TGDC 1
TGDC 1
TGDC 1
RECURSO
1. O Direito comporta dois grandes grupos: Direito Público e Direito Privado. Cada um
destes grupos comporta vários ramos. Fazem parte do Direito Privado o Direito Civil,
o Direito da Família, o Direito do Trabalho e o Direito Comercial. Por força desta
exposição facilmente aprendemos que o direito civil não constitui todo direito
privado, sendo apenas o núcleo fundamental ou o direito privado comum ou geral.
Porem, existem outros ramos do direito privado, designados por ramos especiais do
direito privado. Todavia, o direito Civil é subsidiário dos demais ramos do direto
privado, na medida em que, sempre que um determinado facto não se encontra
regulado na legislação familiar, laboral ou comercial recorrer-se-á ao direito civil.
Pode-se também dizer que o Direito Civil define-se por exclusão de partes, porque
são de Direito Civil todas as normas que não fazem parte dos ramos especiais do
Direito Privado Especial.
A questão ora exposta prende-se com a aquisição de direitos que resulta da ligação de
um direito a uma pessoa, ou seja, é o vinculo que liga determinado direto à um
individuo. A aquisição pode ser originária e derivada. Na primeira hipótese o direito
adquire-se ex novo e é dependente tão-somente do título aquisitivo, obstando-se
qualquer dependência genética ou jurídica de um direito anterior. O direito adquirido
não pressupõe uma relação jurídica com o antigo titular, mas sim de uma relação com
própria coisa. Ocorre com a usucapião, res nullius e aquisição de direitos do autor.
A regra nemo plus iuris… traduzida “ ninguém pode transferir mais direitos do que
aqueles que possui “, esta subjacente a aquisição derivada. Assim, o donatário não
pode adquirir um direito se o doador não o possuía. Simplesmente, esta regra não é
absoluta porque comporta algumas excepções que resultam do instituto do registo, da
inoponibilidade da simulação a terceiros de boa-fé e da inoponibilidade da nulidade e
anulabilidade a terceiros de boa-fé.
Existem determinados bens que pelo seu valor quando transmitidos carecem de
alguma publicitação efetivada através do registo. No ordenamento jurídico angolano
vigora o sistema de registo declarativo. Neste sistema o registo não é um requisito de
validade de aquisição (excepto na hipoteca), sendo apenas um meio de eficácia contra
terceiros. Se o bem adquirido não for registado o acto é plenamente eficaz entre as
partes. Pode verificar-se aquisição de direitos sobre determinado prédio ao
transmitente direitos incompatíveis. Sempre que assim se verificar o direito conservara
o direito do aquirente que registar mesmo que o transmitente já não tinha direito sobre
a coisa.
3. Os direitos fundamentais a par dos direitos do homem constitui uma figura afim dos
direitos de personalidade.
Colacionando Carvalho Fernandes os direitos de personalidade podem ser definidos
como aqueles direitos que constituem atributos da própria pessoa e que tem por
objecto bens da sua personalidade física e moral.
Os direitos fundamentais são aqueles reconhecidos e positivados na esfera do direito
constitucional de um determinado Estado com vista à defesa dos valores e interesses
mais relevantes que assistem as pessoas, independentemente da sua nacionalidade.
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5. Os negócios onerosos são aqueles que envolvem atribuições patrimoniais para ambas
as partes existindo entre as respectivas atribuições um nexo de reciprocidade ou
correspectividade. Exemplos destes negócios serão a compra e venda, a troca, locação
entre outros. A exigência de correspectividade não pressupõe a existência de
igualdade ou equilíbrio das prestações porque no acto da celebração do negócio
situações objectivas e subjectivas que podem estar na base da verificação de
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desigualdades das prestações e uma das partes sabe que dá mais do que aquilo que vai
receber, mas, porem, ainda assim há um nexo de reciprocidade.
Os negócios onerosos nem sempre são contratos bilaterais, por força da existência
de contratos unilaterais onerosos a título de exemplo o muto oneroso art. 1145.°.
. Simulação
Sendo uma incapacidade suprível pelo instituto da assistência (art. 152.°), o curador
somente dá seu assentimento ou autoriza o incapaz a prática de actos da vida civil
como casar, vender, trocar, etc.
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A questão ora exposta prende-se com a aquisição de direitos que resulta da ligação de
um direito a uma pessoa, ou seja, é o vinculo que liga determinado direto à um
individuo. A aquisição pode ser originária e derivada. Na primeira hipótese o direito
adquire-se ex novo e é dependente tão-somente do título aquisitivo, obstando-se
qualquer dependência genética ou jurídica de um direito anterior. O direito adquirido
não pressupõe uma relação jurídica com o antigo titular, mas sim de uma relação com
própria coisa. Ocorre com a usucapião, res nullius e aquisição de direitos do autor.
A regra nemo plus iuris… traduzida “ ninguém pode transferir mais direitos do que
aqueles que possui “, esta subjacente a aquisição derivada. Assim, o donatário não
pode adquirir um direito se o doador não o possuía. Simplesmente, esta regra não é
absoluta porque comporta algumas excepções que resultam do instituto do registo, da
inoponibilidade da simulação a terceiros de boa-fé e da inoponibilidade da nulidade e
anulabilidade a terceiros de boa-fé.
Existem determinados bens que pelo seu valor quando transmitidos carecem de
alguma publicitação efetivada através do registo. No ordenamento jurídico angolano
vigora o sistema de registo declarativo. Neste sistema o registo não é um requisito de
validade de aquisição (excepto na hipoteca), sendo apenas um meio de eficácia contra
terceiros. Se o bem adquirido não for registado o acto é plenamente eficaz entre as
partes. Pode verificar-se aquisição de direitos sobre determinado prédio ao
transmitente direitos incompatíveis. Sempre que assim se verificar o direito conservara
o direito do aquirente que registar mesmo que o transmitente já não tinha direito sobre
a coisa.
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3. O Código Civil define coisa como tudo aquilo que pode ser objecto de relações
jurídicas (art. 202.°).
Entretanto, essa noção do legislador de 1966 não é correcta. Existem bens ou entes
suceptíveis de relações jurídicas e que não são coisas juridicamente ( por exemplo as
pessoas, as prestações- porquanto constituírem comportamentos-, etc.).
Chamando a colação Dias Marques, define coisa, como toda realidade autónoma que
não sendo pessoa em sentido jurídico, é dotada de utilidade e susceptível de
dominação pelo homem. Entende Mota Pinto que coisa são bens ou entes de carácter
estático, desprovido de personalidade jurídica e não integrado no conteúdo necessário
desta, susceptível de serem objecto de relação jurídica.
Para ser considerada coisa o bem deve ter existência autónoma ou separada,
possibilidade de apropriação exclusiva por alguém e susceptibilidade para satisfazer
necessidades humanas.
A regra é a de os negócios sobre imoveis exigirem forma autêntica (art. 875.°, 947.°,
etc.) e os negócios sobre móveis são consensuais ou exigem documento particular,
salvo raríssimas excepções exigem documento autêntico (art. 1143).
Os prazos para adquirir por usucapião são diferentes (art. 1293.° ss e 1298.° ss)
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4. Tanto a invalidade como a ineficácia stricto sensu são formas de ineficácia em sentido
amplo abordadas no âmbito dos valores negativos.
Exemplos legais de invalidade são às hipóteses dos arts. 125.° Incapacidade por
menoridade, 220.° vício de forma, etc.
Exemplos legais de ineficácia em sentido estrito são as hipóteses dos arts. 274.° não
verificação da condição, 268.° representação sem poderes.
HIPÓTESE PRÁTICA
Analisados estes pontos a questão decidenda nos leva a simulação dos negócios jurídicos.
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Desta noção podemos destacar alguns requisitos nomeadamente: Divergência entre a vontade
e declaração; acordo ou conluio entre o declarante e o declaratário e o intuito ou fito de
enganar terceiros. O caso ora exposto apresenta estes três requisitos.
E Importante também referir por um lado que, as partes fingem celebrar um negócio quando
na verdade não querem realizar negócio algum, e por outro lado visam não só enganar como
prejudicar o terceiro (o banco), sendo uma simulação absoluta e fraudulenta.
A lei determina quais as pessoas com legitimidade para invalidar os negócios simulados no
art. 242.° e genericamente no art. 286.°. Assim podem invalidar este acto o Banco “
Angolano” por ser o credor e também os próprios simuladores (H declarante e M
declaratório).
A consequência ou efeito do negócio simulado é a nulidade conforme o dispõe o art. 240.° n.°
2. Quando declarado nulo um determinado negócio pelo tribunal, esta declaração produzirá
efeitos retroactivos nos termos do art. 289.° ou seja a doação realizada em beneficio da neta P
e a venda a N ficariam afectadas pela nulidade do negocio entre H e M, por ser obviamente
um negócio simulado.
Ora, porem, quer a doação quer a venda efectuadas por M constituem actos verdadeiros.
Apesar de o alienante não ter direitos sobre a coisa transmitida (violando assim a regra nemo
plus iuris…, verifica-se uma excepcao a esta regara que é inoponibilidade da simulação a
terceiros de boa fé, quer a aquisição tenha sido onerosa ou gratuita.
O art. 243.° dispõe que “ a nulidade proveniente da simulação não pode ser arguida pelos
simuladores contra terceiros de boa fé”. É fundamental e mais importante a inocência do
terceiro do que qualquer expectativa do simulador. Colacionando Manuel de Andrade, para
efeitos de simulação são terceiros de boa-fé as pessoas, titulares de uma relação jurídica
afectada pelo negócio simulado e que não sejam os simuladores ou seus herdeiros depois da
morte do de cujus.
O Regente Ass.
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2. O Código Civil define coisa como tudo aquilo que pode ser objecto de relações
jurídicas (art. 202.°).
Entretanto, essa noção do legislador de 1966 não é correcta. Existem bens ou entes
suceptíveis de relações jurídicas e que não são coisas juridicamente ( por exemplo as
pessoas, as prestações- porquanto constituírem comportamentos-, etc.).
Chamando a colação Dias Marques, define coisa, como toda realidade autónoma que
não sendo pessoa em sentido jurídico, é dotada de utilidade e susceptível de
dominação pelo homem. Entende Mota Pinto que coisa são bens ou entes de carácter
estático, desprovido de personalidade jurídica e não integrado no conteúdo necessário
desta, susceptível de serem objecto de relação jurídica.
Para ser considerada coisa o bem deve ter existência autónoma ou separada,
possibilidade de apropriação exclusiva por alguém e susceptibilidade para satisfazer
necessidades humanas.
A regra é a de os negócios sobre imoveis exigirem forma autêntica (art. 875.°, 947.°,
etc.) e os negócios sobre móveis são consensuais ou exigem documento particular,
salvo raríssimas excepções exigem documento autêntico (art. 1143).
Os prazos para adquirir por usucapião são diferentes (art. 1293.° ss e 1298.° ss).
A alienação de imóvel no casamento pressupõe consentimento, dos cônjuges (art. 54.°
e 56.° do Código de Família).
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A questão ora exposta prende-se com a aquisição de direitos que resulta da ligação de
um direito a uma pessoa, ou seja, é o vínculo que liga determinado direito à um
indivíduo. A aquisição pode ser originária ou derivada. Na primeira hipótese o direito
adquire-se ex novo e é dependente tão-somente do título aquisitivo, obstando-se
qualquer dependência genética ou jurídica de um direito anterior. O direito adquirido
não pressupõe uma relação jurídica com o antigo titular, mas sim de uma relação com
própria coisa. Ocorre com a usucapião, res nullius e aquisição de direitos do autor.
A regra nemo plus iuris… traduzida “ ninguém pode transferir mais direitos do que
aqueles que possui “, esta subjacente a aquisição derivada. Assim, o donatário não
pode adquirir um direito se o doador não o possuía. Simplesmente, esta regra não é
absoluta porque comporta algumas excepções que resultam do instituto do registo, da
inoponibilidade da simulação a terceiros de boa-fé e da inoponibilidade da nulidade e
anulabilidade a terceiros de boa-fé.
Existem determinados bens que pelo seu valor quando transmitidos carecem de
alguma publicitação efetivada através do registo. No ordenamento jurídico angolano
vigora o sistema de registo declarativo. Neste sistema o registo não é um requisito de
validade de aquisição (excepto na hipoteca), sendo apenas um meio de eficácia contra
terceiros. Se o bem adquirido não for registado o acto é plenamente eficaz entre as
partes. Pode verificar-se aquisição de direitos sobre determinado prédio ao
transmitente direitos incompatíveis. Sempre que assim se verificar o direito conservara
o direito do aquirente que registar mesmo que o transmitente já não tinha direito sobre
a coisa.
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HIPÓTESE PRÁTICA
A questão dicidenda remete-nos por um lado aos direitos de personalidade e por lado ao
instituto da responsabilidade civil.
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos, e incidem sobre os vários modos de ser físico ou morais. Podemos também
definir direitos de personalidade como aqueles que constituem atributos da própria pessoa e
que tem por objecto bens da sua personalidade física, moral e psíquica.
a) São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
b) São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
c) São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
d) São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
e) E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
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Existe de facto, violação recíproca de direitos por parte dos intervenientes. Assim
relativamente ao senhor A foram violados os seguintes direitos:
Direito a integridade moral Direito a honra-bom nome e reputação (dado facto de o senhor B
ter dito que o senhor A procedia ao tráfico de droga e a roubar seus clientes), entendemos ter
havido aqui imputação de factos falsos. O direito a honra constitui um direto especial de
personalidade, consagrado no art. 70.° do C.C. Todavia, não parece ter havido violação do
direito a honra de B na hipótese de se ter afirmado que comercializava drogas, na medida em
que corresponde a verdade, verificando-se assim, uma causa limitativa de invocação deste
direito de personalidade, por força das exigências da vida em comum e ponderação dos
interesses em jogo
Quanto ao direito a integridade física e moral no que toca a agressão não se verifica qualquer
circunstância que limite a invocação da violação dos seus direitos de personalidade. Já na
direito imagem, apesar de a imagem só poder ser captada ou divulgada se houver
assentimento do titular do direito, todavia, parece haver a ponderação dos interesses em jogo e
as exigências da vida em comum, na mediada em que o episódio projetou-se em local público
e por se tratar de uma figura pública, nos termos do disposto no art 79.° n.° 2. No que se
refere a cirurgia feita em benefício próprio, entendemos ter havido consentimento presumido
tolerante, nos termos do art. 340.° n.°3
auferir pelo lesado em consequência da lesão. Os danos não patrimoniais ou morais, são
aqueles insusceptíveis de avaliação em dinheiro (consubstancia-se na dor, no vexame, etc.)
A revista não poderá publicar a imagem por ser atentatória ao bom nome a honra de B, nos
termos do art. 79.° n.° 3, sob pena de ser responsabilizada nos termos do art. 484.°.
PROPOSTA DE CORRECÇÃO
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O primeiro prende-se com a determinação das vias judicias a que o particular pode valer-se
quando lesado nos seus interesses pelo Estado ou outro ente público e vice-versa. Primeiro à
que indagar a relação jurídica de onde proveio a lesão, se é do direito público ou direito
privado. Por via disto se vai determinar o tribunal competente.
2. Comente:
“Os momentos da liberdade contratual tem natureza absoluta”………2 v.
Estes momentos ou aspectos não tem natureza absoluta, na medida em que decorrem da lei e
até da vontade das partes algumas restrições. Assim, para a liberdade de conclusão ou
celebração, as seguintes:
a) Vontade das partes: ocorre com o contrato promessa, na medida em que as partes
ficam obrigadas a celebrar o contrato definitivo (art. 410);
São restrições à liberdade de fixação ou modelação do conteúdo: arts. 405; 280; 282; 762 n 2;
sujeição à normas imperativas arts. 1146, 1025. Outra restrição não da lei mas de ordem
prática resulta dos contratos de adesão.
O sentido da expressão boa-fé quer do art. 956.° quer do art. 1340.° representa o sentido
subjectivo ou boa fé de crença, tendo em conta que é relevante o estado de consciência,
espirito ou ânimos do agente em não lesar o direito de outrem. Pressupõe uma actuação do
agente desconhecendo o vício que o inquina.
Pernambuco, modelo, fez uma sessão de fotografia com indumentárias minoradas para
uma revista, a troco de dinheiro. Quando faltavam poucos dias para publicação, com a
edição quase pronta, Pernambuco, depois de uma prolongada discussão com o marido,
telefonou para os donos da revista proibindo a publicação.
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a) Quid juris?
b) Imagine que fossem fotografias de um desfile de moda em que Pernambuco
estivesse vestida de freira, a sua resposta seria diferente?
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos e que incidem sobre os vários modos de ser físico ou moral.
1. São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
2. São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
3. São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
4. São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
5. E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
O art. 79 n 1 estabelece que “a imagem de uma pessoa não pode ser captada ou divulgada
sem o seu consentimento”. Porém, facilmente percebe-se que Pernambuco limitou o seu
direito de imagem por força de um dos regimes dos direitos de personalidade, o
consentimento do lesado, que ocorre quando o ofendido anui ou concorda na lesão ou perigo
de lesão a um bem jurídico de que é titular, na situação presente o consentimento é vinculante.
B) A resposta devera ser a mesma, pós, não é relevante como esta vestida Pernambuco, mas a
possibilidade de revogar ou não o consentimento dado.
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Detesta Animais, vive no bairro Comercial e, na rua onde mora, há inúmeros gatos
vadios que para além de sujarem muito a rua, fazem muito barulho durante a noite.
Detesta Animais decidiu envenená-los, deixando acessível comida (arroz com carne)
devidamente confeccionada. Detesta Animais pensou que, se calhar, algum gato com
dono também comeria do veneno. Esperava que assim não acontecesse, mas “se
acontecer, paciência, azar dos donos” pensou ele.
Veio de facto a morrer também o gato de Gosta Animais. Detesta Animais está disposto
a indemniza-lo. Custando aquele gato 120.000,00 kz, sendo o Gosta Animais de muitas
posses, porém, Detesta Animais, com rendimentos muito baixos e não fazia ideia sequer
de que houvesse gatos daquele valor, não pretende pagar a totalidade do animal.
Quid júris?
Dado o facto de ter sido violado um direito absoluto (direito real- propriedade de Gosta
Animais) recai sobre o agente uma responsabilidade civil extracontratual ou delitual.
Entendemos ser uma responsabilidade civil por factos ilícitos ou subjectiva que enquanto
princípio geral em matéria de responsabilidade civil à ordem jurídica coloca como condição
da obrigação de indemnizar não apenas a causação de um dano anti jurídico, mas também
imputável a um acto culposo ao agente, daí ser o princípio geral em matéria de
responsabilidade civil (cfr. art. 483).
Nestes termos, Detesta Animais é responsável pelos danos que causou. Sendo o gato avaliável
em dinheiro, recai sobre si a reparação de danos patrimónios emergentes, nos termos do art.
564.° e, se ficar provado que a morte do gato causou danos não patrimónios (depressão, dor
ou consternação) ao proprietário, serão estes também ressarcidos nos termos do art. 496.°.
Não sendo possível a reconstituição natural (se fosse seria muito onerosa), Detesta Animal,
será obrigado a proceder a uma restituição por mero equivalente ou indemnização conforme
estabelece o art. 566.° n° 1.
Todavia, Custando aquele gato 120.000,00 kz, sendo o Gosta Animais de muitas posses e
Detesta Animais, com rendimentos muito baixos, não obsta a que se proceda a determinação
do quantum de indeminização tendo em conta a situação económica do lesante, art. 566.° n.°
1.
ASS.
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Nesta técnica o legislador procura prever o maior ou menor número de situações possíveis da
vida social. Porém, procede a redução da vastidão das situações da vida a certas situações-
tipo, formuladas em abstrato, mediante recurso a conceitos gerais-abstrato.
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Assim, sempre que surgir uma situação que se enquadre naquele tipo em função dos seus
elementos, ser-lhe-á aplicável a norma.
- Diminuta extensão;
- Arrumação e racionalização da matéria;
- Uso frequente de remissões;
- Linguagem bastante tecnizada, logo, não acessível para os leigos jurídicos.
Estes momentos ou aspectos não tem natureza absoluta, na medida em que decorrem da lei e
até da vontade das partes algumas restrições. Assim, para a liberdade de conclusão ou
celebração, as seguintes:
c) Vontade das partes: ocorre com o contrato promessa, na medida em que as partes
ficam obrigadas a celebrar o contrato definitivo (art. 410);
São restrições à liberdade de fixação ou modelação do conteúdo: arts. 405; 280; 282; 762 n 2;
sujeição à normas imperativas arts. 1146, 1025. Outra restrição não da lei mas de ordem
prática resulta dos contratos de adesão.
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R: Ao lado da propriedade existem outros direitos reais, designados por direitos reais
limitados ou menores.
Nos direitos reais menores à uma nota análoga que é a de não conferirem a plenitude dos
poderes sobre a coisa. São direitos sobre coisas cuja propriedade pertence a outrem.
Pressupõem, assim, uma concorrência de direitos. São, portanto, “ jura in re alienes” (direitos
sobre coisa alheia) ou, pelo menos, sobre coisa não própria.
Os direitos reais menores podem ser: direitos reais menores de gozo, direitos reais menores de
garantia e direitos reais menores de aquisição.
O senhor A que explora uma discoteca na cidade do Namibe, encontrava-se à porta do seu
estabelecimento quando se aproximou dele o senhor B, advogado de profissão que pretendia
ali entrar.
A disse a B que só era permitido entrar se pagasse o consumo mínimo de 1000 akz. Perante
isto B, que já se encontrava bastante alcoolizado e perante dezenas de pessoas que ali se
encontravam disse em viva voz que A além de andar no tráfico de drogas (o que era verdade),
dedicava-se a roubar os seus clientes à porta da discoteca.
Face a esta atitude, A juntamente com seu amigo C, dirigira-se a B e agrediram-no ao ponto
de provocar-lhe a perda dos sentidos. Enquanto B estava desmaiado, A e C tiram-lhe toda
roupa deixando-o nu na via Pública com o fito de o vexar.
Quando B acordou, viu-se nu e numa situação de total ridículo perante dezenas de pessoas
que se encontravam a porta da discoteca. Constatou também que D, fotógrafo da revista
mensal de escândalos o fotografou naquela situação.
durante uma semana. No dia seguinte à agressão soube A que seria publicada na próxima
edição da revista de escândalos uma reportagem fotográfica sobre aquele episódio em estivera
envolvido.
1. Quid juris?
R: A questão decidenda remete-nos por um lado aos direitos de personalidade e por lado ao
instituto da responsabilidade civil.
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos, e incidem sobre os vários modos de ser físico ou morais. Podemos também
definir direitos de personalidade como aqueles que constituem atributos da própria pessoa e
que tem por objecto bens da sua personalidade física, moral e psíquica.
f) São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
g) São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
h) São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
i) São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
j) E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
Existe de facto, violação recíproca de direitos por parte dos intervenientes. Assim
relativamente ao senhor A foram violados os seguintes direitos:
Direito a integridade moral -direito a honra-bom nome e reputação (dado facto de o senhor B
ter dito que o senhor A procedia ao tráfico de droga e a roubar seus clientes), entendemos ter
havido aqui imputação de factos falsos. O direito a honra constitui um direto especial de
personalidade, consagrado no art. 70.° do C.C. Todavia, não parece ter havido violação do
direito a honra de B na hipótese de se ter afirmado que comercializava drogas, na medida em
que corresponde a facto verdadeiro, verificando-se assim, uma causa limitativa de invocação
deste direito de personalidade, por força das exigências da vida em comum e ponderação dos
interesses em jogo.
Quanto ao direito a integridade física e moral no que refere a agressão não se verifica
qualquer circunstância que limite a invocação da violação dos seus direitos de personalidade.
Entretanto, no direito imagem, apesar de a imagem só poder ser captada ou divulgada se
houver assentimento do titular do direito, todavia, parece haver a ponderação dos interesses
em jogo e as exigências da vida em comum, na mediada em que o episódio projetou-se em
local público e por se tratar de uma figura pública, nos termos do disposto no art 79.° n.° 2.
No que se refere a cirurgia feita em benefício próprio, estas intervenções visam preservar a
saúde até mesmo a vida do paciente, ainda assim requerem consentimento. Hodiernamente faz
parte das boas práticas médicas requerer o prévio consentimento livre e esclarecido do
paciente, tendo havido tal consentimento não deixa de ter havido violação do direito a
integridade física.
n.° 1. Os danos em causa são não patrimoniais, compensáveis nos termos do art. 496.° e
restituíveis por mero equivalente conforme o disposto no art. 566.° n.° 1
Tais danos serão imputáveis também ao hospital, tratando-se de uma imputação pelo risco ou
objectiva, por força do princípio “ubi commoda ibi incommoda”, nos termos do art. 501.° do
C.C.
A revista não poderá publicar a imagem por ser atentatória ao bom nome a honra de B, nos
termos do art. 79.° n.° 3, sob pena de ser responsabilizada nos termos do art. 484.°.
O Reg.
1. Pronuncie-se sobre a validade das seguintes afirmações com Verdadeiro (V) ou Falso (F)
e fundamente a sua resposta em não mais de duas (3) linhas:
R: A afirmação é falsa, na medida em que o critério bonus pater familiae do art. 487.° n.° 2
do C.C. é um conceito indeterminado usado na técnica através das simples directivas.
R: A afirmação é falsa, pós, existem matérias com regime no Código Civil, mas que vieram a
ser reguladas noutros moldes sendo ainda assim legislação avulsa.
A natureza residual do direito à intimidade sobre a vida privada pressupõe que, tal
direito tenha primazia se houver concurso positivo com outros direitos especiais de
personalidade.____________________________________________1.5V
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R: A afirmação é falsa. Se houver concurso positivo tem primazia outros direitos especiais
(direito a imagem, nome, honra ou cartas missivas).
Ónus jurídico é necessidade de praticar um acto para a realização de um interesse próprio. Ex:
registo.
A ineficácia em sentido estrito ocorre quando não se verifica uma circunstância extrínseca,
que conjuntamente com o negócio produz efeitos jurídicos. Ex: uma condição ou ratificação.
Hipótese I (7 v)
A sociedade Maquiavélico explora uma clínica na qual deu entrada Beltrano, em situação de
coma, alvejado a tiro. Depois de radiografado, Beltrano é submetido a uma operação cirúrgica
para extracção da bala. Por troca das radiografias, causada acidentalmente pela enfermeira
que as transportou para o bloco operatório, a intervenção fez-se erradamente e Beltrano teve
de ser mais tarde sujeito a um novo acto cirúrgico.
R: A questão ora decidenda reporta-nos por um lado aos direitos de personalidade e por lado
ao instituto da responsabilidade civil.
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos, e incidem sobre os vários modos de ser físico ou moral.
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a) São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
b) São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
c) São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
d) São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
e) E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
Pelo que se lé na presente hipótese prática foi violado o direito a integridade física quer por
força do tiro, assim como pela intervenção cirúrgica.
Ao contrário do direito a vida, o direito a integridade física pode ser limitado, sendo uma das
limitações o consentimento do titular no âmbito das intervenções cirúrgicas. Assim, a cirurgia
efetuada a Beltrano ocorreu no âmbito das intervenções cirúrgicas em benefício próprio e
visam preservar a saúde e até mesmo a vida do paciente. Todavia, pressupõem o
consentimento. Tal consentimento não foi prestado porque Beltrano se encontrava em coma.
Nos termos da lei, sempre que não for possível obter o consentimento do paciente e a
intervenção for imprescindível, a mesma deve ter lugar verificando-se um consentimento
presumido (vide art. 340.° n.° 3 do C.C.).
Outrossim, a troca das radiografias pela enfermeira, permitiu nova intervenção cirúrgica a
Beltrano que despoletará responsabilidade civil.
fundada na mera culpa da enfermeira e pelo risco ou objectiva (esta obviamente com
primazia). Esta responsabilidade ocorre sempre que alguém é chamado a ressarcir um dano
independentemente de culpa em função da existência de um velho princípio de justiça
distributiva e solidariedade social “ ubi commoda ibi incommda”.
Os danos por reparar serão não patrimoniais ou morais, sendo aqueles insusceptíveis de
avaliação em dinheiro (consubstancia-se na dor, no vexame, etc.), compensáveis nos termos
do art. 496.° e restituíveis por mero equivalente conforme o disposto no art. 566.° n.° 1.
Hipótese I (5 v)
A explora uma discoteca numa zona residencial. A convencionou com B vizinho mais
próximo da discoteca, que este, mediante recebimento de quantia mensal de 50.000,00 akz,
suportaria e não levantaria qualquer obstáculo ao funcionamento da mesma.
Sucede que, cinco (5) meses após o negócio, B não suportando imenso barulho durante a noite
resultante do funcionamento da discoteca, com o consequente prejuízo nos seus sonos,
apresentou sua insatisfação ao proprietário pedindo o seu encerramento.
Quid juris?
Uma das características dos direitos de personalidade prende-se com o facto de serem
indisponíveis, quer dizer, não estão submetidos ao livre jogo do seu titular, ou seja, o seu
titular não pode validamente os restringir ou renunciar- não pode a princípio abdicar ou
rejeitar. Porém, esta característica não é absoluta. Existem várias circunstâncias que permitem
a sua limitação, não podendo o seu titular invocar a violação do seu direito de personalidade.
Esta em causa, na presente hipótese o consentimento do lesado
O consentimento só é válido se: for um bem jurídico disponível; ser o ofendido capaz ou
representado; consentimento livre e inequívoco (claro).
Simplesmente é legítimo B solicitar o encerramento da discoteca, pós, nos termos dos arts.
81.° e 340.°, o consentimento é sempre revogável. Porém, A poderá exigir uma indeminização
por se frustrar as suas legítimas expectativas.
Ass.
R: O Direito comporta dois grandes grupos: Direito Público e Direito Privado. Cada um
destes grupos comporta vários ramos. Fazem parte do Direito Privado o Direito Civil, o
Direito da Família, o Direito do Trabalho e o Direito Comercial. Por força desta exposição
facilmente aprendemos que o direito civil não constitui a totalidade do direito privado,
sendo apenas o núcleo fundamental ou o direito privado comum ou geral. Porem, existem
outros ramos do direito privado, designados por ramos especiais do direito privado. Todavia,
o direito Civil é subsidiário dos demais ramos do direto privado, na medida em que, sempre
que um determinado facto não se encontra regulado na legislação familiar, laboral ou
comercial recorrer-se-á ao direito civil. Pode-se também dizer que o Direito Civil define-se
por exclusão de partes, porque são de Direito Civil todas as normas que não fazem parte dos
ramos especiais do Direito Privado Especial.
R: Simples actos jurídicos: são factos voluntários que se produzem mesmo não tendo sido
previstos ou queridos pelos seus autores. Produzem efeitos ex legis Ex: a interpelação, art.
805.˚ n° 1
34
Ónus jurídico é necessidade de praticar um acto para a realização de um interesse próprio. Ex:
registo. Ónus jurídico é necessidade de praticar um acto para a realização de um interesse
próprio. Ex: registo.
A invalidade é uma forma de ineficácia que resulta da falta ou irregularidade de qualquer dos
elementos essências (internos do negócio), ou seja, que proceda de um vício na formação do
negócio. Ex: um negócio celebrado por menor.
Pernambuco, modelo, fez uma sessão de fotografia com indumentárias minoradas para
uma revista, a troco de dinheiro. Quando faltavam poucos dias para publicação, com a
35
edição quase pronta, Pernambuco, depois de uma prolongada discussão com o marido,
telefonou para os donos da revista proibindo a publicação.
a) Quid juris?
b) Imagine que fossem fotografias de um desfile de moda em que Pernambuco
estivesse vestida de freira, a sua resposta seria diferente?
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos e que incidem sobre os vários modos de ser físico ou morais.
6. São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
7. São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
8. São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
9. São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
10. E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
O art. 79.° n.° 1 estabelece que “a imagem de uma pessoa não pode ser captada ou divulgada
sem o seu consentimento”. Porém, facilmente percebe-se que Pernambuco limitou o seu
direito de imagem por força de um dos regimes dos direitos de personalidade, o
consentimento do lesado, que ocorre quando o ofendido anui ou concorda na lesão ou perigo
de lesão a um bem jurídico de que é titular, na situação presente o consentimento é vinculante.
B) A resposta devera ser a mesma, pós, não é relevante como esta vestida Pernambuco, mas a
possibilidade de revogar ou não o consentimento dado.
Detesta Animais, vive no bairro Comercial e, na rua onde mora, há inúmeros gatos
vadios que para além de sujarem a rua, fazem muito barulho durante a noite.
Detesta Animais decidiu envenená-los, deixando acessível comida (arroz com carne)
devidamente confeccionada. Detesta Animais pensou que, se calhar, algum gato com
dono também comeria do veneno. Esperava que assim não acontecesse, mas “se
acontecer, paciência, azar dos donos” pensou ele.
Veio de facto a morrer também o gato de Gosta Animais. Detesta Animais está disposto
a indemniza-lo. Custando aquele gato 120.000,00 kz, sendo o Gosta Animais de muitas
posses, porém, Detesta Animais, com rendimentos muito baixos e não fazia ideia sequer
de que houvesse gatos daquele valor, não pretende pagar a totalidade do animal.
Quid juris?
Dado o facto de ter sido violado um direito absoluto (direito real- propriedade de Gosta
Animais) recai sobre o agente uma responsabilidade civil extracontratual ou delitual.
Entendemos ser uma responsabilidade civil por factos ilícitos ou subjectiva que enquanto
princípio geral em matéria de responsabilidade civil à ordem jurídica coloca como condição
da obrigação de indemnizar não apenas a causação de um dano anti jurídico, mas também
37
Nestes termos, Detesta Animais é responsável pelos danos que causou. Sendo o gato avaliável
em dinheiro, recai sobre si a reparação de danos patrimónios emergentes, nos termos do art.
564.° e, se ficar provado que a morte do gato causou danos não patrimónios (depressão, dor
ou consternação) ao proprietário, serão estes também ressarcidos nos termos do art. 496.°.
Não sendo possível a reconstituição natural (se fosse seria muito onerosa), Detesta Animal,
será obrigado a proceder a uma restituição por mero equivalente ou indemnização em dinheiro
conforme estabelece o art. 566.° n° 1.
Todavia, Custando aquele gato 120.000,00 kz, sendo o Gosta Animais de muitas posses e
Detesta Animais, com rendimentos muito baixos, não obsta a que se proceda a determinação
do quantum de indeminização tendo em conta a situação económica do lesante, art. 566.° n.°
1.Ass.
38
CORRECÇÃO MODELO
39
O sentido da expressão boa-fé quer do art. 956.° quer do art. 1340.° representa o sentido
subjectivo ou boa fé de crença, tendo em conta que é relevante o estado de consciência,
espirito ou ânimos do agente em não lesar o direito de outrem. Pressupõe uma actuação do
agente desconhecendo o vício que o inquina.
Há, porém, casos de cessão dos efeitos negociais (que constituem ineficácia em sentido
amplo) por força de eventos posteriores ao momento da celebração. Na terminologia do
Código Civil, são as figuras da resolução, a revogação, a caducidade e a denúncia.
Inoponibilidade: constitui uma forma de ineficácia em que um acto não afecta determinadas
pessoas ou seja é irrelevante para certas pessoas e relevante para outras. Por exemplo:
inoponibilidade da simulação a terceiros de boa-fé (art. 243.°).
Impugnabilidade: acorre quando um acto não sendo em si viciado, pode ser resolvido por
terceiro, por ser contrário aos legítimos interesses deste.
Um facto posterior faz surgir um outro direito inconciliável com os direitos originados
naquele acto jurídico. Por exemplo: a impugnação pauliana (art. 610.°).
40
Pernambuco, modelo, fez uma sessão de fotografia com indumentárias minoradas para
uma revista, a troco de dinheiro. Quando faltavam poucos dias para publicação, com a
edição quase pronta, Pernambuco, depois de uma prolongada discussão com o marido,
telefonou para os donos da revista proibindo a publicação.
c) Quid juris?
d) Imagine que fossem fotografias de um desfile de moda em que Pernambuco
estivesse vestida de freira, a sua resposta seria diferente?
Colacionando Mota Pinto, os direitos de personalidade são direitos absolutos que se impõe o
respeito de todos e que incidem sobre os vários modos de ser físico ou moral.
1. São absolutos, na medida em que dispõem de eficácia erga omnes, são passíveis de
obrigação universal e o seu titular os pode invocar contra todos;
2. São extrapatrimoniais, porque são insusceptíveis de avaliação pecuniária;
3. São indisponíveis, porque o seu titular não os pode limitar ou renunciar.
4. São intransmissíveis, sendo que o seu titular não os pode transmitir quer em vida ou
morte
5. E São objecto de tutela penal, o direito penal criminaliza a violação dos direitos de
personalidade despoletando aplicação de uma pena.
O art. 79.° n.° 1 estabelece que “a imagem de uma pessoa não pode ser captada ou divulgada
sem o seu consentimento”. Porém, facilmente percebe-se que Pernambuco limitou o seu
direito de imagem por força de um dos regimes dos direitos de personalidade, o
consentimento do lesado, que ocorre quando o ofendido anui ou concorda na lesão ou perigo
de lesão a um bem jurídico de que é titular, na situação presente o consentimento é vinculante.
nos termos do art. 81.° n° 2. E a revista ao publicar pode ser responsabilizada nos termos da
responsabilidade civil extracontratual por violar um direito absoluto, concretamente, a
responsabilidade civil subjectiva ou por facto ilícito conforme o disposto no art 483.°
B) A resposta devera ser a mesma, pós, não é relevante como esta vestida Pernambuco, mas a
possibilidade de revogar ou não o consentimento dado.
Sabendo-se que fizera a F (sua prima) uma liberalidade de 9.000 USD para alavancar o
seu pequeno negócio;
A presunção de comoriência vem prevista no art. 68.° n.° 2 do C.C. Ocorre a presunção de
comoriência, quando morrem conjuntamente várias pessoas que se poderia estabelecer entre si
relações decorrentes da morte de cada uma delas.
A noção de sucessão vem estabelecida no art. 2024.° do C.C. São modalidades de sucessão: a
sucessão legítima, legitimária (sucessões legais) e testamentária (sucessão voluntaria).
42
Trata-se da sucessão legitimária que é uma sucessão imperativa (não pode ser afastada pelo
autor da sucessão) trata da porção de bens (legítima) de que o testador não pode dispor, por
ser legalmente destinada aos herdeiros legitimários (art. 2156.º do Cód. Civil).
Herdeiros legitimários são os descendentes G (porque este veio a morrer mais tarde, passando
sua quota na herança para seu pai) e H, pela ordem e segundo as regras para a sucessão
legítima (art. 2157.º do Cód. Civil). A porção de bens (legítima) destinada aos herdeiros
legitimários é a consagrada nos arts. 2158.º.
Todavia o autor da sucessão pode privar o herdeiro legitimário da legítima pela deserdação
nos casos taxativamente enumerados (art. 2166.º do Cód. Civil).
O cálculo da legítima opera-se nos termos do art. 2162.° e carece de uma interpretação
correctiva.
PH=R-d+D
PH= 22.000-25.000+9.000
PH= 0+9.000
PH=9.000
A quota dos herdeiros é de 2/3 da herança. Logo a quota indisponível é de 6.000 USD,
ficando o donatário (prima) com 3.000 USD. Houve uma liberalidade inoficiosa de 6.000 nos
termos dos arts. 2168.° e ss.
Ass.
CORRECÇÃO MODELO
Em Março de 2013, foi proposta uma acção de inabilitação por anomalia psíquica contra
Soca, tendo Juiz proferido sentença de interdição, definitivamente registada em Maio de
2015.
. Em Fevereiro de 2014, Soca comprou uma obra de arte por preço elevado e perfilhou
Chinelito.
Soca padece de anomalia psíquica, podendo essa causa, dar lugar a inabilitação ou a
interdição, sendo a gravidade da anomalia psíquica que ira determinar por qual das
incapacidades se ira optar.
O juiz proferiu sentença de interdição, por entender que a cegueira era grave e não se
justificava uma inabilitação porque esta apenas reduz mas não aniquila a capacidade de
discernimento da pessoa.
A interdição não é oficiosa e tem legitimidade para à solicitar as pessoas indicadas no art.
141.° n° 1 e 2.
Sendo uma incapacidade de exercício ela é suprível pela representação legal, podendo a
autoridade paternal ou o tutor impugnar os actos praticados pela soca.
Assim, a venda da casa de habitação a Beligerante é anulável nos termos do art 150.° que
remete para o art. 257.°
A compra de uma obra de arte por preço elevado e a perfilhação Chinelito, ocorreram durante
a pendencia da acção. Tendo sido decretada a interdição e o negócio causou prejuízos ao
45
interdito o contrato de compra e venda é anulável nos termos do art. 149.°. A perfilhação é
nula, na medida em que, os interditos por anomalia psíquica nos termos do art. 174.° do C.de
Família não podem perfilhar.
A compra de um automóvel por metade do seu valor é anulável por já ter havido sentença e
registo nos termos do art. 148.°.
O testamento no qual deixava a favor do seu médico toda a sua quota disponível é nulo, trata-
se de uma incapacidade de gozo art. 2 189.°.
Todavia, os actos sancionados com anulabilidade pode ser sanada pelo representante legal.
Grupo II
Impugnabilidade: acorre quando um acto não sendo em si viciado, pode ser resolvido por
terceiro, por ser contrário aos legítimos interesses deste.
Um facto posterior faz surgir um outro direito inconciliável com os direitos originados
naquele acto jurídico. Por exemplo: a impugnação pauliana (art. 610.°).
R: Ao lado da propriedade existem outros direitos reais, designados por direitos reais
limitados ou menores.
Nos direitos reais menores à uma nota análoga que é a de não conferirem a plenitude dos
poderes sobre a coisa. São direitos sobre coisas cuja propriedade pertence a outrem.
Pressupõem, assim, uma concorrência de direitos. São, portanto, “ jura in re alienes” (direitos
sobre coisa alheia) ou, pelo menos, sobre coisa não própria.
Os direitos reais menores podem ser: direitos reais menores de gozo, direitos reais menores de
garantia e direitos reais menores de aquisição.
R: Ambos constituem factos jurídicos voluntários. Porém, os negócios jurídicos são factos
voluntários cujo núcleo essencial é integrado por uma ou mais declarações de vontade a que o
ordenamento jurídico atribui efeitos jurídicos concordantes com essa vontade. Os efeitos se
produzem ex voluntate. Ex: contratos e negócios unilaterais. Contanto, os simples actos
jurídicos são factos voluntários que se produzem mesmo não tendo sido previstos ou queridos
pelos seus autores. Produzem efeitos ex legis Ex: a interpelação, art. 805.˚ n° 1 e ocupação de
coisas móveis.
Ónus jurídico é necessidade de praticar um acto para a realização de um interesse próprio. Ex:
registo.
47
A ineficácia stricto sensu verifica-se quando não se verifica uma circunstância extrínseca, que
conjuntamente com o negócio produz efeitos jurídicos. Ex: uma condição ou ratificação.
Grupo III
O objecto da relação jurídica consiste no quid ou bem (corpóreo ou incorpóreo) sobre o qual
recai a relação jurídica. É precisamente um bem sobre o qual incidem os poderes do titular
activo.
O art. 202.° equipara coisa à objecto da relação jurídica. Porém, tecnicamente nem tudo que é
objecto de relações jurídicas é coisa.
As pessoas; prestações; direitos subjectivos- direitos sobre direitos (o penhor de direitos art.
679); a própria pessoa (modos de ser físico ou morais), são objectos de relações jurídicas mas
não são coisas do ponto de vista jurídico.
Os docentes
_______________________________
_________________________
CORRECÇÃO MODELO
A, que além de sofrer de cegueira tem uma forte tendência para o consumo de bebidas
alcoólicas, é detentor de grande fortuna e, nos momentos de embriaguez costuma praticar
actos que diminuem gravemente o seu património.
Perante isto, B, seu cônjuge, propôs no tribunal em Abril de 2014 uma acção destinada a
retirar-lhe a capacidade para a prática de negócios jurídicos.
Em Julho de 2014, A deu ordem ao seu corrector, para adquirir em bolsa, 10 mil acções
da empresa X, acções essas que se encontravam no seu valor mais alto de sempre;
Estas duas incapacidades só se aplicam a maiores. Todavia, podem ser requeridas e decretadas
durante a menoridade, arts. 138 e 156.
B, enquanto cônjuge, tem legitimidade para requerer a interdição ou inabilitação nos termos
do art. 141 e 156.
. O acto praticado em Julho de 2014 (aquisição em bolsa de10 mil acções da empresa X,
acções essas que se encontravam no seu valor mais alto de sempre), decorreu durante a
tramitação da acção, sendo um acto oneroso que causou prejuízos e a sentença veio a ser
decretada, é anulável nos termos do art. 149;
Ilegitimidade ou incapacidade relativa de gozo por afectar o obejcto do negócio. Porém, sendo
a sentença de interdição o acto é nulo nos termos do art. 2188, incapacidade de gozo absoluta
por afectar a pessoa em si.
Portanto, a anulabilidade dos actos pode ser sanada nos termos do art. 288.
Grupo II
1. Distingue:
a) Invalidade jurídica de ineficácia stricto sensu e dê exemplos._______2 val.
R: Tanto a invalidade como a ineficácia stricto sensu são formas de ineficácia em sentido
amplo abordadas no âmbito dos valores negativos.
Exemplos: de invalidade são às hipóteses dos arts. 125.° Incapacidade por menoridade, 220.°
vício de forma, etc.
Exemplos: de ineficácia em sentido estrito são as hipóteses dos arts. 274.° não verificação da
condição, 268.° representação sem poderes.
R: No ónus jurídico o acto praticado pelo sujeito visa uma vantagem própria. Ex. a
contestação.
51
2. Comente
“As pessoas colectivas não tem capacidade de exercício de direitos, porque não dispõem
de um organismo físico-psíquico, cuja formação e manifestação de vontade depende das
pessoas físicas”.___3 val.
R: Esta afirmação não correcta. Alguma doutrina justifica a inaptidão para exercício de
direitos das pessoas colectivas com esta tese.
Na verdade, depende do vínculo entre a pessoa colectiva e as pessoas naturais que agem em
seu nome e interesse. Se o vínculo for de mera representação às pessoas colectivas não
dispõem de capacidade de exercício por força da autonomia das personalidades. Segundo os
dados do sistema normativo os actos danosos de responsabilidade civil extracontratual
cometidos pelos representantes legais ou voluntários (salvo o art. 500) não são imputáveis aos
representados.
Se o vínculo for de verdadeira organicidade podemos afirmar que têm capacidade de exercício
ou de agir as pessoas colectivas porque quando actua o órgão é como se estivesse a actuar a
pessoa colectiva. Ademais, os actos praticados pelos órgãos se projectam na esfera jurídica da
pessoa colectiva.
Não são direitos subjectivos os poderes funcionais. Nestes o exercício não é livre. São direitos
de exercício obrigatório, uma vez que também protege interesses de terceiros. Ex: autoridade
paternal. Mutatis mutandi o titular de direitos subjectivos é livre de os exercer porquanto
representar uma manifestação da autonomia privada.
R: Apesar de serem ambos factos voluntários, a diferença assenta nos efeitos que produzem.
Negócios Jurídicos são factos voluntários cujo efeitos jurídicos são concordantes com essa
vontade. Os efeitos se produzem ex voluntate. Ex: contratos e negócios unilaterais. Simples
actos jurídicos são factos voluntários cujos efeitos se produzem mesmo não tendo sido
previstos ou queridos pelos seus autores. Produzem efeitos ex legis Ex: a interpelação, art.
805.˚ n° 1.
Ass.
53
Att. Os critérios ora apresentados são de indicação genérica. O estudante é livre de indagar
sobre os conteúdos objecto de avaliação e rebater as respostas, todavia, deve ter como base
as aulas ministradas, bibliografia adoptada e legislação em vigor.
GRUPO I
1. No máximo de seis (6) alinhas, responda a cada uma das seguintes questões,
justificando as respostas:
2. Em que regime se aplica a regra “ Nemo plus iuris in alium transfere potest quam ipse
habet” ? Esta regra é absoluta?--------------------------------------2,5v
Nesta a extensão do direito adquirido depende não só do facto ou título aquisitivo, mas
também da amplitude. Assim, ninguém pode transferir mais direitos dos que possui.
. O instituto do registo;
Reais quoad effectum, são aqueles que produzem efeitos de natureza real, constituindo,
modificando, transmitindo ou extinguindo direitos reais. Ex: contrato promessa com
eficácia real, constituição ou extinção de uma servidão predial, etc.
Desesperado, angolano, maior e capaz, foi despejado de um prédio urbano que locara, por
falta de pagamento, no bairro Miséria. Sem ter para onde ir com a família, apossa-se
clandestinamente, de um imóvel que se encontrava vazio e fechado naquelas mediações e ali
passa a residir. O imóvel apresentava péssimo estado de conservação, Desesperado, assim,
decidiu fazer algumas reformas: enverniza a madeira do teto, que estava infestada por cupins;
faz reforços nas fundações e conserta as rachaduras das paredes; troca as portas que estavam
deterioradas, constrói um banheiro interno e constrói um muro na frente para dar segurança ao
carro que fica na garagem. O dominus chega e pede à Desesperado para desocupar o imóvel,
sob pena de buscar medidas judicias.
Os Docentes
_______________________________
_________________________
3ªP.PARCELAR / PÓS-LABORAL
TÓPICOS DA CORRECÇÃO
03 de Novembro de 2016
Att. Os critérios ora apresentados são de indicação genérica. O estudante é livre de indagar
sobre os conteúdos objecto de avaliação e rebater as respostas, todavia, deve ter como base
as aulas ministradas, bibliografia adoptada e legislação em vigor.
A é um grande proprietário rural, cujo prédio rústico esta arrendado por C. B seu vizinho,
dedica-se à cultura biológica da batata-doce e compra à A 400m² de terreno para juntar à sua
exploração de 200m² e expandir a cultura do dito tubérculo, ocupando os 600m².
Para fugir aos impostos, resolvem declarar na escritura pública, que optam por outorga, que
entre eles se celebrou um contrato de comodato.
C, que também é vizinho de A, descobre que este vendeu o terreno a B porque ouviu, durante
uma soneca debaixo de um sobreiro, revelar toda história.
GRUPO II
1. No máximo de quatro (4) alinhas, responda a cada uma das seguintes questões,
justificando as respostas:
Estas duas figuras vem reguladas do C.C. nos arts. 240 e 244 . As semelhanças entre a
simulação é a reserva mental são: ambas constituem divergências intencionais e visam
enganar enganatórias.
O DOCENTE:
Att. Os critérios ora apresentados são de indicação genérica. O estudante é livre de indagar
sobre os conteúdos objecto de avaliação e rebater as respostas, todavia, deve ter como base
as aulas ministradas, bibliografia adoptada e legislação em vigor.
GRUPO I
1.No máximo de seis (6) alinhas, responda a cada uma das seguintes questões, justificando as
respostas:
2.Em que regime se aplica a regra “ Nemo plus iuris in alium transfere potest quam ipse
habet” ? Esta regra é absoluta?--------------------------------------2,5v
Nesta a extensão do direito adquirido depende não só do facto ou título aquisitivo, mas
também da amplitude. Assim, ninguém pode transferir mais direitos dos que possui.
. O instituto do registo;
O código civil sanciona a simulação absoluta com a nulidade (art. 240.° n° 2). Porém,
existem casos especiais do art. 2.200.° do C.C. e 65.° al. b) do C. Família.
Desesperado, angolano, maior e capaz, foi despejado de um prédio urbano que locara, por
falta de pagamento, no bairro Miséria. Sem ter para onde ir com a família, apossa-se
clandestinamente, de um imóvel que se encontrava vazio e fechado naquelas mediações e ali
passa a residir. O imóvel apresentava péssimo estado de conservação, Desesperado, assim,
decidiu fazer algumas reformas: enverniza a madeira do teto, que estava infestada por cupins;
faz reforços nas fundações e conserta as rachaduras das paredes; troca as portas que estavam
deterioradas, constrói um banheiro interno e constrói um muro na frente para dar segurança ao
carro que fica na garagem. O dominus chega e pede à Desesperado para desocupar o imóvel,
sob pena de buscar medidas judicias.
Os Docentes
_______________________________
_________________________
Att. Os critérios ora apresentados são traçados genéricos. O estudante é livre de indagar
sobre os conteúdos objecto de avaliação e rebater as respostas, todavia, deve ter como base
as aulas ministradas, bibliografia adoptada e legislação em vigor.
GRUPO I
64
1. No máximo de seis (4) alinhas, responda a cada uma das seguintes questões,
justificando as respostas:
a) É ponto assente de que as causas de inabilitação não só reduzem mas também
aniquilavam a capacidade de discernimento da pessoa: esta afirmação é verdadeira ou
falsa?--------------------------------------------------2v
b) A fundação de facto é aquela em que um indivíduo pretende criar ou manter uma obra
de utilidade pública, financiando-a com parte do seu património, por esse facto não
têm personalidade colectiva: esta afirmação é verdadeira ou falsa?------------------------
---------------------------------------------------------2 v
Estas duas figuras vem reguladas do C.C. nos arts. 240 e 244 . As semelhanças entre a
simulação é a reserva mental são: ambas constituem divergências intencionais e visam
enganar enganatórias.
A, que além de sofrer de cegueira tem uma forte tendência para o consumo de bebidas
alcoólicas, é detentor de grande fortuna e, nos momentos de embriaguez costuma praticar
actos que diminuem gravemente o seu património.
Perante isto, B, seu cônjuge, propôs no tribunal em Abril de 2014 uma acção destinada a
retirar-lhe a capacidade para a prática de negócios jurídicos.
Em Julho de 2014, A deu ordem ao seu corrector, para adquirir em bolsa, 10 mil acções
da empresa X, acções essas que se encontravam no seu valor mais alto de sempre;
. O acto praticado em Julho de 2014 (aquisição em bolsa de10 mil acções da empresa X,
acções essas que se encontravam no seu valor mais alto de sempre), decorreu durante a
tramitação da acção, sendo um acto oneroso que causou prejuízos e a sentença veio a ser
decretada, é anulável nos termos do art. 149;
Portanto, a anulabilidade dos actos pode ser sanada nos termos do art. 288.
ASS.
68
Att. Os critérios ora apresentados são traçados genéricos. O estudante é livre de indagar
sobre os conteúdos objecto de avaliação e rebater as respostas, todavia, deve ter como base
as aulas ministradas, bibliografia adoptada e legislação em vigor.
Desesperado, angolano, maior e capaz, foi despejado de um prédio urbano que locara, por
falta de pagamento, no bairro Miséria. Sem ter para onde ir com a família, apossa-se
clandestinamente, de um imóvel que se encontrava vazio e fechado naquelas mediações e ali
69
1. No máximo de seis (4) alinhas, responda a cada uma das seguintes questões,
justificando as respostas:
a) Um indivíduo que sofre de anomalia psíquica não pode contrair matrimónio,
todavia, pode ser suprida essa incapacidade ou pela autoridade paternal ou pela
assistência: esta afirmação é verdadeira ou falsa?-----------------------------------------
--------------------------------------2v
R: Esta afirmação é falsa. O Código Civil define coisas fungíveis no art. 207.°. A
doutrina considera fungíveis as coisas corpóreas que intervêm nas relações jurídicas não
em espécie, mas in genere. Determina-se por contagem, pesagem e medição.
. Negócio aleatório;
------------------------------------------------------------------------------------------3v
ASS.
71