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A UTILIZAÇÃO DE VÍDEOS DÍDATICOS PARA O

ENSINO DA LÍNGUA INGLESA


Autora Polyanna Camila Dal Bosco Santanna Tutor Externo Josélia Baldez
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Letras Inglês (FLC8289) – Estágio
22/06/2023

RESUMO
A inserção de componentes tecnológicos como recurso didático nas aulas de Língua Inglesa há
muito deixou de ser uma opção que o professor poderia abrir mão, a fim de incrementar a sua aula,
e passou a ser considerada um item de extrema necessidade, face à realidade de sala de aula do
século XXI, demandando cada vez mais um olhar contemporâneo e inovador no processor de
ensino e aprendizagem de Língua Inglesa. O objetivo desse trabalho é propor atividades integradas
de fala, escuta, escrita e leitura usando vídeos. Teremos como referenciais principais: Almeida Filho
(2002); Leffa (2006); Paiva (2017) e Soares (1998; 2003), bem como faremos uso da literatura
especializada dos PCN (2000) e OCEM (2006), no que diz respeito ao uso das Novas Tecnologias
nas aulas de Língua Estrangeira. Nesse sentido, trata-se de uma pesquisa exploratória com análises
e propostas de trabalho em sala de aula ao final. A intenção, concluído o artigo, contribuir com
ideias criativas e inovadoras para que o profissional docente de língua inglesa possa dinamizar e
ampliar o leque de abordagens de conteúdos linguísticos dentro de sala de aula, considerando
realidades e interesses dos aprendizes, tornando assim o ensino e aprendizagem do idioma não só
mais motivador, como também mais eficiente.

Palavras-chave: Língua Inglesa, Novas Tecnologias, Educação, Ensino

1. INTRODUÇÃO

As sociedades têm passado por vários períodos evolutivos ao longo do percurso histórico da
humanidade, e acompanhando essas mudanças, a linguagem, ferramenta primaria nas mediações
comunicativas entre os indivíduos inseridos dentro de uma comunidade de fala, também se adapta,
recria-se e encontra novas formas de exteriorização em contextos enunciativos. Nesse sentido, os
meios de circulação de informações que até não muito tempo atrás se limitavam a suportes textuais
como jornais, revistas, rádio e televisão; com o advento da internet e das mídias eletrônicas
ampliaram em muito as possiblidades de acesso às informações, tanto em nível local como mundial.
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As fronteiras que antes separavam os povos, geográfica e culturalmente, agora parecem nem existir,
dada a facilidade que temos de instantaneamente nos comunicarmos com qualquer indivíduo, em
qualquer parte do planeta.
Recursos digitais, cada vez mais presentes e acessíveis, fazem parte de nossa atuação nos
mais variados contextos no mundo moderno. Dentre eles, pode-se mencionar páginas de
navegadores da Internet, jogos digitais, comunidades virtuais, programas de tele colaboração,
programas de videoconferência, recursos da Web 2.0 (blogs, wikis, tweeters), e também o vídeo.
Dentre esses recursos, pode-se mencionar o vídeo digital. Estamos, todos, habituados às suas
características, com recursos de imagens e som, que possibilita, aos espectadores, criar um contexto
(por exemplo, lugares, processos, interlocutores, linguagem corporal), como também a seu uso
receptivo e produtivo, para diversos fins, especialmente para o entretenimento e para a busca ou
postagem de informações (como tutoriais), o que fica bastante evidente com a introdução do site
YouTube, em meados dos anos 2000, e com a importância que ganhou desde sua introdução.
Esse envolvimento com vídeo evidencia uma grande motivação, quer aconteça quando
assistimos a programas na TV, ou mesmo quando fazemos uso dos aplicativos de vídeos para
celulares. Além disso, vídeo é sensorial, visual e, por isso, pode atingir vários sentidos, seduzindo,
informando, entretendo, combinando comunicação sensorial-cenestésica com o audiovisual, e
envolvendo a emoção e a razão (MORAN, 1995).
Embora todo vídeo possa ser usado para fins educativos, vídeo educativo se refere àquele
produzido como material didático originalmente. Bernardes (2015, p. 6) explica que o vídeo
didático é uma produção audiovisual que "visa motivar a aprendizagem, a partir de conteúdos
previamente selecionados e organizados com o objetivo de gerar habilidades e competências
conectadas às teorias pedagógicas que o docente defende em sua prática", tendo, com isso, "o claro
intuito de gerar situações de ensino e aprendizagem".
Mesmo elaborado com o objetivo didático, o vídeo didático pode ser considerado autêntico.
Neste sentido, Widdowson (1978, p. 89) nos auxilia a entender que material autêntico se refere
àquele que apresenta a informação em um discurso endereçado a uma audiência específica e, por
isso, é "exemplo genuíno de discurso, concebido para um propósito comunicativo, direcionado a
pessoas desempenhando seus papéis em um contexto social normal", neste caso, se referindo a um
relato simples endereçado a aprendizes de língua. Desta forma, o material autêntico deixa de ser
aquele "impossível ou difícil para aprendizes de língua compreenderem" (DAY; BAMFORD, 1998,
p. 55) e passa a ser entendido como aquele indicado para a prática docente, já que tem seu
planejamento para este fim.
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2. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É dever do professor de inglês sempre buscar o interesse e a motivação do aluno durante


suas aulas, pois sem interesse na disciplina, o aprendizado da língua se torna muito mais difícil de
ser alcançado. Conforme Almeida Filho (1998, p.38), “aprender uma língua estrangeira é quase
sempre uma experiência intensa (mágica mesmo) para iniciantes reais em situações de
normalidades”. A disciplina de língua inglesa se transformou em algo notável para a formação de
alunos do ensino fundamental e médio. Ao estudar uma língua estrangeira, o estudante aprende
sobre si e sobre o próximo. O estudante entra em contato com outra cultura, o que contribui para
que ele conheça aspectos culturais diferentes daqueles presentes na sua comunidade. Isso pode levar
o estudante a um processo de reflexão acerca do outro e de si próprio (OLIVEIRA, 2009, p. 27).
Desta forma, o professor tem o dever de utilizar variados recursos didáticos para que o aluno tenha
um aprendizado de sucesso.
A aplicação de recursos didáticos é importante para que o processo de aprendizagem seja
positivo, assim, o aluno consegue adquirir o conteúdo com sucesso e sua criatividade e habilidade
na língua seja desenvolvida de forma natural. Nos dias atuais acha-se uma incrível diversidade de
recursos didáticos a serem utilizados nas aulas de língua inglesa que vão de jogos a filmes e
músicas nas aulas. O livro didático é um ótimo recurso a ser usado nas aulas de inglês, entretanto, a
utilização somente dele faz com que as aulas sejam as “cansativas” e “repetitivas” da qual nenhum
aluno gostaria de ter, consequentemente, o aprendizado não é realizado de forma positiva. É dever
do professor sempre estar atualizado e preparado a novas tecnologias e meios de ensino.
Souza (2007, p 112-113) diz que:

Utilizar recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem é importante para que o


educando assimile todo o conteúdo trabalhado em aula, desenvolvendo sua criatividade ao
máximo, coordenação motora e habilidade de manusear objetos diversos que poderão ser
utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas. (Souza, 2007, p 112-113)

Deste modo, é dever do professor sempre estar atualizado em nossas maneiras de ensinar e
produzir aulas satisfatórias, por tanto, uma das maneiras é trazendo os vídeos para as aulas de
inglês. Anos atrás, jovens se divertiam lendo vários livros para passar seu tempo hoje, entretanto,
com a globalização e a tecnologia, os alunos conseguem passar horas em seus celulares e
computadores consumindo conteúdos audiovisuais. Desta forma, o uso de vídeos consegue
aproximar a prática educacional à realidade que o aluno se encontra. O professor quando dialoga
com as novas tecnologias que surgem, faz com que o ambiente em sala de aula seja mais dinâmico e
prazeroso, acompanhando as mudanças sociais recentes. Portanto, os vídeos devem ser vistos não
somente como um mero instrumento, mas sim em sua dimensão sociocultural, já que atualmente as
tecnologias fazem parte do cotidiano dos jovens, intervindo em suas personalidades e
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desenvolvimento próprio. Podemos dizer que vídeos em aulas de de língua inglesa possuem vários
benefícios, como a familiarização com o idioma, assistindo e ouvindo nativos da língua falando.
Outro benefício dos vídeos na aula é o entrosamento entre os alunos através de atividades em grupo
ou em dupla, assim, o educando ganha conhecimento e reflexões são feitas em conjunto. Figueiredo
(2007) diz que no momento de atividades conjuntas, o professor se torna o mediador e a construção
do conhecimento em conjunto dos alunos se transforma em algo de extrema importância. A
utilização dos vídeos consegue proporcionar esta interação facilitada entre os alunos. Santoro (1989,
p.18) cita que “os vídeos são um meio de comunicação incrível com modo de produção e exibição
próprias, com Conteúdo e público específicos a serem trabalhados”. Já Silva (2009, p. 9) diz que “o
vídeo é um recurso didático que pode ser manuseado com bastante facilidade para atingir os
objetivos específicos em aula, já que proporciona a visualização e a audição, toca todos os sentidos,
envolve os alunos”.
Para o aprendizado da língua inglesa como segunda língua, os alunos conseguem
desenvolver uma aprendizagem positiva no momento que as palavras, a informação verbal e as
imagens têm relação entre si, isto acontece pelo fato de que os alunos absorvem informações com
mais facilidade quando há continuidade espacial entre as palavras, textos e imagens, fazendo uma
ligação entre si. Em conclusão, podemos afirmar que vídeos são bem-vindos no ensino da língua
inglesa, tornando a aula bem mais atrativa e dinâmica

3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

As entrevistas ocorreram de forma aberta e tranquila, ao explicar tanto a professora quanto a


equipe gestora da escola a necessidade de algumas informações, elas me foram repassadas com
clareza e segurança, sempre deixando um espaço para retirada de dúvidas e até mesmo
confirmações, todos se sentiram extremante a vontade e confortáveis com as abordagens realizadas.
As atividades de estagio ocorreram de forma livre e interativa, as observações foram bem
proveitosas e a professora regente estimulava a minha interação com os alunos para que os mesmos
já pudessem ir se acostumando com a minha presença.
Para as regências os temas abordados foram decididos juntamente com a professora regente
para que déssemos continuidade no conteúdo programático. A professora regente deu total
liberdade e abertura para que a condução das aulas ocorresse da forma que haviam sido planejadas,
sem interferências ou ressalvas, apenas contribuições pertinentes para incentivar assim a interação
dos alunos nas aulas.
Portanto a interação com os alunos ocorreu de forma facilitada, clara e natural, observando a
alta participação dos mesmos durantes as explicações, repasse dos vídeos e resolução dos
exercícios, tendo como ponto positivo os feedbacks dos estudantes com a forma de abordagem dos
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assuntos, que foram trazidos de forma leve e dinâmica, onde puderam associar melhor a utilização
do conteúdo exposto, no dia a dia, na conversação e pronuncia.

4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

A vivencia do estágio oportunizou a observação e a prática real dentro de sala de aula,


trazendo interação direta com o aluno ajudando o acadêmico a desenvolver sua vivencia, interação
com aluno e postura em sala, demonstrando os desafios e obstáculos a serem superados, mas
também contribuiu para o melhor entendimento da responsabilidade da profissão. Iniciei esse
estágio com o objetivo de conseguir formar e entender como funciona o bom relacionamento com
os estudantes entendo suas necessidades e desenvolver formas de prender a atenção dos mesmos.

Foi com esse intuito que decidi trazer a utilização de vídeos didáticos para o ensino da
língua inglesa, para entender melhor como os estudantes receberiam esse material multimídia que se
utiliza do audiovisual e após estudos e aplicações foi possível constatar a boa receptividade do
material aplicado, com reações e interações das mais diferentes possíveis, risadas, revoltas,
indagações, compreensão, comentários, feedbacks positivos e também a facilidade em solucionar os
exercícios propostos.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais de


Língua Estrangeira, 1998.

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Semtec, 2006.

CORTELAZZO, Iolanda B.C. Introducing the Internet Viewing its Social


Implications in Language Learning. Anais do XIV Encontro Nacional de Professores
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UFMG, 1999.

FRANCHI, Carlos. Criatividade e gramática. São Paulo, SP: SE/CENP, 1991.


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GEE, J. P. Orality and literacy: from the savage mind to ways with words. TESOL Quarterly, v. 20,
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KENSKI, Vani M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP:


Papirus, 2012.

LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. In BOHN, H. I.; VANDRESEN,


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PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. O Uso da Tecnologia no Ensino de Línguas


Estrangeira: breve retrospectiva histórica. Disponível em <www.veramenezes.com/techist.pdf>
acesso em 12 de abril de 2017.

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura.


Educação & Sociedade, Campinas, v. 23, n. 81, 2003.

TAFNER, E. P.; SILVA, E. Metodologia científica. Indaial: UNIASSELVI, 2013.


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ANEXO A – REGISTRO DE FREQUÊNCIA


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