Material de Apoio - Ergonomia

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ERGONOMIA

Instrutor:

MS.c. Thiago Macêdo


Apresentação Pessoal
Instrutor
 Mestre em Engenharia de Produção (Ergonomia/SST) – UFRN;
 Engenheiro em Segurança do Trabalho – AEST/RN;
 Ergonomista – Membro associado ABERGO;
 MBA Gestão de Projetos – USP;
 Pós-graduando Meio Ambiente e Sustentabilidade – FGV;
 CEO Ergo ON Engenharia;
 Engenheiro em Segurança do Trabalho – Riachuelo;
 Gerente de projetos em Ergonomia e SSMA – PEP/UFRN;
 Professor convidado PEP/UFRN (Pós Graduação); MS.c. Thiago Allan M. de Macêdo

 Perito judicial TRT 21° Região e JFRN;


 Prêmios nacional e internacional em Ergonomia (2019/2020) – UFRN/JFRN;
 Artigos publicados em revistas nacional e internacional (WORK, 2020);
 Registro (patente) em Software Ergo Interativo (2020) – UFRN.
Ergonomia nas Empresas
NR 17 (2021)
NR 17 - Ergonomia

17.1 Objetivo

17.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho.

17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de


materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas
manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho.
NR 17 - Ergonomia

17.2 Campo de aplicação

17.2.1 Esta Norma se aplica a todas as situações de trabalho, relacionadas às condições previstas no subitem
17.1.1.1, das organizações e dos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como dos órgãos dos
Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público que possuam empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT.

17.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR a outras relações jurídicas.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.1 A organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho que, em
decorrência da natureza e conteúdo das atividades requeridas, demandam adaptação às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a implementação das medidas de prevenção e
adequações necessárias previstas nesta NR.

17.3.1.1 A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser realizada por meio de
abordagens qualitativas, semiquantitativas, quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos
requisitos legais, a fim de identificar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas de
prevenção necessárias.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.1.2 A avaliação ergonômica preliminar pode ser contemplada nas etapas do processo de identificação de
perigos e de avaliação dos riscos descrito no item 1.5.4 da Norma Regulamentadora nº 01 (NR 01) – Disposições
Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.

17.3.1.2.1 A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho deve ser registrada pela organização.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.2 A organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho - AET da situação de trabalho quando:
a) observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
b) identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas;
c) sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; (houver evidências de associação,
por meio do controle médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e

as situações de trabalho identificados) ou


d) indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.3 A AET deve abordar as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta NR, incluindo as seguintes
etapas:
a) análise da demanda e, quando aplicável, reformulação do problema;
b) análise do funcionamento da organização, dos processos, das situações de trabalho e da atividade;
c) descrição e justificativa para definição de métodos, técnicas e ferramentas adequados para a análise e sua
aplicação, não estando adstrita à utilização de métodos, técnicas e ferramentas específicos;
d) estabelecimento de diagnóstico;
e) recomendações para as situações de trabalho analisadas; e
f) restituição dos resultados, validação e revisão das intervenções efetuadas, quando necessária, com a
participação dos trabalhadores.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.4 As Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 e o
Microempreendedor Individual – MEI não são obrigados a elaborar a AET, mas devem atender todos os demais
requisitos estabelecidos nesta NR, quando aplicáveis.
17.3.4.1 As ME ou EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 devem realizar a AET quando observadas as
situações previstas nas alíneas “c” e “d” do item 17.3.2
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.5 Devem integrar o inventário de riscos do PGR:


a) os resultados da avaliação ergonômica preliminar; e
b) a revisão, quando for o caso, da identificação dos perigos e da avaliação dos riscos, conforme indicado pela
AET.
17.3.6 Devem ser previstos planos de ação, nos termos do PGR, para:
a) as medidas de prevenção e adequações decorrentes da avaliação ergonômica preliminar, atendido o previsto
nesta NR; e
b) as recomendações da AET.
NR 17 - Ergonomia
17.3 Avaliação das situações de trabalho

17.3.7 O relatório da AET, quando realizada, deve ficar à disposição na organização pelo prazo de 20 (vinte)
anos.
17.3.8 A organização deve garantir que os empregados sejam ouvidos durante o processo da avaliação
ergonômica preliminar e na AET.
NR 17 - Ergonomia
Dica de Livro

Autores:
Itiro Iida
Lia Buarque
Ergonomia nas Empresas
NR 17 (2021)
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
a) as normas de produção;

São todas as normas, escritas ou não, explícitas ou


implícitas, que o trabalhador deve seguir para realizar a
tarefa. Aqui se incluem desde o horário de trabalho, a
duração e a frequência das pausas, a qualidade
desejada do produto, passando pela utilização
obrigatória do mobiliário e dos equipamentos
disponíveis.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
a) as normas de produção;
Exemplo: uma telefonista deve atender o cliente rapidamente e, ao
mesmo tempo, deve ser cortês, polida, educada e nunca pode
A descrição das normas de produção é tomar a iniciativa de interromper a ligação. Hoje temos TMO/ TMA/
QUALIDADE/OUTROS.
muito importante para se entender as
dificuldades do trabalhador, pois, quase
sempre, a sua explicitação permite
evidenciar as normas contraditórias da
tarefa.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
b) O modo operatório, quando aplicável;

Varia de acordo com as modificações da matéria-


prima, do estado dos equipamentos e das
próprias condições psicofisiológicas dos
trabalhadores.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
c) A exigência de tempo;

Expressa o quanto deve ser produzido em um


determinado tempo, sob imposição. Uma
expressão equivalente seria “a pressão de
tempo”.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
d) O ritmo de trabalho;

Aqui devemos fazer uma distinção entre ritmo e a


cadência. A cadência tem um aspecto
quantitativo, o ritmo qualitativo.

Exemplo: Com base na informação de determinado relatório. Um trabalhador realiza


1200 levantamentos por dia do braço direito até a altura do ombro.
Essa medida sozinha não nos permite fazer um julgamento sobre o que ela representa
como carga para trabalhador. Se ele mesmo gerencia a sua cadência e, portanto, pode
alterá-la ao longo do dia ou de um dia para o outro, provavelmente, ele tolerará melhor
essa imposição.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
e) O conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos disponíveis;

O conteúdo das tarefas designa o modo como o trabalhador


percebe as condições de seu trabalho: estimulante,
socialmente importante, monótono ou aquém de suas
capacidades.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
f) Os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a saúde do trabalhador;

Exemplos:
1 – Caixa de supermercado;
2 – Cozinheira;
3 – Vendedora de loja.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.2 Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do tronco, do pescoço, da cabeça, dos
membros superiores e dos membros inferiores, devem ser adotadas medidas técnicas de engenharia,
organizacionais e/ou administrativas, com o objetivo de eliminar ou reduzir essas sobrecargas, a partir da
avaliação ergonômica preliminar ou da AET.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.3 Devem ser implementadas medidas de prevenção, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET,
que evitem que os trabalhadores, ao realizar suas atividades, sejam obrigados a efetuar de forma contínua e
repetitiva:
a) posturas extremas ou nocivas do tronco, do pescoço, da cabeça, dos membros superiores e/ou dos membros
inferiores;
b) movimentos bruscos de impacto dos membros superiores;
c) uso excessivo de força muscular;
d) frequência de movimentos dos membros superiores ou inferiores que possam comprometer a segurança e a
saúde do trabalhador;
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.3 Devem ser implementadas medidas de prevenção, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET,
que evitem que os trabalhadores, ao realizar suas atividades, sejam obrigados a efetuar de forma contínua e
repetitiva:
e) exposição a vibrações, nos termos do Anexo I da Norma Regulamentadora nº 09 - Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos; ou
f) exigência cognitiva que possa comprometer a segurança e saúde do trabalhador.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.3.1 As medidas de prevenção devem incluir duas ou mais das seguintes alternativas:
a) pausas para propiciar a recuperação psicofisiológica dos trabalhadores, que devem ser computadas como
tempo de trabalho efetivo;
b) alternância de atividades com outras tarefas que permitam variar as posturas, os grupos musculares utilizados
ou o ritmo de trabalho;
c) alteração da forma de execução ou organização da tarefa; e
d) outras medidas técnicas aplicáveis, recomendadas na avaliação ergonômica preliminar ou na AET.
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17.4 Organização do trabalho
17.4.3.1.1 Quando não for possível adotar as alternativas previstas nas alíneas “c” e “d” do subitem 17.4.3.1,
devem obrigatoriamente ser adotadas pausas e alternância de atividades previstas, respectivamente, nas alíneas
“a” e “b” do subitem 17.4.3.1.
17.4.3.2 Para que as pausas possam propiciar descanso e recuperação psicofisiológica dos trabalhadores, devem
ser observados os requisitos mínimos:
a) a introdução das pausas não pode ser acompanhada de aumento da cadência individual; e
b) as pausas devem ser usufruídas fora dos postos de trabalho.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho

17.4.3.3 Deve ser assegurada a saída dos postos de trabalho para satisfação das necessidades fisiológicas dos
trabalhadores nos termos do item 24.9.8 da Norma Regulamentadora nº 24 (NR 24) - Condições Sanitárias e de
Conforto nos Locais de Trabalho, independentemente da fruição das pausas.
17.4.4 Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores.
17.4.5 A concepção dos postos de trabalho deve levar em consideração os fatores organizacionais e ambientais, a
natureza da tarefa e das atividades e facilitar a alternância de posturas.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.4.6 As dimensões dos espaços de trabalho e de circulação, inerentes à execução da tarefa, devem ser
suficientes para que o trabalhador possa movimentar os segmentos corporais livremente, de maneira a facilitar o
trabalho, reduzir o esforço do trabalhador e não exigir a adoção de posturas extremas ou nocivas.
17.4.7 Os superiores hierárquicos diretos dos trabalhadores devem ser orientados para buscar no exercício de
suas atividades:
a) facilitar a compreensão das atribuições e responsabilidades de cada função;
b) manter aberto o diálogo de modo que os trabalhadores possam sanar dúvidas quanto ao exercício de suas
atividades;
c) facilitar o trabalho em equipe; e
d) estimular tratamento justo e respeitoso nas relações pessoais no ambiente de trabalho.
NR 17 - Ergonomia
17.4 Organização do trabalho
17.4.7.1 A organização com até 10 (dez) empregados fica dispensada do atendimento ao item 17.4.7.
NR 17 - Ergonomia
Dica de Livro

Autores:
Pierre Falzon
Ergonomia nas Empresas
NR 17 (2021)
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.1 Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas por um trabalhador cujo peso seja
suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.5.1.1 A carga suportada deve ser reduzida quando se tratar de trabalhadora mulher e de trabalhador
menor nas atividades permitidas por lei.
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.2 No levantamento, manuseio e transporte individual e não eventual de cargas, devem ser observados os
seguintes requisitos:
a) os locais para pega e depósito das cargas, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET, devem ser
organizados de modo que as cargas, acessos, espaços para movimentação, alturas de pega e deposição não
obriguem o trabalhador a efetuar flexões, extensões e rotações excessivas do tronco e outros posicionamentos
e movimentações forçadas e nocivas dos segmentos corporais; e
b) cargas e equipamentos devem ser posicionados o mais próximo possível do trabalhador, resguardando
espaços suficientes para os pés, de maneira a facilitar o alcance, não atrapalhar os movimentos ou ocasionar
outros riscos.
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.2.1 É vedado o levantamento não eventual de cargas que possa comprometer a segurança e a saúde do
trabalhador quando a distância de alcance horizontal da pega for superior a 60 cm (sessenta centímetros) em
relação ao corpo.
17.5.3 O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes, carros de mão ou
qualquer outro aparelho mecânico devem observar a carga, a frequência, a pega e a distância percorrida, para
que não comprometam a saúde ou a segurança do trabalhador.
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.4 Na movimentação e no transporte manual não eventual de cargas, devem ser adotadas uma ou mais das
seguintes medidas de prevenção:
a) implantar meios técnicos facilitadores;
b) adequar o peso e o tamanho da carga (dimensões e formato) para que não provoquem o aumento do esforço
físico que possa comprometer a segurança e a saúde do trabalhador;
c) limitar a duração, a frequência e o número de movimentos a serem efetuados pelos trabalhadores;
d) reduzir as distâncias a percorrer com cargas, quando aplicável; e
e) efetuar a alternância com outras atividades ou pausas suficientes, entre períodos não superiores a duas
horas.
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.5 Todo trabalhador designado para o transporte manual não eventual de cargas deve receber orientação
quanto aos métodos de levantamento, carregamento e deposição de cargas.
17.5.6 O capítulo 17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas desta NR não se aplica a
levantamento, transporte e movimentação de pessoas.
NR 17 - Ergonomia
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

17.5.5 Todo trabalhador designado para o transporte manual não eventual de cargas deve receber orientação
quanto aos métodos de levantamento, carregamento e deposição de cargas.
17.5.6 O capítulo 17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas desta NR não se aplica a
levantamento, transporte e movimentação de pessoas.
NR 17 - Ergonomia
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho

17.6.1 O conjunto do mobiliário do posto de trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de seus
elementos que permitam adaptá-lo às características antropométricas que atendam ao conjunto dos
trabalhadores envolvidos e à natureza do trabalho a ser desenvolvido.
17.6.2 Sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a posição sentada, o posto
de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a alternância das posições.
NR 17 - Ergonomia
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho

17.6.3 Para trabalho manual, os planos de trabalho devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação dos segmentos corporais de
forma a não comprometer a saúde e não ocasionar amplitudes articulares excessivas ou posturas nocivas de
trabalho;
b) altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida
dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
c) área de trabalho dentro da zona de alcance manual e de fácil visualização pelo trabalhador;
NR 17 - Ergonomia
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho

17.6.3 Para trabalho manual, os planos de trabalho devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
d) para o trabalho sentado, espaço suficiente para pernas e pés na base do plano de trabalho, para permitir que o
trabalhador se aproxime o máximo possível do ponto de operação e possa posicionar completamente a região
plantar, podendo utilizar apoio para os pés, nos termos do item 17.6.4; e
e) para o trabalho em pé, espaço suficiente para os pés na base do plano de trabalho, para permitir que o
trabalhador se aproxime o máximo possível do ponto de operação e possa posicionar completamente a região
plantar.
NR 17 - Ergonomia
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho

17.6.3.1 A área de trabalho dentro da zona de alcance máximo pode ser utilizada para ações que não
prejudiquem a segurança e a saúde do trabalhador, sejam elas eventuais ou também, conforme AET, as não
eventuais.
17.6.4 Para adaptação do mobiliário às dimensões antropométricas do trabalhador, pode ser utilizado apoio para
os pés sempre que o trabalhador não puder manter a planta dos pés completamente apoiada no piso.
17.6.5 Os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que
possibilitem fácil alcance, além de atender aos requisitos estabelecidos no item 17.6.3.
NR 17 - Ergonomia
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho

17.6.6 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) sistemas de ajustes e manuseio acessíveis;
c) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
d) borda frontal arredondada; e
e) encosto com forma adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.6.7 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados em pé, devem ser colocados assentos com
encosto para descanso em locais em que possam ser utilizados pelos trabalhadores durante as pausas.
17.6.7.1 Os assentos previstos no item 17.6.7 estão dispensados do atendimento ao item 17.6.6.
NR 17 - Ergonomia
17.7 Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais

17.7.1 O trabalho com máquinas e equipamentos deve atender, em consonância com a Norma Regulamentadora
nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, além das demais disposições desta NR, aos aspectos
constantes neste capítulo.
17.7.2 Os fabricantes de máquinas e equipamentos devem projetar e construir os componentes, como monitores
de vídeo, sinais e comandos, de forma a possibilitar a interação clara e precisa com o operador objetivando reduzir
possibilidades de erros de interpretação ou retorno de informação, nos termos do item 12.9.2 da NR 12.
17.7.2.1 A localização e o posicionamento do painel de controle e dos comandos devem facilitar o acesso, o
manejo fácil e seguro e a visibilidade da informação do processo.
NR 17 - Ergonomia
17.7 Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais

17.7.3.1 Os equipamentos devem ter condições de mobilidade suficiente para permitir o ajuste da tela do
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de
visibilidade ao trabalhador.
17.7.3.2 Nas atividades com uso de computador portátil de forma não eventual em posto de trabalho, devem ser
previstas formas de adaptação do teclado, do mouse ou da tela a fim de permitir o ajuste às características
antropométricas do trabalhador e à natureza das tarefas a serem executadas.
17.7.4 Devem ser dotados de dispositivo de sustentação os equipamentos e ferramentas manuais cujos pesos e
utilização na execução das tarefas forem passíveis de comprometer a segurança ou a saúde dos trabalhadores ou
adotada outra medida de prevenção, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET.
NR 17 - Ergonomia
17.7 Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais

17.7.5 A concepção das ferramentas manuais deve atender, além dos demais itens desta NR, aos seguintes
aspectos:
a) facilidade de uso e manuseio; e
b) evitar a compressão da palma da mão ou de um ou mais dedos em arestas ou quinas vivas.
17.7.6 A organização deve selecionar as ferramentas manuais para que o tipo, formato e a textura da
empunhadura sejam apropriados à tarefa e ao eventual uso de luvas.
NR 17 - Ergonomia
17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho

17.8.1 Em todos os locais e situações de trabalho deve haver iluminação, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.8.2 A iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.
17.8.3 Em todos os locais e situações de trabalho internos, deve haver iluminação em conformidade com os níveis
mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho estabelecidos na Norma de Higiene
Ocupacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes Internos de
Trabalho, versão 2018.
NR 17 - Ergonomia
17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho

17.8.4 Nos locais de trabalho em ambientes internos onde são executadas atividades que exijam manutenção da
solicitação intelectual e atenção constantes, devem ser adotadas medidas de conforto acústico e de conforto
térmico, conforme disposto nos subitens seguintes.
17.8.4.1 A organização deve adotar medidas de controle do ruído nos ambientes internos com a finalidade de
proporcionar conforto acústico nas situações de trabalho.
17.8.4.1.1 O nível de ruído de fundo para o conforto deve respeitar os valores de referência para ambientes
internos de acordo com sua finalidade de uso estabelecidos em normas técnicas oficiais.
17.8.4.1.2 Para os demais casos, o nível de ruído de fundo aceitável para efeito de conforto acústico será de até 65
dB(A), nível de pressão sonora contínuo equivalente ponderado em A e no circuito de resposta Slow (S).
NR 17 - Ergonomia
17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho

17.8.4.2 A organização deve adotar medidas de controle da temperatura, da velocidade do ar e da umidade com a
finalidade de proporcionar conforto térmico nas situações de trabalho, observando-se o parâmetro de faixa de
temperatura do ar entre 18 e 25 °C para ambientes climatizados.
17.8.4.2.1 Devem ser adotadas medidas de controle da ventilação ambiental para minimizar a ocorrência de
correntes de ar aplicadas diretamente sobre os trabalhadores.
17.8.5 Fica ressalvado o atendimento dos itens 17.8.3 e 17.8.4.2 nas situações em que haja normativa específica
com a devida justificativa técnica de que não haverá prejuízo à segurança ou à saúde dos trabalhadores.
NR 17 - Ergonomia
Dica de Livro

Autores:
E. Grandjean
Ergonomia nas Empresas
AET na pratica - Contratante
NR 17 - Ergonomia
10 Passos de como devemos proceder na prática?

1. Reunião com equipe do SESMT;


2. Ganhar a confiança dos especialistas;
3. Visita técnica in loco para conhecer a estrutura da empresa;
4. Realizar reunião de apresentação pessoal com equipe do setor a ser avaliado;
5. Explicar com detalhes ao empregado a ser acompanhado o seu papel e a importância do relato do mesmo
para possíveis melhorias no processo;
NR 17 - Ergonomia
10 Passos de como devemos proceder na prática?

6. Ganhar confiança do empregado;


7. Iniciar observação com fotos e/ou vídeos;
8. Realizar pesquisa semiestruturada com empregado;
9. Apresentar principais observações e possíveis melhorias com empregado;
10. Apresentar a AET para o SESMT e alta gestão.
Ergonomia nas Empresas
COERGO – Comitê de Ergonomia da empresa
COERGO – Comitê de Ergonomia

Porque uma empresa ou instituição pratica Ergonomia?


COERGO – Comitê de Ergonomia
Resposta:
 Preservação da saúde dos trabalhadores;

 Ganho na produtividade efetiva;

 Prevenção de acidentes do trabalho;

 Versatilidade dos funcionários;

 Sustentabilidade do negócio;

 Redução de custos com melhorias ergonômicas;

 Redução do ABS.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Ergonomia como um Processo, e não como um Programa:

• Nosso propósito é que a Ergonomia seja instituída não como um programa, mas sim como um processo, sendo
realista na sua capacidade de respostas aos problemas, mas incorporada ao dia a dia da unidade,
permanentemente;
• Não há soluções milagrosas ou respostas muito rápidas;
• O processo remete a melhoria contínua;
• Redução gradativa e eficaz das situações dos riscos dos fatores ergonômicos;
• Sempre que houver qualquer projeto novo, seja físico, sistêmico ou organizacional, haja um compromisso com
a Ergonomia.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Principais METAS do processo de Ergonomia

1. Redução significativas das lesões e doenças relacionadas ao trabalho;


2. Redução de acidentes relacionados a falta de condições ergonômicas adequadas;
3. Eliminar gradativamente situações causadoras de dor, fadiga, desconforto e dificuldade na realização do
trabalho;
4. Implantar sistema de gestão da Ergonomia, com ações integradas.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

1. Comprometimento da Alta gestão;


• Criação do Comitê Deliberativo;
• Garantir apoio ao processo de Ergonomia;
• Nomear Coordenador do comitê executivo;
• Aprovação orçamentária para investimentos;
• Cobrar coordenador e gerência de cada setor/unidade para as soluções dos problemas;
• O Coordenador do comitê executivo deve participar das reuniões do comitê deliberativo naqueles assuntos
referente à sua área;
• Informar problemas que não andam, para que seja tomada a posição sobre as questões pendentes.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

2. Comitê executivos bem estruturados


• Formado por membro de cada departamento que realmente possam resolver problemas e coordenado por
membro indicado pelo comitê deliberativo;
• Deve-se nomear um membro para secretário executivo, que deverá manter em ordem a documentação de
evidência;
• Sempre solicitar participação dos servidores.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

3. Correção adequada das questões detectadas


• Pequenas melhorias (ver, agir, validar e documentar);
• Soluções conhecidas (estudo das adequações e replicação das soluções);
• Estudo ergonômico (soluções complexas);
• Devolução a chefia (gestão do processo de trabalho);
• Rodízio, tempo de recuperação de fadiga e alocação de mais trabalhadores (não há solução).
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

4. Atuação Proativa
• Envolvimento e alinhamento do COERGO com equipe de projetos, reduzindo o custo em caso de modificação
do escopo do projeto.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

5. Indicadores de processo e de resultados


• Real cumprimento das atividades previstas, reuniões realizadas, comparecimento dos membros, panorama
ergonômico de cada área e plano de ação para as principais questões de risco;
• Panorama ergonômico com definição de prioridades e metas de correção;
• Acompanhamento e gestão dos dados estatísticos, tais como: queixas, afastamentos, entre outros.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

6. Definir o “Puxador” do Processo de Ergonomia:


• Deve ser algum membro do SESMT, com interesse em Ergonomia;
• Conheça a legislação de higiene, segurança e Medina do trabalho.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

7. Funções do “Puxador” de Ergonomia:


• Montar com comitê deliberativo e o coordenador (a) do comitê Executivo, o panorama ergonômico das
diversas áreas;
• Acompanhamento do comitê, mantendo controle das reuniões e da eficiência de sua atuação;
• Acompanhamento técnico dos estudos ergonômicos e planos de ação das áreas;
• Levantar indicadores de processo e de resultado;
• Montar estatísticas;
• Entre outras funções.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

8. Oficializar o Comitê de Ergonomia - Estatuto:


• Posse dos membros com suas funções estabelecidas;
• Definição da periodicidade das reuniões;
• Definir tempo do mandato dos membros;
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Pilares para eficácia de um processo de Ergonomia:

8. Oficializar o Comitê de Ergonomia - Estatuto:


1. Comitê Deliberativo (diretoria/gerente geral);
2. Coordenador do Comitê Executivo;
3. Secretária Executiva;
4. Lideres/Membros do Comitê Executivo;
5. Periodicidade das reuniões;
6. Tempo do mandato.
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

POP (Procedimento Operacional Padrão) da Blitz Ergo


Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Planilha de acompanhamento – Blitz Ergo

Vamos
Praticar?
Instituição da Ergonomia como um sistema de gestão

Ata de reunião semanal (RAC – Reunião de Análise Crítica)


NR 17 - Ergonomia
Dica de Livro

Autores:
Hudson Couto
Ergonomia nas Empresas
AET – Referencial teórico
Referencial teórico - Ergonomia
Existem diversas definições de ergonomia. Todas procuram ressaltar o caráter interdisciplinar e o objeto de
seu estudo, que é a interação entre o ser humano e o trabalho, no sistema humano-máquina-ambiente;

Segundo a International Ergonomics Association (2000), Ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina
científica relacionada com a compreensão das interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema, e a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-
estar humano e o desempenho do sistema global.
Referencial teórico - Ergonomia
De acordo com a International Ergonomics Association (IEA), a Ergonomia pode ser analisada sob três
domínios de especialização:
Ergonomia Física lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica;

Ergonomia Cognitiva refere-se aos processos mentais, como percepção, cognição, memória, raciocínio, e
sua relação nas interações entre os seres humanos e outros elementos do sistema;

Ergonomia Organizacional refere-se aos sistemas sociotécnicos, abrangendo as estruturas organizacionais,


políticas e processos.
Referencial teórico - Ergonomia Figura: Esquema geral da abordagem AET

A esquematização proposta por Guérin


et al (2001) esclarece que a abordagem
AET necessita de protocolos para
geração de dados globais, materiais
estes que deverão ser aplicados a
catalogação de dados in loco frutos da
interação do ergonomista com as
pessoas do setor escolhido para
discussão.

Fonte: Guérin et al. (2001, p. 86)


Referencial teórico - Ergonomia
Figura: Fluxo da Análise Ergonômica do Trabalho
Segundo Másculo e Vidal (2011), a AET
se molda em um conjunto estruturado e
interligado em análises de situações
laborais, globalmente e
sistematicamente, sobre as atividades
dos trabalhadores no meio
organizacional formulando diagnósticos
a partir dos problemas no ambiente de
trabalho.

Fonte: Másculo e Vidal (2011)


Referencial teórico - Ergonomia
Segundo David (2005), há uma real necessidade da correta medição da exposição dos trabalhadores aos fatores
que possam contribuir significativamente ao desenvolvimento de Lesões por Esforços Repetitivos (LER).
A partir dessa temática que os softwares baseados em ergonomia surgem para contribuir em meio a interação
homem-máquina, estimando pontos de articulação e segmentos do corpo humano em prol de uma análise
ergonômica do trabalho eficaz (JAIN, 2011; MICHEL; QAMMAZ; ARGYROS, 2017).
Referencial teórico - Ergonomia
Em virtude da pandemia do COVID 19, diversas empresas, buscaram inovações tecnológicas para garantir
continuidade dos negócios por meio do trabalho remoto (teletrabalho);

Segundo Macêdo et. Al (2020), evidenciou-se um grande impacto estratégico sobre essa nova modalidade
de trabalho em diversos ramos da economia, alinhada com maior segurança e saúde dos empregados.
Ergonomia nas Empresas
AET – Ferramentas
Método Diagrama de Corlett

• Diagrama proposto por Corlett e Wilson


(2000);
• Um diagrama para levantamento de dados
ergonômicos com relação a desconforto e
dor;
• O corpo humano é dividido em 15
segmentos;
• Facilita a localização de áreas em que os
trabalhadores sentem dores.
Método Diagrama de Corlett

• Utilizando uma adaptação do Questionário Nórdico de sintomas músculo-esquelético;

• O trabalhador aponta as regiões onde sente dores e o índice (intensidade) de desconforto ou dor;

• E classifica em 5 níveis:

1 – Nenhum desconforto / dor


2 – Algum desconforto / dor
3 – Moderado desconforto / dor
4 – Bastante desconforto / dor
5 – Intenso desconforto / dor
• Os dados obtidos são relativos aos últimos 30 dias de trabalho e podem ser analisados conforme gráfico da
Figura.
Método Diagrama de Corlett

Diagrama de Corlett (adaptado)

Perna Direita

Perna Esquerda

Região do Corpo
Punho / Mão (D)

Punho / Mão (E)

Cabeça

0 1 2 3 4 5
Intensidade
Método Diagrama de Corlett
Método LEST

O Método LEST avalia as condições de trabalho:


 Vertente física;
 Carga mental; e
 Aspectos psicológicos.
Método LEST
Método OWAS

• O sistema OWAS (Ovako Working Posture Analysing System) foi desenvolvido por três pesquisadores
finlandeses (Karku, Kansi e Kuorinka, 1977);

• É um método simples e útil destinado à análise ergonômica da carga postural.

• Baseia seus resultados na observação das posições diferentes adotadas pelo trabalhador durante o
desenvolvimento da tarefa e captação em imagens das posturas de maior incômodo, desconforto e dor ao
trabalhador.
Método OWAS

Com base nessas avaliações, as posturas são classificadas em


uma das seguintes categorias:

 Classe 1 – Postura normal, que dispensa cuidados, a


não ser em casos excepcionais;
 Classe 2 – Postura que de deve ser verificada durante
a próxima revisão rotineira dos métodos de trabalho;
 Classe 3 – Postura que deve merecer atenção em
curto prazo;
 Classe 4 – Postura que deve merecer atenção
imediata.
Método OWAS DURAÇÃO MÁXIMA
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
(% da jornada de trabalho)

1. Dorso Reto 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Classificação das posturas de

DORSO
2. Dorso Inclinado 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3
acordo com a duração das
3. Dorso Reto e torcido 1 1 2 2 2 3 3 3 3 3
posturas 4. Inclinado Torcido 1 2 2 3 3 3 3 4 4 4

1. Dois braços para baixo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

BRAÇOS
2. Um braço para cima 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3

3. Dois braços para cima 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3

1. Duas pernas retas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2

2. Uma perna reta 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2

3. Duas pernas flexionadas 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3

PERNAS 4. Uma perna flexionada 1 2 2 3 3 3 3 4 4 4

5. Uma perna ajoelhada 1 2 2 3 3 3 3 4 4 4

6. Deslocamento com as pernas 1 1 2 2 2 3 3 3 3 3

7. Duas pernas suspensas 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2


Método OWAS

1 2 3 4 5 6 7 Pernas
Dorso Braços
Classificação das posturas de 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 Cargas
acordo com a duração das 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1
posturas 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 3 2 2 3 1 1 1 1 1 2
1 2 2 3 2 2 3 2 2 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 3 3
2 2 2 2 3 2 2 3 2 3 3 3 4 4 3 4 4 3 3 4 2 3 4
3 3 3 4 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 2 3 4
1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 3 3 4 4 4 1 1 1 1 1 1
3 2 2 2 3 1 1 1 1 1 2 4 4 4 4 4 4 3 3 3 1 1 1
3 2 2 3 1 1 1 2 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 1 1 1
1 2 3 3 2 2 3 2 2 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 3 4
4 2 3 3 4 2 3 4 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 3 4
3 4 4 4 2 3 4 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 3 4
Método REBA

O Método REBA (Rapid Entire Body Assessment) é um método que permite avaliar a exposição dos
trabalhadores aos fatores de risco que podem ocasionar traumas devido à postura:
• Dinâmica;
• Estática.
Tem como objetivo:
• Desenvolver um sistema de análise postural sensível ao risco músculo-esquelético em diferentes atividades;
• Dividir o corpo em segmentos a serem codificados individualmente;
• Tendo referencia aos planos de movimento;
• Oferecer um nível de ação como indicação de urgência.
Método REBA

Grupo A
Método REBA

Grupo A
Método REBA

Grupo B
Método REBA

Grupo B
Método REBA

NÍVEIS DE AÇÃO REBA (PONTUAÇÃO C + PONTUAÇÃO DA ATIVIDADE)

Ação (incluindo
Nível de Ação Pontuação Nível de Risco
análises posteriores)

0 1 Trivial Não necessária


1 2–3 Baixo Pode ser necessária
2 4–7 Médio Necessária

3 8 – 10 Alto Necessária rapidamente


4 11 – 15 Muito Alto Atuação imediata
Método RULA

Permite avaliar a exposição dos trabalhadores a fatores de risco que podem ocasionar transtornos aos membros
superiores do corpo:
• Posturas;
• Repetitividade de movimentos;
• Forças aplicadas; e
• Atividade estática do sistema músculo-esquelético.
Método RULA
Método RULA
SELECT ONLY ONE OF THESE:
 No resistance  less than 2kg intermittent load or force
Force & Load for the neck,
 2–10kg intermittent load or force
trunk and legs
 2–10kg static load  2-10kg repeated loads or forces  10kg or more intermittent load or force
 10kg static load  10kg repeated loads or forces  Shock or forces with rapid buildup
Muscle Use  Posture is mainly static, e.g. held for longer than 1 minute or repeated more than 4 times per minute
Método RULA
NASA - Task Load Index (1986)
É um questionário multidimensional que busca avaliar a
Quadro - Definição das dimensões do NASA-TLX
subjetividade da carga de trabalho. Ele foi projetado Dimensões Definições

para reduzir entre os avaliadores a variabilidade usando Quantidade da atividade mental e perceptiva que a tarefa necessita
Mental
(pensar, decidir, calcular, lembrar, olhar, procurar, etc.)
as definições a priori de carga de trabalho, a média de
Quantidade de atividade física que a tarefa necessita (puxar,
Física
empurrar,girar, deslizar, etc.)
pesos e avaliações em sub-escalas (NASA, 1986).
Nível de pressão temporal sentida. Razão entre o tempo necessário
Temporal
disponível
É uma classificação que fornece uma pontuação de
Até que ponto o indivíduo se sente satisfeito com o desempenho no
Desempenho
carga de trabalho com base em uma média ponderada trabalho
Grau de esforço mental e físico que o sujeito tem que realizar para
Esforço
seu nível de rendimento.
de seis sub-escalas: Demanda (Exigência) Mental, Até que ponto o sujeito se sente inseguro, estressado,
Frustação
irritado,descontente, etc., durante a realização da atividade
Demanda (Exigência) Física, Demanda (Exigência)
Fonte: Adaptado de Manual NASA-TLX apud Cardoso; Gontijo (2012, p. 878)
Temporal, Desempenho, Esforço e Frustração.
Ergonomia nas Empresas
AET – Ferramentas
Método Diagrama de Corlett – Vamos Praticar!!
Método Diagrama de Corlett – Vamos Praticar!!
NASA
Vamos Praticar!!
NASA
Vamos Praticar!!
Ergonomia nas Empresas
AET – Ferramentas
RULA
Vamos Praticar!!
RULA
Vamos Praticar!!
RULA
Vamos Praticar!!
AVALIAÇÃO DA FERRAMENTA RULA
Vamos Praticar!!

Trabalhador rural – Colheita de melão


Ergonomia nas Empresas
Software Ergo Interativo
RELATÓRIO GLOBAL - AET

Vamos
Praticar!!
Ergonomia nas Empresas
Software Ergo Interativo - Resultados
Figura 8: Representação esquemática da metodologia da pesquisa

Implementação do Software Ergo


Interativo.

Primeira Etapa da pesquisa Segunda Etapa da Pesquisa Terceira etapa da pesquisa Quarta etapa da pesquisa Quinta etapa da pesquisa

Levantamento dos mobiliários e


Análise Ergonômica do Trabalho Aplicação do Software Ergo
Identificação da demanda equipamentos disponíveis nas Confecção do Software Ergo
Interativo junto aos servidores da
ergonômica da JFRN unidades da JFRN Interativo
JFRN

Pesquisa
Apresentação do PROERGO de
Avaliação ambiental dos satisfação
(Programa de Ergonomia) aos setores da JFRN
servidores da JFRN Caracterização Teste
da instituição. simulado
Introdução da da câmera
demanda
inicial

Acompanhamento
Umidade e Design da Interface
Conforto velocidade do plataforma com usuário
Acústico ar
Dados dos
Estatística (NBR
cargos
existente de ABS 10152/2017) Registro do
Software
Proposição de
Observação da atividade.
v e
soluções
Aplicação de Conforto Confecção vdo diagnóstico
recomendações
questionários e térmico ergonômico.
entrevistas
Observação globais da
atividade e formulação do Fonte: Autor do trabalho,2019.
Iluminamento
(NHO 11) pré- diagnóstico
Resultados encontrados

 Principais causas de afastamentos; Transtornos mentais e comportamentais.


Doenças do aparelho respiratório.
0,163978495
0,139784946
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. 0,129032258
Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato… 0,10483871
 Relacionado as demandas ergonômicas Doenças do aparelho digestivo. 0,077956989
Algumas doenças infecciosas e parasitárias. 0,067204301
Doenças do aparelho geniturinário. 0,059139785
identificadas; Doenças do olho e anexos. 0,043010753
Neoplasias (tumores). 0,040322581
Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências… 0,037634409
 Em 2017 foram registrados 4.667 dias perdidos,

CID 10
Doenças do aparelho circulatório. 0,032258065
Gravidez, parto e puerpério. 0,029569892
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e… 0,024193548
sendo 466 afastamentos, representando um Doenças do ouvido e da apófise mastoide. 0,021505376
Doenças do sistema nervoso. 0,021505376
Doenças da pele e do tecido subcutâneo.
total de 200 servidores afastados. Códigos para propósitos especiais. 0
0,008064516

Causas externas de morbidade e de mortalidade. 0


Malformações congênitas, deformidades e anomalias… 0
Algumas afecções originadas no período perinatal. 0
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas. 0
Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns … 0
% de ocorrências

Fonte: 2019
Resultados encontrados
Figura 10: Ocorrências por CID
 Os afastamentos por doenças
Doenças do aparelho respiratório. 0,197278912

osteomusculares e por Transtornos Algumas doenças infecciosas e parasitárias.


Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com…
0,126984127
0,108843537
Doenças do aparelho digestivo. 0,097505669
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. 0,088435374
mentais e comportamentais Transtornos mentais e comportamentais. 0,063492063
Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências… 0,06122449
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e… 0,038548753
diminuíram, quinta e sexta posição, Doenças do aparelho circulatório. 0,038548753
Doenças do aparelho geniturinário. 0,036281179

CID 10
Neoplasias (tumores). 0,031746032
respectivamente, após implantação do Doenças do olho e anexos. 0,029478458
Doenças do sistema nervoso. 0,027210884
Gravidez, parto e puerpério. 0,022675737
PROERGO. Doenças do ouvido e da apófise mastoide. 0,020408163
Doenças da pele e do tecido subcutâneo. 0,006802721
Malformações congênitas, deformidades e anomalias… 0,002267574
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas. 0,002267574
Códigos para propósitos especiais. 0
Causas externas de morbidade e de mortalidade. 0
Algumas afecções originadas no período perinatal. 0
Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns… 0
,000% 5,000% 10,000% 15,000% 20,000% 25,000%
% de ocorrências

Fonte: 2019
Resultados encontrados
Figura 11: Ocorrências por CID (simplificado)

25,00%

 Observa-se a diminuição dos problemas 0,233

0,214
20,00%
osteomusculares e de transtornos mentais, entre 0,183

0,163978495 0,148876404
2018 e 2019; 15,00%
0,14
0,13372093

0,129032258
 Os indicadores antes e após a implantação do 10,00%
0,087078652
0,087209302
0,069
PROERGO e uso situado do Software ERGO 5,00%
0,053

Interativo demonstram o impacto positivo nos


,00%
2016 2017 2018 2019
indicadores de afastamento anual de saúde. Transtornos mentais e comportamentais
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo
Doenças do aparelho respiratório

Fonte: 2019
Resultados – Software Ergo
Foto 01: Câmeras.

 Câmera Intel modelo RealSense D435 utilizada

para acompanhamento da execução da atividade

laboral.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

Equação 01: Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (IDE)


 Seleção dos membros a serem

acompanhados;

 Definição do impacto no IDE de cada

membro conforme demanda ergonômica;

 Aderência as pausas e atividades laborais

programadas.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

 Índice de Desempenho Ergonômico (IDE):


• Com base no IDE, os membros COERGO e os profissionais da saúde realizam planos de ação com base
nas principais causas que impactaram na redução do Índice (IDE);

• Permite ao Software ERGO Interativo mensurar os impactos em cada membro selecionado para
acompanhamento, gerando como resultado IDE de cada servidor;

• Realizar as melhorias ergonômicas necessárias de acordo com as demandas de cada setor ou servidor.
Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)
Figura 12: Tela de calibração do Ergo Captura
• Limiares de angulação: Definido
porcentagem do limiar
permitido em cada membro.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)
Figura 12: Tela de calibração do Ergo Captura
• Intervalo de capturas (fixo):
Definido o intervalo de tempo
padrão em que a câmera será
ativada;

• Intervalo de capturas
(aleatório): Definido uma faixa
de intervalo aleatório de tempo
em que a câmera será ativada;

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)
Figura 13: Tela Ergo Captura

 Primeiro acesso do servidor;

 Imagem base para cálculo do Índice de

Desempenho Ergonômico (IDE);

 Treinamento de orientação postural com equipe

da saúde.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

Figura 14: Tela Dashboard do Software ERGO

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)
Figura 15: Tela do Dashboard do Software ERGO
 Acessos do perfil de usuário padrão;

 Acesso ao resultado das atividades por período;

 Acesso aos guias posturas, aderência as

atividades, abertura de chamados e canal de

comunicação direto com COERGO e equipe de

saúde.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

Figura 16: Tela de Insatisfações do Software ERGO

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)
Figura 17: Tela do módulo administrador de gerencia dos chamados
 Acesso dos usuários aos andamentos dos

chamados abertos;

 Acesso dos gestores as principais causas de

chamados abertos para direcionamento das

tratativas.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

Figura 18: Tela da lista de usuários com acesso ao Módulo administrador

Fonte: Autor do trabalho,2020.


Resultados – Equação do Índice de Desempenho Ergonômico (ide)

Figura 19: Tela de gerencia dos questionários do módulo administrador


 Acesso dos gestores aos questionários

aplicados;

 Pesquisas ou questionários relacionados a

saúde e qualidade de vida;

 Análise da aderência as pesquisas.

Fonte: Autor do trabalho,2020.


NR 17 - Ergonomia
Dica de Livro

Autores:
Hudson Couto
Contato:
https://www.linkedin.com/company/ergoon

MS.c. Thiago Allan M. de Macêdo


ERGONOMIA

Instrutor:

MS.c. Thiago Macêdo

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