Ginecologia e Obstetrícia
Ginecologia e Obstetrícia
Ginecologia e Obstetrícia
DOR PELVICA:
Aguda; inicio súbito e abrupto.
Crônica; dor não cíclica com duração maior que 6 meses
Cíclica; dor reincidente relacionada a um período do ciclo, ex; dor menstrual ou dor do meio
( dor do meio-ciclo, período ovulatório, onde há contato de liquido do folículo ovulatório
com a cavidade peritoneal. Má formações, endometriose, adenomiose.
AGUDA: geralmente envolvem vários aparelhos e sintomas podendo ter origem fora do aparelho
genital feminino; Aguda, Intensa e que geralmente faz o paciente procurar atendimento imediato.
PRINCIPAIS CAUSAS: (G.O)
ENDOMETRIOSE; presença de tecido endometrial e glandular fora da cavidade uterina. OCORRE
EM IDADE REPRODUTIVA. Ataca 5-10% das mulheres, tem uma prevalência de 80-90% nas
mulheres com dor pélvica
Etiopatogênia: Existem varias teorias;
- Transplantação/metastática: ocorre um refluxo do endométrio durante a menstruação (via
circulação ou linfática) onde as células do endométrio migram. Ex: endometriose; umbilical, retro-
peritoneal.
- Metaplasia (transformação do epitélio) do tecido ovariano e peritoneal em endométrio.
Porem esta teoria é pouco aceita.
Diagnostico: clinico (sinais e sintomas: Dor pélvica, dispareumia, dismenorreia). Confirmatório com
US.
SALPINGITE: inflamação das trompas, comum em mulheres sexualmente ativas e que também pode
resultar em infecção da cavidade abdominal.
MIOMAS EM DEGENERAÇÃO: tumores benignos que atinge mulheres na faixa 30-50 anos mas
podem surgir a partir da menarca. Alterações hormonais e excesso de peso podem desregular a
função endócrina gerando fator de risco para a patologia
CAUSAS GASTRO-INTESTINAIS
APENDICITE: inflamação apêndice, causando dor aguda em fossa ilíaca direita com irradiação para
região epiastrica.
OBSTRUÇAO INTESTINAL
CAUSAS UROGENITAIS
OBSTRUÇOES
ETIOLOGIA:
ENDOMETRIOSE
ADERENCIA: quando um tecido de qualquer órgão toca o peritoneo, irritando-o. ocorre geralmente
quando um processo inflamatório forma uma massa de tecido cicatricial entre os órgãos.
Tx hospitalar: gentamicina 60-80 mg, EV 8-8 horas + clindamicina 600-900 mg, EV, 8-8 horas +
penincilina G cristalina 5milhoes UI, EV 4/4.
DISMENORREIA:
Iniciando pela puberdade, caracterizado pelo conjunto de modificações biológicas que
ocorrem como consequência da maturação do SNC, RESULTANDO do aumento da secreção de
esteroides sexuais pelas gônadas (GONADARCA) os quais promovem desenvolvimento das
características sexuais secundarias e função reprodutora.
Entao na puberdade ocorre decréscimo na sensibilidade do mecanismo retro-controle
negativo da unidade hipotálamo-hipofisaria aos esteroides sexuais e redução da influencia dos
centros inibitórios. Iniciando a pulsatibilidade do GnRH . Paradoxalmente o GnRH em quantidades
continuas dessensibiliza a hipófise e inibe a puberdade.
Durante os 10-16 anos ocorrem inicialmente pulsos de LH durante o sono, decorrente de
pulsos de GnRH e, após pulsos semelhantes porem de menor amplitude durante o dia. Na idade
adulta esses pulsos de LH ocorrem com intervalos de 1-2horas. Em consequência, resultam picos
episódicos de estradiol e então, a menarca. Pela metade da puberdade, surge a maturação do
mecanismo de retrocontrole positivo do LH ao estradiol, oque determina o inicio dos ciclos
menstruais ovulatorios. O crescimento puberal contribui na estatura final cerca de 27-29 cm.
TRANSTORNOMESTRUAL NA ADOLESCENCIA: O sangramento menstrual na adolescência
frequentemente decorre da estimulação estrogênica prolongada sem oposição da progesterona. Sendo
assim, os ciclo menstruais anovulatórios são devido a imaturidade do eixo HHO, muito frequente nos
primeiros meses pos-menarca, prolongando por até 18-24 meses. Sendo a conduta expectante a
melhora ser tomada inicialmente.
Deve-se também, primeiramente, afastar hipótese de gravidez. Quando optar pela
investigação, sugere-se pedir dosagens de LH, FSH, estradiol, pool de prolactina, TSH ultra-sensível
e testosterona entre o 2º e 8º dia do ciclo.
A DISMENORREIA, corresponde habitualmente por dor em cólica no hipogástrio, podendo irradiar
p/região lombar e até raiz das coxas, sendo uma queixa comum, 50 – 70%, na adolescência.
A menstruação dificultosa e dolorosa associa-se ao ciclo da PROGESTERONA, que quebra alguns
lisossomos celulares e liberam enzimas que degradam fosfolipídios de membrana; desencadeando a
cascata do acido araquidônico (fosfolipídios de membrana).
Essas substancia produzem hiper-contratibilidade uterina, que causa isquemia e consequente dor.
CLASSIFICAÇÃO:
PRIMARIA( ausência de patologia subjacente, característica do próprio ciclo desregulado.)
costuma ocorrer nos primeiros 12 meses após a menarca, por algumas horas antes da menstruaçao e
costuma ceder com analgésicos comuns.
Pode ser tratada com AINES e inicialmente com contracepção oral.
SECUNDARIA: são menos comuns e usualmente podem ser descartadas por meio de uma anamnese
ou e.fisico. Porem entre as cauas destacam-se:
- endometriose
-DIP
- Varizes pélvicas
- uso de DIU
- miomatose
-estenose cervical
- pólipo endometrial
- tumor anexial
- retroversão de útero e má formações.
Pode-se iniciar com a menarca ou anos após, sendo a patologia sua causa básica.
A síndrome dos ovários policísticos é uma disfunção ovariana, que tem como característica
principal a ausência da ovulação
O quadro clínico clássico compreende irregularidade menstrual, que pode ser amenorréia
com teste de progesterona positivo, oligomenorréia ou hemorragia uterina disfuncional, obesidade,
hirsutismo e infertilidade de causa ovulatória. O quadro se estabelece logo após a menarca, e nem
todos os sinais e sintomas estão presentes em todas as pacientes.
Hiperandrogenismo Clínico ou Laboratorial
– Acne, pele oleosa, hirsutismo, acantose nigrans
A etiologia não é muito clara, mas as possíveis causas são: A resistência insulínica (pela
obesidade ou por defeito em receptores), leva ao estímulo ovariano, via receptores para insulina e
para fatores de crescimento, resultando em um aumento da produção androgênica e um quadro de
anovulação, outros autores sugerem que seja um estímulo excessivo supra-renal na época da
puberdade, um bloqueio parcial de enzimas da supra-renal, que leva a um aumento do ACTH,
hiperplasia da supra-renal e produção androgênica excessiva, ou ainda fatores genéticos.
Fisiopatologia - Teorias
1. Defeito primário hipotalâmico na freqüência e amplitude do pulso de LH_ Anovulação
3.Hiperandrogenismo
Inibiçao da ação da aromatase, não converte androgênios em estrogênios
Inibindo a emergência de folículo dominante e conduz à atresia folicular
Defeito na síntese ovariana de androgênio– Alteração no metabolismo do cortisol_ aumento
da produção de androgênio pela adrenal
ANTIINFLAMATORIOS
AUTACOIDES: utilizados em respostas inflamatórias mediadas por histaminas
CERVICITE ASSINTOMÁTICA
Sempre que uma paciente chega ao consultório é importante avaliar o risco dela ser uma portadora
de cervicite assintomática. Isso nada mais é do que uma infecção no cérvix que não causa sintomas,
podendo resultar futuramente em uma DIP de maior grau. Para esta avaliação foi feita uma tabela
onde se pode avaliar por meio de escore. Diz-se que a paciente tem grande possibilidade de portar
uma cervicite assintomática caso o escore >= 2
Parceiro com corrimento
uretral = 2
Idade menor que 20 anos = 2
Sem parceiro fixo = 1
Mais de 1 parceiro em 3 meses = 1
Novo parceiro nos últimos
3 meses = 1
VAGINOSE BACTERIANA
Normalmente a flora vaginal é constituída de bacilos de doderline que são benéficos e possuem
efeitos protetores contra outros agentes infecciosos.
Na VAGINOSE:
Bact; Gardnerella Vaginalis (gram -). O motivo disto ocorrer ainda é pouco conhecido, porém,
suspeita-se de algumas causas: visto que o pH da vagina é levemente ácido pela secreção de acido
lático pelos bacilos, a maior suspeita para esta substituição é a repetida alcalinização da vagina
ocorrendo pelo uso de ducha e coito freqüentes. Isso faria com que bactérias patogênicas, porém,
presentes na flora normal se multiplicassem e aumentassem esta alcalinização deixando o ambiente
desfavorável para os bacilos benéficos.
odor fétido característico de peixe podre é o principal. Ele se deve pela concentração de
uma substancia chamada cadaverina.
Outros sinais são secreções acinzentadas e pH vaginal alcalino entre 4,7 e 5,7 (pH
normal=4,5).
À microscopia pode ser visível células pista “CLUE CELLS”, que são células vaginais com
Gardnerella (cocos aos pares) aderidos a ela. Não se encontra um infiltrado de leucócitos
importante, visto que a Gardnerella libera uma substância que impede a atração destes neutrófilos.
Isto resulta microscopicamente em uma não infiltração leucocitária e macroscopicamente em uma
vagina que não apresenta sinais flogísticos.
DX : clínico, porém, pode ser usada microscopia ou o teste da amina (adição de KOH), que
resulta em uma liberação de odor de peixe. A cultura não é recomendada por inespecificidade do
meio.
TX:
Metronidazol 400mg VO 12/12 por 7 dias
Metronidazol 2g VO dose única
Tinidazol 2g VO Dose Única
Secnidazol 2g VO Dose única
Clindamicina 300mg VO 12/12h 7 dias
O tratamento de dose única tem melhor adesão, porém, o tratamento prolongado tem melhor efeito.
Recomenda-se usar primeiramente o medicamento de dose única, porém, se este não funcionar deve
orientar a paciente sobre o tratamento mais prolongado.
Recomendar a não utilização de duchas vaginais.
TRICOMONÍASE
Uma DST caracterizada por alta taxa de transmissão.
Protozoarios - Trichomonas Vaginallis. (flagelado)
Gera um ambiente anaeróbio a partir da síntese de hidrogênio para a combinação com o
oxigênio, formando peróxido de hidrogênio. Outra característica deste parasita é sua grande
capacidade de ascensão .
Muitas vezes este parasita é assintomático e com isso sua proliferação ocorre de modo
exacerbado, podendo levar a um quadro de DIP. Por sua maior mobilidade também pode acarretar
uma infecção uretral levando a um quadro urinário caracterizado por disúria e polaciúria.
SINTOMAS:
Corrimento vaginal fétido amarelo-esverdeado e purulento. De aspecto espumoso.
Prurido vulvar intenso, podendo causar até lesões por coçar freqüentemente o local.
A vaginoscopia revela um eritema vaginal segmentar.
A colposcopia pode revelar uma colpite macular (colo de morango), característico desta
patologia.
Ao teste de shiffler (IODO) apresenta-se com aspecto tigróide.
A microscopia a fresco revela trofozoítos no corrimento.
TX:
Metronidazol 2,0g VO Dose Única
Metronidazol 250mg 12/12h 10 dias
Secnidazol 2g VO Dose Única
Tinidazol 2g VO dose única
Deve-se tratar também o parceiro para evitar re-infecção. A abstinência sexual durante o tratamento e
a não ingestão de álcool deve ser recomendada.
CANDIDÍASE
Ag: Cândida sp.
Para ocorrer esta proliferação de cândida, alguns autores associam a diminuição dos bacilos
de doderline pelo uso de antibióticos de largo espectro ou supressão imunológica fazendo com que
aumentasse a carga parasitária de cândida.
Altos níveis hormonais (principalmente PROGESTERONA) aumentam o glicogênio nas
células superficiais vaginais e com isso pode aumentar a proliferação da cândida.
SINTOMAS:
corrimento esbranquiçado em flocos com característica de queijo tipo cottage.
Outros sintomas são: queimação e prurido vulvar e vagina eritematosa.
DX: clínico, porém, pode ser auxiliado por exame microscópico a fresco, bacterioscopia pela
coloração de gram revelando hifas e esporos.
A cultura em meio específico é contra indicada pelo seu alto custo, sendo desnecessária.
TX:
Fluconazol – 1 comprimido VO dose única
Itracinazol – dois comprimidos VO de manha e dois a noite um dia
Cetoconazol – 2 comprimidos VO após Jantar 5 dias
Ag: clamídia Trachomatis, gram-negativa intracelular obrigatória e sua transmissão ocorre pelo
contato sexual.
A Clamídia geralmente desenvolve um quadro assintomático (90%), principalmente se a
infecção ocorrer somente na vagina, o que pode contribuir para um aumento da carga bacteriana,
levando a uma DIP.
A sintomatologia que mais leva a paciente para o consultório é:
Quadro urinário com polaciúria, disúria e corrimento uretral purulento.
PODE LEVAR A LINFOGRANULAMA VENEREO ECOMPROMETIMENTO LINFATICO
REGIONAL
A clamídia apresenta um tropismo por células colunares o que explica a maior incidência em
mulheres. O diagnóstico baseia-se na clínica, porém, testes como ELISA, imunoflorecência, PCR e
LCR podem detectar esta bactéria
TX:
Doxiciclina 100mg VO de 12/12h 7dias
Azitromicina 1 g VO dose única
O tratamento do parceiro também deve ser feito, por se tratar de uma DST.
TX:
Ceftriaxona 250mg IM dose única
Ofloxacina 400mg VO dose única
Ciprofloxaxina 500mg VO dose única
Tianfenicol 2,5 g VO dose única
FLUXOGRAMA CORRIMENTOS
HERPES GENITAL
Ag; VIRUS Herpes simplex_2,
A sintomatologia dependerá da carga viral presente no indivíduo, podendo causar febre,
astenia e mialgia.
Seu sinal mais exacerbado é uma exulceração dolorosa que passará a uma vesícula e
posteriormente a uma cicatrização formando uma crosta.
DX: baseia-se em cultura, Esfregaço com coloração de Giemsa e alterações citopatológicas
no papanicolau.
TX aciclovir oral durante 7 a 10 dias ou até resolução clínica.
SIFILIS
DST causadora de úlceras genitais.
Ag; Treponema pallidum, gram-negativo das espiroquetas.
Sua sintomatologia é composta de três fases:
1ª fase aparece uma lesão ulcerada no local de invasão da bactéria. Algum tempo depois
ocorre o aparecimento de máculas, pápulas, eritemas e crostas e por final ocorre uma reação
sistêmica. O diagnóstico clínico baseia-se nos sinais. Em geral 2 a 3 semanas após a contaminação
haverá uma lesão papulosa INDOLOR no local da penetração do agente que em poucos dias estará
ulcerada e com bordas salientes, endurecida com base vermelha e não purulenta. 4-5 sem, regride
sem deixar cicatriz.
2ª fase: evolui durante 1 ou 2 anos, após período de latência, a partir de 6-8sem, a doença
entra novamente em atividade afetando pele e órgão internos, correspondendo a disseminação do
treponema pelo corpo. Podendo manifestar: Hepatomegalia, síndrome nefrotica, artralgia,
glomerulonefrite, febre, astenia, cefaleia.
Então: 1/3 obtem cura clinica e sorológica
1/3 evolui sem sintomatologia, porem portador
1/3 evolui p/ sífilis terciaria
CANCRO MOLE
Ag; estreptococo Haemophilus Ducreyi,
Apresenta um quadro de ulcera genital.
As lesões são dolorosas com bordas irregulares e base com exsudato purulento, necrótico e
fétido. Acompanha linfadenopatia inguinal dolorosa.
DX: clinica + bacterioscopia pela coloração de gram também pode revelar Estreptobacilos.
TX
Azitromicina 1g, VO, dose unica
DONOVANOSE
Ag: Calymatobacterium granulomatis, gram-negativo – intracitoplasmática
O quadro caracteriza-se nódulos que ulceram. Crescem e sangram facilmente c/ tecido
granulomatoso entre as lesões.
A principal complicação é a ulcera que cresce em profundidade
DX; clinica + histopatológico, já que bactéria não cresce em cultivo
TX: eritromicina 500 mg 6/6 horas – 21 dias
FLUXOGRAMA DE ULCERAS
Benzofuranos
Griseofulvina: Seu provável mecanismo de ação é que ela liga-se a ceratina na pele,
protegendo-a de nova infecção
Azóis
Prejudica a síntese do ergosterol, levando ao acúmulo de metilesterois, que não possuem a mesma
forma e propriedades físicas que o ergosterol e levam a formação da membrana com propriedades
alteradas, que não desempenha as funções básicas necessárias ao desenvolvimento do fungo. Inibem
a transformação das células da cândida em hifas (forma invasiva e patogênica do fungo). Os
principais efeitos colaterais são: náuseas, vômito, cefaléia e exantema.
Cetoconazol: Os efeitos colaterais são: náuseas, vômitos, desconforto abdominal, diarréia,
tonteiras, cefaléia, diminuição da libido, erupção maculopapular, alterações hepáticas,
ginecomastia e teratogenicidade.
Clotrimazol: Raros efeitos colaterais
Fluconazol: não é muito recomendado
ANTIMICROBIANOS
-BETALATAMICOS, bactericidas
Penicilinas
A penicilina possui atividade bactericida, causando inibição da síntese da parede celular e a
ativação do sistema autolítico endógeno da bactéria. Durante o processo de replicação bacteriana, a
penicilina inibe as enzimas que fazem a ligação entre as cadeias peptídicas, impedindo o
desenvolvimento da estrutura normal do peptídeoglicano.
Tem maior efetividade bactericida se as bactérias estiverem em crescimento ativo.
Seus principais efeitos colaterais são: hipersensibilidade, náuseas e vômitos, alteração na agregação
plaquetária (levando à hemorragias) e nefrite intersticial dose-dependente
FORMAS:
A penincilina G, assim como a penincilina V são extremamente eficazes contra cocos gram-
positivos, mas são facilmente hidrolisadas pelas beta-lactamases, ex: ineficaz conta S. aureus
A ampicilina, amoxicilina são penincilinas de amplo espectro contra gram-positivos e gram-
negativos.
A penincilina Benzatina e a penincilina G procaína é de adm IM, produzem níveis baixos
porem prolongados do farmaco
CEFALOSPORINA amplo espectro, com mecanismo de ação semelhante a penincilina. Sendo uma
alternativa caso paciente apresente hipersensibilidade a penincilina.
-MACROLIDEOS, bacteriostaticos
Ligam-se aos ribossomos bacterianos, suprimindo sua síntese protéica. É um dos antibióticos
com menos efeitos colaterais, exceto p/ gestante.
Metronidazol
O metronidazol penetra no citoplasma da bactéria ou protozoário e forma radicais livres
altamente tóxicos, inibindo a síntese DNA protozoários.
Por ser substância de metabolismo hepático, o medicamento é contra-indicado em caso de
cirrose e doença hepática.
O medicamento pode alterar a coloração da urina para marrom-amarelado e ainda deixar
gosto metálico na boca.
CONSULTA GINECOLOGICA
Sistematização de seu atendimento. No exame ginecológico é sempre bom ter alguns
cuidados, dentre eles o mais importante é sempre ter algum outro profissional da saúde na mesma
sala, para evitar processos legais por mau entendimento do procedimento, por parte da paciente.
1. ANAMNESE
2. E. FISICO
A VULVOSCOPIA é o primeiro procedimento realizado, nela devem ser analisados os aspectos
macroscópicos de presença de anomalias, como sinais flogísticos, máculas, pápulas, verrugas e
ulcerações.
EXAME ESPECULAR. Logo a seguir, o primeiro passo do exame especular é a VAGINOSCOPIA,
procedimento que busca a visualização das paredes vaginais, avaliando integridade, presença de
corrimento e sinais flogísticos.
A seguir faz-se a COLPOSCOPIA, exame que necessita de um colposcópio, que propicia um
aumento do colo do útero. São avaliados nesse exame a presença de muco (normal) ou de
corrimentos (patológicos), a integridade do colo do útero e presença de lesões. Nesse exame também
é avaliada a Junção escamo-colunar.
Para a avaliação da JEC é necessário que se observe qual a posição dela em relação ao
orifício. Alguns laudos colposcópicos podem descrever qual a posição da JEC em relação ao
orifício de modo a analisar primeiramente a parte anterior (de cima) e depois a parte posterior (de
baixo) sendo o numero 0 para JEC sobre o orifício, números positivos para sinalizar o grau de
ectopia e negativos para sinalizar JEC endocervical. Ex:
JEC 0/0 ou -1/0
Outro tipo de laudo colposcópico e mais atual funciona assim:
JEC 0 = exatamente no orifício externo (anatômico) do canal cervical
JEC +1 = pouco acima de JEC 0 , dentro do canal
JEC +2 = entre JEC +1 até a quarta parte da altura do canal
JEC +3 =entre JEC +2 e a metade da altura do canal
JEC +4 =na metade superior do canal cervical
JEC - 1 = pouco abaixo de JEC 0
JEC -2 =entre JEC –1 e a quarta parte da distância entre o orifício externo e o fundo de saco vaginal
JEC -3 =entre JEC –2 até a metade da distância entre o orifício externo e o fundo de saco vaginal
JEC -4 = de JEC –3 até o fundo de saco vaginal
É importante salientar que a Ectopia (JEC externa ao orifício) é normal na fase de adolescência até
uns 20 anos, pois o epitélio ainda esta em transformação. O único problema é que se a JEC estiver
muito ectópica, a mulher se queixará de corrimento mucoso transparente abundante devido à função
do epitélio colunar em produzir muco. Daí será necessária cauterização. Pode se usar a última
também para prevenção de doenças já que o epitélio escamoso é mais suscetível a doenças.
COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA
Sendo assim podemos dizer que um laudo de colpocitologia oncótica normal seria: presença de
células vaginais superficiais. Presença de células metaplásicas com reatividade e caracteres
tintoriais normal. Células endocervicais normais. Discreto processo inflamatório. Presença de
bacilos.
A avaliação das anormalidades são classificadas em Neoplasias Intra-epiteliais (NIC)
NIC I significa pequeno número de células com alterações, porém, a atipia celular não esta
tão evidente. A relação núcleo-citoplasma está um pouco aumentada com discreta hipercromasia.
NIC II significa uma maior quantidade de células alteradas com núcleos mais aumentados e
relação núcleo-citoplasma bastante aumentada, as células apresentam atipia mais intensa com formas
ovóides e redondas com característica de células intermediárias ou basais.
NIC III é a perda da maturação das células por um processo de mutação genética. As células
extremamente parecidas com células basais e parabasais perdem suas adesões. A alteração da forma
é marcante, podendo apresentar atipia extrema.
TOQUE VAGINAL
O toque vaginal é outro exame feito em consultório. É bem simples e não necessita de custo algum.
Neste exame serão avaliados: a mobilidade deste colo, o fundo de saco e o tamanho do ovário e do
útero. Alguns sinais também podem ser vistos como a dor à mobilização e a presença de massas
atípicas nas regiões. O toque pode ser bidigital e bimanual.
ULTRASSONOGRAFIA
Neste exame são avaliadas a presença de massas, tamanho e forma dos órgãos, entre outros.
É normal que o útero possua volume de até 90 ml, tenha miométrio de espessura até 5 mm,
textura homogênea em anteversoflexão.
Os ovários devem ter volume de 5 à 9 ml com limites precisos e textura homogênea. Vale
lembrar que palavras como hipoecogênico, ecogênico e hiperecogênico são comuns no ultrassom.
Ecogenicidade é a densidade visualizada pelo aparelho de ultra-som. Diz-se hipoecogênico quando a
massa visualizada quase não é visível ao ultrassom e hiperecogênico o que possui um contraste
acima do normal.
SINAN
É importante salientar que HIV, sífilis na gestação e sífilis congênita são doenças de notificação
compulsória, porém, todas as infecções genitais devem ser notificadas para o SINAN, pois elas
devem ter um levantamento epidemiológico e um repasse adequado de verba, bem como a construção
de estratégias para seu combate de acordo com as necessidades.
10-8 = Ativo
6-4 = hipoativo
2-0 = inativo
Caso o feto não se movimentar nestes 20 minutos de exame deve-se considerar a possibilidade dele
estar dormindo. Para avaliar isso se encontra o pólo cefálico do feto através da palpação e buzina-se
com um buzina de bicicleta marca Kobo® durante 5 segundos. Após este ato o feto deve elevar sua
freqüência cardíaca em 20bpm com uma duração de 3 min. Se sim, pode-se dizer que o feto esta
REATIVO; se reagir pouco pode se dizer que o feto está HIPOREATIVO; se não reagir diz-se que o
feto está INATIVO.
Outro método biofísico que pode ser usado é a dopplervelocimetria. Este exame é muito útil
para a detecção de um sofrimento fetal crônico. A dopplervelocimetria tem como base medir a
velocidade do fluxo de sangue em vários vasos do corpo transformando isso em gráfico. Caso ocorra
alguma situação onde ocorra uma insuficiência uteroplacentária progressiva (sofrimento fetal
crônico) o feto entrará em hipóxia gradativa. Isto o levará a fazer a chamada centralização, que nada
mais é do que uma constrição das artérias pouco após o arco aórtico para centralizar o fluxo nos
órgão nobres (cérebro, coração, supra-renais) levando à uma alteração de fluxo sanguíneo visível na
artéria umbilical (principal artéria examinada).
AVALIAÇÃO DA MATURIDADE FETAL
Fundamental nas situações onde o feto e a mãe correm risco. Ela é necessária para se saber
qual a conduta tomar e qual será o prognostico.
Existem diferentes interpretaçoes, pois fisiologicamente diz-se que um feto está maduro
quando é alcançada a maturidade pulmonar, que seria o ultimo sistema fundamental a maturar para a
sobrevivência do feto.
A idade gestacional é a principal forma de se avaliar a maturidade fetal. Sua forma é
calculada a partir da:
data da última menstruação (DUM),
altura uterina (AU)
biometria fetal pelo Ultrassom.
Para idade gestacional acima de 37 semanas sugere maturidade fetal. Altura acima de 28 cm também
é sugestivo de maturidade fetal.
O US ideal é realizado no primeiro trimestre de gestação, antes da 20ª semana de
preferência, e a idade gestacional é estima pelo comprimento nádega-cabeça (o ultrassonografista
dará o laudo). Alem da US alguns outros exames complementares podem ser feitos para a avaliação,
como o RX que em maturidade fetal apresentará núcleos de ossificação e também a amnioscopia.
Este exame além de avaliar a maturidade fetal, pode ser usado para avaliar o sofrimento fetal
intraparto, indicado quando a dilatação está maior do que 3 cm.
Ao exame amnioscópico deve apresentar, para boa maturidade, a presença de grumos que
nada mais são do que o vérnix caseoso que começa a se desprender da pele do feto.
Para avaliação da vitalidade fetal deve-se apresentar preferencialmente claro o que indica
ausência de mecônio.
Outro procedimento usado é a amniocentese, que consiste em retirada de liquido amniótico
para avaliação. No procedimento a agulha é guiada pelo ultrassom a fim de se desviar da inserção da
placenta e cordão umbilical. Após a retirada do líquido amniótico pode-se avaliar diversos
parâmetro nele.
A macroscopia deve apresentar um liquido branco e com grumos após as 36 semanas.
A pesquisa de fosfolipídios (fostatidilglicerol) LECTINA/ESFINGOMIELINA 2:1 pode ser
feita laboratorialmente e traduz uma maneira quase sem falhas de se avaliar a maturidade fetal visto
que cadeias fosfolipídicas são os principais componentes do surfactante que é necessário para
maturidade pulmonar.
Outro teste bastante usado é o teste de Clements, que consiste em agitar o liquido amniótico
verificando a formação de espuma. Se formar espuma significa que o líquido contém fosfolipídios e a
maturidade pulmonar está presente. Este exame pode ser prejudicado por sangue ou mecônio.
Outros exames laboratoriais também podem ser feitos porem não são usados por sua demora,
como o Sulfato de azul de Nilo a 1%, lugol, diferença de densidade óptica a 650ª.
DETERMINISMO DO PARTO
MODIFICAÇÕES ENDÓCRINAS PARA DETERMINISMO DO PARTO E
CONTRATILIDADE MIOMÉTRICA
Durante a gravidez observam-se contrações de pequenos níveis podendo ou não ser sentidas
pela gestante, mas sempre indolor. Isso ocorre por que o útero possui seu marca-passo para o inicio
da contração, porém, o mesmo está parcialmente inibido pela relaxina, um hormônio que impede que
a contração do útero seja feita.
A prostaglandina E sintetizada no âmnio, que será futuramente a responsável pelas dores da
contração, é inibida, pois o córion produz uma enzima chamada de PGDH (prostaglandina
desidrogenase) que inativa PGDE.
Outro fator é também o CRF, hormônio liberador de corticotrofina, produzida pela placenta,
mas que também é inativada por ligações ali mesmo.
Pode-se concluir que a real definição da hora do parto são fatores mais fetais do que
maternos.
FISIOLOGIA
Com o passar do tempo algumas modificações começam a ocorrer, o feto passa a produzir,
por sua adrenal, DHEA (diidrostenediona) que será aromatizado em Estradiol e alterará o equilíbrio
entre a concentração de estadriol/progesterona.
Esse desequilíbrio é progressivo e lento e começará um processo de maturação do miométrio
aumentado suas junções GAP, aumentando os receptores de ocitocinas e prostaglandinas e ajudando
até mesmo na estimulação dos fibroblastos da cérvice a secretar colagenases e elastases. O feto
também aumenta a produção de cortisol que inibirá a enzima PGDH, que conseqüentemente
aumentará a produção de prostaglandina ativa.
O cortisol também estimula a produção de ocitocina pelo âmnio, cório e decídua que
juntamente com a prostaglandina aumentará as contrações por meio de mudanças na permeabilidade
de cálcio do miométrio. Essas modificações começam se intensificar principalmente a partir da
30ª semana, que é o período de pré-parto em que a intensidade e freqüência de contrações vão se
acentuando.
Então a modulação uterina dividi-se em 4 fase:
fase 0 / fase de quiescência, fase onde o útero permanece ‘’quieto’’. Em decorrência da
maior produção de progesterona, prostaciclina e relaxina, hormônios estes que impedem a
contração uterina. Sua duração é desde o inicio da gravidez até em torno da 30ª semana.
A fase 1 / ativação. Inicia-se próximo ao termo. A fase de ativação nada mais é do que a
preparação do útero para haver uma contratilidade correta. Fisiologicamente é o período em
que se aumentam as junções GAP e receptores de ocitocina, já descritos no parágrafo
anterior.
A fase 2 é quando o útero está pronto para a estimulação. Esta fase realmente se inicia
intraparto e tem como evento fisiológico o aumento de prostaglandina e ocitocina.
A fase 3 é o período de involução. Inicia-se geralmente após a dequitação (expulsão da
placenta) e tem como principal evento fisiológico a secreção de ocitocina.
ASSISTÊNCIA AO PARTO
Cerca de 15 dias antes da data do parto varias modificações (já citadas) ocorrem
fisiologicamente no corpo da gestante. Esta fase é chamada de Pré-parto.
É dever do médico diagnosticar o inicio do trabalho de parto, quando uma paciente chega em
suposto trabalho de parto deve-se avaliar 3 coisas.:
1º Cólica coincidente com contração uterina. Para se diagnosticar trabalho de parto deve-se
haver um mínimo de 2 contrações em 10 minutos e estas contrações devem durar no mínimo 20
segundos.
2ª é a eliminação do tampão mucoso com raias de sangue que evidencia a ação das
colagenases e elastases do colo uterino fazendo seu esvaecimento, e as raias de sangue evidenciam o
inicio do descolamento de placenta.
3ª A dilatação deve ser de no mínimo 2 cm em nulíparas e 3 centímetros em multíparas.
É importante salientar que se a paciente não apresentar um diagnóstico certo de trabalho de
parto é necessário que o médico saiba avaliar se o mesmo está por vir ou não. Pode-se orientar a
paciente a dar uma voltinha ali por perto ou mantê-la em observação, porém, sempre deixar a
paciente se movimentar livremente, pois a deambulação ajuda nas contrações e no amadurecimento
do colo uterino.
FISIOLOGIA.
Fatores Imunológicos: não se sabe o que estimula a quimiotaxia, mas perto do trabalho de
parto e, principalmente, quando já instalado, ocorre uma inversãp de resposta imune TH2 para TH1,
observa-se um grande aumento no numero de leucócitos, principalmente de neutrófilos que produzem
uma reação inflamatória levando à secreção de IL-1 e IL-8, que atuam sobre os fibroblastos cervicais
induzindo-os a secretar colagenases e elastases e também promovendo a quimiotaxia de mais
leucócitos. Por este motivo também que infecções cervicais durante a gestação aumentam os risco de
parto prematuro ou amniorrexe.
Ocorre também um maior produção deprostaglandinas
Fatores hormonais: A progesterona é apontada como um forte inibidor da IL-8 e do ácido
hialurônico. Quando a gestação está chegando ao final percebe-se uma queda deste hormônio e uma
elevação do estrogênio que em contrapartida estimula a produção de colagenases pelos fibroblastos
do colo uterino. Isso ocorre devido a produção de ACTH pela hipófise fetal, que estimula a placenta
a produzir 17_hidroxilase, desviando a produção de progesterona para estrógenos.
Fatores mecânicos: Os estímulos aferentes através dos nervos sensoriais vao ate os núcleos do
hipotálamo que como resposta eferente libera ocitocina na corrente sanguínea, que sinergicamente
comas prostaglandinas promovem as contrações uterinas. Sabe-se que a dilação do colo é contração-
dependende. A dilatação sem contração é limitada a no máximo 4 cm em multíparas e 3 cm em
nulíparas, e esta se deve ao esvaecimento.
PRÉ-PARTO
Caso dx de trabalho de parto, deve-se explicar a paciente os possíveis procedimentos que
podem ser realizados. Ex; indução ao parto, episiotomia, e etc..
O preparo da paciente vem a seguir. A paciente sempre deve ficar confortável e ter o mínimo
de exposição possível.
A tricotomia (raspagem de pelos) e o enteroclisma ou enema colonico são muito
discutidos ainda. Os procedimentos devem ser feitos de acordo com a vontade da paciente. Outros
autores afirmam que é um procedimento obrigatório, primeiramente para diminuir o risco de
infecção, segundo para evitar o constrangimento da paciente na hora do parto pela defecação.
A seguir é necessário solicitar alguns exames, principalmente se a paciente não possui
nenhum tipo de referência (cartão da gestante). Os exames pedidos de rotina são:
Hemoglobina e hematócrito
Urina tipo I
Teste rápido para HIV.
Em seguida leva-se a paciente para a sala de procedimento para se fazer um exame clínico minucioso
avaliando principalmente a bacia, o feto e a dinâmica uterina. O toque vaginal é a principal
metodologia empregada para fazer este exame clínico. Ao toque vaginal deve-se de identificar:
APRESENTAÇÃO: região do feto que ocupa a área do estreito superior e que nele se
insinuara. Ex (cefálica/pélvica/cormica) podendo ser de 1ºgrau ou bregmatica, 2º grau ou da
fronte, 3ºgrau ou da face
ATITUDE: relação das diversas partes do feto entre si, ex (flexão/extensão-cabeçao, trono e
membros) OBS: lambda-coccix – 25cm
SITUAÇAO: relação do maior eixo do útero com o maior eixo fetal.
Ex(longitudinal/transversa/obliqua)
POSIÇÃO: relação do dorso fetal com o lado materno. Ex Esquerda 1 – direita2, assim
posição esquerda ou 1
PLANO DE LEE- nível zero; nível da espinha ciática.
Desprendimento:
Exteriorização da apresentação
Rotação externa:
Volta ao ponto de reparo fetal. Visa a melhor posição de saída( extensão da cabeça)
Desprendimento fetal final: Desprendimento fetal total
Entao, logo após, temos um quarto período também chamado de 4ºperiodo do parto, onde se
processa a hemostasia fisiológica da ferida uterina. Essa etapa merece ênfase pois podem
ocorrer as hemorragias, dependentes das contrações do útero. Pode-se utilizar ocitocito
profilático para auxiliar na dequitação e coagulação.
DISTÓCIAS DE PARTO
São qualquer anormalidade no parto.
As distócias são divididas em subgrupos.
Distócia óssea: Quase sinônimo de desproporção céfalo-pélvica, porém, é na realidade uma
dificuldade de progressão e ultimação do parto por alguma anormalidade óssea pélvica.
Avaliação dos diâmetros:
Promontório: <12cm Diâmetro Biciático: <10cm Ângulo Subpúbico: <120°
AMINIORREXE
É um processo fisiológico do parto, porem algumas infecções são causas de rupturas
prematuras pro produzirem elastases e colagenases.
PRINCIPAIS CONDUTAS:
Intervencionista- indução ao parto
Conservadora= aguardar inicio espontâneo do trabalho de aprto. Normalmente ate 34sem.
A conduta ira variar segundo IG.
- Gestaçao a termo >37 sem= indução imediata c/ ocitocina para diminuir incidência de
infecção materna
- GESTAÇAO 34-36sem conduta intervencionista traz mais benefícios já que conduta
conservadora podecausar sepse, além de ambiente intra-utero apresentar benefícios diminuídos
para o desenvolvimento fetal
- GESTAÇÃO 24-34sem mortalidade fetal alta, cada dia intra-utero representa um ganho de
sobrevida de 3%. Pode-se utilizar corticoterapia materna para acelerar processo de maturação
fetal. Alto risco de infecção ( fazer antibioticoterapia profilaxica). PACIENTE INTERNADA.
Se sinal del infecção ( febre >37,8ºC + taquicardia) resolução da gestação.
- GESTAÇAO <24sem; baixo sucesso em conduta conservadora e elevado risco de infecção
materna- indução ao parto deve ser discutida.
PARTOGRAMA
Muitas vezes a gestante entrará em trabalho de parto, porém, terá uma evolução lenta o que
poderá prejudicar sua saúde e da criança. Para acabar com as suposições e haver uma padronização
neste tipo de urgência, foi criado o Partograma.
O Partograma nada mais é do que um instrumento gráfico que representa facilmente o plano
de descida, a dilatação, a apresentação e a posição; sem falar que pode ser descrito o uso de
medicamentos (logo abaixo do gráfico).
Este gráfico é muito útil, pois, nele há o traçado de duas linhas, chamada linha de alerta e a
linha de ação.
A linha de alerta é traçada diagonalmente uma hora após o primeiro registro
A linha de ação após 4 horas.
Como estes traçados são fixos é muito importante o certo diagnóstico de trabalho de parto
para não inserir a paciente no partograma muito cedo, pois assim ela não terá o desempenho correto
(1 cm de dilatação por hora) e entrará muito cedo nas linhas de alerta e ação.
A linha de alerta geralmente representa a possibilidade de indução de parto e a linha de ação
geralmente implicada em alguma intervenção cirúrgica como a possibilidade de uma cesariana ou a
locação de fórceps.
PREENCHIMENTO
1- Primeiro registro no inicio da fase ativa (3cm/ contrações 2-3em 10 mim)
2- Após primeiro registro, marcar linha de alerta 1 hora e 1cm após e acima.
3- Marcar a linha de ação 4 horas
após linha de alerta
4- Dilatação cervical TRIANGULO e
descida da apresentação BOLA
5- Os toques vaginais devem ser
2/2horas e registrados no PG
6- Avaliar condições do colo
(dilatação e esvaecimento), altura da
apresentação e integridade da bolsa
7- Avaliar BCF
PERIODOS
Fase Latente (Período Preparatório):
Amolecimento do colo, apagamento do
colo, início da dilatação.
Duração:
Nulípara: 16-20h
Multípara: 12-16h
Disfunção:Fase Latente Prolongada
Fase Ativa:
Aumento da velocidade de dilatação.
Velocidade:
Nulípara: 1,2cm/h
Multípara: 1,5cm/h
Duração:
Nulípara: 3,4h
Multípara: 1,5h
Disfunções: 1Fase Ativa Prolongada. 2Parada Secundária da Dilatação.3Parto Precipitado ou
Taquitócito.
Período Pélvico:
Exploração do trajeto pélvico e expulsão.
Duração: 1-2h.
Disfunção: Parada Secundária da Descida.
Prolongamento da Descida.
Ou prolongamento da DESCIDA--------
PARTOGRAMA NORMAL
IDENTIFICANDO DISTOCIAS
1 fase ativa prolongada- dilatação progressiva porem lenta, inferior a 1cm. Ultrapassa linha de
alerta chegando a linha de ação. Na maioria da vezes causada por contrações ineficientes.
Deficiência de apresentação ou desproporção CP
Pode ser corrigida com ocitocina ou aminiotomia.
Raciocina-se sempre que a indução é contra indicada quando o feto corre risco se tiver de passar
pelo canal de parto.
Se não houver contra-indicações é necessário avaliar colo uterino. O sucesso da indução do
trabalho de parto é diretamente proporcional às condições do cérvice. Pode-se usar índice de
Bishop. Diz-se que o colo uterino é favorável à indução quando Bishop >=5.
E se Bishop não for favorável? Bem, aí teremos de preparar esse colo uterino antes de realizar a
indução. Essa indução segue alguns passos:
1. Administração de gel intracervical 0,5 mg com PGE2.
2. Reavaliar em 4 horas
3. Se Bishop >=5 Induzir o parto com Ocitocina Se Bishop <5 Repetir administração (Max. 3
doses/24h)
4. Acompanhamento da vitalidade Fetal e atividade Uterina.
Após o colo uterino estar favorável pode-se iniciar a indução do trabalho de parto:
SOFRIMENTO FETAL
Basicamente existem 2 tipos de sofrimento
fetal: o agudo e o crônico.
O CRONICO é aquele causado por uma
insuficiência uteroplacentária progressiva, também
causando uma hipóxia progressiva no feto. Já foi
comentado o fenômeno de centralização e seu
diagnóstico por dopplervelocimetria na avaliação da
vitalidade fetal.
O que se deve entender do crônico é sua
causa (insuficiência uteroplacentária progressiva),
seu diagnóstico (Dopplervelocimetria) e suas
conseqüências (RCIU, Má formações...).
O AGUDO é aquele que ocorre na hora do
parto. Mesmo se ele for crônico e permanecer
durante o trabalho de parto diz-se que houve uma agudização do sofrimento crônico. Geralmente o SF
agudo resulta de uma Insulficiencia Utero-Placentaria aguda e também por isso é dever do médico
corrigi-la se possível, e se não for possível retirar a criança por via alta (cesárea).
Como o sofrimento fetal nada mais é do que uma situação de hipóxia ao feto, é de se esperar
que algumas modificações óbvias acontecesse em sua metabolismo.
Em primeira instância, quando o feto entrar em estado de hipóxia, seu corpo irá tentar
compensar a falta de oxigenação com uma circulação mais rápida de sangue, fazendo assim uma
taquicardia nos momentos de hipóxia. Pode-se dizer que esta aceleração é até fisiológica e
corresponde a uma reatividade do feto, mostrando que ele esta em condições para se manter bem.
O problema está quando este feto está hipoglicêmico de tanto sofrer hipóxia ou porque não
está tendo um aporte suficiente de glicose e começa a apresentar uma bradicardia em momentos de
hipóxia.
Para se medir o grau deste sofrimento, mede-se as desacelerações do feto em relação à
dinâmica uterina. Isto é visualizado pela cardiotocografia. De acordo com a análise da
cardiotocografia é definido
DIP I desaceleração INTRA-PARTO precoce , DIP II ou DIP III .
A DIP I é quando a bradicardia (ponto máximo da desaceleração) se situa junto com a
contração uterina (momento de hipóxia e ponto máximo da contração).
A DIP II é quando o ponto mais baixo da desaceleração está atrasado com o ponto máximo da
contração. Os gráficos são ilustrados abaixo:
Em função da queda da freqüência tem-se que classificar o quanto ela cai. Podem ser classificados
em leves, moderados e graves:
Leves (menos de 15 bpm) Moderadas (entre 16-44 bpm) Graves (mais de 45 bpm)
Quanto maior for a depressão do BCF pior será o prognóstico do bebê.
Há outra situação em que a bradicardia não coincide com a contração uterina. Esta é a DIP
III. Pode ser explicada por uma compressão de cordão e não terá nenhuma correlação com a
contração uterina.
A análise do pH fetal é considerado padrão-ouro na verificação de sofrimento fetal
intraparto. Esta técnica é feita quando a dilatação está acima de 3 cm e depois que as membranas
estão rotas. Primeiramente deve-se expor o crânio fetal com um endoscópio cônico. Aplica-se um
anti-séptico, depois se borrifa gel de silicone no lugar da punção, e faz-se uma incisão de 2 mm. O
sangue capilar que pinga em cima do filme de silicone estará coletado em vários tubos
heparinizados. O tempo de coleta estará registrado, e as amostras são imediatamente mandadas ao
laboratório para determinar o pH. Para deter o sangramento, basta pressionar o lugar durante 1 à 2
contrações. A interpretação do resultado é feita da seguinte forma:
Normal pH = 7.25–7.35
Limite pH= 7.20–7.25
Anormal (baixo)= 7.20
Deve-se sempre lembrar que quando o escalpo é muito cabeludo prejudicará o exame.
CARDIOTOCOGRAFIA
A cardiotocografia, consiste no registro: FCF, da contratilidade uterina espontânea, e dos
movimentos fetais (MF). Informando o bem estar fetal, permitindo que se obtenha indiretamente,
informações relativas ao grau de higidez do seu SNC.
INDICAÇÕES
- Gestação de Alto-Risco;
- Indução do Parto;
- Na presença de líquido amniótico meconial;
- Na presença de anormalidades na ausculta cardíaca fetal.
Alterações da FCF
HIPERTENSAO GESTACIONAL:
HIPERTENSÃO CRÔNICA NA GRAVIDEZ
Mulher portadora de hipertensão arterial
precedente à gestação ou diagnosticada antes de 20 semanas de gestação.
Leve para moderada
• Hipertensão abaixo de 160/110mmHg;
• Função urinária preservada;
• Área cardíaca normal;
• Fundo de olho somente com espasmos arteriolares;
• Sintomatologia leve.
Grave
• Hipertensão igual ou maior a 160/
110mmHg, oligúria, hipertrofia ventricular
esquerda;
• Fundo de olho com cruzamentos patológicos ou edema de papila;
• Cefaléia;
• Escotomas;
• Dispnéia.
SE ECLAMPSIA:
2ml de sulfato de magnésio a 50% + 58ml de soluto glicosado infundidos em 1 hora (1
grama/hora).
Síndrome HELLP
Forma grave de pré-eclampsia caracterizada pelo aparecimento de hemólise, elevação das
enzimas hepáticas e queda de plaquetas em paciente cursando com hipertensão. As três alterações
nem sempre aparecem simultaneamente, admitindo o conceito de HELLP parcial.
Feito o diagnóstico, a paciente deve ser conduzida como uma pré-eclampsia grave. Devemos
lembrar alguns pontos inerentes a este quadro:
• A anestesia deverá ser geral pela plaquetopenia, evitando acidentes das punções lombares;
• A hemostasia e a drenagem cirúrgica devem ser generosas;
• A transfusão de plaquetas durante o parto e puerpério deve ser incentivada (valores
menores que 50.000mm3);
• Na possibilidade de rotura hepática, tentarum tamponamento sem tentar hemostasia;
• Optar pela interrupção da gestação, independente da idade gestacional;
• Dexametasona 10mg/200 ml de soro fisiológico a cada 12 horas até a normalização das
plaquetas17,18(B).
CONDUTA E TERAPEUTICA PARA EVITAR PRÉ-ECLAMPSIA
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
É definida como perda sanguínea superior a 500 ml após o parto. Por ser uma patologia que
necessita de intervenção rápida, é uma das maiores causas de mortalidade materna.
Pode também ter o caso de placenta anômala, como é o caso de placentas acreta, increta e
percreta. Acreta é aquela que está aderida profundamente na decídua. A Increta é aquela que está
aderida ao miométrio. A percreta é aquela que esta aderida à serosa. As condutas nestes casos
variam, mas sempre tenta-se salvar o útero da paciente, caso seja impossível faz-se a histerectomia.
Após o parto, durante o parto e até antes do parto, se a paciente apresentar um sangramento
vaginal importante é necessário lembrar-se da ruptura uterina. Seu diagnóstico pode ser feito
através do toque bimanual que não apresentará uma continuidade pelo quadro clínico de abdome
agudo, já que o sangue estará sendo derramado na cavidade peritoneal.
As lacerações do trajeto podem ser outra causa. É importante que o médico sempre revise o
canal de parto fazendo a busca ativa de lacerações após o término do parto. Caso encontre alguma é
só suturar.
Como causa de hemorragia pós-parto também podemos citar a inversão uterina, que se faz
principalmente por erro médico. Esta situação ocorre em geral quando há uma tração excessiva do
cordão umbilical que acarreta uma inversão do útero. A conduta é a manobra de taxe, sobre ação de
anestesia e miorrelaxantes.
INFECÇÃO PUERPERAL.
ADM profilaxica Ampicilina e a Cefalosporina. A manifestação da infecção puerperal em
geral ocorre como uma hipertermia. Para ser considerada infecção puerperal devem-se apresentar as
seguintes possibilidades de quadro clinico.
1ª é uma temperatura de 38°C em 4 tomadas diárias.
2ª é uma hipertermia acima de 38°C manifestada após o parto e em
3º uma hipertermia que ocorra pelo menos 2 dias dentre os 10 primeiros dias após parto.
Varias causas são citadas como predisponentes, mas para melhor raciocínio é só pensar que
os fatores predisponentes são os que podem carrear bactérias endógenas (microbiota vaginal) ou
exógenas para a parte interna do organismo. Esses são os casos de grande numero de toques vaginais,
cesárea, aplicação de fórceps. A bolsa rota por tempo prolongado também é fator de risco, já que ela
confere proteção ao feto. A placenta prévia e a retenção ovular também são fatores, pois o
trofoblasto é um excelente meio de cultura. Até mesmo a hemorragia é um fator de risco, pois com a
perda de sangue ocorre uma queda da volemia e assim uma queda da resistência imunológica.
A infecção puerperal localizada de maior epidemiologia é a endometrite, mas também citam-
se a vaginite-cervicite, infecção vulvoperineal e infecção da parede abdominal pelo corte da
cesárea. Como propagada pode-se citar as miofascites, endomiometrite, salpingite-anexite,
parametrite, e como generalizada as peritonites generalizadas e por fim o choque séptico.
MORTALIDADE MATERNA
É definida como a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42
dias após o término da gestação.
As mortes maternas ainda são classificadas em causa obstétricas diretas, indiretas e não
obstétrica. Vale dizer que a mortalidade materna não obstétrica é aquela em que a mulher está dentro
do período de puerpério (42 dias), mas a causa de sua morte não teve correlação alguma com
complicações puerperais e sim causas acidentais.
A mortalidade materna obstétrica direta é aquela onde a situação de gravidez criou um
cenário patológico próprio da gestação e isso levou ao óbito. A hemorragia, a pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, a infecção e as complicações do aborto constituem as principais causas diretas
de morte materna;.
A mortalidade materna obstétrica indireta é aquela em que a gravidez agravou um quadro já
pré-existente. a cardiopatia, a hipertensão arterial crônica e a broncopneumonia as principais causas
indiretas.
A mortalidade materna é responsável por 114 mortes para cada 100.000 nascidos vivos no
Brasil. Não resta dúvida que a qualidade e a abrangência da assistência obstétrica e neonatal
oferecidas à população, são as principais responsáveis por tais indicadores vergonhosos.
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
Em primeiro lugar temos que diferenciar e conceituar climatério e menopausa. Climatério é o
conjunto de alterações somáticas e psíquicas que se observam na mulher no final de seu período
reprodutor e no homem quando diminui progressivamente a sua atividade sexual.
Menopausa é a última menstruação da paciente quando com mais de 40 anos de idade e que
não retorna mais pelo menos 12 meses, com alteração dos níveis de gonadotrofinas e estradiol.
Classifica-se menopausa em:
Menopausa normal: +/- 50 anos
Menopausa precoce: menos de 45 anos
Menopausa tardia: mais que 55 anos
Quantidade: 25 a 70 ml
Duração: 2 a 7 dias
Freqüência dos fluxos: 21 a 35 dias
Polimenorréia: Frequência igual ou menor a 21 dias
Oligomenorréia: Frequência igual ou maior a 35 dias
Hipomenorréia: Fluxo Escasso
Menorragia/Hipermenorréia: Volume superior a 80 ml ou sangramento superior a 7 dias
Metrorragia: sangramento com intervalos variáveis
Menometrorragia: Sangramento prolongado à intervalos irregulares
Sangramento intermenstrual: Sangramento entre os ciclos.
TERAPIA HORMONAL
Antes de qualquer coisa é necessário afirmar que a terapia hormonal não é um tratamento
absoluto. Não se repõe toda a quantidade de hormônio que era secretado anteriormente.
É indispensável também que a decisão de fazer ou não a reposição deve ser vista juntamente
com a paciente, deixando muito claro os prós e contras.
Como o organismo varia de individuo para individuo muitas mulheres apelarão para obter a
terapia hormonal, outras nem sentirão qualquer alteração.
Antes de se iniciar a terapia hormonal é feita uma anamnese da paciente em buscas de contra-
indicações para essa terapia hormonal. Como o estrógeno é uma droga que induz as divisões
mitóticas e metabolismo celular é importante que a paciente não tenha predisposição genética.
São contra-indicações absolutas para a TH:
Câncer de mama prévio
Câncer de endométrio prévio
Há também as contra-indicações
relativas, que devem ter uma
avaliação médica individual. São elas:
Endometriose
diabetes mellitus
HAS grave.
A última deve-se por risco direto
aos rins que farão a excreção dos
estrógenos.
Com todas essas recomendações é necessário ao médico antes de iniciar a TH solicitar alguns
exames. São eles:
FSH/LH: Para diagnóstico confirmatório de climatério
TSH: Descartar hipo ou hipertireoidismo
Colesterol total e frações: O estrógeno alterara essas relações.
Creatinina: Verificar função renal
TGP/TGO: verificar função hepática
Hemoglobina e hematócrito: Verificar possível anemia pelo sangramento
Mamografia: Descartar câncer de mama
USG: Descartar anormalidades uterinas
Outro exame usado para triar uma anormalidade endométrica é o teste da progesterona. Esse teste
consiste em dar progesterona à mulher durante 7 dias e retirar abruptamente verificando se haverá ou
não descamação endométrica, ou seja, se há um endométrio responsivo ou não.
Após a confirmação do climatério e exclusão de outras patologias pode-se iniciar a TH.
Existem inúmeras drogas para se realizar a TH, porém, deve-se ater a uma única coisa. As pacientes
que possuem o útero deverão fazer a TH combinada, ou seja, estrógeno junto com progesterona. O
estrógeno como já foi dito tem um efeito estimulador, fazendo o crescimento do endométrio. Para
conferir uma proteção a este endométrio e não deixá-lo se desenvolver demais e evitar uma
hiperplasia endometrial, usa-se junto a progesterona que impede o crescimento do endométrio
conferindo-lhe proteção.
Após o inicio da TH a mulher deve ter uma rotina mais assídua à seu médico, pois isso
detectará qualquer problema em sua fase inicial. Recomenda-se uma mamografia bianual e
colpocitologia oncótica e USG transvaginal anualmente.
INDICAÇOES DA TH:
Alivio sintomatologico: fogachos, alterações menstruais.
Na prevenção e tratamento da atrofia urogenital.
Na prevenção das principais conseqüências decorrentes do hipoestrogenismo
característico do climatério: preservação da massa óssea e sobre os parâmetros do
perfil lipídico
FLUXOGRAMA DE
ATENDIMENTO A MULHER NO
CLIMATERIO
21- Paciente de 35 anos, GII PI A0 C0, chega ao consultório da Unidade Básica de Saúde
com idade gestacional de 40 semanas e 3 dias, pela data da última menstruação, confirmada
pela ultrassonografia do 1° trimestre. Não apresenta qualquer queixa e refere boa
movimentação fetal.
Mediante as orientações do Manual Técnico do Ministério da Saúde, qual a conduta
adequada para essa paciente?
Após verificaçaodo bem estar fetal (
cardiotocografia + US) e o mesmo se encontrar
adequado, deve-se aconselhar a paciente a
voltar p/casa e permanecer em repouso até o
inicio do trabalho de parto, com contrações mais
intensas e frequentes. Deve-se tb realizar o
toque vaginal e verificar dilatação e o estado do
colo do útero e órgão genital externo. Como a
gravidez não é de alto risco, nem foram
registrada queixas e nem complicações, a
internação não se justifica, além da IG ainda não
estar toda completa (42 sem total)
22- A) Conceitue Dismenorréia primária. (0,5)
Fator obstrutivo, fator psicogênico, fator genético, fator endócrino, ação da vasopressina,
ação da prostaglandina.
23- Considerando o traçado da cardiotocografia abaixo de gestante com Idade Gestacional de 41
semanas e 2 dias, sem intercorrências. Identifique a possível complicação e descreva como a
investigação do bem estar fetal deve prosseguir.
Esse tra ç ado revela periodos de desacelera ç oes variaveis, complicação associada a
oligoâmnio (IG: 41s 2d). Diante desse exame há necessidade de avaliar o liquido amniótico
pela Ultrassonografia. O oligoâmnio é achado comum nas gestações prolongadas.