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AMBIENTE HOSPITALAR
INTRODUÇÃO
Art. 13. Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde,
devem organizar o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados
de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação
hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio.
(BRASIL, 2001, p. 4).
Dessa forma, podemos perceber que o direito a educação não se reduz especificamente
a escola, mas também em ambientes considerados não formais, como é o caso do hospital.
Assim, como o aprender não é isolado às classes e escolas regulares, os alunos
internados em idades e anos escolares diferentes, vem participando das aulas na Classe
Hospitalar, e muitas vezes, desenvolvendo novas habilidades, construindo juntos um novo
processo de ensino-aprendizagem.
Ressaltamos ainda que na região do Cariri, ainda não se conhecia hospitais que ofertem
o atendimento educacional para as crianças que se encontram internadas. Assim, motivados
pela possibilidade de requerimento de um campo de ações extensionistas para alunos(a) do
curso de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri (URCA) foi firmado, em outubro de
2018, um Termo de convênio que entre si, celebram a Universidade Regional do Cariri – URCA
e o hospital privado para a implantação do Programa de atendimento educacional hospitalar e
domiciliar, conforme determinam a lei n° 8.069, de 13/07/1990, a lei nº 9.394 de 20/12/1996, a
Resolução nº 41 de 17/10/1995 e a Resolução CNE/CEB nº2 de 11 de setembro de 2001.
Contudo, é preciso destacar que embora esteja prevista na legislação brasileira, e que
existam professores para a realização dessa modalidade de atendimento educacional, os
hospitais de modo geral, têm feito muito pouco, para possibilitar às crianças e/ou adolescentes
1
Graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri- URCA,
[email protected];
2
Graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri-URCA,
[email protected];
3
Professora e Mestra no Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri - URCA,
[email protected];
hospitalizados a continuidade dos seus estudos. E isso tem de certa forma impossibilitado à
instalação dessa modalidade educacional, que vem aos poucos mostrando ser de suma
importância para o restabelecimento de crianças e/ou adolescentes que se encontram internados
nas enfermarias hospitalares.
MATERIAIS E MÉTODOS
DESENVOLVIMENTO
Como SASSAKI (1997 p.34) expõe, “[...] a integração pouco ou nada exige da
sociedade em termos de modificação de atitudes, de espaços físicos, de objetos e de práticas
sociais.” A inclusão não pode restringisse apenas aos deficientes, mais as crianças que de certa
forma perpasam por situações de exclussão nas condições de doentes.
Assim, entendem que não é necessário deixar de aprender em quanto estão afastados
por motivos de adoecimento, eles não estarão afastados da rotina da escola, poderão acessar os
conteúdos escolares ainda que estejam hospitalizados e podem assim, receber o amparo
educacional e emocional que precisam, para continuar a serem estudantes assíduos na busca
pelo conhecimento após a alta hospitalar. Vale ressaltar, que isso só é possível, se os hospitais
disporem de atendimento pedagógico-educacional para as crianças internadas, parceria com
Universidades e Secretarias de Educação e Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebemos, a partir das práticas exercidas na classe hospitalar, que são muitos os
benefícios que o atendimento educacional traz para as crianças, pois elas começam a ter menos
resistência ao tratamento, a ver o hospital de forma diferente e começam a ter uma visão positiva
desta instituição e as atividades pedagógicas no contexto hospitalar podem minimizar os efeitos
negativos advindos da hospitalização e favorece a qualidade de vida da criança/adolescente.
Conforme afirma Tavares (2011, p.19);
Mediante este aspecto, há uma continuidade dos estudos, considerando que o tempo de
internação tem sido em média de 10 (dez) dias com consequente afastamento da escola regular.
Desta forma, a classe hospitalar tenta suprir a lacuna existente entre a escola e o hospital, assim,
como professoras podemos garantir o direito a continuidade no seu processo de formação e
aprendizagem.
Vale também ressaltar os desafios existentes na vivencia de uma classe hospitalar, pois
o profissional ali presente, deve preparar-se para trabalhar com diversas áreas do conhecimento,
segundo Tavares (2011, p. 23), “a área da educação em âmbito hospitalar realiza um trabalho
amplo, que diariamente analisa as situações físicas e emocionais dos alunos/pacientes para
então depois adaptar um trabalho que se adeque a cada criança/adolescente”. E tal discussão
ainda não pertence a maior parte dos currículos dos cursos de formação de professores, como a
exemplo a licenciatura em Pedagogia.
Assim, percebe-se que a classe hospitalar exige uma necessidade maior de se ter um
planejamento bem elaborado e flexível, pois, pode ser alterado a qualquer momento,
considerando que existe uma rotatividade muito grande de novos alunos/pacientes no hospital,
que tange a indispensabilidade de planejamento para a classe, levando em conta o público da
Classe hospitalar, que são crianças de 5 (cinco) a 12 (doze) anos de idade, público – alvo da
pediatria.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.716, de 24 de setembro de 2018, que altera a LDB 9.394/1996, para
assegurar atendimento educacional ao aluno da educação básica internado para tratamento de
saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado. Diário Oficial da União,
25/09/2018, Brasília, 2018.
FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo:
Memnom, 2003. 100p.
RODRIGUES, Júlio SIMÕES, Regina Maria Rovigati. Nuances acerca da rotina de uma
classe hospitalar: um estudo de caso. Evidência, Araxá, v. 14, n. 14, p. 193-202, 2018.
SASSAKI, Romeu Kazumi, 1938 – Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Romeu
Kazumi Sassaki. – Rio de Janeiro: WVA, 1997. Rio de Janeiro 176p.