Livro Economia e Gestão
Livro Economia e Gestão
Livro Economia e Gestão
Autora
Daisy Assmann Lima
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Daisy Assmann Lima
ESTUDO DA ECONOMIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o conceito de economia;
• Conhecer os princípios da economia;
• Entender a evolução e a divisão da economia.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITOS DE ECONOMIA
TÓPICO 2 – PRINCÍPIOS DA ECONOMIA
TÓPICO 3 – EVOLUÇÃO E DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA
TÓPICO 1
CONCEITOS DE
ECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, bem-vindo à primeira unidade da disciplina Economia
e Gestão. Compreenderemos, em um primeiro momento, o que é economia, seus
principais conceitos, o papel do economista, a relação entre economia e política e
sua importância. Também estudaremos o funcionamento e a divisão da economia,
que atualmente se divide em microeconomia e macroeconomia.
Em seguida, estudaremos alguns termos relacionados à economia, como a
escassez dos produtos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e assim por diante. Assim, con-
seguiremos perceber que essas ferramentas estão extremamente presentes em
nosso cotidiano.
Afinal, a economia está relacionada à administração dos recursos da socie-
dade, principalmente aos recursos escassos. Com essa administração e gestão, a
economia pretende produzir serviços e bens que serão distribuídos ao consumo
para a população.
Compreenderemos também os 10 principais princípios econômicos, bem
como suas utilizações, na prática. Esse tema é um dos primeiros a ser estudado
em cursos de Ciência Econômica, considerado importantíssimo para a formação
desses profissionais.
Por fim, estudaremos o avanço da economia como matéria de estudo ao
longo dos séculos e sua principal divisão. Vamos nessa?
2 CONCEITOS DA ECONOMIA
Inicialmente, entenderemos alguns pontos: todos os indivíduos têm desejos,
vontades e necessidades. As necessidades são aquelas consideradas básicas (ali-
mento, água, roupas, moradia, entre outros).
Entretanto, existem desejos que não são necessários, mas que atendem às
nossas vontades e melhoram nossa vida, como um veículo, que otimizaria nosso
10
tempo e causa maior comodidade, um telefone, para podermos nos comunicar de
forma instantânea, uma casa em um bairro mais seguro e que seja mais confortá-
vel, entre outros exemplos de ambições particulares.
O segundo ponto a ser entendido é que os recursos financeiros, para con-
cretizarmos todos esses desejos, não são infinitos. Aliás, os recursos são itens fini-
tos, com limitada oferta.
NOTA
Os indivíduos precisam se alimentar, vestir-se, estudar e têm as demais ne-
cessidades. Para isso, são necessários recursos financeiros. Entretanto, pode
acontecer de a renda dos indivíduos não serem suficientes para arcar com
todos esses compromissos e essas necessidades.
Pode ser que você esteja achando essa afirmação um pouco radical, mas
não é, e podemos provar apenas ao tentar mensurar quanto de recurso seria pre-
ciso para você conseguir concretizar todos esses desejos e essas necessidades.
Consegue imaginar que é algo quase impossível?
Figura 1 – Compras
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/vendas-de-compras-da-cyber-mon-
day_23-2148688502.jpg?w=1060&t=st=1659455501~exp=1659456101~hma-
c=51723bae0e55afcc09bb8fefc6aa0c6e2f6a413821b2f0445eeb500948caf082.
Acesso em: 24 ago. 2022.
Esses dois pontos estudados fazem surgir uma nova indagação: como
realizar as vontades e necessidades ilimitadas com recursos que são limitados?
Esse conflito entre os desejos e as limitações é o ponto central de compreensão da
11
economia, bem como do comportamento dos indivíduos em relação aos desafios
enfrentados na área econômica.
Assim, no futuro, quando você ouvir a respeito de economia, você já saberá
que essa matéria não está relacionada apenas aos números e ao dinheiro, mas
também está relacionada à preocupação em observar e entender as consequên-
cias de atitudes feitas por milhões de pessoas que tomam decisões a todo momen-
to sobre o que fazer com os recursos que estão disponíveis e com os recursos que
estão escassos à sua disposição.
De maneira intuitiva, podemos dizer que a economia está preocupada com
a forma como as pessoas economizam seu dinheiro ou, em outras palavras, com a
forma como as pessoas gastam sua renda, buscando fazer com que os indivíduos
gastem seus recursos da forma mais sábia e proveitosa possível.
A economia pode ser considerada o alicerce de todas as matérias e de todos
os estudos relacionados às finanças e deve ser estudada pelas pessoas que que-
rem seguir essa carreira profissional (O’SULLIVAN; SHEFFRIN; NISHIJIMA, 2004).
Aliás, ela é um dos pilares mais importantes da nossa vida pessoal também. Visto
todas as suas importâncias, iremos agora compreender seu conceito.
A palavra “economia” é a junção da palavra grega oikos, que significa casa,
com nomos, que significa costume (O’SULLIVAN; SHEFFRIN; NISHIJIMA, 2004). As-
sim, a tradução de economia seria “regras da casa”. Ela é uma ciência social, pois
observa o comportamento humano. Além disso, ela busca compreender a produ-
ção, a distribuição, a acumulação e a utilização de serviços e bens, itens conside-
rados fundamentais para o desenvolvimento do homem.
INTERESSANTE
Por estudar os produtos e serviços, a economia também está relacionada às
necessidades para o comportamento humano e, por esse motivo, entre as
áreas da economia, existem as finanças comportamentais.
12
ATENÇÃO
Políticas econômicas são políticas que a economia estuda e também tudo
que está relacionado ao governo e à sociedade, como aumento ou redução
do valor do bolsa-família, qualquer assunto relacionado aos impostos ou ou-
tro tema que envolva o dinheiro do Estado.
Por estudar diversos pontos, a economia conta com vários objetivos. Entre-
tanto, devemos considerar que seu principal objetivo é garantir o bem-estar do in-
divíduo e da população (MOCHÓN, 2007). Assim, a economia se desdobra nos mais
diversos estudos, para, assim, definir quais caminhos seguir, como o entendimento
da distribuição de riqueza e dos processos econômicos, bem como a avaliação dos
resultados do trabalho social e o uso dos recursos disponíveis, principalmente a
utilização daqueles recursos considerados escassos.
Com essas análises, consegue-se avaliar as necessidades da população e
também alinhar os recursos disponíveis com o que a sociedade realmente precisa.
Assim, seu principal objetivo é cumprido: o bem-estar da população é garantido e a
economia daquela nação funciona de forma adequada.
Agora, estudaremos o papel do economista. Vamos lá!
INTERESSANTE
Os economistas sempre trabalham com pesquisas, diagnósticos e análises
do mercado e do cenário econômico, realizando relatórios, produzindo proje-
ções e montando planos e estratégias para solucionar conflitos financeiros.
13
Figura 2 – Economista
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/consultor-de-consultoria-financeira-
-contador-discussao-profissional_1418-48.jpg?w=1060&t=st=1659455624~ex-
p=1659456224~hmac=15dac8fdbee4374bd3dc56690510981c5f699490a95ee-
6335e41c6f73e5b2bda. Acesso em: 24 ago. 2022.
14
ATENÇÃO
Observe que os exemplos citados são exemplos de interesse a toda a po-
pulação brasileira e, por isso, não deve ficar nas mãos de uma só pessoa a
maneira de gastar esses recursos. Assim, são inseridas estratégias e critérios
que são mais apropriados, como: a democracia representativa para eleger os
representantes do Poder Legislativo e Executivo e a separação dos poderes
em Legislativo, Executivo e Judiciário, pois assim o governante não consegue
exceder seu poder e seu controle sobre o Poder Legislativo e a Justiça, entre
outras medidas.
NOTA
Para termos noção da importância do alinhamento entre economia e polí-
tica, temos uma ramificação da economia, que é a economia política, área
que busca compreender as relações sociais econômicas. Além disso, existem
também políticas econômicas, termo que indica ações a serem tomadas, que
podem mudar a cada governo ou a cada ciclo da economia, como as metas
de taxa de juros, de superávit orçamentário, da inflação etc.
Outro ponto que torna bem próxima a relação entre economia e política são
os indicadores econômicos e a sua influência na política contemporânea. Afinal, os
números de desemprego, da evolução do Produto Interno Bruto (PIB), da inflação,
dos juros e do câmbio fazem total diferença para o trabalho de um governante, já
que a economia não estar bem pode ser sinônimo de uma má administração dos re-
cursos públicos. Esse envolvimento pode ser direto, já que as atitudes dos políticos
e do governo geram impactos nos resultados da economia da nação (O’SULLIVAN;
SHEFFRIN; NISHIJIMA, 2004). O contrário também é verdadeiro: bons resultados
e indicadores econômicos conseguem melhorar a imagem que o governante tem
perante a população.
15
DICA
Para saber mais a respeito da economia atual, bem como do desemprego, do
preço de habitação etc., assista ao vídeo Unidade: Economia Atual, disponível
em: Economia atual | Mercado financeiro e de capitais | Khan Academy.
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/empresario-em-armazem-com-
-prateleiras-de-metal-vazias-ilustracao-em-vetor-dos-desenhos-animados-do-
-interior-da-sala-de-armazenamento-com-trabalhador-e-prateleiras-para-es-
toque-carga-mercadorias-armazem-com-homem-com-pasta_107791-7990.
jpg?w=1060&t=st=1659455939~exp=1659456539~hmac=41faf6a345b6e9b600b-
47ca91b0ebcf50e81932ea13e61054bb9ef86a286d193. Acesso em: 24 ago. 2022.
16
tão disponíveis para concretizá-las (TEBCHIRANI, 2012). Assim, a economia está
constantemente analisando os problemas econômicos, o que é preciso produzir, o
tempo certo para a produção, a quantidade da produção e o público-alvo da pro-
dução.
IMPORTANTE
Segundo Pindyck e Rubinfeld (2010), os pilares investigativos a respeito dos
problemas econômicos para a solução dos conflitos e para a tomada de deci-
são são baseados em quatro questionamentos: “o que produzir?”, “qual quan-
tidade produzir?”, “para quem produzir?” e “quando produzir?”.
17
pagar os tributos por meio de ovos de galinha e tomate. O pagamento deve ser
realizado em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
Mais um ponto importante é que a criação de tributos só acontece por meio
de aprovação de lei pelo Poder Legislativo. Essa questão é importante para preser-
var a proteção do cidadão.
Agora, estudaremos os tipos de tributos. Existem diversos tipos de tributos,
particionados em subdivisões, a saber:
Fonte: a autora
Portanto, imposto é um tipo de tributo, mas nem todo tributo será um tipo
de imposto. Isso pois os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições.
As taxas são recolhidas com o intuito de financiar certo tipo de serviço pú-
blico. Por exemplo, ao retirar uma passagem em uma rodoviária, você pagará uma
taxa. Essa taxa é usada para financiar esse serviço. Outro exemplo é a taxa paga
para emitir o passaporte, na Polícia Federal, o dinheiro pago, por meio da taxa, é
utilizado para financiar o trabalho de emissão de passaportes. As taxas podem ser
criadas por qualquer ente federativo.
18
Figura 4 – Taxas
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-do-imposto-documento-de-im-
posto-sobre-servicos-com-telefone-de-dados-e-laptop_24877-54127.jpg?w=740&-
t=st=1659456030~exp=1659456630~hmac=52c5efd6f472d7cefd22d54f21827c-
d12ea43f3ba71dd8e12e3025469a6bfb4a. Acesso em: 24 ago. 2022.
NOTA
Fato gerador é a atitude do contribuinte que resultará cobrança do imposto.
19
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) são exemplos
de contribuição especial.
Confira a separação de tributos entre município, estado e União.
Fonte: a autora
20
• Juro: é o valor do dinheiro em relação ao tempo, sendo o rendimento
desse valor emprestado ou aplicado em relação ao tempo. Podemos
comparar o juro com o aluguel do dinheiro, as instituições financeiras
alugam seu dinheiro a outra pessoa e essa pessoa precisa devolver o
dinheiro “alugado” com um acréscimo monetário.
Figura 5 – Juros
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/o-conceito-de-alterar-as-taxas-
-de-juros-nos-bancos-caindo-e-subindo-abstratamente-em-blocos-de-madei-
ra_102583-2562.jpg?w=1060. Acesso em: 24 ago. 2022.
DICA
Para saber mais sobre inflação, assista ao vídeo “Unidade: inflação”. Disponí-
vel em: Inflação | Mercado financeiro e de capitais | Khan Academy
21
Figura 6 – Inflação
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/recessao-do-valor-do-dinheiro-
-no-mercado-financeiro-aumento-de-preco-risco-de-negocios-moedas-e-
-ilustracao-vetorial-plana-de-taxa-percentual-economia-conceito-de-infla-
cao-para-banner-design-de-site-ou-pagina-da-web-de-destino_74855-22023.
jpg?w=1060&t=st=1659456128~exp=1659456728~hmac=53d4ee818014105a0bc-
2ceeae48ee76f1d87b13fbe7a1130d889f33cd2520428. Acesso em: 24 ago. 2022.
DICA
Para saber mais sobre os conceitos de oferta e demanda, bem como seu
funcionamento, assista aos vídeos “Unidades: oferta, demanda e equilíbrio de
mercado”. Disponível em: Oferta, demanda e equilíbrio de mercado | Microe-
conomia | Khan Academy
22
• Dívida externa pública: é o valor da dívida que o governo tem com
empresas, com bancos e até mesmo com pessoas em outros países.
Essa dívida é representada por títulos, sendo que o governo precisa
pagar as dívidas com uma taxa de juros atrelada (ABEL; BERNANKE;
CROUSHORE, 2008).
• Mercado de capital: são as instituições que disponibilizam capital de
longo prazo, por exemplo: bancos, Bolsa de Valores (B3), seguradoras e
afins.
• Mercado cambial: são as instituições responsáveis pela troca da moe-
da nacional em outras moedas ou troca de moedas estrangeiras em
moedas nacionais.
• Mercado monetário: são as instituições que fazem operações de cré-
dito de curto prazo, usado como principal ferramenta de regularização
da liquidez econômica para o Banco Central (Bacen), por meio de com-
pras e vendas de títulos públicos.
• Mercado de crédito: são as instituições que disponibilizam capital
para consumo ou para funcionamento das empresas. O mercado de
crédito também atua como mercado de títulos públicos.
• Mercado financeiro: refere-se ao mercado de capital, ao mercado
cambial, ao mercado de crédito e ao mercado monetário.
DICA
Para saber mais sobre mercado financeiro e de capital, assista ao vídeo “Mer-
cado financeiro e de capitais”, disponível em: Mercado financeiro e de capitais
| Economia e finanças | Khan Academy
23
Figura 7 – Análise do PIB
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/um-homem-analisando-dados-financei-
ros-de-graficos-do-mercado-de-acoes-em-uma-placa-eletronica_169016-14900.
jpg?w=1060&t=st=1659456179~exp=1659456779~hmac=d0bcd8ca16dcaf-
2d50663272e0dea3053b16c161f7d9cfdd5311c48216df1c06. Acesso em: 24 ago.
2022.
24
atualização de valores temporalmente (TEBCHIRANI, 2012).
• Dólar: o dólar não é apenas uma moeda, mas também é um indicador
financeiro. Sua cotação consegue influenciar diretamente várias partes
da economia no Brasil. Por exemplo: quando o dólar está baixo, os im-
portadores internacionais e o turismo estão mais desfavorecidos. Já em
situações de dólar alto, a inflação também aumenta, além dos preços
dos produtos que o Brasil exporta aos outros países.
Figura 8 – Dólares
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/dolar-billie-fundo-do-dinhei-
ro_1150-749.jpg?w=1060&t=st=1659456252~exp=1659456852~hmac=9e22d-
632ce56c59fce67b08dc05af9e535d2ff869fb45904708aa18e67287fb8. Acesso
em: 24 ago. 2022.
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Você já conhecia e entendia todos esses índices e termos? Esperamos que
sim, mas provavelmente você conhecia um ou outro, ou a maioria, mas não todos.
Esses termos econômicos não são estudados detalhadamente em escolas e facul-
dades, mas podem, com certeza, ser vistos quase que diariamente.
O Copom resolveu aumentar a taxa de juros (Selic) para 13,75% ao ano. Como
isso interfere seus investimentos em renda fixa? E a Bolsa de Valores costuma cair
ou subir com esse tipo de notícia? Ou, por exemplo, a produção de leite caiu no
último semestre, como ficarão os preços de leites e seus derivados no mercado?
Qual é a relação de oferta e demanda nesse caso?
Outro exemplo está relacionado ao preço da gasolina: quando temos au-
mento nos preços, vemos os preços dos fretes de produtos mais caros, os valores
de passagens também aumentam, além de pagarmos a mais para abastecermos
nossos veículos. Quando os preços reduzem, podemos comprar passagens mais
baratas e produtos com fretes mais em conta e pagamos mais barato no abasteci-
mento dos nossos carros.
Figura 9 – Gasolina
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/preco-alto-para-o-conceito-de-
-combustivel-de-carro-pessoas-desperdicando-dinheiro-com-gasolina-trocan-
do-carro-por-scooter-economizando-dinheiro-ilustracao-em-vetor-plana-pa-
ra-economia-reabastecimento-conceito-de-transporte-urbano_74855-10089.
jpg?w=1060&t=st=1659456336~exp=1659456936~hmac=e3be7edf738d2f3ac3ff-
d5206be7ca9b7c465e345638a81b3fff998229f6c8d6. Acesso em: 24 ago. 2022.
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RESUMO DO TÓPICO 1
• Podemos dizer que a economia está preocupada com a forma que as pessoas
economizam seu dinheiro ou, em outras palavras, com a forma que as pessoas
gastam sua renda, buscando fazer com que os indivíduos gastem seus recursos
da forma mais sábia e proveitosa possível.
• O papel do economista, o qual entende as alterações ocorridas no mercado e na
economia de maneira global, relacionando essas mudanças às tarefas econômi-
cas da sua área de atuação.
• A importância da economia, a economia está relacionada com a política. Afinal,
a economia está relacionada a dinheiro, recursos, produtos e serviços e, assim,
nenhum governante deve ignorar sua função e seu peso. Muito pelo contrário,
os políticos precisam fazer o possível para que a economia funcione bem.
• A escassez de produtos, que está relacionada a recursos limitados disponíveis,
produtos que não são possíveis de serem produzidos de maneira infinita, mesmo
que as necessidades e a vontade das pessoas sejam insaciáveis e ilimitadas.
Sendo assim, a economia busca compreender o comportamento do indivíduo
em relação às suas necessidades com os recursos que estão disponíveis para a
satisfação de suas necessidades.
27
AUTOATIVIDADE
28
3. As ciências econômicas são uma matéria de estudo ampla e cheia de
conceitos relacionados. O entendimento desses termos é fundamental
e, inclusive, é visto praticamente de maneira diária, mesmo que de for-
ma indireta, pelos cidadãos. De acordo com os conceitos da economia,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
29
TÓPICO 2
PRINCÍPIOS DA
ECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Entendemos que o termo “economia” significa “administração do lar”. Assim,
podemos relacionar o lar à sociedade. Portanto, a economia estuda a maneira de
administrar a sociedade e as formas de gerenciar os recursos escassos.
Também compreendemos que a escassez é a menor quantidade de pro-
dutos ou serviços a serem oferecidos em relação ao que as pessoas querem ou
precisam ter. Assim, a economia busca gerenciar esses produtos ou serviços, a fim
de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
O estudo e a compreensão da economia não são uma tarefa extremamente
simples, até pelo fato de ela ter diversos campos de atuação e estudo. Dessa forma,
o economista Gregory N. Mankiw desenvolveu e escreveu, em seu livro Introdução
à Economia, os 10 princípios da economia, com o intuito de melhorar e realmente
funcionar essa relação econômica.
Além disso, com o interesse de melhorar a exposição desses princípios, o
famoso economista os dividiu em três categorias.
30
Quadro 3 – Divisões dos Princípios
Fonte: a autora
2 OS 10 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA
Compreendendo a divisão dos 10 princípios da economia, vamos entender
cada um deles detalhadamente.
31
Figura 10 – Decisões
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/tres-estradas-e-ponto-de-interroga-
cao_1284-43358.jpg?w=1060&t=st=1659456368~exp=1659456968~hmac=f09c-
9307d3ac5d08876667507cb930a27716f79916f90ffa57d4411c1f0856ca. Acesso em:
24 ago. 2022.
NOTA
Tradeoff significa situações em que o indivíduo precisa trocar uma situação
ou coisa pela outra.
Portanto, para que uma pessoa tenha algo que quer muito, ela também pre-
cisa desistir de algo que quer muito. Por isso, o termo “enfrentar tradeoffs” significa
que as pessoas passam por conflitos relacionados às escolhas.
Vamos a um exemplo real: você tem, diariamente, quatro horas líquidas para
fazer o que quiser. Você pode utilizá-las para praticar esportes ou para utilizar as
redes sociais. Assim, a cada uma hora que você fica nas redes sociais, resulta uma
hora a menos que você poderia estar indo à academia e o contrário também é
válido.
A economia utiliza esse conceito para comparar opções disponíveis e sua
utilização para escolher a melhor alternativa. Assim, entende-se que não só desis-
tiu de outras alternativas disponíveis, mas também escolheu a melhor alternativa
possível.
Separamos mais alguns exemplos quanto à tomada de decisões, em que os
indivíduos enfrentam tradeoffs:
32
1º exemplo: como utilizar seu tempo de 14h00min às 15h30min: ler artigos
de economia ou dormir?
2º exemplo: como utilizar seu tempo nas férias: descansando ou estudando?
2. O custo de algo é dado pelo que você desiste para obtê-la: tam-
bém relacionado a tomadas de decisão, esse princípio entende que,
quando se faz uma escolha racional, o indivíduo passa a comparar o
custo e os benefícios de cada opção disponível. Entretanto, não são
todas as decisões que estão relacionadas a custos e benefícios como
valores monetários, tornando mais complicada a identificação dos cus-
tos relacionados.
33
Figura 11 – Incentivos
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/empresario-com-taca-de-tro-
feu-pulando-em-livros-para-o-alvo-e-seta-ascendente-motivacao-suces-
so-no-trabalho-conceito-de-incentivo-em-fundo-branco_335657-1682.
jpg?w=1060&t=st=1659456502~exp=1659457102~hmac=be7da3c2d5f8dc226a-
21f399b1e4210f06228ffe020becb6f17d303d304ca669. Acesso em: 24 ago. 2022.
Imagine que seu filho não quer realizar as tarefas de casa, pois ele não vê
incentivo e entende que existem tarefas a serem feitas que trarão melhores bene-
fícios (segundo as preferências dele). Quando você oferece a ele um sorvete após
a realização de tarefas ou fala que ele poderá jogar mais tempo se tirar x nota na-
quela matéria, seu filho terá mais vontade para concretizar aquela tarefa e garantir
notas melhores. Essas atitudes acontecem pelo fato de que as pessoas reagem
aos incentivos, sendo que os incentivos podem ser em casos simples ou em casos
mais complexos.
Podemos, inclusive, relacionar esse princípio ao segundo princípio (o custo
de algo é dado pelo que você desiste para obtê-la). Repare que os indivíduos cos-
tumam comparar os benefícios e os custos nas tomadas de decisões. Sendo assim,
seus comportamentos podem alterar quando os benefícios e os custos se alteram.
Afinal, os indivíduos respondem aos incentivos. Analise mais um exemplo:
1º exemplo: quando o supermercado resolve subir o preço das laranjas,
os clientes resolvem comprar mais bananas para comer. O valor da laranja é
mais caro que o valor das bananas;
2º exemplo: a obrigatoriedade da utilização dos cintos de segurança é
por conta da redução dos números de acidentes.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/agricultura-e-conceito-de-pro-
ducao-de-alimentos-com-silos-de-maquina-de-trator-e-sistema-de-irriga-
cao_342744-565.jpg?w=1060&t=st=1659456562~exp=1659457162~hmac=1baa-
458a7f6310f6508fe805b9218500162f1d22e55e71c5a73921c1086f64da. Acesso em:
24 ago. 2022.
35
NOTA
A economia de mercado é feita da seguinte maneira: as decisões que antes
eram realizadas pelo planejador central começaram a ser repassadas para
firmas e agentes, sendo que as firmas decidiam o que produzir e os agen-
tes decidiam os locais de trabalho e o que consumir. Assim, a junção desses
dois personagens, bem como seus trabalhos, resultaram melhor qualidade de
vida, aumento do bem-estar social e melhor economia.
Vamos imaginar que uma empresa tem suas indústrias próximo a um rio. A
sua produção traz resultados lucrativos e com muitos benefícios à instituição, mas
sua indústria desenvolve poluentes e polui o rio, prejudicando a população. Com o
intuito de corrigir essa falha de mercado e melhorar os resultados, o Estado busca
desestimular a poluição dos rios e diminuir o custo social de produção da empresa.
NOTA
Falha de mercado é o momento em que o mercado não consegue uma boa
alocação dos recursos, bens e serviços. Geralmente, as situações de falha de
mercado acontecem em situações de cartel ou monopólio, ou em momentos
em que o desemprego está em alta.
Por exemplo, existem empregos no Brasil que ganham menos do que nos
Estados Unidos, mesmo praticando as mesmas tarefas e com a mesma carga ho-
rária. A diferença está relacionada à produtividade média que difere entre o Brasil
e os EUA.
Mesmo que tenha a mesma condição de trabalho e quantidade de horas
trabalhadas, a produção de bens ou a realização de serviços de um país gera mais
36
valor à economia do que de outro país e, por isso, o funcionário ganha mais do que
o outro.
O crescimento dos salários pode até estar relacionado às políticas públicas e
aos sindicatos com maior ou menor poder, mas essa questão, na verdade, está re-
lacionada à capacidade de produção de bens ou à realização de serviços em menor
tempo. Confira mais alguns exemplos:
1º exemplo: o sindicato de salário-mínimo não é o responsável pelo padrão
de vida dos funcionários dos EUA. Na verdade, a causa é a produtividade que cres-
ce bastante;
2º exemplo: o crescimento do padrão de vida acontece, considerando al-
guns pontos importantes, como: qualificação profissional, educação e tecnologia.
ATENÇÃO
Portanto, o ponto principal do oitavo princípio está alinhado com a produtivi-
dade, entendendo-se que a economia cresce quando cresce a produtividade
média. Assim, a renda per capita do Brasil é proporcional à sua produção mé-
dia. Além disso, a forma de crescer essa produtividade média é por meio do
desenvolvimento da população, qualificando a mão de obra, tendo ferramen-
tas que ajudam no desenvolvimento da produção e também tendo tecnologia
apropriada para esse crescimento.
Figura 13 – Qualificação
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/treinador-falando-antes-
-da-audiencia-mentor-apresentando-graficos-e-relatorios-funciona-
rios-reunidos-em-treinamento-empresarial-seminario-ou-conferencia-
-ilustracao-vetorial-para-apresentacao-palestra-educacao_74855-8294.
jpg?w=1060&t=st=1659456628~exp=1659457228~hmac=0f29a916a5701e-
417219c2935469e9f090637cc4ee8bdb5d3362e2dcf30a1b70. Acesso em: 24 ago.
2022.
37
9. Os preços sobem quando o governo emite mais moedas do que o
necessário: quando vivemos épocas de crise ou de inflação alta, mui-
tas pessoas questionam o porquê de o Estado não imprimir mais moeda
e resolver o problema. A questão é que a emissão de dinheiro não resol-
ve o problema, pode até prejudicar.
Existe uma curva conhecida como “curva de Phillips”, que busca entender
a relação entre o desemprego e a inflação. Existem muitos economistas contra a
utilização dessa curva, mas há também a concordância em que não tem como o
Estado aumentar a oferta de moeda em circulação e diminuir o desemprego, sem
haver inflação no curto prazo. Essa relação é explicada por haver alguns produtos
em que os preços se ajustam devagar.
DICA
Para saber mais sobre a Curva de Phillips, leia a notícia a seguir, disponível
em: A curva Phillips na perspectiva keynesiana (artigo) | Khan Academy.
IMPORTANTE
A relação da inflação e desemprego é maior no curto prazo, diluída ao longo
do tempo.
38
presas vendem menos, podem demitir mais profissionais e os preços dos produtos
ainda ficarão altos. Entretanto, no médio para longo prazo, os preços começam a se
reduzir e volta a subir a quantidade de funcionários contratados.
Figura 14 – Desemprego
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/jovem-empresario-se-sentindo-preo-
cupado-em-perder-o-emprego-e-pensar-em-algo-no-escritorio_637285-6351.
jpg?w=1060&t=st=1659456704~exp=1659457304~hmac=c731db711a3600189b5a-
1f0096c759bb552040b94e5256164d0a73aec772f606. Acesso em: 24 ago. 2022.
39
RESUMO DO TÓPICO 2
40
• A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego
(curva de Phillips), e a inflação é o crescimento generalizado dos preços em um
local.
41
AUTOATIVIDADE
42
3. A Economia é dividida em 10 princípios, conforme o economista Mankiw
(2015). Segundo os princípios e as normativas elencadas por Mankiw,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – V.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
43
TÓPICO 3
EVOLUÇÃO E DIVISÃO
DO ESTUDO DA
ECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Neste Tópico, abordaremos a evolução da economia. A economia foi reco-
nhecida e estudada como ciência há apenas 500 anos, na mesma época de desen-
volvimento das técnicas comerciais e de desenvolvimento das nações. Entretanto,
os conceitos e as relações da economia com nosso dia a dia já eram vistos há
séculos, inicialmente de maneira filosófica, até pela origem do seu próprio nome, na
Grécia Antiga. Nessa época, os gregos Platão e Aristóteles ajudaram bastante com
seus pensamentos e suas ideologias.
Na sequência, abordaremos o funcionamento e as divisões da economia.
As divisões da economia são a macroeconomia e a microeconomia, sendo que seu
foco em tempos atuais se encontra no diagnóstico e na gestão dos vários tipos de
organização existentes (privadas, públicas, cooperativas etc.).
Por fim, abordaremos o fluxo circular da renda. O fluxo circular de renda con-
sidera dois fatores: as famílias e as organizações, sendo esses participantes ativos
da economia. Além desses dois principais personagens, esse modelo também leva
em consideração o governo como um personagem importante.
Nesse sentido, estudaremos a evolução e a divisão do estudo da economia.
Vamos nessa?
2 EVOLUÇÃO DA ECONOMIA
Aristóteles entendia que os pensamentos econômicos e as atividades da
economia eram “artes naturais e não naturais de aquisição”. Nesse caso, as aqui-
sições naturais eram relacionadas à agricultura, à caça e à pesca, entendendo que
essas tarefas traziam bens que eram fundamentais para a vida da população. Para
ele, as aquisições não naturais estão relacionadas a bens que não eram fundamen-
tais à vida, isso é entendido como consumo desenfreado.
44
Figura 15 – Consumismo
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/shopaholism-com-sacos_1098-13152.
jpg?w=1060&t=st=1659456772~exp=1659457372~hmac=0b077696f04a8f8b30ba-
c3fd10a435edaa9e4bd1bd78b3678dec4ca47a2ab08b. Acesso em: 24 ago. 2022.
Platão defendia que o Estado deveria seguir regras e leis, além de priorizar a
especialização do homem, entendendo ser o fator principal para o desenvolvimento
da sociedade e, consequentemente, da economia (MOCHÓN, 2007). Essa ideia foi
muito explorada posteriormente pela economia, mas também pela psicologia e pela
administração.
Ainda sobre a evolução e as influências externas para o desenvolvimento da
ciência econômica, precisamos citar também a Igreja Católica, principalmente as
ideias de São Tomás de Aquino referente aos preços dos produtos ou serviços. Ele
definiu o conceito de “preço justo” para o preço que não havia vantagem para uma
parte (comprador e vendedor).
Indo um pouco mais adiante, em poucos séculos depois de Cristo, preci-
samos entender os principais modelos econômicos existentes naquele momento.
Acompanhe.
45
• corveia: os servos tinham que trabalhar na casa dos senhores feu-
dais algumas vezes por semana;
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/agricultor-dirigindo-pequeno-trator-
-para-cultivo-do-solo-e-escavacao-de-batata-colheita-de-batata-colheita-de-ou-
tono_106029-673.jpg?w=106. Acesso em: 24 ago. 2022.
46
IMPORTANTE
Esse crescimento fez surgir o papel do rei como centralizador das responsa-
bilidades e dos compromissos, diminuindo ainda mais o papel dos senhores
feudais.
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/selo-de-cera-de-ouro-prata-bron-
ze_88138-140.jpg?w=1060&t=st=1659456898~exp=1659457498~hmac=a5edf-
083d9ede76b1f9aac4f960b8cde92eabdd190a4097cca4d3270ac6ce0c5. Acesso
em: 24 ago. 2022.
47
netária, principalmente pela utilização de novos modelos de pagamento e demais
mudanças ocorridas (PARKIN, 2003).
48
Para Keynes, a crise de 1929 aconteceu devido à alta quantidade de pro-
dução, sendo superior à procura. Assim, ele explicava os seguintes com conceitos:
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/leia-antes-de-assinar_1098-13315.
jpg?w=1060&t=st=1659456943~exp=1659457543~hmac=e054a078d13029680c-
5fe2d33c9a7421b476a50d5b0b20b40bf46fe480b3bee2. Acesso em: 24 ago. 2022.
49
vários tipos de organização existentes (privadas, públicas, cooperativas etc.); e nos
domínios de finanças, ambiente, internacional, mercado de trabalho, desenvolvi-
mento do Estado, agricultura, cultura e afins (O’SULLIVAN; SHEFFRIN; NISHIJIMA,
2004).
Fonte: a autora
Figura 19 – Microeconomia
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/investidores-empresariais-equilibran-
do-se-em-escalas-alcancando-crescimento-de-lucro_74855-20004.jpg?w=1060&-
t=st=1659456983~exp=1659457583~hmac=8ec6cbaaccd1c508538844b893e-
2233c9606b0c04e6dfb0640219b18558ac917. Acesso em: 24 ago. 2022.
50
Segundo Paul Krugman e Robin Wells (2009), a microeconomia procura en-
tender se as pessoas estão em busca dos seus próprios interesses ou estão com o
propósito de ajudar na promoção da sociedade.
Perceba que o foco da microeconomia é o entendimento das escolhas rea-
lizadas pelos agentes econômicos, buscando comparar os benefícios para a satis-
fação dos consumidores.
NOTA
A microeconomia se preocupa em compreender o comportamento dos con-
sumidores, das unidades, das empresas e indústrias, bem como suas inter-
-relações.
DICA
Para saber mais sobre a taxa de variação, assista ao vídeo Unidade: Teoria
do Consumidor. Disponível em: https://pt-pt.khanacademy.org/math/11ano/
xec1aeb6fd449d293:funcoes-reais-de-variavel-real/xec1aeb6fd449d293:-
derivada-num-ponto-interpretacao-geometrica/v/derivative-as-a-limit-nu-
merical.
51
Figura 20 – Macroeconomia
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/mercado-de-valores-de-accao-ou-
-grafico-de-troca-dos-estrangeiros-no-conceito-grafico-apropriado-para-o-inves-
timento-financeiro-ou-a-ideia-economica-do-negocio-das-tendencias-e-todo-
-o-projeto-de-trabalho-da-arte-abstratos-financas-fundo_73426-181.jpg?w=1060.
Acesso em: 24 ago. 2022.
DICA
Para saber mais a respeito da macroeconomia, assista ao vídeo “Unidade:
conceitos básicos da economia”, disponível em: Conceitos básicos de Econo-
mia | Macroeconomia | Khan Academy.
52
famílias e pessoas no geral;
• mercado de fatores de uma produção: os fatores, nesse mercado, são
o capital, a terra ou o trabalho, disponibilizados pelas famílias, que as
empresas contratam.
53
LEITURA COMPLEMENTAR
54
paravam de subir. Na verdade, os especuladores nem precisavam levar o bulbo para
casa. Ficavam só com um contrato (um “título”, no jargão financeiro) que lhes dava
direito ao dinheiro que a flor rendesse mais tarde.
Não demorou, e passaram a comercializar os próprios contratos. Quem ti-
vesse pago 1.200 florins por um desses títulos, esperando que o bulbo subisse de
preço até a primavera, às vezes preferia vender a algum interessado por 1.300 e
embolsar o lucro na hora a ficar esperando. Esse outro sujeito podia encontrar al-
guém a fim de pagar 1.400 e vender de uma vez, levando 100 florins para casa sem
fazer força. A coisa era tão tiro certo que os mais espertos começaram a fazer um
malabarismo financeiro: pegar, digamos, 1.400 florins emprestados para comprar o
bulbo e vendê-lo no mesmo dia por 1.500. Isso é mais do que dinheiro fácil. É lucrar
sem ter investido nada – coisa que os especuladores chamam de “alavancagem”.
Um holandês qualquer que acordasse sem um tostão no bolso podia fazer o em-
préstimo de manhã, comprar a tulipa ao meio-dia, vender mais caro à tarde, pagar
o que devia com juros e ir dormir com o lucro.
Dava para viver disso, até. E ainda dá. Tanto que os Bancos fazem dinheiro
exatamente assim até hoje. Eles pegam emprestado pelo menos o triplo do que
têm e usam o dinheiro para investir. Depois pagam tudo e vão dormir com o lucro.
O Lehman Brothers, maior Banco de investimentos dos Estados Unidos até 2008,
chegava a tomar empréstimos de US $30 bilhões para cada US $1 bilhão que tinha
nas mãos. É como se alguém que ganha R $5 mil por mês hoje pegasse emprés-
timos de R $2 milhões todo ano. Pagar tudo isso e ir dormir mais rico não é para
qualquer um – nem para o Lehman, que faliu, levando a economia mundial junto.
Por enquanto, vamos voltar a falar de flores. A especulação com os bulbos
de tulipa crescia, e o preço deles ia na mesma toada. No auge do boom, em 1636,
a Semper Augustus subiu 300%, de 2 mil para 6 mil florins. Com as flores menos
caras, foi mais ainda. A tulipa do tipo Gouda, mais comum, subiu de 20 para 225
florins – mais de 1.125%.
O mercado das tulipas tinha pegado fogo: se você adquirisse um título de
bulbo, pelo preço que fosse, sempre aparecia alguém para comprá-lo por um valor
maior. Só que fogo não é eterno, posto que é chama. “Mas que seja infinito enquan-
to dure”, torciam os especuladores. Não foi. Esse mercado só se sustentaria se os
preços continuarem subindo para sempre. Os valores ali já não tinham mais nada
a ver com a demanda pelas flores como artigos de luxo. Não havia tantos nobres
dispostos a gastar o preço de uma mansão numa florzinha para mostrar aos ami-
gos. A quantidade de gente assim é um recurso finito. Àquela altura, não havia mais
um consumidor final para valer. As pessoas só compravam os títulos por valores
extorsivos na esperança de que surgisse alguém “mais otário” lá na frente disposto
a pagar mais ainda por eles. Otários também são um recurso finito. Uma hora co-
meçou a faltar compradores.
55
Para piorar, descobriram um monte de fraudes: floristas estavam vendendo
mais contratos do que a quantidade de bulbos que tinham em estoque. Era como
imprimir dinheiro falso. Outra: ninguém sabia que o responsável pela existência da
Semper Augustus era um vírus (nem se fazia ideia do que era um vírus, já que a vida
microscópica era desconhecida na época). Se os vírus não infectam o bulbo, nascia
uma tulipa normal. O investidor via que tinha comprado gato por lebre. Quando tudo
isso veio à tona, a desconfiança reinou. E o mercado minguou. De vez. As ações
da Vale subiram 200% em 3 anos. A tulipa mais valiosa da Holanda no século XVII
também.
Quem tinha vendido casa e carruagem para investir no dinheiro fácil das
tulipas se viu com as calças na mão de uma hora para a outra. Os contratos ti-
nham virado “títulos podres”, como dizem os economistas. Não valiam mais nada.
O governo precisou intervir, perdoando dívidas de pessoas falidas. E a economia
demoraria anos para voltar ao normal. Para qualquer um que acompanhou o que
aconteceu com a economia antes, durante e depois da crise de 2008, tudo isso é
familiar. No mundo dos investimentos, os primeiros anos do século XXI foram tão
eufóricos como a época da mania das tulipas. Inclusive boa parte das ações subiu
tanto quanto as flores de 300 anos atrás. Sem exagero, nos três anos anteriores à
crise, as da Vale aumentaram quase tanto quanto a Semper Augustus nos três anos
de pico da bolha holandesa: 200%. As da Gerdau foram no mesmo pique das tulipas
Gouda: 1.000%.
E a onda não afetou só quem opera diretamente na bolsa. As 312 mil pes-
soas que optaram por deixar uma parte de seus fundos de garantia em ações da
Petrobras quando o governo criou esse programa, em 2000, viram seu dinheiro dar
cria. Quem separou R $50 mil do FGTS para investir nisso, por exemplo, chegou
a ter mais de R $500 mil na conta em 2008 – e fazendo menos esforço do que
se tivesse ganhado esse dinheiro no Big Brother; ou na Holanda do século XVII. A
diferença é que esse não foi um jogo entre malandros e otários. Os lucros dessas
empresas estavam subindo no mesmo ritmo que o preço das ações – às vezes até
mais rápido. Isso deixa tudo mais concreto (veja o boxe da página 16).
Se você tem uma ação da Vale, por exemplo, significa que é dono de 0,2
bilionésimo da empresa. Como proprietário de uma parte da mineradora, você tem
direito a um pedaço dos lucros dela, os “dividendos”, no jargão. E esse dinheiro
pinga na sua conta de tempos em tempos. É para isso que serve uma ação: pagar
dividendos.
Se os lucros estão altos, o dinheiro que entra para você também é alto. Ter
esses papéis nas mãos é um bom negócio quando a empresa é lucrativa. Tão bom
que outras pessoas vão querer comprá-los de você para ficar com o direito de re-
ceber um naco dos lucros da companhia. Aí é a lei da oferta e da procura: se muita
gente está interessada nelas, o preço sobe. E você pode vender na bolsa por mais
do que pagou. Básico. É para isso também que serve uma ação – lucrar sobre as
56
expectativas dos outros. Quem compra, em tese, é um sujeito interessado em ficar
com o papel para que a grana dos dividendos caia na conta dele. Mas, como tem
muita gente nesse mercado, na prática o comprador típico é alguém que só espera
vender a ação por um preço maior no futuro, igual ao mercado de tulipas.
Os ganhos podem ser tão grandes entre a compra e a venda de uma ação
que, na prática, a bolsa gira em torno disso. Quase todo mundo que compra papéis
o faz na esperança de vendê-los por mais dinheiro um dia. E os dividendos acabam
vistos como meros adicionais, só um dinheirinho que chega de vez em quando. O
que vale mesmo é a expectativa de vender os papéis por um valor duas, três, dez
vezes maior, mas isso é uma inversão de valores que só atrapalha na hora de en-
tender a lógica do mercado acionário. Para começar, o que faz o preço de uma ação
subir? O óbvio: quanto mais pessoas estiverem interessadas no papel, mais caro ele
vai ficar no mercado. Normal, mas o que faz com que muita gente decida comprar
ações de alguma empresa em especial, levando o preço dos papéis lá para cima?
O potencial de lucros dessa empresa. Quanto mais a companhia faturar, maior será
a capacidade de ela pagar dividendos polpudos. Ou seja, os dividendos não são
meros extras. Eles formam a essência do mercado financeiro.
Se existe a expectativa de que uma empresa vai dar mais lucros, de que
ela vai pagar dividendos melhores lá na frente, mais investidores correrão para as
ações dela. E o preço vai subir. Mas tem um problema aí: expectativa é só expectati-
va. Ninguém tem como dizer se uma empresa vai dar mais ou menos lucro no futu-
ro. E, se ela começar a viver no prejuízo e acabar falindo, o destino das ações será o
mesmo dos títulos de tulipas: não valer mais nada. É por causa dessa incerteza que
o mercado financeiro está cheio de analistas pagos para estudar a saúde financeira
das empresas. Eles fuçam os balanços e escarafuncham o mercado em busca de
quaisquer indícios sobre a capacidade de uma companhia continuar dando lucro,
mas não é o suficiente.
Por exemplo, você compraria ações de uma empresa que aumentou seu fa-
turamento de US $13 bilhões para US $100 bilhões em cinco anos? Para completar,
imagine que essa mesma companhia ainda afirmasse por A mais B que iria dobrar
esses US $100 bilhões logo ali, no ano seguinte. Adicione o fato de que ela já era
tão grande e aparentemente segura como uma Vale da vida. Não comprar ações de
uma empresa dessas seria como rasgar dinheiro.
57
E essa companhia existiu: era a Enron, a maior companhia de energia elétri-
ca dos Estados Unidos no fim do século XX. Depois de quase multiplicar seu fatura-
mento por dez, ela foi para a confortável posição de segunda companhia que mais
faturava no mundo, atrás apenas da Exxon Mobil, a maior petroleira da Terra. Não
podia haver investimento mais seguro. Era a empresa responsável por iluminar boa
parte do território da maior economia do mundo. Para ela deixar de ganhar, só se os
americanos abdicassem da eletricidade para viver sob luz de velas.
Por isso mesmo, as companhias de energia elétrica geralmente são garantia
de um fluxo constante de dividendos. Um negócio quase sem risco. Tanto que, em
épocas de vacas magras, muita gente corre para as ações delas – enquanto a Bo-
vespa derretia na crise de 2008, por exemplo, os papéis de várias empresas dessa
área ficaram imunes.
Mas claro: se fosse só por isso, todo mundo compraria apenas ações da
companhia de energia elétrica. No entanto, tem outro ponto. Se, por um lado, essas
ações garantem dividendos faça chuva ou faça sol na economia, por outro, elas
dificilmente sobem grande coisa.
O potencial de lucro dessas empresas está restrito ao consumo de energia
das pessoas. E isso nunca dá grandes saltos de uma hora para a outra. Então, as
expectativas de lucro nunca batem no teto. Ficam sempre ali, numa zona morna.
E o preço das ações delas nunca sobe um absurdo do dia para a noite. Se você
tem papéis da Petrobras, por exemplo, e ela anuncia que o pré-sal tem o dobro do
petróleo que estava previsto, o potencial de lucro dela vai para a estratosfera, e o
preço das ações sobe junto. Com uma empresa de energia elétrica é virtualmente
impossível acontecer algo assim.
E é isso o que torna o caso da Enron especial. Se uma elétrica das grandes
como ela começa a apresentar lucros absurdos, é o mundo perfeito: uma ação com
um potencial enorme de subir e que não tem como descer. Era bom demais para
ser verdade. Mas era verdade. Aí não deu outra: as ações dispararam. Para variar,
quase naquele ritmo da Semper Augustus, a rainha das tulipas: 200% em três anos
– entre 1999 e 2001, a ação da Enron foi de US$ 30,00 para US$ 90,00.
Bom para os investidores que compraram essas ações na bolsa; melhor ain-
da para os executivos da Enron. Eles ganhavam toneladas desses papéis de graça,
como parte de seus bônus anuais. Um prêmio merecido, diga-se, se você levar em
conta que a Enron recebeu o Prêmio de Empresa mais Inovadora da América, da
revista Fortune, por seis anos consecutivos.
Depois que o preço dos papéis triplicou, alguns executivos fizeram o que
qualquer um faria: venderam as centenas de milhares de ações que tinham ganho
de bônus, embolsaram o lucro todo e saíram para curtir a vida. Um deles foi Lou Pai,
um americano de origem chinesa. Aos 52 anos, ele controlava uma das divisões da
Enron e resolveu se aposentar. Lou conseguiu US $268 milhões numa tacada só e
58
foi viver tranquilo numa fazenda de 310 km2 no Colorado – a segunda maior pro-
priedade daquele Estado. Também tinha uma menorzinha, no Texas, para abrigar
seu haras.
Um fim de carreira mais do que feliz. Só que a história estava longe de aca-
bar. Para quem tinha comprado ações da Enron, ela estava apenas começando.
Pouco mais de um ano depois de o valor de cada ação ter chegado a US$
90,00, a Enron estava falida. E quem tinha apostado suas economias nela também.
Perda total. Um investimento que deveria ser à prova de risco − e que já tinha enri-
quecido muita gente − se mostrava furado. O que aconteceu?
Um crime. Os executivos da empresa estavam mentindo sobre os lucros.
Eles colocavam valores falsos nos balanços para garantir seus próprios lucros, na
forma de bônus pelo bom desempenho da companhia. Uma hora, porém, as au-
toridades que fiscalizam empresas com ações na bolsa acabaram descobrindo as
fraudes. Refizeram, então, os balanços e constataram que a Enron estava dando
prejuízo.
A notícia se espalhou e as ações despencaram para perto de zero. E em
questão de meses foram a zero mesmo: a Enron entrou com um pedido de falência.
A tulipa estava morta. Esse foi um caso extremo em que uma mentira estava por
trás da escalada nos preços das ações. E que terminou com a empresa fechando
as portas. Mas o mercado vive situações parecidas o tempo todo. Não precisa haver
uma fraude para que uma ação suba a um valor muito maior do que deveria. Basta
que as expectativas sobre os lucros que ela possa dar no futuro sejam exageradas.
Na maioria das vezes, inclusive, a irracionalidade reina não só em relação a
uma única empresa, mas no mercado inteiro. Centenas de companhias diferentes
podem ver o preço de suas ações subirem ao mesmo tempo por conta de expecta-
tivas fora da realidade. Se houver uma esperança muito grande de que a economia
vá crescer, por exemplo, isso vai se refletir no mercado acionário. Claro: uma boa
economia oferece mais empregos. Mais empregos = mais consumidores. Mais con-
sumidores = mais possibilidades de lucro para as empresas. Aí as ações sobem e…
Opa! Espera um pouco. Primeiro, o que significa exatamente uma “boa economia”?
Segundo: um mundo com muito emprego, muito consumo e muito lucro para muita
gente é causa ou consequência de “uma boa economia”? A resposta é uma só:
“Sim”. Um mundo OK é causa e consequência de uma economia nos trinques. Mas
para entender exatamente o que essa resposta quer dizer, você precisa compreen-
der outra coisa: o que é o dinheiro. E isso os chimpanzés podem explicar. Vamos ver
o que eles têm a dizer.
59
RESUMO DO TÓPICO 3
60
AUTOATIVIDADE
61
3. As divisões da economia são a macroeconomia e a microeconomia,
sendo que seu foco em tempos atuais se encontra no diagnóstico e na
gestão dos vários tipos de organização existentes (privadas, públicas,
cooperativas etc.) e nos domínios de finanças, ambiente, internacional,
mercado de trabalho, desenvolvimento do Estado, agricultura, cultura e
afins. De acordo com os com as divisões da economia, classifique V para
as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – V – F.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
62
REFERÊNCIAS
KRUGMAN, P. R.; WELLS, R. Economic. New York, NY: Worth Publishers, 2009. p.
27.
63
64
UNIDADE 2
ORGANIZAÇÕES E ÁREAS
FUNCIONAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o que significa organização;
• Entender quais são as funções da organização;
• Conhecer as principais características, os objetivos, os tipos e as classifi-
cações da organização;
• Entender o conceito de processo administrativo;
• Conhecer e compreender as divisões do processo administrativo;
• Entender a importância do processo administrativo nas organizações;
• Compreender o conceito de áreas funcionais;
• Conhecer as principais áreas funcionais das organizações;
• Conhecer as principais atribuições das principais áreas funcionais.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – AS ORGANIZAÇÕES: CONCEITO BÁSICO
TÓPICO 2 – O PROCESSO ADMINISTRATIVO
TÓPICO 3 – AS ÁREAS FUNCIONAIS DA ORGANIZAÇÃO
TÓPICO 1
AS ORGANIZAÇÕES:
CONCEITO BÁSICO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, pare para pensar que, à medida que as pessoas crescem, elas
se relacionam com mais organizações. Temos, desde o início de nossas vidas, con-
tato com organizações: em uma organização hospitalar ao nascer, com a organi-
zação familiar, depois vem a escola, os clubes, os lugares religiosos, o condomínio,
a academia, o shopping, a empresa de trabalho e por aí vai, até o momento em
que morremos, por meio de funerárias, rezas em igrejas, compra de velas, flores e
caixões, entre outros detalhes.
Tudo que os indivíduos querem e precisam as organizações criam, desen-
volvem, melhoram, produzem e comercializam.
Podemos entender a organização como a maneira como se organiza um
sistema ou um processo, com o intuito de concluir o objetivo almejado. A orga-
nização, de maneira geral, é formada por uma ou mais pessoas que concretizam
suas responsabilidades e tarefas, de maneira controlada, para aferir os resultados
desejados, de maneira eficaz e eficiente.
Assim, os colaboradores, em uma instituição, fazem uma troca dos seus es-
forços e conhecimentos pelos salários que recebem mensalmente das empresas. É
por meio desses salários e dos demais benefícios que eles garantem a existência e
o bem-estar da sua família, por meio da utilização de bens e serviços.
67
2 CONCEITOS EM ORGANIZAÇÕES
Antes de explicarmos sobre organização no sentido empresarial, vamos ex-
plicar o seu conceito. A palavra organização tem origem grega, da palavra organon,
e se refere a uma ferramenta, um utensílio, um instrumento ou algo com que se
trabalha (FONSECA, 2020). Nesse caso, o conceito de organização está relacionado
à forma como são ajustados e usados os recursos disponíveis, com o intuito de se
atingir os objetivos desejados.
Portanto, ela é a ação feita para se alcançar os resultados almejados, sendo
composta por um ou mais indivíduos que realizam suas tarefas de maneira coorde-
nada, tendo um objetivo comum a ser atingido. De acordo com Maximiano (1992, p.
57), a organização é:
[...] uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade reali-
zar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível
perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa.
Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo
de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de orga-
nizações.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/grupo-de-pessoas-trabalhando-
-no-plano-de-negocios-em-um-escritorio_1303-15773.jpg?w=1060&t=s-
t=1660498425~exp=1660499025~hmac=1b3ba07868695db78ceee0cc845b-
957c76bdcb37e712c3bfec5da0ac9c567341. Acesso em: 25 ago. 2022.
68
Como exemplo, podemos citar a organização do lar: esse modelo de orga-
nização se preocupa em deixar todos os componentes envolvidos em seu devido
lugar, ficando coordenados naquele ambiente (FONSECA, 2020).
69
zação que busca concluir seu objetivo por meio da interação entre os membros e
por meio da comunicação e divisão de trabalho.
70
jurídica e contam com elementos considerados fundamentais, como fornecedores,
clientes, funcionários, concorrentes, comunicação e afins.
NOTA
As organizações podem ter uma estrutura formal ou informal. A entidade for-
mal conta com a característica de ser estruturada e organizada segundo o
seu regulamento interno e a organização da informação das relações criadas
pelas pessoas, sendo a consequência e a resposta da evolução do negócio.
Escolas, empresas, hospitais, clubes, partidos políticos, sindicatos, igrejas e
Organizações Não Governamentais (ONGs) são exemplos de organizações
formais.
71
de cada entidade difere e ímpar (FONSECA, 2020). Além disso, ela é elaborada no
decorrer do tempo, até se tornar uma rotina que todos seguem nas práticas e nos
processos da organização.
Segundo Schein (2001), a partir do momento em que as características são
atreladas nas atividades rotineiras da empresa, esta terá maior facilidade e matu-
ridade para evoluir as competências dos seus colaboradores, treinando-os para
entender a melhor forma de pensar, perceber e sentir os problemas e conflitos que
a entidade tem, além de buscar soluções.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/grupo-de-pessoas-trabalhando-
-no-plano-de-negocios-em-um-escritorio_1303-15861.jpg?w=1060&t=s-
t=1660498504~exp=1660499104~hmac=e0bee3469f669365c53394ab-
f40400b0c132969365503200c76b351609368f41https://img.freepik.com/
fotos-gratis/grupo-de-pessoas-trabalhando-no-plano-de-negocios-em-um-es-
critorio_1303-15861.jpg?w=1060&t=st=1660498504~exp=1660499104~hmac=e-
0bee3469f669365c53394abf40400b0c132969365503200c76b351609368f41.
Acesso em: 25 ago. 2022.
72
NOTA
Algumas organizações não acham necessária a divulgação clara dos seus
valores e de suas normas, mas isso não significa que essa organização não
tenha princípios organizacionais, já que esses princípios são a postura do
dia a dia, a expectativa dos colaboradores, as crenças e afins. Entretanto, as
empresas que almejam crescimento precisam deixar claros seus valores, por
meio da divulgação em si e também por meio das atitudes.
Figura 4 – Motivação
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-perfil-de-uma-mulher-
-comemorando-o-sucesso_1163-2226.jpg?w=1060&t=st=1660498694~ex-
p=1660499294~hmac=c34663ffa9c36eec67aa722994f7b674d0e7156c43cee-
092b0e9668e78d235d5. Acesso em: 25 ago. 2022.
73
IMPORTANTE
A preocupação com o melhor gerenciamento do clima organizacional entre as
empresas vem crescendo bastante ao longo dos anos.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/empresarios-e-mulheres-de-negocios-
-asiaticos-se-reunindo-para-debater-ideias-sobre-o-aplicativo-de-planejamen-
to-de-web-design-criativo-e-desenvolver-um-layout-de-modelo-para-projeto-
-de-telefone-celular-trabalhando-juntos-em-um-pequeno-escritorio_7861-2682.
jpg?w=900&t=st=1660498618~exp=1660499218~hmac=7bf9e66156dc-
9f7856238ab9d4909a56ac1bdec86e0d76b1bd48e3d0df137878. Acesso em: 25
ago. 2022.
74
Observe que o planejamento facilita o processo organizacional e antecipa o
sucesso. De maneira geral, o planejamento envolve três pontos considerados fun-
damentais:
Fonte: a autora
A entidade que quer atingir seus objetivos precisa, sem sombra de dúvidas,
utilizar a ferramenta do planejamento. Afinal, com o planejamento, é possível ter
melhor direcionamento nas tomadas de decisão e melhor clareza dos problemas e
também das oportunidades.
Isso é possível, porque é por meio do planejamento que o alto escalão da
organização consegue ter mais controle dos cenários e também dos imprevistos
que podem surgir. Mais do que isso: conseguirá já pensar em ações a serem feitas
para resolver esses problemas. Além do mais, conseguirá utilizar, da maneira mais
apropriada, os recursos existentes e serão admirados pelos seus subordinados,
pois estes entenderão que seus líderes são proativos, determinados e trabalham da
melhor forma (SILVA, 2008).
ATENÇÃO
Quando se realiza qualquer tipo de planejamento, mesmo aquele mais sim-
ples, os objetivos terão mais chances de serem atingidos de maneira efetiva
e rápida.
75
Por último, mas não menos importante, a estratégia organizacional não
apenas planeja a ação, ela também a executa. Assim, ela se preocupa em apre-
sentar os caminhos que a entidade deve seguir para que ela aproveite melhor os
recursos disponíveis e, para isso, ela analisa os fatores internos (forças e fraquezas
da organização) e os fatores externos (ameaças e oportunidades).
76
Figura 7 – Mercado de trabalho atual
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/barista-afro-americano-sorridente-
-de-uniforme-dando-cafe-para-seu-cliente-no-cafe-da-moda_613910-21068.jp-
g?w=1060&t=st=1660498768~exp=1660499368~hmac=c55e9f670b31ad1a7fd4a-
5f9d1a94d0838308db2a468da6beb51596fe35b8889. Acesso em: 25 ago. 2022.
IMPORTANTE
O trabalho tem papel de extrema importância na vida das pessoas, já que é
por meio dele que os indivíduos auferem renda e condições financeiras para
conseguir conquistar os seus objetivos. Além disso, o trabalho ajuda no(a):
Por esse motivo, lidamos cada vez mais com melhores produtos e servi-
ços, pois as empresas vêm melhorando e se expandindo diariamente, seja devido à
competitividade, seja devido às exigências que os clientes fazem (FONSECA, 2020).
77
ATENÇÃO
As organizações são criadas e desenvolvidas com a finalidade de atender às
necessidades e às vontades que os usuários têm. Por esse motivo, seus do-
nos realizam um planejamento bem detalhado antes de abri-las.
• Porte:
• pequena;
78
• média;
• grande.
79
• multinacionais.
• Tipos de produção:
• bens e produtos;
• serviços.
• Comportamento em relação às mudanças:
• flexível;
• rígida.
Figura 8 – Empresas
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/vista-de-modernos-arranha-ceus-
-negocio-vidro-e-ceu-vista-paisagem-de-predios-comerciais_39665-83.jp-
g?w=1060. Acesso em: 31 ago. 2022.
80
Assim, as organizações podem ser heterogêneas, em que cada uma tem
o seu próprio propósito e objetivo. Por exemplo: existem empresas que visam ao
lucro, mas também existem as que não têm fins lucrativos.
Outro detalhe ímpar é que, independentemente de seu modelo, sejam in-
dústrias, empresas, fábricas ou qualquer outro modelo de empreendimento, as or-
ganizações necessitam de administração.
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-ge-
renciamento-de-tempo-desenhada-a-mao_52683-54970.jpg?w=1060&-
t=st=1660498353~exp=1660498953~hmac=ca6c153ee265baf9c04257e-
503c9498524a684bf73717040b0578d1927d3ea65. Acesso em: 25 ago. 2022.
81
zação, justamente pelo fato de que cada entidade tem sua própria finalidade, seu
desejo, sua condição, seu grupo de trabalho, seu tempo de mercado e seus demais
fatores internos e externos.
Figura 10 – Objetivo
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/setas-dardos-no-conceito-de-ne-
gocio-de-centro-de-destino_1150-7676.jpg?w=1060&t=st=1660498959~ex-
p=1660499559~hmac=0faafdc89a99b2a501464b469f8a4cf3084ace82847e4732f-
df6f7ff66e3dd4d. Acesso em: 25 ago. 2022.
82
Figura 11 – Resultados melhores com organização em dia
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/grafico-de-barras-digital-crescen-
te-com-sobreposicao-de-mao-de-empresario_53876-97640.jpg?w=900&t=s-
t=1660500354~exp=1660500954~hmac=fc994e6ff68d65a5e696dbbab1abe3bf-
78ddf191e4547abf4b39d40468ce9543. Acesso em: 25 ago. 2022.
83
Figura 12 – Bens e produtos
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/mulher-de-compras-olhando-pa-
ra-as-prateleiras-no-supermercado-retrato-de-uma-jovem-em-uma-loja-de-mer-
cado-com-um-carrinho-de-compras_600776-24229.jpg?w=1060. Acesso em: 25
ago. 2022.
INTERESSANTE
As organizações têm a responsabilidade de concluir as atividades fundamen-
tais para o melhor funcionamento da sociedade e elas também são responsá-
veis pelo desenvolvimento de bens e produtos e pela prestação de serviços,
como serviços educacionais, de segurança, de comunicação, de saúde, de
cuidado com o ambiente, de saneamento, de produção de alimentos, de so-
lidariedade social, entre outros inúmeros serviços prestados pelas organiza-
ções.
84
Figura 13 – Pessoas felizes em uma organização escolar
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/sorrindo-alunos-do-ensino-primario-
-que-sentam-se-na-sala-de-aula_1098-3953.jpg?w=1060&t=st=1660500453~ex-
p=1660501053~hmac=9beedf419b7d50f68ca62bb419274732b599b604c2e8582a-
7f908dc8c5ff6de3. Acesso em: 25 ago. 2022.
85
RESUMO DO TÓPICO 1
86
AUTOATIVIDADE
87
3. A organização deve ser feita por meio de planejamento, análise e contro-
le, pois assim é possível verificar se os resultados estão sendo atingidos
e se a empresa está aproveitando as melhores oportunidades. Sobre o
exposto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
88
TÓPICO 2
O PROCESSO
ADMINISTRATIVO
1 INTRODUÇÃO
Ter a gestão, o controle e a administração de empresas é uma das mais difí-
ceis responsabilidades atuais. Por esse motivo, os indivíduos responsáveis por essa
função devem estar em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento pessoal e
em busca de novas competências (específicas e gerais) e habilidades.
Entretanto, administração e processo administrativo não são sinônimos. A
administração está relacionada aos processos decisórios e está voltada à alocação
de recursos e a encontrar maneiras de gerar melhores resultados e eficácia à em-
presa. Já o processo administrativo está relacionado à decisão de como a entidade
vai ser possível (FONSECA, 2020). O processo administrativo está alinhado com os
resultados das organizações e, por isso, preocupa-se em executar suas funções da
melhor maneira possível.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/consultor-de-consultoria-financeira-
-contador-discussao-profissional_1418-48.jpg?w=1060&t=st=1660500528~ex-
p=1660501128~hmac=39f5348953fd6b526a44eebe0bd200d31e541f682cd-
d8800c2c7caa822291c55. Acesso em: 25 ago. 2022.
89
Assim, ele está relacionado aos responsáveis pela geração de produtos e
de serviços que agreguem e supram as necessidades dos consumidores desses
itens. Por esse motivo, ele envolve várias ações de desenvolvimento e de controle,
pois, assim, é possível identificar a maneira mais adequada de aproveitamento de
materiais, recursos financeiros, tecnológicos e humanos.
Perceba que essa estratégia é muito importante para todas as organizações
e consegue gerar excelentes resultados a elas. Esse processo é dividido em algu-
mas fases, sendo elas:
1. planejamento;
2. organização;
3. direção;
4. controle.
2.1 PLANEJAMENTO
Todo planejamento deve ser feito com o intuito de aferir os objetivos plane-
jados desde a fase inicial, mas entendendo que existem desvios e, por isso, deve
ser flexível. A fase de planejamento pode ser feita respondendo certas questões,
como:
90
• em quanto tempo começará?
• precisará de quanto tempo para concretizá-lo?
• quais serão os recursos necessários para sua concretização?·
Figura 15 – Planejamento
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/homem-de-negocios-jovem-em-fren-
te-a-parede-de-vidro-de-adesivos-e-olhando-para-os-planos-de-futuros-em-seu-
-escritorio_231208-2277.jpg?w=1060&t=st=1660500577~exp=1660501177~hma-
c=a3bf408742e987a3527b9d5fe5bdf8ae3f9ed99c7ec96a0dc77777635d832435.
Acesso em: 25 ago. 2022.
91
• liderança;
• qualidade dos produtos;
• reconhecimento;
• eficiência dos colaboradores;
• motivacional;
• credibilidade com os fornecedores.
• Fraquezas: assim como as ameaças, as fraquezas também devem ser
diminuídas ou acabadas. Pense na seguinte situação: você trabalha em
um empreendimento em que o chefe é extremamente arrogante e vai-
doso demais para pedir opinião, ajuda ou crítica dos seus colaboradores
e, por essas atitudes, a empresa vem diminuindo seus resultados. As
fraquezas da liderança dessa empresa afetam o resto. Podemos consi-
derar até que os líderes influenciam aquele local de trabalho.
Figura 16 – Diagnósticos
Fonte: a autora.
92
• curto prazo: são os que deverão acontecer até nos próximos seis me-
ses;
• médio prazo: são os que deverão acontecer até nos próximos cinco
anos;
• longo prazo: são os que deverão acontecer após cinco anos.
2.2 ORGANIZAÇÃO
A fase de organização é a etapa em que os recursos, as responsabilidades
e as funções são ordenadas e, assim, o trabalho é feito de forma mais fácil. Ela é a
etapa que define o que deverá ser feito para conseguir concluir o objetivo definido
no planejamento e, para isso, são divididos as tarefas e os recursos (FONSECA,
2020).
93
A organização está relacionada ao ordenamento de:
2.3 DIREÇÃO
O ato de administrar é similar ao ato de gerenciar. O administrador deve ser
o gestor de pessoas e sua função é bem executada quando ele consegue orientar
seus colaboradores e estes conseguem executar suas funções, gerenciar conflitos
e se desenvolverem (SILVA, 2008).
94
IMPORTANTE
Assim, a direção precisa realizar tarefas que integrem todos os envolvidos,
realizando treinamentos, fixando metas e objetivos e direcionando outras
pessoas no melhor caminho
95
Figura 17 – Direção
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/homem-de-negocios-jovem-em-fren-
te-a-parede-de-vidro-de-adesivos-e-olhando-para-os-planos-de-futuros-em-seu-
-escritorio_231208-2277.jpg?w=1060&t=st=1660500577~exp=1660501177~hma-
c=a3bf408742e987a3527b9d5fe5bdf8ae3f9ed99c7ec96a0dc77777635d832435.
Acesso em: 25 ago. 2022.
2.4 CONTROLE
A última fase do processo administrativo é o controle: controlar é analisar
os resultados, conferir se tudo foi feito de forma adequada e se as metas foram
cumpridas. Por meio do controle, também é possível identificar as falhas e, assim, é
possível a correção dos desvios encontrados (SILVA, 2008).
96
Figura 18 – Controle
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/conceito-de-inovacao-de-automa-
cao-de-diagrama-de-fluxo-de-trabalho-industrial-de-estrutura-de-processo-de-
-negocios-em-midia-mista-de-tela-virtual_161452-3014.jpg?w=900. Acesso em: 25
ago. 2022.
Fonte: a autora
Apesar de o controle ser a última etapa, ele deve ser realizado desde o início
do processo, pois o controle identifica o que está dando certo e também o que está
dando errado.
97
RESUMO DO TÓPICO 2
• O que é um processo administrativo, que são atos que vão se tornar a base para
um bom funcionamento das organizações.
• A primeira fase, basicamente, é concluída ao juntar todas as informações dis-
poníveis, que servem de suporte para o processo decisório para a organização.
• A fase de organização é a etapa em que os recursos, as responsabilidades e as
funções são ordenadas e, assim, o trabalho é feito de forma mais fácil.
• A organização está relacionada ao ordenamento de:
○ trabalho;
○ espaço;
○ pessoas;
○ tempo;
○ finanças.
• O ato de administrar, terceira fase, é similar ao ato de gerenciar.
• Os líderes, gestores e também administradores devem realizar uma boa lideran-
ça e, para isso, precisam desenvolver certas habilidades, a saber:
○ habilidade de motivação;
○ habilidade de tomada de decisão;
○ habilidade de autoridade;
○ habilidade de comunicação;
○ habilidade de análise de desempenho.
• A última fase do processo administrativo é o controle e controlar é analisar os
resultados, conferir se tudo foi feito de forma adequada e se as metas foram
cumpridas.
98
AUTOATIVIDADE
99
( ) As oportunidades costumam vir de maneira externa e podem ser bem
aproveitadas e lucrativas.
( ) As ameaças geralmente são internas, dentro da própria organização, como
greves e protestos.
( ) As fraquezas são pontos negativos da organização e devem ser realizadas
estratégias para acabá-las ou diminuí-las.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
100
TÓPICO 3
AS ÁREAS
FUNCIONAIS DA
ORGANIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As tarefas divididas e atribuídas a cada pessoa se referem a algo que acon-
tece desde as primeiras civilizações existentes, e isso é importante desde a estru-
turação familiar, até a estruturação de organizações.
Nesse sentido, neste tópico, estudaremos as áreas funcionais da organiza-
ção, bem como, logo em seguida, apresentaremos um exemplo de uma estrutura
das áreas funcionais de uma organização.
Em uma organização empresarial, por exemplo, a divisão de tarefas ocorre
por meio de setores e estas são ampliadas ou reduzidas, a depender do tamanho
da organização. Uma coisa é certa: independentemente do porte da empresa ou da
quantidade de funcionários, esses setores devem estar bem alinhados e organiza-
dos, para que a organização tenha sucesso e lucro.
2 ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL
As tarefas divididas e atribuídas a cada pessoa são algo que acontece desde
as primeiras civilizações existentes, e é importante desde a estruturação familiar,
até a estruturação de organizações.
As funções de uma empresa são os processos em que se aplicam os recur-
sos, e essas funções são realizadas por meio de áreas funcionais, as quais podem
se dar por meio de outras unidades, conhecidas como setores (SILVA, 2008).
Por exemplo, o setor de Recursos Humanos (RH) conta com várias áreas
funcionais: área de cadastro, área de pagamento, área de recrutamento, de desli-
gamento, de folha de frequência, entre outras. Portanto, todas essas áreas funcio-
nais são desenvolvidas dentro de uma unidade organizacional ou setor.
Assim, consideramos as áreas funcionais a junção de grupos e de proces-
sos em que cada um tem a sua responsabilidade e que, quando unidas, conseguem
101
dar vida e continuidade à entidade, permitindo a chance de que os objetivos, as
metas e a missão da organização consigam ser concluídos.
ATENÇÃO
As áreas funcionais são lugares, dentro de uma organização, onde se ad-
ministram os recursos internos e se garante a continuidade do seu ciclo de
existência.
102
Figura 20 – Principais áreas das organizações
Fonte: a autora
103
Figura 21 – Área financeira
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/analista-de-cooperacao-grafico-e-
conomia-de-papel-profissional_1418-47.jpg?w=1060&t=st=1660500913~ex-
p=1660501513~hmac=017d683ae97e73f190018691075ebc63102db5a13b7cb6ec-
6c8f1dfb77f0b853. Acesso em: 25 ago. 2022.
104
Figura 22 – Logística
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/interior-de-grande-armazem-de-dis-
tribuicao-com-prateleiras-repletas-de-paletas-e-produtos-prontos-para-o-mer-
cado_342744-1481.jpg?w=1060&t=st=1660500864~exp=1660501464~hmac=-
c08521b252d1cd40a3aec80810c9185da5de0d31b5570dc9efb8714ac87812a3.
Acesso em: 25 ago. 2022.
• RH: é a área de gestão de pessoas e é uma das áreas com mais atri-
buições em uma organização. Ela é responsável por: seleção, recruta-
mento, contratação, acompanhamento dos profissionais, avaliações de
desempenho, férias, folha de ponto, salários, questões burocráticas de
contratação etc. É uma área que cuida do recurso humano dentro da
empresa.
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-em-vetor-conceito-
-abstrato-de-relacoes-humanas-sucesso-na-carreira-relacoes-publicas-aper-
to-de-mao-do-empresario-construcao-de-equipes-participacao-na-coo-
peracao-recursos-humanos-metafora-abstrata-da-empresa_335657-1421.
jpg?w=740&t=st=1660498359~exp=1660498959~hmac=ecabb3a5f4caf21fa-
0525274e7df67951e115ff0c98cc4479ef10c339cf64d33k. Acesso em: 25 ago. 2022.
105
ATENÇÃO
Justamente por englobar grandes responsabilidades da organização, a área
de gestão de pessoas é uma área que está em constante evolução e está
ganhando ainda mais reconhecimento nas últimas décadas. Afinal, a área de
RH se preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores e também elabora
técnicas que mantenham o ambiente corporativo em equilíbrio e com har-
monia.
INTERESSANTE
A área de marketing vem crescendo cada vez mais no espaço virtual. O mar-
keting digital já não é mais uma tendência, é uma realidade; e as empresas
precisam utilizá-la para vencer a concorrência.
106
• áreas funcionais:
• administração de materiais;
• administração de serviços;
• administração financeira;
• administração de recursos humanos;
• gestão empresarial.
• fabricação:
• área de produção;
• programação;
• controle de toda área produtiva.
• análise de qualidade:
• programação;
• controle de qualidade dos produtos.
• manutenção:
• preventiva;
• corretiva.
• produto:
• criação e desenvolvimento dos produtos;
• maneiras de como divulgar o produto;
• lançamento dos produtos desenvolvidos;
• estudo de como o mercado recebeu o produto;
• embalagem.
• distribuição:
• expedição;
• venda individual;
• venda por atacado.
• promoção:
• produtos promocionais;
107
• promoção;
• divulgação e publicidade das promoções;
• propaganda;
• amostras grátis.
• preços:
• estudos;
• análises;
• estruturação de preços;
• estruturação de descontos;
• estruturação de prazos.
• transporte:
108
• estruturação da frota dos carros;
• regulamentação da utilização dos veículos;
• gestão da frota dos veículos.
• patrimônio imobiliário:
• cadastramento do imobiliário da organização;
• locação de imóveis;
• gestão do patrimônio imobiliário e imóvel.
• serviços de apoio:
• manutenção e conservação;
• reformas;
• manutenção e gestão dos móveis, do maquinário e dos equipamen-
tos de escritório;
• manutenção e conservação dos equipamentos telefônicos;
• zeladoria, copa e limpeza;
• informações técnicas;
• manutenção da administração dos arquivos;
• segurança;
• serviços de área gráfica;
• relações públicas;
• acervo bibliográfico;
• serviços jurídicos.
110
• planejamento:
• estudo do mercado de trabalho;
• pesquisas e acompanhamento do RH;
• orçamento destinado à área de pessoal.
• suprimento:
• cadastramento;
• recrutamento;
• seleção;
• registro;
• cadastro;
• contratação de terceirizados.
• benefícios:
• assistência médica;
• planos de saúde;
• alimentação;
• empréstimo e financiamento;
• assistência social;
• lazer.
• obrigações sociais:
• medicina do trabalho;
• ações trabalhistas;
• segurança do trabalho;
• relatórios fiscais.
111
• criação e manutenção dos sistemas;
• processamento dos dados.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/o-sistema-de-colaboracao-e-uma-
-rede-na-organizacao-conectando-pessoas-juntas-para-alcancar-objetivos-co-
muns-renderizacao-em-3d_537132-1664.jpg?w=1060. Acesso em: 25 ago. 2022.
ATENÇÃO
O sistema de informações gerencia os grupos da organização, tendo contato
com clientes, concorrentes, órgãos do governo etc., sendo desenvolvido para
auxiliar na resolução de conflitos e problemas.
112
LEITURA COMPLEMENTAR
113
Considerando-se o fim a que se destinam, as organizações podem ser clas-
sificadas como:
a) Instituições: entidades econômico-administrativas com finalidades so-
ciais ou socioeconômicas. As instituições com finalidades sociais são aquelas
cuja administração tem por objetivo o bem-estar social da coletividade, como as
associações recreativas e esportivas, os hospitais beneficentes, os asilos etc. As
instituições com finalidades socioeconômicas são aquelas cuja administração tem
interesse no aspecto econômico da entidade, porém este se reverte em benefício
da coletividade a que pertencem. São exemplos os institutos de aposentadorias,
pensões, previdência etc.
b) Empresas: entidades econômico-administrativas que têm finalidade eco-
nômica, isto é, visam ao lucro. Desenvolvem os mais variados ramos de atividades
– como comércio, indústria, agricultura, pecuária – e uma infinidade de serviços –
como transporte, telecomunicações, turismo, assistência à saúde e muitos outros.
3.1.2.2 QUANTO À NATUREZA DO CAPITAL
Quanto à natureza do capital com o qual são constituídas, as organizações
podem ser:
115
tica de atos ilícitos, antiéticos ou ainda prejudiciais ao meio ambiente ou expor seus
empregados a situações desumanas ou vexatórias alegando pressões de clientes
inescrupulosos.
Não se trata de discutir a importância do cliente para a organização, pois,
sem ele, ela não terá para quem vender seus produtos e serviços e, consequente-
mente, não realizará o lucro desejado para obter o retorno do investimento e remu-
nerar o capital aplicado.
O ideal para uma boa estrutura organizacional é que a administração cons-
ciente, conforme vimos, foque não só os interesses do cliente, mas também o de-
sempenho de suas atividades, buscando, contudo, alcançar as metas planejadas.
Melhores resultados, portanto, alcançará a organização que souber adotar com-
portamento ético e equilibrado, possibilitando o desenvolvimento das atividades
voltadas a satisfazer aos anseios tanto da própria organização quanto dos seus
clientes. O entendimento entre fornecedores e clientes é necessário para ambos
alcançarem seus objetivos, ou seja: o fornecedor quer vender seus produtos e ser-
viços com o menor custo possível e o maior preço para alcançar seus lucros; por
outro lado, o cliente quer comprar qualidade e pagar o menor preço possível.
É importante destacar que, independentemente do ramo de atividade do
fornecedor e das características dos clientes, é imprescindível manter a ética nas
relações comerciais nas relações fornecedor/cliente e cliente/fornecedor. Isso é
especialmente importante quando se trata de organizações hospitalares, as quais
os clientes buscam para a cura de suas enfermidades. Nas relações comerciais
normais, quando fornecedores não estão satisfeitos com seus clientes, eles têm a
oportunidade de procurar clientes diferentes ou de outras regiões. Os clientes, por
sua vez, quando são favorecidos por uma economia sem monopólio, podem perfei-
tamente deixar de comprar de determinado fornecedor e procurar outro. Contudo,
essa situação fica prejudicada tanto para fornecedores quanto para clientes quan-
do se trata de saúde.
Os gestores das organizações que cuidam da saúde das pessoas, além da
ética comum no relacionamento comercial, têm o dever de cuidar da ética rela-
cionada ao bem-estar e à saúde de seus pacientes. Não se pode admitir que, para
justificar a satisfação de parceiros, um hospital permita que médicos inescrupulo-
sos antecipem o óbito de pacientes, ainda que em estado terminal, com a finalida-
de de receber vantagens pecuniárias das organizações funerárias ou comercializar
órgãos ilicitamente; ou, ainda, que se aproveitem de sua posição, colocando pa-
cientes em situações vexatórias para tirar algum proveito, em detrimento da saúde
daqueles que os procuram.
Por outro lado, não se pode admitir também que pacientes inescrupulosos
queiram obter vantagens exigindo serviços que os hospitais não estejam capaci-
tados a realizar.
116
FONTE: RIBEIRO, O. RIBEIRO, N. Gestão organizacional: com ênfase nas organiza-
ções hospitalares. São Paulo: Saraiva, 2017.
117
RESUMO DO TÓPICO 3
118
AUTOATIVIDADE
119
( ) O setor financeiro pode ser junto com o setor administrativo.
( ) O setor financeiro nunca pode ser em conjunto com a área administrativa.
( ) O setor financeiro é o responsável pelas contas, receitas e despesas da
organização.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
120
REFERÊNCIAS
CURY, A. Organização e métodos: uma visão holística. 7 ed. São Paulo: Atlas,
2000.
KRUGMAN, P. R.; WELLS, R. Economic. New York, NY: Worth Publishers, 2009. p.
27.
121
MEIRELES, M. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: Fu-
tura, 2003.
122
123
UNIDADE 3
FUNÇÕES GERENCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Entender o que são funções gerenciais;
• Compreender quais são as funções gerenciais;
• Conhecer o papel do gestor;
• Conhecer as habilidades e competências do gestor.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – AS FUNÇÕES GERENCIAIS
TÓPICO 2 – O PAPEL DO GESTOR
TÓPICO 3 – AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO GESTOR
TÓPICO 1
AS FUNÇÕES
GERENCIAIS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, iremos nos aprofundar nas funções gerenciais. A empresa de
sucesso tem um gestor capacitado e preparado para suas responsabilidades ex-
ternas ou internas. Essa função tem extrema importância na definição e também
no atingimento dos objetivos que a empresa quer, na elaboração de estratégias e
também no olhar amplo, visualizando o futuro e as tendências dos clientes.
Mesmo o gestor tendo tantas habilidades, ele não trabalha sozinho: tem
toda uma equipe por trás, realizando o trabalho operacional e atingindo os resul-
tados almejados. Entretanto, os colaboradores, mesmo que tenham intenção, não
realizarão suas tarefas sem uma orientação, sem a motivação correta dos colabo-
radores, sem a disponibilidade de tecnologia, o diagnóstico do ambiente, a procura
por novos fornecedores, a interação com o cliente e a pesquisa de produtividade e
qualidade. O líder é o responsável por realizar todas essas funções e pelas outras
funções que irão direcionar a equipe.
Assim, neste Tópico 1, estudaremos as funções da gerência, entendendo a
importância de Henri Fayol para esse avanço e você conhecerá também as etapas
de Planejamento, Organização, Direção e Controle (PODC).
2 FUNÇÕES GERENCIAIS
O homem, desde o início das civilizações, percebeu a necessidade de ter um
grupo social para realização de tarefas essenciais, como alimentação, segurança e
moradia. Assim, acompanhando essas necessidades, surgiu a necessidade de uma
pessoa para desempenhar as funções de liderança.
126
Figura 1 – Primeiras funções de liderança
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/familia-de-pessoas-pre-historicas-em-
-frente-a-ilustracao-plana-da-entrada-da-caverna_13806631.htm#query=prehisto-
ric%20family&position=11&from_view=search. Acesso em: 27 ago. 2022.
NOTA
A divisão dessas tarefas e sua atribuição a cada membro foram indispen-
sáveis para que as civilizações realmente funcionassem. Os processos, as
rotinas e as responsabilidades são usados desde aquela época.
127
equipes que sejam capazes de se adaptar a quaisquer mudanças e situações. Com
isso, o papel de gestão e liderança tem relação direta com toda a equipe.
Figura 2 – Gestão
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/objectivos-de-meta-de-sucesso-es-
trategico-de-estrategia-de-negocios_1421-33.jpg?w=996&t=st=1660821581~ex-
p=1660822181~hmac=e4e9403e9caff4c93919437faade276793c2138a3d91fcd0ab-
db8e0700e39dc6. Acesso em: 27 ago. 2022.
128
Figura 3 – PODC
Seja qual for o ramo de atuação da empresa e também seja qual for o seu
tamanho, as funções administrativas devem ser práticas da organização. Acompa-
nhe as características de cada etapa.
• Planejamento: o planejamento é vital para qualquer área da vida,
por exemplo, a pessoa deve se planejar, para seguir uma rotina fit-
ness e saudável, ou deve se planejar, para estudar, trabalhar, encon-
trar os amigos e assim por diante. Imagine no ambiente de trabalho.
Planejar é uma ação necessária (FONSECA, 2020).
IMPORTANTE
O gestor deve ter conhecimento do que acontece na empresa, além de con-
seguir prever situações para a tomada de decisão.
129
Figura 4 – Planejamento
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/encontro-de-pessoas-de-nego-
cios_1421-559.jpg?w=996&t=st=1660821730~exp=1660822330~hmac=d0059a-
0079d5025e29165d2601fb64c0bed9dd0d6b0d42312f77b25be4617000. Acesso
em: 27 ago. 2022.
Figura 5 – Organização
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-ge-
renciamento-de-tempo-desenhada-a-mao_52683-54970.jpg?w=996&t=s-
t=1660821791~exp=1660822391~hmac=8fe82dc9dbab6a8cb1541db44b18f209c1e-
7b717a98113565cc5fe15d7f8f285. Acesso em: 27 ago. 2022.
130
Para que a organização seja bem desempenhada, o gestor precisa ter um
controle de toda a rotina empresarial e acompanhar tendências e tarefas que farão
a empresa crescer, além de realizá-las, pois a organização é a prática do planeja-
mento feito (SILVA, 2008).
• Direção (ou liderança): a direção de uma equipe requer muitas
habilidades e experiências. Além disso, é preciso conseguir influen-
ciar seus colaboradores, para que estes ajam conforme o propósito
da organização.
NOTA
Os líderes e gestores são os principais responsáveis pelo sucesso da organi-
zação e devem estar preparados para isso. Aliás, não apenas para entrar no
cargo, mas o seu desenvolvimento deve ser constante.
Figura 6 – Liderança
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/funcionarios-dando-as-maos-
-e-ajudando-os-colegas-a-subir-as-escadas_74855-5236.jpg?w=996&t=s-
t=1660821827~exp=1660822427~hmac=f2cfdda9a7aed1e863516fc9fb52cfa8e43b-
dfb6a5e2f472af22d96e503b538f. Acesso em: 27 ago. 2022.
131
IMPORTANTE
O monitoramento é a comparação, a medição dos resultados e a correção de
falhas e desvios.
Figura 7 – Liderança
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/trabalhador-afro-americano-escreven-
do-lista-de-inventario-enquanto-verifica-o-estoque-na-sala-de-armazenamen-
to_637285-4716.jpg?w=996&t=st=1660821868~exp=1660822468~hmac=07d-
30f5a804d595aafbbd792399296060bd074f45f92a42b1fe35c5df1e1fef2. Acesso
em: 27 ago. 2022.
132
Essas estratégias, em conjunto, são importantes ferramentas para que
os gestores e líderes consigam gerenciar a organização e encaminhá-las para o
desenvolvimento, para melhores resultados e crescimento, principalmente com a
competitividade do mercado.
Assim, a organização obtém melhores sucessos, quando são aplicados to-
dos esses princípios, de forma que consiga aproveitar, da melhor maneira possível,
os recursos e as informações que as organizações têm.
A gestão é uma das tarefas mais importantes em uma empresa. É por meio
dela que as organizações conseguem crescer e apresentar bons resultados e su-
cesso. A responsabilidade dessa área é tão grande que o profissional da área de
gestão é um dos profissionais mais bem pagos e cobiçados no ambiente corpora-
tivo.
ATENÇÃO
A gestão está atrelada a diversas outras funções e consegue ser distribuída
em diferentes áreas e setores.
133
Figura 8 – Gestão contábil e financeira
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/pilha-de-moedas-de-dinheiro-
-com-grafico-de-negociacao_1150-17752.jpg?w=996&t=st=1660821981~ex-
p=1660822581~hmac=a8e8df6aae85c72e39ef6e45dd49275b1561fb975d24feb65e-
453ba5bd93e55f. Acesso em: 27 ago. 2022.
NOTA
A gestão de segurança também deve se preocupar com a forma como as
pessoas vão ao trabalho e voltam para casa, com a locomoção de produtos,
com as viagens dos funcionários que prestam serviços etc.
134
Figura 9 – Gestão de produção
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/trabalhadores-da-fabrica-com-masca-
ras-protegidas-contra-virus-corona-fazendo-controle-de-qualidade-da-producao-
-na-fabrica_342744-96.jpg?w=996&t=st=1660822023~exp=1660822623~hma-
c=74cd0180211fa2df987d929b9f77f22cb760cc2df8a212eabc690e052a40a158.
Acesso em: 27 ago. 2022.
IMPORTANTE
Henri Fayol explicou muitos conceitos e abriu portas que foram ainda mais
desenvolvidas ao longo dos anos. Fayol gerou ideias de grande relevância
que, mesmo sendo desenvolvidas há quase um século, ainda são admiradas
e seguidas até hoje.
135
Figura 10 – Gestão estratégica
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/gestao-de-pesso-
al-definicao-de-perspectiva-orientacao-de-objetivos-organiza-
cao-do-trabalho-em-equipe-coach-de-negocios-executivos-de-
-empresas-e-personagens-de-desenhos-animados_335657-2967.
jpg?w=740&t=st=1660822044~exp=1660822644~hmac=9d0470927f3a566283a-
457472f5d3fdb5930a5ee1e01152acb722aa13409c5d5. Acesso em: 27 ago. 2022.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/equipe-diversificada-participan-
do-de-reuniao-por-videochamada-online-com-colega-falando-sobre-co-
laboracao-de-negocios-para-crescimento-e-desenvolvimento-pessoas-
-usando-videoconferencia-remota-na-sala-de-reunioes_482257-32348.
jpg?w=996&t=st=1660822120~exp=1660822720~hmac=d5e81a477b9b531e-
89bac268ccebacc22f37dc49b9690cbae98b34681b9cfeca. Acesso em: 27 ago.
2022.
136
• Gestão de produtividade: preocupa-se em localizar os comporta-
mentos que trazem melhores resultados à organização. Além disso, ela
se preocupa em engajar os membros das equipes, por métodos que
consigam influenciar, positivamente, a produtividade e, consequente-
mente, a empresa;
• Gestão de resultados: é preciso que toda empresa tenha o seu foco
nos resultados, mas há empresas que levam isso mais a sério que ou-
tras, controlando o resultado nas vendas, nas tarefas realizadas pelos
seus colaboradores etc. Assim, a gestão por resultados monta estra-
tégias para maiores análise, conferência e comparação de resultados.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/objetivo-orientacao-para-resultados-
-cumprimento-de-metas-estrategia-de-negocios-realizacao-de-objetivos-bus-
ca-de-objetivos-empresario-personagem-de-desenho-animado-do-empresa-
rio_11669188.htm#query=resultados&position=0&from_view=search. Acesso em:
27 ago. 2022.
137
seguido por cada atividade empresarial, setor por setor, até que seja
concluída. Referimo-nos “de setor em setor”, porque são poucas as ta-
refas com início e fim em um único setor. Assim, quando há um bom flu-
xo de tarefas e rotinas bem-estruturadas, a produtividade é bem apro-
veitada e o fluxo de trabalho é mais rápido, barato e menos burocrático;
• Gestão de projetos: são a rotina das empresas os processos e a ges-
tão de projetos. Está relacionada a tudo que a empresa realiza, seja no
tempo, nos recursos, nos custos, em seguir um cronograma, em análise
de riscos, em estratégias, em análise de desempenho e de qualidade,
em entregas, em prazos e nos demais assuntos. Quando a empresa tem
uma boa gestão de projetos, ela consegue ter o melhor controle dos
seus processos, consegue também cumprir, com excelência, o crono-
grama e os prazos a serem cumpridos e também tem um norte melhor
para a tomada de decisão;
• Gestão à distância: tem o foco no desenvolvimento dos processos
que a empresa realiza, de forma que possa expandir e que as filiais con-
sigam manter o nível de qualidade da sede.
ATENÇÃO
A pandemia de Covid-19, com início nos primeiros meses de 2020, fez surgir
a necessidade de desenvolvimento desse modelo de gestão também para os
escritórios e trabalhos, crescendo, assim, o trabalho na modalidade de home
office e até remota.
138
A administração é voltada ao planejamento de algo, ao controle e até à di-
reção desse item, seja ele um recurso material, humano ou financeiro. O conceito
de administração tem mais utilização no processo administrativo (FONSECA, 2020).
Ainda de acordo com Fayol, o administrador tem a responsabilidade de di-
recionar uma companhia, a fim de atingir os objetivos predefinidos dessa empresa.
A administração é tida como racional e também com foco principal no atingimento
de metas e do propósito da organização.
Já a gestão é voltada à participação, ao incentivo da autonomia e ao estí-
mulo da participação dos colaboradores. Assim, a gestão se preocupa mais com o
político-administrativo e entende que, para ter bons resultados, precisa estimular o
recurso humano da entidade.
Com isso, o profissional de gestão busca unificar as metas que a empresa
tem com a rotina dos setores e, assim, ele faz uma análise do trabalho realizado
pelos colaboradores, consegue auxiliar nas tomadas de decisão e na orientação
sobre direções a serem seguidas e, principalmente, consegue encorajar a equipe
para obtenção dos melhores resultados (FONSECA, 2020).
139
• conseguir aprimorar os processos da empresa.
IMPORTANTE
O termo lifelong learning está relacionado ao fato de estudar durante toda
a vida. Algumas pessoas entendem que o básico a ser realizado é concluir
o Ensino Médio, fazer uma faculdade, pós-graduação e até um mestrado ou
doutorado, mas o lifelong learning explica que não existe um início e um fim
aos estudos e que a pessoa nunca chegou ao máximo de conhecimento a ser
adquirido. Sempre existirão habilidades novas, conhecimentos novos e até
atividades de lazer que você nunca sonhou ter e que necessitarão de estudo
para serem concretizados.
140
O gestor também deve contar com recursos externos, como palestras, cur-
sos, workshops, treinamentos e demais estratégias para esse desenvolvimento dos
colaboradores. Inclusive, o uso dessas estratégias pode melhorar a motivação dos
colaboradores, pois exemplos externos geram admiração (SILVA, 2008).
141
Figura 12 – Líder presente
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/arquitetos-discutir-construcao-plano-
-desenhos_1163-5287.jpg?w=996&t=st=1660822296~exp=1660822896~hmac=-
d01bf2b71c517f12e9855af6505c8be49d5bbf146e18424271fa64bdb94c06f2. Acesso
em: 27 ago. 2022.
Inclusive, esses momentos não servem apenas para o subordinado ser claro
com o líder, serve para o líder também expor suas expectativas no colaborador,
expor suas melhores características e solucionar mudanças nos lados negativos
(FONSECA, 2020).
Além disso, os gestores também devem mostrar esse perfil amigo e aberto
no dia a dia, estando disponíveis e acessíveis para esses momentos, mesmo que
em situações extraordinárias. Outro detalhe é que o líder precisa saber até onde e
quando ir, pois, se invadir demais o espaço do colaborador, pode diminuir sua auto-
nomia e seu crescimento profissional.
142
líder, irão entender que regras nem sempre devem ser cumpridas e que
não há problema errar em algumas coisas. O gestor deve estar atento a
tudo que faz e à maneira que se comporta, pois ele é o principal exem-
plo daquele local e daquelas pessoas.
143
RESUMO DO TÓPICO 1
• Que a palavra gestão tem origem do latim gestione, que significa gerenciar ou
administrar pessoas, recursos ou outros itens que consigam ser administrados
por alguma finalidade.
• Que o planejamento é vital para qualquer área da vida, e a pessoa deve se pla-
nejar para seguir uma rotina fitness e saudável ou deve se planejar para estudar,
trabalhar, encontrar os amigos etc.
• Que a organização é o ato mais próximo da conclusão de algo e que, por meio
do planejamento, os gestores fixam propósitos e planos e, em seguida, devem
gerenciar seus recursos e entender o que será preciso para atingir a meta pla-
nejada.
• Que a direção (ou liderança) requer muitas habilidades e experiências e que,
além disso, é preciso conseguir influenciar seus colaboradores, para que estes
ajam segundo o propósito da organização.
• Que de nada adianta ter um bom planejamento, execução e organização e bons
líderes, sem ter o controle do processo e que o monitoramento serve para identi-
ficar se problemas foram desenvolvidos ao longo do projeto, se os resultados es-
tão sendo atingidos como esperado, se os recursos estão sendo suficientes etc.
• Que alguns modelos de gestão atual, quando bem aplicadas, geram bons resul-
tados à organização, quais sejam:
• gestão estratégica;
• gestão de pessoas;
• gestão de equipes;
• gestão de produtividade;
• gestão de resultados;
• gestão do trabalho;
• gestão de tempo;
• gestão de tarefas;
• gestão de processos;
• gestão de projetos;
• gestão a distância.
144
AUTOATIVIDADE
145
3. O gestor tem diversas responsabilidades e é importante para as organi-
zações. Entretanto, gerir não é uma tarefa fácil e, por isso, os gestores
costumam ter bons salários. A respeito do papel dos gestores, classifi-
que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
146
TÓPICO 2
O PAPEL DO
GESTOR
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, iremos nos aprofundar no papel do gestor. Quando paramos
para acompanhar o índice de empresas que declararam falência ou fecharam por
falta de gestão, ficamos admirados. São inúmeros os empreendimentos que pas-
sam por isso e, logicamente, fatores externos influenciam, mas geralmente os fa-
tores internos da organização têm peso. Entre esses fatores, temos a má gestão.
Chega a ser compreensível, já que gerenciar pessoas e cuidar de seus re-
sultados não é uma tarefa muito fácil. Entretanto, as empresas devem escolher “a
dedo” os profissionais mais capacitados para aquela área, com bagagens de expe-
riência, sucessos e até de problemas, pois líderes que só viveram a “maré alta” não
vão saber agir quando a maré baixar (FONSECA, 2020).
Figura 13 – Gestão
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/xadrez-de-ouro-no-jogo-de-tabuleiro-
-de-xadrez-para-o-conceito-de-lideranca-de-metafora-de-negocios_1150-19598.
jpg?w=996&t=st=1660822325~exp=1660822925~hmac=f27898d59685faf-
122f846ee065a7fea963baa0b8c16e745d6e4b25754e76be9. Acesso em: 27 ago.
2022.
IMPORTANTE
O papel do gestor sempre foi fundamental, mas vem ganhando ainda mais
destaque nos últimos anos, principalmente porque o mercado está mais
competitivo e os clientes estão cada vez mais exigentes.
148
• Criação de planejamentos estratégicos: o gestor também precisa
estar a par dos objetivos que a organização tem e definir estratégias
para atingi-los. O planejamento estratégico é realizado por meio de
ações que irão impactar positivamente o futuro da companhia. Outro
quesito relacionado ao planejamento estratégico é a criação de indi-
cadores e métricas capazes de conseguir medir se os objetivos estão
sendo atingidos e se o planejamento estratégico está surtindo efeitos.
• Decisão: não temos como saber como será o amanhã nem quais se-
rão as tendências ou os fatores externos, mas, mesmo assim, o gestor
precisa estar capacitado para conseguir tomar boas decisões, mesmo
na dúvida e incerteza. Essas decisões só são tomadas graças ao bom
planejamento estratégico. Planejar é olhar o futuro e analisar os pro-
blemas e desvios que nem aconteceram ainda, mas já buscando saídas
eficazes.
Além disso, podemos entender que, para que um indivíduo assuma o cargo
de gestão, ele precisa de algumas características ímpares, como pode ser observa-
do logo a seguir (FONSECA, 2020).
Fonte: lhttps://img.freepik.com/vetores-gratis/ajuda-e-suporte-para-escalar-
-o-funcionario-da-mao-do-mentor-ou-do-lider-equipe-de-pessoas-corpora-
tivas-subindo-a-escada-juntos-ilustracao-vetorial-plana-crescimento-de-car-
reira-de-sucesso-lideranca-conceito-de-trabalho-em-equipe_74855-21923.
jpg?w=996&t=st=1660822385~exp=1660822985~hmac=4dec6c700afbf32b-
5504c531a02f6041aec54117a197b079ac6ffbf31d9fcdbbink. Acesso em: 27 ago.
2022.
149
Apesar de, cada vez mais, os setores terem autonomia para realizarem suas
funções e responsabilidades, é preciso que exista a imagem de um líder para se
espelhar, dar feedbacks, tirar dúvidas, entre outras ações.
NOTA
As concorrências entre os empreendimentos aumentam e os clientes ficam
mais exigentes. Assim, empresas que não conseguem ter uma boa gestão
não conseguem acompanhar as demandas de mercado e podem ficar para
trás.
150
Figura 15 – Gestor
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/vista-aerea-de-uma-equipe-de-ne-
gocios_53876-124515.jpg?w=996&t=st=1660822430~exp=1660823030~hma-
c=a25134b56b5da9d9c6433043af02b0ddc180ac5c2f94b33530cc8f0aafcc3504.
Acesso em: 27 ago. 2022.
• coragem;
• coerência em suas atitudes;
• respeito;
• solidariedade;
• perseverança;
• tolerância;
• constância;
• humanismo;
• paixão pelo que faz;
• transparência;
• ética;
• criação de redes de contato e apoio;
• proatividade;
• transparência;
151
• senso de justiça;
• visão coletiva.
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/executivo-apresentando-estrategia-de-
-trabalho_329181-12351.jpg?w=996&t=st=1660822467~exp=1660823067~hma-
c=64f1d61364d8cd3b961905c1081a78688549bea22a1cfcce2ebf776d694a85b9.
Acesso em: 27 ago. 2022.
152
RESUMO DO TÓPICO 2
153
AUTOATIVIDADE
154
3. As funções do gestor não são aprendidas muito rapidamente e não
acontecem de maneira improvisada. O gestor precisa ter experiência
como profissional, competências para tal função e mostrar qualidade
nos serviços feitos. Sobre o exposto, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
155
TÓPICO 3
HABILIDADES E
COMPETÊNCIAS DO
GESTOR
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, iremos focar em alguns aspectos bem importantes sobre as
habilidades e competências do gestor. O gestor deve ter habilidades, conhecimen-
tos e atitudes, para, assim, em conjunto com a equipe, atingir os objetivos deseja-
dos. O gestor pode até ter todas as habilidades e competências necessárias, mas,
se ele não tiver a equipe para trabalhar em conjunto, não chegará a nenhum lugar.
Por esse motivo, o gestor não deve se preocupar apenas com o seu desenvolvi-
mento, mas, também, com o desenvolvimento dos seus subordinados também.
Ao se falar de suas responsabilidades e competências gerenciais, ele preci-
sa ter boas relações interpessoais, como saber ouvir e falar e lidar bem com a equi-
pe, traçando estratégias para melhorar os aspectos com desvios (FONSECA, 2020).
Ao se falar sobre o papel do gestor perante os colaboradores, ele gerencia
uma equipe que procura crescer, que não tenha medo de assumir responsabilida-
des e compromissos e que realmente “vista a camisa” da organização.
156
que a fase digital tem destaque em praticamente todos os setores de uma empresa
e em que os gestores precisam mostrar ainda mais funções. Assim, o gestor precisa
liderar os setores, traçar estratégias para conclusão dos objetivos da organização,
além de terceirizar tarefas e coordenar e conferir se tudo está correndo bem.
Separamos as principais responsabilidades assumidas por um gestor.
Acompanhe.
157
Figura 17 – Funções do gestor
Fonte: a autora
Figura 18 – Direcionamento
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-premium/tres-branca-setas-apontar-diferente-
-direcoes-cinzento-asfalto_72482-307.jpg?w=996. Acesso em: 27 ago. 2022.
158
ATENÇÃO
O papel de gestão é extremamente importante. Por isso, é fácil entendermos
que um indivíduo não vira gestor de um dia para a noite. Ele precisa de anos
de experiência e muita bagagem para assumir esse cargo tão importante.
Inclusive, o gestor precisa também ter habilidades emocionais bem desen-
volvidas para assumir esse cargo.a.
159
Figura 19 – Habilidades
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/maos-trabalhando-na-sobrepo-
sicao-grafica-da-rede-do-dispositivo-digital_53876-132150.jpg?w=996&t=s-
t=1660822590~exp=1660823190~hmac=83ad96c1d4a48df7ab61139dc8db-
2d5099b6a46ff2e502cd1bb52f1394494861. Acesso em: 27 ago. 2022.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-de-negocio-que-da-uma-lei-
tura_983470.htm#query=l%C3%ADder%20com%20experi%C3%AAncia&posi-
tion=0&from_view=search. Acesso em: 27 ago. 2022.
160
Essas características são importantes, pois são os gestores os responsáveis
pela transformação e pelo melhor desempenho das equipes, por meio da rotina,
das práticas diárias e dos exemplos passados no dia a dia.
Lidamos com tomadas de decisão quase que diariamente em nossas vidas
e, na área de gestão, não difere, talvez seja até pior. Os gestores decidem qual é
o caminho da empresa, sendo peças cruciais para seu fracasso ou seu sucesso.
Assim, em algumas situações, ele precisará lidar com problemas difíceis e decisões
mais difíceis ainda. Por isso, precisa ter capacitação profissional e boas habilidades
emocionais para lidar com esses momentos.
Figura 21 – Aprimoramento
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/destaque-para-um-empresario-que-
-se-destaca-na-multidao_18734113.htm#query=ESCOLHA%20DE%20L%C3%8D-
DER&position=3&from_view=search. Acesso em: 27 ago. 2022.
161
LEITURA COMPLEMENTAR
162
va das competências essenciais a uma boa liderança. Esse desafio parece não ter
solução, pois, com certeza, não existe uma definição-padrão e muito menos uma
lista-padrão de competências. Esse dilema foi explicado por Slivinski & Miles (2002,
p. 45-52), nas seguintes palavras:
Existem tantas definições de competências quanto o número de competên-
cias em si, e a resposta à pergunta ‘O que é uma competência?’ acende um debate
considerável entre aqueles que conhecem o termo. O Perfil de Competência Holís-
tica, do Canadá, define competência como aquelas características de um indivíduo
subjacentes ao desempenho ou ao comportamento no trabalho. A definição é in-
tencionalmente ampla e genérica. A flexibilidade concedida pela definição permite
uma variedade de tipos de competências e uma grande amplitude de aplicações.
Em outras palavras, a definição evita ser específica para não limitar o con-
ceito de competência. Por sua vez, Cripe e Mansfield (2003, p. 14), dois pesqui-
sadores na área de competências e desenvolvimento profissional, oferecem uma
descrição que tenta ser específica e abrangente ao mesmo tempo:
Competências são habilidades e características pessoais que contribuem
para se atingir um desempenho de alto nível. As competências incluem mais do
que as habilidades técnicas necessárias para realizar as tarefas inerentes à fun-
ção. Por exemplo, considere o trabalho dos garçons em um restaurante. Certas
habilidades técnicas precisam ser dominadas, como carregar bandejas repletas de
pratos, movimentar-se bem entre a cozinha e o salão, e usar uma calculadora ou
computador para fechar a conta. Mas, para ser excepcional, um indivíduo deve de-
monstrar outras qualidades, como cordialidade e receptividade no que diz respeito
às necessidades dos clientes. As competências para o cargo incluem tanto habi-
lidades técnicas quanto qualidades pessoais. As competências são habilidades e
comportamentos que os indivíduos de desempenho excepcional demonstram mais
frequentemente e com melhores resultados do que os indivíduos de desempenho
médio.
Em resumo, essa definição abrange habilidades técnicas, comportamentos,
traços e qualidades pessoais como um conjunto de fatores que formam uma com-
petência. Pela abrangência e objetividade, essa visão de competência condiz com
a ideia proposta por este livro.
Para termos uma ideia mais clara da variedade desse tema e dar um panora-
ma mais amplo ao leitor, vamos comparar, a seguir, algumas listas de competências
de liderança propostas por diferentes organizações, como parâmetro para a lista
aqui adotada. Algumas delas classificam as competências gerais, agrupando-as
em blocos de acordo com os temas específicos de liderança.
A Agência de Recursos Humanos, coordenada pelo Governo Federal Ame-
ricano, publicou uma lista abrangente de competências consideradas essenciais
ao bom desempenho de liderança para sua associação de altos executivos. Como
163
atributos pessoais e profissionais, essas competências são baseadas em ampla
pesquisa empreendida com executivos do governo, do setor privado e com a parti-
cipação de altos executivos de agências de recursos humanos.
As 27 competências apresentadas são agrupadas em cinco categorias di-
ferentes.
Veja a lista:
• Liderar mudanças
• 1. Aprendizagem constante
• 2. Criatividade e inovação
• 3. Consciência externa
• 4. Flexibilidade
• 5. Persistência
• 6. Motivação para o serviço
• 7. Pensamento estratégico
• 8. Visão Liderar pessoas
• 9. Administração de conflitos
• 10. Lidar com diversidade cultural
• 11. Integridade e honestidade
• 12. Trabalho em equipe Orientação para resultados
• 13. Responsabilidade
• 14. Serviço ao cliente
• 15. Tomada de decisão
• 16. Empreendedorismo
• 17. Solução de problemas
• 18. Credibilidade técnica
• 19. Gestão financeira
• 20. Gestão de recursos humanos
• 21. Gestão de tecnologia Comunicação e relacionamento
• 22. Influência, negociação e persuasão
• 23. Habilidades interpessoais
• 24. Comunicação oral
164
• 25. Construção de parcerias
• 26. Habilidade política
• 27. Comunicação escrita
• Domínio funcional
• 1. Liderança
• 2. Solução de problemas e tomada de decisões
• 3. Organização para mudança
• 4. Administração de recursos
• 5. Pesquisa e avaliação de programas Domínio programático
• Domínio programático
• 6. Currículo e ensino
• 7. Supervisão
• 8. Desenvolvimento profissional
• Domínio pessoal e interpessoal
• 9. Comunicação
• 10. Desenvolvimento pessoal
• Domínio contextual
• 11. Tecnologia
• 12. Lei e políticas públicas
• 13. Causas públicas
165
RESUMO DO TÓPICO 3
166
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Tomada de decisões.
b. ( ) Avocação.
c. ( ) Subordinação.
d. ( ) Execução.
167
( ) O gestor não precisa de capacitação, pois a liderança é uma característica
inata.
( ) O gestor é o responsável pelo melhor desempenho das equipes.
( ) O gestor possui a responsabilidade de traçar o caminho para a empresa.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – V.
d. ( ) F – F – V.
168
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas or-
ganizações. 4ª Ed. São Paulo. Editora Manole, 2014.
CURY, A. Organização e métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
KRUGMAN, P. R.; OBSTFELD, M.; MELITZ, M.J. Economia Internacional. 10. ed.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
KRUGMAN, P. R.; WELLS, R. Economic. New York, NY: Worth Publishers, 2009. p.
27.
169
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Re-
volução Digital. São Paulo: Atlas, 2007.
170