Racism o
Racism o
Racism o
https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1753
Resumo
Neste artigo propomos uma discussão acerca do campo da Psicologia envolvendo a saúde
mental e questões étnico-raciais, complementado pelo debate da educação das relações
étnico-raciais. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo
estrutural e as desigualdades étnico-raciais como determinantes sociais das condições de
saúde. A revisão de literatura ancorada pelo referencial teórico-metodológico de raça, racismo
e antirracismo, assim como da análise crítica de discurso, proporcionaram colocar em primeiro
plano, debates e conflitos no que tangencia a população negra nas sociedades contemporâneas,
em especial no Brasil. Conclui-se que devemos investir e insistir em culturas epistemológicas no
campo da Psicologia e suas práticas que promovam avanços em debates sobre os efeitos do
racismo na saúde mental da população negra, visando a promoção em saúde, equidade racial e
ao combate ao racismo.
Palavras-chave: Educação Antirracista; Psicologia Clínica; Psicologia Social; Saúde
Mental
Abstract
In this article, we propose a discussion about the field of Psychology involving mental health
and ethnic-racial issues, complemented by the debate on the education of ethnic-racial rela-
tions. The National Policy for Comprehensive Health of the Black Population recognizes struc-
tural racism and ethnic-racial inequalities as social determinants of health conditions. The lit-
erature review anchored by the theoretical-methodological framework of race, racism and an-
ti-racism, as well as critical discourse analysis, they have brought to the fore, debates and
conflicts regarding the black population in contemporary societies, especially in Brazil. We
conclude that we must invest and insist on epistemological cultures in the field of Psychology
and its practices that promote advances in debates about the effects of racism on the mental
health of the black population, aiming at promoting health, racial equity and combating rac-
ism.
Keywords: Anti-racist Education; Clinical Psychology; Social Psychology; Mental
Health
2 Silva, Marcos Antonio Batista da & Oliveira, Ivani Francisco de
INTRODUÇÃO
Neste artigo propomos uma discussão sobre raça, racismo, antirracismo e saúde
mental no que se refere à população negra na sociedade brasileira. O estudo
está ancorado no debate realizado pelas Ciências1 Humanas e Saúde no campo
da Psicologia (Santos et al.,2012), à luz das teorias de raça e racismo (Almeida,
2019; Faustino, 2017; Hall, 2003; Kilomba, 2019 Ramos, 1957; Werneck, 2016).
Assim como da discussão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações étnico-raciais e ensino de História e Cultura Afrobrasileira e
Africana - DCNERER (Conselho Nacional de Educação, 2004), e da Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN (Ministério da Saúde,
2009).
No campo metodológico utilizamos a análise crítica do discurso de Teun van
Dijk (2001). Segundo esse autor, a análise crítica do discurso “é uma pesquisa
analítica do discurso que estuda (...) a maneira, como o abuso e a desigualdade
do poder social são representados, reproduzidos, legitimados e resistidos pelo
texto e pela fala no contexto social e político” (van Dijk, 2001, p. 466,
tradução do inglês do autor). O método inclui na revisão de literatura sobre o
tema proposto, a investigação de documentos de domínio público (legislações,
documentos institucionais) objetivando colocar em primeiro plano debates,
conflitos e desafios.
Deste modo, realizamos um levantamento sobre a produção científica
relacionada as questões étnico-raciais (raça, racismo); saúde mental da
população negra e educação das relações étnico-raciais. A investigação foi
efetuada por meio de busca eletrônica em publicações científicas indexadas.
Citamos como exemplo, a base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)
que envolve uma vasta produção científica alinhadas as nossas palavras-chave.
Assim como a base de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO).
Realizamos ainda uma busca na Plataforma Sucupira que disponibiliza
informações de Dissertações e Teses produzidas no Brasil. De modo geral,
privilegiamos a análise de produções mais recentes (artigos, Dissertações e
Teses). Isto é, a partir da última década, que tem como marco legal,
importantes resoluções que envolveram a temática investigada (Resolução
68/237 - Conferência de Durban/ONU). Os dados coletados subsidiaram a
elaboração de uma planilha que facilitou a sistematização das informações que
mereceram interpretações.
1
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Brasil, classifica
a Psicologia como sendo parte das Ciências Humanas. A Resolução nº 218/97 do Conselho Na-
cional de Saúde reconhece os psicólogos como profissionais da Saúde.
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 3
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 5
descrevem a vida da grande maioria das pessoas negras e pobres que vivem no
Brasil. Esta constatação aponta para a urgência de compreender a saúde
mental da população negra em contexto da covid-19.
Compreendemos que a luta contra a covid-19 exige uma leitura racial e social,
como destacado por Márcia A. P. Santos et al. (2020):
Apesar desse contexto, o quesito raça/cor não foi elegível para análise de
situação epidemiológica da Covid-19 nos primeiros boletins epidemiológicos
(...). A incorporação do quesito raça/cor como categoria de análise (...) se
deu após posicionamentos do GT Racismo e Saúde, da Coalizão Negra e da
Sociedade Brasileira de Médicos de Família e Comunidade. (p. 228)
Ainda segundo Santos et al. (2020, p. 228), “a inclusão do quesito raça/cor nos
formulários dos sistemas de informação em saúde é de competência das esferas
de gestão do SUS (...), contendo informação desagregada por raça/cor passou a
ser obrigatório. (...) Portaria n. 344 do Ministério da Saúde em 2017”.
Para além da introdução, na primeira parte, apresentamos um breve histórico
do campo da Psicologia e os estudos das relações étnico-raciais, ampliados pelo
debate da área de Educação das relações étnico-raciais, antirracismo e saúde
mental. Na segunda parte, tecemos algumas considerações sobre a Psicologia e
suas práticas no campo da Saúde mental e relações étnico-raciais, para em
seguida apresentarmos nossas considerações finais.
trada por literatos (…). Como vida ou realidade efetiva, o negro vem assumindo
o seu destino, vem se fazendo a si próprio, segundo lhe têm permitido as con-
dições particulares das sociedades” (Ramos, 1957, p. 171).
O segundo momento tangencia o período (1930-1950) como assinalam, Santos,
et al. (2012), e foi “caracterizado pela introdução da Psicologia no ensino supe-
rior e pelo debate sobre a construção sociocultural das diferenças com contri-
buições de “Raul Briquet, Arthur Ramos, Donald Pierson, Virgínia Leone Bicudo,
Aniela Ginsberg e Dante Moreira Leite” (Santos et al., 2012, p. 167). Período de
crítica e de desconstrução e rompimento do determinismo biológico acerca dos
estudos de raça no campo da Psicologia Social no Brasil.
O terceiro momento destacado por esses autores se refere a década de 1990 e
as seguintes. Desse modo, notamos uma fase inicial, caracterizada por “estudos
sobre branqueamento e branquitude, com Jurandir Freire Costa, Iray Carone,
Maria Aparecida Bento e Edith Piza” (Santos et al., 2012, p. 168). Nesta dire-
ção, Lourenço Cardoso (2008) chama a atenção para a emergência do debate
sobre a branquitude enquanto tema nas pesquisas sobre relações raciais no Bra-
sil. Segundo esse autor:
Na ideologia do branqueamento, o branco não é “invisibilizado”, pelo con-
trário, seria o ideal desejado de uma nação. Na medida em que os discur-
sos neo-freyrianos invisibilizam a raça propondo sua integração na identi-
dade nacional, a militância negra procura “visibilizar” o branco propondo a
identidade negra. A ideologia do branqueamento, assim, vai perdendo es-
paço para se pronunciar. (Cardoso, 2008, p. 208)
Cardoso (2008), na trilha de diversos autores que abordam o conceito de bran-
quitude: Alberto Guerreiro Ramos, Frantz Fanon, César Rossatto, Verônica Ges-
ser, Maria Aparecida Bento, Lia Schucman, defende a importância da discussão
acerca da branquitude para luta antirracista na área da educação, colaborando
com a supressão das hierarquias raciais (Rossato e Gesser, 2001). Segundo Lia
Schucman (2012, p. 7):
A branquitude é entendida (...) como uma construção sócio-histórica pro-
duzida pela ideia falaciosa de superioridade racial branca, e que resulta,
nas sociedades estruturadas pelo racismo, em uma posição em que os su-
jeitos identificados como brancos adquirem privilégios simbólicos e materi-
ais em relação aos nãos brancos. (Schucman, 2012, p. 7)
Adelina Nunes (2020, p. 8) acrescenta a esta discussão e assinala que “o perfil
racial, majoritariamente branco, das e dos docentes do ensino superior emerge
como um desafio na inclusão de um projeto antirracista para a educação”. Ce-
nário que se faz presente em diversas universidades, como aponta o estudo de
Luiz Mello e Ubiratan Resende (2019), onde esses autores mostram a ausência
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 7
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 9
século XIX para o XX, à histórica condescendência das elites brasileiras com de-
sigualdades sociais e ao racismo estrutural, mas ainda falta muito a realizar.
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 11
direção, vale destacar o debate proposto por alguns autores que dialogaram
com os saberes e práticas da Psicologia e da Saúde mental.
Deivison Faustino e Maria Oliveira (2020) destacaram as contribuições de Frantz
Fanon para o debate da saúde mental nas sociedades contemporâneas no que
se refere ao “conjunto de (...) reflexões sociológicas, políticas e filosóficas,
elementos esses pouco explorados na literatura especializada em seu
pensamento” (Faustino e Oliveira, 2020, p. 12). Rachel Passos (2020)
acrescenta a esse debate destacando que devemos reconhecer o apagamento
do pensamento de Frantz Fanon, “como consequência do mito da democracia
racial que se materializou não só pelo viés político, teórico, ideológico como
também na própria constituição da clínica ampliada, além da psiquiatrização e
medicalização das subjetividades negras” (Passos, 2020, p. 81).
Alicerçados pela discussão da obra Pele negra, máscaras brancas, de Frantz
Fanon (2008), Faustino e Oliveira (2020) apresentam “duas categorias
encontradas, a saber: sociogenia e a alienação colonial, para, em seguida,
apresentar algumas provocações mais gerais para o campo da Saúde Mental”
(Faustino e Oliveira, 2020, p. 13). Compreendemos o quanto o processo de
adoecimento da população negra e do adoecimento psíquico é produto do
colonialismo (Passos, 2020).
Alessandro Campos (2020) e Maria Lucia Silva (2020) enfatizam o debate de
Lélia Gonzalez, a latinidade como um grande desafio, a partir da busca de um
“território existencial atravessado por paradoxos, dicotomias, ambiguidades e
confrontos” (Silva, 2020, p. 4). “O campo de estudos afro-latino-americanos
implica atravessamentos da [escravização], a forma de interpretação das
relações raciais, as desigualdades raciais e a forma de organização política por
todo esse contingente geográfico” (Campos, 2020, p. 27, grifo nosso).
Clélia Prestes (2020) reforça que “a luta contra o racismo é estrutural e
identitária, é pela democracia e pelo direito de se ter vida psíquica livre dos
efeitos traumáticos da dominação” (Costa, 2020, p. 78). Emiliano David (2020)
considera que “a descolonização das práticas de cuidado e a inclusão das
teorias e dos saberes afro-diaspóricos podem ampliar a potência de um agir em
saúde” (David, 2020, p. 108). Desse modo contribuindo para a “promoção da
equidade racial, e para a desinstitucionalização do racismo” (David, 2020,
p108).
Jeane Tavares et al., (2020) enfatizam sobre o modo que campo da saúde
mental teve seu início. O campo foi demarcado “por um modelo eugenista que
se atualiza em diferentes momentos históricos, contribuindo para a
manutenção de uma hierarquia racial (...), destacando o racismo como
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo permitiu examinar a relação entre fatores contextuais do campo da
Psicologia envolvendo Saúde mental e as questões étnico-raciais, notadamente
raça, racismo, antirracismo, complementado pelo debate da Educação das
relações étnico-raciais. A revisão de literatura proporcionou colocar em
primeiro avanços e desafios no que tange ao campo investigado, em particular,
a população negra nas sociedades contemporâneas, em especial, a sociedade
brasileira.
Por um lado, apreendemos que o enfrentamento ao racismo faz parte das
diretrizes que regem a Psicologia brasileira, por meio de normas para atuação
dos psicólogos, com base em diversas normativas nacionais e internacionais.
Assim como observamos que o campo da Psicologia da perspectiva étnico-racial
faz parte do pensamento psicológico brasileiro, desde o final do século XIX,
onde foi possível notar a construção de uma linha no tempo configurando uma
descontinuidade e a configuração de novas práticas e saberes em Psicologia.
Por outro, observamos um chamamento para que se coloquem em prática a
Educação das relações étnico-raciais como componente curricular obrigatório
nos cursos de formação de Psicologia para que esses possam contemplar uma
reflexão crítica acerca do debate de raça, racismo, antirracismo nos planos
políticos-pedagógicos e curriculares. Embora as políticas públicas educacionais
já estejam em vigor no país, em especial, as Leis nº. 10.639/2003, nº.
11.645/2008, e suas Diretrizes, conquista do Movimento Negro, em algumas
universidades demora para acontecer.
No que se refere ao debate sobre Saúde mental e racismo, notamos que
literatura acadêmica tem discutido a temática, em especial pela ótica de
psicólogos negros e negras, que tem lançado um olhar sobre o tema da saúde
mental da população negra, por meio de diferentes aspectos: a reforma
psiquiátrica; a violência de gênero; o atendimento psicológico (escuta
terapêutica, narrativas de pessoas negras atendidas por psicoterapeutas
brancos); a influência do racismo em nível de saúde mental. Conclui-se que
devemos investir e insistir em culturas curriculares e epistemológicas no campo
da Psicologia e suas práticas clínicas que promovam avanços em debates sobre
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 15
FINANCIAMENTO
European Research Council(ERC-2016-COG-725402)
REFERÊNCIAS
Almeida, Silvio L. (2019). Racismo estrutural. Sueli Carneiro; Polém.
Alves, Jaime A. (2011). Topografia da violência: Necropoder e Governamentalidade
Espacial em São Paulo. Revista Do Departamento De Geografia, 22, 108-134.
https://doi.org/10.7154/RDG.2011.0022.0006
Alves, Míriam C.; Jesus, Jayro P., & Scholz, Danielle (2015). Paradigma da
afrocentricidade e uma nova concepção de humanidade em saúde coletiva: reflexões
sobre a relação entre saúde mental e racismo. Saúde em Debate, 39(106), 869-
880. https://doi.org/10.1590/0103-1104201510600030025
Araújo, Danielle P. & Silva, Marcos A. B. (2020). O ensino da história e cultua afro-
brasileira e indígena no currículo dos cursos de pedagogia de duas instituições de
ensino superior. @rquivo Brasileiro De Educação, 8(17), 322-351.
https://doi.org/10.5752/ P. 2318-7344.2020v8n17p322-351
Barros, Sonia; Batista Luis E.; Dellosi Mirsa E & Escuder Maria M. L. (2014). Censo
psicossocial dos moradores em hospitais psiquiátricos do estado de São Paulo: um
olhar sob a perspectiva racial. Saúde e Sociedade, 23(4), 1235-
1247. https://doi.org/10.1590/S0104-12902014000400010
Batista, Luís E.; Monteiro, Rosana B. & Medeiros, Rogério A. (2013). Iniquidades raciais
e saúde: o ciclo da política de saúde da população negra. Saúde debate [Internet],
37(99), 681-690. https://doi.org/10.1590/S0103-11042013000400016.
Branco Pereira, Alexandre. (2018). O refúgio do trauma. Notas etnográficas sobre
trauma, racismo e temporalidades do sofrimento em um serviço de saúde mental
para refugiados. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 26(53), 79-
97. https://doi.org/10.1590/1980-85852503880005306
Bueno, Samira; Pacheco, Dennis & Nascimento, Talita. (2020). O crescimento das
mortes decorrentes de intervenções policiais no Brasil. In Anuário Brasileiro de
Segurança Pública. Fórum de Segurança Pública (pp. 86-94).
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-
interativo.pdf
Campos, Alessandro O. (2020). A Psicologia e o racismo estrutural na atualidade
Latino-Americana. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/As Negros/As
(ABPN), 12(Ed. Especi), 27-51.
https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/1111
Cardoso, Lourenço. (2008). O branco “invisível”: um estudo sobre a emergência da
branquitude nas pesquisas sobre as relações raciais no Brasil (Período: 1957- 2007).
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 17
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 19
Rocha, Edmar J. & Rosemberg Fúlvia (2007). Autodeclaração de cor e/ou raça entre
escolares paulistanos(as). Caderno de Pesquisa, 37(132),759-799.
http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/cp/article/view/351/355
Rossato, Cesar & Gesser, Verônica. (2001). A experiência da branquitude diante de
conflitos raciais: estudos de realidades brasileiras e estadunidense. In: Eliane.
Cavalleiro (Ed.), Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola (pp.
11-36). Selo Negro.
Sampaio, Sônia M. (2010). A Psicologia na educação superior: ausências e percalços.
Em Aberto, 23(83), 95-105. https://doi.org/10.24109/2176-
6673.emaberto.23i83.2253
Santos, Alessandro O. & Schucman, Lia V. (2015). Desigualdade, relações raciais e a
formação de psicólogo(as). Revista EPOS, 6(2), 117-140.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-
700X2015000200007&lng=pt&tlng=pt.
Santos, Alessandro O.; Schucman, Lia V. & Martins, Hildeberto V. (2012). Breve
histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-
raciais. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(spe), 166-
175. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500012
Santos; Márcia A. P.; Nery, Joilda S.; Goes, Emanuelle F.; Silva, Alexandre; Santos,
Andreia B. S.; Batista Luís E. & Araújo, Edna M. (2020). População negra e Covid-19:
reflexões sobre racismo e saúde. Estudos Avançados, 34(99), 225-244.
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3499.014
Schucman, Lia V. (2012). Entre o “encardido”, o “branco” e o branquíssimo”: raça,
hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese de Doutorado
inédita, Universidade de São Paulo.
http://www.ammapsique.org.br/baixe/encardido-branco-branquissimo.pdf
Silva, Marcos A. B. (2016). Discursos étnico-raciais proferidos por pesquisadores/as
negros/as na pós-graduação: acesso, permanência, apoios e barreiras. Tese de
Doutorado inédita, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
https://sapientia.pucs p. br/handle/handle/17137
Silva, Marcos A. B. & Ribeiro, Maria S. (2019). Diversidade cultural nas políticas
públicas: uma análise das Leis 10.639/03 e 11.645/08. Revista Exitus, 9(5), 77-101.
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n4ID1101
Silva, Maria L. (2020). Caderno Temático “III PSINEP – Articulação Nacional de
Psicólogas/os Negras/os e Pesquisadoras/es”. Revista da Associação Brasileira De
Pesquisadores/As Negros/As (ABPN), 12(Ed. Especi), 3-5.
https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/1114
Silva, Maria L. & Peruzzo, Maria O. S. (2020). Enfim...por que a Campanha saúde da
população negra importa! Revista Da associação Brasileira De Pesquisadores/As
Negros/As (ABPN), 12(Ed. Especi), 152-187.
https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/1115
Silva, Marta L. (2014). Discursos de mães negras sobre educação e cuidado de crianças
de até três anos de idade. Dissertação de Mestrado inédita, Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. https://sapientia.pucs p. br/handle/handle/17080
Silva, Paulo V. B.; Gomes, Nilma L. & Régis, Kátia. (2018). Capítulo1- A Proposta e
seus objetivos. In: Paulo V. B. Silva, Kátia Régis & Shirley A. Miranda (Eds.),
Educação das relações étnico-raciais: o estado da arte (pp. 21-32). NEAB-UFPR e
ABPN.
Suleiman, Bianca B. (2014). Psicologia e Ensino das Relações Étnico-Raciais: uma
experiência na formação de professores. Psicologia Escolar e Educacional, 18(2),
369-372. https://doi.org/10.1590/2175-3539/2014/0182809
Tavares, Jeane S. C.; Jesus Filho, Carlos A. A. & Santana, Elisangela F. (2020). Por
uma política de saúde mental da população negra no SUS. Revista Da associação
Brasileira De Pesquisadores/As Negros/As (ABPN), 12(Ed. Especi), 138-151.
https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/1118
Tavares, Jeane S. C.; Kuratani, Sayuri M. A. (2019). Manejo Clínico das Repercussões
do Racismo entre Mulheres que se “Tornaram Negras”. Psicologia: Ciência e
Profissão, 39, e184764. https://doi.org/10.1590/1982-3703003184764
Van Dijk, Teun. (2001). Critical discourse analysis. In: Deborah Schiffrin, Deborah
Tannen & Heidi E. Hamilton. The handbook of discourse analysis (pp. 352-371). Wiley
Blackwell.
Veiga, Lucas M. (2019). Descolonizando a psicologia: notas para uma Psicologia
Preta. Fractal: Revista De Psicologia, 31, 244-248. https://doi.org/10.22409/1984-
0292/v31i_esp/29000
Vianna, Cintia C.; Benite, Anna M. C.; Figueiredo; Mércia O. B. S. & Silva, A. N. (2020).
Apresentação. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/As Negros/As
(ABPN), 12(Ed. Especi),1-2.
https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/1119
Werneck, Jurema. (2016). Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e
Sociedade, 25(3), 535-549. https://doi.org/10.1590/s0104-129020162610
http://quadernsdepsicologia.cat
A relação entre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista 21
FINANCIACIAMENTO
European Research Council(ERC-2016-COG-725402)
FORMATO DE CITACIÓN
Silva, Marcos Antonio Batista da & Oliveira, Ivani Francisco de (2021). A relação en-
tre racismo, saúde e saúde mental: Psicologia e educação antirracista. Quaderns de
Psicologia, 23(3), e1753. https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1753
HISTORIA EDITORIAL
Recibido: 26-01-2021
1ª revisión: 16-04-2021
Aceptado: 02-05-2021
Publicado: 25-01-2022