Terapias Nutricionais

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FACULDADE DE AMERICANA – FAM

CURSO DE ENFERMAGEM – 3º SEMESTRE

Eduarda Jacob Trevisani – RA 20231500

Eloah Zanetti Amorim – RA 20230027

Lara Decleve De Barros – RA 20231189

Maria Clara Fausto De Freitas – RA 20231902

Maria Eduarda Bonesso Dantas – RA 20230353

Milla Antonela Suzigan – RA 20231638

Ygor Castrequini – RA 20230841

NECESSIDADE DE TERAPIA NUTRICIONAL


INTRODUÇÃO

1. TIPOS DE DIETAS ENTERAIS E PARENTERAIS


A necessidade de terapia nutricional é uma intervenção crucial para a promoção do bem-
estar e recuperação do paciente internado, é necessário avaliar o estado crítico e suas
limitações para a melhor escolha do tipo de terapia nutricional. O organismo tende
responder ao estresse com a depleção nutricional, onde há perda de água, eletrólitos e
nutrientes provocando o catabolismo e mobilização das proteínas para fornecer energia e
reparar o local lesionado, levando o paciente ao déficit nutricional. Fatores como idade,
condição socioeconômica e desnutrição preexistente pode agravar o estado nutricional.
Manter o paciente nutrido de forma adequada previne que ocorra complicações,
melhorando o desempenho metabólico para cicatrização no tempo esperado, manter a
função dos órgãos, evita infecções, escaras e diminui o tempo de internação, taxa de
mortalidade ou re-internações.

A dieta enteral é líquida e é utilizada quando o paciente não consegue se alimentar de


maneira convencional, o aporte nutricional ocorre de forma controlada e é depositada
diretamente no sistema gastrointestinal por via de sondas nasogástricas ou nasoenteral
(pode haver administração da dieta através da gastrostomia ou jejunostomias também), o
nutricionista juntamente com a equipe multidisciplinar irá discutir e avaliar as
necessidades diárias de caloria, para manter o bom funcionamento e nutrição do paciente.

A sonda nasogástrica é a via de acesso mais comum e é utilizada em pacientes que


possuem um bom funcionamento gástrico e não apresenta obstruções no trato
gastrointestinal. A sonda nasoenteral é utilizado com pacientes que possuem limitações
específicas e correm risco de aspiração ou refluxo, introduzido nas narinas a sonda irá ser
posicionada no duodeno ou jejuno, essas vias de acesso permite a dieta chegar
diretamente no intestino evitando maiores complicações. Pode haver alguns fatores que
impedem a administração normal das dietas como: vômitos, diarreia, distensão abdominal
etc.

Nas situações em que a dieta deve ser administrada via gastrostomia é devido a
necessidade de dieta a longo prazo ou a pacientes que não conseguem ficar com a
sonda. A alimentação pela jejunostomia é quando a sonda é direcionada no jejuno,
utilizada quando há obstrução no estômago.

A dieta por nutrição parenteral é indicada quando há uma disfunção no trato


gastrointestinal, seja ela parcial ou total, é recomendada também em caso de subnutrição,
que ocorre quando uma pessoa não recebe nutrientes suficientes para suprir as
necessidades do corpo humano ou em caso de pré operatório. Caso a dieta por via oral
ou enteral não alcançarem a necessidade nutricional do paciente, a nutrição parenteral
pode ser aplicada como complemento.

Na dieta parenteral, os nutrientes são fornecidos ao paciente através de uma solução


intravenosa, composta por uma mistura de proteínas, carboidratos, vitamina, gorduras,
eletrólitos e minerais. Essa solução nutre o paciente, ajuda na cicatrização e sustenta as
funções corporais.

Essa nutrição parenteral é utilizada até que o sistema digestivo do paciente se recupere
para permitir a ingestão de alimentos, sendo eles por via oral ou enteral. Em alguns casos
crônicos ou graves, a nutrição parenteral é recomendada a longo prazo.

2. CUIDADOS DE CADA MEMBRO DA ENFERMAGEM COM O PACIENTE

A administração das dietas enterais e parenterais, é essencial na assistência para


pacientes que não podem se alimentar por via oral. Com isso, torna-se importante destacar
como os profissionais da enfermagem atuam nos cuidados á pacientes que necessitam
desse tipo de alimentação. Segundo a resolução do Cofen, a equipe de enfermagem
desempenha um importante papel na administração de dietas, sejam elas enterais,
parenterais ou oral, pois são a única profissão que apresenta total apoio profissional para
realizar esses procedimentos. Portanto cabe destacar como cada membro da enfermagem
atua para desenvolver essa pratica:

O Enfermeiro é responsável pela supervisão da equipe de enfermagem ao cuidado com o


paciente, realizando a primeira avaliação para observar e determinar qual alimentação será
mais adequada para o estado do paciente. Desenvolve os planos de cuidados individuais
da enfermagem, orienta acompanhantes sobre os cuidados e procedimentos necessários e
supervisiona a equipe de enfermagem para realização de procedimentos, garantindo assim
eficiência no acompanhamento nutricional e melhora do paciente.

Os técnicos de enfermagem por outro lado, realizam a prática na administração da


alimentação parenteral e enteral. Preparam a administração dos nutrientes, sob a
supervisão do enfermeiro e seguindo á risca as prescrições médicas. Realizam a assepsia
do paciente durante a administração, e monitoram os sinais vitais garantindo que não haja
nenhuma alteração durante o procedimento, caso contrário, deve-se acionar
imediatamente o enfermeiro para os cuidados necessários.
A Colaboração e os cuidados da equipe de enfermagem são essenciais para a segurança
dos pacientes que necessitam da administração de dietas enterais e parenterais, é
importante que haja um planejamento, supervisão e administração correta para
proporcionar ao paciente assistência de qualidade, promovendo assim, de uma forma
eficaz, a recuperação do paciente. Torna-se indispensável a atualização profissional dos
membros da enfermagem para melhores práticas, garantindo assim um trabalho de
excelência e assistência ao paciente.

DESENVOLVIMENTO

3. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

A equipe nutricional de um hospital pode variar dependendo do seu tamanho,


necessidades de seus pacientes e necessidades da instituição, para garantir uma boa
nutrição e pacientes saudáveis existem profissionais da área da saúde destinados a
funções de desenvolver um plano nutricional individualizado para cada paciente incluindo a
necessidade de cada indivíduo, acompanhado a ingestão alimentar e a absorção de
nutrientes e fazendo ajustes se necessário.

Entre os profissionais responsáveis pela SND hospitalar (Serviço de nutrição e dietética)


existem nutricionistas responsáveis por examinar o estado nutricional dos pacientes,
diagnostico nutricional, tratamento e organizar a gestão de alimentos. Cozinheiros que
auxilia na preparação desses alimentos e também responsáveis pela textura, sabor e
aparência, também existem os copeiros fazendo o trabalho de levar essas refeições ate os
pacientes garantindo que chegue ate o paciente certo coma a dieta certa, levando esse
serviço ao paciente. Enfermeiros desempenham um papel essencial e integrativo com
profissionais da área de alimentos e nutricional pois com esses alimentos seus pacientes
conseguem evoluir no quadro clinico garantindo absorção desses nutrientes, a
enfermagem monitora a ingestão desses alimentos vendo a quantidade que o paciente
ingeriu se a dificuldade ou se recusa a se alimentar, administração de dietas prescritas são
o caso do trabalho do enfermeiro, dispondo se há prescrição de suplementos alimentares,
dietas liquidadas, ou dietas enterais depois que esse paciente se recupera e volta para
domicilio também e responsabilidade do enfermeiro educar sobre a importância da nutrição
e nas escolhas dos alimentos consumidos e oque pode gerar de qualidade de vida ou
consequências, como a enfermagem esta em contado direto com os pacientes e proposto
indicar problemas nutricionais vistos na hora do cuidados desses pacientes.

Toda a esquipe estando em integridade e harmonia desde da nutricionais e dietistas ate os


copeiros podem gerar a cura mais rápido dos indivíduos e qualidade de vida promovendo
conforto do ambiente hospitalar e qualidade de serviço.
4. DISPOSITIVOS E FORMAS DE APLICAÇÃO DE CADA DIETA

4.1. Dietas enterais

No Brasil, atualmente, usa-se as denominadas, bombas de infusão que contam com o


uso de equipos específicos, as bombas permitem um sistema mais tecnológico como
programação da quantidade de gotas por minuto que deverão ser administradas,
horário de começo e término da medicação, entre tantos outros.

Também, o método a ser escolhido, a depender da condição de cada paciente, pode


ser a sonda enteral, que é conectada ao jejuno ou duodeno, através da boca ou nariz,
suprindo as necessidades nutricionais do paciente.

4.2. Dietas Parenterais

O chamado sistema de frasco único, é o que permite a introdução de eletrólitos e


lipídeos por meio intravenoso, a partir de um cateter comum. Suplementações podem
ser adicionadas ao concentrado. Nesse caso, há a necessidade de um conector com
múltiplas vias de administração e a chance de erro de administração, também acaba
sendo maior.

Os sistemas “Tudo em Um”, contém exatamente as mesmas coisas do que o


mencionado anteriormente, porém é aplicado toda a suplementação em uma via única.
As vantagens observadas são melhor absorção de nutrientes, menos complicações
metabólicas e diminuição do risco de infecções e complicações.

Em ambas as situações, o paciente deverá ser puncionado com catéter venoso central
ou catéter venoso periférico que seja com vias somente utilizadas para a administração
da suplementação.

5. RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO

A enfermagem contém um controle na Nutrição Parenteral e Enteral. Sua


responsabilidade vai em controle da via selecionada, o volume administrado e as
reações que o paciente pode conter durante esse processo.
O estado nutricional e a evolução do paciente em hospitais, estão se agravando em
suas recuperações. Portanto, é possível observar a precariedade do planejamento do
cuidado de enfermagem ao Suporte Nutricional. Os enfermeiros consiste em fornecer o
bem-estar do paciente e o conforto, dando mais atenção para o entendimento da
complexidade e fragilidade do mesmo, ou seja, a enfermagem deve compreender a
necessidade e desejos do paciente, tendo mais conhecimento e avaliando mais as
relações terapêuticas.

De acordo com uma pesquisa efetuada, apontam que o cuidado da enfermagem ao


suporte nutricional varia com relação a qualidade da assistência e a necessidade da
atenção por parte dos enfermeiros e aos procedimentos adequados (exemplos:
passagem da sonda nasogástrica, manutenção e fixação ; conservação e instalação da
dieta; monitorização de eliminações; sinais e sintomas que indicam complicações).

4.1. COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL


(COFEN):

- Executar cuidados de higiene e conforto ao paciente em TN.

Compete ao Enfermeiro cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que


exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões
imediatas:

a) desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente


em TN, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do serviço;

b) desenvolver ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo


a garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em TN;

c) responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da NP e da NE;


d) responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem
ao paciente em TN, seja no âmbito hospitalar, ambulatorial ou domiciliar;

e) fazer parte, como membro efetivo, da EMTN; f) participar, como membro da EMTN,
do processo de seleção, padronização, parecer técnico para licitação e aquisição de
equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN.

4.2. NORMAS GERAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL:

a) Implementar ações visando preparar e orientar o paciente e familiares quanto a


Terapia Nutricional, seus riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como
ambulatorial e residencial;

b) Proceder a correta armazenagem do frasco de nutrição visando sua conservação e


integridade;

c) Estabelecer os cuidados específicos com a via de administração;

d) Cuidados com a administração da nutrição, conferindo: prontuário, rótulo do frasco,


nome do paciente, via de administração, volume e horário;

e) Monitorar o paciente durante o procedimento;

f) Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências relacionadas à Terapia


Nutricional;

g) Proceder as anotações em prontuário do paciente.

4.3. Via de acesso Nutrição Parenteral – NP / Compete ao Enfermeiro:

a) Proceder a punção venosa periférica de cateter intravenoso de teflon ou poliuretano,


ou cateter periférico central (PICC), desde que habilitado e/ou capacitado para o
procedimento de acordo com a Resolução COFEN Nº 260/2001.

b) Participar com a equipe medica do procedimento de inserção de cateter venoso


central.

c) Assegurar a manutenção e permeabilidade da via de administração da Nutrição


Parenteral.

d) Receber a solução parenteral da farmácia e assegurar a sua conservação até a


completa administração.

e) Proceder à inspeção visual da solução parenteral antes de sua infusão.

f) Avaliar e assegurar a instalação da solução parenteral observando as informações


contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição.

g) Assegurar que qualquer outra droga, solução ou nutrientes prescritos, não sejam
infundidos na mesma via de administração da solução parenteral, sem a autorização
formal da equipe Multiprofissional de Nutrição Parenteral.
h) Prescrever os cuidados de enfermagem inerentes a Terapia de Nutrição Enteral, em
nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar.

i) Detectar, registrar e comunicar a EMTN ou ao médico responsável pelo paciente as


intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrativa.

j) Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e a


evolução do paciente, quanto aos dados antropométricos, peso, sinais vitais, balanço
hídrico, glicemia, tolerância digestiva entre outros.

4.4. Vias de Acesso Enteral – NE / Compete ao Enfermeiro:

a) Participar da escolha da via de administração da NE em consonância com o médico


responsável pelo atendimento ao paciente e a EMTN;

b) Estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica ou transpilórica para a


administração da NE, conforme procedimentos pré-estabelecido;

c) Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a confirmação da


localização da sonda;

d) Participar da instalação do acesso por estomia, realizada pelo médico, utilizando-se


de técnica asséptica, de preferencia no Centro Cirúrgico, obedecendo-se a
procedimento escrito estabelecido em consonância com a CCIH;

e) Garantir que a via de acesso da NE seja mantida;

f) Garantir que a administração da NE seja realizada no prazo estabelecido,


recomendando-se a utilização Bomba de infusão;

g) Garantir que a troca da NE, sondas e equipo seja realizada em consonância com o
pré-estabelecido pela EMTN, em conjunto com a CCIH;

h) Prescrever os cuidados de enfermagem.

i) Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e à TNE

4.5. Nutrição Oral Especializada – NOE / Compete ao Enfermeiro:

a) Avaliar as condições de deglutição do paciente conjunto com a EMTN.

b) Identificar, registrar e informar a EMTN fatores que aumentem o catabolismo do


paciente, tais como: Úlcera por pressão, febre, diarreia, perdas hídricas, sinais de
infecção, imobilidade prolongada.

c) Avaliar a tolerância gastrointestinal ao suplemento nutricional, em consonância com a


EMTN.
d) Manter rigorosamente a oferta do suplemento nutricional nos horários estipulados na
prescrição dietética.

e) Prescrever cuidados de enfermagem.

f) Estabelecer plano educacional ao paciente e familiares, no momento da alta.

CONCLUSÃO
Concluímos então com o trabalho e os materiais didáticos apresentados em sala de
aula, à diferença entre as terapias nutricionais e a importância fundamental delas para a
recuperação dos nossos pacientes. Aprendemos também que é necessário avaliar o
estado critico de nosso paciente para melhor escolha do tipo de terapia nutricional,
fazendo com que ele se mantenha nutrido e diminuindo os riscos de mortalidades,
desnutrição, infecções, escaras, ou até mesmo novas internações. Nós enfermeiros
temos o papel fundamental na saúde e bem estar do enfermo, por isso é de nossa
competência avaliar estreitamente as condições clínicas de nossos pacientes, tanto
físicas quanto psíquicas, para uma melhor recuperação.

REFERÊNCIAS

https://www.scielo.br/j/rn/a/P4y8McwpXRcRdJsKwbYSrQk/A dieta hospitalar na


perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua produção e em seu planejamento
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/KYTBZzfTBShFtNXjyK4PrRz/?lang=ptPercepção de
enfermeiros sobre o cuidado nutricional à criança na Estratégia Saúde da Família

https://www.scielo.br/j/rbti/a/7TY3zZnVpCn6Q6rKytxXS4L/Terapia nutricional enteral em


unidade de terapia intensiva: infusão versus necessidades
https://www.portalnepas.org.br/abcshs/article/view/625

https://revistaft.com.br/relato-de-experiencia-assistencia-de-enfermagem-a-pacientes-
submetidos-a-nutricao-parenteral/
https://revistaft.com.br/relato-de-experiencia-assistencia-de-enfermagem-a-pacientes-
submetidos-a-nutricao-parenteral/
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/33838/1/Artigo%20-%20Terapia%20Nutricional
%20Parenteral.pdf
https://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/Resolucao_277_2003_anexo.PDF
https://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/Resolucao_453-14_Anexo.pdf

https://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4874/html_585#:~:text=A
%20enfermagem%20possui%20papel%20preponderante,possa%20apresentar
%20durante%20esta%20terap%C3%AAutica
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/7635/9165
Movimento pela segurança na terapia nutricional enteral: o que há de novo com
os dispositivos? Disponibilizado por Claudia Satiko Takemura Matsuba1 Suely
ItsukoCiosakhttps://repositorio.usp.br/item/002934523

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