DISSERTAÇÃO 2016 Helena Campaniço
DISSERTAÇÃO 2016 Helena Campaniço
DISSERTAÇÃO 2016 Helena Campaniço
VALIDADE SIMULTÂNEA DO
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE
ACTIVIDADE FÍSICA ATRAVÉS DA
MEDIÇÃO OBJECTIVA DA ACTIVIDADE
FÍSICA POR ACTIGRAFIA PROPORCIONAL
Exercício e Saúde
Júri:
Presidente
Professora Doutora Maria Helena Santa-Clara Pombo Rodrigues
Vogais
Professor Doutor Luís Fernando Cordeiro Bettencourt Sardinha
Professor Doutor Jorge Augusto Pinto da Silva Mota
2016
Nome: Helena Maria Pereira Gonçalves Campaniço
Departamento: Núcleo de Exercício e Saúde
Curso de Mestrado na Especialidade de Exercício e Saúde
Orientador: Professor Doutor Luís Fernando Cordeiro Bettencourt Sardinha
Data: 10 de Outubro de 2003
RESUMO
Este estudo faz parte de um esforço a nível internacional com o objectivo de validar o
Questionário Internacional de Actividade Física (IPAQ) proposto pela Organização
Mundial de Saúde, no sentido de encontrar um instrumento que possa ser utilizado a
nível mundial para determinar o nível de actividade física das populações. O propósito
desta investigação foi analisar a validade da forma curta e longa do IPAQ, versão
portuguesa. Utilizou-se o modelo auto-administrativo e o período de referência de uma
semana habitual. Para validar este instrumento foi proposta a utilização do acelerómetro
Computer Science and Application (CSA), modelo 7164. Os monitores CSA foram
usados durante sete dias consecutivos como uma medida directa para validar o IPAQ
curto e longo. A amostra utilizada neste estudo foi constituída por 152 pessoas (52
homens e 100 mulheres). O processo de validação foi realizado por oposição das
medidas do questionário IPAQ com a utilização dos CSA durante um período de uma
semana. Os resultados preliminares sugerem que existe uma correlação (r = 0,33, p
<0,01) entre a média de impulsos registados pelos CSA e o questionário curto e uma
correlação mais fraca (r = 0,095, p <0,01) entre a média de impulsos registados pelos
CSA e o questionário longo. Os resultados evidenciam também que existe uma
correlação (r = 0,45, p <0,01) entre a forma longa e curta do IPAQ. Deste modo,
conclui-se que a forma curta e longa do IPAQ são aceitáveis. Os resultados são
similares a outros estudos com objectivos idênticos, em que se utilizou o mesmo
instrumento de medição da actividade física e os mesmos procedimentos.
ABSTRACT
This study is part of an international effort aiming at the validation of the International
Physical Activity Questionnaire (IPAQ), which was proposed by the World Health
Organization. The goal of this process is to find an instrument that may be used
worldwide in order to determine the level of physical activity of the populations. This
research intends to validate the long and short forms of the IPAQ in its Portuguese
version. One used the self-administered model and the reference period of a usual week.
In order to validate this instrument, one used the Computer Science and Application
(CSA), model 7164. The CSA monitors were used for seven days as a direct measure to
validate the IPAQ (long and short forms). The sample was constituted by 152 elements
(52 men and 100 women). The validation process was accomplished by contrasting the
results of the questionnaire with the use of the CSA for a usual week. The preliminary
results suggest that there is a correlation (r = 0,33, p<0,01) between the average of the
counts of the CSA and the short form of the questionnaire. The results also suggest a
weak correlation (r = 0,095, p<0,01) between the average of the counts of the CSA and
the long form of the questionnaire. The results also evince a correlation (r= 0,45,
p<0,01) between the long and the short forms of the IPAQ. Thus, one can conclude that
both forms of the questionnaire are acceptable. These results are similar to the results of
other research projects that used the same instrument and procedures in order to
measure the physical activity.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Doutor Luís Sardinha, pela sua experiente orientação no decorrer das
diferentes fases deste estudo, a quem admiro pelo seu elevado grau de conhecimento.
Ao Professor Ulf Ekelund pelo seu precioso apoio e inestimável disponibilidade numa
das fases de extrema importância deste trabalho.
Ao Dr. Almeida Cesário e Dr. Paula Aurélio pelo tempo, apoio e disponibilidade que
tiveram para me ajudar.
Ao Dr. Elvis e Dr. Analiza pelo apoio e pela boa disposição que sempre mostraram nos
momentos mais difíceis deste percurso.
Ao professor Madeira pela sua grande ajuda e disponibilidade na fase final deste
trabalho.
Aos meus colegas de gabinete que me apoiaram nos momentos mais problemáticos
deste trajecto.
À Sílvia, minha grande amiga, que acompanhou e marcou presença ao longo deste
difícil percurso e esteve sempre disponível para me ajudar, quero manifestar a minha
gratidão.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por todo o apoio e encaminhamento assim como por tudo aquilo que me
têm vindo a proporcionar desde sempre.
À minha irmã estou-lhe grata por ter contribuído com a sua amizade para o acalmar da
tempestade que abalou esta “viagem” intelectual.
Ao João Paulo pelo precioso apoio e paciência que prestou durante a realização deste
trabalho.
Finalmente, a todas as pessoas que fizeram parte da amostra do trabalho que, apesar de
mantidos no anonimato, têm o meu reconhecimento e gratidão por tornarem este
trabalho uma realidade.
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS
ÍNDICE I
ÍNDICE DOS QUADROS III
ÍNDICE DE FIGURAS V
ÍNDICE DOS ANEXOS VI
INTRODUÇÃO 1
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 2
ÂMBITO DO ESTUDO 2
PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES 3
PERTINÊNCIA DO ESTUDO 4
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS 5
INTRODUÇÃO 7
QUANTIFICAÇÃO DA ACTIVIDADE FÍSICA 8
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE FÍSICA 10
ACTIGRAFIA 12
O Acelerómetro Computer Science and Application 13
Estudos de Fiabilidade e Validade do Acelerómetro Computer 14
Science and Application
QUESTIONÁRIOS DE AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE FÍSICA 22
Questionário Internacional de Actividade Física 25
Estudos de Fiabilidade e Validade do Questionário Internacional de 26
Actividade Física
I
CAPÍTULO III. METODOLOGIA
INTRODUÇÃO 31
CONCEPÇÃO EXPERIMENTAL DO PROJECTO 31
AMOSTRA 32
INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO UTILIZADO 34
Actigrafia 34
Questionário Internacional de Actividade Física 35
ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 36
Pedido de Autorização 36
Preparação dos Indivíduos 36
RECOLHA DOS DADOS 37
REGRAS PARA O PROCESSAMENTO DOS DADOS 38
ANÁLISE ESTATÍSTICA 41
INTRODUÇÃO 43
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 44
CONCLUSÕES 57
RECOMENDAÇÕES 59
BIBLIOGRAFIA 60
ANEXOS 68
II
ÍNDICE DE QUADROS
III
Quadro 9. Percentagem Válida (%) dos indivíduos da amostra nas três 45
categorias obtidas através do questionário IPAQ curto e os acelerómetros
CSA.
IV
ÍNDICE DE FIGURAS
V
ÍNDICE DE ANEXOS
VI
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
INTRODUÇÃO
A associação entre a prática de actividade física e um melhor padrão de saúde tem sido
relatada na literatura há muito tempo e aumentado na década actual. Esses estudos
evidenciaram uma relação inversa entre o nível de actividade física e a mortalidade
(Paffenbarger e col,. 1991).
Desta forma, torna-se cada vez mais importante determinar o nível de actividade física
da população, cujos métodos podem ser agrupados em sete categorias com mais de
trinta técnicas diferentes (Montoye e col., 1996; Thomas & Nelson, 2001; Nahas, 1995).
A escolha de um ou outro método de medição da actividade física está relacionada com
o número de indivíduos a serem analisados, o custo e a inclusão das diferentes idades.
O instrumento escolhido neste trabalho de forma a medir a actividade física foi a Versão
Portuguesa do Questionário Internacional de Actividade Física, o qual, por intermédio
de várias etapas1, foi devidamente traduzido para Português.
Algumas medições objectivas do dispêndio energético têm sido utilizadas para validar
os questionários de actividade física. Embora não sejam muito utilizadas em estudos
epidemiológicos, estas medições têm a vantagem de melhor precisarem e estimarem o
1
As várias etapas pelas quais o Questionário Internacional de Actividade Física foi traduzido para
português não fizeram parte dos procedimentos do presente trabalho.
1
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
ÂMBITO DO PROBLEMA
2
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
Neste estudo participaram 152 pessoas, 100 do sexo feminino e 52 pessoas do sexo
masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 63 anos. Foi solicitado aos
participantes do estudo que utilizassem um acelerómetro à cintura durante sete dias
consecutivos e que, no final, preenchessem as duas formas do IPAQ (curta e longa).
PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES
3
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
PERTINÊNCIA DO ESTUDO
Dishman & Steinhardt (1994) citados por Matsudo e col. (2001) referem, como
requisitos mínimos para um instrumento de recolha de informação sobre a actividade
física, a validade das medidas físicas realizadas, como também a não interferência com
os padrões habituais de comportamento.
4
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
Uma boa medida da actividade física habitual deve reflectir várias dimensões:
frequência, duração, intensidade e tipo de actividade, possibilitando uma estimativa do
dispêndio energético total e em actividades moderadas e vigorosas (Barros & Nahas,
2000). O IPAQ está a ser desenvolvido para estimar o dispêndio energético total e o
tempo gasto em actividades de diferentes intensidades. O desenvolvimento do IPAQ
exige uma série de estudos para determinar a validade e fiabilidade dos escores obtidos
nas diversas traduções e formas.
Neste sentido, o presente estudo surge como uma parte de um esforço de vários grupos
de trabalho com o objectivo de contribuir para o aumento das várias pesquisas de
validade relativamente a este instrumento de recolha de dados.
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
5
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
“Epoch” é entendido como o intervalo de tempo de registo dos dados pelo acelerómetro
(Freedeson, Melanson & Sirard, 1998).
6
REVISÃO DA LITERATURA
INTRODUÇÃO
7
REVISÃO DA LITERATURA
8
REVISÃO DA LITERATURA
9
REVISÃO DA LITERATURA
Nos últimos trinta a quarenta anos, tem-se verificado um interesse muito grande no
aprofundar e desenvolver métodos de avaliação da actividade física e do dispêndio
energético das populações.
10
REVISÃO DA LITERATURA
Por outro lado, algumas avaliações objectivas têm a vantagem de fornecer uma
estimação mais precisa do dispêndio energético, apresentando, no entanto, a
desvantagem de não serem práticas para a maioria dos estudos epidemiológicos. Apesar
disso, têm sido utilizadas para validar outros instrumentos de avaliação da actividade
física.
A ACTIGRAFIA
Contudo, o trabalho estático e o trabalho muscular em oposição à força externa não são
detectados por alterações das acelerações do corpo. Neste sentido, quando se
interpretam os valores do acelerómetro, este tipo de situação tem de ser considerado e
12
REVISÃO DA LITERATURA
os investigadores têm de assumir que este tipo de trabalho muscular é somente uma
pequena parte da actividade física diária habitual (Ekelund, 2002).
13
REVISÃO DA LITERATURA
O CSA, modelo WAM 7164, é um acelerómetro relativamente novo que tem sido
validado em crianças e adultos durante os últimos anos. Os estudos suportam a validade
do monitor CSA como uma medida objectiva da actividade física, para adultos e
crianças. Contudo, tem que existir uma preocupação na interpretação dos dados quando
estamos a investigar as diferentes faixas etárias (adultos e crianças), assim como as
diferentes situações em que as actividades se desenvolvem (laboratório e terreno).
Melanson & Freedson (1995) demonstraram que o monitor CSA é uma medida válida
na prova da caminhada e corrida em adultos usando a energia dispendida via
calorimetria indirecta como critério de medida (r = 0,82, p <0,01). No entanto, a relação
entre os impulsos de actividade do CSA e a energia dispendida tem de ser examinada
em crianças. Esta observação é algo verdadeira para estudos que comparam adultos e
14
REVISÃO DA LITERATURA
Um estudo mais recente (Eston e col., 1998) considerou o método CSA apropriado para
medir as actividades físicas das crianças tanto na passadeira como em situações não
estandardizadas. Os autores avaliaram um grupo de crianças durante actividades típicas,
como o caminhar (4 e 6 km/h) e o correr (8 e 10 km/h) numa passadeira e em jogos.
Verificaram a validade do acelerómetro CSA usando o consumo de oxigénio, por
calorimetria indirecta, como critério de medida, nas actividades acima referidas. Através
15
REVISÃO DA LITERATURA
desta análise observaram coeficientes de correlação (r) de 0,78 e 0,85, para cada uma
das situações (passadeira e jogos).
Elliot & Blanksby (1976) e Nelson e col. (1972) citados por Nichols e col. (2000)
verificaram um decréscimo no comprimento da passada e um aumento na frequência da
passada na passadeira, em comparação com a caminhada e corrida outdoors à mesma
velocidade. É possível que esse aumento na frequência da passada e o menor tempo de
suporte possam produzir um deslocamento vertical maior do que uma frequência da
passada normal poderia produzir. Se esta tendência da grande frequência da passada for
mais pronunciada na corrida da passadeira do que na caminhada, isto pode
possivelmente explicar os elevados impulsos durante a corrida na passadeira em
comparação com a corrida na pista. Assim, as diferenças na biomecânica dos
movimentos de caminhada e corrida numa passadeira versus as mesmas actividades em
terreno, podem potencializar o impacto dos impulsos do acelerómetro. Deste modo, os
autores concluíram que é impossível generalizar os valores reunidos no laboratório com
os recolhidos no terreno.
Janz (1994), num estudo com crianças (7 a 15 anos de ambos os sexos) realizado
durante três dias, verificou que em situação de campo o acelerómetro CSA estava
relacionado de forma consistente e significativa com o método de referência, a
frequência cardíaca, apresentando uma correlação de r = 0,50, p <0,05 a r = 0,74, p
<0,05, para os três dias. Observou ainda que todas as crianças consideraram que a
utilização do acelerómetro é confortável. Neste sentido, a correlação moderada a
elevada e as respostas favoráveis ao uso do acelerómetro suportam a validade e
utilidade deste instrumento como um método objectivo para monitorizar a actividade
em crianças em situações de campo. Contudo, a correlação entre os diferentes dias foi
de r = 0,50 - 0,74, recomendando que quando se utiliza este tipo de instrumentos para
avaliar a actividade física, a monitorização deverá ser superior a três dias. Segundo
Janz, Witt, & Mahoney (1995) são necessários pelo menos quatro dias para que a
actividade habitual seja bem traduzida.
A validade do acelerómetro CSA tem sido avaliada usando o consumo de oxigénio via
calorimetria indirecta como critério de medida durante a caminhada e corrida no
laboratório (Freedson e col., 1998), durante a caminhada e corrida no laboratório e em
actividades livres, com adultos (Nichols e col., 2000; Hendelman e col., 2000; Swartz e
col., 2000; Welk e col., 2000). Os resultados destes estudos têm indicado que o
acelerómetro CSA é capaz de distinguir velocidades diferentes durante a caminhada e a
corrida. Adicionalmente, correlações elevadas foram encontradas para a relação entre os
impulsos do CSA e o dispêndio energético, que variou entre 0,77 e 0,94. Contudo, esta
relação parece ser dependente das actividades realizadas.
18
REVISÃO DA LITERATURA
Swartz e col. (2000) tiveram como propósito estimar o dispêndio energético usando dois
acelerómetros CSA, um na cintura e outro no pulso, em situação de campo e
laboratório. Como objectivo secundário pretenderam estudar se o acelerómetro usado no
pulso poderia melhorar a precisão na estimação do dispêndio energético
comparativamente com o acelerómetro usado na cintura. Foi colocado, como hipótese,
que um acelerómetro usado no pulso poderia aumentar a precisão de predizer o
dispêndio energético de várias actividades comparado com o acelerómetro usado
somente na cintura. A utilização do acelerómetro no pulso provou ser mais preciso na
predição do dispêndio energético, contudo, a melhoria foi muito pequena.
19
REVISÃO DA LITERATURA
CSA subestimava o dispêndio energético em 46%, quando foi calculado por equações
derivadas do laboratório (Freedson e col., 1998 citado por Ekelund, 2002).
20
REVISÃO DA LITERATURA
Freedson, Melanson & Sirard (1998) e Melanson & Freedson (1995) relataram a
validade do acelerómetro CSA durante uma caminhada e corrida na passadeira em
adultos. Os resultados obtidos indicaram que o CSA distingue com precisão uma vasta
série de valores em METs, para o exercício na passadeira num plano horizontal, mas é
necessário ter em atenção a interpretação dos valores do CSA quando se trata de um
plano inclinado, pois o instrumento é insensível a alterações quando há inclinação.
Janz e col. (1995) citado por Freedson e col. (1998) estabeleceram intensidades de
exercício baseado em séries de impulsos usando frequências cardíacas de 75, 130 e 150
batimentos por minuto para representar limites para o sedentarismo, a actividade
moderada e a actividade vigorosa em crianças. Estas frequências cardíacas
correspondem a séries de impulsos de 25-250, 251-499 e>500 impulsos por minuto
utilizando o CSA, modelo 5032.
Quadro 1. Valores de corte para 3, 6 e 9 METs determinados a partir dos três modelos de
predição usando impulsos por minuto (imp.min-1) registados pelo acelerómetro CSA, modelo
7164 usado à cintura (Retirado de Barbara e col., 2000)
21
REVISÃO DA LITERATURA
METs
Montoye e col. (1996) referem que os questionários que têm por objectivo recolher
informações sobre a actividade física habitual, podem apresentar várias formas de
administração. Um questionário pode ser auto-administrado, como por exemplo, através
do envio pelo correio para um determinado indivíduo que preenche o questionário sem
assistência, ou então através de uma entrevista, em que o entrevistador recolhe as
respostas às questões através do telefone ou mesmo presencialmente. Uma combinação
entre um questionário de auto-administração e a entrevista é, por vezes, utilizada.
22
REVISÃO DA LITERATURA
24
REVISÃO DA LITERATURA
Em resposta a uma procura global, para comparar e validar medidas da actividade física
dentro e entre países, o IPAQ foi desenvolvido para compreender e obter respostas
relacionadas com a actividade física, promotora da saúde, em vários domínios da vida.
Até há pouco tempo existia somente questionários que apenas focavam um único
domínio (e.g. actividade física de recreação).
No âmbito do IPAQ foram utilizados neste estudo dois questionários dos oito existentes
(ver quadro 3): o IPAQ, na sua forma curta, que apresenta nove itens, e o IPAQ na sua
forma longa, com trinta e um itens para avaliar aspectos da actividade física
relacionados com a saúde e comportamentos sedentários. A forma longa apresenta
separadamente questões relacionadas com vários domínios, ou seja, a actividade física
no trabalho, actividade física como meio de deslocação/transporte, actividade física no
trabalho doméstico, manutenção geral e cuidar da família, actividade física nos tempos
livres e recreação e o tempo sentado (anexo 1). A forma curta questiona sobre a
actividade física total numa forma muito genérica sem diferenciar a actividade física
nos vários domínios (anexo 2).
A forma curta do IPAQ foi delineada para ser usada em estudos de monitorização em
que o espaço é tipicamente muito limitado; no entanto, a forma longa foi desenhada
para fornecer informação sobre a evolução dos hábitos diários de actividade física.
Além disso, os formatos, administração telefónica e auto-administrado, foram
desenhados para fornecer flexibilidade nos estilos de administração. O IPAQ foi
25
REVISÃO DA LITERATURA
26
REVISÃO DA LITERATURA
Craig e col. (2003), num estudo de reprodutibilidade e validade do IPAQ (forma curta e
longa, modo de administração telefónico e auto administrativo, período de referência de
27
REVISÃO DA LITERATURA
uma semana habitual e última semana) concluíram que este instrumento foi muito bem
aceite para monitorizar os níveis de actividade física de uma população entre os 18 e 65
anos de idade em diferentes situações. Os autores indicaram que a forma curta do IPAQ,
período de referência de última semana é recomendado para uma monitorização
nacional e a forma longa para investigações que queiram avaliar mais detalhadamente a
actividade física.
Seguidamente apresenta-se uma síntese dos valores de várias pesquisas que se obtiveram
através da aplicação de dois procedimentos estatísticos: o coeficiente de correlação de
Spearman que se obteve entre o IPAQ longo e curto, período de referência de uma
semana habitual, modelo auto-administrativo (validade simultânea) e o coeficiente de
28
REVISÃO DA LITERATURA
IPAQ Longo
visitas
1ª 2ª 3ª
Brasil 0,53 0,62 -
29
REVISÃO DA LITERATURA
30
METODOLOGIA
INTRODUÇÃO
Este estudo surge como uma parte de um esforço de vários grupos de trabalho para
validação de um Questionário Internacional de Avaliação da Actividade Física (IPAQ),
proposto pela Organização Mundial de Saúde (1998) em parceria com o National
Institute for Health (NIH) e que pretende servir como instrumento universal de
determinação dos níveis de actividade física das populações.
A amostra estudada foi constituída por pessoas adultas, aparentemente saudáveis,
pertencentes à população portuguesa. Neste estudo, pretendeu-se validar a forma curta e
longa do IPAQ, versão portuguesa, utilizando o modelo auto-administrativo e o período
de referência de uma semana habitual. Utilizou-se o acelerómetro Computer Science
and Application (CSA), modelo 7164 como critério de medida para medir e avaliar
objectivamente o dispêndio energético dos indivíduos que participaram no estudo.
É propósito deste capítulo apresentar a concepção experimental do projecto, caracterizar
a amostra, caracterizar os instrumentos e equipamento utilizado, descrever a
organização dos procedimentos, referir a recolha dos dados, explicar as regras para o
processamento dos dados e, por fim, mencionar a análise estatística dos dados.
31
METODOLOGIA
AMOSTRA
A amostra utilizada neste estudo foi constituída por 152 pessoas. No que diz respeito à
distribuição por sexo, a amostra foi constituída por 100 pessoas do sexo feminino e 52
do sexo masculino. Foram eliminados 47 pessoas da amostra inicial por três razões:
mau funcionamento do acelerómetro; não cumprirem o requisito mínimo de utilização
do acelerómetro de 5 dias e não existir um tempo de registo de, pelo menos, 500
minutos.
Em relação à distribuição da amostra por faixas etárias, tal como podemos observar no
Quadro 7 temos 21 sujeitos (13,8%) com idades compreendidas entre os 20 e os 24
anos, 34 elementos (22,4%) com idades entre os 25 e os 29 anos, 41 pessoas (27%) com
idades compreendidas entre os 30 e 34 anos, 24 pessoas (15,8%) na faixa etária dos 35
aos 39 anos, 12 (7,9%) na faixa etária 40 - 44 anos, 10 (6,6%) na faixa 45 - 49 anos, 5
32
METODOLOGIA
33
METODOLOGIA
Actigrafia
34
METODOLOGIA
O questionário IPAQ apresenta duas formas, uma curta, com nove itens, e uma longa,
com trinta e um itens, para avaliar o comportamento no que diz respeito à actividade
física e à actividade sedentária.
A forma longa foi intencionalmente delineada para fornecer uma avaliação mais
detalhada dos hábitos diários de actividade em vários domínios: no trabalho, nas
deslocações/transporte, no trabalho doméstico, manutenção geral e cuidar da família,
nas actividades físicas e desportivas de recreação e tempos livres e a actividade
sedentária, que significa o tempo passado sentado.
35
METODOLOGIA
Pedido de Autorização
Para se realizar o estudo foi necessário pedir autorização por escrito ao Excelentíssimo
Presidente da Escola Superior de Educação de Beja e Director do Modelo de Beja,
sendo estas as duas instituições que participaram no estudo em causa. Após a obtenção
de uma resposta positiva, novo pedido foi feito, de forma verbal, no sentido de se obter
a listagem dos nomes de todas as pessoas que trabalhassem nessas instituições. Todos
os indivíduos foram contactados, de forma verbal sobre a sua disponibilidade para
participar neste estudo. Após a resposta positiva, os indivíduos foram agrupados por
secções, dependendo do local onde trabalhassem.
Para que existisse um procedimento padrão, foi pedido que utilizassem o acelerómetro à
cintura, do lado direito, junto à linha midaxilar, que seria colocado de manhã quando se
vestissem e retirado quando se fossem deitar, não podendo ser utilizado quando
realizassem actividades que implicassem contacto com a água, durante sete dias
consecutivos. A cintura foi o local de medição seleccionado porque permite avaliar
todos os movimentos do corpo e é o local mais frequentemente utilizado em estudos
epidemiológicos. Este local é, também, uma posição conveniente porque é um sítio que
não interfere com as actividades quotidianas.
36
METODOLOGIA
RECOLHA DE DADOS
37
METODOLOGIA
O intervalo de tempo de registo dos dados (epoch) pelo acelerómetro foi estabelecido
em um minuto. Segundo Janz (1993), citado por Shamsherally (1999), o valor médio da
correlação entre o intervalo de tempo de registo de dados de um minuto do acelerómetro
e o método de referência (valores da monitorização da frequência cardíaca no mesmo
intervalo de tempo) foi de r = 0,69, p <0,05.
Para a análise dos dados apenas foram admitidos aqueles que apresentavam, pelo
menos, cinco dias de registo e tivessem, no mínimo, 500 minutos de tempo registado.
No que diz respeito às regras no processamento dos dados dos questionários, períodos
de 10 minutos de actividade física foram considerados como o tempo mínimo aceitável
para ser registado. Respostas com períodos inferiores a este tempo foram registadas
como zero.
38
METODOLOGIA
39
METODOLOGIA
ANÁLISE ESTATÍSTICA
análise, a Validade Simultânea, em que são comparadas as duas formas do IPAQ (curta
e longa) aplicadas ao mesmo tempo, isto é, a Actividade Física Total (METs.minuto por
semana) da forma curta com a Actividade Física Total (METs.minuto por semana) da
forma longa e a Validade Critério, em que são comparadas cada forma do IPAQ (curta e
longa) com uma medida objectiva da actividade física, que neste caso é o monitor CSA.
O nível de significância estabelecido foi o de p <0,05. Para a estatística e análise dos
dados, a ferramenta de cálculo utilizada foi o SPSS 11.0 (Statistical Package for the
Social Sciences).
42
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
INTRODUÇÃO
43
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Características da Amostra
A amostra utilizada neste estudo foi constituída por 152 pessoas. No que diz respeito à
distribuição por sexo, a amostra foi constituída por 100 pessoas do sexo feminino e 52
do sexo masculino.
Numa primeira fase foram inquiridos 199 indivíduos, dos quais 47 elementos dessa
amostra inicial foram eliminados por três razões: mau funcionamento do acelerómetro;
incumprimento do requisito mínimo de utilização do acelerómetro de 5 dias e
inexistência de um tempo de registo mínimo de 500 minutos.
Analisando a amostra estudada, a média de idades é de 33,50 8,72 anos, sendo a idade
mais elevada de 63,00 anos e a mais baixa de 20,00 anos. Quanto ao Índice de Massa
Corporal (IMC) apresentam-se valores médios de 23,94 3,54 para o grupo, 24,78
3,48 para os homens e 23,52 3,51 para as mulheres. Segundo Heyward e Stolarczyk
(1996), os homens e as mulheres não apresentam elevados índices de obesidade, sendo
classificados como normais.
Categorização da Amostra
2
Os critérios estabelecidos para categorizar os indivíduos estão referidos no capítulo da metodologia, na
página 40.
44
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Quadro 9. Percentagem Válida (%) dos indivíduos da amostra nas três categorias obtidas
através do questionário IPAQ, forma curta e os acelerómetros CSA.
Quando se categoriza a amostra através do IPAQ observa-se que ela distribui-se pelas
três categorias criadas, em que 59,9% categoriza-se como vigorosamente activa, 17,1%
como moderadamente activa e 23% como insuficientemente activa. No que diz respeito
aos CSA, os indivíduos constituintes da nossa amostra apenas se distribuem pela
categoria moderadamente activa (94,7%) e insuficientemente activa (5,3%), não se
observando nenhum indivíduo na categoria vigorosamente activa.
Através do IPAQ constata-se que os homens são mais vigorosamente activos do que as
mulheres. Os homens apresentam uma percentagem de 63,5% e as mulheres de 58,0%.
No entanto, na categoria moderadamente activa, as mulheres apresentam um valor
superior ao homem (20,0% e 11,5% respectivamente). Quanto aos CSA, na categoria
45
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Um outro facto que se pode analisar são os valores obtidos para a categoria
insuficientemente activa, em que os homens apresentam valores mais elevados do que
as mulheres, tanto através de um método como do outro. Com os CSA, os homens
obtiveram uma percentagem de 11,5% e as mulheres 2,0%. Com o IPAQ os homens
apresentaram uma percentagem de 25,0% e as mulheres de 22,0%.
46
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os valores médios referentes aos impulsos por minuto registados pelos acelerómetros e
o tempo registado (tempo médio de utilização do acelerómetro), durante o total de dias,
estão apresentados no Quadro 10.
Quadro 10. Impulsos por minuto e tempo (minutos) registado pelos acelerómetros (Médias e
Desvios-padrão).
Os valores mínimos e máximos dos impulsos por minuto registados pelos acelerómetros
variam entre 112,85 e 710,04 impulsos por minuto para os homens e 116,00 e 974
impulsos por minuto para as mulheres. Ao nível dos valores mínimos não existe uma
diferença de valores tão pronunciada como se verifica para os valores máximos.
Comparando os valores, pode-se referir que, ao nível da média de impulsos por minuto
registados pelos acelerómetros, não existem diferenças entre os homens e as mulheres.
Shamsherally (1999) ao analisar os impulsos por minuto entre os sexos para o total de
dias e dias de semana, obteve resultados semelhantes excepto no fim-de-semana, em
que verificou diferenças significativas nos impulsos por minuto entre os homens e as
mulheres (401,1 para os homens e 285,7 para as mulheres). Janz e col. (1995) obtiveram
diferenças significativas quanto à média de impulsos registados pelos acelerómetros,
num estudo com crianças. Os rapazes alcançaram valores mais elevados do que as
raparigas (154,9 para os rapazes e 103,7 para as raparigas). Os autores explicam que as
47
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
48
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Quadro 11. Actividade Física Total (METs.minutos por semana) calculada através do questionário
IPAQ longo e curto (Médias e Desvios-padrão).
49
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A forma curta questiona sobre a Actividade Física Total de uma forma muito
generalizada, como já referimos, em que o indivíduo não define separadamente a sua
actividade física nos vários domínios, o que pode, por vezes, obscurecer de alguma
forma a actividade física em determinados domínios da sua vida.
Quadro 12. Actividade Física (METs.minutos por semana) calculada através do questionário
IPAQ longo nos vários domínios (Médias e Desvios-padrão).
Observa-se que existem diferenças nos valores médios de actividade física entre os
homens e as mulheres no domínio do trabalho e no domínio doméstico. No domínio do
trabalho os valores médios de actividade física são mais elevados nos homens (1047,37)
do que nas mulheres (276,25). Os baixos valores médios no domínio do trabalho para o
grupo, poderão ser explicados pelo reduzido número de respostas neste domínio, uma
vez que os indivíduos que responderam negativamente à questão 1a do domínio do
trabalho passavam geralmente para o domínio das deslocações/transportes, não
respondendo às questões referentes a toda a actividade física que faziam durante uma
semana como parte do seu trabalho.
51
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Shamsherally (1999), no seu estudo, observou valores médios mais elevados para as
mulheres nos domínios do trabalho e das deslocações, apresentando os homens um
valor médio mais elevado do que as mulheres para o domínio da recreação ao utilizarem
52
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
É unânime, tanto no nosso estudo como nos estudos acima referidos, o facto das
mulheres apresentarem valores médios de actividade física mais baixos no domínio da
recreação. Esta ocorrência pode ser devido às mulheres aproveitarem o seu tempo de
recreação para a realização de tarefas domésticas, uma vez que se destaca, neste estudo,
uma grande diferença nos valores médios de actividade física no domínio doméstico
entre os homens e as mulheres.
53
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Validade Simultânea
através das duas formas do IPAQ são significativos. O presente estudo também revela
um valor de correlação significativo (r = 0,45) mas ligeiramente mais reduzido.
Quadro 13. Coeficiente de Correlação de Spearman entre os impulsos por minuto registados
pelo acelerómetro e o questionário IPAQ longo e curto.
Acelerómetro
Pela análise do Quadro 13 pode-se salientar que para o grupo existe uma correlação
entre a média de impulsos por minuto registados pelos acelerómetros e o questionário
curto (r = 0,330, p <0,01), o que já não acontece com o questionário longo (r = 0,095, p
<0,01). Nos homens encontra-se um coeficiente de correlação negativo (r =-0,01, p
<0,01) entre a média dos impulsos por minuto e o questionário longo. O valor do
coeficiente de correlação entre a média dos impulsos por minuto e o questionário curto
revelou-se positivo mas baixo (r =0,208, p <0,01). Nas mulheres, observa-se uma
correlação também fraca entre os impulsos por minuto e o questionário longo (r =
0,196, p <0,01), mas a correlação apresentada entre os impulsos por minuto e o
55
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
56
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÕES
58
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
RECOMENDAÇÕES
59
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67
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
69
Estamos interessados em conhecer os níveis de actividade física habitual dos
Portugueses. As suas respostas vão ajudar-nos a compreender o quanto activos somos.
As questões referem-se ao tempo que dispende na actividade física numa semana. Este
questionário inclui questões acerca de actividades que faz no trabalho, para se deslocar
de um lado para outro, actividades referentes à casa ou ao jardim e actividades que
efectua no seu tempo livre para entretenimento, exercício ou desporto.
As suas respostas são importantes. Por favor responda a todas as questões mesmo que
não se considere uma pessoa activa.
Actividade física vigorosa refere-se a actividades que requerem muito esforço físico e
tornam a respiração muito mais intensa que o normal.
Actividade física moderada refere-se a actividades que requerem esforço físico
moderado e torna a respiração um pouco mais intensa que o normal.
1a Habitualmente, por semana, quantos dias faz actividades físicas vigorosas como
levantar e/ou transportar objectos pesados, cavar, ginástica aeróbica ou andar de
bicicleta a uma velocidade acelerada?
2a Normalmente, por semana, quantos dias faz actividade física moderada como
levantar e/ou transportar objectos leves, andar de bicicleta a uma velocidade moderada
ou jogar ténis? Não inclua o andar/caminhar.
_____ Passo vigoroso, que torna a sua respiração muito mais intensa que o
normal;
_____ Passo moderado, que torna a sua respiração um pouco mais intensa que o
normal;
_____ Passo lento, que não causa qualquer alteração na sua respiração;
72
Estamos interessados em conhecer os níveis de actividade física habitual dos
Portugueses. As suas respostas vão ajudar-nos a compreender o quanto activos somos.
As questões referem-se ao tempo que despende na actividade física numa semana. Este
questionário inclui questões acerca de actividades que faz no trabalho, para se deslocar
de um lado para outro, actividades referentes à casa ou ao jardim e actividades que
efectua no seu tempo livre para entretenimento, exercício ou desporto.
As suas respostas são importantes. Por favor responda a todas as questões mesmo que
não se considere uma pessoa activa.
Actividade física vigorosa refere-se a actividades que requerem muito esforço físico e
tornam a respiração muito mais intensa que
o normal.
__ Sim
__ Não (Passe para a Secção 2: Transportes)
As seguintes questões referem-se a toda a actividade física que faz durante uma
semana como parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. Não inclui
viagem de ida e volta para o emprego. Pense apenas nas actividades físicas que
faz no mínimo 10 minutos seguidos.
1b Habitualmente, por semana, quantos dias faz actividade física vigorosa, como
levantar e/ou transportar objectos pesados, cavar ou subir escadas, como parte do seu
emprego?
1d Normalmente, por semana, quantos dias faz actividade física moderada, como
levantar e/ou transportar cargas leves, no seu emprego?
1e Quanto tempo despende num desses dias a fazer actividade física moderada no seu
emprego?
1f Habitualmente, por semana, quantos dias caminha pelo menos 10 minutos seguidos
no seu emprego? Por favor não considere as viagens de ida e volta para o emprego.
1g Normalmente quanto tempo despende num desses dias a caminhar no seu emprego?
__ Passo vigoroso
__ Passo moderado ou
__ Passo lento
2a Normalmente, por semana, quantos dias viaja num veículo a motor como o comboio,
o autocarro, o carro ou eléctrico?
2c Normalmente, por semana, quantos dias anda, pelo menos 10 minutos, de bicicleta
para se deslocar de um lugar para outro?
2d Quanto tempo despende por dia a deslocar-se de bicicleta de um lugar para o outro?
__Velocidade rápida
__Velocidade moderada ou
__Velocidade lenta
2f Normalmente, por semana, quantos dias caminha, durante pelo menos 10 minutos,
para se deslocar de um lugar para outro?
Esta secção refere-se a algumas das actividades físicas que pode fazer numa semana
em casa, por exemplo, as limpezas, jardinagem, trabalhos gerais de manutenção ou
cuidar da família. Mais uma vez, considere apenas as actividades físicas que faça pelo
menos durante 10 minutos seguidos.
3a Normalmente, por semana, quantos dias faz actividade física vigorosa, como
levantar e/ou transportar objectos pesados, cortar madeira, limpar neve ou cavar no
jardim/quintal.
3b Quanto tempo despende por dia a fazer actividade física vigorosa no jardim/quintal?
3c Normalmente, por semana, quantos dias faz actividade física moderada, como
levantar e/ou transportar objectos leves, limpar/lavar janelas, varrer ou podar o
jardim/quintal?
3d Normalmente, quanto tempo despende por dia a fazer actividade física moderada no
seu jardim/quintal?
3e Normalmente, por semana, quantos dias faz actividade física moderada como
levantar e/ou objectos leves, limpar/lavar janelas, esfregar/limpar o chão e varrer dentro
de sua casa?
3f Quanto tempo despende por dia a fazer actividade física moderada dentro de sua
casa?
Esta secção refere-se a toda a actividade física e desportiva que efectua no seu tempo
livre para recreação numa semana. Mais uma vez, considere apenas a actividade que
faz durante pelo menos 10 minutos seguidos. Por favor NÃO inclua qualquer
actividade que já tenha mencionado.
4b Quanto tempo despende normalmente por dia a andar no seu tempo livre/ lazer?
4c Quando anda nos seus tempos livres, a que intensidade normalmente o faz?
4d Normalmente, por semana, quantos dias nos seus tempos livres faz actividade física
vigorosa como ginástica aeróbica, corrida, bicicleta, natação?
4e Normalmente, nos seus tempos livres, quanto tempo despende a fazer actividade
física vigorosa?
4f Normalmente, por semana, quantos dias nos seus tempos livres faz actividade física
moderada como andar de bicicleta a uma velocidade moderada, nadar e jogar ténis?
4g Quanto tempo costuma despender por dia a fazer actividade física moderada nos seus
tempos livres/lazer?
As últimas questões referem-se ao tempo em que está sentado por dia enquanto
trabalha, está em casa, faz o percurso para o emprego e durante os tempos livres.
Também pode ser incluído o tempo sentado numa secretária, a visitar amigos, a ler ou
a ver televisão. Não inclua o tempo sentado num veículo a motor que já tenha
mencionado.