Memorial de Formação - Eliziária

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA - DocentEPT

MARIA ELIZIARIA TEIXEIRA DA SILVA

MEMORIAL DE JORNADA: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES NA


ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA PARA O EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA

POLO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTES/RN


2023
MARIA ELIZIARIA TEIXEIRA DA SILVA

MEMORIAL DE JORNADA: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES NA


ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA PARA O EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA

Trabalho Final de Curso - Memorial de Formação -


apresentado ao Curso de Especialização em
Docência para a Educação Profissional e
Tecnológica - DocentEPT, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Norte, Campus Natal Zona Leste, como requisito
parcial para a obtenção do título de Especialista.

Orientador: Prof. Dr.. Márcio Adriano de Azevedo


– IFRN.

POLO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTES/RN


2023
Dedico este trabalho ao Eterno Deus porque Dele,
por Ele e para Ele são todas as coisas.
AGRADECIMENTOS

À minha família, principalmente aos meus pais, Eliezer Leocádio e Lúcia Teixeira, por
todo esforço e dedicação para me oferecer condições de estudar. Agradeço a amizade, o
companheirismo e a motivação de Dario Silva Simplício. A todos os professores, pela
dedicação, pelo comprometimento real com o ensino e por todo o conhecimento transmitido
ao longo desta jornada, que será levado para a vida toda, especialmente ao meu orientador
Marcio Adriano de Azevedo, pelo suporte, correções e incentivos. Ao Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus São Gonçalo do
Amarantes, pela oportunidade de realizar esse curso.
“Quero trazer à memória aquilo que me pode
trazer esperança”.

(Jeremias)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 6
2 NARRATIVA 7
AUTOBIOGRÁFICA.....................................................................
3 REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E 8
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA
EPT..............................................................................
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 12
REFERÊNCIAS................................................................................................. 13
APÊNDICE A – (METODOLOGIAS ATIVAS NA TURMA DO 2º 14
ANO).................................................
ANEXO A – (TÍTULO DO ANEXO).............................................................. 15
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INTRODUÇÃO

Do ponto de vista etimológico, o memorial (séc. XIV), do latim tardio memoriale,


designa “aquilo que faz lembrar”. Nos escritos da bíblia o autor do livro das lamentaçoes diz:
Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lm.3.21). Nesse sentido o presente
memorial de formação será construído com foco nas experiências do que foi aprendido
durante o curso de Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica e
nas expectativas do que será vivenciado no trabalho docente.
O memorial formativo se constitui como um instrumento de comunição do
conhecimento de técnicas e métodos, assim como de interpretação dessas experiêncas de
forma reflexiva, estabelecendo um paralelo entre o conhecer, o ser e o fazer. Lembrando que
o memorial é firmado em dois eixos: a avaliação e a formação. No momento de escrita, no
qual as memórias são registradas, há um resgate dos conhecimentos adquiridos, e também
daqueles que não foram explorados, sendo esse o seu aspecto diagnóstico. A partir das
reflexões desenvolvidas durante a escrita novos conhecimentos vão sendo aprendidos,
evidenciando assim seu caráter formador. Sendo um importante recurso de análise tanto da
formação, quanto do formando.
E, como estamos tratando de lembrar, é necessário ressaltar que uns dos princípios da
Educação Profissional é o reconhecimento do trabalho como meio de produçao e
transformação da existência humana. Sendo assim, algo que pode nos trazer esperança é a
Educaçao. Durante os estudos das disciplinas da EPT foi possível observar as especificidades
existentes nessa esfera educacional. É bem verdade que há uma valorização mais acentuada
da Educação Superior, eu por exemplo, desconhecia o Ensino Profissional, então certamente o
contato e agora o registro de convívio tem grande valia não só profissionalmente como
pessoalmente.
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NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA

Eu sou nascida na cidade de Santana do Matos, interior do Rio Grande do Norte,


atualmente graduada em pedagogia e atuo na Educaçao Básica no Ensino Fundamental –
Anos Iniciais. Desde cedo tive contato com a sala de aula, pois, na minha casa funcionava
uma escola rural e multiseriada. Minha mãe era a professora e enquanto ela ensinava eu
estava em cima das mesas onde os alunos realizavam as atividades. Aprendi a ler e a escrever
com facilidade, sempre fui uma boa aluna durante toda vida escolar.
Aos 15 anos de idade minha mãe, que agora trabalhava na creche da cidade, passou a
me obrigar a substitui-la quando era necessário ela faltar. Até entao, não havia nenhum desejo
pela licenciatura. Terminei o Ensino Médio na Escola Estadual Aristofanes Fernandes e no
primeiro ano de vestibular optei pelo curso de ciências sociais na UFRN. Não fui aprovada,
mas, posteiormente foi aceita no curso de adiministração, ambos os cursos ofertados em Natal
(a capital do RN) e como não tinha condições financeiras para morar em Natal, resolvi prestar
vestibular para a UERN (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) no campus Assu,
cidade mais próxima de Santana do Matos – RN. O curso escolhido foi pedagogia. Nessa
oportunidade foi aprovada e passei a estudar no turno noturno durante 4 anos. Durante o
curso, começei a lencionar a disciplina de língua portuguesa na Rede Municipal e depois da
concluão do curso em pedagogia, passei a atuar em escolas privadas nos anos iniciais. Até que
em 2011 prestei concurso para o Estado e fui aprovada. Em 2012 passei a ensinar na rede
Estadual na Escola Esatadual Meira e Sá onde estou até hoje.
Como se pode perceber, até então não tive nenhum contato com a Educação
Profissional, na verdade nem sabia que ela existia. E depois de muitas especializações não
concluídas, tive contado com a oferta de vagas na especialização em Docência para a
Educação Profissional e Tecnológica. Uma colega professora me indicou esse curso, e eu logo
fiquei interessada. Primeiro, por ser no IFRN, uma instituição reconhecida pelo sua
excelência. Segundo, em virtude desse curso ter relação com tecnologia que é uma área que
gosto muito e, por fim, pelo fato de ser uma área totalmente diferente da minha atuação.
Parece contraditório, mas na verdade é desafiante. Olhar além do horizonte. E foi nessa
perspectiva que me inscrevi e depois da seleçao, passei a cursar. Inicialmente foi bem
complicado justamente por estar distante da minha área de atuação. Vale ressaltar que a
dinâmica das atividades e o apoio dos profissionais envolvidos – tanto professores como
tutures – foi de suma importância para que eu chegasse até aqui.
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Durante o percurso dos estudos alguns pontos têm me chamado atenção: primeiro, a
obra do trabalho como mediadora da aprendizagem (BARATO, 2004). Isso fala do fazer para
aprender, ou aprender fazendo. O que me trouxe uma nova perspectiva, me fazendo refletir
sobre minhas vivências em sala de aula. Mesmo trabalhando com crianças, minha prática
didática é muitas vezes de cunho expositivo e subjetivo. Outro ponto interessante é que na
Educação profissional a formação não é apenas uma transmissão de conteúdos, mas é uma
inserção de atores em comunidades de prática (WENGER, 1998). É o saber, fazer e
compartilhar, tendo assim a obra do trabalho e das práticas sociais como referência para a
formação.

REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA NO CURSO E EXPERIÊNCIA


PROFISSIONAL NA EPT

O ingresso ao Curso de Especialização em Docência para a Educação Profissional e


Tecnológica - DocentEPT se deu em virtude da indicação de uma colega professora que já
percebia a importância desse curso, já que na minha cidade (Santana do Matos-RN) está
sendo construido um polo do Instituto Educacional do Rio Grande do Norte (IERN) . Além da
curiosodade pelos novos conhecimentos, as possbilidades emergentes da construção do IERN,
deram o impulso necessário para a inscrição e, posteriormente, o ingresso no atual curso de
especialização.
A minha experiência no curso se iniciou com o componente curricular Ambientação
em Educação a Distância, pelo qual foi possível compreender a estrutura organizacional do
ambiente virtual de aprendizagem (AVA), assim como conhecer a história da Educação a
Distância e entender que, a principal inovação das últimas décadas na área da educação foi a
criação, a implantação e o aperfeiçoamento de uma nova geração de sistemas de EAD
(NUNES, 2014). O que trouxe flexibilidade, liberdade e maiores oportunidades de aprender.
O cerne dessa disciplina foi a reflexão da importância do modelo de Educação a Distância
que começou com as cartas, depois o rádio e a telivisão e com advento da internet foi se
construindo o modelo que temos hoje, que tem se mostrado muito eficiente para a formação
continuada.
Depois de estudar numa pespectiva geral a EaD, fomos imersos na área da Educação
Profissional através da disciplina Epistemologia da Educação Profissional e Tecnológica. O
conteúdo foi dividido em três partes: conceitual, histórico e estrutural. Objetivando
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compreender o que é a Educação Profissional, de onde ela surgiu e como ela se organiza.
Dentre as discussões gostaria de destacar:
A didática profissional nasceu no âmago e no prolongamento da formação dos
adultos. Uma das formas que aparece naquele momento e que pode ser considerada
como a invenção mais característica da Formação profissional contínua (FPC) é a
engenharia de formação. É um campo de práticas que consiste em construir
dispositivos de formação correspondentes a necessidades identificadas para um dado
público no âmbito de seu ambiente de trabalho. (PASTRÉ "E COL." 2010, p.12)

Nessa fala é possivel observar que o modelo de EP (Educação Profissional) tem uma
necessidade específica para um público singular com um objetivo ímpar. Tudo isso consolida
a ideia da impossibildade de homogenização da educação, seja em qualquer esfera. E, quando
se trata de Educação Profissional, parece existir “[...] uma moldura que classifica os
conteúdos de ensino como ou práticos ou teóricos, valorizando os últimos e secundarizando”
(BARROSO; 1999, p. 9). Por isso, a importância de tratar a técnica como uma meneira de
saber particular e assim passivo de uma didática específica que alinhem fatos, conceitos,
princípios e processos.
Assim, com base no conhecimento do público a que se destina a Educação
Profissional, partimos para a disciplina Educação de Jovens e Adultos e Teorias de
Aprendizagem para a Educação Profissional e Tecnológica. Esse componente curricular
objetivava proporcionar conhecimentos acerca das teorias de aprendizagem. Possibilitar uma
visão crítica sobre as concepções de educação, de ensino, de aprendizagem e de relação
professor-aluno atinentes a cada uma delas. Capacitar o docente a atuar com Educação de
Jovens e Adultos na Educação Profissional a partir de perspectivas contemporâneas de
educação. Essas primeiras disciplinas foram bem marcantes porque foi o meu primeiro
contato com Educação Profissional, descobrindo inclusive a existencia do Catálogo Nacional
de Cursos Técnicos (CNTC) até então desconhecido para mim. Também foi uma
oportunidade de através de uma atividade integrada com a disciplina de Etimologia,
entrevistar um técnico o qual foi um profissional de enfermagem. A conversa foi realizada
através do google meet e teve por objetivo observar os saberes e fazeres do profissional
técnico, assim com as dimensões, estrututa e situaçoes de trabalho.
Uma coisa que quero
destacar é que nesse momento do curso eu estava quase desistindo, perdi prazos por causa das
algumas demandas pessoais e já tinha entregado os pontos. Mas fui procurada por tutures do
curso que me incentivaram muito, me deram total apoio. Só assim consegui fazer as tarefas,
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recuperar as notas e consegui continuar.


Após essa parte introdutória, iniciamos os estudos do componente curricular
Tecnologias Educacionais para a Educação Profissional e Tecnológica em que é tratado o
desenvolvimento de competências do docente da EP assim como conhecer, experimentar e
produzir recursos educacionais com ferramentas de autoria para uso no ensino presencial,
EAD ou híbrido. O estudo dessa disciplina foi muito importante para desconstruir a impressão
negativa a respeito do ensino híbrido, já que eu sempre o atrelava à pandemia e ao ensino
remoto que foram particularmente experiências desagradáveis. Diferentemente desse
pensamento, podemos afirmar que:

Falar em educação híbrida significa partir do pressuposto de que não há uma única
forma de aprender e, por consequência, não há uma única forma de ensinar. Existem
diferentes maneiras de aprender e ensinar. O trabalho colaborativo pode estar aliado
ao uso das tecnologias digitais e propiciar momentos de aprendizagem e troca que
ultrapassam as barreiras da sala de aula. Aprender com os pares torna-se ainda mais
significativo quando há um objetivo comum a ser alcançado pelo grupo. (BACICH,
(2015, p.45)

Nesse sentido, foi possível compreender que o ensino híbrido já é uma realidade, pois,
a educação é desenvolvida a partir de uma mistura de espaços, métodos, pessoas e tempos. E
já que estamos rodeados e permeados pelas as tecnologias digitais, nada mais necessário que
as introduzir ao cenário educacional com intuito de promover vínculos e consequentemente
fortalecer a aprendizagem numa visão de educação integradora. Logo, dentro dessa
perspectiva estão também as metodologias ativas que têm o objetivo de incentivar os
estudantes a desenvolverem a capacidade de absorção de conteúdos de maneira
criativa, autônoma e participativa (LYCEUM, 2017). Assim, essa reflexão teve um
considerável impacto na minha atuação profissional, mesmo trabalhando no Ensino
Fundamental com alunos de 2° ano (Anos Iniciais). Passei a ter uma postura diferente na
organização das aulas, dando mais espaço a atividades em grupo seguindo o modelo de
aprendizagem em pares ou times, também o método de resolução de problemas, assim como a
inserção de projetos de pesquisa aliados ao uso de recursos tecnológicos como o notebook,
datashow e jogos on-line. (Apêndice A). Claro que o uso desses materiais é bem restrito, em
virtude de não haver recursos suficientes na escola em que atuo.

Dentro das atividades propostas durante o curso, a construção do diário didático-


tecnológico foi um momento muito enriquecedor, primeiramente por trazer o gênero textual
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diário. Esse gênero que é geralmente uma forma de escrita informal foi trazido nas disciplinas
de Tecnologias Educacionais para a Educação Profissional e Tecnológica e Didática
Profissional e Tecnológica como um recurso de registro orientado através de rotas
contribuindo assim para organização e fixação do conhecimento.

Na disciplina Projeto Pedagógico na Educação Profissional e Tecnológica que tem


como objetivo capacitar professores para a concepção de cursos técnicos, presenciais ou a
distância, como também para construção de projetos pedagógicos de certificação de saberes
profissionais e de cursos PROEJA com foco nas discussões do currículo no âmbito da EPT, os
estudos tiveram como base o conceito de PP que o Projeto Pedagógico de Curso é,
materialmente falando, um documento escrito. Nele, constam os objetivos de um curso, sua
estrutura, seus conteúdos, seu funcionameno. Também nele está desenhado o currículo para os
educadores, mas, acima de tudo, para o estudante.

Nesse sentido, podemos pensar que o PP é um documento da instituição mas não só


para a instituição. Ou seja, ele é aberto e precisa ser conhecido por outras pessoas. E foi
justamente isso que aconteceu durante a disciplina na qual foi possível conhecer e analisar os
documentos norteadores das instituições de Educação Profissional e seus cursos técnicos.
Essa reflexão teve um olhar contemplativo às adequações necessárias para o atendimento das
diferenças e das especificidades da educação profissional com objetivo de incluir alunos com
deficiência. Fomos então desafiados, através das leituras e atividades, a não só ver problemas,
mas fomentar soluções. Nessa perpectiva, quero destacar o próprio Ambiente Virtual em que
está inserido o curso de especialização. É um espaço acessível, que apresenta a preocupação
de alcançar a maioria. O livro áudio, por exemplo é um recurso muito interessante, claro que
por dar a possibilidade de um aluno com deficiência visual conhecer o conteúdo, mas também
é um meio que ajuda a todos em geral. Particularmente usei esse recurso muitas vezes para ter
uma maior compreensão e aproveitamento de tempo, já que podia ouvir o conteúdo enquanto
realizava outras atividades.
A disciplina de Libras trouxe reflexões importantes para desmistificação de algumas
ideias acerca dos surdos. Primeiro, a surdez não está atrelada à falta de inteligência. Ela
apenas conduz o indivíduo a uma forma diferente de se comunicar. Nesse sentido, erramos
muito porque queremos impor aos surdos a linguagem oralizada que é majoritária nas relações
sociais. Mas segundo, Gesser (2009), a oralização seria uma ação que negaria a língua dos
surdos. Sendo assim, é necessária uma visão que confira à Língua de Sinais o reconhecimento
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das suas especificidades e também sua complexidade sendo imprescindível a formação de


indivíduos nessa área para que os surdos sejam inseridos e estimulados no ambiente
educativo.

Além disso, nessa reta final do curso, é impossivel não destacar a disciplina de
Pesquisa e Extensão Tecnológicas por trazer uma abrangência de visão, no sentido de
entender a indissociabilidade entre o descobrir e o compartilhar. Durante a proposta de
organização de um evento de extenção foi possível perceber como não podemos “prender” o
aprender já que existem tantas demandas nas comunidades e que compartilhar daquilo que
aprendemos pode ser muito libertador. Porém, mesmo havendo um esforço para que a
educação superior permita que os graduados sejam não somente capazes de atuar em seus respectivos
campos profissionais, mas também que tenham um olhar voltado para os aspectos sociais, gerando
uma ação transformadora da realidade social em que estejam inseridos, essa educação ainda precisa
melhorar. Cabe ressaltar o que diz (Moita; Andrade, 2009 p. 270): “apesar de ideal, a
pretendida indissociabilidade muitas vezes não se verifica na prática”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O memorial de formação é um gênero textual que propicia o registro de saberes


vivenviados numa perspectiva reflexiva pela qual consolidamos conhecimentos já adiquiridos
ao longo da nossa formação e, ao mesmo tempo, enxergamos novas perspectivas. E é nesse
sentido que os estudos realizados durante o curso de Especialização em Docência para a
Educação Profissional e Tecnológica marcam minha caminhada educacional, no que se refere
a um olhar diferenciado para a sociedade e suas demandas, compreendendo que o trabalho é
uma atividade basilar para subsistência e para as relações sociais, por isso um curso que
baseia seu currículo nessa compreensão, é necessário e relevante. Essa relação com o aprender
fazendo é, sem dúvida, um divisor de águas na minha experiência profissional.
Essa formação também me permitiu ter uma concepçao mais arraigada do uso da
tecnologia como recurso didático, já que sua presença é cada vez mais abragente e assim mais
significativa. Além disso, algo que precisa ser destacado é a preocupação do curso em
apresentar os conhecimentos e estudos numa perpectiva inclusiva, voltando o olhar para as
especificidades e necessidades do outro.
Diante dessas reflexões, percebo que os conhecimentos construídos no decorrer da
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Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica enriqueceu minha


formação profissional como professora da Educação Básica, mesmo sendo áreas tão distintas.
Mesmo assim proporcionou conhecimentos e ferramentas que foram essenciais na minha
formação profissional e que me despertaram para novas possibilidades de ensino com a
utilização das tecnologias.

REFERÊNCIAS

BARATO, Jarbas Novelino. Em busca de uma didática para o saber técnico. Boletim
Técnico do Senac, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 47-55, maio/ago. 1999

NUNES, Ivonio Barros. A história da EaD no mundo. In: LITTO, Fredric; FORMIGA,
Manuel Marcos Maciel (orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009.

ALLAIN, Olivier; GRUBER, Crislaine; WOLLINGER, Paulo. Didática Profissional:


princípios e referências para a Educação Profissional. Florianópolis: Publicações do IFSC,
2019.

BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI, F. Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia


na Educação. São Paulo: Penso Editora, 2015.

LYCEUM (Org.). Entenda a Importância e o Papel das Metodologias Ativas de


Aprendizagem. 2017. Disponível em: https://blog.lyceum.com.br/metodologias-ativas-de-
aprendizagem/. Acesso em: 1 set. 2023.

GESSER, AUDREI. Libras? Que língua é essa?: Crenças e Preconceitos em Torno da


Língua de Sinais e da Realidade Surda. São Paulo: Parábola, 2009.

MOITA, Filomena M. Gonçalves da Silva Cordeiro; ANDRADE, Ensino-pesquisa-


extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de
Educação v. 14 n. 41. 2009
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APÊNDICE A – METODOLOGIAS ATIVAS NA TURMA DO 2º ANO

Foto 2: Levantamento de hipóteses


Foto 1: Tempestade de ideias

Fonte: Arquivo pessoal

Foto 3: Apresentação de seminário de


Fonte: Arquivo pessoal Ciências

Foto 3: jogos on-line.

Fonte: Arquivo pessoal


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ANEXO A – NORMAS ABNT

Quadro 01 - Normas usadas na elaboração de um trabalho científico

AUTOR TÍTULO DATA


ABNT NBR 6023: elaboração de referências 2018
ABNT NBR 6024: numeração progressiva das 2012
seções de um documento
ABNT NBR 10520: informações e documentação: 2002
citação em documento
ABNT NBR 6027: Informação e documentação — 2012
Sumário — Apresentação

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2003

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