Apostila Pqo Cap 07 v2
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Na página seguinte, você encontrará o quadro de orientações de estudo para a prova de certificação
do PQO BM&FBOVESPA deste capítulo. Identifique a prova que irá fazer e estude os tópicos
sugeridos.
Bons estudos!!!
Quadro de orientações de estudo para a prova de certificação do PQO BM&FBOVESPA
Item 7.2 Item 7.3 Item 7.4 Item 7.5 Item 7.6
Tipos de provas
Pág. 1 Pág. 3 Pág. 5 Pág. 6 Pág. 6
Operações
BM&FBOVESPA
Operações
segmento BOVESPA
Operações
segmento BM&F
Comercial
Compliance
Risco
Back Office
BM&FBOVESPA
Back Office
segmento BOVESPA
Back Office
segmento BM&F
FUNDOS DE INVESTIMENTOS 1
Cotista é o investidor que aplica seus recursos no fundo. Ao aplicar em fundos de investimento, os
cotistas estão comprando uma quantidade de cotas e concordando em pagar uma taxa de
administração a um terceiro (o administrador do fundo) que coordenará as tarefas do fundo e
gerenciará os seus recursos no mercado.
gestor: instituição responsável pela compra e pela venda dos ativos do fundo (gestão),
conforme os objetivos e a política de investimento estabelecida no seu regulamento.
custodiante: instituição responsável pelo registro e pela guarda dos ativos do fundo.
distribuidor: instituição responsável pela venda das cotas do fundo, podendo ser o próprio
administrador ou terceiros contratados por ele.
termo de adesão: documento que deve ser assinado no momento da aplicação inicial em um
fundo, no qual o investidor confirma que recebeu o regulamento e o prospecto do fundo e
que tomou ciência da sua política de investimento e dos riscos envolvidos.
patrimônio líquido: diferença entre o valor dos ativos e dos passivos de um fundo. É o valor
contábil pertencente aos cotistas. No caso dos fundos de investimento, o patrimônio líquido
é a soma de todos os ativos e operações do fundo, descontados os custos e as taxas.
taxa de administração: valor pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os
prestadores de serviço.
Cota é uma fração do patrimônio líquido de um fundo de investimento. Dessa forma, o patrimônio
de um fundo de investimento é a soma de cotas que foram compradas pelos diferentes investidores,
e o valor de cada cota é obtido através da divisão do patrimônio líquido do fundo pelo número de
cotas emitidas.
Quando o investidor aplica o seu dinheiro em um fundo, na verdade, está comprando determinada
quantidade de cotas, cujo valor é apurado diariamente. As instituições informam os valores das
cotas dos fundos nos principais jornais ou na internet. Para calcular o rendimento de qualquer
fundo, basta dividir o valor da última cota divulgada pelo valor da cota do dia da aplicação.
Para apurar o valor atual do investimento, basta multiplicar a quantidade de cotas que o investidor
possui pelo seu valor mais recente. O valor da cota se altera diariamente, mas a quantidade de cotas
de um investidor é sempre a mesma, exceto quando ocorre:
Importante
No caso de fundos com carteiras compostas por títulos de menor risco, a CVM permite o cálculo das
cotas com base no patrimônio líquido do dia anterior atualizado por um dia de forma que, no início
de cada dia, os cotistas já podem acessar o saldo atualizado de seu investimento (“cota de
abertura”).
Já para os demais fundos, o valor da cota do dia deve ser calculado com base na divisão do valor do
patrimônio líquido pelo número de cotas do fundo apurados, ambos no encerramento do dia, ou
seja, no horário de fechamento dos mercados em que o fundo atue (“cota de fechamento”).
7.3 Taxas
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Trata-se da taxa pela qual o fundo remunera os serviços prestados pelo administrador, pelo gestor,
pelo custodiante e pelo distribuidor. Ela pode variar muito de instituição para instituição e de fundo
para fundo, sendo representada através de um percentual ao ano. Esse percentual é provisionado
diariamente sobre o patrimônio líquido do fundo (com base em dias úteis) e apropriado pelo
administrador para pagamento das despesas.
Importante
Normalmente, os fundos de renda fixa apresentam taxas mais baixas do que as dos
fundos de ações, pois requerem menos trabalho de gestão.
No entanto, um fundo com menor taxa de administração não significa, necessariamente, maiores
ganhos para os investidores. A rentabilidade final para o investidor sempre dependerá dos títulos
presentes na carteira do fundo (e, consequentemente, do seu risco), e da eficiência do trabalho do
gestor do fundo. Outro fator que normalmente está relacionado à taxa de administração é o valor
mínimo para aplicações e movimentações em um fundo. Geralmente, quanto menor for esse valor
mínimo, maior será a taxa de administração, pois os custos operacionais de fundos com baixos
valores de movimentação são mais altos para o administrador.
TAXA DE PERFORMANCE
Trata-se da taxa cobrada do fundo quando a sua rentabilidade supera a variação de um indicador de
referência (chamado benchmark), servindo para remunerar uma administração diferenciada. A taxa
de performance deve ser definida desde a criação do fundo (ou aprovada em Assembleia Geral de
Cotistas) e estar vinculada a um parâmetro de referência compatível com a política de investimento
do fundo e com os títulos que compõem a sua carteira, permitindo que o investidor tenha
conhecimento dela antes mesmo de fazer a aplicação.
A taxa de performance deve ser cobrada na forma de um percentual sobre a rentabilidade que
ultrapassar o benchmark após a dedução de todas as outras despesas do fundo (inclusive da taxa de
administração) e com uma periodicidade mínima de seis meses. Exemplo: se um fundo apresenta
taxa de performance de 20% sobre a rentabilidade que exceder a variação do CDI, significa que, se a
rentabilidade do fundo ultrapassar essa marca, os cotistas ficarão com 80% do excedente:
Importante
Embora ainda não seja comum no mercado financeiro brasileiro, a legislação vigente permite a
cobrança de taxas de ingresso e de saída em fundos de investimento. Esse tipo de taxa é muito
comum no mercado financeiro norte-americano e visa estimular os investidores a permanecerem
com os seus recursos aplicados pelo maior período de tempo possível, viabilizando a realização de
operações com títulos de vencimento mais longo e, dessa forma, aumentando as perspectivas de
rentabilidade diferenciada para o fundo.
OUTRAS DESPESAS
Além das taxas de administração, de performance, de ingresso e de saída, podem ser cobradas do
fundo as seguintes despesas, conforme esteja disposto no seu regulamento:
Importante
Para buscar uma boa rentabilidade, os gestores de fundos montam carteiras de investimento com
diversos ativos financeiros. A composição da carteira deve sempre seguir a política de investimento
do fundo. A política de investimento de um fundo está definida no seu prospecto e no seu
regulamento e define os ativos nos quais o administrador pode investir o patrimônio do fundo. Ela
só pode ser alterada por decisão dos cotistas em Assembleia. Já a composição da carteira de um
fundo indica os ativos que compõem o patrimônio de um fundo em determinado momento do
tempo e pode ser alterada pelo gestor conforme a evolução das condições do mercado. Um fundo
pode investir em:
ações;
CDBs;
debêntures;
derivativos;
títulos públicos;
outros.
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista,
com antecedência mínima de 10 dias em relação à data da sua realização. A Assembleia Geral pode
ser instalada com a presença de qualquer número de cotistas, e suas deliberações são tomadas por
maioria de votos, cabendo a cada cota um voto.
Existem duas diferentes estruturas de fundos de investimento no mercado. Uma delas é a dos
fundos que aplicam seu patrimônio diretamente em títulos e valores mobiliários ou em qualquer
outro ativo disponível no mercado, os chamados Fundos de Investimento (Fis).
Esta estrutura exige que o gestor entre no mercado vendendo ou comprando ativos a cada
movimentação de aplicação e resgate dos cotistas. Geralmente, concentram-se neles grandes
investidores, como fundos de pensão, bancos e outros fundos de investimento. A outra é a dos
Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento (FICFIs), que compram cotas de um ou
mais fundos; é neste tipo de fundo que a maioria dos investidores aplica seu dinheiro.
Diferentemente dos FIs, que negociam diretamente ativos no mercado, os FICFIs devem ter, no
mínimo, 95% do seu patrimônio alocado em cotas de outros fundos de investimento de uma mesma
classe e que, portanto, estejam de acordo com sua política de investimento. A exceção fica por conta
dos fundos de investimento em cotas da classe "multimercado", que podem alocar seus recursos em
fundos de classes distintas. Os 5% restantes do patrimônio de um FICFI podem ser investidos
diretamente no mercado, em títulos privados ou públicos federais e em operações compromissadas,
se o gestor assim julgar necessário para atingir os seus objetivos estratégicos.
Um FICFI oferece ao gestor muito mais flexibilidade na hora de movimentar os recursos do fundo,
pois as operações se resumem basicamente em comprar e vender cotas quando um cliente faz uma
aplicação ou solicita um resgate. Todo fundo deve apresentar no seu nome as siglas “FI” ou “FICFI”,
de forma a indicar para os investidores a categoria em que está enquadrado.
Conforme a estratégia estabelecida para a gestão da carteira de um fundo de investimento, ele será
classificado como fundo de gestão passiva ou de gestão ativa. O gestor de um fundo que possui
estratégia de investimento passiva aplica em ativos buscando replicar um índice de referência
(benchmark), ou seja, fazer com que a rentabilidade do fundo seja próxima à variação do seu
benchmark. Os benchmarks mais utilizados são: CDI, para os fundos de renda fixa, e Ibovespa, para
os fundos de ações.
Os Fundos de Ações Ibovespa Indexado são exemplos de fundos com gestão passiva. Nesses fundos,
o trabalho do gestor é fazer com que o desempenho da carteira acompanhe a variação do Índice da
BM&FBOVESPA. O gestor compra, para a carteira do fundo, as mesmas ações que compõem o índice
a fim de que o desempenho do fundo seja bem aderente à variação do Índice Bovespa. Neste caso, o
fundo pode comprar todas as ações do Ibovespa e nos mesmos percentuais do índice, ou o gestor
pode optar por comprar apenas uma parte das ações, desde que o desempenho desse grupo de
ações acompanhe o desempenho do Ibovespa como um todo.
Já um fundo com gestão ativa busca obter rentabilidade superior à de um determinado índice de
referência. Isso significa que o gestor procura no mercado as melhores alternativas de investimento
visando atingir o objetivo desse fundo, sempre de acordo com a sua política de investimento.
Nesses fundos, não é permitida a cessão ou a transferência de cotas, salvo por decisão judicial,
execução de garantia ou sucessão universal. No entanto, a legislação permite a constituição de
fundos fechados, nos quais as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do
fundo. Neste caso, o administrador tem prazo de 180 dias a partir do registro do fundo na CVM para
integralizar a emissão das cotas junto aos investidores.
A cota de fundo fechado pode ser transferida mediante termo de cessão e transferência assinado
pelo cedente e pelo cessionário, ou através de bolsa de valores, ou entidade de balcão organizado
em que as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. Os fundos com carência são aqueles nos
quais o regulamento prevê um prazo mínimo a ser respeitado pelos cotistas para a realização de
resgates. Já os fundos exclusivos são constituídos para receber aplicações de um único cotista ou de
um grupo fechado de cotistas.
As duas principais classificações dos fundos são divulgadas pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Curto prazo** Investem seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados
de baixo risco de crédito. Estes títulos podem ser de renda fixa, pós ou
prefixados e, geralmente, sua rentabilidade está atrelada à taxa de juro usada
nas operações entre os bancos (conhecida como taxa do CDI). Investem em
papéis com prazo máximo a decorrer de 375 dias e o prazo médio da carteira
deve ser de, no máximo, 60 dias. Por estas características, são considerados
fundos mais conservadores, indicados para investidores com objetivo de
investimento de curtíssimo prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às
oscilações das taxas de juro.
1
Informações retiradas do site da Anbima. Classificação Anbima de fundos de investimento atualizada pela
Deliberação 44, de 24 de novembro de 2010. Em: http://www.comoinvestir.com.br/fundos/guia-de-
fundos/classes_de_fundos/Paginas/default.aspx#fragment-1
Referenciados** Identificam, em seus nomes, o indicador de desempenho que sua carteira tem
por objetivo acompanhar. Para tal, devem investir, no mínimo, 80% de suas
carteiras em títulos públicos federais ou em títulos de renda fixa privados
classificados na categoria baixo risco de crédito. Além disso, no mínimo, 95% de
sua carteira deve ser composta por ativos que acompanhem a variação do seu
indicador de desempenho, o chamado benchmark. Usam instrumentos de
derivativos com o objetivo de proteção (hedge). Os fundos referenciados mais
conhecidos são os DI, que buscam acompanhar a variação diária das taxas de
juro (Selic/CDI) e se beneficiam em um cenário de alta de juros.
Renda fixa** Devem aplicar uma parcela significativa de seu patrimônio (mínimo 80%) em
títulos de renda fixa prefixados (que rendem uma taxa de juro previamente
acordada) ou pós-fixados (que acompanham a variação da taxa de juro ou um
índice de preço). Além disso, podem usar instrumentos de derivativos com o
objetivo de proteção (hedge). Ao contrário dos Fundos Referenciados DI, os
fundos de renda fixa beneficiam-se em um cenário de redução das taxas de
juros.
Multimercado São fundos que possuem políticas de investimento que permitem vários fatores
de risco, combinando investimentos nos mercados de renda fixa, câmbio e
ações, entre outros. Além disso, podem utilizar ativamente instrumentos de
derivativos para alavancagem de suas posições ou para proteção de suas
carteiras (hedge). São fundos com alta flexibilidade de gestão, por isso
dependem do talento do gestor na escolha do melhor momento de alocar os
recursos (market timing) na seleção dos ativos da carteira e no percentual do
patrimônio que será investido em cada um dos mercados (asset mix). Os fundos
multimercado são fundos que normalmente possuem gestão ativa, não tendo o
compromisso de acompanhar nenhum indexador específico e podendo, com
isso, assumir mais riscos visando rentabilidades maiores.
Ações São fundos que investem, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações
negociadas em bolsa. Dessa forma, estão sujeitos às oscilações de preços das
ações que compõem sua carteira. Alguns fundos desta classe têm como
objetivo de investimento acompanhar a variação de um índice do mercado
acionário, tal como o Ibovespa ou o IBX. São mais indicados para quem tem
objetivos de investimento de longo prazo.
Cambial Estes fundos devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em
ativos que sejam relacionados, diretamente ou indiretamente (via derivativos),
à variação de preços de uma moeda estrangeira, ou à sua taxa de juro (o
chamado de cupom cambial). Nesta classe, os fundos mais conhecidos são os
chamados fundos cambiais em dólar que objetivam seguir a variação da
cotação da moeda norte-americana. No entanto, nem sempre esses fundos
Dívida externa Aplicam, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos brasileiros negociados
no mercado internacional. Os 20% restantes podem ser aplicados em outros
títulos de crédito transacionados no Exterior. Para o investidor no Brasil, este
fundo é a única forma de investir em papéis emitidos pelo governo brasileiro
negociados no Exterior.
**Importante: os fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa, não podem cobrar taxa de
performance.
2
Informações retiradas do site da Anbima. Classificação Anbima de fundos de investimento atualizada pela
Deliberação 44, de 24 de novembro de 2010. Em: http://www.comoinvestir.com.br/fundos/guia-de-
fundos/classes_de_fundos/Paginas/default.aspx#fragment-1
Balanceados
Diversas Classes de Ativos
Capital Protegido
Investimento no Títulos da Dívida Externa e Taxa de
Investimento no Exterior
Exterior Câmbio
Ações IBOVESPA Indexado Índice de Referência
Ações IBOVESPA Ativo * Índice de Referência + Alavancagem
Ações IBrX Indexado Índice de Referência
Ações IBrX Ativo * Índice de Referência + Alavancagem
Ações Setoriais
Ações Ações FMP – FGTS
Ações Small Caps Renda Variável
Ações Dividendos
Ações Sustentabilidade/Governança
Ações Livre * Renda Variável + Alavancagem
Fundos Fechados de Ações Renda Variável
Cambial Cambial Moeda de Referência
Juros Mercado Doméstico + Crédito +
Previdência Renda Fixa
Índice de Preços Mercado Doméstico
Previdência Balanceados - até 15
Previdência Balanceados - de 15-30
Previdência
Previdência Balanceados - acima de 30 Diversas Classes de Ativos
Previdência Multimercados
Previdência Data-Alvo
Previdência Ações Renda Variável
Outros tipos de fundos são os que agregam os FIDCs e que têm, nas carteiras, recebíveis dos
seguintes setores de atuação:
Ao terminar este capítulo, espera-se que você tenha compreendido o conceito e as características
dos fundos de investimentos, as respectivas taxas e carteiras de fundos de investimento, a realização
da Assembleia Geral e as classificações dos fundos de investimento.
Importante
BIBLIOGRAFIA
DUARTE JUNIOR, Antonio Marcos. Gestão de riscos para fundos de investimento. São Paulo:
Prentice Hall Brasil, 2005. 200 p.
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 17ª ed., rev., atual. e ampl. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2010. 833 p.