Desenvolvimento Farmacêutico Q8 (R2)
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DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO
Q8(R2)
Q8(R2)
Histórico do Documento
DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO
Guia ICH Tripartido Harmonizado
TABELA DE CONTEÚDO
PARTE I: ..................................................................................................................................... 1
DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO ........................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
1.1 OBJETIVO DO GUIA ...................................................................................................................... 1
1.2 ESCOPO........................................................................................................................................ 1
3 GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 7
PARTE II: .................................................................................................................................... 9
DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO - ANEXO ......................................................... 9
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9
2 ELEMENTOS DO DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO ................................ 10
2.1 PERFIL DE QUALIDADE DO PRODUTO-ALVO (QTPP) ................................................................. 10
2.2 ATRIBUTOS CRÍTICOS DE QUALIDADE (CQAS) ......................................................................... 11
2.3 AVALIAÇÃO DE RISCO: RELACIONANDO ATRIBUTOS DO MATERIAL E PARÂMETROS DE
PROCESSO COM OS CQAS DO MEDICAMENTO ........................................................................................ 11
2.4 ESPAÇO DE DELINEAMENTO ...................................................................................................... 12
2.4.1 Seleção das Variáveis .......................................................................................................... 12
2.4.2 Descrição do Espaço de Delineamento em uma Submissão .............................................. 12
2.4.3 Espaço(s) de Delineamento de Operação Unitária ............................................................. 12
2.4.4 Relação do Espaço de Delineamento para a Escala e o Equipamento .............................. 12
2.4.5 Espaço de Delineamento Versus Intervalos Aceitáveis Comprovados............................... 13
2.4.6 Espaço de Delineamento e Limite de Falha ....................................................................... 13
2.5 ESTRATÉGIA DE CONTROLE ....................................................................................................... 13
2.6 GESTÃO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO E MELHORIA CONTÍNUA .......................................... 14
4 GLOSSÁRIO ..................................................................................................................... 16
APÊNDICE 1. DIFERENTES ABORDAGENS PARA O DESENVOLVIMENTO
FARMACÊUTICO ................................................................................................................... 18
APÊNDICE 2. EXEMPLOS ILUSTRATIVOS ..................................................................... 19
PARTE I:
DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO
Guia ICH Tripartido Harmonizado
Tendo chegado a Etapa 4 do Processo ICH na reunião do Comitê de Direção do ICH em
10 de Novembro de 2005, este guia é recomendado para adoção pelas três partes
regulatórias do ICH.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO
O objetivo do desenvolvimento farmacêutico é o delineamento de um produto de qualidade
e seu processo de produção para entregar consistentemente o desempenho pretendido do
produto. As informações e os conhecimentos adquiridos a partir de estudos de
desenvolvimento farmacêutico e experiência na produção fornecem entendimento
*
Veja definição no glossário
†
NT1. Para fins deste documento, foi adotado “medicamento” como tradução para “drug product”.
‡
NT2. Para fins deste documento, foi adotado “fármaco” como tradução para “drug substance”.
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*
NT3. Para fins deste documento, foi adotado “delineamento” como tradução para “design”. Na literatura é
encontrado o termo “Espaço de Concepção” (EC).
†
Veja definição no glossário
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adquirido por meio da aplicação de, por exemplo, delineamentos experimentais formais*,
tecnologia analítica de processo (PAT – process analytical technology)*, e / ou
conhecimento prévio. A utilização adequada dos princípios de gestão dos riscos de
qualidade pode ser útil para priorizar os estudos de desenvolvimento farmacêutico
adicionais para coletar tal conhecimento.
O delineamento e condução de estudos de desenvolvimento farmacêutico devem ser
coerentes com o seu objetivo científico pretendido. Deve-se reconhecer que o nível de
conhecimento adquirido, e não o volume de dados, fornece a base para submissões com
base científica e sua avaliação regulatória.
*
Veja definição no glossário
†
NT4 - Foi adotada “produtibilidade” como tradução para “manufacturability”.
‡
NT5 - p. ex. = por exemplo
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2.2 Medicamento
2.2.1 Desenvolvimento da formulação
Um sumário deve ser fornecido descrevendo o desenvolvimento da formulação, incluindo
a identificação dos atributos que são críticos para a qualidade do medicamento,
considerando o uso pretendido e a via de administração. Informações dos modelos
experimentais formais podem ser úteis na identificação de variáveis críticas ou interagentes
que podem ser importantes para garantir a qualidade do medicamento.
O sumário deve destacar a evolução do delineamento da formulação do conceito inicial até
o delineamento final. Este sumário deve também tomar em consideração a escolha dos
componentes do medicamento (p. ex., as propriedades do fármaco, excipientes, o sistema
de fechamento do recipiente, qualquer dispositivo de dosagem relevante), o processo de
produção, e, se apropriado, os conhecimentos adquiridos com o desenvolvimento de
medicamento(s) similar(es).
Quaisquer faixas de excipiente incluídos na fórmula do lote (3.2.P.3.2) devem ser
justificadas nesta seção do pedido; esta justificativa pode ser muitas vezes baseada na
experiência adquirida durante o desenvolvimento ou produção.
Um sumário das formulações utilizadas na segurança clínica e eficácia em quaisquer
estudos de biodisponibilidade ou bioequivalência relevantes devem ser fornecidas.
Quaisquer alterações entre a formulação comercial proposta e as formulações utilizadas em
lotes clínicos obrigatórios e em lotes de estabilidade primária devem ser claramente
descritos e as razões para as mudanças fornecidas.
As informações de estudos comparativos in vitro (p. ex., dissolução) ou estudos
comparativos in vivo (p. ex., a bioequivalência) que ligam formulações clínicas às
formulações propostas comerciais descritas no 3.2.P.1 devem ser consolidadas e um
cruzamento das referências dos estudos (com números dos estudos) deve ser fornecido.
Caso tenham sido feitas tentativas para estabelecer uma correlação in vitro/in vivo, os
resultados desses estudos, e uma referência cruzada com os estudos (com números de
estudo), devem ser fornecidas nesta seção. Uma correlação de sucesso pode auxiliar na
seleção de critérios de aceitação de dissolução adequados, e pode, potencialmente, reduzir
a necessidade de mais estudos de bioequivalência após alterações no produto ou em seu
processo de produção.
Quaisquer características de delineamento especiais do medicamento (p. ex., linha de
pontuação do comprimido, transbordo, medida anti-falsificação na medida em que afeta o
medicamento) devem ser identificadas e uma lógica prevista para sua utilização.
2.2.2 Excedentes
Em geral, a utilização de um excesso de um fármaco para compensar a degradação durante
a produção ou a vida de prateleira de um produto, ou para prolongar a vida de prateleira, é
desencorajada.
Qualquer excedente na produção do medicamento, quer apareça no produto final
formulado ou não, deve ser justificado considerando a segurança e a eficácia do produto.
*
Veja definição no glossário
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*
NT6 - Foi adotada “instalação” como tradução para “site”.
†
NT7 - Foi adotado “desenho” como tradução para “design”.
‡
Veja definição no glossário
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2.6 Compatibilidade
A compatibilidade do medicamento com os diluentes para reconstituição (p. ex.,
precipitação, estabilidade) deve ser abordada para fornecer informações de apoio
adequadas para a rotulagem. Esta informação deve cobrir a vida de prateleira em uso
recomendada, à temperatura de armazenagem recomendada e nos possíveis extremos de
concentração. Da mesma forma, a mistura ou diluição dos produtos antes da administração
(p. ex., produto adicionado a recipientes grandes volumes de infusão) deve ser abordada.
3 GLOSSÁRIO
Ciclo de vida (Lifecycle):
Todas as fases da vida de um produto desde o desenvolvimento inicial, passando pela
comercialização, até a descontinuação do produto.
Espaço do Delineamento (Design Space):
A combinação e interação multidimensional de variáveis de entrada (p. ex., atributos do
material) e parâmetros de processo que foram demonstrados para fornecer garantia de
qualidade. O trabalho dentro do espaço de delineamento não é considerado como uma
mudança. O movimento para fora do espaço de delineamento é considerado uma mudança
e, normalmente, iniciará a um processo de mudança após a aprovação regulatória. O
espaço de delineamento é proposto pelo requerente e está sujeito a avaliação e aprovação
regulatórias.
Projeto Experimental Formal (Formal Experimental Design):
Um método organizado e estruturado para a determinação da relação entre os fatores que
afetam um processo e a saída do referido processo. Também conhecido como
“Delineamento de Experimentos” (Design of Experiments).
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Qualidade (Quality):
A adequação de ou fármaco ou medicamento ao seu uso pretendido. Este termo inclui
atributos como a identidade, a potência e a pureza (do ICH Q6A Especificações:
Procedimentos para testes e critérios de aceitação para novos fármacos e novos
medicamentos: Substâncias Químicas).
Robustez do processo (Process Robustness):
Capacidade de um processo de tolerar a variabilidade dos materiais e as alterações do
processo e equipamentos, sem impacto negativo sobre a qualidade.
Tecnologia Analítica de Processos (PAT - Process Analytical Technology PAT):
Um sistema para delinear, analisar e controlar a produção através de medições em tempo
apropriado (ou seja, durante o processamento) de qualidade e desempenho de atributos
críticos de materiais e processos de matérias-primas e materiais em processo com o
objetivo de garantir a qualidade do produto final.
Verificação Contínua do Processo (Continuous Process Verification):
Uma abordagem alternativa para o processo de validação em que o desempenho do
processo de produção é continuamente monitorado e avaliado.
PARTE II:
DESENVOLVIMENTO FARMACÊUTICO - ANEXO
Guia ICH Tripartido Harmonizado
Tendo chegado a Etapa 4 do Processo ICH na reunião do Comitê de Direção do ICH em
13 de Novembro de 2008, este guia é recomendado para adoção pelas três partes
regulatórias do ICH.
1 INTRODUÇÃO
Este guia é um anexo ao ICH Q8 Desenvolvimento Farmacêutico e proporciona um melhor
entendimento dos conceitos-chave descritos no guia central. Além disso, este anexo
descreve os princípios da qualidade por meio do delineamento* (QbD – Quality by
Design†). O anexo não se destina a estabelecer novos padrões ou para introduzir novas
exigências regulatórias; no entanto, ele mostra como conceitos e ferramentas (p. ex.,
espaço de delineamento†) descritos no documento-mãe Q8 poderiam ser postos em prática
pelo requerente para todas as formas farmacêuticas. Sempre que uma empresa opte por
aplicar a qualidade por meio do delineamento e a gestão de riscos da qualidade (ICH Q9,
Gestão de Riscos da Qualidade), ligado a um sistema de qualidade farmacêutica adequada,
surgem oportunidades para melhorar as abordagens regulatórias baseadas na ciência e
baseadas em riscos (veja ICH Q10, Sistema de Qualidade Farmacêutica).
Abordagens para o Desenvolvimento Farmacêutico
Em todos os casos, o produto deve ser projetado para atender às necessidades dos pacientes
e o desempenho pretendido para o produto. Estratégias para o desenvolvimento de
produtos pode variar de empresa para empresa e de produto para produto. A abordagem e a
extensão do desenvolvimento também podem variar e devem ser descritas na submissão.
Um candidato pode optar por uma abordagem empírica ou uma abordagem mais
sistemática para o desenvolvimento do produto, ou uma combinação de ambas. Uma
ilustração dos potenciais contrastes destas abordagens é mostrada no Apêndice 1. Uma
abordagem mais sistemática para o desenvolvimento (também definida como qualidade por
meio do delineamento) pode incluir, por exemplo, a incorporação de conhecimento prévio,
resultados de estudos usando o delineamento de experimentos, o uso da gestão de riscos da
qualidade e uso da gestão do conhecimento (veja ICH Q10) durante todo o ciclo de vida do
produto†. Tal abordagem sistemática pode melhorar o alcance da qualidade desejada do
produto e ajudar os reguladores a melhor compreender a estratégia da empresa. O
entendimento do produto e do processo pode ser atualizado com o conhecimento adquirido
ao longo do ciclo de vida do produto.
Um melhor conhecimento do produto e seu processo de fabricação pode criar uma base
para abordagens regulatórias mais flexíveis. O grau de flexibilidade regulatória baseia-se
no nível de conhecimentos científicos relevantes fornecidos no pedido de registo. É o
conhecimento adquirido e submetido às autoridades, e não o volume de dados coletados,
que forma a base para a submissão e avaliação regulatórias baseadas na ciência e no risco.
No entanto, dados adequados demonstrando que esse conhecimento é baseado em
princípios científicos sólidos devem ser apresentados com cada submissão.
O desenvolvimento farmacêutico deve incluir, no mínimo, os seguintes elementos:
*
NT8 - Foi adotado “Qualidade Por meio do Delineamento” como tradução para “Quality by Design”. Na
literatura é encontrado o termo Qualidade por Concepção (QpC).
†
Veja definição no glossário.
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*
Veja definição no glossário.
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Veja definição no glossário.
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utilização de tais alternativas poderia apoiar os testes de libertação em tempo real. Por
exemplo, a desintegração pode servir como um substituto para a dissolução de formas
sólidas de desintegração rápida com fármacos altamente solúveis. A uniformidade de doses
unitárias realizada em processo (por exemplo, usando a variação de peso juntamente com
ensaio de infravermelho próximo (NIR)) pode permitir o teste de libertação em tempo real
e proporcionar um aumento do nível de garantia de qualidade em comparação com o teste
tradicional no produto final usando padrões de uniformidade de conteúdo compendiais.
Testes de liberação em tempo real podem substituir os testes em produtos finais, mas não
substituem as etapas de revisão e controle de qualidade definidas pelas BPFs (GMP) para
liberar o lote.
Uma estratégia de controle pode incluir, mas não está limitado ao seguinte:
Controle dos atributos das matérias-primas (p. ex., fármaco, excipientes, materiais
de embalagem primária) com base no entendimento do seu impacto na capacidade
de processamento ou na qualidade do produto;
Especificação(ões) do produto;
Os controles para as operações unitárias que têm impacto sobre o processamento a
jusante ou a qualidade do produto (p. ex., o impacto da secagem sobre a
degradação, a distribuição do tamanho das partículas do granulado na dissolução);
Testes em processo ou na libertação em tempo real em vez de testes no produto
final (p. ex., medição e controlo de CQAs durante o processamento);
Um programa de monitoramento (p. ex., testes completos de produtos em intervalos
regulares) para verificar os modelos de previsão multivariados.
A estratégia de controle pode incluir elementos diferentes. Por exemplo, um elemento da
estratégia de controle pode basear-se em teste no produto final, enquanto que outro pode
basear-se em testes de libertação em tempo real. A justificativa para o uso dessas
abordagens alternativas deve ser descrita na submissão.
A adopção dos princípios deste guia pode apoias a justificativa para as abordagens
alternativas para a definição dos atributos das especificações e critérios de aceitação,
conforme descrito em Q6A e Q6B.
2.6 Gestão do Ciclo de Vida do Produto e Melhoria Contínua
Ao longo do ciclo de vida do produto, as empresas têm oportunidades para avaliar
abordagens inovadoras para melhorar a qualidade do produto (veja ICH Q10).
O desempenho do processo pode ser monitorado para garantir que está funcionando como
o previsto para a entrega dos atributos de qualidade do produto, como previsto pelo espaço
de delineamento. Esse monitoramento pode incluir análise de tendência do processo de
fabricação como experiência adicional adquirida durante a produção de rotina. Para certos
espaços de delineamento que usam modelos matemáticos, a manutenção periódica pode ser
útil para garantir o desempenho do modelo. A manutenção do modelo é um exemplo de
atividade que pode ser gerenciado dentro do próprio sistema interno de qualidade da
empresa, desde que o espaço de delineamento mantenha-se inalterado.
A expansão, redução ou redefinição do espaço de delineamento podem ser desejadas após
a aquisição de conhecimento adicional do processo. A mudança no espaço de delineamento
está sujeita a requisitos regionais.
4 GLOSSÁRIO
Estratégia de Controle (Control Strategy):
Um conjunto planejado de controles, derivado do entendimento atual do produto e
processo que garante o desempenho do processo e qualidade do produto. Os controles
podem incluir parâmetros e atributos relacionados a materiais e componentes do fármaco e
do medicamento, condições da instalação e equipamentos da operação, controles em
processo, especificações de produtos acabados e os métodos associados e frequência de
monitoramento e controle. (ICH Q10)
Parâmetro Crítico de Processo (CPP - Critical Process Parameter):
Um parâmetro de processo cuja variação tem impacto sobre um atributo crítico de
qualidade e, portanto, deve ser monitorado ou controlado para garantir que o processo
produza a qualidade desejada.
Atributo Crítico de Qualidade (CQA - Critical Quality Attribute):
Uma propriedade ou característica física, química, microbiológica ou biológica que deve
estar dentro de um limite, intervalo ou distribuição apropriada para garantir a qualidade do
produto desejado.
Espaço de Delineamento (Design Space):
A combinação e interação multidimensional de variáveis de entrada (p. ex., atributos do
material) e parâmetros de processo que foram demonstrados para fornecer garantia de
qualidade. O trabalho dentro do espaço de delineamento não é considerado como uma
mudança. O movimento para fora do espaço de delineamento é considerado uma mudança
e, normalmente, iniciará a um processo de mudança após a aprovação regulatória. O
espaço de delineamento é proposto pelo requerente e está sujeito a avaliação e aprovação
regulatórias (ICH Q8).
Ciclo de Vida (Lifecycle):
Todas as fases da vida de um produto desde o desenvolvimento inicial, passando pela
comercialização, até a descontinuação do produto.
Intervalo Aceitável Comprovado (Proven Acceptable Range):
Um intervalo caracterizado de um parâmetro do processo para o qual a operação dentro
deste intervalo, mantendo outros parâmetros constantes, irá resultar na produção de um
material que satisfaça os critérios relevantes de qualidade.
Qualidade (Quality):
A adequação tanto do fármaco quanto do medicamento ao seu uso pretendido. Este termo
inclui atributos como a identidade, a potência e a pureza (ICH Q6A).
Qualidade por Meio do Delineamento (QBD - Quality by Design):
Uma abordagem sistemática para o desenvolvimento que começa com objetivos
previamente definidos e enfatiza o entendimento do produto e do processo de compreensão
e o controle do processo, com base em sólidos dados científicos e na gestão de riscos da
qualidade.
Perfil de Qualidade do Produto-Alvo (QTPP - Quality Target Product Profile):
Um sumário prospectivo das características de qualidade de um medicamento que,
idealmente serão atingidas para garantir a qualidade desejada, tendo em conta a segurança
e a eficácia do medicamento.
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Diagrama de Ishikawa
Figura 1c: Espaço de delineamento para os Figura 1d: Espaço de delineamento para
parâmetros de granulação, definido por os parâmetros de granulação, definido
uma combinação não linear de seus por uma combinação linear de seus
intervalos que resultam em dissolução intervalos que resultam em dissolução
satisfatória (isto é >80%). satisfatória (isto é >80%).
São dados dois exemplos de possíveis espaços de delineamento. Na Figura 1C, o espaço de
delineamento é definido por uma combinação não linear dos intervalos dos parâmetros que
resultam no atributo crítico de qualidade de dissolução. Neste exemplo, o espaço de
delineamento é expresso pela equação de superfície da resposta determinado pelo limite
para a resposta satisfatória (isto é, 80% de dissolução). O intervalo aceitável de um
parâmetro é dependente do valor do outro. Por exemplo:
- Se o parâmetro 1 tem um valor de 46, então o parâmetro 2 tem um intervalo de 0 a 1,5
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Embora a abordagem na Figura 1d seja mais limitante, o requerente pode preferi-la pela
simplicidade operacional.
Este exemplo discute apenas dois parâmetros e, portanto, pode ser facilmente representado
graficamente. Quando vários parâmetros estão envolvidos, o espaço de delineamento pode
ser apresentado por dois parâmetros, de um modo semelhante aos exemplos apresentados
acima, para diferentes valores (p. ex., alto, médio, baixo) dentro do intervalo do terceiro
parâmetro, do quarto parâmetro, e assim por diante. Alternativamente, o espaço de
delineamento pode ser explicado matematicamente por meio de equações que descrevem
as relações entre os parâmetros para uma operação bem-sucedida.