Alimentos Funcionais Com Enfase em Gastronomia Unidade I Final
Alimentos Funcionais Com Enfase em Gastronomia Unidade I Final
Alimentos Funcionais Com Enfase em Gastronomia Unidade I Final
COM ÊNFASE EM
GASTRONOMIA
UNIDADE I
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO
CONCEITO
Elaboração
Silmária Costa Santos Soeiro
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
UNIDADE I
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO CONCEITO.....................................................................................7
CAPÍTULO 1
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS
E NUTRACÊUTICOS.............................................................................................................. 7
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................14
INTRODUÇÃO
Esta apostila dará suporte para seu aprendizado na área de alimentação e nutrição
presentes na gastronomia funcional, ou seja, atentar para o uso dos alimentos que
tenham mais benefícios para saúde. Para entender mais sobre o assunto, podemos
definir a gastronomia funcional como a união entre a gastronomia e a nutrição
funcional. É o se nutrir com sabor e acima de tudo, com saúde. É compreender a
especificidade bioquímica das pessoas, com foco nas intolerâncias e alergias e para
depois elaborar os pratos (Terra, 2019).
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Introdução
Objetivos
» Conceituar e definir o que são alimentos com alegação de propriedade funcional,
nutracêuticos e compostos bioativos.
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HISTÓRICO E EVOLUÇÃO
DO CONCEITO
UNIDADE I
Capítulo 1
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DOS
ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS
1.1. Histórico
Determinados tipos de alimentos são conhecidos por seus benefícios sobre a saúde
do hospedeiro há muito tempo. Apesar de se ter essa perpecepção prévia, o estudo
desses alimentos, atualmente denominados alimentos funcionais, e dos bioativos
responsáveis por esses benefícios tornou-se mais relevante apenas nos últimos anos.
Segundo Hasler (1998) e Evangelista (2005), o conhecimento de que os alimentos
previnem e tratam doenças surgiu aproximadamente a 2.500 anos atrás, propagado
por Hipócrates, que alega “Deixe o alimento ser teu remédio e o remédio ser teu
alimento”, de tal modo que todos os alimentos eram considerados funcionais, por
proporcionar aroma, sabor ou valor nutricional.
O termo alimento funcional, apesar de ser uma peça importante na história humana,
só tornou-se conhecido em 1920, quando houve o isolamento de compostos nos
alimentos por pesquisadores que atestaram seus benefícios (Evangelista, 2005;
Pimentel et al., 2005).
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UNIDADE i | Histórico e evolução do conceito
Diferente do Japão, nos Estados Unidos não houve a regulamentação dos alimentos
funcionais, provocando o surgimento de uma gama de organizações que atuam
de forma independente à lei americana, disponibilizando definições para esta nova
área da ciência de alimentos. Sendo assim, o Comitê de Alimentos e Nutrição do
Instituto de Medicina (IOM/FNB, 1994) definiu alimentos funcionais como qualquer
ingrediente ou alimento que possa fornecer benefícios à saúde do hospedeiro,
acompanhado das características nutricionais tradicionais do alimento (Hasler, 2000;
Moraes; Colla, 2006; Vieira et al., 2007).
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Histórico e evolução do conceito | UNIDADE i
No Brasil, até 1990, não reconhecia os alimentos como agentes redutores de riscos
à doenças, promotores de bem-estar e qualidade de vida. Posteriormente, houve
um aumentou no número de pedidos de análise e a diversificação dos produtos
para registro e comercialização. Diante disso, a Agência Nacional da Vigilância
Sanitária – ANVISA mostrou-se contrária à aprovação desses novos alimentos, pois
a maior preocupação era a segurança da população. Sendo assim, essa agência se
comprometeu em investigar os novos alimentos, com a contribuição de instituições
de pesquisa na área de nutrição, toxicologia, tecnologia de alimentos e outros,
estabelecendo regulamentações técnicas para análise de novos alimentos e
ingredientes, com inclusão das alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde
(Brasil, 2005; Maia; Santos, 2006; Vieira et al., 2007).
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UNIDADE i | Histórico e evolução do conceito
Quando um alimento possui propriedade nutricional, pode-se dizer que ele é capaz
de desmpenhar uma função biológica. Formular o conceito de alimentos funcionais,
ainda é novo e, por essa razão, abrange considerações diferentes em cada país.
Alguns autores chamam, também, de nutracêuticos, alimentos para utilização médica,
alimentos para obter saúde, alimentos medicamentosos, dentre muitos outros
(Cuppari, 2005).
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Histórico e evolução do conceito | UNIDADE i
Sgarbieri e Pacheco (1999) relatam que alimento funcional é qualquer alimento, natural
ou elaborado, que possuem substâncias capazes de desempenhar efeitos biológicos,
como nutrientes ou não nutrientes, no metabolismo de doenças crônico-degenerativas
e reforçam a qualidade e a expectativa de vida das pessoas.
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UNIDADE i | Histórico e evolução do conceito
Lajolo (2001) e Roberfroid (2002) afirmam que alimento funcional é parecido com o
alimento convencional, ingerido com a dieta habitual, capazes de auxiliar na redução
do risco de doenças crônico-degenerativas, além das suas funções nutricionais
básicas. Esses alimentos são capazes de produzir efeitos fisiológicos e metabólicos
relativamente úteis para a manutenção da saúde mental e física, prolongando assim, a
expectativa de vida da população.
Alguns estudiosos explicam também que esses alimentos isolados não asseguram
boa saúde; é necessário estarem incorporados em uma dieta variada e equilibrada
nutricionalmente (Vieira et al., 2007).
Cuppari (2005) adverte que, para que determinado componente do alimento tenha seu
efeito comprovado, são necessárias muitas etapas de investigação e esse tempo não
é sufuciente para tamanha variedade de ofertas de alimentos existenes no mercado,
surgindo vários deles, sem ação comprovada cientificamente.
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Histórico e evolução do conceito | UNIDADE i
Assim como o Brasil, populações de outros países do globo tiveram seus hábitos
alimentares investigados, e a baixa prevalência de doenças, em alguns povos, chamou
atenção para a sua dieta. Os esquimós, com sua alimentação predominantemente
baseada em peixes e produtos marinhos ricos em ômega 3 e 6, têm baixo índice
de problemas cardíacos, assim como os franceses consumidores de vinho tinto. Os
orientais, devido à ingestão de produtos à base de soja, que contém fitoestrogênos,
possuem baixa incidência de câncer de mama. Nesses países, o hábito de consumir
frutas e verduras também justifica a redução do risco de doenças coronarianas e de
câncer, comprovada por estudos epidemiológicos (Anjo, 2004).
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