamentos de utilização.
c) seleção das linhas elétricas, conforme 6.2; 2 Nos esquemas TN-C o condutor PEN é considerado como
parte da terra.
d) escolha, ajuste e localização dos dispositivos de
proteção, conforme 5.3, 5.7.4, 6.1.3.2 e 6.3; b) entre cada condutor vivo e a terra.
100 NBR 5410:1997
7.3.3.2 As medições devem ser realizadas com corrente - medição da resistência dos condutores de pro-
contínua. O equipamento de ensaio deve ser capaz de teção (ver 7.3.4.4); e
fornecer 1 mA ao circuito de carga, apresentando em seus
terminais a tensão especificada na tabela 55. Quan- b) verificação das características dos dispositivos de
do o circuito da instalação inclui dispositivos eletrônicos, a proteção associados (inspeção visual e, para dispo-
medição deve ser realizada entre todos os condutores fase sitivos DR, ensaio);
e neutro, conectados entre si, e a terra.
NOTA - As medições referidas nas subalíneas de
7.3.4.1.2-a) são desnecessárias se os cálculos da impe-
NOTA - Esta precaução é necessária para evitar danos aos
dância do percurso da corrente de falta ou da resistência dos
dispositivos eletrônicos.
condutores de proteção estão disponíveis e a dispo-
sição da instalação é tal que permita verificação do com-
7.3.4 Verificação das medidas de proteção por seccionamento primento e da seção dos condutores.
automático da alimentação
c) verificação da continuidade do condutor de pro-
7.3.4.1 Geral teção (ver 7.3.2), quando as medições referidas nas
subalíneas de 7.3.4.1.2-a) não tiverem sido realiza-
A verificação das medidas de proteção contra contatos das.
indiretos por seccionamento automático da alimentação
Além disso, quando for necessário atender aos requisitos
compreende as seguintes providências:
de 5.1.3.1.3-f), a medição da resistência global de aterra-
mento RB deve ser realizada.
7.3.4.1.1 Esquemas TT
7.3.4.1.3 Esquemas IT
A conformidade com os requisitos de 5.1.3.1.5 deve ser
verificada por: A medição da corrente de primeira falta deve obedecer,
conforme o caso, à prescrição a) ou b) expostas a seguir:
a) medição da resistência do(s) eletrodo(s) de aterra-
NOTA - Esta medição não é necessária se a instalação dispuser
mento (ver 7.3.4.2); e
de um dispositivo supervisor de isolamento ou se todas as partes
condutoras acessíveis estiverem conectadas ao terra do sistema
b) verificação das características dos dispositivos de de distribuição e este estiver aterrado por meio de uma impedância.
proteção associados, que deve ser feita por:
a) onde as condições do esquema TT forem apli-
- inspeção visual e ensaio em dispositivos a cor- cáveis (ver 5.1.3.1.5-a), verificar de acordo com
rente diferencial-residual; 7.3.4.1.1;
NOTA - Ver anexo C para exemplos de ensaios em dis- b) onde as condições do esquema TN forem apli-
positivos DR. cáveis (ver 5.1.3.1.5-b), verificar de acordo com
7.3.4.1.2.
- inspeção visual em dispositivos a sobrecorrente
NOTA - Durante a medição da impedância do percurso da cor-
(corrente nominal ou de ajuste); rente de falta é necessário estabelecer uma conexão (de impe-
dância desprezível) entre o neutro do sistema de distribuição e o
c) verificação da continuidade dos condutores de condutor de proteção na origem da instalação.
proteção (ver 7.3.2).
7.3.4.3.1 A medição da impedância do percursos da cor- 7.3.5.2 Após a conclusão da instalação deve ser realizado
rente de falta deve ser realizada à freqüência nominal do um ensaio de tensão aplicada em todos os casos previs-
circuito. tos por esta Norma, sendo o valor da tensão de ensaio
aquele indicado nas normas aplicáveis ao equipamento.
NOTA - No anexo E é fornecido um método para a medição da Na ausência de norma brasileira e IEC, as tensões de
impedância do percurso da corrente de falta. ensaio devem ser as indicadas na tabela 56, para o cir-
cuito principal e para os circuitos de comando e auxiliares.
7.3.4.3.2 A impedância medida deve estar em conformi- Sempre que não for especificado, a tensão de ensaio é
dade com 5.1.3.1.4-d) para instalações TN e com a se- aplicada durante 1 min. Durante o ensaio não devem ocorrer
gunda subalínea de 5.1.3.1.6-e) para esquemas IT. faiscamentos ou ruptura do dielétrico.
7.3.8.1 Quando for necessário cumprir os requisitos de No caso de componentes com partes internas móveis como
5.1.3.3, pelo menos três medições devem ser realizadas contatores, relés, chaves seccionadoras, disjunto-
em cada local, sendo que uma delas deve ser realizada a res, etc., devem ser inspecionados, quando o componente
cerca de 1 m de qualquer elemento condutor (estranho à permitir, o estado dos contatos e das câmaras de arco, si-
instalação) acessível. As outras duas podem ser rea- nais de aquecimento, limpeza, fixação, ajustes e calibra-
lizadas a distâncias maiores. Esta série de medições de- ções. Se possível, realizar algumas manobras no compo-
ve ser repetida para cada superfície relevante do local. nente, verificando seu funcionamento.
b) a importância do sistema: quanto maior for a impor- As ligações flexíveis que alimentam equipamentos mó-
tância do sistema, menor deve ser a periodicidade, veis devem ser verificadas conforme 8.3.1, bem como a
avaliando as conseqüências de eventual defeito no sua adequada articulação.
sistema;
8.3.4 Ensaios
c) a classificação das influências externas do local: Devem ser efetuados os ensaios descritos em 7.3.2 a 7.3.4,
quanto maior o grau de poeira, umidade, temperatura, além de 7.3.6, levando em consideração as prescrições de
vibração, etc., menor deve ser a periodicidade. 7.3.1.1 e 7.3.1.2.
Toda instalação elétrica deve ser verificada e/ou sofrer Ao término das verificações deverá ser efetuado um teste
intervenções somente por pessoas advertidas (BA4) ou geral de funcionamento, simulando todas as situações de
qualificadas (BA5), conforme a tabela 12. comando, seccionamento, proteção e sinalização, ob-
servando também os ajustes e calibrações dos compo-
8.3 Verificações de rotina - Manutenção preventiva nentes (relés, sensores, temporizadores, etc.), bem como
a correta especificação de fusíveis, disjuntores, chaves
Sempre que possível, a instalação a ser verificada deve seccionadoras, dispositivos DR, etc.
ser desenergizada.
Deve ser verificado se os níveis de tensão estão adequa-
Os dispositivos e as disposições adotadas para garantir dos.
que as partes vivas fiquem fora do alcance podem ser
retirados para uma melhor verificação, devendo ser impre- 8.4 Manutenção corretiva
terivelmente restabelecidos ao término da manutenção.
Toda instalação ou parte dela que não esteja em conformi-
dade com 8.3, ou ainda, que por qualquer motivo coloque
8.3.1 Condutores
em risco a segurança dos seus usuários, deve ser imedia-
tamente desenergizada, no todo ou na parte afetada, e
Deve ser inspecionado o estado da isolação dos condu-
somente deve ser recolocada em serviço após reparação
tores e seus dispositivos de fixação e suporte, observando
satisfatória.
sinais de aquecimento excessivo, rachaduras, resseca-
mento, fixação, identificação e limpeza. Toda falha ou anomalia constatada nas instalações, ou
componentes ou equipamentos elétricos, ou em seu fun-
8.3.2 Quadros de distribuição e painéis cionamento, deve ser comunicada à pessoa advertida (BA4)
ou qualificada (BA5), para fins de reparação, nota-
8.3.2.1 Estrutura damente quando os dispositivos de proteção contra so-
brecorrentes ou contra choques elétricos atuarem sem
Deve ser verificada a estrutura do(s) quadro(s) e/ou pai- causa conhecida.
nel(is), observando seu estado geral quanto a fixação, danos
na estrutura, pintura, corrosão, fechaduras e dobra- 9 Requisitos para instalações ou locais especiais
diças.
As prescrições desta seção complementam, modificam ou
Deve ser verificado o estado geral dos condutores e cor- substituem as prescrições gerais contidas nas seções
doalhas de aterramento. anteriores desta Norma. A ausência de referência a se-
NBR 5410:1997 103
e) Chuveiro ou ducha sem clara delimitação do boxe f) Chuveiro ou ducha sem piso-boxe e sem rebaixo mas com
parede fixa
g) Banheira
h) Chuveiro ou ducha
NBR 5410:1997 105
i) Chuveiro ou ducha sem piso-boxe e sem rebaixo, mas com parede fixa
9.1.3 Proteção para garantir segurança c) no volume 2: IPX4 - IPX5 (em banheiros públicos);
9.1.3.1 Proteção contra choques elétricos (ver também 5.1) d) no volume 3: IPX1 - IPX5 (em banheiros públicos).
NOTA - Para proteção de tomadas de corrente, ver 9.1.4.3.2. NOTA - Ver também 6.1.3.2.
9.1.3.1.1 Quando for utilizada SELV, a proteção contra con- 9.1.4.2 Linhas elétricas (ver também 6.2)
tatos diretos deve ser assegurada, qualquer que seja a 9.1.4.2.1 Nos volumes 0, 1 e 2 as linhas devem ser limita-
tensão nominal, por: das às necessárias à alimentação de equipamentos situa-
a) barreiras ou invólucros que apresentem grau de dos nesses volumes.
proteção pelo menos IP2X; ou 9.1.4.2.2 Nos volumes 0, 1 e 2 as linhas aparentes ou em-
butidas até uma profundidade de 5 cm devem possuir uma
b) uma isolação capaz de suportar um ensaio de ten-
isolação que satisfaça às prescrições de 5.1.3.2 e não
são aplicada de 500 V durante 1 min.
devem possuir qualquer revestimento metálico.
NOTA - Ver também 5.1.1.1.3.
NOTA - Essas linhas podem, por exemplo, ser constituídas por
condutores isolados contidos em eletroduto isolante ou por ca-
9.1.3.1.2 Uma ligação eqüipotencial suplementar local deve
bos multipolares sem qualquer revestimento metálico.
ser realizada, reunindo todos os elementos condu-
tores dos volumes 1, 2 e 3 e os condutores de proteção de 9.1.4.2.3 No volume 3 podem ser utilizados os seguintes
todas as massas situadas nesses volumes. tipos de linha:
NOTA - Ver também 5.1.3.1.6. a) linhas aparentes ou embutidas possuindo uma
(comentário 9.1.3.1.2.G) isolação que satisfaça às prescrições de 5.1.3.2 e
9.1.3.2 Aplicação das medidas de proteção contra choques sem qualquer revestimento metálico; ou
elétricos
b) linhas constituídas por condutores isolados ou ca-
9.1.3.2.1 No volume 0, somente a proteção por SELV com bos unipolares contidos em eletrodutos metálicos em-
tensão nominal não superior a 12 V é admitida, sendo que butidos, desde que tais eletrodutos sejam incluí-
a fonte de segurança deve ser instalada fora do vo- dos na ligação eqüipotencial suplementar prescrita
lume. em 9.1.3.1.2 e que os circuitos neles contidos sejam
protegidos por dispositivos a corrente diferencial-re-
9.1.3.2.2 As medidas de proteção contra os contatos dire-
sidual (dispositivos DR) de alta sensibilidade
tos por meio de obstáculos (5.1.2.3) e por colocação fora
(I DN < 30 mA).
de alcance (5.1.2.4) não são admitidas (ver também
5.7.2.1). 9.1.4.2.4 Nos volumes 0, 1 e 2 somente são admitidas as
caixas de derivação destinadas às ligações dos equipa-
9.1.3.2.3 As medidas de proteção contra contatos indiretos
mentos contidos nestes volumes (ver também 9.1.4.4).
admitidas em locais não condutores (5.1.3.3) e a proteção
por ligações eqüipotenciais locais não aterradas (5.1.3.4) 9.1.4.3 Dispositivos de proteção, comando e
não são permitidas (ver também 5.7.2.2). seccionamento (incluindo tomadas de corrente) (ver
também 6.3)
9.1.4 Seleção e instalação dos componentes
9.1.4.3.1 Nenhum dispositivo de proteção, comando ou
9.1.4.1 Prescrições comuns seccionamento pode ser instalado nos volumes 0, 1 e 2.
9.1.4.1.1 Os componentes da instalação elétrica devem NOTA - Nos volumes 1 e 2 são admitidos cordões isolantes de
possuir pelo menos os seguintes graus de proteção: interruptores acionados a cordão, desde que atendam aos requi-
sitos da IEC 669-1, bem como elementos de comando (circuitos
a) no volume 0: IPX7; auxiliares) alimentados em SELV, ou funcionando por radiofre-
qüência, infravermelho ou outro meio que ofereça grau de segu-
b) no volume 1: IPX4; rança equivalente.
106 NBR 5410:1997
9.1.4.3.2 Admitem-se tomadas de corrente, no volume 3, resistência elétrica do corpo humano e ao contato com o
desde que elas sejam: potencial de terra.
a) alimentadas individualmente por um transformador NOTA - Para piscinas de uso médico podem ser necessárias
prescrições especiais.
de separação de acordo com 5.1.3.5;
9.2.2 Determinação das características gerais
b) ou alimentadas em SELV (5.1.1.1);
9.2.2.1 Classificação dos volumes (ver também 4.3)
c) ou protegidas por um dispositivo a corrente
diferencial-residual (dispositivo DR) de alta sensibi- As presentes prescrições consideram três volumes (ver
lidade (I DN £ 30 mA). figuras 16 e 17):
(comentário 9.1.4.3.2.G)
9.1.4.3.3 Nenhum interruptor ou tomada de corrente deve a) o volume 0
ser instalado a menos de 0,60 m da porta aberta de uma
- é o volume interior do reservatório (da piscina e do
cabine de banho pré-fabricada (figura 15).
lava-pés);
9.1.4.4 Outros componentes fixos (ver também 6.5) b) o volume 1 é limitado,
Estas prescrições não se aplicam a aparelhos alimentados - de um lado, pela superfície vertical situada a 2 m
em extrabaixa tensão de segurança nas condições de das bordas do reservatório e,
5.1.1.1 e 9.1.3.1.1.
- por outro lado, pelo piso ou superfície no qual as
9.1.4.4.1 No volume 0 são admitidos somente equipamen- pessoas possam vir a se postar e o plano horizon-
tos especialmente previstos para uso em banheira. tal situado 2,5 m acima do piso ou da superfície;
c) o volume 2 é limitado,
9.2 Piscinas
- de um lado, pela superfície vertical externa do
9.2.1 Campo de aplicação volume 1 e uma superfície paralela situada a
1,50 m da primeira e,
As prescrições particulares desta subseção são aplicáveis
aos reservatórios de água de piscinas, incluindo os lava- - por outro lado, pelo piso ou superfície na qual as
pés, e às áreas adjacentes às piscinas. Nesses locais, o pessoas possam vir a se postar e o plano horizon-
risco de choque elétrico aumenta, devido à redução da tal situado a 2,50 m acima do piso ou da superfície.
NOTA - As dimensões podem ser medidas levando-se em conta paredes e divisões fixas.
NOTA - As dimensões podem ser medidas levando-se em conta paredes e divisões fixas.
9.2.3 Proteção para garantir segurança dos volumes 0, 1 e 2 e os condutores de proteção de to-
(comentário 9.2.3.0.G) das as massas situadas nesses volumes.
9.2.3.1 Proteção contra choques elétricos
NOTA - Ver também 5.1.3.1.6.
9.2.3.1.1 Quando for utilizada SELV, a proteção contra (comentário 9.2.3.1.2.G)
contatos diretos deve ser assegurada, qualquer que seja a 9.2.3.2 Aplicação das medidas de proteção contra choques
tensão nominal: por barreiras ou invólucros que apre- elétricos
sentem grau de proteção pelo menos IP2X, ou por uma
isolação capaz de suportar um ensaio de tensão aplicada 9.2.3.2.1 No volume 0 somente a proteção por SELV com
de 500 V durante 1 min. tensão nominal não superior a 12 V é admitida, sendo que a
fonte de segurança deve ser instalada fora do vo-
NOTA - Ver também 5.1.1.1.3. lume.
9.2.3.1.2 Uma ligação eqüipotencial suplementar local de- 9.2.3.2.2 As medidas de proteção contra os contatos dire-
ve ser realizada, reunindo todos os elementos condutores tos por meio de obstáculos (5.1.2.3) e por colocação fora
108 NBR 5410:1997
de alcance (5.1.2.4) não são admitidas (ver também b) ou alimentadas em extrabaixa tensão de segu-
5.7.2.1). rança (5.1.1.1);
9.2.3.2.3 As medidas de proteção contra contatos indiretos c) ou protegidas por um dispositivo a corrente dife-
admitidas em locais não condutores (5.1.3.3) e a proteção rencial-residual (dispositivo DR) de alta sensibili-
por ligações eqüipotenciais locais não aterradas (5.1.3.4) dade (I DN £ 30 mA).
não são permitidas (ver também 5.7.2.2).
9.2.4.4 Outros componentes (ver também 6.5)
9.2.4 Seleção e instalação dos componentes
9.2.4.4.1 No volume 0 somente podem ser instalados equi-
9.2.4.1 Prescrições comuns
pamentos (tais como luminárias subaquáticas, bombas,
9.2.4.1.1 Os componentes da instalação elétrica devem
etc.) alimentados em SELV com tensão nominal não supe-
possuir pelo menos os seguintes graus de proteção: rior a 12 V e nas condições descritas em 5.1.1.1.
c) no volume 2: IPX2 para as piscinas cobertas, IPX4 b) ou da classe II (desde que sejam fixos).
para as piscinas ao tempo.
9.2.4.4.3 No volume 2, os equipamentos de utilização de-
NOTA - Ver também 6.1.3.2. vem ser:
9.2.4.2 Linhas elétricas (ver também 6.2)
a) da classe II; ou
9.2.4.2.1 Nos volumes 0 e 1 as linhas devem ser limitadas
b) da classe I, mas protegidos por dispositivo a cor-
às necessárias à alimentação dos equipamentos situados
rente diferencial-residual (dispositivo DR) de alta sen-
nesses volumes.
sibilidade (I DN £ 30 mA);
9.2.4.2.2 Nos volumes 0 e 1 as linhas aparentes ou embu-
tidas até uma profundidade de 5 cm devem possuir uma c) alimentados por transformador de separação de
isolação que satisfaça às prescrições de 5.1.3.2 e não acordo com 5.1.3.5.
devem possuir qualquer revestimento metálico.
NOTA - Essas prescrições referentes ao volume 2 não se apli-
NOTA - Essas linhas podem, por exemplo, ser constituídas por cam aos equipamentos alimentados em extrabaixa tensão de
condutores isolados contidos em eletroduto isolante ou por ca- segurança conforme 5.1.1.1 e 9.2.3.1.1.
bos multipolares sem qualquer revestimento metálico.
9.3 Compartimentos condutores
9.2.4.2.3 No volume 2 podem ser utilizados os seguintes
tipos de linhas: 9.3.1 Campo de aplicação
a) linhas aparentes ou embutidas possuindo uma 9.3.1.1 As prescrições particulares desta subseção são
isolação que satisfaça às prescrições de 5.1.3.2 e aplicáveis às instalações de compartimentos condutores
sem qualquer revestimento metálico; ou e à alimentação dos equipamentos no interior destes com-
partimentos.
b) linhas constituídas por condutores isolados ou ca-
bos unipolares contidos em eletrodutos metálicos em- 9.3.1.2 Um compartimento condutor é um local cujas pa-
butidos, desde que tais eletrodutos sejam incluí- redes são constituídas essencialmente de partes metá-
dos na ligação eqüipotencial suplementar prescrita licas ou condutoras e no interior do qual uma pessoa po-
em 9.2.3.1.2 e que os circuitos neles contidos sejam de, através de uma parte substancial de seu corpo, entrar
protegidos por dispositivo a corrente diferen- em contato com as partes condutoras circundantes, sen-
cial-residual (dispositivo DR) de alta sensibilidade do a possibilidade de interrupção deste contato limitada.
(I DN £ 30 mA).
9.3.2 Proteção para garantir segurança
9.2.4.2.4 Nos volumes 0 e 1 não são admitidas caixas de
derivação.
9.3.2.1 Proteção contra choques elétricos
9.2.4.3 Dispositivos de proteção, comando e
9.3.2.1.1 Quando for utilizada extrabaixa tensão de segu-
seccionamento (incluindo tomadas de corrente) (ver
também 6.3) rança, a proteção contra contatos diretos deve ser assegu-
rada, qualquer que seja a tensão nominal:
9.2.4.3.1 Nenhum dispositivo de proteção, comando ou
seccionamento pode ser instalado nos volumes 0 e 1. a) por barreiras ou invólucros que apresentem grau
de proteção pelo menos IP2X;
9.2.4.3.2 Admitem-se tomadas de corrente, no volume 2,
desde que elas sejam: b) ou por uma isolação capaz de suportar um ensaio
de tensão aplicada de 500 V durante 1 min.
a) alimentadas individualmente por um transformador
de separação de acordo com 5.1.3.5; NOTA - Ver também 5.1.1.1.3.
NBR 5410:1997 109
- extrabaixa tensão de segurança (5.1.1.1); b) uma isolação capaz de suportar um ensaio de ten-
são aplicada de 500 V durante 1 min.
- ou separação elétrica (5.1.3.5), limitada a um úni-
co equipamento por enrolamento secundário do NOTA - Ver também 5.1.1.1.3.
transformador de separação. Deve ser dada pre-
9.4.3.2 Aplicação das medidas de proteção contra choques
ferência ao uso de equipamentos classe II, mas
elétricos
caso seja utilizado um equipamento classe I, este
deve pelo menos possuir punhos em material iso-
9.4.3.2.1 As medidas de proteção contra os contatos dire-
lante ou punhos com revestimento isolante;
tos por meio de obstáculos (5.1.2.3) e por colocação fora
NOTA - Um transformador de separação pode ter vários de alcance (5.1.2.4) não são admitidas (ver também
enrolamentos secundários. 5.7.2.1).
b) para alimentação de lâmpadas portáteis: 9.4.3.2.2 As medidas de proteção contra contatos indiretos
admitidas em locais não condutores (5.1.3.3) e a proteção
- extrabaixa tensão de segurança (5.1.1.1). Uma por ligações eqüipotenciais locais não aterradas (5.1.3.4)
luminária fluorescente com transformador de dois não são permitidas (ver também 5.7.2.2).
enrolamentos incorporado e alimentado em extra-
baixa tensão de segurança é igualmente admitida; 9.4.4 Seleção e instalação dos componentes
As prescrições particulares desta subseção são aplicá- 9.4.4.2.1 As linhas elétricas devem possuir uma isolação
veis aos locais nos quais equipamentos de aquecimento que satisfaça às prescrições de 5.1.3.2 e não devem pos-
para sauna são instalados e utilizados para tal finalidade. suir qualquer revestimento metálico, ou conduto metálico.
110 NBR 5410:1997
9.4.4.3 Dispositivos de proteção, comando e seccionamento 9.4.4.3.2 Não são admitidas tomadas de corrente, em ne-
(incluindo tomadas de corrente) (ver também 6.3) nhum volume, dentro do local da sauna.
9.4.4.3.1 Dispositivos de proteção, comando ou secciona- 9.4.4.3.3 Deverá ser instalado dispositivo capaz de sec-
mento não incorporados ao aquecedor da sauna devem cionar automaticamente a alimentação do aquecedor da
ser instalados fora do local da sauna. sauna quando a temperatura no volume 4 atingir 140°C.
Figura 18
/ANEXOS
NBR 5410:1997 111
NOTAS
1 Nos sistemas não diretamente aterrados, se o neutro (ou compensador) for distribuído, os equipamentos alimentados entre fase e neutro
(ou entre pólo e compensador) devem ser escolhidos de forma que sua isolação corresponda à tensão entre fases (ou entre pólos).
2 Esta classificação das faixas de tensão não exclui a possiblidade de serem introduzidos limites intermediários para certas prescrições de
instalação.
/ANEXO B
112 NBR 5410:1997
Anexo B (normativo)
Método de ensaio para medição da resistência elétrica de pisos e paredes
Um ohmímetro a magneto ou a bateria, com uma ten- de água removido, e deve ser colocado entre a placa
são em aberto de cerca de 500 V em corrente contínua (ou metálica e a superfície a ser ensaiada.
1 000 V em corrente contínua se a tensão nominal da
instalação for superior a 500 V), deve ser utilizado como B.1.2 Durante a medição deve ser aplicada, perpendi-
fonte de tensão. A resistência deve ser medida entre o cularmente à superfície do eletrodo uma força de 750 N e
eletrodo de ensaio e o condutor de proteção da instala- de 250 N, para pisos e paredes, respectivamente.
ção. O eletrodo de ensaio pode ser um dos indicados em
B.1 e B.2. Em caso de dúvida, o eletrodo 1 é considerado B.2 Eletrodo de ensaio 2
como método de referência.
Consiste em um tripé metálico no qual os pontos de apoio
NOTA - É recomendável que o ensaio seja realizado antes da formam um triângulo equilátero. Cada ponto de apoio deve
aplicação dos acabamentos (vernizes, tintas, ceras e produtos ser provido de uma base flexível, garantindo, quan-
similares). do pressionado, uma superfície de contato de cerca de 900
mm2, com uma resistência não menor que 5 000 W . Antes
B.1 Eletrodo de ensaio 1 da medição, a superfície a ser ensaiada deve ser umedecida
e coberta com um pano úmido. Durante a medição deve
B.1.1 O eletrodo consiste em uma placa metálica com 250 ser aplicada uma força, perpendicular à superfície em
mm de lado e um pedaço de papel absorvente com 270 mm ensaio, de cerca de 750 N e de 250 N, para pisos e paredes,
de lado. O papel ou pano deve estar úmido, com o excesso respectivamente (ver figura 19).
Figura 19
/ANEXO C
NBR 5410:1997 113
C.1 Os seguintes métodos são apresentados como exem- NOTA - Este método pode ser usado para esquemas TT, TN-S e
plo: IT.
C.1.1.3 A corrente ID que dispara o DR deve ser menor C.1.3.2 A corrente I (que deve ser inferior a IDN) à qual o
que IDN. dispositivo DR dispara também deve ser medida.
NOTA - Este método pode ser usado para esquemas TN e C.1.3.3 A seguinte condição deve ser atendida:
TN-S. Em esquemas TT é necessário conectar um ponto do
sistema diretamente à terra durante o ensaio, para que o DR atue. U £ UL
C.1.2 Método 2 (ver figura 21)
onde:
C.1.2.1 A resistência variável é conectada entre um condu-
tor vivo a montante do DR e outro condutor vivo a jusante UL é a tensão de contato limite (convencional).
do DR. A corrente é aumentada pela redução de Rp.
Figura 20
C.1.2.2 A corrente ID que dispara o DR deve ser inferior
a IDN. A carga deve estar desconectada durante o ensaio.
Figura 21
114 NBR 5410:1997
Figura 22 /ANEXO D
Anexo D (normativo)
NBR 5410:1997 115
D.1 A título de exemplo, os procedimentos a seguir podem o eletrodo de aterramento e um eletrodo auxiliar (ver figura
ser adotados quando a medição da resistência de aterra- 24). A queda de tensão no eletrodo a ensaiar é medida
mento for necessária. relativamente ao segundo eletrodo auxiliar.
D.1.1 Método convencional com medidor de resistência D.1.2.2 Em geral procede-se como segue:
de terra
- Injeção de corrente entre os dois eletrodos auxilia-
D.1.1.1 Uma corrente alternada de valor constante circula res para determinar a soma das resistências de ater-
entre o eletrodo de aterramento T e o eletrodo auxiliar T1, ramento respectivas (divisão da tensão aplicada pela
localizado fora da zona de influência do eletrodo T (ver fi- corrente injetada).
gura 23).
- Injeção de corrente entre o eletrodo a ensaiar e o
eletrodo auxiliar 1. Medir as tensões entre cada ele-
D.1.1.2 Um segundo eletrodo auxiliar, T2, que pode ser
trodo e o eletrodo auxiliar 2 e a corrente injetada. A
uma pequena haste enterrada no solo, é inserido a meio
partir destes valores calcular as resistências de ater-
caminho entre T e T1 e a tensão entre T e T2 é medida. A
ramento dos dois eletrodos, a ensaiar e auxiliar 1.
resistência de aterramento dos eletrodos é a tensão entre
T e T2 dividida pela corrente entre T e T1. Para verificar se - Inverter as funções dos eletrodos auxiliares e repetir
não há influência entre os eletrodos, duas novas me- a operação anterior, determinando as resistências do
dições devem ser realizadas com T2 deslocado de 6 m na eletrodo a ensaiar e do auxiliar 2.
direção de T e 6 m na direção de T1.
- Comparar os dois valores de resistência obtidos para
D.1.1.3 Se os três resultados forem substancialmente se- o eletrodo a ensaiar e também a soma dos valores
melhantes, a média das três leituras é tomada como sendo obtidos para 1 e 2 com a resistência global medida
a resistência de aterramento do eletrodo T. Do contrário, o diretamente. Se os valores obtidos por me-
ensaio deve ser repetido com um maior espaçamento entre dições diferentes forem semelhantes (caso habitual),
T e T1. esses valores são válidos; caso contrário, devem-se
utilizar localizações mais adequadas (mais afas-
D.1.2 Método por injeção de corrente, com amperímetro tadas) para os eletrodos auxiliares.
e voltímetro
D.2 Se o ensaio for realizado à freqüência industrial, a
D.1.2.1 Neste caso, usam-se também dois eletrodos auxi- fonte utilizada para o ensaio deve ser isolada do sistema de
liares, porém em geral não alinhados, sendo a corrente distribuição (por exemplo, pelo uso de transformador de
compatível com uma tensão aplicada máxima de 50 V entre enrolamentos separados).
/ANEXO E
NBR 5410:1997 117
Os seguintes métodos podem ser adotados para a me- U2 é a tensão com a carga;
dição da impedância do percurso da corrente de falta.
Figura 25 - Medição da impedância do percurso da corrente de falta por meio da queda de tensão
118 NBR 5410:1997
Figura 26 - Medição da impedância do percurso da corrente de falta por meio de fonte separada
/ANEXO F
NBR 5410:1997 119
F.1 O seguinte procedimento é recomendado para rea- min. A fonte deve ser capaz de manter a tensão de en-
lizar-se o ensaio de tensão previsto em 7.3.5. saio a despeito das correntes de fuga.
F.1.1 A tensão no momento da aplicação não deve exce- F.1.2 A tensão de ensaio deve ser substancialmente se-
der 50% da tensão de ensaio prevista na tabela 56. Esta noidal e a freqüência deve estar entre 45 Hz e 62 Hz.
deve ser levada a 100% em cerca de 10 s e mantida por 1
ÍNDICE
120 NBR 5410:1997
Prefácio ........................................................................................................................................................................ 1
1 Objetivo ..................................................................................................................................................................... 1
1.3 Prescrições fundamentais ....................................................................................................................................... 2
1.3.1 Proteção contra choques elétricos ........................................................................................................................ 3
1.3.1.1 Proteção contra contatos diretos ........................................................................................................................ 3
1.3.1.2 Proteção contra contatos indiretos ..................................................................................................................... 3
1.3.2 Proteção contra efeitos térmicos ........................................................................................................................... 3
1.3.3 Proteção contra sobrecorrentes ........................................................................................................................... 3
1.3.3.1 Proteção contra correntes de sobrecarga .......................................................................................................... 3
1.3.3.2 Proteção contra correntes de curto-circuito ........................................................................................................ 3
1.3.4 Proteção contra sobretensões .............................................................................................................................. 3
1.3.5 Seccionamento e comando ................................................................................................................................... 3
1.3.5.1 Dispositivos de parada de emergência ............................................................................................................... 3
1.3.5.2 Dispositivos de seccionamento .......................................................................................................................... 3
1.3.6 Independência da instalação elétrica ..................................................................................................................... 3
1.3.7 Acessibilidade dos componentes .......................................................................................................................... 3
1.3.8 Condições de alimentação .................................................................................................................................... 3
1.3.9 Condições de instalação ....................................................................................................................................... 3
2 Referências normativas ............................................................................................................................................. 3
3 Definições .................................................................................................................................................................. 4
4 Determinação das características gerais .................................................................................................................... 4
4.1 Regra geral .............................................................................................................................................................. 4
4.2 Alimentação e estrutura ........................................................................................................................................... 5
4.2.1 Potência de alimentação ....................................................................................................................................... 5
4.2.1.1 Generalidades ................................................................................................................................................... 5
4.2.1.2 Previsão de carga .............................................................................................................................................. 5
4.2.1.2.1 Geral .............................................................................................................................................................. 5
4.2.1.2.2 Iluminação ...................................................................................................................................................... 5
4.2.1.2.3 Tomadas de uso geral ..................................................................................................................................... 5
4.2.1.2.4 Tomadas de uso específico ............................................................................................................................ 6
4.2.2 Tipos de sistemas de distribuição .......................................................................................................................... 6
4.2.2.1 Esquemas de condutores vivos ......................................................................................................................... 6
4.2.2.2 Esquemas de aterramento. ................................................................................................................................ 6
4.2.2.2.1 Esquema TN ................................................................................................................................................... 6
4.2.2.2.2 Esquema TT ................................................................................................................................................... 6
4.2.2.2.3 Esquema IT. ................................................................................................................................................... 8
4.2.2.2.4 Aterramento de neutro. .................................................................................................................................... 8
4.2.3 Alimentação ......................................................................................................................................................... 8
4.2.3.1 Generalidades ................................................................................................................................................... 8
4.2.3.2 Sistema de alimentação elétrica para serviços de segurança e sistemas de alimentação de reserva ................... 9
4.2.4 Divisão das instalações ........................................................................................................................................ 9
4.3 Classificação das influências externas .................................................................................................................... 9
4.3.1 Meios ambientes ................................................................................................................................................... 10
4.3.1.1 Temperatura ambiente ....................................................................................................................................... 10
4.3.1.2 Altitude .............................................................................................................................................................. 10
4.3.1.3 Presença de água .............................................................................................................................................. 10
4.3.1.4 Presença de corpos sólidos ............................................................................................................................... 10
4.3.1.5 Presença de substâncias corrosivas ou poluentes ............................................................................................. 10
4.3.1.6 Solicitações mecânicas ..................................................................................................................................... 10
NBR 5410:1997 121