Unidades 3 A 6 Variáveis Aleatórias
Unidades 3 A 6 Variáveis Aleatórias
Unidades 3 A 6 Variáveis Aleatórias
3.1 - DEFINIÇÃO: Variável aleatória (de modo abreviado: v.a.) num espaço amostral
S, é uma função X, que associa S, (isto é, a cada s S), um número real, X(s).
S RX
X
s X(s)
Seja X uma v.a. definida num espaço amostral S, tal que X(S) = {x1 , x2 , x3 , ..., xn }
Podemos definir a probabilidade da v.a. X assumir o valor xi (i = 1, 2, ..., n), a qual
escreve-se P(X = xi ) ou f( xi ). Esta função f, que a cada xi do conjunto X(S), (os
valores possíveis que a variável aleatória X pode assumir), associa sua probabilidade
de ocorrência, é chamada de DISTRIBUIÇÃO (ou FUNÇÃO) DE PROBABILIDADE
DA V.A. X, e pode ser expressa por uma Tabela, um Gráfico ou uma Fórmula. Há
outras notações, usuais para P(X = xi ), por exemplo: pi ou P( xi ) ou P(X = x) ou P(x).
A distribuição dada por P(X = xi ), satisfaz as condições:
n
a) P( xi ) 0 e b) P( x i ) 1
i 1
Ex.3: Consideremos o lançamento de uma moeda honesta duas vezes. Seja a v.a.
Y, definida como: Y = o nº de caras obtidas nos dois lançamentos Y = {0, 1, 2}.
Portanto temos:
RESULTADOS Y PROBABILIDADES
CC 2 1/4
CC 1 1/4
CC 1 1/4
C C 0 1/4
1
x P(x)
0 1/4
1 2/4
2 1/4
1
Assim, variável aleatória é uma função que associa a cada ponto de um espaço
amostral, um número real. A Tabela que associa a cada valor de uma variável
aleatória, a sua probabilidade, denominamos DISTRIBUIÇÃO (ou FUNÇÃO) DE
PROBABILIDADES DA VARIÁVEL ALEATÓRIA.
Aqui, a P(0 X < 1/2) é igual à área do triângulo de base 1/2 e altura 1. Logo a
probabilidade em questão é P(0 X < 1/2) = 1/2.(1/2 . 1) = 1/4.
Definição: Suponha que X seja uma variável aleatória contínua que tome todos os
valores no intervalo [a, b], no qual a e b sejam ambos finitos. Se a f. d. p. de X for dada
por:
1
, se a X b,
f (x) (b - a)
0, c.c.
diremos que X é uniformemente distribuída sobre o intervalo [a, b].
Definição: Seja X uma variável aleatória, discreta ou contínua. Define-se uma função
F como a função de distribuição acumulada da variável aleatória X (f.d.) como F(x) =
P(X x).
a) Se X for uma variável aleatória discreta: 𝐹(𝑥) = ∑𝑥𝑘≤𝑥 𝑝(𝑥𝑘 ), para todo xk x
𝑥
b) Se X for uma variável aleatória contínua: 𝐹(𝑥) = ∫−∞ 𝑓(𝑠) 𝑑𝑠
Exemplos:
1 - Suponhamos que a variável aleatória X tome os três valores 0, 1 e 2, com
0, 𝑠𝑒 𝑥 < 0;
1
, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 < 1;
3
probabilidades 1/3, 1/6 e 1/2, respectivamente. Então: 𝐹(𝑥) = 1
, 𝑠𝑒 1 ≤ 𝑥 < 2;
2
{ 1, ≥ 2
0, se X 0,
x
Portanto, a f.d.p. de F é dada por: F(x) = 2s ds x 2 , se 0 X 1,
0
1, se X 1.
Obs.:
a) Se X for uma variável aleatória discreta, com um número finito de valores possíveis,
o gráfico da f.d. será constituído por segmentos de retas horizontais (nesse caso, a
f.d. se denomina função em degraus). A função F é contínua, exceto nos valores
possíveis de X: x1, x2 , ..., xn ... No valor xi o gráfico apresenta um ‘salto’ de magnitude
p( xi ) = P ( X xi ) .
b) Se X for uma variável aleatória contínua, F será uma função contínua para todo x.
Teorema 2:
a) A função F é não-decrescente. Isto é, se x1 < x2, teremos F(x1)< F(x2).
Teorema 3:
a) Seja F a f.d. de uma variável aleatória contínua com f.d.p. f(x).
Então, f(x) = dF(x)/dx, para todo x no qual F seja derivável. [F’(x) = f(x)]
b) Seja X uma variável aleatória discreta com valores possíveis x1, x2, ... , e suponha
que x1 < x2 <... <... Seja F a f.d. de X. Então, p( xi ) = P(X = xi ) = F( xi ) - F( xi 1 ).
s X(s) = x H(x)= y
Exemplo: Suponha-se que H(x) = x2. Então, os eventos B: {X > 2} e C: {Y > 4} são
equivalentes. Porque, se Y = x2, então {X > 2} ocorrerá se, e somente se, {Y > 4}
ocorrer.
Exemplo: Seja X uma variável aleatória com f.d.p. f(x) = e -X, x > 0.
Suponha-se que H(x) = 2x + 1. Portanto, RX = {x: x > 0}, enquanto RY = {y: y > 1}.
Suponha-se que o evento C seja definido como: C = {Y 5}. Então, y 5 se, e somente
se, 2x + 1 5, o que por sua vez acarreta x 2. Daí, C é equivalente a B = {X 2}.
Então P(X 2) = e-X dx = 1/ e2. Aplicando-se (I) encontraremos P(Y 5) = 1/ e2.
Caso 1: X é uma variável aleatória discreta. Se X for uma variável aleatória discreta e
Y = H(X), nesse caso Y será também uma variável aleatória discreta.
Exemplo 1: Suponha que a variável aleatória X tome os valores -1, 0 e 1, com
probabilidades 1/3, 1/2 e 1/6, respectivamente. Seja Y = 3X + 1. Nesse caso os valores
possíveis de Y são -2, 1 e 4, com probabilidades 1/3, 1/2 e 1/6.
Obs.: Pode acontecer que esta integral (imprópria) não convirja. Consequentemente,
E(X) existirá se, e somente se, xf(x) dx for finita.
Propriedades:
1 - Se X = C, onde C é uma constante então E(X) = C.
2 - Suponha-se que C seja uma constante e X seja uma v. a. Então E(CX) = CE(X).
3 - Sejam X e Y duas variáveis aleatórias quaisquer. Então E(X + Y) = E(X) + E(Y)
Propriedades:
1 - A variância de uma constante é zero. Var(K) = E[(K – E(K))2] = E[(K – K)2] = 0
2 - Multiplicando-se uma v.a. por uma constante, sua variância fica multiplicada pelo
quadrado da constante. Var(KX) = K2.Var(X)
Teorema 7:
i) Seja X uma variável aleatória distribuída binomialmente, com parâmetro p, baseada
em n repetições de um experimento. Então: 𝐸(𝑋) = 𝑛 × 𝑝 e 𝑉𝑎𝑟(𝑋) = 𝑛 × 𝑝 × (1 − 𝑝)
ii) Seja X uma variável aleatória uniformemente distribuída sobre o intervalo [a, b].
Nesse caso, 𝐸(𝑋) = (𝑎 + 𝑏)/2 × 𝑝 e 𝑉𝑎𝑟(𝑋) = (𝑏 − 𝑎)/12.