Ai, para Delicia! - NINA PIMENTA
Ai, para Delicia! - NINA PIMENTA
Ai, para Delicia! - NINA PIMENTA
NINA
PRIMEIRO VOU ME APRESENTAR
E eu não era a menina mais bonita da sala e muito menos puxava saco
de gente influente, então acho que se o meu currículo foi aceito, foi realmente
por mérito mesmo. Sim, eu era bem nerd.
Desde que eu vim tentar uma vaga de emprego no RH eu confesso
que a minha vida nunca mais foi a mesma, e por um motivo que eu jamais
poderia imaginar. O motivo beirava um metro e noventa, cheiroso, corpo
malhado, moreno, cavanhaque, queixo quadrado, cabelos castanhos, cheios e
de uma maciez deliciosa. Boca bem desenhada, dentes brancos, sorriso
safado, maldoso, cara de mau. À primeira vista parecia muito convencido,
autoconfiante demais. Homem feito também, caramba.
Eu sei que não sou fácil. Não fui correto com ela, caramba.
E depois de alguns meses separado, o que tirou o meu sono foi algo
que nunca passou pela minha cabeça. Eu sei lá porra, acho que estava
ficando carente, apaixonando fácil. Lembro como se fosse hoje, ela entrando
toda envergonhada na minha sala... calça jeans apertadinha, sapatinho de
salto, camiseta. Era uma menina, cara... mas assim, muito mais nova...
cacete... onde é que eu fui me meter...
O que a gente não fazia para agradar ao chefe... meu Deus, como fui
louca, louca, louca!
- Henrique...
- Tudo bem, Virgínia? – Chegou perto, evitou me reparar, me segurou
pelo ombro, beijou meu rosto. Perfume delicioso. – Cadê ele?
- Vou lá.
- Não vai cumprimentar meus pais? Os seus ainda não chegaram...
- Depois. Primeiro quero ver meu filho.
- Me dá licença, Virgínia?
Espalmei uma mão sobre aquele peitoral duro, gostoso, fui descendo
até alcançar o volume delicioso no meio das pernas dele. Acariciei suas
bolas grandes, pesadas, apertei de leve...
Ele sabia que eu gostava que me xingasse. Esse homem era um deus,
fazia exatamente o que sua parceira gostava, pedia. Seu prazer vinha depois,
sempre foi assim.
Lambi os lábios, meu clitóris pulsava na calcinha melada, puxei sua
cueca boxer branca para baixo e vi aquele pau enorme saltar, veiúdo, grosso,
a cabeça inchada, parecendo um cogumelo, rosadinha. Ah, tesão, era
perfeito.
- Sua puta. Puta. – Ralhou comigo, a voz grossa ecoando pela cozinha
vazia. Ele apoiou os cotovelos na bancada e jogou o quadril para frente,
todo oferecido. Olhei para cima, delirando com a imagem fenomenal... ele
todo vestido de executivo, a calça arriada, a camisa mostrando a trilha de
pelos do abdômen sarado, só seu pau de fora, grosso, apontando para cima.
- Me dá, Henrique, me dá... – Me humilhei como uma faminta,
pedindo uma migalha que fosse. Ele segurou o pau pela base e começou a me
bater no rosto, abri meus lábios e o safado ficou brincando de me acertar na
língua.
- Toma sua puta, vou te dar uma surra, é disso que você gosta, não é?
– Batia de um lado, de outro, passava perto da minha boca, eu o acertava
com a língua, lambia, beijava, ele tirava, me provocando.
- Goza na minha boca, seu puto. Você não vale nada, Henrique. Nada!
– Apertei sua bunda deliciosa e mergulhei fundo, coloquei o quanto
consegui, varando a minha garganta, tirei, comecei a esfregar com a mão,
enquanto chupava, lambia, concentrava na parte mais deliciosa que já estava
vermelhinha, cada vez mais inchada, toda melada com a lubrificação dele.
Henrique estava louco, gemia, seu quadril ondulava sem parar, do
jeito mais sexy que eu já tinha visto um cara fazer. Sua mão me agarrou com
força quando ele começou a urrar, e eu me preparei para receber o cúmulo
do prazer dele na minha boca, veio quente, me encheu, me lambuzou, engoli
tudo...
Olhei para ele enquanto chupava a cabecinha para limpar o restinho,
mas tirei a boca na hora e virei para trás para ver o que o Henrique olhava,
paralisado: uma mocinha com ares de adolescente nos observava parecia
fazer tempo, e só agora tínhamos nos dado conta. Estava paradinha
segurando um embrulho de presente na mão. De queixo caído.
ALEXIA
Eu não sabia o que pensar, fiquei perplexa. Junto com minha calcinha
melada estava a certeza da minha demissão.
A cozinha não tinha porta, era toda aberta, de modo que quem
atravessasse um corredor logo chegava nela, e sua visão era por completo.
- Não, mãe.
- Ei, que voz é essa? Vem cá me contar tudo! E o chefe? Gostou de
você ter ido?!
Eu estava ferrada.
HENRIQUE
Eu não tive força nenhuma para sair fora. Virgínia sabia muito bem o
meu ponto fraco, ela sabia por onde atacar, e se aproveitou disso.
Ela não tinha era vergonha na cara! Me chutou, falou na frente do juiz
que eu era um viciado, que só pensava em sexo. Ironia do destino, agora
queria meu pau, achou o jeito mais fácil de conseguir, que homem nenhum
resistia. Eu era fissurado mesmo, mas orgulho era coisa que eu tinha, e eu
não ia procurá-la, não queria nada dela mais. Sofri igual um cachorro
abandonado, só agora recuperava minha dignidade.
Estava zonzo, e porra, que homem nega uma mamada? Ela era
metida, enjoada, mas tinha experiência, a boca deliciosa. Só se eu fosse
louco, a mulher chupava gostoso pra caralho.
A safada foi atrás de mim na cozinha, me cercando, me agarrou com
aquelas unhas de gata, me arranhando, miando. Caí para trás que derramei
até uísque na camisa, a doida não me poupou de nada. Ganhou surra de pau
na cara para aprender, era minha ex mas que fosse, eu não ia negar, a gente
não tinha brigado nem terminado por conta de sacanagem de um com o outro
(até rolou, mas não foi o motivo). E a gente tinha um filho junto, o convívio
ia ser eterno, meu parça!
- Sei lá. Torça para não ser nenhuma babá perdida por aí.
Lavei o pau na pia ali mesmo e vesti a calça, virei o resto do uísque
e pedi que ela fosse na frente para ninguém desconfiar.
Virgínia chegou perto e segurou meu queixo, nossas línguas trocaram
lambidas gostosas e ela ajeitou o vestido, piscou para mim e saiu toda
serelepe lá para fora.
Ah, diabo.
Vi que ela olhou para os cantos e entrou na sala, fechou a porta logo
em seguida. Eu estava sozinha e parece que ela aproveitou disso para puxar
assunto comigo.
- Já tomou café?
Dei uma risadinha, olhei bem para ela, tentando entender o motivo de
ter me levado até ali, naquele local que era exclusivo para uso do Henrique.
Só uma pessoa muito íntima dele mesmo teria tanta liberdade. A mulher
sabia onde estava tudo, e até os lanchinhos dela ficavam ali na geladeira
dele, separados dos do resto dos funcionários na cozinha coletiva.
- Mas e aí, Paulinha, o que você manda de novo? – Perguntei, aflita.
- Pois é verdade.
- Nem sabia que ele era casado. Nem que tinha filho, fiquei sabendo
essa semana.
- Mas tem pouco tempo também que ele divorciou dela... Você viu
ela lá, a Virgínia? – Fez uma cara engraçada quando falou o nome da mulher.
- Não faço ideia. Como ela é?
Pois essa secretária era da pá virada. O jeito que ela descreveu, eu
soube na hora que era a mulher com ele na cozinha.
- E aí, viu?
Enchi minha xícara com mais café para levar à minha sala, eu era
viciada.
- Bom. Vou nessa então, Paulinha. Muito trabalho. Obrigada pelo
cafezinho.
- Claro, Paulinha.
- Ei. – Tapou o celular com a mão. – Quero falar com você. Aguarda
aí no sofá, por favor.
Puta que pariu. Acho que eu já ia assinar minha demissão antes do
almoço mesmo.
- Sei que chegou tem poucas semanas, mas preciso ter uma conversa
com você. Esqueci seu nome. – Sentou ao meu lado, bebeu a água toda.
- Alexia.
- Isso. Lembrava que era um nome bonito e diferente, mas não
consegui guardar, me perdoa.
Ela veio para perto e parou de frente, entregando a ele. Enquanto ele
assinava, ela pediu minha xícara e virou para pegar o copo d’água vazio na
mesinha de centro. Ele parou o que estava fazendo na hora, seus olhos foram
direto na bunda dela.
- Valeu, Paulinha. – Falou sem tirar os olhos, vidrado.
Ela pegou tudo e saiu para a copa, andava rebolando em cima do
salto, a bunda e os peitos empinados. Henrique a acompanhou até a perder
de vista, só depois voltou a encarar os papéis, voltou a olhar para mim.
- Só um minuto, Alexia. – Sacou uma caneta chiquérrima do bolso.
Devia valer mais do que o meu fusca.
Meu corpo arrepiou ao ouvir meu nome sair daquela boca, a voz
grossa, macia, absurda de sexy. Imaginei essa voz gemendo no meu ouvido.
- Dois. Só eu e o Fábio.
- Certo.
Ele acabou de assinar e entregou o maço de papel para ela. A mulher
virou e foi até a mesa dele, ganhou mais uma conferida na bunda até chegar
lá.
- Bom. O que eu tenho para conversar com você é... – Ele parou de
falar, ficou esperando a Paulinha sair da sala, parecia que não queria que ela
ouvisse. Ao mesmo tempo, aproveitou para admirar cada detalhe dela, seu
olho brilhava, ardia. Me deu até inveja, acho que nunca fui olhada assim. Ela
desfilava toda empinada, mexia o cabelão loiro de um lado para o outro.
Fiquei pensando no que devia rolar nessa sala depois do expediente.
Assim que ela saiu, ele voltou-se para mim de novo. Eu não aguentei
mais. Abri a boca para ajudá-lo, eu mesma já ia falar logo o assunto, acabar
com isso.
Mas o problema foi que ele soltou também.
- Ah, mocinha...
- O quê?
- Achou mesmo que eu ia te demitir por causa disso?
- Não vai?!
- Quem nunca, né? – Parou de rir, ficou sério. Me olhou no fundo dos
olhos. - Que atire a primeira pedra a mulher que nunca caiu de boca no pau
do namorado.
Senti meu rosto queimar. Me subiu um calor... Vergonha e tesão ao
mesmo tempo. Safado.
- É verdade. Fico aliviada. Mas então, o que quer comigo?
- Seguinte... semana que vem tenho que ir a São Paulo numa reunião
importante, é sobre a aquisição de uma siderúrgica para o grupo, precisava
que você fosse. Tem um gerente de projetos excelente que estamos de olho,
queremos contratá-lo também, e você faria essa ponte.
- Ué... claro. Posso sim.
- Na terça à noite.
- Tranquilo. Era só isso?
O safado começou a rir.
Eu me levantei mais do que depressa. Ele levantou junto.
- Só isso. E Alexia...
- Hum?
Saí da sala dele de perna bamba, mas parecendo que tirei uma
tonelada das costas. Ufa, tinha dado tudo certo.
HENRIQUE
Conversamos sério, falei que não dava mais. Fiquei com o coração
apertado, ela chorou igual criança comigo enterrado nela, disse que me
amava, que achava que ficaríamos juntos depois que eu me separasse da
Virgínia. Que fique claro, nunca a prometi nada, nunca enganei mulher com
promessa, caramba!
Não vou mentir. Desde que a Paulinha veio trabalhar aqui, não nos
desgrudamos um dia sequer. Ela me aliviava, me relaxava, topava tudo a
qualquer hora.
Desde o dia em que pisei nesse lugar, eu falo que foi uma atração
fulminante.
Bati o olho e vi a aliança grossa no dedo dele, mas para mim isso foi
apenas um detalhe, ele não era o primeiro homem casado que eu dava em
cima, e nem seria o último.
Falou que primeiro faríamos uma experiência, que tinha gostado do
meu currículo. E depois de um mês, eu agradeci a Deus quando ele bateu o
martelo e disse que me queria como seu braço direito. Finalmente eu daria o
primeiro passo para conseguir buscar uma vida mais regrada, com dinheiro
certo.
Bom, infelizmente a menina não viu nada, não viu a metida lá.
Paciência.
Agora era esperar. O Henrique não ficaria muito tempo sem me
procurar, ele simplesmente não aguentava ficar sem sexo, era viciado em
fazer mulher gozar.
E eu não tinha certeza, mas desconfiava de que essa tara foi o que o
fez separar da Virgínia.
ALEXIA
Tudo certo.
Estava tudo certo, até escutar o grito fino da Paula vindo do
corredor, me chamando desesperadamente.
Ai meu Deus.
- Vou sim. Semana que vem para São Paulo. Inclusive ele disse que
você ficaria de olhar as passagens e o hotel.
- Porque quem sempre viajou com o Rique fui eu! Não tem motivo
nenhum pra você ir no meu lugar!
Eu não queria humilhar nem ofender ninguém, mas eu tinha que
explicar de algum jeito.
- Bom, na verdade motivo tem sim. A não ser que você faça a
entrevista presencial, os testes de habilidades, de aptidões sociais, demais
testes técnicos e o do perfil comportamental do candidato à vaga de um dos
cargos mais altos da rede de siderúrgicas do seu patrão.
- Vamo falar sério? Você é minha amiga, ou pelo menos diz que quer
ser, então amigos não têm segredos, certo?
- Certo.
- Ah, pronto. Ciúme de você?! Olha pra mim e olha pra você, Alexia,
eu tenho espelho em casa, menina!
- O que quer dizer com isso? Está dizendo que eu sou a feia e que
você é a gostosa, é isso?
- É. Temos. Tínhamos, até sexta-feira. Ele disse que não quer mais,
que a gente precisa parar com isso.
- Hum. E por que ele disse isso?
- Não faço ideia. Acho que tem outra na jogada, só não sei quem é...
- Hum... e o que eu tenho a ver com isso? Está achando ruim porque
vou viajar sozinha com ele, isso é fato. O que acha que vai acontecer nessa
viagem?
- Não acho nada, até porque você não faz nem um pouco o tipo do
Henrique. É baixinha, sem sal, não tem nem peito direito, bunda, ele gosta de
mulherão. Mas o lance é que eu queria ir com ele. E você tem que me ajudar,
me incluir nisso.
- Já sei! Fala que sua mãe não deixa você viajar sozinha com homem!
Pronto, olha que legal, Alex!
- Uhum. Tá bom, Paula, vou ver o que posso fazer.
- Então olha hoje! Assim que você acabar suas coisas aí. Fala que
ligou pra sua mãe e ela te xingou, te colocou de castigo! – Ela bateu
palminhas e deu uma gargalhada maldosa.
- Uhum. Ótima ideia, Paula. Vou falar que ela ameaçou me dar uma
chinelada na bunda!
A mulher ficou meio em dúvida se eu falava sério, mas no fim abriu
um sorriso branco radiante. Idiota.
Meu Deus, eu tive que contar até mil para não estapear a cara dessa
bunduda loira oxigenada!
O que ela pensava que eu era? Assanhada que nem ela? E achava que
era dona dele? O cara acabou de dar o pé na bunda dela! Ela tinha era que
acordar para a vida, eu hein!
Para mim entrou num ouvido e saiu pelo outro. Continuei fazendo
meu trabalho, e não ia me envolver em rolo dos dois, e principalmente,
queimar o meu filme e prejudicar o meu trabalho, para piriguete conseguir
senha na fila da trepada.
Sou miúda, seios e bunda pequenos, como disse a loira boazuda lá.
Não chamo a atenção, nunca parei o trânsito como ela, e duvido que um
homem como o Henrique me olharia daquele jeito, como olhava para ela,
cheio de tesão.
Que se fodesse, sabia?
- Calma lá, mãe... não empolga tanto assim também, a gente nem sabe
como vai ser...
Enquanto eu me servia de uma xícara de café, ela fatiava um pedaço
de broa para mim. Mãe era assim, do tipo “coruja”. Éramos só nós duas, e
ela me tratava com o maior mimo.
Fez o maior sacrifício para me formar, pai nunca deu pensão. Foi
tudo com seu trabalho como faxineira em casas de família, junto com a ajuda
de bolsa parcial da faculdade.
Dei um beijo na sua testa e agradeci pelo café, tirei a mesa e levei
tudo para lavar. Mais tarde tomei um banho, escovei os dentes e vesti uma
camisola. Estava acabada.
Ai, que delícia... que tesão... aaah, estava vindo, não sei que
momento era mais gostoso, se eram os segundos antes de vir, ou se era a
explosão. Quando eu sentia que ia chegar eu parava, estava doida, fora de
mim, não queria parar de esfregar, meu dedo já estava todo melado, meu
grelinho durinho, inchado...
Pensava nele todinho, na bunda linda, redondinha com marquinha de
sunga, as coxas firmes, grossas com pelos escuros, as costas largas, nuca
larga, o cabelo curtinho... sem querer eu já decorava cada detalhe dele,
ficava imaginando sua voz grossa no meu ouvido falando sacanagem
enquanto me esfolava com aquele pau gostoso, escorregando para dentro,
entrando e saindo, entrando e saindo, me castigando... seu peso jogado em
cima de mim, quente, cheiroso, lambendo a minha boca. Fiquei chupando
meu polegar, a outra mão esfregando, fazendo círculo no grelinho, enfiava na
buceta, tirava, saía todo melado. Não aguentei segurar mais, abafei um grito
mordendo o lábio quando explodiu, agarrei no lençol, me contorci toda,
gozei tanto que molhei a cama.
- Beleza.
O que eu gostava nessa academia é que além de ficar vazia, tinha
uma puta estrutura e personal à disposição, meu treino rendia pra caramba.
- Combinado.
- Bom dia, Rique. Tudo bem? – A voz toda mansa, voz de pilantra,
safada...
- Uhum. – Deixei que ela levasse o paletó para o cabideiro ao lado
da porta, só virei de costas quando ela já ia saindo, quase tive um troço
quando vi o tamanho da saia que a safada estava usando. Parecia que tinha
feito escova, cabelão loiro lisinho até quase na bunda, deixou a copa toda
perfumada. Delícia de cheiro de mulher.
Respirei fundo e fui atrás. Não podia deixar isso me afetar, o dia
hoje ia ser cheio. E eu não queria mais ser o filho da puta tarado com buceta
e gozada de mulher.
- Rique, aqui estão os contratos para você ler e assinar... – Baixou
para colocar a pasta em cima da minha mesa, só consegui enxergar dois
melões na minha frente. Caralho.
- Beleza.
- Aceita um cafezinho? Eu passo agora...
- Não precisa.
- Já tomou em casa?
Puxei o ar com força, aliviado. Vi que a Paula fez uma cara de quem
comeu e não gostou. Tinha dado para ficar de rixa com a minha melhor
funcionária do RH. Adivinha quem ia sair perdendo? Que Deus me
perdoasse.
- Mandei chamar sim, Alexia. Queria repassar com você os detalhes
da nossa reunião de terça. Desde lá de baixo na recepção eu já tinha pedido
para anunciarem ela no microfone.
Falou que ia buscar os papéis na sua sala. Assim que assenti ela se
virou, e caralho, eu não consegui não olhar. Tinha vindo com uma camisa
transparente atrás que mostrava o sutiã rosa todo delicadinho, as costas
lisas, pele parecia muito macia, a calça jeans clara até no meio das
panturrilhas, justa, marcando a bunda redondinha. Olhei seus tornozelos, os
calcanhares rosados saltando da sapatilha baixinha. Uma onda de tesão me
varreu, meu pau endureceu na hora, eu amava cada parte feminina.
- Maluca o que, seu canalha, safado! Não pode ver bunda de mulher,
hein Henrique!
- Caralho, Paula, onde você tá com a cabeça? Não sei do que tá
falando!
- Paula, quer parar com isso?! A menina vai voltar agora! Vai pegar
nós dois aqui!
- Olha que delícia, Henrique... fala que não tá com saudade, fala... –
Mordeu meu lóbulo da orelha, sussurrou. - Tá toda depiladinha pra você,
com marquinha do jeito que você gosta...
Segurei ela pelos pulsos, pedi para se levantar mas ela negou, estava
louca, buceta gulosa dos infernos, vontade que eu estava de meter até o talo.
- Desce agora Paula, anda, caralho!
- Não! Não vou sair! Ela vai ver, ela vai chegar e ver quem é a dona
desse pauzão gostoso!
- Alexia! Espera!
Fiquei parada de costas. Tremi na base. Do jeito grosso que falou, se
eu desobedecesse era capaz que ia ser demitida ali mesmo.
- Desce. Agora. Paula. – Sua voz era grave, irritada. Eu não quis nem
me virar, de tão constrangida. Vergonha alheia também.
- Foi mal, Alex... é que a gente não aguenta... isso foi só um abraço
de bom dia.
- Paula. Agora. Por favor.
A voz agora estava mais perto, bem mais perto. Atrás, mais
precisamente no meu pescoço. Quente, perfumada. Cheiro de colônia cara,
de homem gostoso, bom de cama.
- Que nada...
- É sim. Minha admiração por você só aumenta a cada dia, Alexia.
- Chega. Ai meu Deus, que vergonha. – Cobri meu rosto, virei para o
lado. Ele ficou rindo da minha cara.
- Aceita um café para descontrair?
- Eu te adoro, garota.
- Perfeito.
Ele se levantou da mesa e eu não consegui desviar os olhos. Era um
privilégio, um colírio ver como aquele homem se portava, seus gestos, seu
modo de vestir, de falar, de tudo. Ele era absurdo de sexy, e tenho certeza
que tinha plena noção disso. Metido safado.
- Alexia?
- Consigo entender sim... mas que tal almoçar comigo hoje? Vamos
naquele motel de novo? – Cochichou no meu ouvido, esbarrando o seio no
meu peito de propósito.
Olhei para a porta da sala do RH, Alexia já devia ter descido.
Mas sei lá. Vontade que eu estava era de passar mais tempo com a
menina. Desculpa mais esfarrapada de resolver coisa de trabalho, eu já
estava mais do que pronto, louco para dar mais uma tacada certeira na minha
vida profissional. Mas aquela coisinha linda me divertia, eu me sentia
completamente à vontade na presença dela, parecia uma velha amiga, apesar
de novinha. E que gostosinha que ela era... meus banhos essa semana foram
bem quentes e demorados, só pensava se ela me aguentaria, se caberia tudo...
droga.
- Tudo bem.
- Sem problemas, doutor. Vamos pra onde?
- Estou sim.
- Tudo pronto?
Suspirei, me deu um frio na barriga.
- Que besteira, Alexia. Nem precisa ficar falando isso. Tem saúde, é
jovem, tem sua mãe por perto, é linda...
- Oi?
Não tinha como não reparar. Parecia mais relaxado, tinha afrouxado
o nó da gravata, sentava descontraído na poltrona, o cabelo até um pouco
desalinhado, o rosto meio corado e a boca vermelhinha do uísque. Gostoso
pra caralho.
- Deus me livre, sei que não tenho nada, absolutamente nada a ver
com a sua vida particular, mas é sobre a Paula que eu queria falar...
- Hum.
Seu semblante ficou mais sério.
- Então... ela tá muito enciumada com essa nossa viagem.
- É mesmo?
- Uhum. Contei até dez para não ser mal-educada com ela.
- Não consigo te imaginar sendo mal-educada nem com um mosquito.
Sorri sem graça para ele. Seu rosto estava a poucos centímetros do
meu, sentia seu cheiro de homem, o hálito adocicado do álcool.
- Seus olhos são castanhos, mas têm um fundo esverdeado, cor de
mel...
- Nada não.
- Eu sou o que, o que acha de mim, Alexia? Você nunca disse.
Conta outra. Esse uísque era dos bons. Não sei se o cortava ou se
aproveitava essa chance de ouro que eu estava tendo.
- E o que eu tenho de tão especial assim, meu Deus? – Fiquei rindo
enquanto virava o restinho do vinho.
- Você gosta de elogio sim, danadinha... – Pegou na minha mão, me
percorreu um arrepio na hora.
- Valeu.
O garçom voltou com as bebidas novamente.
- Meu Deus, Henrique... desse jeito não vou conseguir terminar meu
trabalho...
- Pelo amor de Deus, esquece isso. Olha, vou abrir o jogo com você.
Lá vinha...
- Eu e a Paulinha, a gente...
- Olha Alex, você é novinha, tem muita coisa pra viver ainda. Eu sou
divorciado, faço quarenta esse ano, tenho um filho, tô tentando buscar outras
coisas, mudar certas atitudes...
- Mas o que isso tem a ver com idade?
- Isso o quê?
- Tesão.
Nem acredito que falei isso.
- Não tem nada a ver. Mas é que... bom. É complicado de explicar.
Vi que ele queria falar, mas media bem as palavras. Talvez não
quisesse me assustar com alguma coisa, achava que eu era inocente, se
bobear até virgem.
- Eu não sou essa menina boba que você pensa. – Pois se ele queria
confissão, ele ia ter. E que essa imagem de santa se desfizesse para sempre
na sua cabeça. Queria que me visse como mulher, que me desejasse assim
como desejava a Paula, que me quisesse ajoelhada de boca no seu pau assim
como quis a ex.
Cacete! Virei o resto do vinho, minha cabeça rodava. Continuei.
– Já tive dois ex-namorados, todos dois mais velhos, trinca e cinco e
trinta e sete, um era separado e o outro era colega de sala, descobri depois
que tinha mulher e filho. Entendo um pouco esse conflito na sua cabeça, mas
não acho que isso tem a ver com idade. Tem a ver com pele, com desejo,
atração. Você e ela parecem mesmo ter uma química ferrada. Mas se você
acha que isso não te faz bem, parta para outra. – Só me faltou falar “parta
para mim”, mas o vinho não foi suficiente.
- Duvido.
- Sério.
- Não preocupa com isso.
- Deixa eu ver se entendi... Você tá pedindo para uma mulher não se
preocupar com o que vestir num jantar de negócios chiquérrimo? – Falei
toda inocente, brincando. Mas a cara que ele fez não era de brincadeira.
Estava sério, me olhando no fundo dos olhos. Cara de safado.
Ele aproximou de mim no banco, afastou meu cabelo para um lado,
colou a boca no meu ouvido.
- Acontece que você tá comigo, não vai nem conseguir preocupar
com nada...
Esse clima gostoso fazia muito tempo que eu não tinha com alguém,
acho que nem no começo do meu namoro com a Virgínia.
E eu vou te falar, mulher quando quer ser vingativa, quer dar o troco,
não tem homem que segura!
Eu sabia que a Paula ia aprontar alguma. Na sexta-feira se despediu
de mim numa boa no final da tarde, no domingo me ligou, conversamos um
tempão ao telefone, e na despedida me desejou uma ótima viagem e ótima
reunião.
Vim tranquilo para São Paulo, aliviado porque tinha dado tudo certo.
Chegamos no hotel perto da hora do almoço, mas qual foi a minha surpresa
quando a recepcionista falou que só havia reserva para um quarto, e era de
casal.
- Deve ter algum engano, minha senhora. Minha secretária ligou com
antecedência, foram pedidos dois quartos single premium.
- O que consta pra mim no sistema é somente um quarto com cama de
casal. A reserva foi feita na semana passada por... deixa eu ver aqui... Paula.
- Tem certeza?
- Não tem problema não. Eu durmo no sofá... – Insistiu.
- É bem capaz mesmo, Alexia.
- Eu sei por que ela fez isso. – Alexia virou para mim e falou assim
que entramos no elevador, estávamos só nós dois.
- Por quê?
- Ela queria me fazer brigar com você. Que eu pensasse que isso foi
armação sua para dormir comigo. Ela quer que eu pense que você me trouxe
para São Paulo pra gente transar.
- Tá maluca, Alexia?
- Aposto com você, Henrique. Sou mulher, poxa. Sei muito bem
dessas coisas...
- Você melhor do que eu deve saber muito bem como age uma mulher
ciumenta. E eu já tinha te falado do ciúme que ela estava de mim.
Fiquei calado, não comentei mais nada. Mais tarde eu ligaria para a
Paula e resolveria com ela. Mas fiquei intrigado com essa informação da
menina. Mexer com mulher ciumenta era igual cutucar um vespeiro. Talvez
ela tivesse razão mesmo.
ALEXIA
- O prazer foi meu. E conta comigo, vai ser muito bom fazer parte do
seu time. Conheço seu trabalho espetacular, e tem a minha admiração,
Henrique.
- É muito bom saber disso.
Pura estupidez da minha cabeça! O nome dela não saiu da boca dele
nem por um segundo sequer, nem por engano.
Quem tinha ido? Olha... era uma mesa grande. Eu, Henrique, outros
dois executivos, o Pedro era um deles, dois advogados do Henrique, e mais
duas mulheres muito bonitas, pareciam modelos, uma era secretária de um
deles e a outra tinha um cargo alto, era diretora.
- Não tenho como agradecer tudo o que está fazendo por mim.
- Não tem que agradecer nada. Faço porque quero, porque me dá
vontade. E porque acho que você merece. Vamos? – Sua mão quente tocou
minha pele nua na base da coluna, me fazendo estremecer.
Ela suspirou.
- Ai... aquele cara é um sonho, vamo combinar... já tinha visto só em
web conferência, mas ao vivo ele é ainda mais lindo, que tamanho de
homem...
- Alexia, eu só vou...
- Não.
Me deu mais irritação! Não o deixei terminar de falar nada. Não
queria ouvir nenhuma desculpa esfarrapada da boca dele! Não tinha que me
dar satisfação, não era nada meu! Nunca tinha sido!
Saí do restaurante cansada, mesmo que com a sensação de dever
cumprido, tinha honrado meus compromissos com ele, fiz tudo certo, tudo
como me pediu.
A primeira coisa que fiz quando pisei no carpete fofo foi tirar os
saltos que estavam matando meus pés. Fui andando, desabotoei o vestido,
desci o fecho, joguei de qualquer maneira no chão junto com a calcinha.
Minha cabeça rodava, e eu comecei a pensar naquele jantar, pensar em tudo,
na parte profissional sim, mas principalmente, na vontade que aquele homem
me fazia.
Escovei os dentes e fui para a cama, peguei meu celular para ver as
mensagens, navegar até o sono chegar. Decidi que hoje eu dormiria toda nua,
e problema era dele se me visse assim quando chegasse da noitada (se
chegasse).
Deitei por cima dos lençóis macios, minha cabeça rodava.
E foi só a conta de começar a mexer no celular...
De repente levei um susto, até o deixei cair no chão. Escutei barulho
do cartão enfiando na porta, a maçaneta girou, a porta abriu. Fechei os olhos
na hora e fingi que tinha dormido. O safado estava voltando.
HENRIQUE
Fiquei babando, senti tesão, nunca a tinha visto daquele jeito, nem no
aniversário do Théo, quando estava usando traje de festa, o cabelo
desarrumado, o rosto coradinho. Eu fiquei foi rindo quando lembrei. Linda.
Comportou-se de maneira exemplar durante o jantar, esperta, sentei
do lado, prestava atenção nas nossas conversas, tentava entender, eu
explicava com a maior paciência, preocupado com ela, saber se estava tudo
bem, se estava gostando. Sua companhia era muito agradável, ela tirava as
situações de letra, mesmo com as brincadeiras dos colegas, falaram que ela
parecia adolescente, que era estagiária.
Mas logo no final saiu igual uma maluca da mesa, não me deixou
conversar, explicar para ela que o grupo estenderia a noite mas que eu não
ia, só aguardaria que todos saíssem para não ficar deselegante da minha
parte.
Ela parecia que tinha ficado com raiva, fechou a cara para mim do
nada, fiquei sem entender.
- Alexia?
Chamei, não respondeu.
Meu Deus, fiquei sem acreditar, quase pirei. Não consegui segurar,
queria ver, admirar seu corpo todo, nos mínimos detalhes. Meu pau subiu na
hora, uma onda de tesão me queimou como fogo, me tomou. Era toda linda,
os seios pequenos, biquinhos marrons, estavam durinhos, e o que mais me
matava, me deixava louco, a minha maior perdição... a buceta linda,
pequenininha do jeito que eu imaginava nos meus banhos, um triangulozinho
de pelos escuros, os lábios grandes, rosados. Cheguei ao seu lado da cama,
parei de pé, fiquei reparando, teso, tomado de tesão, calça toda estufada,
meu pau já apontava para cima, empurrando a cueca, a cabeça melada.
Devagarinho subi na cama, engatinhando no rumo dela.
- Goza na minha boca, faz o que você quiser comigo Alexia, qualquer
coisa...
Ela arreganhou as pernas e me puxou, eu deitei em cima, e foi só o
tempo de baixar a cueca e colocar o pau pra fora.
ALEXIA
Meu coração pulou de alegria a hora que vi que ele tinha voltado. Eu
não acreditei que ele não iria, que tinha dispensado a companhia daquele
mulherão para passar a noite.
- Me quer assim?
- Quero... por favor, quero...
Ficamos abraçados de rosto colado. Ele estava todo suado, falei que
podia se levantar, não precisava esperar nada. Mesmo assim ficou quietinho
me acarinhando, enterrado gostoso em mim.
- Tô louco por um banho... vem comigo? – Passou o nariz no meu
cabelo.
Desde que pisei pela primeira vez naquela empresa eu fiz mal juízo
da Paulinha. Em pensamento, eu condenava a pobre secretária, achava graça
da forma como ela rastejava aos pés dele, de como era oferecida. Também
fiquei sem entender o motivo de sua ex-mulher ter pedido o divórcio e meses
depois cair de boca no pau dele. Mas agora eu entedia as duas. Agora eu
entedia tudo.
O cara comia gostoso demais... ah meu Deus, ele era viciante...
Cada vez mais eu entendia sua paixão, sua devoção por ele, a raiva
de não poder ter vindo. Era ela que estaria no meu lugar a uma hora dessa,
nua, agarrada nele debaixo do lençol, depois de uma madrugada de sexo
delicioso na cama, depois na banheira. Fiquei por cima, deitada sobre ele,
estocava sem parar, me abraçava, apertava, gemia falando putaria.
Molhamos o banheiro todo, água quente espalhou pelo chão, mas nem
ligamos. Gozei de novo, gozei gostoso no pau dele enquanto ele me fodia e
lambia a minha boca.
Não consegui alcançar o celular para ver que horas eram, fiquei
preocupada, nossa reunião era na segunda parte da manhã.
- Ai...
- Gosta assim, gosta?
- Gosto...
- E por que ela fez isso? Quero dizer, você e a Paula, vocês...
estavam juntos também. Sei que não tenho nada com isso e...
- Mas eu quero te contar. Não quero esconder nada de você. Pode
perguntar o que quiser, meu bem.
Eu precisava saber. Já estava muito envolvida, entregue a ele. Já
sonhava com nós dois, sei que era ridículo, mas já sonhava, fantasiava.
Queria conhecê-lo, saber seus segredos, seus defeitos. Ele não era perfeito,
ninguém é. E eu precisava saber.
- Então me conta. Me conta por que a Virgínia te deixou. Foi por
causa da Paula?
- Não. Não foi. A Paula foi uma fuga, na verdade. Um alívio para o
meu vício.
- Que vício?
Eu sabia. Sabia que tinha alguma coisa errada, ele não era perfeito. E
para a Virgínia o largar, é porque era grave.
- Não acho. Alexia, já que está me perguntando eu não vou negar, não
vou mentir nada pra você, e espero que não sinta ciúme, que não me ache um
canalha.
- É claro que não. Não vou te julgar por nada, Henrique, quem sou
eu...
- Sinto muito, quero dizer, sentia muito tesão pela Paula, a gente fazia
muita loucura, mas não passava disso.
- Entendi. Então nunca pensou em assumir nada com ela...
- Não precisa falar agora se não quiser. Mas eu te falo que eu quero.
Alexia. Eu estou apaixonado por você, Alexia. – Ele ergueu a cabeça para
me olhar nos olhos. Meu Deus, seus olhos brilhavam tanto, parecia que
estavam cheios de lágrimas.
Abri meu coração de um jeito para essa menina como eu nunca tinha
feito na minha vida com ninguém. Contei tudo, joguei tudo pro alto, falei o
que realmente sentia.
Sentamos à mesa, foi simpática com todos, ficamos muito perto, até
que surgiu assunto de relacionamento, e vi quando ela virou para a Alicia e
falou que estávamos namorando.
- Mas ontem você me falou que...
- Falei. É que está recente, eu não queria rotular. – Puxou minha mão,
nossos dedos entrelaçados. - Mas estamos namorando sim.
- Por isso ele não quis ir... – Ela me encarou, sorri e confirmei com a
cabeça.
- Exatamente. Henrique é um homem comprometido agora. – Alexia
acariciou minha nuca, me deu um beijo na boca.
E nem precisava.
Eu não podia ter ficado mais feliz.
A reação foi das piores. Levei tapa na cara, tentou me beijar, chorou
abraçada comigo grudada no meu colo. Foi foda, cara. Não vou mentir que
não sofri, porque doeu. Doeu pra caralho.
Mas hoje...
Hoje...
HENRIQUE
Tá desse jeito, estamos indo devagar, com calma, com cuidado. Não
quero ser afoito, fazer nada precipitado como foi com a Virgínia. A gente se
conhece mais a cada dia, e está delicioso. Às vezes vou para a casa dela, às
vezes ela vem para o meu apartamento no meio da semana para quebrar a
rotina, a gente sai, janta fora, vamos ao cinema, como um casal normal.
Não quero fazer planos para o futuro, ficar imaginando o que vai
acontecer com a gente. Quero viver o agora, o dia de hoje é um presente, o
próprio nome já diz.
E estou feliz pra caralho desse jeito.
ALEXIA
Eu acho que esse último mês foi o melhor da minha vida, apesar de
saber que muita coisa maravilhosa ainda está por vir junto desse homem que
Deus colocou no meu caminho.
Olha, eu não vou mentir, às vezes ela liga para o Henrique, os dois
ficam conversando, eu vejo mas não falo nada. Não posso proibir a amizade
dele. Confiança é a base de todo relacionamento e eu decidi que no meu isso
viria em primeiro lugar.
Sim. Estamos juntos. E está sendo sensacional... Não gosto nem de
ficar elogiando, mas ele é um namorado delicioso... nunca tive um homem
assim. A cada dia descubro uma faceta nova dele.
Acho que eu trouxe leveza para a sua vida, ele fala que está
revivendo muita coisa agora, que tinha anos que não fazia, coisas que o
tempo tirou dele, o peso da idade, das responsabilidades da vida adulta.
Às vezes acho que estou num sonho, que está bom demais para ser
verdade, já fico esperando qual vai ser a pegadinha da vez.
Mas é isso.
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Um beijo e até o próximo conto!
NINA