Compreendendo o Fundamento Do Fechamento de Espaços Na Ortodontia, para Um Tratamento Ortodôntico Mais Eficiente
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Helder B Jacob
University of Texas Health Science Center at Houston
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DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2177-6709.21.2.115-125.sar
O presente artigo discutirá vários aspectos teóricos e métodos de fechamento de espaços, baseando-se em conceitos
biomecânicos. O fechamento de espaços é um dos processos mais desafiadores na Ortodontia e requer uma com-
preensão sólida de conceitos biomecânicos, a fim de se evitar efeitos colaterais indesejáveis. Compreender o funda-
mento biomecânico do fechamento de espaços possibilita uma melhor definição das opções de ancoragem e trata-
mento, por parte dos clínicos. Apesar de haver uma variedade de desenhos de aparelhos ortodônticos, o fechamento
de espaços pode ser realizado por meio da mecânica com atrito ou sem atrito, e cada técnica apresenta vantagens e
desvantagens. A mecânica com atrito, ou mecânica de deslizamento, é atraente em virtude de sua facilidade, o espa-
ço é fechado por meio do uso de elásticos ou molas helicoidais, que produzem força, fazendo com que os braquetes
deslizem no arco ortodôntico. Por outro lado, a mecânica sem atrito se utiliza de dobras em alças para gerar força
para fechar o espaço, possibilitando momentos diferenciais nas unidades ativa e reativa, induzindo a uma ancoragem
mais ou menos controlada, dependendo da situação.
1
Professor, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Programas de Como citar este artigo: Ribeiro GLU, Jacob HB. Understanding the basis of
Graduação e Pós-graduação, Departamento de Ortodontia, Florianópolis, Santa space closure in Orthodontics for a more efficient orthodontic treatment. Dental
Catarina, Brasil. Mestre e Doutor em Ortodontia, UFRJ. Pós-doutorado em Press J Orthod. 2016 Mar-Apr;21(2):115-25.
Ortodontia pela Baylor College of Dentistry, Dallas, Texas, EUA. Diplomado DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2177-6709.21.2.115-125.sar
pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).
2
Professor, Texas A&M University, Baylor College of Dentistry, Departamento Enviado em: 27 de janeiro de 2016
de Ortodontia, Dallas, Texas, EUA. Mestre e Doutor em Ortodontia pela Revisado e aceito: 27 de fevereiro de 2016
Unesp/Araraquara. Pós-doutorado em Ortodontia pela Baylor College of
Dentistry, Dallas, Texas, EUA. » O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente
a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias.
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A B C D
Figura 3 - Tipos de movimentação dentária: A) inclinação descontrolada; B) inclinação controlada; C) movimento de corpo; D) movimentação radicular. As se-
tas vermelhas representam a força aplicada nos dentes e o momento da força. As setas azuis representam a força de um fio inserido no braquete e o momento
de um binário. As setas verdes representam o momento resultante (momento da força menos o momento de um binário).
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Figura 5 - À medida que o canino é inclinado para distal durante a retração, Figura 6 - Sistema de forças gerado pela mola helicoidal fechada que apli-
o fio ortodôntico fica travado na face do slot do braquete (“efeito de trava- ca forças abaixo do centro de resistência dos segmentos. Em virtude da
mento”), aumentando o atrito. distância linear entre a aplicação das forças e o centro de resistência, há a
ocorrência de momentos e do efeito de colapso, com forças verticais que
participarão do fechamento de espaços.
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tensão) um arco de aço inoxidável quando a confecção de DOBRAS ANGULADAS E A POSIÇÃO NEUTRA
uma alça não gerar uma tensão residual favorável. Os ortodontistas aprenderam que, para realizar um
movimento de corpo, uma mola de retração (alça de
POSIÇÃO DA ALÇA fechamento) deve produzir um momento contrário,
Ao retrair o segmento anterior, o ortodontista normal- e a proporção M/F determinará o tipo de movimen-
mente insere alças de fechamento imediatamente na dis- to (ou seja, translação ou inclinação descontrolada)19-22.
tal do incisivo lateral ou do canino, pois isso possibilita a Ao garantir que o sistema de forças ideal seja produzido,
ativação contínua da alça à medida que o espaço se fecha. os ortodontistas podem inserir dobras de segunda ordem
Porém, tem sido demonstrado que a posição da alça pode (dobras em "V" ou dobras gable) para aumentar o controle
aumentar ou diminuir a quantidade de perda de ancoragem da raiz. Essas cargas de pré-ativação são capazes de manter
posterior24,31. Se a alça de fechamento for inserida de modo os dentes verticalizados durante a desativação. É comum
descentralizado entre as unidades anterior e posterior, o seg- inserir dobras gable com o objetivo de ajustar a proporção
mento menor gerará momentos maiores, levando à inclina- M/F na direção anteroposterior, assim evitando o efeito
ção da raiz (aumento de ancoragem), enquanto o segmento de colapso à medida que o espaço é fechado35. As dobras
maior gerará momentos menores, favorecendo a transla- gable ajustam a proporção M/F a um nível que produz a
ção6,15,18. Além disso, a inserção da alça de forma assimétrica movimentação desejada, pois grande parte das configu-
entre os braquetes resulta em momentos desiguais e gera for- rações das alças é incapaz de prevenir a inclinação des-
ças verticais33,34 que podem causar sobremordida profunda. controlada5,13. Compreender melhor o efeito gable ajuda
Isso pode ser prejudicial, se a alça for inserida mais próxima os clínicos a alcançarem os resultados clínicos desejados,
aos dentes anteriores, em virtude da sua extrusão (Fig. 9). como um maior controle da ancoragem.
A B C
Figura 10 - Fechamento de espaços em um caso clínico submetido ao tratamento sem extrações: A) fase inicial; B) começo da fase de fechamento de espaços;
C) fim do tratamento.
A B
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O ortodontista precisa entender que as dobras gable seguida pela retração de quatro incisivos preservaria a an-
produzem angulação, mas quando as molas são inseri- coragem posterior. O motivo para se acreditar nisso é que
das apenas na porção oclusal, os braços das alças se cru- forças mais leves poderiam ser aplicadas em cada uma das
zam, produzindo uma força horizontal, o que resultará fases. Talvez isso funcione se forças de menor magnitude
em uma ativação horizontal maior do que aquela prevista forem aplicadas, retraindo o segmento anterior sem serem
pelo clínico, levando à deformação permanente ou à pro- suficientes para mover o segmento posterior. Estudos clí-
dução de forças maiores34. nicos demonstraram que os dois tipos de retração não dife-
A posição conhecida como posição neutra não gera rem quanto à perda de ancoragem36.
forças horizontais, embora algumas forças verticais possam Normalmente, a retração do canino é indicada para casos
estar presentes. A posição neutra é um conceito impor- de apinhamento ou de discrepância da linha média. A me-
tante de um formato específico. A posição inicial (posição cânica (com ou sem atrito) é praticamente a mesma. O or-
neutra) para que não exista força horizontal ocorre com todontista deve se lembrar que a aplicação de forças fora do
os braços verticais cruzados (na presença de dobras oclu- centro de resistência resultará em movimentos de inclinação
sais). O ortodontista não poderá, porém, pressupor que há ou rotação. A retração do canino pode ser realizada apenas o
ausência de forças se os braços verticais estiverem apenas suficiente para criar espaço para os incisivos, sem nivelá-los.
encostados um no outro. Não há motivos para retrair o segmento anterior em duas
fases, a não ser que haja apinhamento. Além disso, a reali-
RETRAÇÃO EM UMA FASE (EM GRUPO) VERSUS RE- zação de duas fases pode ser antiestética, em virtude do gap
TRAÇÃO EM DUAS FASES (RETRAÇÃO DO CANINO) mais anterior e da maior duração do tratamento. Outro fator
Tradicionalmente, acredita-se que a retração do canino a ser considerado é o número mais significativo de efeitos
A B C
Figura 12 - Caso clínico com extração de primeiros pré-molares superiores e ausência congênita de segundos pré-molares inferiores: A) fim da fase de alinha-
mento e nivelamento; B) começo do fechamento de espaços; C) fim do tratamento.
A B C
D E F
Figura 13 - Caso clínico com extração de quatro primeiros pré-molares: A) fase inicial; B) retração parcial do canino; C) começo do fechamento de espaços
com alça em "T"; D) progresso do fechamento de espaços; E) manejo da relação entre caninos; F) fim do caso.
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A B
C D
Figura 14 - Manejo do fechamento de espaços em um caso cirúrgico: A) fase inicial; B) fase de fecha-
mento de espaços; C) elásticos intermaxilares com orientação de Classe III, usados para atingir o contro-
le diferencial de ancoragem e a descompensação dos incisivos; D) fim do tratamento.
A B
C D E
Figura 15 - Caso clínico com extração de primeiros pré-molares superiores e inferiores: A) fase inicial; B) começo do fechamento de espaços; C) uso de aparelho
extrabucal para promover maior ancoragem nos molares superiores; D) mecânica sem atrito na maxila e mecânica com atrito associada à ancoragem com
mini-implantes na mandíbula; E) fim do tratamento.
A B
Figura 16 - Caso clínico sem extração: A) fechamento de espaços usando mini-implantes para ancora-
gem na maxila; B) fim da fase de fechamento de espaços.
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A F
B G
C H
D I
colaterais, como a extrusão dos incisivos em função da in- lares. Tie-backs ou módulos elastoméricos podem ser uti-
clinação para posterior da coroa do canino, principalmente lizados durante a verticalização dos caninos. Além disso,
durante a mecânica de deslizamento36,37. um arco sobreposto é inserido ao redor dos caninos, para
Na mecânica de deslizamento, o ortodontista utiliza prevenir efeitos colaterais nos dentes adjacentes.
um fio guia. Para retrair os caninos, um fio redondo de
aço inoxidável é utilizado para mover os caninos para dis- AVALIAÇÃO DO FECHAMENTO DE ESPAÇOS E
tal. Normalmente, o canino é retraído com fios de aço CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
inoxidável de 0,016” e 0,018” inseridos em slots 0,018” e Um dos problemas mais comuns após o fechamento de
0,022”, respectivamente. O motivo é que o fio deve ser espaços é o torque dos incisivos. Fios redondos ou de bai-
resistente o suficiente para a retração, mas deve ter deflexão xo calibre podem resultar na lingualização da coroa. Vários
para combater uma possível tendência à inclinação. A rota- métodos são propostos para corrigir o torque indesejado
ção é outro efeito colateral resultante da mecânica de desli- dos incisivos, como torcer o fio ou utilizar molas especiais.
zamento, e ligaduras devem ser utilizadas38,39. Adicionar dobras de terceira ordem pode ser ineficaz
por vários motivos. Um fio com as mesmas dimensões do
CONTROLE DE EFEITOS COLATERAIS MECÂNICOS slot deve ser utilizado, para que haja menos folga entre o fio
Se as forças não passam pelo centro de resistência, um e o braquete. A ativação com um valor de torque maior
momento adicional deve ser produzido sem a necessidade requer menos ativação e mais ajustes do fio. Além disso, é
de rotação. Um dispositivo lingual pode ser colado, adi- quase impossível determinar a quantidade de dobras de ter-
cionando força na face lingual do canino, para que a força ceira ordem necessária para promover uma proporção M/F
resultante (vestibular e lingual) passe pelo centro de resis- suficiente. Como efeito colateral, os braquetes adjacentes
tência. Além disso, dobras antirrotação podem ser inseri- podem receber momentos iguais e com direção oposta.
das para prevenir a rotação durante a retração do canino Um arco de torque pode ser uma alternativa para pro-
por meio de alças23,39,40. duzir um torque de incisivo ideal. O sistema de forças
Após o nivelamento da retração do canino, efeitos co- produzido pelo arco de torque (0,017” x 0,025” - liga de
laterais, como curva de Spee reversa, podem ser causados. beta-titânio) resulta na correção adequada das raízes dos
A verticalização dos caninos pode gerar um movimento da incisivos. Uma pequena quantidade de força e um mo-
coroa para mesial e criar espaço entre caninos e pré-mo- mento alto e contínuo são produzidos em virtude do uso
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de um braço extenso. Os incisivos receberão o momen- Em síntese, não há como definir o melhor método para
to desejado, enquanto forças verticais indesejadas devem o fechamento de espaços. Alguns casos requerem determi-
ser evitadas por meio do uso de um arco de estabilização. nadas técnicas em detrimento de outras, e o ortodontista
Esse sistema tem a vantagem de facilitar a visualização e a pode ter suas preferências. Independentemente do método
medição das ativações de torsão41. empregado, compreender a biomecânica é fundamental.
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