Aline 1

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PROCESSO Nº 01.01.028101.

016620/2023-07– SEDUC
INTERESSADO (A): Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela
Cultura e Esporte – IDECACE.
ASSUNTO: solicitação de pagamento referente ao termo de convênio no 02/2022.

PARECER N° 2551/2023 – ASSJUR/SEDUC

DIREITO ADMINISTRATIVO; CONVÊNIO; PEDIDO


DE LIBERAÇÃO DE PARCELA; POSSIBILIDADE.

Documento 59FD.81EB.CAD7.2844 assinado por: SILVANA GRIJO GURGEL COSTA REGO:44438753287 em 18/08/2023 às 11:43 utilizando assinatura por login/senha.
1 – DO RELATÓRIO

Documento 59FD.81EB.CAD7.2844 assinado por: WANDERSON SILVA SOUZA:12477894706 em 18/08/2023 às 11:26 utilizando assinatura por login/senha.
Chega ao exame e pronunciamento desta Assessoria Jurídica o processo em epígrafe,
no qual o Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura e
Esporte – IDECACE, (CNPJ nº 07.439.731/0001-87), por meio do OFÍCIO Nº 052/2022-
IDECACE, solicitando a liberação de recurso referente à 3ª Parcela do Termo de Fomento nº
02/2022 celebrado com esta SEDUC com o Instituto.

Constam nos autos, no que interessa:


1. Ofício nº 052/2022-IDECACE;
2. Termo de Convênio n° 02/2022;
3. Publicação respectiva;
4. Plano de Trabalho do TC;
5. 1° Termo Aditivo de Prorrogação de prazo (fls. 12);
6. Publicação respectiva;
7. Apostila nº 01 (fls. 58);
8. Publicação respectiva;
9. Ofício nº 75/2023 - IDECACE;
10.Certidões de Regularidade Fiscal e Trabalhista;
11.Conjunto de Declarações da PM;
12.Dados Bancários do instituto;
13.Extratos bancários;
14.Recibo
15.Relatório de Liberação Financeira;
16.PARECER TÉCNICO PEDAGÓGICO Nº 033/2023 – DEPPE;
17.Parecer Técnico da GAPC; e,
18.Tela do LISBLOQUEIOCONVENIO;

Por meio do PARECER TÉCNICO PEDAGÓGICO Nº 033/2023 – DEPPE (fl. 59):


“Esta fiscalização informa que aprova a liberação da 3ª parcela do Termo de
Fomento nº 02/2022 celebrado com o Instituto para o Desenvolvimento da
Criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte/IDECACE e a Secretaria de
Educação e Desporto Escolar/SEDUC.”

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Do Parecer Técnico da GAPC (fls. 166-167), extrai-se:
“Desta forma, encaminhamos a solicitação de desembolso do Termo de
Fomento 02/2022 no valor de R$ 6.165.255,81 (seis milhões, cento e sessenta
e cinco mil, duzentos e cinquenta e cinco reais e oitenta e um centavos), tendo
como objeto Avaliação e Diagnóstica e Vocacional para a Implantação do
Programa DNA do Brasil na Escola, de acordo com o cronograma de
desembolso aprovado (fl.98 a 122).
Após análise documental, constataram-se pendências de documentos, tais
foram diligenciadas e respondidas, sanando-as, estando assim, o processo
regular.

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Sendo assim, encaminha-se a solicitação liquidação e pagamento. Segue
abaixo os dados financeiros, na forma da lei:
Dados da Concedente

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Vigência: 24/03/2024
NE: 2023NE0005109 emitida em 13/07/2023
Fonte: 2.500.1000.0000.0000
Dados da Favorecida
Nome: Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do
Adolescente pela Cultura e Esporte - IDECACE
CNPJ: 07.439.731/0001-87
PARCELA: 3ª
Valor: R$ 6.165.255,81 (seis milhões, cento e sessenta e cinco mil,
duzentos e cinquenta e cinco reais e oitenta e um centavos)
Banco: 070 Agência: 023 Conta Corrente: 23.006.206-9.”

PRELIMINARMENTE, sob pena de sobrestar juridicamente a demanda, deve-se


cumprir as seguintes formalidades:
1. autorização da Gestora da Pasta à liberação do pagamento da parcela
pleiteada;
2. acostamento da Certidão Negativa de Débitos Federais, Estaduais e de
Regularidade do FGTS;
3. acostamento do comprovante de residência atualizado do Representante Legal
do Instituto.

É o relatório. Passo a opinar.

2 – DO DIREITO

2.1 – DA COMPETÊNCIA DA ASSESSORIA JURÍDICA

Registra-se que esta manifestação tomará por base, exclusivamente, os elementos


constantes dos autos, visto que, em face do que dispõe o artigo 4º, inciso III da Lei Delegada

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nº 78 de 18 de maio de 2007, incumbe a este órgão de execução da SEDUC, prestar consultoria
sob o prisma estritamente jurídico, não lhe competindo adentrar na análise da conveniência e
oportunidade dos atos praticados no âmbito da Administração nem analisar aspectos de
natureza eminentemente técnico-administrativa, assim como os aspectos técnicos,
econômicos, financeiros e orçamentários.

Importante esclarecer que não compete a ASSJUR apreciar as questões de interesse e


oportunidade do ato que se pretende praticar, visto que são da esfera discricionária do
Administrador, tampouco dos atos técnicos e das especificações e fundamentações de ordem
técnica explicitada para justificar a celebração do ajuste.

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É imprescindível que a análise do mérito da questão haja que confiar na manifestação
oriunda do Fiscal do Contrato e corroborada por outros servidores do DEPPE, cabendo a eles

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o julgamento profissional técnico do caso.

Dito isto, passamos a matéria objeto deste parecer.

2.2 – DO CONVÊNIO

A Constituição da República proclama no artigo 22, XXVII, ser da União a


competência privativa para legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação”. E assim
a norma que rege as licitações e contratos no âmbito da Administração Pública é aquela
veiculada na Lei 8.666/93, que dispõe especificamente a respeito dos convênios em seu art.
116, conforme consta:
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.
§ 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da
Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de
trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no
mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das
etapas ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de


que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair
sobre a entidade ou órgão descentralizador.

§ 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do


mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.

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§ 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o
plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas
ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela


anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante
procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade
ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do sistema
de controle interno da Administração Pública;

II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos

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não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas
atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas
contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o

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inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo


partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de
controle interno.

§ 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente


aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a
previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação
financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos
da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos
menores que um mês.

§ 5o As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão


obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas,
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo
específico que integrará as prestações de contas do ajuste.

§ 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo


ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à
entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30
(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas
especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão
ou entidade titular dos recursos.”

Paralelamente, os Estados detêm competência para suplementar a legislação federal


no âmbito das normas gerais e art. 24, §§1º e 2º, CF, assim o Estado do Amazonas por meio da
Instrução Normativa 008 de 17 de setembro de 2004 – Secretaria de Controle Interno – Ética e
Transparência do Tribunal de Contas do Estado, do qual disciplina a celebração de convênios,
acordos, parcerias ou ajustes e outros congêneres, de natureza financeira ou não, que tenham
por objeto a execução de projetos ou realização de eventos e dá outras providências.

Nessas simples ponderações que já se percebe o norte da orientação aqui posta, visto
que sendo o convênio a ser firmado entre o Estado e o Município de Autazes devem os

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convenentes, diante do princípio da legalidade, observar a norma geral da Lei 8.666/93 e sua
normatização a respeito do tema na Instrução Normativa 008 de 17 de setembro de 2004.

Temos que o para a Instrução Normativa 008 de 17 de setembro de 2004, preceitua


convênio em seu artigo 1º, 1§, inciso I, conforme consta:
Art. 1º - A execução descentralizada de Programa de Trabalho a cargo de órgãos
e entidades da Administração Pública Estadual, Direta e Indireta, que envolva
ou não a transferência de recursos financeiros oriundos de dotações
consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, objetivando a
realização de programas de trabalho, projeto, atividade ou de eventos com

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duração certa, será efetivada, nos termos desta Instrução Normativa, observada
a legislação pertinente.
§ 1º - Para fins desta Instrução Normativa considera-se:
I – Convênio: todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da

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Administração Pública, ou entre estes e organizações particulares, diverso do
contrato, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada;
(grifo nosso)

Bem como estipula as partes do referido convênio no inciso II do artigo


supramencionado:
III – Concedente: órgão da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica
ou Fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, responsável
pela transferência do recurso;
IV – Convenente: a pessoa física ou jurídica signatária de convênio com a
Administração Pública, podendo ser outra instituição ou órgão público, assim
como entidades ou organizações particulares sem fins lucrativos, de caráter
assistencial ou cultural;

2.3 DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Considerando tratar-se de Convênio, importa salientar ainda que deverá ocorrer


prestação de contas, referente às parcelas do Convênio nº 02/2022 e, assim, a ser realizada nos
moldes do art. 38 e 39 da Resolução n.º 12/2012-TCE/AM, in verbis:
Art. 38. As prestações de contas das Transferências Voluntárias estaduais e
municipais, repassadas às entidades da Administração Pública, ou às entidades
privadas sem fins lucrativos, deverão ser apresentadas ao órgão repassador dos
recursos nos prazos legais, acompanhadas dos seguintes documentos, sem
prejuízo de outros exigidos em ato normativo estadual ou municipal:
a) ofício de encaminhamento da Prestação de Contas ao órgão repassador dos
recursos:

b) relatório de execução da Transferência Voluntária, com a descrição do


número do Ato de Transferência Voluntária, data. partes, valor global,
destacando-se a contrapartida, e aplicações, número da conta bancária, data da
liberação dos recursos, total das despesas, saldo remanescente, se houver,
relação dos objetos adquiridos ou identificação dos serviços realizados,
devidamente assinado pelo responsável (Anexo II);
c) relação dos processos licitatórios, dispensas, inexigibilidades ou das cotações

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de preços das empresas consultadas, identificando os números das licitações ou
das cotações, objetos, vencedores e valores (Anexo III);
d) relação dos pagamentos efetuados, mencionando-se o beneficiário, objeto,
número do documento que autorizou o pagamento (cheque, ordem bancária.
transferência eletrônica ou outra modalidade, em que fiquem identificados sua
destinação) (Anexo IV);
e) lista dos beneficiários do projeto, contendo, no mínimo, o endereço, CPF e
telefone, a fim de possibilitar a análise quanto à eficácia e à efetividade do ajuste
por parte do controle do órgão supervisor e do controle externo, comprovando
o alcance da meta prevista no Plano de Trabalho;
f) cópia do termo de Transferência Voluntária, bem como dos aditivos, se

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houver, e respectivos comprovantes de publicação no Diário Oficial;
g) Plano de Trabalho, devidamente aprovado pela entidade concedente dos
recursos:

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h) cópia autenticada .do comprovante de publicação da lei, referente à
declaração de utilidade pública, para as entidades privadas, sem fins lucrativos,
não integrantes da Administração Pública;
i) extrato de movimentação da conta bancária vinculada ao ato de Transferência
Voluntária, inclusive com a aplicação da disponibilidade financeira, caso haja;
j) comprovante de recol2himento do saldo de recursos, quando houver:
k) relação dos bens adquiridos, produzidos ou confeccionados, quando for o
caso;
I) termo de conclusão ou do recebimento definitivo da obra, na forma do art. 73,
da Lei n° 8.666/93, quando for o caso;
m) originais dos documentos fiscais ou equivalentes, relativos às despesas
efetuadas (empenhos, faturas. notas fiscais, recibos, etc), os quais devem ser
emitidos em nome do convenente ou do executor, devidamente identificados
com referência ao título e número do ato de Transferência Voluntária.
§ 1o. Os documentos acima citados deverão ficar arquivados no órgão
repassador dos recursos, em boa ordem de conservação, de forma
individualizada para cada ato de Transferência Voluntária, à disposição da
fiscalização do Tribunal, pelo prazo de 10 (dez) anos, indicado no ato de
Transferência Voluntária, contado do exame definitivo das contas pelo órgão ou
entidade concedente.
§ 2o. Os documentos citados neste artigo poderão ser requisitados, a qualquer
momento pelo Tribunal de Contas, inclusive, nos trabalhos de fiscalização.
§ 3o. A Prestação de Contas, quando remetida ao Tribunal de Contas, deverá
conter cópias dos documentos elencados neste artigo, com autenticação pelo
órgão concedente, via aporte de carimbo "confere com o original".
§ 4o. As prestações de contas das Transferências Voluntárias das Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e das Organizações Sociais
(OS), deverão estar instruídas nos termos dos artigos 33 e 34, respectivamente.
§ 5o. As entidades executoras de convênios que não gerem despesa, remeterão
somente relatório circunstanciado das atividades desenvolvidas e das metas
alcançadas, em comparação com aquela previamente nos ajustes.
Art. 39. Cabe ao prefeito, ao governador ou ao gestor sucessor prestar contas
dos recursos provenientes de atos de Transferências Voluntárias firmados pelos
seus antecessores, nos prazos previstos nesta resolução.
§ 1o. Na impossibilidade de atender ao disposto neste artigo, o ente, órgão ou

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instituição recebedora de recursos públicos deverá apresentar ao concedente
justificativas que demonstrem o impedimento de prestar contas e as medidas
adotadas para o resguardo do patrimônio público.
§ 2º. Quando a impossibilidade de prestar contas decorrer de ação ou omissão
do antecessor, o novo administrador solicitará a instauração de Tomada de
Contas Especial ou denúncia, conforme o caso.
§ 3o. Incumbe ao órgão ou entidade concedente e, se extinto, ao seu sucessor,
decidir sobre a regularidade da aplicação dos recursos transferidos.” (grifo
nosso)

Temos ainda as definições da Resolução nº. 04/2012 do Tribunal de Contas do Estado

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do Amazonas:
Art. 184. Prestação de contas é o procedimento pelo qual a pessoa física, órgão,
Poder, Fundo ou Entidade, por final de gestão ou por execução de contrato,

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convenio ou outro ajuste, no todo ou em parte, demonstrarão a correção e a
adequação da administração dos recursos orçamentários, nos aspectos de
legalidade, legitimidade e economicidade da utilização deles, da fidelidade
funcional e do programa de trabalho. (grifo nosso)

Art. 189. As contas serão prestadas por iniciativa da autoridade jurisdicionada,


independentemente de provocação do Tribunal e no prazo de lei, observadas as
disposições deste Regimento. (grifo nosso)

Importante frisar que no caso de o Instituto encontrar-se INADIMPLENTE esse fato


não caracteriza óbice para a celebração da parceria desejada, conforme podemos verificar
no art. 25, §3º da Lei de Responsabilidade Fiscal:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência
voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema
Único de Saúde.

(...)

§ 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências


voluntárias constantes desta Lei Complementar, EXCETUAM-SE AQUELAS
RELATIVAS A AÇÕES DE EDUCAÇÃO, saúde e assistência social.” (grifo
nosso).

Quanto a tal possibilidade, o Parecer nº 421/2018-PA da nossa douta Procuradoria


Geral do Estado do Amazonas manifestou-se pelo seguinte:
“Ainda que existam óbices na regularidade do ente municipal que receberá a
transferência voluntária, com eventual inscrição nos cadastros do SIAFI, CAUC e
CADIN, não se aplicam as sanções e restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal para
os repasses financeiros destinados às áreas de saúde, educação e assistência social (...)”.
(grifo nosso)

Restando claro que tal possibilidade é exceção, tendo em vista a natureza jurídica do

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orçamento impositivo de execução obrigatória.

3 – CONCLUSÃO

Por todo o exposto, esta Assessoria Jurídica opina pela POSSIBILIDADE JURÍDICA
do atendimento do pedido de liberação do recurso de repasse no valor de R$ 6.165.255,81
(seis milhões, cento e sessenta e cinco mil, duzentos e cinquenta e cinco reais e oitenta e
um centavos), referente à 3ª parcela do Termo do Convênio nº 02/2022, celebrado pelo
Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte –
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(CNPJ nº 05.830.872/0001-09) com esta Secretaria de Estado de Educação e Desporto, que tem
por objeto a CONSTRUÇÃO DE ESCOLA DE 06 (SEIS) SALAS NO MUNICIPIO DE
LÁBREA/AM, sob Plano de Trabalho nº 001102 - SISCONV/SEFAZ.

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• Ressaltando a necessidade de:
1. autorização da Gestora da Pasta à liberação do pagamento da parcela
pleiteada;
2. acostamento da Certidão Negativa de Débitos Federais, Estaduais e de
Regularidade do FGTS;
3. acostamento do comprovante de residência atualizado do
Representante Legal do Instituto para o Desenvolvimento da
Criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte – IDECACE.

É o Parecer, s.m.j.

Ao GSEX, para os trâmites subsequentes.

ASSESSORIA JURÍDICA/SEDUC, em Manaus-AM, 18 de agosto de 2023.

WANDERSON SILVA SOUZA SILVANA GRIJÓ GURGEL C. REGO


Assessoria Jurídica-SEDUC/AM Chefe da Assessoria Jurídica – SEDUC/AM
Matrícula nº 259.732-2A Decreto de 05/01/2023
OAB/AM nº 17.588 OAB/AM nº. 6.767

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