Liga de Libertadores 1º Modulo - Aula 10 - Salvação Regeneração Justificação e Salvação

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SALVAÇÃO, JUSTIFICAÇÃO,

REGENERAÇÃO E A SANTIFICAÇÃO

Essa será nossa penúltima aula antes da nossa última avaliação.


Foi um caminho muito proveitoso que temos trilhado até aqui e sem dúvida ao termino desse módulo, aprovado
ou não, você não será mais a mesma pessoa, afinal de contas a verdade agregada através do conhecimento tem o
poder de promover reais mudanças.
João 8:32 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
João 17:17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
João 14:17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
2 Coríntios 13:8 Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.
Na aula de hoje entraremos em um dos assuntos mais teológico deste estudo. Vamos compreender como
integrar os ministérios de cura e libertação dentro dos atos divinos denominados: salvação, regeneração, justificação
e santificação.
Vamos compreender dentro do que temos abordado em cada aula como que esse assunto se encaixaria. Seria
a libertação e a cura parte da santificação da igreja? Para compreendermos essa questão vamos analisar o que
acontece na vida de uma pessoa antes e depois da conversão.
Salmos 126:1-6 Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes
coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos
outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas
segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida,
com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Sabemos segundo nos informa a historicidade desse salmo que ele foi escrito após a saída de Israel do cativeiro
babilônico, onde permaneceram por 70 anos, tempo do tratamento do Senhor, para serem purificados de toda a
idolatria.
Se observarmos o Salmo notaremos que ele parece estar dividido em duas partes, a primeira vai do verso
primeiro ao terceiro e a segunda seriam os demais versos. Na primeira parte temos um povo alegre e festivo pela sua
libertação. Na segunda parte encontramos um povo em crise, o mesmo salmista que começa dizendo que o Senhor
os trouxe do cativeiro, agora ora pedindo que novamente o Senhor os tire do cativeiro, ou restaura uma vez mais a
sua sorte.
O que pode ter acontecido para que sua oração mude? A realidade é que embora tenham saído do cativeiro da
Babilônia quando regressaram para Sião, a encontraram completamente destruída.
Israel está agora perplexo diante das consequências do seu pecado, a cidade está totalmente destruída e agora
precisa ser restaurada. Nos setenta anos em que estiveram em cativeiro, Jerusalém esteve sobre o domínio dos
“inimigos”, abandonada a sua própria sorte, e embora o cativeiro houvesse terminado seria necessário lidar com as
marcas do cativeiro.
A restauração precisaria ser geral, os muros e as portas tinham que ser levantadas e novamente estabelecidas, o
Templo do Senhor precisava ser reconstruído para que assim o serviço divino e a adoração voltassem a ser instituídos
e, por conseguinte, as casas precisavam ser erguidas.
Aplicando essa realidade do povo de Deus à vida cristã encontraremos o mesmo cenário. Primeiro fomos
resgatados do cativeiro o que proporciona em nós a alegria da salvação, mas quando precisamos lidar com as marcas
que o tempo no cativeiro do pecado proporcionou em nós, temos então a fase mais dolorosa.
Imagine alguém que comete um delito criminal e que depois se converte, obvio que essa pessoa terá a alegria da
salvação em sua vida, mas em contrapartida terá que lidar com as consequências legais dos seus erros. Espiritualmente
falando muitos cristãos estão assim.
Essas marcas do cativeiro podem estar presentes no casamento, nas finanças, na reputação, na vida espiritual,
no corpo físico, etc. É nesse momento que a nossa oração deve ser como a do salmista, “Restaura Senhor a nossa
sorte” ou “Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro”.
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COMUNIDADE CIDADE DE REFÚGIO 1
Vamos caminhar na compreensão do estamos destacando na aula de hoje.
SALVAÇÃO:
Temos a compreensão de que uma pessoa que recebe a Jesus Cristo como Senhor e Salvador foi conduzida a
tamanha salvação por causa de uma ação direta do Espírito Santo.
João 16:8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Obvio que essa ação na vida de quem se converteu teve uma reação positiva, ou seja, a pessoa ouviu e O
recebeu.
Apocalipse 3:20 Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa,
e com ele cearei, e ele comigo.
No momento da conversão ocorrem dois milagres imediatos: a regeneração e a justificação.
Vamos definir cada um deles a seguir:

JUSTIFICAÇÃO:
Romanos 3:24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
Romanos 5:1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
Romanos 8:30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e
aos que justificou a estes também glorificou.
Atos 13:39 E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.
Cada um dos versículos acima evidenciam a justificação que nos foi dada. Vamos compreender. Ao contrário da
regeneração, que visa uma mudança interna no homem, a justificação é um ato puramente judicial, onde Deus, como
nosso Juiz, nos perdoa e nos declara isentos de todas as nossas faltas e culpas passadas.
Somos então livres de culpa e de quaisquer condenações. A justificação não se repete e nem mesmo é um
processo, mas dá-se num ato, de forma completa e para sempre. Deus nos declara perdoados! Estamos livres de toda
a condenação.
O grande teólogo reformado, Dr. A.A. Hodge, comentando a Confissão de Fé de Westminster, adotada
pelas igrejas reformadas, após comentar sobre a regeneração e também justificação em Cristo, alerta-nos quanto
a importância do arrependimento: Veja o que está escrito no Livro: A confissão de fé de Westminster: “Que, não
obstante, ele (arrependimento) é de tal necessidade que se torna inseparável do perdão, de modo que quem não se
arrepende também não é perdoado”.
Como podemos conciliar a doutrina da justificação (em Deus nos declara justos) com a doutrina do arrependimento
(a necessidade de confessar nossos pecados)? Seriam elas compatíveis? Em outras palavras, é possível ser justificado
por Cristo e ao mesmo tempo estar no estado de ‘não perdoado’? Isso é realmente possível? Sim, mas quando?
Quando não confessamos os nossos pecados a Deus e não nos arrependemos deles.
Na lição passada falamos ainda que arrependimento sem confissão é ineficaz. Podemos assim afirmar: o
arrependimento e a confissão são meios bíblicos de apropriação (e não de efetivação – pois isso se deu na cruz) de
nossa justificação em Cristo. Assim, finalizando, é preciso que além de ressaltarmos a importância da justificação em
Cristo através do seu sacrifício vicário por nós, também salientemos a nossa responsabilidade de confessarmos
as nossas culpas e faltas a Deus.
Vamos ler as duas citações a seguir:
“Os homens não devem se contentar com um arrependimento geral, mas é dever de todos procurar arrepender-
se particularmente de cada um de seus pecado” (Confissão de Fé de Westminster, adotada pelas igrejas reformadas)
“Passemos em revista a história do nosso passado. Tomemos, um a um, os nossos próprios pecados e
examinemo-los. Não quero dizer que devemos dar um simples relance à vida passada, verificando que foi repleta de
pecados, para então ir a Deus fazendo-lhe uma espécie de confissão geral e pedindo perdão. Não é assim. Temos
que tomá-los um a um. Seria aconselhável tomar nota de cada um à medida que nos lembramos. Devemos revê-
los com o mesmo cuidado que um comerciante revisa seus livros, e todas as vezes em que nos vier à memória um
pecado, acrescentemo-lo à lista. Confissões gerais de pecado não servem. Nossos pecados forma cometidos um a
um, e até onde nos for possível apurá-los, devemos nos arrepender de um por um. ” (Charles Finney)
Vamos entender o que estes dois comentários ensinam sobre a confissão de pecados.
Confessar pecado é fruto de nosso arrependimento, isto, quando é feito de forma sincera.

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2 COMUNIDADE CIDADE DE REFÚGIO
1 João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar
de toda a injustiça.
A grande pergunta quanto a esse versículo é se essa confissão deve ser generalizada ou específica? Devemos
chegar a Deus e dizer: “Senhor são tantos pecados que não posso nem contar!”? Ou então dizer: “Senhor, perdoe a
multidão dos meus pecados...”. Será que este é o modo correto de confessar nossa iniquidade a Deus?
A renúncia pessoal tem um perfil preciso, ou seja, nossos pecados não foram cometidos a atacado, mas sim a
varejo, da mesma maneira, não posso confessá-los a atacado, mas a varejo, um a um, confessando-os individualmente,
porque cada um deles feriu a santidade de Deus.
Obviamente que nem todos compartilham da mesma concepção e o resultado dessa mistura de conceitos é que
muitas pessoas têm caminhando ainda debaixo das marcas do cativeiro, sem serem livres delas. Vamos analisar um
versículo muito costumeiramente usado para defender essa tese de que na salvação teríamos todo o processo de cura
e libertação já finalizados, como uma mudança completa e imediata.
2 Coríntios 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo.
Na verdade, essa passagem declara que em Cristo somos novas criaturas, e temos o direito a recomeçar uma
nova vida. O versículo anterior diz:
2 Coríntios 5:16 Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também
tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
O que Paulo está declarando é que ser nova criatura é portanto a nossa nova condição “em Cristo”.
Esta passagem expressa o milagre da regeneração, uma mudança de vida. Através de Cristo podemos notar
este marco divisor em nossa vida, ou seja, nosso passado não deverá nos dominar mais (verdade posicional), pois
o mesmo foi cravado na cruz de Cristo – “tendo cancelado o escrito da dívida, o qual nos era prejudicial, removeu-o
inteiramente, encravando-o na cruz”. Colossenses 2;14
O fato das coisas antigas terem passado não quer dizer que não deveriam ser confessadas em arrependimento.
É porque essas coisas antigas foram depositadas na cruz que podemos ficar livres delas mediante o arrependimento
e o perdão de Deus (apropriação).
Esta passagem não quer dizer que a conversão a Cristo implica em uma transformação mágica e imediata. A
grande ironia deste texto é que ele aparece em referência à igreja mais problemática do Novo Testamento: os coríntios.
Afirmar isso é colocar em contradição o texto e o seu contexto. Quando Paulo diz “eis que se fizeram novas”, a palavra
no grego é GEGONEM, e o tempo verbal que ela está é o perfeito indicativo ativo.
O tempo perfeito indica um passado, um fato acontecido, consumado, cujo efeito se dá no presente e também
no futuro. É um passado que será sempre remontado a cada dia e com efeitos continuativos. Portanto ao invés de
“eis que se fizeram novas”, a tradução mais adequada seria, “eis que têm-se feito novas”. Isto quer dizer que a igreja
deveria prosseguir rumo a mudança.

REGENERAÇÃO:
1Pedro 1:23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus,
viva, e que permanece para sempre.
Tito 3:5 Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela
lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.
A regeneração, parte do conceito segundo Paulo de se viver uma nova vida:
2 Coríntios 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo.
É a oportunidade que Deus nos dá de recomeçarmos tudo de novo, mas para isso realmente acontecer é
necessário que haja uma mudança interna, em nossas motivações, pensamentos, valores, princípios e desejos.
Somente sendo uma nova pessoa podemos viver uma nova vida e em Cristo isso é possível. Na regeneração Deus
nos dá vida espiritual e nos faz estar vivos perante Ele e não mais mortos nos nossos pecados.
Efésios 2:2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades
do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
1 Coríntios 15:22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.

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COMUNIDADE CIDADE DE REFÚGIO 3
APROPRIAÇÃO:
Vamos seguir na compreensão acerca da necessidade da ‘apropriação das promessas’ de Deus. Vamos ler com
atenção os versículos abaixo.
Isaias 53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Efésios 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito
todo aquele que for pendurado no madeiro;
João Calvino escreveu: “Já salientei que Cristo não deixou inacabada nenhuma parte da obra da nossa salvação;
mas não devemos inferir disso que já possímos todos os benefícios obtidos por ele para nós, pois...com verdade: ‘em
esperança fomos salvos’, ‘ainda não se manifestou o que haveremos de ser’. Nesta vida atual desfrutamos de Cristo
à medida em que o abracemos por meio das promessas”.
(Foi citado os versículos de Romanos 8;24 e 1 João 3;2)
Derek Prince escreveu: “Se temos alguma necessidade ou problema qualquer que seja em nossa vida, há um
lugar e somente um lugar para o qual temos de ir para encontrar a provisão da solução de Deus: a cruz de Cristo.
Jesus consumou na sua morte na cruz toda a provisão de Deus – espiritual, física, material, para o momento ou
eternamente – que está disponível para nós. Não há outra base senão esta, a cruz, para todas as provisões de Deus.
É somente por meio da cruz que podemos chegar a Deus e receber dele as suas provisões e bênçãos”.
Como podemos pensar a “apropriação de promessas”, sobretudo nas áreas da cura e da libertação? Vamos
entender.
A partir disso, podemos fazer uma série de indagações a nós mesmos e nos deparamos com alguns dilemas:
Por que confessamos os nossos pecados, se o texto bíblico diz que Cristo já os levou todos na cruz? Se a nossa
compreensão acerca de pecados é essa então deveríamos ter a mesma compreensão no tocante a outras áreas.
Por que oramos por cura então? Se nossas enfermidades já foram levadas por Cristo, e se pelas suas pisaduras
fomos sarados?
Por que nós pastores, impetramos a benção após o culto, se Paulo disse que já fomos abençoados com todas
as bênçãos nas regiões celestes? Por que também temos que lutar e batalhar contra o diabo, se o texto sagrado diz
que ele foi derrotado na cruz?
Colossenses 2:14,15 Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma
maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e
potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas
coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;
E ainda podemos inquirir: por que nos apropriamos da libertação das maldições, se Gálatas 3:13 diz que Cristo já
nos resgatou das mesmas? De fato, só podemos concluir que fazemos todas estas coisas numa atitude de apropriação.
Tudo já foi feito e consumado por Cristo na cruz. Isto é um fato histórico e espiritual. O dever de cada um de nós agora
é crescer no entendimento da “riqueza da glória da sua herança nos santos”, e sendo “iluminados os olhos do...
coração”, de forma que possamos progredir na apropriação e experimentação das promessas de Cristo. Assim, com
certeza teremos uma vida abundante!
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito
todo aquele que for pendurado no madeiro;
Efésios 1:18 Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua
vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;
Vamos ler os versículos a seguir e compreender esse processo de libertação.
Mateus 12:43-45 E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso,
e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida
e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os
últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.
Essa passagem esclarece que não adianta apenas expulsar o espírito invasor, se a casa não for modificada.
Vamos entender em que consistem estas modificações na casa para que os demônios não tenham mais êxito na vida
da pessoa.

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É fundamental limpar a casa, ou seja, nossas vidas, de todas as legalidades que foram abertas para o maligno
em nossa história. Romper com os pactos e com as iniquidades das nossas gerações. Com isto, fechamos as portas
que foram abertas para a penetração e permanência dos demônios. Acima de tudo, preencher a casa com a presença
do Espírito Santo.
John Richards escreveu: “Substituindo essa analogia pela que foi usada pelo Senhor em sua parábola sobre o
espírito que voltou, duas são as causas de perturbação em uma casa. O problema pode estar na casa ou nos seus
ocupantes. Reformar a primeira é uma operação demorada e fácil de ser compreendida e pode assemelhar-se a
uma cura. A expulsão dos ocupantes perturbadores é uma tarefa mais simples e mais rápida. Embora a perturbação
causada por cupins ou pela umidade nem sempre possa ser sanada imediatamente, a causada por ocupantes
cessará desde o instante em que esses ocupantes se mudarem. Essa analogia explica o que para algumas pessoas
parece inexplicável, ou seja, os benefícios instantâneos do exorcismo e a sua diferença entre cura e libertação, que
em geral são processos de que ele é simplesmente parte.”
Libertação e cura, é obvio que esta é a sequência certa de ideia. Ser liberto é uma coisa: tornar-se são,
readaptado, reabilitado, colocado num contexto certo dentro da sociedade relacionar-se com homens e com Deus, e
assim por diante, é ser curado. Ser simplesmente salvo do mal poderia ser ‘como o homem da parábola’ cujo demônio
o deixou vazio e foi buscar mais sete demônios invasores, tornando a situação oito vezes pior do que antes.
Não basta ser liberto, tem que ser curado! A libertação nos leva a necessidade de uma cura, para que a
mesma seja mantida.
Vamos falar sobre a santificação agora. De modo geral, as Escrituras sempre nos falam do processo de
santificação. Paulo também intercedeu pelos tessalonicenses nesta mesma direção:
1 Tessalonicenses 5:23 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo,
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Paulo ainda diz em 2 Coríntios 7:1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a
imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
Os ministérios de cura e libertação também fazem parte da santificação da igreja, essa santificação do corpo, da
alma e do espírito, uma obra feita por Deus em nós de maneira profunda e total.
A grande transgressão da igreja foi restringir o papel da santificação apenas a nossa carne. Ignorávamos
completamente o que é santificar a alma e também santificar o espírito. Entretanto, como Paulo afirmou, esta
santificação deve ser integral. Limpar a alma é tratar com os lixos emocionais: traumas, feridas, rejeições, abusos,
medos, ansiedades, culpas, lembranças penosas e etc. Tudo isso constitui lixo que nos atrapalha e que Deus quer
limpar. Quanto a santificar o espírito significa tirar todas as sujeiras espirituais com que nos envolvemos, tais como:
feitiçaria, bruxaria, espiritismo, nova-era, meditações contaminadas, iniquidades familiares, ligações de alma com
parceiros, dons mediúnicos e etc.
Como ensinado na lição anterior, santificação não é apenas parar de se sujar (arrependimento), mas também
implica em tirar a sujeira colocada até então (pela confissão).
Salvação, cura e libertação são processos distintos. A salvação é um ato, mas ser curado e liberto envolve um
processo. Por meio do Espírito Santo e da ajuda de pastores, libertadores e irmãos, podemos dia a dia crescer em
nossa saúde integral.

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