Paper Estagio
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RESUMO
A inserção de componentes tecnológicos como recurso didático nas aulas de Língua Inglesa há
muito deixou de ser uma opção que o professor poderia abrir mão, a fim de incrementar a sua aula,
e passou a ser considerada um item de extrema necessidade, face à realidade de sala de aula do
século XXI, demandando cada vez mais um olhar contemporâneo e inovador no processor de
ensino e aprendizagem de Língua Inglesa. O objetivo desse trabalho é propor atividades integradas
de fala, escuta, escrita e leitura usando vídeos. Teremos como referenciais principais: Almeida Filho
(2002); Leffa (2006); Paiva (2017) e Soares (1998; 2003), bem como faremos uso da literatura
especializada dos PCN (2000) e OCEM (2006), no que diz respeito ao uso das Novas Tecnologias
nas aulas de Língua Estrangeira. Nesse sentido, trata-se de uma pesquisa exploratória com análises
e propostas de trabalho em sala de aula ao final. A intenção, concluído o artigo, contribuir com
ideias criativas e inovadoras para que o profissional docente de língua inglesa possa dinamizar e
ampliar o leque de abordagens de conteúdos linguísticos dentro de sala de aula, considerando
realidades e interesses dos aprendizes, tornando assim o ensino e aprendizagem do idioma não só
mais motivador, como também mais eficiente.
1. INTRODUÇÃO
As sociedades têm passado por vários períodos evolutivos ao longo do percurso histórico da
humanidade, e acompanhando essas mudanças, a linguagem, ferramenta primaria nas mediações
comunicativas entre os indivíduos inseridos dentro de uma comunidade de fala, também se adapta,
recria-se e encontra novas formas de exteriorização em contextos enunciativos. Nesse sentido, os
meios de circulação de informações que até não muito tempo atrás se limitavam a suportes textuais
como jornais, revistas, rádio e televisão; com o advento da internet e das mídias eletrônicas
ampliaram em muito as possiblidades de acesso às informações, tanto em nível local como mundial.
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As fronteiras que antes separavam os povos, geográfica e culturalmente, agora parecem nem existir,
dada a facilidade que temos de instantaneamente nos comunicarmos com qualquer indivíduo, em
qualquer parte do planeta.
Recursos digitais, cada vez mais presentes e acessíveis, fazem parte de nossa atuação nos
mais variados contextos no mundo moderno. Dentre eles, pode-se mencionar páginas de
navegadores da Internet, jogos digitais, comunidades virtuais, programas de tele colaboração,
programas de videoconferência, recursos da Web 2.0 (blogs, wikis, tweeters), e também o vídeo.
Dentre esses recursos, pode-se mencionar o vídeo digital. Estamos, todos, habituados às suas
características, com recursos de imagens e som, que possibilita, aos espectadores, criar um contexto
(por exemplo, lugares, processos, interlocutores, linguagem corporal), como também a seu uso
receptivo e produtivo, para diversos fins, especialmente para o entretenimento e para a busca ou
postagem de informações (como tutoriais), o que fica bastante evidente com a introdução do site
YouTube, em meados dos anos 2000, e com a importância que ganhou desde sua introdução.
Esse envolvimento com vídeo evidencia uma grande motivação, quer aconteça quando
assistimos a programas na TV, ou mesmo quando fazemos uso dos aplicativos de vídeos para
celulares. Além disso, vídeo é sensorial, visual e, por isso, pode atingir vários sentidos, seduzindo,
informando, entretendo, combinando comunicação sensorial-cenestésica com o audiovisual, e
envolvendo a emoção e a razão (MORAN, 1995).
Embora todo vídeo possa ser usado para fins educativos, vídeo educativo se refere àquele
produzido como material didático originalmente. Bernardes (2015, p. 6) explica que o vídeo
didático é uma produção audiovisual que "visa motivar a aprendizagem, a partir de conteúdos
previamente selecionados e organizados com o objetivo de gerar habilidades e competências
conectadas às teorias pedagógicas que o docente defende em sua prática", tendo, com isso, "o claro
intuito de gerar situações de ensino e aprendizagem".
Mesmo elaborado com o objetivo didático, o vídeo didático pode ser considerado autêntico.
Neste sentido, Widdowson (1978, p. 89) nos auxilia a entender que material autêntico se refere
àquele que apresenta a informação em um discurso endereçado a uma audiência específica e, por
isso, é "exemplo genuíno de discurso, concebido para um propósito comunicativo, direcionado a
pessoas desempenhando seus papéis em um contexto social normal", neste caso, se referindo a um
relato simples endereçado a aprendizes de língua. Desta forma, o material autêntico deixa de ser
aquele "impossível ou difícil para aprendizes de língua compreenderem" (DAY; BAMFORD, 1998,
p. 55) e passa a ser entendido como aquele indicado para a prática docente, já que tem seu
planejamento para este fim.
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Deste modo, é dever do professor sempre estar atualizado em nossas maneiras de ensinar e
produzir aulas satisfatórias, por tanto, uma das maneiras é trazendo os vídeos para as aulas de
inglês. Anos atrás, jovens se divertiam lendo vários livros para passar seu tempo hoje, entretanto,
com a globalização e a tecnologia, os alunos conseguem passar horas em seus celulares e
computadores consumindo conteúdos audiovisuais. Desta forma, o uso de vídeos consegue
aproximar a prática educacional à realidade que o aluno se encontra. O professor quando dialoga
com as novas tecnologias que surgem, faz com que o ambiente em sala de aula seja mais dinâmico e
prazeroso, acompanhando as mudanças sociais recentes. Portanto, os vídeos devem ser vistos não
somente como um mero instrumento, mas sim em sua dimensão sociocultural, já que atualmente as
tecnologias fazem parte do cotidiano dos jovens, intervindo em suas personalidades e
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desenvolvimento próprio. Podemos dizer que vídeos em aulas de de língua inglesa possuem vários
benefícios, como a familiarização com o idioma, assistindo e ouvindo nativos da língua falando.
Outro benefício dos vídeos na aula é o entrosamento entre os alunos através de atividades em grupo
ou em dupla, assim, o educando ganha conhecimento e reflexões são feitas em conjunto. Figueiredo
(2007) diz que no momento de atividades conjuntas, o professor se torna o mediador e a construção
do conhecimento em conjunto dos alunos se transforma em algo de extrema importância. A
utilização dos vídeos consegue proporcionar esta interação facilitada entre os alunos. Santoro (1989,
p.18) cita que “os vídeos são um meio de comunicação incrível com modo de produção e exibição
próprias, com Conteúdo e público específicos a serem trabalhados”. Já Silva (2009, p. 9) diz que “o
vídeo é um recurso didático que pode ser manuseado com bastante facilidade para atingir os
objetivos específicos em aula, já que proporciona a visualização e a audição, toca todos os sentidos,
envolve os alunos”.
Para o aprendizado da língua inglesa como segunda língua, os alunos conseguem
desenvolver uma aprendizagem positiva no momento que as palavras, a informação verbal e as
imagens têm relação entre si, isto acontece pelo fato de que os alunos absorvem informações com
mais facilidade quando há continuidade espacial entre as palavras, textos e imagens, fazendo uma
ligação entre si. Em conclusão, podemos afirmar que vídeos são bem-vindos no ensino da língua
inglesa, tornando a aula bem mais atrativa e dinâmica
3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
assuntos, que foram trazidos de forma leve e dinâmica, onde puderam associar melhor a utilização
do conteúdo exposto, no dia a dia, na conversação e pronuncia.
Foi com esse intuito que decidi trazer a utilização de vídeos didáticos para o ensino da
língua inglesa, para entender melhor como os estudantes receberiam esse material multimídia que se
utiliza do audiovisual e após estudos e aplicações foi possível constatar a boa receptividade do
material aplicado, com reações e interações das mais diferentes possíveis, risadas, revoltas,
indagações, compreensão, comentários, feedbacks positivos e também a facilidade em solucionar os
exercícios propostos.
REFERÊNCIAS
GEE, J. P. Orality and literacy: from the savage mind to ways with words. TESOL Quarterly, v. 20,
n. 4, p. 720, 1986.
MOREIRA, Gileno Santos; MARQUES, Roseane Neves. A importância das aulas de campo como
estratégia de ensino - Aprendizagem. Brazilian Journal of Development.
V.7, n. 5, p.45137 – 45145, Curitiba-PR, 2021. Disponível em: <
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/29366/23168 > Acesso em: 19 de
maio de 2021.