Como Fazer Um Plano de Lubrificação - Engeteles - Engenharia de Manutenção

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08/01/2021 Como fazer um Plano de Lubrificação?

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Como fazer um
Plano de
Lubrif icação?
 postado por Jhonata Teles  Dentro
Engenharia de Manutenção e Con abilidade,
Gestão de Manutenção, PCM

O Plano de Lubrificação é um documento que


reuni todas as ações necessárias para manter a
saúde dos ativos em relação a sua lubrificação.
Um plano de lubrificação aponta quais
equipamentos devem ser lubrificados, qual a
periodicidade de lubrificação, qual lubrificante e
quantidade deve ser aplicado, além de outras
informações pertinentes.

O plano de lubrificação é um dos documentos que


compõem a carteira de planos de manutenção dos
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equipamentos.

Elaborado pelo setor de Planejamento e Controle


de Manutenção (ou pela Engenharia de
Manutenção), o plano de lubrificação pode ser
apontado como o plano de manutenção mais
importante dentre os demais. Tendo em vista que
qualquer desvio nas atividades de lubrificação
reflete imediatamente na disponibilidade e
confiabilidade dos ativos.

Você irá aprender nesse artigo:

1. Como elaborar um Plano de Lubrificação;


2. Quais informações devem ser levantadas para
construção do Plano de Lubrificação;
3. Quais equipamentos entram no plano de
lubrificação;
4. Como selecionar os lubrificantes;
5. Como calcular a quantidade de lubrificante que
será aplicada;
6. Como calcular a frequência de lubrificação.

Assista a aula abaixo e veja como fazer um Plano


de Lubrificação do zero:

Aula sobre Planos de Lubri …

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Importância do Plano de
Lubrificação
Poucas empresas conhecem, de fato, a
importância do plano de lubrificação e acabam
negligênciando as atividades de lubrificação. Não
demora muito para que os ativos denunciem tais
negligências através da queda dos índices de
Disponibilidade e Confiabilidade.

Um belo exemplo disso são os rolamentos: 53%


dos rolamentos falham por problemas ligados à
lubrificação.

Observando o gráfico abaixo é possível notar que


34% dos rolamentos falham por lubrificação
indequada e 19% falham por problemas ligados à
contaminação. Ambas as falhas tem causas
oriundas de falhas no processo de lubrificação.
Logo, pode-se afirmar que 53% dos rolamentos
falham por problemas ligados à lubrificação.

Pode-se afirmar também que um plano de


lubrificação bem elaborado é capaz de salvar 5 em

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cada 10 rolamentos que falham. Esse número é
bem expressivo e com certeza demonstra a
importância do processo de lubrificação.

As principais falhas encontradas nos planos de


lubrificação são:

Lubrificante incorreto para a aplicação;


Quantidade incorreta de lubrificante (muito
lubrificante ou pouco lubrificante);
Frequência de lubrificação incorreta;
Definição incorreta (ou incompleta) dos pontos
de lubrificação;
Falta de procedimentos de segurança;
Falta de procedimentos básicos de lubrificação.

Uma atividade lubrificação só poderá ser


considerada correta quando:
“Um ponto de lubrificação recebe o lubrificante
correto, no volume adequado e no momento
exato.”

O ponto só recebe “lubrificante correto”


quando:
• A especificação de origem (fabricante) estiver
correta.
• A qualidade do lubrificante for controlada.
• Não houver erros de aplicação.
• O produto em uso for adequado.
• O sistema de Manuseio, armazenagem e
estocagem estiverem corretos.

O “volume adequado” só será alcançado se:


• O lubrificador estiver habilitado e capacitado.
• Os sistemas centralizados estiverem
corretamente projetados, mantidos e
regulados.
• Os procedimentos de execução forem
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elaborados, implantados e
obedecidos.
• Houver uma inspeção regular e permanente nos
reservatórios.

O “momento exato” será atingido quando:


• Houver um programa para execução dos serviços
de lubrificação.
• Os períodos previstos estiverem corretos.
• As recomendações do fabricante estiverem
certas.
• Os sistemas centralizados estiverem
corretamente regulados.

Como fazer um
Plano de
Lubrificação?
Existe um processo lógico para a elaboração do
plano de lubrificação que não permite que tais
erros sejam cometidos. Esse processo foi criado
pela ENGETELES e é dividido em 6 passos
simples e didáticos. Sendo eles:

1. Elaboração da Árvore Estrutural de Ativos em 8


níveis;
2. Mapeamento dos Pontos de Lubrificação;
3. Definir os Lubrificantes;
4. Calcular a quantidade de lubrificante;
5. Calcular a frequência de lubrificação;
6. Definir atividades complementares.

O produto da execução dos seis passos acima


será um Plano de Lubrificação confiável, seguro e
produtivo.

PASSO 1 – Elaborar Árvore


Estrutural de Ativos em 8
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Estrutural de Ativos em 8
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Níveis
Esse passo é um dos mais importantes para a
elaboração do plano de lubrificação. Ele irá prever
um dos erros mais cometidos pelas empresas no
momento da elaboração do plano: negligênciar
pontos de lubrificação de baixa visibilidade.

A partir do momento em que é elaborada uma


árvore estrutural de 8 níveis é possível chegar até
o nível de componente. Os componentes são os
itens mais importantes do processo. Pois são eles
que falham e ocasionam a parada do processo de
produção.

A árvore estrutural dá uma visão macro do


processo de produção e permite que a equipe que
está elaborando o plano de lubrificação observe
detalhes cruciais para a construção do plano.

O foco do plano de lubrificação deve estar nos


componentes que serão lubrificados e não nos
equipamentos onde os componentes estão
instalados.

Como exemplo, usaremos uma planta de uma


indústria cimenteira. O primeiro passo é obter o
layout geral da planta e com base no layout,
construir a árvore estrutural que terá 8 níveis.

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Observe que o processo de produção se inicia na


pedreira (mina) onde é feita a extração do calcário,
principal matéria prima do cimento. O calcário é
extraído na forma de grandes rochas resultantes
de explosões realizadas na mina, em seguida, as
rochas vão para o setor de britagem onde são
trasnformadas em britas com média de 25 mm² .

Resumidademente, após a britagem, acontece a


pré-homogenização da materia prima, moagem,
calcinação, moagem do clínquer, ensacamento do
cimento e paletização.

Nesse processo existem inumeros pontos de


lubrificação que estão escondidos e a árvore
estrutural irá evidencia-los.

Ao dividir aquele processo em 8 níveis, é possível


ter uma base preliminar para o plano de
lubrificação. Exemplo:

1. PLANTA: Indústria Cimenteira Brasil S.A


2. ÁREA: Indústria Cimenteira Brasil S.A >
Processo Final
3. SUB-ÁREA: Indústria Cimenteira Brasil S.A >
Processo Final > Ensacamento
4. LINHA: Indústria Cimenteira Brasil S.A >
Processo Final > Ensacamento > Linha 2
5. MÁQUINA: Indústria Cimenteira Brasil S.A >

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Processo Final > Ensacamento > Robô de
Retirada dos Sacos
6. CONJUNTO: Indústria Cimenteira Brasil S.A >
Processo Final > Ensacamento > Robô de
Retirada dos Sacos > Acionamento Eixo X
7. EQUIPAMENTO: Indústria Cimenteira Brasil
S.A > Processo Final > Ensacamento > Robô
de Retirada dos Sacos > Acionamento Eixo X >
Motor Elétrico
8. COMPONENTE: Indústria Cimenteira Brasil S.A
> Processo Final > Ensacamento > Robô de
Retirada dos Sacos > Acionamento Eixo X
> Motor Elétrico > Rolamento 6309

O oitavo nível da árvore (nível de componente) é o


que receberá a atividade de lubrificação e que
deve ser monitorado.

PASSO 2 – Mapear os
pontos de Lubrificação
De posse da árvore estrutural de ativos, com todos
os seus 8 níveis devidademente preenchidos. É
momento de papear todos os pontos de
lubrificação encotrados. Sendo os principais:

Rolamentos;
Acoplamentos;
Redutores de Velocidade;
Sistemas Hidráulicos;
Correntes;
Cabos de Aço;
Multiplicadores de Velocidades;
Eixos Cardans;
Pinos e Buchas;
Compressores de Ar;
Geradores de Energia;
Motores Elétricos;
Motores Estacionários;
Etc
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Etc.

Ao planilhar todos os pontos encontrados, divida-


os em três categorias:

1. Lubrificados com graxa;


2. Lubrificados com óleo lubrificante;
3. Sistemas Hidráulicos.

Dividi-los em três categorias é fundamental para


que o passo 3 seja executado sem maiores
dificuldades, otimizando todo o processo de
seleção dos lubrificantes.

O resultado será o seguinte:

Após descobrir quais itens são lubrificados com


graxa, quais são lubrificados com óleo e quais são
sistemas hidráulicos, é o momento de selecionar
os lubrificantes.

PASSO 3 – Selecionar os
Lubrificantes
Através do passo 2 foi possível dimensionar a
aplicação de cada tipo de lubrificante. Comece
sempre pelo tipo que há maior demanda no seu
plano. Exemplo: Se ao fazer o levantamento, você
descobriu que exixtem 358 LCG, 152 LCG e 12
STH. Comece selecionando quais são as graxas
que você precisará, em seguida defina os óleos
lubrificantes e por último, defina os óleos
hidráulicos.

Como selecionar uma Graxa


Lubrificante
Existem diversos tipos de graxa lubrificante no
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Existem diversos tipos de graxa lubrificante no
mercado e cada aplicação demandará um tipo
diferente de determinada graxa.

A graxa é
um lubrificante semissólido que geralmente
consiste em um
espessante emulsionado com óleo mineral ou
sintético, esse óleo tem uma aditivação mínima,
dependendo do tipo de graxa.

As graxas são aplicadas apenas a mecanismos


que podem ser lubrificados com pouca freqüência
e onde um óleo lubrificante não permaneceria na
posição. Elas também atuam como selantes para
impedir a entrada de água e materiais
incompressíveis.

Composição das graxas:

As graxas são compostas por 3 itens básicos:

Óleo Lubrificante: que pode ser mineral ou


sintético;
Espessante: podendo ser sabão metálico ou
não sabão;
Aditivos: os mesmos usados nos óleos
lubrificantes.

Como você pôde observar acima, 90% da graxa é


óleo lubrificante. É o óleo que faz a lubrificação do
rolamento e garante que ele trabalhe frio, limpo e
sem oxidação.

O espessante é como se fosse uma esponja, que


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absorve o óleo lubrificante, quando o rolamento


começa a trabalhar e aquecer, o espessante solta
o óleo lubrificante de forma gradativa.

Os aditivos são compostos químicos que agregam


valor ao lubrificante, e aumentam sua proteção ao
rolamento quanto a oxidações, corrosões, Extrema
Pressão, adesividade e desgastes.

Espessantes:

O espessante de uma graxa é o componente que


separa a graxa dos lubrificantes
fluidos. Espessantes são moléculas, polímeros ou
partículas que são parcialmente solúveis no fluido
lubrificante; eles se organizam de tal maneira que
transmitem uma consistência semi-sólida à graxa.

Existem dois tipos de espessantes: os simples e


complexos.

Espessantes simples são os espessantes de graxa


mais comuns. Ele é o produto de reação de um
ácido orgânico (ácido carboxílico de cadeia longa
ou gordurosa) e um metal alcalino para formar um
sal orgânico. Os mais conhecidos os sãbao de lítio
e cálcio, e menos comumente em sais de sódio,
alumínio e bário.

Espessantes complexos também são amplamente


usados como espessantes de graxa. O termo
“complexo” refere-se à combinação de um
espessante simples e um agente complexante. Por
exemplo, um espessante complexo de lítio contém
tipicamente 12-hidroxiestearato de lítio (sabão
simples) e um sal de um ácido carboxílico
difuncional de cadeia mais curta, ácido bórico ou
um ácido aromático (agente complexante).

Espessantes complexos são geralmente baseados


em compostos de lítio, cálcio ou alumínio. Em
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alguns casos, tipos espessantes diferentes são


combinados em uma graxa. Este tipo de sistema
espessante pode ser referido como um espessante
híbrido ou, em alguns casos, como um espessante
complexo.

Veja abaixo a tabela de compatibilidade de


espessantes, segundo a Kluber.

Fonte: Kluber do Brasil.

Grau NLGI das Graxas

Uma importante característica das graxas é a sua


consistência. Tal consistência é mensurada através
do NLGI.

O NLGI (às vezes chamado de “NLGI grade” )


expressa uma medida da dureza relativa de
uma graxa usada para lubrificação, conforme
especificado pela classificação padrão de graxa
lubrificante estabelecida pelo National Lubricating
Grease Institute (NLGI). Reproduzida nos
padrões ASTM D4950 (“classificação padrão e
especificação de graxas para serviços
automotivos”) e SAE J310 (“graxas lubrificantes
para automóveis”).

O número de consistência NLGI também é um


componente do código especificado na
norma ISO 6743-9. “Lubrificantes, óleos industriais
e produtos afins (classe L) – classificação – parte
9: família X (graxas)”
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9: família X (graxas) .

Apenas o número de consistência do NLGI não é


suficiente para especificar a graxa requerida por
uma aplicação específica. No entanto,
complementa outras classificações (como ASTM
D4950 e ISO 6743-9 ). Além da consistência,
outras propriedades (como estabilidade estrutural e
mecânica, viscosidade aparente, resistência à
oxidação, etc.) podem ser testadas para
determinar a adequação de uma graxa a uma
aplicação específica.

NÚMERO NLGI ASTM TRABALHOU (60 GOLPES) DE APARÊ


PENETRAÇÃO A 25 ° C

DÉCIMOS DE MILÍMETRO

000 445-475 Fluida

00 400-430 Semi-fl

0 355-385 Muito m

1 310-340 Macia

2 265-295 graxa “

3 220-250 Consis

4 175-205 Muito C

5 130-160 Dura

6 85-115 Muito D

Selecionando o Óleo Lubrificante


É importante que você saiba que existem,
basicamente, dois tipos de óleo lubrificante:
Lubrificante Sintético e Minaral.
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Além disso, o lubrificante deve atender aos


padrões internacionais (ACEA, API, ILSAC, JASO),
bem como às especificações e homologações de
alguns fabricantes.

Além disso, existem algumas características


importantes ao sei selecionar um óleo lubrificante:

Os óleos lubrificantes, como outros tipos de


lubrificantes, são testados quanto a diversas
propriedades que determinam como elas
funcionarão em diversas condições e
ambientes. Alguns dos mais importantes incluem:

Viscosidade – A viscosidade é uma medida da


resistência que um flúido oferece ao
escoamento. Quanto mais alta a viscosidade de
um lubrificante, mais espesso ele será e mais
energia será necessária para mover um objeto
através do óleo.

A unidade de medida comum para viscosidade de


óleos industriais é o cSt (centistoke), que é
representada em escala normatizada através da
ISO VG (Viscosity Grade = Classe de Viscosidade)

Índice de Viscosidade – O índice de viscosidade,


ou IV, de um lubrificante descreve como a
viscosidade do óleo muda à medida que sua
temperatura muda.

À medida que as temperaturas aumentam, as


viscosidades diminuem e vice-versa. Por exemplo,
uma peça de uma máquina que opere numa ampla
gama de temperaturas exigirá um lubrificante com
um IV elevado, o que significa que o óleo manterá
as suas características de lubrificação, quando
está partindo a frio ou quando estiver em
funcionamento a toda a velocidade e a temperatura
máxima.
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Ponto de Derrame – O ponto de fluidez de um


lubrificante é a temperatura mais baixa na qual o
óleo fluirá de seu recipiente. Em baixas
temperaturas, a viscosidade do óleo será muito
alta, fazendo com que o óleo resista ao fluxo. Isso
é importante em equipamentos que operam em um
ambiente frio ou lidam com fluidos frios.

Oxidação e Corrosão – Quando lubrificantes são


expostos ao oxigênio e certos metais ou
compostos a temperaturas acima de 160 graus
Fahrenheit, eles podem ser propensos à oxidação.

A oxidação de lubrificantes pode levar a várias


conseqüências indesejáveis, como aumento da
viscosidade do óleo, formação de ácidos
corrosivos e acúmulo de lodo. Lubrificantes
preferidos são aqueles que têm uma alta
resistência à oxidação e inibem a corrosão
protegendo os componentes contra ataques de
água, oxigênio e produtos químicos.

Pontos de Faísca, Fulgor e Autoignição –


Quando o óleo lubrificante é aquecido a uma
temperatura suficientemente alta; começará a
ferver como vapor. Eventualmente, uma
temperatura será atingida onde o óleo vaporizado
pode ser inflamado por uma fonte externa. Essa
temperatura é chamada de ponto de fulgor.

Quando a fonte de ignição é removida, o vapor


deixará de queimar. O ponto de incêndio será um
pouco mais alto do que o ponto de fulgor e é onde
o vapor continuará a queimar por pelo menos cinco
segundos depois que a fonte de ignição for
removida.

A temperatura de auto-ignição é o ponto em que o


vapor de óleo se inflama espontaneamente sem o

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auxílio de um ignitor externo.

IMPORTANTE: Todas as características citadas


acima podem ser encontradas na Ficha Técnica do
Lubrificante. Essa ficha técnica deve ser fornecida
pelo fabricante do lubrificante, juntamente com a
sua respectiva FISPQ – Ficha de Informações de
Segurança de Produtos Químicos.

Calculando a Viscosidade Necessária para o


Óleo Lubrificante

A característica que definirá se o óleo realmente irá


prevenir o atrito metálico é a viscosidade. A
viscosidade auxiliará na determinação da
espessura da película lubrificante. Portanto, saber
definir a viscosidade necessária para o óleo
lubrificante é priordial para a construção de um
bom plano de lubrificação.

A norma DIN-51509 normatizou uma fórmula para


definição da viscosidade de óleos para lubrificação
de engrenagens de dentes retos, cônicas e
helicoidaidais.

O primeiro passo é determinar qual tipo de


engrenagem o óleo irá lubrificar: dentes retos,
cônicas ou helicoidades. Logo após, basta aplicar
a fómula abaixo.

Através da fómula abaixo, é possível encontrar o


fator de carga da película lubrificante e através de
um ábaco é possível determinar a viscosidade.

Veja que são duas fórmulas diferentes. Uma será


aplicada para engrenagens de dentes retos (Spur
Gears) ou cônicas (Bevel Gears), e outra, será
aplicada em caso de engrenagens helicoidais
(Worm Gears).

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Cálculo de Fator de Carga Máxima da


Película Lubrificante para obtenção da
viscosidade.

Após calcular a carga máxima que a película


lubrificante suporta, basta fazer uso dos ábacos
abaixo e descobrir a viscosidade necessária para
cada aplicação.

Exemplo: Se ao calcular o fator de carga de uma


aplicação para uma engrenagens de dentes retos e
o valor foi 5 k/v, o óleo lubrificante necessário deve
ter viscosidade mínima de 150 cSt (150 mm²*/s).

PASSO 4 – Como Calcular a


Quantidade de Lubrificante
que deve ser aplicada
O que mais desestabiliza um plano de lubrificação
é a quantidade de lubrificante incorreta.
Lubrificante demais ou de menos, são prejudiciais
na mesma proporção.

No caso dos motores elétricos, o overgreasing


(termo para excesso de lubrificação) é ainda mais
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08/01/2021 Como fazer um Plano de Lubrificação? - Engeteles - Engenharia de Manutenção
(termo para excesso de lubrificação) é ainda mais
prejudicial, pois a quantidade excessiva de graxa
entra em contato com o bobinamento do motor
elétrico, causando a queima do mesmo. Veja
alguns exemplos:

A quantidade de graxa depende única e


exclusivamente do tamanho do rolamento, quanto
maior o rolamento maior é a quantidade graxa
usada para relubrifica-lo.

A fórmula é simples:

G = 0,005 x B x D
Onde:

G = Quantidade de Graxa em Gramas

0,005 = Constante da fórmula

B = Largura do Rolamento em milímetros

D = Diâmetro Externo do Rolamento em Milímetros

Usando como exemplo, o rolamento 61822 será


lubrificado com 11,2 gramas de graxa. De acordo
com os cálculos abaixo:

G = 0,005 x B x D
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G = 0,005 x 16 x 140

G = 0,005 x 2240

G = 11,2 gramas

Uma boa
prática é usar
um medidor
de vazão
(foto)
acoplado à
bomba de
graxa para
saber a
quantidade real de graxa que está sendo aplicada
no rolamento.

No caso de Óleo Lubrificante e


Hidráulico:
No caso de óleo lubrificante, hidráulico ou isolante,
a quantidade para aplicação deve estar exposta no
Manual de Manutenção e Operação do
Equipamento, em conformidade com a NR-12.

PASSO 5 – Como Calcular a


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Frequência de Lubrificação
e Troca de Lubrificante
No tópico anterior você aprendeu a calcular a
quantidade de graxa para relubrificação de um
rolamento. Agora, irá aprender como definir o
período ideal para relubrificação de um rolamento
de motor elétrico.

Em um plano de lubrificação para motores


elétricos, a frequência de relubrificação é o item
que mais deve receber atenção. Qualquer deslize
pode comprometer a vida útil do rolamento em
mais de 50%, afetando diretamente a
confiabilidade do motor elétrico.

Para definir a frequência de relubrificação, é levada


em consideração a configuração de cada motor
elétrico em particular. Ou seja, você pode ter 2
motores elétricos exatamente iguais, mas se eles
estiverem montados em posições diferentes, por
exemplo, a frequência de relubrificação já muda.

Os itens considerados para definir a frequência


são:

De posse das informações, aplique os dados na


fórmula abaixo e obtenha o tempo para
relubrificação de rolamentos (dado em horas).

Onde:
T = Tempo para a próxima lubrificação em horas
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de funcionamento;
K = Produto da multiplicação de todos os fatores
de correção (Ft x Fc x Fm x Fv x Fp x Fd).
Conforme tabela;
N = Velocidade (RPM);
b = Diâmetro Interno do Rolamento (mm).

Em caso de Óleos Lubrificantes e


Hidráulicos
O que irá definir a periodicidade para substituição
da carga de óleo lubrificante ou hidráulico de um
determinado equipamento são suas características
fisico-químicas.

Por exemplo, um determinado óleo pode operar


em funcionamento por 10 anos seguidos e não
provocar nenhum problema ao equipamento, caso
as suas características fisico-químicas estejam
mantidas dentro dos padrões necessários para
operação. É possível verificar as condições do
lubrificante através de uma análise de óleo por
meio de um laboratorio.

Caso a empresa não faça análise de óleo, é


possível determinar um período oportuno através
do método abaixo:

O que mais impacta na alteração da característica


fisico-química de um óleo lubrificante são as
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fisico-química de um óleo lubrificante são as
alterações constantes de temperatura. Portanto, os
períodos para troca do lubrificante podem ser
atrelados a temperatura de trabalho do lubrificante
em função do tempo.

Descubra a temperatura de trabalho do óleo e terá


o momento mais oportuno para a troca. Conforme
ábaco abaixo:

Óleos sintéticos (faixa amarela) resistem


temperaturas maiores que óleos minerais (faixa
cinza). Portanto, os seus períodos de troca podem
ser maiores que os dos óleos minerais.

Cinco Maiores Erros


Cometidos ao Elaborar
Planos de Lubrificação
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Silvoperereira Gil
Para que lubrificar
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Anilson Souza Vaz


Boa as informações sobre lubrificacao
Curtir · Responder · 2 a

Andrei Santa Brigida


A lubrificação e essencial .Então esta ma
ad
quiri .um grande conhecimento .Muito obr
Curtir · Responder · 1 a

Edson Moreira
Material excelente. Orientações otimas.
Curtir · Responder · 1 a

Joao Alves
cuspe é o melhor bubrificante
Curtir · Responder · 1 · 45 sem

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JHONATA

Jhonata é Engenheiro Mecânico e Engenheiro


de Produção formado pelo Centro
Universitário do Distrito Federal, Técnico em
Eletrotécnica e Técnico em Mecânica formado
pelo SENAI –Roberto Mange. Atua há 12 anos
no setor de manutenção em industrias de
https://engeteles.com.br/plano-de-lubrificacao/ 24/28
08/01/2021 Como fazer um Plano de Lubrificação? - Engeteles - Engenharia de Manutenção
no setor de manutenção em industrias de
grande porte dos seguimentos Alimentício,
Higiene e Limpeza, Farmacêutico, Químico,
Metalúrgico, Cimenteiro, Açúcar e Álcool, etc. É
especialista em Planejamento e Controle de
Manutenção, RCM - Manutenção Centrada em
Con abilidade e Lubri cação Industrial com
Certi cação Internacional MLT-I pelo ICML –
International Council of Machinery Lubrication,
Analista de Vibração Nível II pela FUPAI. Já
atuou como Consultor de Lubri cação, Analista
de Vibração, Supervisor de Manutenção
Industrial e hoje é Diretor de Engenharia e
Negócios da Engeteles e Coordenador de
Manutenção em uma industria multinacional
fabricante de produtos para automação
residencial.

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