Sondas, Drenos e Cateteres
Sondas, Drenos e Cateteres
Sondas, Drenos e Cateteres
PROPÓSITO
Identificar os conceitos que cercam os dispositivos implantáveis (sondas, drenos e cateteres) e suas
aplicabilidades, visando a facilitar o uso na prática profissional.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos um guia de semiotécnica para compreender termos
específicos da área abordada.
OBJETIVOS
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MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Abordaremos os diferentes tipos de dispositivos implantáveis (sondas, drenos e cateteres) que podem
ser utilizados em nosso cotidiano profissional, de forma que sejamos capazes de escolher o tipo de
dispositivo adequado à cada situação no atendimento hospitalar.
A compreensão dos processos aqui descritos facilitará as dinâmicas de cuidados ao paciente e tornará
possível a continuidade terapêutica, bem como minimizará as complicações inerentes ao uso de
cateteres.
MÓDULO 1
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O QUE É SONDA?
Foto: Shutterstock.com.
Sonda é um tubo que tem como função o acesso a algum canal do organismo com a finalidade de
introdução ou retirada de substâncias no tratamento de determinada doença. É também um instrumento
para ser introduzido em um canal ou em uma cavidade para fins propedêuticos —determinar a presença
de estenose, corpo estranho ou outra situação mórbida.
Segundo Smeltzer (2019), a sonda pode ser fina e flexível, de maneira que explore ou dilate o canal, ou
rígida, normalmente com a extremidade pontiaguda com a finalidade de separar tecidos de dissecação.
O cateter é um instrumento tubular inserido no corpo com a finalidade de retirada de líquidos, introdução
de sangue, soro, medicamentos e investigações diagnósticas. Parecido com sonda, não é mesmo?
O termo “sonda” é usado quando a introdução do dispositivo ocorre através de um orifício orgânico
natural, por exemplo, no caso de uma sonda nasogástrica.
O termo “cateter” é usado quando a finalidade é a introdução do dispositivo em um vaso sanguíneo.
SONDAGEM GASTROINTESTINAL
A utilização de dispositivos se dá por via nasal, oral ou através da parede abdominal com a finalidade de
retirada de conteúdo ou objeto estranho, administração de medicações ou substâncias nutricionais para
o paciente. As sondas têm comprimentos diferentes, dependendo do uso.
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Imagem: Shutterstock.com.
Sonda nasogástrica.
Realização de irrigação do estômago (com água ou outros líquidos) para a remoção de toxinas
ingeridas.
As sondas gastrointestinais podem ter diversas composições de materiais, vários calibres French (1Fr =
0.33mm), comprimentos e diferentes números de lúmens. Abordaremos os principais tipos de sondas e
os cuidados intrínsecos a cada um deles.
SONDAS NASOGÁSTRICAS
As sondas nasogástricas são amplamente utilizadas para funções emergenciais como descompressão,
aspiração ou lavagem. Seu local de ancoragem é a região gástrica.
As sondas também podem ser inseridas através da cavidade oral, porém isso só é viável nas situações
em que o paciente tenha seu nível de consciência deprimido — já que o procedimento causa
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desconforto — e em situações de suspeita de fratura de base de crânio.
Foto: Shutterstock.com.
ATENÇÃO
É proibida a introdução de sondas por via nasal na suspeita ou confirmação de fratura de base de
crânio!
A seguir, trataremos da sonda nasogástrica mais utilizada em nossa rotina assistencial, a sonda Levin.
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Imagem: Shutterstock.com.
Sonda Levin.
A sonda Levin é um tubo feito de plástico ou borracha, transparente, com cerca de 125cm de
comprimento, lúmen único e vários calibres diferentes (os menores calibres são utilizados em
neonatologia e pediatria).
Descompressão gástrica.
✓ Bandeja
✓ EPIs
✓ Seringa de 20ml
✓ Ampola de água destilada
✓ Estetoscópio
✓ Saco plástico para descarte de resíduos
✓ Fita indicativa de pH gástrico
✓ Papel toalha
✓ Sonda Levin
✓ Gaze
✓ Fixador de sonda
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Agora entenda como funciona a instalação da sonda Levin:
A medida deve ser feita a partir de extremidade da sonda Levin: da ponta do nariz até o lóbulo da orelha
e deste até o apêndice xifoide.
Após a medida, deve-se marcar na sonda o ponto máximo de inserção com uma caneta ou fita adesiva.
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Imagem: Shutterstock.com / Leandro Souteiro.
Fowler alta 30 a 45°.
Antes de mais nada, o paciente precisa ser informado com clareza sobre o procedimento, só então ele
deve ser mantido na posição Fowler alta: 30 a 45 graus.
Primeiro, é necessário realizar a inspeção das narinas do paciente com o objetivo de reconhecer
sujidades ou a presença de desvio de septo (neste caso, optar pelo uso da outra narina).
Manter a cabeça do paciente fletida em relação ao tórax (encostar o mento no tórax).
Após a medição, as orientações e o posicionamento, deve-se realizar a lubrificação da sonda e, então,
introduzi-la até a demarcação realizada previamente.
Uma vez alcançado esse ponto, deve-se proceder à confirmação de posicionamento da sonda (ver as
indicações a seguir) e à fixação com fixador próprio ou fita adesiva (para garantir a segurança do
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paciente quanto à retirada acidental).
ATENÇÃO
Durante a introdução da sonda, solicitar ao paciente que auxilie o processo através da deglutição dela.
Após a execução da sondagem, deve ser confirmado se realmente a sonda Levin está posicionada na
região gástrica. Essa confirmação visa a impedir que a sonda seja posicionada no pulmão do paciente, o
que poderia gerar uma complicação grave chamada broncoaspiração. A confirmação de posicionamento
da sonda gástrica se dá através de alguns métodos possíveis:
Aspiração de conteúdo gástrico com uma seringa de 20ml e mensuração do pH (= ou < 6).
SAIBA MAIS
Apesar de a sonda Levin ser a mais utilizada durante nossa prática profissional, não podemos deixar de
citar outros perfis de sondas gástricas:
SONDAS ENTERAIS
A sonda mais utilizada para esta finalidade é a sonda enteral Dobbhoff, que tem como particularidade
seu material em silicone com demarcações radiopacas, duplo lúmen, um fio guia em aço (para facilitar
sua introdução) e uma ogiva distal com pesos de tungstênio (facilitam a migração da sonda para o
posicionamento correto).
A sonda Dobbhoff tem um comprimento de aproximadamente 170cm e calibre menor que o das sondas
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gástricas, já que sua função é a nutrição do paciente.
Foto: Shutterstock.com.
Sonda enteral.
Importante: A medição deve considerar a distância da extremidade do nariz até o lobo da orelha e deste
até o processo xifoide. Deve-se adicionar mais 20 a 25cm para a posição intestinal (SMELTZER et al.,
2019).
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Imagem: Shutterstock.com / Leandro Souteiro.
Fowler alta – 30 a 45 graus.
Antes de mais nada, o paciente precisa ser informado com clareza sobre o procedimento e deve ser
mantido na posição Fowler alta. Entenda a seguir como funciona:
Primeiro, deve-se realizar a inspeção das narinas do paciente para o reconhecimento de sujidades e
identificação de desvio de septo (neste caso, deve-se optar pelo uso da outra narina) ou até mesmo
inflamação prévia no local. É importante manter a cabeça do paciente fletida em relação ao tórax
(encostar o mento no tórax).
Após as medidas, as orientações e o posicionamento, deve-se realizar a lubrificação da sonda (com
lidocaína gel) e iniciar a introdução até a demarcação realizada previamente.
Depois dos procedimentos de confirmação de posicionamento da sonda, deve-se realizar a fixação com
fixador próprio ou fita adesiva para garantir a segurança do paciente quanto à retirada acidental.
Em seguida, executar a retirada do fio guia e encaminhar o paciente para realização de um raio X.
Durante a introdução da sonda, deve-se solicitar ao paciente que auxilie através da deglutição, como se
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estivesse bebendo água.
ATENÇÃO
Vale ressaltar que a sonda enteral deve migrar para sua posição de destino (primeira porção duodenal)
e que, após a passagem, ficará inicialmente no estômago. É necessário posicionar o paciente em
decúbito lateral direito para facilitar essa migração, que ocorrerá de forma completa em cerca de 24h.
Foto: Shutterstock.com
Sonda de gastrostomia.
Estes tipos de sondas são introduzidos diretamente no segmento abdominal do paciente através de um
ato cirúrgico, ou seja, a enfermagem não tem ação diretamente ligada à sua instalação, porém, é
função da equipe de enfermagem observar todos os cuidados relacionados à manutenção da
sondagem.
As sondas de gastrostomia (GEP) e jejunostomia (JEP) são normalmente indicadas quando a dieta
enteral é necessária por tempo prolongado ou de forma permanente.
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Em relação aos pacientes portadores de gastro ou jejunostomia, são adotados os mesmos cuidados
referentes à sonda nasoenteral, ou seja, manter sua permeabilidade, controle da localização pelo teste
de verificação do pH, fixação adequada e manutenção da pele ao redor da sonda limpa e seca.
ATENÇÃO
Fique atento à presença de lesões cutâneas peristomais, que podem ocorrer devido ao extravasamento
de enzimas digestivas. Nesse caso, as lesões locais, assim como possíveis infecções cutâneas, devem
ser tratadas.
COMPLICAÇÕES DE SONDAGENS
GASTROINTESTINAIS
No cuidado de pacientes em uso de dispositivos gastrointestinais (SNG, SNE, GEP e JEP), devemos
estar atentos às situações de risco, cujas principais complicações estão relacionadas a:
Obstrução do lúmen do dispositivo: pode ser evitada com a lavagem da sonda com água destilada
após a administração de alguma substância ou após a aspiração de conteúdo.
Broncoaspiração: pode ser evitada com o posicionamento adequado do paciente no leito (manter
cabeceira elevada, na posição de Fowler) e a interrupção da dieta enteral quando for realizar algum
procedimento que necessite baixar a cabeceira do paciente.
Traumas locais: podem ser evitados realizando a técnica correta de instalação e a fixação correta do
dispositivo (SNG e SNE), evitando o tracionamento e possível deslocamento de curativos (GEP e JEP).
SONDAS VESICAIS
Nas situações em que o paciente apresente distúrbios urológicos que impeçam a eliminação natural de
sua diurese, é necessário obter meios para que a urina seja eliminada de forma artificial.
As sondas vesicais são usadas para essa drenagem artificial e podem ser introduzidas através da uretra
para que alcancem a bexiga ou ser diretamente inseridas na bexiga, ureter ou pelve renal. Variam
quanto ao material, comprimento, calibre e à quantidade de lúmens. Todas essas variações estão
ligadas diretamente à função que vão exercer e podem ser utilizadas nas seguintes indicações:
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Foto: Shutterstock.com.
Sonda vesical.
Tratamento de lesões por pressão estágios 3 e 4, de forma que não ocorra extravasamento de urina nas
regiões em esquema terapêutico.
Coleta de materiais para exames laboratoriais em situações especiais (doenças que impeçam o controle
de esfíncter).
As sondas vesicais podem ser subdivididas em: sonda vesical de alívio e sonda vesical de demora.
Vejamos cada uma separadamente.
Este tipo de sondagem é realizado de forma intermitente, ou seja, a sonda não fica permanentemente
inserida na uretra do paciente. É utilizada para realizar o alívio em situações de retenção urinária — que
causa desconforto suprapúbico e ocorrência de bexigoma (aumento de volume da bexiga com urina) —
ou em caso de coleta de material para exames em que o paciente não é cooperativo.
A técnica de inserção da SVA deve ser estéril e seguir etapas importantes para que não ocorra
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contaminação do procedimento, o que resultaria em um risco de infecção (ver o item instalação a
seguir).
O dispositivo utilizado na sondagem vesical de alívio (SVA) é chamado de sonda uretral. Confeccionado
em plástico, possui um único lúmen com calibres em French (1Fr= 0.33mm) variados. A numeração
menor é utilizada em neonatal e pediatria e as maiores numerações em pacientes adultos, ocorrendo
também variações de acordo com o sexo do paciente.
Imagem: Shutterstock.com.
Sonda uretral de alívio.
ETAPA 1
ETAPA 2
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ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
ETAPA 9
ETAPA 10
ETAPA 11
ETAPA 12
ETAPA 13
ETAPA 1
Abertura dos campos com disposição dos materiais e preenchimento das cubas redondas com solução
antisséptica (clorexidina tópica ou degermante. Lembre-se de desprezar o primeiro jato).
ETAPA 2
ETAPA 3
Formação de pequenos envelopes com a gaze estéril com o auxílio das pinças (embeba-as na solução
antisséptica).
ETAPA 4
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Realização de antissepsia local com movimentos únicos.
ETAPA 5
ETAPA 6
Se homem, introdução de 20ml de gel anestésico na uretra, pressionando levemente a glande para
evitar seu extravasamento.
ETAPA 7
ETAPA 8
Introdução da sonda (o pênis deve estar retificado, quando o paciente é homem; na mulher, os grandes
lábios devem ser afastados com o dedo indicador e o polegar da mão dominante para visualização do
orifício uretral).
ETAPA 9
Confirmação do retorno da urina (neste momento, uma comadre deve ser posicionada próxima ao ponto
de drenagem e devem ser realizadas compressões suaves na região hipogástrica a fim de ocorrer um
esvaziamento vesical completo).
ETAPA 10
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Ao término do fluxo urinário, retirada da sonda de forma suave e secagem da região com as gazes.
ETAPA 11
Arrumação do leito do paciente, com descarte dos materiais utilizados e da urina drenada em local
adequado.
ETAPA 12
ETAPA 13
Esse procedimento proporcionará alívio da retenção urinária do paciente. Muitas vezes também é
indicada a coleta de material para exame de urina (avaliação de infecção do trato urinário).
A sondagem vesical de demora é necessária quando o período de permanência do controle de urina for
prolongado, como nos seguintes casos:
A SVD é realizada com o uso da sonda Foley, um dispositivo fabricado em látex ou silicone, de
comprimentos variados, com duas ou três vias, e diferentes calibres (cateter vesical em mulheres: 14 a
16Fr; cateter vesical em homens: 18 a 20Fr), em sistema fechado, ou seja, essa sonda deve ser
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conectada a uma bolsa coletora para minimizar o risco de infecção do trato urinário.
Imagem: Shutterstock.com.
Sondagem vesical de demora em sistema fechado.
O enfermeiro deve ficar atento ao tempo ideal de permanência do dispositivo, a partir da indicação
médica clara e bem definida. A retirada deve ser imediata depois de superados os motivos de indicação
de seu uso.
(ANVISA, 2017).
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A CADA DIA DE PERMANÊNCIA COM O CATETER DE
DEMORA SOMA-SE 5-10% DE RISCO DE PROBABILIDADE
DE AQUISIÇÃO DE INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO (ITU).
A PROPORÇÃO DE INFECÇÃO NO CATETER
INTERMITENTE É INFERIOR, SENDO 3,1% NA PRESENÇA
DE CATETER VESICAL E 1,4% NA AUSÊNCIA DE
CATETER VESICAL DE DEMORA.
(ANVISA, 2017).
Júnior, 60 anos, internado em uma unidade de tratamento intensivo em estado crítico, recebeu a
prescrição médica de instalação de SVD para controle preciso de seu débito urinário e balanço hídrico.
Nessa situação, você como enfermeiro responsável da unidade deverá executar o procedimento de
acordo com o COFEN, em sua Resolução n. 0450/2013, que define como ação privativa do enfermeiro
a instalação de dispositivos de sondagens vesicais.
O procedimento se iniciará após a informação ao paciente sobre o que será realizado e a subsequente
instalação de biombo para preservação da intimidade, seguido da realização da higiene íntima. A
sondagem vesical de demora deve ser realizada em técnica estéril para impedir qualquer tipo de
contaminação da sonda Foley, que é instalada através da uretra do paciente, e consequente redução
do risco de infecções do trato urinário.
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✓ Realize a abertura do material de cateterismo sobre o leito, entre as pernas do paciente (ou em
mesa de mayo), deixando uma das pontas próxima à região glútea.
✓ Realize a abertura de todo material estéril que será utilizado (SVD, cuba, agulha (40 x 12) e seringa
(compatível com o volume a ser introduzido no balonete da SVD) e com técnica estéril sobre o campo.
No caso de sondagem masculina, deve ser acrescentada uma seringa para administração de lidocaína
na uretra do paciente e bolsa coletora de sistema fechado.
✓ Abra as ampolas de água destilada (serão utilizadas para inflar o balonete da sonda).
✓ Realize a aspiração da lidocaína gel a 2% na seringa (15 a 20 ml) com a ajuda de um técnico de
enfermagem (paciente masculino).
✓ Faça antissepsia do meato até a base do pênis, realizando a troca da gaze estéril em cada etapa
(paciente masculino); ou com auxílio de pinça Pean e gazes estéreis, iniciando pelo meato, orifício
vaginal, pequenos lábios e grandes lábios, com movimentos unidirecionais da região superior para a
parte inferior da vulva, trocando a gaze (paciente feminino).
✓ Afaste os grandes lábios com o dedo indicador e o polegar da mão dominante, para visualizar o
orifício uretral.
✓ Introduza a sonda Foley no meato urinário (7,5cm em mulheres; 15 a 20cm em homens) ou até
observar a drenagem de urina.
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✓ Execute o preenchimento do cuff da sonda vesical de demora, utilizando a seringa previamente
cheia de água destilada — o volume está impresso na via distal da sonda utilizada para insuflar o
balão.
✓ Fixe a sonda na região suprapúbica com adesivo hipoalergênico (paciente masculino) ou na face
interna da coxa (paciente feminino).
✓ Prenda o coletor na parte inferior do leito (devidamente rotulado) para que ele fique abaixo da altura
da bexiga do paciente, facilitando assim a drenagem por gravidade.
✓ Higienize as mãos.
Após a execução do procedimento e a liberação do fluxo urinário, o débito urinário poderá ser
mensurado de forma precisa, fazendo com que o controle de dados sobre o volume líquido do
paciente possa ser informado para melhor regime terapêutico.
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Cateterismo suprapúbico à esquerda. Cateterismo urinário à direita.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. (IBFC, 2013) EM RELAÇÃO À SONDAGEM VESICAL, LEIA AS FRASES
ABAIXO E MARQUE (F) SE A AFIRMATIVA FOR FALSA E (V) SE FOR
VERDADEIRA. EM SEGUIDA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM A
SEQUÊNCIA CORRETA:
A) F, F, V, V.
B) V, V, F, F.
C) V, V, F, V.
D) F, V, F, F.
E) F, V, V, F.
A) O comprimento da sonda a ser introduzido deve ser medido colocando-se a sua extremidade na
ponta do nariz do paciente, alongando-a até o lóbulo da orelha e daí até o apêndice cricoide.
B) Na hora da passagem da sonda, solicitar que o paciente tussa, o que facilita a progressão no tubo
digestivo.
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D) A realização da sondagem nasogástrica com o paciente em decúbito dorsal previne a aspiração do
conteúdo gástrico.
E) O comprimento da sonda a ser introduzido deve ser medido colocando-se a sua extremidade na
ponta do nariz do paciente, alongando-a até o lóbulo da orelha e daí até o apêndice xifoide.
GABARITO
1. (IBFC, 2013) Em relação à sondagem vesical, leia as frases abaixo e marque (F) se a
afirmativa for falsa e (V) se for verdadeira. Em seguida, assinale a alternativa que contém a
sequência correta:
( ) Durante a passagem da sonda vesical no sexo feminino, a paciente deve ficar em posição de
litotomia, expondo apenas os genitais.
( ) Realiza-se irrigação vesical para prevenir a obstrução da sonda vesical pela remoção de
coágulos sanguíneos, secreções ou fragmentos.
( ) Na sondagem vesical de alívio, deve ser insuflado o balão com a quantidade de água
indicada na sonda durante o procedimento de esvaziamento da bexiga. Depois, deve ser
desinsuflado o balão para a retirada da sonda.
( ) Não há necessidade de troca rotineira da sonda vesical de demora, devendo ser realizada em
situações de presença de grande quantidade de resíduos no sistema de drenagem, obstrução
do cateter ou da bolsa coletora, violação do sistema e contaminação, entre outras.
O uso da sondagem vesical pode ser de alívio ou de demora e está ligado ao esvaziamento vesical,
no pós-operatório, seja para mensuração do débito urinário, ou também, por exemplo, para irrigação
das vias urinárias, impedindo o acúmulo de coágulos provocados pela cirurgia. As técnicas de
instalação diferenciam-se pelo dispositivo a ser utilizado ou pelo sexo do paciente.
2. (IABAS, 2017) Com relação à passagem de sonda nasogástrica, assinale a alternativa correta.
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MÓDULO 2
Foto: Shutterstock.com.
Drenos são dispositivos em forma de tubo, fio ou outros formatos que visam ao escoamento de
líquidos presentes no interior de tecidos ou cavidades (regiões de feridas infectadas ou não), com o
objetivo de impedir o acúmulo de líquidos nessas regiões ou estimular a cicatrização de feridas de
forma terapêutica.
Os drenos podem ser confeccionados em diferentes tipos de materiais, formatos e tamanhos, o que
facilita a escolha do dispositivo correto para cada perfil de utilização.
Dessa forma, abordaremos os principais drenos utilizados na nossa atividade laboral, para facilitar a
identificação e orientar os cuidados inerentes a cada dispositivo.
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Foto: Shutterstock.com.
Laminares — Apresentam composição mais macia, para maior maleabilidade; possuem paredes finas
e delgadas, geralmente feitos de látex. Seu calibre está dimensionado em centímetros e pode variar
entre 1 e 3cm. Os drenos laminares são indicados para drenagem da cavidade peritoneal de líquidos
espessos e viscosos.
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em French (sistema de escala francesa), em que 1 French equivale a 0,33mm, ou seja, quanto maior a
numeração, maior o calibre.
Os drenos tubulares estão indicados para drenagem de secreções mais volumosas em posições mais
profundas do que as localizações de drenos laminares e têm ainda como característica a presença de
orifícios em suas extremidades para potencializar a captação de fluidos.
BOLSA DE KARAYA
Bolsa coletora utilizada para estomias feita de resina natural com propriedades protetoras da
pele.
Os drenos também podem ser classificados de acordo com a forma de captação dos fluidos corporais:
Foto: Shutterstock.com.
Sistema aberto — Neste perfil de captação, a extremidade externa do dreno é mantida aberta, ou
seja, não há interligação de circuitos, e ela é apenas ocluída com curativo, seja com gaze e
esparadrapo ou com uma bolsa de Karaya.
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Foto: Shutterstock.com.
Esses sistemas podem ter uma ação de drenagem passiva (a drenagem ocorre de acordo com as
diferentes pressões entre o meio interno e o externo, a gravidade e a capilaridade) ou ativa (a
drenagem ocorre a partir de um mecanismo de sucção, em que uma pressão negativa é gerada por
uma formação de vácuo da bolsa coletora ou do sistema de vácuo hospitalar — este sistema requer
ações de manutenção especial).
Capilaridade — As secreções são drenadas através da superfície externa do dreno, não ocorrendo
passagem de fluidos pelo lúmen do dreno.
Durante nossas atividades como enfermeiros, teremos contato constante com diversos tipos de
drenos. Cabe a nós reconhecer os que são usados em cada paciente. Os conceitos primários que
veremos a seguir facilitarão esse entendimento e os cuidados específicos em cada caso.
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TIPOS DE DRENOS
A escolha do tipo de dreno mais adequado ao paciente ocorre de acordo com a patologia, o
tratamento e os resultados que se deseja alcançar. Essa responsabilidade é da equipe médica, ao
enfermeiro cabe conhecer o dreno utilizado e os cuidados necessários em cada uso.
Esses drenos servem para a drenagem de resíduos derivados das cirurgias, assim como a retirada de
fluidos contaminados, no caso de procedimentos cirúrgicos que abordam seguimentos infectados.
DRENO DE PENROSE
É um tipo de dreno laminar em sistema aberto e passivo (capilaridade) e tem sua composição em
látex. A indicação de uso é pós-cirúrgico em que ocorre possível acúmulo de fluidos locais,
contaminados ou não.
O dreno de Penrose tem um comprimento de 30cm, mas pode ser cortado de acordo com a
necessidade de uso. Pode ter calibre fino, médio ou longo. Sua maior vantagem está ligada à
facilidade em se moldar às vísceras, reduzindo possíveis danos. Pode permanecer por longo período
sob risco mínimo de reação inflamatória. Por ser feito de látex, não possui toxicidade.
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foto: Shutterstock.com.
Dreno de Penrose em incisão cirúrgica.
O dreno de Penrose tem como ponto de atenção a maior susceptibilidade à formação de fibrina local,
motivo pelo qual exige cuidados específicos.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Por ser um dreno de sistema aberto, a extremidade desse dispositivo deve ser protegida com gaze e
esparadrapo e, em algumas situações especiais (grande volume drenado), pode ser utilizada uma
bolsa de Karaya. A troca do curativo deve ser realizada sempre que for observado saturação da
cobertura local, para reduzir o período de contato entre a secreção drenada e a pele do paciente.
É de extrema importância a limpeza da área do curativo com solução fisiológica, fixando o dreno de
Penrose em sua posição com a utilização de uma pinça ou gaze. Logo após a limpeza da pele e da
ferida, deve ser utilizada uma substância antisséptica sobre a pele, seguida do uso do medicamento
tópico indicado.
O dreno de Penrose pode ocasionar grande formação de fibrina ao seu redor. Portanto, é cuidado de
enfermagem realizar o tracionamento do dispositivo a cada 12h a fim de evitar a oclusão do seu
lúmen. Após o tracionamento, a superfície excedente do dreno deve ser cortada e o curativo realizado
de forma subsequente.
ATENÇÃO
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Toda manipulação deve ser realizada de forma estéril com o seguinte material: bandeja; pacote de
curativo completo; pacote de tesoura de pontos; pacote de gazes; frasco com antisséptico;
esparadrapo ou micropore; cuba rim; SF 0,9%.
É um dreno em tubo, em sistema de sucção fechado, que tem a finalidade de remover os líquidos que
se acumulam em tecidos e cavidades após cirurgia ou em locais com presença de infecção local.
Imagem: Shutterstock.com.
Dreno Jackson Pratt em uma ferida de mastectomia.
Basicamente é um tubo de borracha fina com bulbo redondo e macio, cuja extremidade distal é
posicionada internamente no tecido onde o fluido acumulado deve ser drenado, enquanto a
extremidade proximal é acoplada a um sistema fechado que serve de reservatório em formato de pera
e que produz uma pressão negativa por vácuo após sua compressão.
Dreno com reservatório de Jackson Pratt tem sua composição em elastômero de silicone, o que
confere maior flexibilização e maciez. Sua indicação está normalmente ligada aos seguintes
procedimentos cirúrgicos: neurocirurgia, cirurgia plástica, cirurgia da face e pescoço, mastectomia,
cirurgia obstétrica/ginecológica geral ou laparoscópica.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Os cuidados voltados para este tipo de dreno têm como um dos objetivos evitar infecção no local
cirúrgico. Deve-se observar o posicionamento do tubo do dreno, a manutenção da pressão negativa
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do coletor e a mensuração do volume drenado.
São necessárias inspeção e troca diária do curativo, observação da pele ao redor do óstio de inserção
do dreno e do aspecto do fluido drenado e execução de uma boa fixação. A limpeza da região de
inserção do dreno deve ser executada com solução fisiológica 0,9% e técnica estéril.
CLAMPEADO
Fechado/interrompido.
ATENÇÃO
Toda manipulação deve ser realizada de modo estéril com o seguinte material: bandeja; pacote de
curativo completo; pacote de tesoura de pontos; pacote de gazes; frasco com antisséptico;
esparadrapo ou micropore; cuba rim; SF 0,9%; frasco graduado.
DRENO HEMOVAC/PORTOVAC
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Foto: Shutterstock.com.
Dreno Hemovac.
O dreno Hemovac diferencia-se do Jackson Pratt por possuir sua bomba de sucção em formato de
sanfona (o dreno JP possui formato de pera). Por isso, exige cuidados de enfermagem similares:
retirada e mensuração de líquido drenado.
ATENÇÃO
O extensor deve se manter clampeado durante o processo e, após a retirada, deve-se realizar
compressão do reservatório para que ocorra a pressão negativa do circuito.
DRENO DE TÓRAX
É um tipo específico de dispositivo utilizado para o pós-operatório das cirurgias torácicas ou cardíacas,
posicionado em região pleural ou mediastinal ao final do procedimento cirúrgico. Trata-se de um tubo
produzido em polietileno que é introduzido na cavidade, geralmente com mais de uma abertura na
extremidade.
Há um tubo extensor no qual ocorre a conexão do dreno ao frasco coletor de polietileno rígido com um
suporte na base.
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Foto: Shutterstock.com.
Tubo do dreno de tórax.
Imagem: Shutterstock.com.
Sistema completo de dreno de tórax.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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O dreno de tórax exige cuidados específicos:
Fazer curativo no sítio do dreno (parede torácica) a cada 12 ou 24h ou sempre que necessário;
Atentar para os locais de conexão, para que não ocorra nenhuma possibilidade de entrada de ar
no sistema;
Mensurar o fluido drenado a cada 12h ou 24h ou conforme indicação médica, (descontar o
volume do selo d’água). Por exemplo, se foi drenado 200ml de sangue, isso significa que no
frasco contém 700ml (500ml de selo d’água + 200ml de sangue);
Realizar a troca da água destilada do selo d’água (esta troca deve ser realizada a cada 12h,
sendo necessário o clampeamento do tubo extensor antes da abertura do frasco reservatório; é
importante também fazer a demarcação do limite do selo com uma fita ou um esparadrapo para
identificação de onde termina o selo d’água e inicia a secreção drenada).
ATENÇÃO
Apresentamos neste módulo os tipos de drenos mais comuns na nossa atividade laboral, porém
existem outros drenos que são utilizados em situações específicas:
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INDICAÇÕES DE INSTALAÇÃO DE DRENOS
Assista ao vídeo em que o especialista Rodrigo Lima explica o que é um dreno cirúrgico e para que
ele serve, descrevendo sucintamente as diferenças de uso para os principais drenos cirúrgicos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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IMPORTANTE DESTACAR:
A) Dreno de tórax
C) Dreno Hemovac
D) Dreno de Kehr
E) Dreno de Penrose
GABARITO
1. JR, 28 anos, foi submetido à instalação de um dreno de tórax após admissão em emergência,
em que foi identificado um hemotórax. Em relação a esse tipo de dispositivo específico, é
importante destacar:
Os cuidados com o selo d’água são importantes, pois têm como finalidade impedir a entrada de ar na
cavidade torácica do paciente.
2. O enfermeiro Jaime, ao realizar exame físico em seu paciente, observou que ele apresentava
um curativo limpo e seco externamente recobrindo um dispositivo laminar, de látex em sistema
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aberto, onde foi possível avaliar a saída de pequena quantidade de secreção serosanguinolenta
em região monogástrica. Ao fazer a leitura desse caso, podemos observar que se trata de qual
tipo de dreno?
O dreno de Penrose é um dispositivo que se destaca por sua composição em látex. É classificado
como laminar em sistema aberto.
MÓDULO 3
CATETERES VENOSOS
Foto: Shutterstock.com.
Os cateteres venosos podem ter inserções periféricas (procedimento realizado pela equipe de
enfermagem) ou centrais (procedimento realizado pela equipe médica), totalmente implantados ou
semi-implantados. O tipo de cateter a ser utilizado depende da terapia à qual o paciente é submetido.
Através dos dispositivos vasculares é possível realizar uma série de condutas em saúde, tais como:
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:
Monitorização hemodinâmica
Hemodiálise
Nutrição parenteral
Quimioterapia
São dispositivos vasculares de curta duração, mais utilizados para inserção em acessos vasculares
venosos nos membros superiores, usualmente em emergências, quando é necessária uma ação
imediata com terapia intravascular (fácil inserção). Nessas situações, é indicada a utilização de
cateteres de maior calibre, preferencialmente utilizados em par.
Cateteres agulhados (Scalp): confeccionados em aço inoxidável, não flexíveis, com diferentes
calibres, cuja utilização está ligada às terapias infusionais de curta duração e baixo volume, não sendo
indicado período de permanência. Normalmente, são utilizados em situações em que a infusão será
realizada in bolus, ou seja, em esquema terapêutico farmacológico de dose única. Podem também ser
utilizados em coletas de material sanguíneo para exames laboratoriais.
Cateteres sobre agulha (Jelco): possuem uma agulha recoberta por dispositivo siliconado (que fica
inserido no acesso vascular venoso do paciente). São ideais para punções venosas com previsão de
terapia infusional por tempo prolongado. A Anvisa indica em seu manual Medidas de prevenção de
infecção relacionada à assistência à saúde (2017) que rotineiramente o cateter periférico não seja
trocado em um período inferior a 96h.
Importante: Os cateteres não agulhados se apresentam em numeração par, variando de 14g (maiores
e mais calibrosos, diminuindo de calibre conforme vai aumentando sua numeração) até 24g (pequenos
e de menor calibre).
A punção venosa periférica deve ser evitada em articulações. Em pacientes adultos, as veias de
escolha devem ser as das superfícies dorsal e ventral do antebraço, enquanto em pediatria deve ser
considerado o uso das veias da mão, do antebraço e braço. Em crianças menores de 3 anos, pode-se
optar pelo uso das veias da cabeça ou as veias do pé (em crianças que não deambulam).
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✓ Realizar fricção com solução a base de álcool com gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona –
PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. O tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos, realizada
por meio de movimentos de vaivém; já o tempo de aplicação do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos, com
movimentos circulares (de dentro para fora).
✓ A remoção dos pelos, quando necessária, deve ser realizada com tricotomizador elétrico ou
tesouras. Não utilize lâmina de barbear, pois aumenta o risco de infecção.
✓ Limitar, no máximo, a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro
profissionais. Múltiplas tentativas de punção causam dor, atrasam o início do tratamento,
comprometem o vaso, aumentam custos e o risco de complicações. Pacientes com dificuldade de
acesso requerem avaliação minuciosa multidisciplinar para discussão das opções apropriadas
(ANVISA, 2017).
Imagem: Shuttertock.com.
Cateter periférico agulhado.
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Imagem: Shuttertock.com.
Cateter venoso periférico sobre agulha (Jelco).
São dispositivos implantados pelos médicos em veias centrais (jugulares internas, femorais ou
subclávias) com indicação para pacientes em casos críticos.
Monitoria hemodinâmica
Hemodiálise
Os calibres dos cateteres venosos centrais variam, porém os mais utilizados são os de 5 French, 7
French, 8 a 11 French, lembrando que quanto maior o French mais calibroso o cateter.
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Imagem: Shutterstock.com.
Cateteres venosos centrais em veias (veia subclávia e jugular interna).
ATENÇÃO
Existe um cateter central que pode ser instalado pela enfermagem, o cateter central de inserção
periférica (PICC). Trata-se de um cateter inserido em acesso periférico (veias cefálica, basílica ou
braquial), porém o posicionamento do seu ponto distal é em uma veia central (veia cava superior).
Imagem: Shutterstock.com.
Cateter central de inserção periférica (PICC).
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CATETER VENOSO CENTRAL TOTALMENTE
IMPLANTADO (PORT-A-CATH)
Este dispositivo pode ser acessado por agulha inserida através da pele e normalmente é implantado
nas veias jugular ou subclávia. O acesso ao dispositivo subcutâneo se dá através de um tipo especial
de agulha.
Imagem: Shutterstock.com.
Cateter venoso central totalmente implantado (Port-A-Cath).
Além do menor risco de complicações como flebites e infiltrações, proporciona mais conforto durante a
terapia medicamentosa. Trata-se de um dispositivo amplamente utilizado em quimioterapias em
pacientes oncológicos.
ATENÇÃO
O enfermeiro tem papel primordial no processo terapêutico, visto que é o profissional da equipe
multidisciplinar que tem contato mais recorrente com o sistema de cateteres implantados, seja na
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realização de curativos, punções ou outros procedimentos.
Assista ao vídeo em que o especialista Rodrigo Lima fará uma breve discussão de quando cada tipo
de cateter deve ser utilizado para realização de terapias medicamentosas e monitorizações
hemodinâmicas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. AO OBSERVAR QUE A SENHORA JS, 69 ANOS, DARIA INÍCIO A UMA
TERAPIA DE LONGA DURAÇÃO COM QUIMIOTERÁPICOS DEVIDO A UMA
MIOCARDITE, A ENFERMEIRA JOANA RESOLVEU QUESTIONAR A EQUIPE
MÉDICA SOBRE A POSSIBILIDADE DE UM TIPO ESPECÍFICO DE CATETER
VENOSO CENTRAL, QUE TEM COMO CARACTERÍSTICAS DURABILIDADE
MAIOR DO QUE OS ACESSOS PERIFÉRICOS TRADICIONAIS, ALÉM DE UM
MENOR RISCO DE PROCESSOS DE FLEBITE E NECROSE CUTÂNEA. SOBRE
QUAL TIPO DE DISPOSITIVO A ENFERMEIRA JOANA RESOLVEU PERGUNTAR
À EQUIPE?
E) Cateter parenteral
A) Punção de veia subclávia direita por ser acesso venoso central em sistema cava superior mais
facilmente executável.
B) Punção de veia jugular interna direita por ser acesso venoso central em sistema cava superior com
menor risco de pneumotórax acidental.
C) Punção de veia femoral direita, uma vez que o acesso venoso central é necessário para reposição
de hemoderivados e a punção femoral é mais facilmente executável com menor risco de
complicações.
GABARITO
1. Ao observar que a senhora JS, 69 anos, daria início a uma terapia de longa duração com
quimioterápicos devido a uma miocardite, a enfermeira Joana resolveu questionar a equipe
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médica sobre a possibilidade de um tipo específico de cateter venoso central, que tem como
características durabilidade maior do que os acessos periféricos tradicionais, além de um
menor risco de processos de flebite e necrose cutânea. Sobre qual tipo de dispositivo a
enfermeira Joana resolveu perguntar à equipe?
Em situações que demandem muito tempo de permanência de punções, com terapias farmacológicas
que apresentem maior risco de flebites ou processos necróticos, como, por exemplo, a quimioterapia,
é indicado o uso de cateter venoso central totalmente implantado.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Exploramos os diferentes tipos de drenos, sondas e cateteres com os quais o enfermeiro terá contato
rotineiramente em sua atividade profissional. A capacitação para o reconhecimento de cada tipo de
dispositivo é essencial para que o enfermeiro tenha domínio sobre suas atribuições e competências.
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AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
HICPAC. Heathcare Infection Control Practices Advisory Comitee. Guidelines for prevention of
catheter associated urinary tract infections. Atlanta: 2009.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. et al. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica.
14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
EXPLORE+
Leia mais sobre os cuidados relacionados aos cateteres venosos na biblioteca virtual do Conselho
Federal de Enfermagem (COFEN): Cateteres periféricos: novas recomendações da Anvisa garantem
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segurança na assistência.
Leia o documento Procedimento operacional padrão, cuidados com drenos cirúrgicos, do Hospital
Universitário Gaffrée e Guinle, UNIRIO.
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES
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