Dendrocirurgia

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Dendrocirurgia

E manejo de árvores
adultas
Prof. Demóstenes Ferreira da Silva Filho
Departamento de Ciências Florestais
E.S.A. “Luiz de Queiroz”

outubro de 2008
Dendrocirurgia
Técnica cujo objetivo é a recuperação de árvores
maduras por meio da eliminação de tecidos e partes
defeituosas ou necrosadas, especialmente da região
do tronco, com posterior desinfecção com
fungicidas e preenchimento das cavidades com
material plástico com intuito de sustar a progressão
da lesão ou propiciar cicatrização do tecido.
Definição
planejamento
A arborização bem planejada é muito importante independentemente do
porte da cidade, pois, é muito mais fácil implantar quando se tem um
planejamento, caso contrário, passa a ter um caráter de remediação, à
medida que tenta se encaixar dentro das condições já existentes e solucionar
problemas de toda ordem.

Quando não é possível planejar, é importante, no mínimo, analisar a


arborização já existente, que deverá ser quali-quantitativa, permitindo
conhecer a condição da arborização em termos de adaptabilidade e problemas
relacionados à espécie e às condições de plantio para que alguma providência
técnica seja tomada.

(Pivetta; Silva Filho, 2004)


mANEJO
O que é Manejo na Arborização Urbana?

Ações executadas que visam um melhor desenvolvimento


da árvore no meio urbano.

Implantação, Manutenção e Monitoramento.

Órgão público responsável deve praticar para garantir o


melhor estado e o desempenho mais favorável da
arborização.
manejo
Fatores que impedem o desenvolvimento normal:

compactação do solo
depósitos de resíduos de construção e entulhos no subsolo
pavimentação do leito carroçável e das calçadas
poluição do ar, com suspensão de resíduos industriais, fumaça dos
escapamentos de veículos automotores e de chaminés industriais,
podas drásticas e abertura de valas junto à arvore, mutilando o seu
sistema radicular

(Pivetta; Silva Filho, 2004)


PLANTIO
estação chuvosa
qualquer época do ano

MUDA
Altura: tronco reto e sem ramificações até 1,8m
Ramificações principais equilibradas: 3 a 4 3,50 m
Torrão: íntegro
Raíz: sem enovelamento
PLANTIO
MUDA
PLANTIO
CANTEIRO
Tamanho: 1m3
PLANTIO
CANTEIRO Compactação da calçada
Estrangulamento do colo pelo canteiro

25% oxigênio – crescem bem


5% oxigênio – cessa de crescimento
2% oxigênio – declínio e morte
PLANTIO
CANTEIRO
ideal

errado
PLANTIO
CANTEIRO
Grade de proteção das raízes

sem manutenção
PLANTIO
CANTEIRO
Alternativa de canteiro

(Silva Filho, 2004)


PLANTIO
CANTEIRO
Estudo Piloto da Arborização Viária do Bairro Alto
PLANTIO
TUTORAMENTO e PROTETORES

REPLANTIO
TRATOS CULTURAIS
IRRIGAÇÃO

ADUBAÇÃO
plantio

CONTROLE FITOSSANITÁRIO
Produtos não regulamentados para área urbana
A forma como crescem as árvores Equipamentos urbanos públicos e o espaço
Diferentes tipos de copa

(Gonçalves, 1993)
PoDA
PARTE AÉREA
Arquitetura das copas
PoDA
PARTE AÉREA
Aspectos biológicos da base dos galhos
Morfologia da base dos galhos
Reações das árvores à perda de galhos
Compartimentalização
Oclusão dos cortes de galhos
(SEITZ, 1996)

Poda boa: < 5cm de diâmetro


Poda ruim: > 5cm de diâmetro

(Silva Filho, 2002)


Em que época do ano?
Com intuito de diminuir os danos inerentes à
poda, é princípio fundamental a escolha correta
da melhor época, o que não é um problema de
determinação de disponibilidade de mão-de-obra
necessária ou de tempo para realizar a atividade,
mas sim, preferencialmente, de momento em
que a árvore é capaz de suportar intervenções
com o mínimo risco e melhores chances de
recuperação. Ehsen citado por Milano e Dalcin
(2000) diz que somente em época de atividade
biológica completa a árvore é capaz de
formar o calo cicatricial, o que, em árvores
decíduas, é indicada pela presença de
folhagem assimiladora. Portanto, a época ótima
para a poda é aquela que determinar o menor
tempo de reação da árvore, ou seja, o início da
estação de crescimento até o final do verão, ao
invés do inverno, onde são longos os períodos de
perigo devido ao frio e umidade.
Pode-se também adotar o critério presente no
manual de poda da Prefeitura de São Paulo
(2005) que indica a melhor e a pior época para a
poda levando em consideração se a árvore é de
folhagem permanente, de falso repouso ou de
repouso verdadeiro, figuras ao lado e a seguir.

Nesse caso são espécies perenifólias cujo


repouso é de difícil observação como o
Alecrim-de-campinas, Jatobá e figueiras de
uma maneira geral.
Em que época do ano?
Para espécies caducifólias que não
entram em repouso após a perda das
folhas a melhor época para a poda está
compreendida entre o término do
florescimento e o início do período
vegetativo e o pior momento está
entre o período de repouso e o
florescimento. Mesmo nas situações
em que seja necessário podar para a
retirada de sementes deve-se optar pelo
final do período de frutificação. Nesta
categoria encontram-se todos os ipês e
eritrinas de modo geral, figura ao lado.
Em que época do ano?

Já as espécies com repouso


verdadeiro são decíduas que
entram em repouso real após a
perda das folhas. Neste caso, a
melhor época para a poda será
no momento do início do
período vegetativo até o início
do florescimento e a pior época
será do florescimento até a
frutificação. Entre as espécies
com esse comportamento
fenológico destacam-se o
Chapéu de sol e a Tipuana,
figura a seguir.
Razões para podar

A – Segurança

B – Saúde do vegetal

C – Estética / funcionalidade
Muito importante!!!

Inserção em “U” Inserção em “V”


FORTE união, confere FRACA união, confere
resistência. deficiente resistência
Ciclone de 29 de março de 2006 em
Piracicaba
• Avenida Limeira
Quando erguer copa

Reter 67% da copa

Remover 33%
Poda de contenção

Tomar cuidado com o tipo


de crescimento/arquitetura
da copa.
(SEITZ, 1996)
(SEITZ, 1996)
(SEITZ, 1996)
Operações
de
desmonte
de árvores.
Nó em oito

Usado para evitar


deslizamento da
corda em uma
polia.
Usado para
descer Nó de Blake
lentamente.
Nó de Guia

É usado para
fazer
conexões.
Amarrações e
roldanas são
importantes
para remoção
de árvores em
áreas
próximas de
edifícios.
A técnica de
corte deve
ser observada
para evitar
acidentes
com o
operador.
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
Técnicas de corte de galhos
Poda de formação/condução (viveiro)
Poda de limpeza/manutenção
Poda de levantamento
Poda de emergência: V, furo, L, U ou rebaixamento (fiação)
PoDA
PARTE AÉREA
Poda de galhos sob rede elétrica
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
PARTE AÉREA
PoDA
Raíz
Morfologia das raízes
Funções das raízes
Sustentação
Absorção e transporte
Armazenamento
Produção de substâncias químicas

(SEITZ, 1996)
PoDA
Raíz
Corte de raízes
Compromete estabilidade
Diminui absorção de água e sais minerais
Cria área de contaminação

cortar o menor número possível de raízes


cortar a no mínimo 2 m de distancia do tronco (melhor 3 m)
cortar raízes de no máximo 5 cm de diâmetro
nunca cortar a raiz próxima ao tronco
nunca lesionar a base da arvore
nunca utilizar machado, facão ou retroescavadeira
evitar o dessecamento do solo junto ao remanescente da raiz,
no lado da arvore
(Seitz, 2006)

(SEITZ, 1996)
PoDA
Raíz

X
Relação copa x raíz = espelho
PoDA
Raíz
Concentração no solo
Biomassa de raízes equivale a 50% da biomassa aérea
Raízes absorventes – 15 a 25 cm de profundidade
80 a 90% das raízes – 30 a 50 cm de profundidade do solo

(Duff et al., 2001)


PoDA
Raíz
Comprimento das raízes
2 a 4 vezes além da copa da árvore (jovens ou velhas)
PoDA
Raíz
Comprimento das raízes
PoDA
Raíz
Comprimento das raízes
PROBLEMAS e soluções
AFLORAMENTO DE RAÍZES
Alargamento do canteiro

Barreiras

(Gilman, 2006)
PROBLEMAS e soluções
AFLORAMENTO DE RAÍZES
Plantar longe da calçada
(Gilman, 2006)

Cascalho abaixo da calçada


Construção de canaletas na calçada
PROBLEMAS e soluções
AFLORAMENTO DE RAÍZES
Construção de canaletas na calçada
(Gilman, 2006)
PROBLEMAS e soluções
AFLORAMENTO DE RAÍZES
Calçada suspensa (Gilman, 2006)
pavimento
estrutura

solo
monitoramento
(SEITZ, 1996)
(SEITZ, 1996)
Queda de árvore Caesalpinia pluviosa DC (sibipiruna) em 28 de outubro de 2005 – Chuva de vinte minutos e granizo

Piracicaba, Bairro Cidade Jardim

Qual o real motivo da queda da árvore?


Árvore parece solta do local
Tecido necrosado mesmo antes de cair. É
estranho ter caído sem trazer
raízes junto!

Apenas levantou um pouco a


calçada a frente do plano de
visão da imagem.

Então observa-se o interior do berço de plantio...

Outro canteiro dentro


do canteiro maior
Queda de árvore Holocalix balansae (Alecrim de campinas) em 28 de outubro de 2005 – Chuva de vinte minutos e granizo
Av. Independência – Piracicaba/SP.
29 de março de 2006
4.000 árvores caídas ou danificadas na cidade
Imaginando-se uma situação
ótima pode-se construir áreas
de restrição para intervenções
no solo onde existem árvores
bem estabelecidas.
Quando existirem cancros
afetando grande parte das
estruturas de sustentação
pode-se caracterizar o risco
de queda.

? Quando a lesão
for maior do que
2/3 do diâmetro
basal.
Dendrocirurgia – Tree surgery

-Tratamento de árvores maduras


- Praticas de suporte
- Limpeza
-Tratamento de injurias
- Custo/benefício
Prevenção
Furando e
sustentando galhos
pesados
Desenhando uma forma para
facilitar o fechamento da lesão.
Desenhando uma forma para
facilitar o fechamento da
lesão.
Inserindo o polipropileno na cavidade já
vedada.
Polipropileno injetável
após expansão.
Aparando o excesso de polipropileno
Pintando para esconder o tratamento
SEITZ, R. A poda de árvores urbanas. Curitiba. 1996.41. P. (série técnica 19).
References
(da publicação original)

ANSI Z133.1. 1994. Safety standards. American national standard for tree care operators. Washington, DC: American National
Standards Institute.

ANSI A300. 1995. Standard practices for tree, shrub, and other woody plant maintenance. Washington, DC: American National
Standards Institute.

Fazio, J. R. ed. 1992. Don't top trees. Tree City USA Bulletin No. 8. Nebraska City, NE: The National Arbor Day Foundation.

Harris, R.W. 1994. Clarifying certain pruning terminology: thinning, heading, pollarding. Journal of Arboriculture 20:50-54.

ISA Performance Guidelines Committee. 1994. Tree-pruning guidelines. Savoy, IL: International Society of Arboriculture.

Ryan, H.D.P. III. 1994. Arboricultural pruning methodologies. Arborist News Volume 3(4):33-38.

Shigo, A. 1991. Modern arboriculture. Durham, NH: Shigo & Trees, Associates.

Shigo, A. 1989. Tree pruning: a worldwide photo guide. Durham, NH: Shigo & Trees, Associates.

Authors
Peter J. Bedker, Plant Pathologist, USDA Forest Service, Northeastern Area State and Private Forestry

Joseph G. O'Brien, Plant Pathologist, USDA Forest Service, Northeastern Area State and Private Forestry

Manfred E. Mielke, Forest Health Specialist, USDA Forest Service, Northeastern Area State and Private Forestry

Illustrations by:
Julie Martinez, Scientific Illustrator, Minneapolis, Minnesota

Project Coordinator:
Gerard D. Hertel, Assistant Director, Forest Health and Management, USDA Forest Service, Northeastern Area State and Private
Forestry
Obrigado!!!!!
Tenham um bom
aprendizado!!!!

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