The Other Side - Book Fiction
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Prologue
Sem lembrança não há chances de recupera-las.
Ps: Memórias
Meu nome é Jane. Devo ter 17 anos. Sou uma garota e acho que estou viva. Isso é o que sei e o
que importa por agora.
A caixa parou abruptamente com um rangido de metal nada agradável.
Já tem um tempo que ela parou. Tempo suficiente para me fazer pensar sobre toda essa
loucura.
Eu não sei o que fiz para de repente vir parar nessa gaiola. Eu cometir algum crime! Deve ser
isso. Devo ter matado alguem ou ter roubado algo. Talvez eu tenha feito algo pior para
merecer isso, e a ideia me faz ter ânsia de vômito.
Não conseguir me lembrar do que fiz é frustrante. É estranho.
Não faço ideia se tenho o direito de sentir raiva dessa situação, mas sinto mesmo assim. Uma
espécie de raiva que me faz tremer e querer chorar.
- Que merda. Que merda – Me encolho, abraçando as pernas. – Que merda. Droga.
Deve ser algum tipo de tortura. Deixar uma pessoa sozinha com os pensamentos.
Fecho os olhos com força.
- Sem chanche, na verdade, esquece isso – Outra voz e ao me dar conta que nãoe stou
ouvindo coisas arregalo os olhos – Vá chamar o Alby. Não sou bom com apresentações, você
sabe.
- Se dependessemos de você, Newt, imagino que não teriamos interação entre nós por aqui.
Ouço o mesmo rangido de ferro, indicando que a gaiola foi aberta, e logo em seguida um feixe
de luz me cega por completo,
Primeiro silêncio e então uma chuva de perguntas. Várias vozes ao mesmo tempo. Vozes
masculinas.
Com uma mão em frente ao rosto, olho para cima, ainda com dificuldade de enxergar alguém.
- É uma garota!
- Como assim!
- Quem quer que tenha nos enviado para cá teve um pouco de piedade
Quando ouço os últimos comentários recuuo imediatamente para o canto da gaiola, e me sinto
como um produto em exposição. Procuro alguma coisa para acertár –los caso tentem alguma
coisa, mas – Agora posso ver graças à luz que ilumina o ambiente - só encontro algumas caixas
empilhadas e bastões esparramados pelo gradiado.
- Fiquem longe de mim – Minha voz sai baixa e estranha, e ninguém ouve.
Os brutamontes ainda discutem entre si e soltam altas gargalhadas. Sinto vontade de voltar a
minha crise existencia de quando era apenas eu e a gaiola.
- Droga! Calem a boca! – Um garoto, que imagino ser Newt, faz as vozes cessarem no mesmo
instante – caramba! Alguém vá chamar a droga do Alby. Por favor.
Tudo continua quieto até o tal de Alby aparecer.Eu certamente entenndo o motivo do homem
ser considerado o suposto líder desses moleques. Ele é alto e forte, e seus passos barulhentos
indicam que é decidido quando toma alguma direção lá por fora.
- Newt – Cumprimenta o loiro, colocando a mão no seu ombro – Arranjou um serviço e tanto,
garoto.
- Alby, o que faremos com ela! – Ele me encara brevemente – Não faço ideia do que isso
signifique.
- Trate-a como qualquer outro fedelho. – Ele fala em bom tom para que todos ouçam – Eu
proíbo que toquem um dedo sequer nessa garota,caso ocorra, bem, eu garanto que o
Amanssador não vai resolver o problema.
- Tem medo de abrir a droga da Caixa sem a presença do Alby, Newt – Consigo peceber
airritação na sua voz – Abre logo, quero ver quem é o novo fedelho.