TCC Controladoria Empresarial
TCC Controladoria Empresarial
TCC Controladoria Empresarial
RIO DE JANEIRO
2016
Universidade Candido Mendes - UCAM
MBA em Controladoria Empresarial
RIO DE JANEIRO
2016
Termo de Aprovação
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Professor (a) orientador
_____________________________________________________
Professor (a) convidado
_____________________________________________________
Professor (a) convidado
AGRADECIMENTOS
Resumo
Abstract
1
[email protected]
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................................. 12
1.3 PERGUNTA DE PESQUISA .................................................................................................. 12
1.4 JUSTIFICATIVA E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO .................................................... 12
2. CONTROLADORIA EMPRESARIAL ......................................................................................... 14
2.1 ORIGEM DA CONTROLADORIA ......................................................................................... 14
2.2 DEFINIÇÃO DA CONTROLADORIA .................................................................................... 14
2.3 MISSÃO, FUNÇÕES E OBJETIVOS DA CONTROLADORIA ......................................... 16
2.4 CONTROLES INTERNOS...................................................................................................... 17
2.5 CONTROLLER ......................................................................................................................... 20
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................................................... 21
3.1 CONCEITO DE DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ......................................... 21
3.2 SISTEMAS E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .......................................................... 23
3.3 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ..................................... 24
3.4 SISTEMAS ERP....................................................................................................................... 27
4. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 31
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................................................ 32
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 35
ÍNDICE DE FIGURAS
10
decisão. E da forma mais rápida possível. Mas para realizar esse trabalho, com o
volume de informações crescendo ininterruptamente, ele também precisa de
ferramentas.
Hoje, as organizações apostam e investem em tecnologias da informação.
Existem no mercado diversos softwares que armazenam, processam, executam
cálculos e fornecem dados. Dados esses que podem ser acessados a qualquer
momento, gerando relatórios instantâneos, e que dão ao gestor a capacidade de
tomar decisões, dependendo do problema, até mesmo de forma imediata.
Esses softwares são chamados de sistemas ERP. Acompanhando a
transformação do mundo, a evolução dos computadores e da internet, as empresas
que desenvolvem esses sistemas aprimoram constantemente seus softwares devido
à alta concorrência de similares. É possível realizar diversas operações com os
sistemas de informação que integram todos os setores da organização. Por
exemplo, uma filial de um supermercado pode obter informação sobre os níveis de
estoque de sua central de distribuição para verificar a possibilidade de realizar seu
pedido, assim como a central pode verificar os níveis de estoque para realizar uma
distribuição para todas as suas filiais. Até mesmo, por meio de um parâmetro de
configuração, ao diminuir o estoque de um determinado produto a um nível mínimo
determinado, o sistema automaticamente envia uma solicitação daquele produto
para a central e já com a quantidade definida. Outros sistemas permitem interação
da empresa com seus fornecedores, da mesma forma do exemplo citado.
Mesmo com essas vantagens, muitos gestores ainda insistem em trabalhar de
forma arcaica, com um sem número de anotações gerando acúmulo de um sem
número de papéis de trabalho quando poderiam acessar estas informações por meio
de uma planilha eletrônica ou mesmo um relatório gerado por um ERP. Isso se deve
ao fato de que mesmo que os esforços da área de TI trabalhando a nosso favor
ainda haverá pessoas excluídas do mundo digital.
Nessa era da informação, o termo exclusão digital que afeta a sociedade em
relação ao uso da informática, também afeta as empresas. Para evoluir é preciso se
adaptar. Não há mais tempo para adiar a implantação de um sistema integrado de
informações. Todavia, é necessário fazer um bom planejamento antes. Toda
mudança gera custos, em dinheiro e em tempo.Nada é perfeito sem um
planejamento e a controladoria é fundamental nessa etapa. Em longo prazo, a
11
implantação de um ERP acrescenta muitas vantagens como além da redução de
custos, redução do tempo de trabalho e automatizar processos o que,
consequentemente, maximiza os lucros.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1.2 OBJETIVOS
12
O tema escolhido deu-se pela notação dos benefícios que os SI e as práticas
da controladoria proporcionam às organizações e que muitas vezes são deixados de
lado devido aos custos, ao tempo de implantação ou mesmo resistência a mudanças
e esquecendo que, além de importante, são necessários investimentos em novas
tecnologias que facilitem a gestão em suas tomadas de decisão e enriqueçam seus
processos de trabalho. Este trabalho está dividido em seis capítulos:
O capítulo 1 aborda a introdução, o objetivo, a problemática, a justificativa e a
apresentação.
O capítulo 2 descreve os conceitos, a origem e a importância da controladoria
nas organizações e seus processos. Apresenta também o controller como o
profissional da controladoria e sua função como elemento chave no planejamento
estratégico
O capítulo 3 aborda os tipos e o uso dos ERP e sua utilidade para o serviço
da controladoria e para os gestores no processo decisório.
O capítulo 4 descreve a metodologia utilizada para a produção do trabalho.
O capítulo 5 analisa e discute os dados da pesquisa.
O capítulo 6 refere-se às considerações finais. Em seguida, as referências
encerram este trabalho.
13
2. CONTROLADORIA EMPRESARIAL
14
A controladoria é uma área híbrida da Administração, Economia, Psicologia,
Estatística e, principalmente, da Contabilidade. Ela garante informações adequadas,
auxiliando os gestores no processo decisório, buscando um futuro melhor para a
organização. Ela integra as demais áreas da organização no atingimento de suas
metas globais, garantindo a eficácia organizacional (MOSIMANN; ALVES; FISCH,
1999).
Para Beuren (2002), a controladoria completa a contabilidade no sentido de
fornecer as informações essenciais aos gestores. Segundo Sell (2004), ela também
pode ser chamada de contabilidade gerencial, pois ao extrair os dados da
contabilidade financeira, produz relatórios que atendam as necessidades dos
gestores com informações claras e concisas.
Restrições nas Segue os princípios contábeis geralmente Segue as determinações julgadas importantes
informações aceitos. pelos administradores.
15
A controladoria administra os dados financeiros e contábeis através dos
sistemas de informação. Embora exerça um papel de grande importância nas
organizações, ela não substitui o gestor, pois cabe a ele decisão final. De acordo
com Oliveira, Perez Junior e Silva (2002, apud BRUNI; GOMES, 2010), ela é a área
assessora da organização, ficando entre a alta administração e a gerência.
Fonte: do autor
16
Sua missão, segundo Mosimann, Alves e Fisch (1999), é "otimizar os
resultados econômicos da empresa, para garantir sua continuidade, por meio da
integração dos esforços das diversas áreas”.
Seguindo a mesma concepção, Almeida, Parisi e Pereira (1999) salientam
que os objetivos da controladoria, tendo em vista a sua missão estabelecida, são:
Plano de organização;
Sistema de autorização e procedimento de escrituração;
Práticas salutares e pessoal qualificado.
Fonte: http://www.efdeportes.com/efd187/perdas-e-desvios-de-medicamentos-
01.jpg
18
Attie (1998) destaca alguns tipos de controles utilizados: “formas de
organizações, políticas, sistemas, procedimentos, instruções, padrões, comitês,
planos de contas, estimativas, orçamentos, inventários, relatórios, registros,
métodos, projetos, segregação de função, sistemas de autorização e aprovação,
conciliação, análise, custódia, arquivos, formulários, manuais de procedimentos,
treinamento, etc”. A figura 2.2 refere-se a uma requisição de material, um tipo de
controle muito comum dentro das empresas, utilizado para a gestão dos estoques.
Trata-se de um formulário com número de ordem e data da operação. Nela é
descrito as especificações do material a ser solicitado, a quantidade solicitada, seu
destino, quem solicita, quem autoriza a saída do material e quem o recebe. Um bom
controle de estoque evita encalhamentos, falta de materiais e compras
desnecessárias. Esses dados são registrados e tornam-se a fonte de informação
para os gestores tomarem suas decisões operacionais de sua área de
responsabilidade. Para Nakagawa (1993):
19
2.5 CONTROLLER
20
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Antes de comentar sobre os ERP, é necessário entender o que são esses três
elementos e onde se originam. Batista (2004) revela que os canais de informação e
as redes de comunicação são a pedra fundamental para o processo decisório. É
através deles que os dados são, respectivamente, adquiridos e direcionados. Esses
elementos norteiam as empresas em seus negócios. É importante conhecer os
conceitos de dado, informação e conhecimento.
Facilmente estruturado;
Simples
Facilmente obtido por máquinas;
Dado observações sobre
Frequentemente quantificado;
o estado do mundo
Facilmente transferível
Requer unidade de análise;
Dados dotados de Exige consenso em relação ao
Informação relevância e significado;
propósito Exige necessariamente a
mediação humana
Fonte: do autor
22
Laudon e Laudon (1999) conceituam conhecimento como “o conjunto de
ferramentas conceituais e categorias usadas pelos seres humanos para criar,
colecionar, armazenar e compartilhar a informação”. Isso se dá ao fato de que o ser
humano cria as informações transformando os dados, aplicando seu conhecimento.
24
Sistemas de Nível de Conhecimento: transmitem conhecimento e
informação entre os departamentos;
Sistemas de Nível Tático ou Gerencial: dão suporte a decisão aos
gerentes, gestores e tomadores de decisão. Permitem o controle dos
planejamentos operacionais, definindo táticas ou metas a serem
cumpridas, afim de garantir a eficácia organizacional;
Sistemas de Nível Operacional: destinam-se às tarefas rotineiras, tais
como emitir notas fiscais, movimentar estoques, realizar cadastros,
efetuar cálculos, processar folha de pagamento, inserir e alterar dados
de forma geral. Um grande volume de informações. É através desses
sistemas que é feito o input dos dados que auxiliarão os gestores no
processo decisório.
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No nível operacional existem os Sistemas de Processamento de Transações
(SPT). Laudon e Laudon (2001) e Batista (2004) afirmam que esses sistemas dão
apoio às operações da organização. Os SPT executam e registram, de forma
computadorizada qualquer tipo de transação rotineira necessária para a condução
dos negócios.
No nível de conhecimento estão os Sistemas de Trabalho do Conhecimento e
Automação de Escritório (STC e SAE). Esses sistemas são muito específicos. São
utilizados pelo pessoal da área técnica para criar novas formas de acesso à
informação ou, se for o caso, criar informações novas. Eles transmitem informação e
conhecimento entre os departamentos, aumentando a produtividade dos usuários,
agilizando e facilitando a execução das tarefas. A necessidade de conhecimento da
organização é suprida por estes sistemas (LAUDON & LAUDON, 2001; BATISTA,
2004).
No nível tático há os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) e os Sistemas
de Suporte à Decisão (SSD). Os SIG coletam e processam os dados atualizados de
todas os sistemas da organização (contabilidade, produção, finanças, recursos
humanos e marketing e vendas) transformando-os em informações, através dos
relatórios gerenciais. Assim os gestores conseguem o suporte necessário para a
tomada de decisão e podem planejar, organizar e controlar eficiente e efetivamente.
A finalidade do SIG é ajudar a empresa no atingimento de suas metas . Os SSD são
SI destinados ao nível estratégico, mas podem também ser utilizados no nível
gerencial. Flexíveis e adaptáveis, eles são a evolução dos SIG. Possuem recursos
de modelagem de dados, gráficos interativos e análises de sensibilidade (BATISTA,
2004; LAUDON & LAUDON, 2001; OLIVEIRA, 1992, 2002; STAIR, 1998).
Por fim, no nível estratégico temos os Sistemas de Suporte Executivo (SSE).
São utilizados pela alta administração. Possuem a mais alta tecnologia para a
elaborar gráficos, projeções e relatórios como um SSD, transmitindo a informação
desejada de forma prática e rápida e com a mais alta qualidade. Suas informações
dão suporte aos altos executivos no planejamento estratégico, na decisão de
negócios importantes, fazendo-os identificarem as oportunidades e os problemas o
quanto antes. Por sua praticidade, é a solução para os executivos que têm pouco ou
nenhum contato com a informática (BEUREN et al, 2001).
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Tabela 3 - Tipos de SI
TIPO DE
ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA USUÁRIOS
SISTEMA
Documentos;
Documentos; Documentos; programação; Pessoal de
SAE programações;
programações. comunicação escritório.
comunicados.
Pessoal
Classificação; listagem; Relatórios detalhados;
SPT Transações; eventos. operacional;
atualização; junção listas; sumários
supervisores.
Fonte: http://imgur.com/z8JDl
Os ERP são um “pacote de softwares” que pode ser implantado por completo
ou por módulos, de modo que a empresa vá adequando seus padrões de trabalho
de forma seqüencial, e de acordo com sua disponibilidade financeira. Módulos de
Estoques, Finanças, Faturamento e Recursos Humanos são alguns dos exemplos
mais comuns. Padilha e Marins (2005) cita Koch, Baatz e Slater (1999), descrevendo
as três formas de se implantar um ERP:
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“Big Bang”: A empresa substitui simultaneamente em todas as suas
unidades, todo o seu sistema antigo pelo novo ao mesmo tempo. É a forma
mais arriscada, pois as pessoas ainda não compreenderam o novo sistema,
podendo dificultar a avaliação de seu funcionamento;
“Franchising”: Utilizado em empresas que possuem unidades operacionais
distintas, é instalado um ERP independente, cada um com sua própria base
de dados. Apenas alguns processos, como o de faturamento, são
compartilhados para avaliar o desempenho de cada uma pela matriz.
“Slam-Dunk”: O ERP substitui apenas alguns processos fundamentais. É
uma forma de baratear os custos de implantação, comumente utilizado pelas
pequenas empresas.
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4. METODOLOGIA
Este trabalho é fruto de uma pesquisa científica que tem como objetivo
abordar os benefícios gerados pelas práticas da área de controladoria nas
organizações e o uso dos sistemas de informação como ferramenta estratégica para
o processo decisório, tendo como base fontes teóricas, trazendo ao leitor uma visão
clara sobre o tema. Para Vergara (2005):
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5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
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A aquisição do software, os gastos com consultores técnicos do fornecedor
para treinar os funcionários e horas excedentes para realizar todo trabalho atrasado,
são exemplos de gastos que podem não comprovar a relação custo/benefício
gerado.
É um produto de produzido por terceiros, adquirido no mercado. É
desenvolvido de forma genérica, fruto de pesquisas de mercado, procurando atender
o maior número possível de empresas. Isso a torna dependente daquele fornecedor
para solucionar eventuais problemas e adaptar o software conforme a sua
necessidade, o que requer atualizações constantes.
É composto de módulos integrados, as informações precisam ser atualizadas
constantemente. Cada setor depende do trabalho de outro para realizar o seu. Por
ser uma ferramenta de controle, ela obriga as pessoas a realizarem suas tarefas
conforme o programa e não da forma e no momento que desejam. A falta de
habilidade com informática da parte dos funcionários e gestores, também pode gerar
resistência e desmotivação pela nova forma de trabalhar.
Contudo, é extremamente viável a adoção de um SIGE e o estabelecimento
de um departamento de Controladoria. A organização deve saber que toda forma de
investimento apresenta vantagens e desvantagens e, quase sempre, dá retorno
apenas em longo prazo.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 12 ed. São Paulo: Atlas, 2006
OLIVEIRA, Luciel Henrique de. S.I.G. para a gestão de custos por qualidade:
estudo de caso em uma cooperativa de café. Rev. adm. contemp., Dez 1997,
vol.1, no.3, p.97-119. ISSN 1415-6555.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
65551997000300006&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 27 out. 16.
RIBEIRO FILHO, José Francisco. Controladoria hospitalar. São Paulo. Atlas, 2005.
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