NOTA - TECNICA Alteracaodaresolucao181 CNMP PIC
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º 004/2022-CNPG
1. Introdução.
Diante disso, até que venha a ser editado regulamento uniforme para
implementação das indispensáveis adaptações, o CNPG, por meio desta nota técnica,
propõe sugestões de alteração às proposições que visam à reforma da aludida Resolução, o
que o faz nos termos das asserções que serão apresentadas nas linhas seguintes, com as
respectivas justificativas, para garantir a máxima efetividade das normas em referência.
2. Análise Técnica.
1
Texto Proposto
Sugestão de Alteração:
Justificativa:
1
Nesse sentido, confira-se o dispositivo do CPC, a saber:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial. (...)
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens em tempo real.
2
Texto Proposto
Sugestão de Alteração
3
I - de titularidade do investigado, ou em relação aos quais ele tenha o
domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou
recebidos posteriormente; e
Justificativa:
4
investigação sobre toda a cadeia de aquisições pretéritas de bens. Tal impedimento
inviabiliza que o Parquet tenha conhecimento sobre o histórico de aquisições dos bens e
impossibilita a completa apuração de ilícitos complexos, tais como os de lavagem de
capitais e de organização criminosa. Desconsiderou, assim, que, por inúmeras vezes, são
as investigações sobre a cadeia dominial antecedente que revelam os demais integrantes
dos grupos criminosos, até então ocultos, além dos subsídios necessários a comprovação
da desproporcionalidade entre a renda lícita e os bens de suas respectivas propriedades ou
usufrutos, lato sensu.
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transferidos a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, e, ainda, a partir do iní-
cio da atividade criminosa. Ao assim dispor, acarreta evidente prejuízo ao Parquet ao exi-
gir-se que comprove, ab initio, que a contraprestação é irrisória, o que, se sabe, não é pos-
sível levando-se a efeito a prematuridade das investigações.
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confusão de papeis (com advocacia e/ou defensoria) e causação de potenciais impactos
negativos, por desconhecimento do senso comum, à imagem institucional.
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natureza cível apto à execução, mesmo na hipótese de posterior rescisão
do ANPP.
4. Art. 18-A:
Texto Proposto
Sugestão de Alteração:
Justificativa:
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perante a autoridade policial, o promotor de justiça teria a obrigação de notificá-lo para
tratativas de ANPP e para suprimento da confissão não verificada.
9
Ante o exposto, com fundamento no art. 932, inciso VIII, do CPC, no art.
255, § 4º, inciso III, do RISTJ, e na Súmula 568 do STJ, dou provimento
ao recurso especial, para determinar o prosseguimento da ação penal,
com o recebimento da denúncia, se por outro fundamento não puder ser
recebida.”
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claro quando estabelece que a iniciativa para impugnar o não
oferecimento o ANPP é do investigado, através de um requerimento de
envio dos autos ao órgão superior do Ministério Público (art. 28-A, § 14,
do CPP), e não do Judiciário ex officio.
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razões, sendo-lhe facultado apresentar impugnação nos próprios autos da
ação penal, a ser submetida à instância superior do Parquet.
Essa última opção, por sua vez, além de não trazer qualquer
prejuízo ao investigado, coaduna-se plenamente com a garantia
constitucional da razoável duração do processo e contribui para conferir
celeridade à persecução penal. (...)
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para só a partir daí, com uma segunda oportunidade para confessar, o
órgão possa decidir acerca do oferecimento, ou não, do ANPP. As provas
colhidas no bojo dos procedimentos investigatórios policiais possuem
presunção de veracidade e de legalidade e servem justamente para
subsidiar a formação da “opinio delicti” por parte do Ministério Público,
conforme se extrai do art. 16, do CPP.
Por outro lado, uma vez denunciado e citado para responder à ação
penal, caso o denunciado manifeste interesse em celebrar ANPP, sanando
a ausência de confissão verificada na fase inquisitorial – e essa iniciativa
deve partir dele - nada obsta, e tudo recomenda, que seja oportunizada
a ele a possibilidade de celebrar o acordo. Esta providência salvaguarda
os direitos fundamentais do investigado, elidindo qualquer prejuízo que
pudesse lhe advir pela ausência de notificação extrajudicial para suprir a
confissão, ao mesmo tempo em que privilegia a consensualidade e a
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busca de uma maior efetividade na persecução penal, que motivaram a
inserção do ANPP no ordenamento jurídico.”
Texto Proposto
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§ 1º. Os atos dispostos no caput poderão, justificadamente, serem
realizados por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real.
Sugestão de Alteração
Justificativa
6. Art. 18-B:
2
Nesse sentido, confira-se o dispositivo do CPC, a saber:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial. (...)
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real.
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Considerando que a data de nascimento e o número do CPF são
documentos essenciais para a perfeita identificação do beneficiário do ANPP e que a
expedição de Certidões de Antecedentes Criminais (CACs) não prescinde de informações
sobre esses dados, entendemos ser essencial a preocupação ministerial com tais elementos.
Vale ressaltar que a celebração do ANPP (nos termos do art. 28-A, § 12,
do CPP) constará dos antecedentes criminais para fins de se impedir a concessão do
benefício fora das hipóteses legais. Por isso, a ausência dos das informações sobreditas
pode comprometer a segurança e a idoneidade do uso do instrumento do ANPP, gerando
descrédito para o sistema de Justiça. Veja-se que o texto do art. 18,-L, § 3º, III da Proposta
de Resolução, inclusive, faz expressa menção ao CPF. Por isso, sugere-se a seguinte
redação para o art. 18-B, I, da proposta de revisão da Resolução 181/2017:
Sugestão de Alteração
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Art. 18-C. A remessa do acordo de não persecução penal para
cumprimento no juízo de execução penal dá-se por meio da expedição de
carta de guia pelo juízo criminal. Homologado o acordo, pelo juiz
competente, o membro celebrante extrairá dos autos os arquivos
necessários e iniciará a sua execução e fiscalização ou encaminhará as
aludidas peças ao órgão de execução com a respectiva atribuição.
Justificativa:
8. Art. 18-E:
Justificativa:
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Esclareça-se, por oportuno, que a sugestão de supressão de texto encontra
arrimo nas diversas particularidades locais que foram amealhadas, pelos Coordenadores
Criminais dos Ministérios Públicos Estaduais, durante os longos debates sobre a temática,
cujo consenso levou à conclusão da prematuridade de sua regulamentação, por ora. E isso
porque a viabilidade da propositura do ANPP, por ocasião da realização da audiência de
custódia, ainda carece de maior aprofundamento e experimentação, a fim de que seja
firmado entendimentos sobre (i) a eventual usurpação da atribuição do promotor natural ou
possibilidade de seu aviamento por meio de promotores designados previamente pelo
Procurador-Geral, ou, ainda, se há possibilidade de criação de promotorias especializadas
para tal fim; bem como (ii) de fixação de limitação sobre o momento em que o acordo
porventura seria homologado, se pelo magistrado do respectivo processo de conhecimento
ou pelo que preside a respectiva audiência de custódia.
9. Art. 18 -H:
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a Denúncia, da qual o investigado será cientificado quando da citação para responder à
ação penal, ocasião em que poderá se valer do recurso trazido pelo art. 28-A, § 14, do CPP.
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Sendo assim, sugere-se a alteração do art. 18-H objeto da proposta de
resolução, para que contemple expressamente: 1) a possibilidade do promotor de justiça
justificar a não propositura do ANPP na cota que acompanha a Denúncia, caso opte por
não notificar extrajudicialmente o investigado sobre a não propositura (faculdade que deve
caber ao órgão de execução), e; b) o direito do investigado de aviar a impugnação de que
trata o art. 28-A do CPP, § 14, do CPP, no prazo legal previsto para apresentação de sua
defesa preliminar na ação penal proposta.
Sugestão de Alteração
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§ 4º. O denunciado poderá pleitear diretamente ao órgão superior a
revisão da decisão que recusou o oferecimento do acordo de não
persecução penal, obedecido o prazo mencionado no § 1º deste artigo.
Texto Proposto
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eficiente e acessível, conforme as peculiaridades de cada ramo do
Ministério Público, no prazo máximo de quinze dias, a qual deverá
conter:
Justificativa:
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No que tange à obrigação imposta aos órgãos de revisão, sugere-se que
seja substituída por faculdade, haja vista que cada Ministério Público poderá implementar
a forma e modo pelos quais a providência seja melhor acolhida em seu âmbito interno.
3
Registre-se, por oportuno, que o tema em apreço apresentou considerável divergência no Grupo, contudo,
deliberou-se pela conservação das sugestões ora apresentadas.
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§ 1°. Estando o investigado preso, a comunicação ao órgão jurisdicional
deverá ser feita no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sem prejuízo do
requerimento pela revogação da prisão.
(...)
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Afigura-se, assim, tal previsão, desprovida de sentido prático ou de
relevância jurídica, razão pela qual sugere-se que seja seguido estritamente o texto legal do
art. 28 do CPP, mantendo-se a obrigatoriedade de comunicação dos arquivamentos de IPs
em geral apenas à vítima, ao investigado e à autoridade policial.
(...)
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3. Conclusão.
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