Lógica Do Juízo
Lógica Do Juízo
Lógica Do Juízo
Lógica do juízo
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
1
José Miguel
Merina Romão
Rapina Augusto
Lógica do juízo
Licenciatura em ensino de Filosofia com Habilitações da Ética
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Índice
Introdução....................................................................................................................................3
1. Lógica do juízo.........................................................................................................................4
1.1. Quadro lógico........................................................................................................................4
Conclusão...................................................................................................................................10
Referências bibliográficas..........................................................................................................11
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Introdução
A Lógica é uma disciplina que se preocupa em formular princípios e métodos de
inferência, determinando em que condições algumas coisas são consequências de
outras. E sabe-se que desde a antiguidade clássica a lógica norteia os estudos de
linguagem, pois se defendia a ideia de que a linguagem era expressão do pensamento. E
se o raciocínio era necessário, deveria haver regras de bem fazê-lo. Daí os conceitos de
‘categorias’ e ‘interpretação’ de cunho aristotélico que orientaram as primeiras
gramáticas.
Objectivos
Geral:
Específicos:
Quanto a metodologia usada para elaboração do trabalho, foi necessário auxílio de obras
científicas que abordam o tema em destaque, sendo elas físicas e electrónicas. A
estrutura deste trabalho obedece as normas em vigor na Universidade Rovuma.
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1. Lógica do juízo
Para Aristóteles apud Ross (1981), a palavra lógica pode ser considerada um sinónimo
da palavra 'analítica', “a análise do raciocínio nas figuras do silogismo, mas podemos até
estende-la de modo a incluir a análise do silogismo em proposições e as proposições em
termos” (p. 38).
Quando unimos os termos entre si, afirmamos ou negando algo de alguma outra coisa,
temos um juízo. O juízo, portanto, é o ato com que afirmamos ou negamos um conceito
em relação a outro conceito. E a expressão lógica do juízo, isto é a enunciação ou
proposição. (Reali & Antiseri, p. 228)
Segundo Aristóteles (2005), diz que, um Juízo é uma frase ou locução com significado,
e de forma mais precisa, o Juízo é a operação mental mediante a qual relacionamos dois
conceitos, afirmando ou negando a sua vinculação. Um Juízo exprime-se na Proposição,
ou seja, a Proposição é um enunciado de um juízo. O Juízo é constituído por ideias ou
conceitos, e a Proposição é constituída por termos
Segundo Neves Filho & Rui (2016) dizem que, as relações possíveis, no Quadrado,
ocorrem entre (A e E), (I e O), (A e O) e (E e I). Observe o seguinte esquema para,
após, pensarmos em quais tipos de inferências imediatas poderão ser produzidas. Estas
inferências imediatas são propriedades lógicas que, para fins didácticos, chamaremos de
'leis'
Contrárias (A e E): quando, tendo o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma das
Proposição é universal afirmativa (Todo S é P) e a outra é universal negativa (Nenhum
S é P); ou quando uma das proposições é particular afirmativa (Alguns S são P) e a
outra é particular negativa (Alguns S não são P); (Chaui, 2000)
Por exemplo, se for verdadeiro que 'Todos os homens são mortais' (A), então será
necessariamente verdadeiro que 'Algum homem e mortal' (I). Se for verdadeiro que
'Nenhum homem é um cão' (E), será verdadeiro necessariamente o enunciado que
afirma que 'Algum homem não e um cão' (O).
No entanto, da falsidade do enunciado universal, não se segue a falsidade do enunciado
particular correspondente.
Por exemplo, o enunciado 'Todo gato e branco' (A) e falso, todavia, seu enunciado
particular correspondente, 'Algum gato e branco' (I), e verdadeiro.
Por exemplo, o enunciado 'Algum gato e branco' obviamente e verdadeiro, mas seu
correspondente 'Todo gato e branco' não o e8.
Por exemplo, se for verdadeiro que 'Todos os homens são mortais' (A), então
necessariamente será falso que 'Nenhum homem e mortal' (E). No entanto, observe que
tanto o enunciado 'Todo gato e branco' (A), quanto seu contrario, 'Nenhum gato e
branco' (E), são falsos, o que e possível nessa relação.
A Lei dos Subcontrários – ocorre entre (I e O), relação exposta na parte de baixo do
Quadrado, e nos diz o seguinte: esses enunciados nunca poderão ser simultaneamente
falsos, mas podem ser simultaneamente verdadeiros. (Nolt& Rohatyn, 1991)
Por exemplo, se o enunciado 'Algum homem é grego' (I) for verdadeiro, seu
subcontrario 'Algum homem não é grego '(O) também poderá ser verdadeiro.
Obviamente, estes enunciados nunca serão falsos simultaneamente.
Na óptica Nolt & Rohatyn, (1991) salientam que, ̏para isso, comecemos por identificar a
tabela-de-verdade de cada um dos conectivos lógicos que você já conhece: a negação, a
conjunção, a disjunção, o condicional e o bicondicional. Utilizaremos as letras
sentenciais P e Q para construir as tabelasʺ. (p. 163)
a) A negação (~):
Suponhamos que temos uma sentença como Pedro é músico, representada aqui
simplesmente pela letra sentencial P, sabemos ser verdadeira. Qual seria o valor de sua
negação, isto é, Pedro não é músico?
Essa propriedade da negação pode ser resumida na seguinte tabelinha, que deve lembrar
a você a tabuada da escola primária. É basicamente a mesma coisa, apenas aqui estamos
trabalhando com valores da verdade, e não números. (Mortari, 2001)
P ~P
V F
F V
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Note que, se uma formula qualquer, seja atómica ou molecular, for negada, altera-se o
valor-de-verdade: se for V, torna-se F, e vice-versa.
Com isso Filho & Rui (2016) dizem que,
Para as tabelas dos demais conectivos lógicos, e para futuros exercícios com formulas
complexas, há uma maneira de calcularmos as combinações possíveis entre as letras
sentenciais que compõem o exercício, o que determinara o numero de linhas do
exercício, tanto para as combinações mais simples, aquelas que estarão nas tabelas
abaixo, como para exercícios em que utilizaremos um numero maior de letras
sentenciais. (,p.65)
Para o cálculo das combinações corretas entre V e F nessas linhas, comece identificando
uma coluna para dada Letra Sentencial (e, sempre que essa letra ocorrer novamente, use
a mesma identificação escolhida). Normalmente, nessa primeira escolha, divida o
numero total de valores de- verdade entre verdadeiros e falsos igualmente. (Nolt&
Rohatyn, 1991)
b) A Conjunção (˄):
Mortari (2001) diz que, como mencionado anteriormente, quando afirmamos uma
conjunção a˄B estamos pretendendo dizer que as duas formula, a e B, é verdadeira. Isso
é resumido na tabela seguinte:
A B a˄B
V V V
F V F
V F F
F F F
A conjunção, contudo, é uma função de verdade de dois argumentos. Assim, temos que
considerar os quatro casos possíveis, e dizer que a conjunção leva em cada um deles.
c) Disjunção
A disjunção, corresponde ‘ou’ em português. Mas, em português, existem dois sentidos
diferentes de ‘ou’ um exclusivo e um inclusivo. O sentido inclusivo é aquele de ‘e/ou’,
isto é, temos uma possibilidade, ou a outra ou, eventualmente, as duas coisas. (Mortari,
2001)
forem verdadeira, a disjunção será falsa. Assim, o que ocorre é que temos duas funções
de verdade correspondentes a disjunção. (p.37)
No primeiro caso, uma alternativa não exclui a outra. Neste caso, o ou é usado num
sentido não exclusivo. No segundo caso uma alternativa exclui, por si só, a outra – é a
disjunção exclusiva.
d) Condicional
Note que o condicional só será falso, se o seu antecedente for verdadeiro e seu
consequente falso. Nos demais casos, o condicional sempre será verdadeiro. E claro que
você poderá questionar o fato de que, se soubermos que o antecedente do condicional e
falso, então saberemos, de antemão, que todo o condicional e verdadeiro! Isso e contra
intuitivo, e verdade, mas e o melhor que os lógicos conseguiram pensar. (Mortari, 2001)
P Q P→ Q
V V V
F F V
V F F
F V V
e) Bicondicional
O bicondicional nos diz que uma coisa se e somente se a outra. Ora, nesse caso, ele só
será verdadeiro se os seus dois lados forem iguais, ou verdadeiros, ou falsos.
P Q P↔Q
V V V
F F F
V F F
F V V
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Conclusão
Através deste breve trabalho, vimos que os estudos oposicionais são bastante antigos,
remetem a Aristóteles, séculos antes da era cristã, até os nossos dias com várias
adaptações contemporâneas.
Referências bibliográficas
Aristóteles. (2005).Órganon. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro.
Chaui, M. (2000). Convite a filosofia. Ed. Atica, são Paulo.
Geque & Briate. (2010). Introdução a filosofia. Logman.
Mortari, C. (2001). Introdução á Lógica. Sao Paulo: Editora da UNESP.
Neves Filho, F,F. Rui, L, M. (2016). Elementos da lógica. Pelotas: NEPFIL.
Reali, G; Antiseri, D. (1990) História da Filosofia antiga, Vol I; editora Paulus,
S.Paulo.
Ross, W. D.(1981). Aristóteles. Traduccion de Diego F. Pro. Bibliografia actualizada
por Osvaldo N. Guariglia. Buenos Aires: Editorial Charcas, 2. Ed.
Nolt, J. & Rohatyn, D. (1991). Lógica. Trad. Leila Zardo Puga & Mineko Yamashita.
São Paulo: Editora McGraw-Hill.