3° Módulo o Dentista e A Arte de Escutar

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3º MÓDULO – O DENTISTA E A ARTE DE ESCUTAR

Saber escutar é uma habilidade interpessoal que favorece bastante o


atendimento odontológico. Infelizmente, existem alguns profissionais que não dão o
peso necessário para a opinião e os relatos dos seus pacientes, o que é um erro: saber
o que está acontecendo com a pessoa que está sendo tratada é muito valioso para a
sua cura.

Foto: reprodução

As pessoas que não estão treinadas para saber escutar podem mudar isso.
Primeiro, elas devem se conscientizar do porquê ouvir os pacientes é necessário e de
como isso ajuda no tratamento. Em seguida, é preciso fazer certos exercícios para que
essa habilidade interpessoal seja melhorada.

A Importância de Saber escutar o Paciente

Além do exame visual da boca, o dentista precisa saber o que o paciente sente
para fazer um diagnóstico preciso: quando ele sente determinada dor? Qual é o nível?
Há sangramento? Há quanto tempo? Todas essas respostas, associadas àquilo que o
dentista identificar visualmente, permitirão um diagnóstico eficiente e um bom
tratamento.

Contudo, como o dentista conseguirá isso se ele não escutar o paciente? Alguns
limitam bastante o que o paciente fala: demonstram de forma clara que não querem
um diálogo, oferecendo respostas curtas e secas. É exatamente a postura contrária

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que deve ser tomada: deixar o paciente explicar da maneira dele o que sente e apenas
direcioná-lo usando perguntas; é o ideal, inclusive para que ele se acalme.

Eventualmente, quem está fazendo o tratamento não sabe que determinada


informação que der ajuda no diagnóstico. Por isso, quanto mais essa pessoa falar ao
dentista o que sente, em detalhes, mais fácil este saberá a extensão do dano.

Escutar mais e Falar Menos

É claro que ter um diálogo com os pacientes é essencial para que se crie
confiança e um bom ambiente. Entretanto, o dentista tem sempre de escutar mais e
falar menos, existindo dois motivos para essa postura. O primeiro é saber o máximo
possível sobre os sintomas que o paciente tem: quanto mais este fala, mais
informações se pode “pescar”.

Foto: reprodução

Além disso, falar demais pode fazer o dentista se desconcentrar e cometer


erros no tratamento. O ideal é fazer comentários entre a troca de equipamentos ou
qualquer pausa necessária, mas evitar se distrair enquanto está manipulando o dente
do paciente.

Considerar sempre a opinião de quem está tratamento também se encaixa em


“escutar mais e falar menos”. Um dentista que está fazendo uma restauração, por
exemplo, precisa perguntar ao paciente se a superfície dentária está alta demais, pois
isso atrapalhará a mastigação. Se ele disser por cinco vezes que está alto, a obrigação

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do dentista é perguntar pela sexta vez, se for necessário, até que a superfície esteja
satisfatória para o paciente.

Por mais que o dentista seja um profissional competente e experiente, ele não
pode achar que apenas o seu parecer é o certo. Perguntar ao paciente se determinada
coisa está boa e acreditar na avaliação deste é primordial.

Como fazer as perguntas certas ao paciente

Um dos papeis de qualquer dentista é fazer perguntas ao paciente: isso está


relacionado a saber escutar e a escutar mais e falar menos. Porém, existem perguntas
específicas que o dentista deve fazer de maneira direta a quem atende, como:

– Quais dentes especificamente doem?

– Em que momentos eles doem? Na mastigação, na escovação ou


aleatoriamente?

– Quantas vezes por dia você escova os dentes?

– Você usa sempre o fio dental?

– Há sangramento na gengiva?

– Você sente seu dente amolecido?

Essas perguntas são básicas para identificar se existe um problema de canal,


por exemplo, ou se há uma doença na gengiva, uma cárie, etc. No caso de o paciente
precisar fazer extrações ou cirurgias maiores, deve-se perguntar se ele é cardíaco e
solicitar um eletrocardiograma: esses tratamentos causam bastante estresse e o
dentista deve conhecer perfeitamente a condição do indivíduo.

É importante que o dentista faça as perguntas acima (ou quaisquer outras) de


maneira clara e que peça mais esclarecimentos se não entender a resposta. Ele
também não deve transparecer julgamentos pela pessoa escovar menos os dentes do
que deveria: no momento da pergunta, o que importa é o diagnóstico. Depois, ele
deve orientar a frequência certa da escovação e de outros cuidados.

Fonte: Consultor de Dentista. O Dentista e a Habilidade de Escutar. Londrina [2020?]. Disponível em:
<https://consultordedentistas.com.br/2018/11/23/o-dentista-e-a-habilidade-de-escutar/>. Acesso em
27 Maio 2021.

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COMUNICANDO-SE COM O SEU PACIENTE

Comunique-se com o paciente durante a consulta

Este é o maior e mais importante contato entre você e seu paciente!

No momento do atendimento, primeiramente, saiba escutar. Deixe a pessoa


falar, explicar o que está sentindo, e demonstre o seu interesse por isso. Afinal, nada é
mais chato do que ter um problema e o profissional de saúde não dar a devida
atenção.

Ao escutar, não faça comentários que irão deixar a pessoa desconfortável,


envergonhada ou inibida para falar. Isso só irá atrapalhar o relacionamento e até
mesmo o diagnóstico completo e eficiente.

Evite falas técnicas

Na hora de explicar a situação ou futuros procedimentos, evite ser técnico


demais. Sem dúvidas, um dos problemas na comunicação com o paciente acontece
aqui.

Sabemos que dentistas estudam muito, aprofundam-se e por um longo tempo


de suas vidas as conversas são extremamente técnicas. Porém, lembre-se: seu
paciente não é um profissional da odontologia! Seja lúdico, utilize palavras simples e
de conhecimento geral.

Quando a pessoa não entende o que está acontecendo, ela tende a ficar
frustrada e, ao invés de indicar o seu contato, irá acontecer o contrário. Além disso,
você pode assustar o seu paciente e deixá-lo totalmente descontextualizado sobre o
caso.

Ao explicar para o seu paciente qual a situação, escolha ser o mais simples,
claro e exato possível.

Atente-se aos sinais não-verbais

Já ouviu aquela frase “o corpo fala?”. Então, é real! Às vezes, o paciente é mais
tímido, ou não sabe como se explicar e acaba não exteriorizando direito o que está
acontecendo.

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Entretanto, na hora de iniciar o procedimento, você verá que ele pode
expressar dor, emitir sons e até mesmo chorar, o que poderá mostrar qual o grau do
problema.

Atente-se a esses detalhes e não seja intolerante quanto a isso. Não


desrespeite a dor do seu paciente e nem ignore o que ele pode estar sentindo naquele
momento.

Sabemos que tratamentos odontológicos são doloridos, portanto, o seu cliente


deve receber um atendimento gentil. Caso contrário, isso pode causar sentimentos
negativos na pessoa, inclusive raiva.

Continue a comunicação no pós-consulta

Os dias após a consulta também necessitam de uma boa comunicação com o


paciente, especialmente se ele acabou de passar por uma cirurgia ou algum outro
procedimento que pede por mais atenção ou medicamentos.

Não deixe a pessoa desamparada, com dúvidas e sem acompanhamento, pois


isso pode atrapalhar o tratamento!

Conte com o apoio de seus colaboradores para realizar ligações, mandar


mensagens via WhatsApp e manter esse contato da forma mais gentil e humanizada
possível. Tenha o cuidado de sempre preparar mensagens para retorno de pacientes
odontológicos.

Fonte: SURYA Dental. Como dominar a comunicação com o paciente na odontologia. [S.I.] 2020.
Disponível em: <https://blog.suryadental.com.br/comunicacao-com-o-paciente/>. Acesso em 27 Maio
2021.

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