Petição Inicial - Revisão Da Vida Toda - PBC Total - Vida Inteira
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⚠ Use esse modelo como base para o seu caso concreto. Faça sempre o cálculo com salários de outras
fontes além do CNIS, e verifique prescrição, decadência, entre outros pontos envolvem a própria ação.
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A) TUTELA DE EVIDÊNCIA
O Código de Processo Civil de 2015 prevê a tutela de evidência, cuja concessão
independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:
Art. 311.
(..)
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;
B) I. FATOS
Afinal, quando for possível a aplicação de duas normas deve ser aplicada a mais
vantajosa no cálculo do benefício para o segurado, conforme consolidado pelo STF no
julgamento da tese, sob Tema 1102/STF.
De fato, conforme faz prova cálculo da RMI que segue anexo à inicial, para autora é
mais vantajosa a aplicação do disposto no inciso I do art. 29 da Lei 8.213/91.
Isso porque a RMI revisada é mais favorável com o PBC de todo o período
contributivo, com inclusão de salários antes de 07/1994, e sem divisor mínimo, conforme
cálculos anexos, considerando dados do CNIS, CTPS (remuneração inicial e alterações salariais)
e ficha de registro de empregado anexa nesta oportunidade, considerando, ainda, salários
mínimos para períodos sem salários (art.36, §2º, Decreto 3.048/1999).
Portanto, a autora propõe a presente demanda, com o objetivo de ver seu direito
reconhecido em sede judicial. para que seja determinada a revisão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição (NB XX/XXX.XXX.XXX-XX) que lhe foi concedido na
via administrativa.
Requer a condenação do INSS a inserir no cálculo da média dos 80% maiores salários
de contribuição da segurada todo o período contributivo, inclusive os salários de contribuição
anteriores a julho de 1994, e sem divisor mínimo, garantido à segurada o pagamento das
diferenças devidas desde a DER.
Em 04/11/2016 foi ajuizada pela autora ação previdenciária para revisão do benefício
previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição do professor, mediante a exclusão
do fator previdenciário do cálculo da RMI da segurada.
A referida ação foi distribuída na 08.ª Vara Federal de Curitiba, com o n.º de processo
XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX/PR.
Fica evidente, portanto, a diferença entre o objeto e as causas de pedir de cada ação.
E) IV. DIREITO
"Art. 3.o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de
publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício
será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição,
correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e
II do caput do art. 29 da Lei n.o 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei”.
De fato, conforme faz prova cálculo da RMI que segue anexo à inicial, para autora é
mais vantajosa a aplicação do disposto no inciso I do art. 29 da Lei 8.213/91: “para os
benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período
contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; (Incluído pela Lei n.º 9.876, de 26.11.99)”
Desta forma, deve ser incluído no cálculo da média dos 80% maiores salários de
contribuição da segurada todo o período contributivo, inclusive os salários de contribuição
anteriores a julho de 1994, e removido o divisor mínimo, quando aplicado na carta de
concessão.
Afinal, quando for possível a aplicação de duas normas deve ser aplicada a mais
vantajosa ao segurado, então deve ser afastada integralmente a aplicação do cálculo da regra
de transição previsto no artigo 3.º, caput e §2º, da Lei 9.876/99.
Nesse sentido, em 11/12/2019 o STJ julgou no rito dos recursos repetitivos o Tema
999 e decidiu por unanimidade a tese favorável aos segurados, fixando como tese:
Tema 999/STJ: Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II da Lei
8.213/1991, na apuração do salário de benefício, quando mais favorável do
que a regra de transição contida no art. 3o. da Lei 9.876/1999, aos Segurado
que ingressaram no Regime Geral da Previdência Social até o dia anterior à
publicação da Lei 9.876/1999.
Veja que tal postura encontra-se normatizada na Lei 8.213/91, em seu artigo 122,
que assim dispõe:
Nesse sentido, também o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento que garante
o direito do segurado ao melhor benefício, traduzido na melhor forma de cálculo e ao melhor
resultado dentro de sua realidade individual, em 21/02/2013, no julgado do RE 630.501.
Vejamos:
O disposto no art. 122 da Lei 8.213/1991, reafirmado no art. 181-D do Decreto n.º
3.048/99, ressalta, em respeito ao direito adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, Constituição
Federal), o direito à aposentadoria pelas condições legalmente previstas à época do
cumprimento de todos os requisitos, independentemente da data do requerimento do
benefício, assegurando sua concessão pela forma mais benéfica, a partir da data de entrada do
requerimento, conforme o consolidado no RE nº 630.510/STF.
Art. 222.
(…)
§ 3º Na hipótese de ser identificado o direito a mais de uma forma de
cálculo de aposentadoria, fica resguardada a opção pelo cálculo mais
vantajoso, observada a reafirmação da data de entrada do
requerimento administrativo a critério do segurado, se for o caso, na
forma do art. 577.
Art. 577. Por ocasião da decisão, em se tratando de requerimento de
benefício, deverá o INSS:
Art. 589.
(…)
§ 1º Na hipótese de o segurado ter implementado todas as condições
para mais de uma espécie de aposentadoria na data da entrada do
requerimento e em não tendo sido lhe oferecido o direito de opção
pelo melhor benefício, poderá solicitar revisão e alteração para
espécie que lhe é mais vantajosa.
Portanto, no caso concreto, a parte autora requer que seja aplicado no cálculo da
RMI da segurada a norma vigente mais vantajosa a mesma, ou seja, a norma definitiva
prevista no inciso I do art. 29 da Lei 8.213/91 sendo afastada a incidência da regra de
transição prevista no artigo 3.º, caput e §2º, da Lei 9.876/99.
G) VI. PREQUESTIONAMENTOS
Pelo princípio da eventualidade, o que se admite apenas para fins de argumentação,
caso superado todo o embasamento traçado para firmar o convencimento judicial sobre o
direito que assiste à parte autora, impende deixar prequestionadas eventuais violações aos
dispositivos constitucionais e às legislações infraconstitucionais acima mencionados, com o fito
único de viabilizar o ingresso à via recursal junto aos tribunais superiores, quais sejam o
Colendo Superior Tribunal de Justiça e o Egrégio Supremo Tribunal Federal.
H) VII.PEDIDOS
j) A intimação do INSS para que junte aos autos cópia do processo administrativo (NB
XX/XXX.XXX.XXX-XX, DIB dd/mm/aaaa) na íntegra, CNIS atualizado da segurada e
eventuais documentos de que disponham e que se prestem para o esclarecimento da
presente causa; em conformidade com o § 1.º do art. 373 do CPC;
Caso seja apresentado aos autos documento ao qual a autora não teve prévio
acesso, a parte autora requer que lhe seja oportunizada a emenda ou retificação da
petição inicial;
k) A parte autora requer que não seja designada audiência de conciliação nos termos
do art. 334 do CPC;
l) Ao final, com ou sem contestação, a parte autora requer que a presente ação seja
julgada totalmente procedente condenando o INSS:
Nestes termos,
Pede deferimento.