Ultrassonografia Endoscopica Ba11167857

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Guia do Episódio de Cuidado

Ultrassonografia Endoscópica
Também conhecida como ecoendoscopia, consiste em aparelho que combina as funções do endoscópio e ultrassonografia, o que
possibilita o estudo e abordagem sonográficos da parede do tubo digestório e das estruturas vizinhas.

1. INDICAÇÕES BASEADAS EM ESTUDOS COM EVIDÊNCIA DE ALTO NÍVEL [1]

Diagnóstico

Lesões Acurácia próxima a 100% para diferenciar lesão subepitelial e compressão extrínseca
Punção ecoguiada com agulha fina de lesões assintomáticas da muscular própria do estômago, duodeno e
subepiteliais
reto >10 mm

Revisões sistemáticas revelam que cerca de 20% dos casos de pancreatite aguda são idiopáticas, sendo a
Pancreatite
microlitíase responsável por até 75% destes casos [2]
idiopática
Drenagem ecoguiada de pseudocistos pancreáticos apresenta taxas de resolução, eventos adversos e
recorrências de 85%, 20% e 10%, respectivamente
Coleções fluidas
Drenagem ecoguiada de necrose pancreática delimitada (Walled-off Necrosis) apresenta taxas de
peripancreáticas
resolução, eventos adversos e recorrências de 70-75%, 20% e 10%, respectivamente

Lesões ressecáveis: na suspeita de metástase, linfoma, tumor neuroendócrino ou pancreatite autoimune


Lesões irressecáveis: planejamento oncológico
Lesões sólidas Ressecabilidade duvidosa: complementação do estadiamento
pancreáticas Se o resultado da punção for negativo para neoplasia, mas a suspeita é alta, nova punção deverá ser
realizada
Nos pacientes encaminhados para tratamento neoadjuvante

2. TRATAMENTO
Em pacientes com gânglio visível, sua neurólise parece obter um maior alívio da dor que a neurólise do plexo
Dor oncológica
celíaco, sendo preferível utilizar esta técnica
Obliteração com uso do cianoacrilato
Varizes gástricas
Avaliação da erradicação das varizes gástricas em caso de dúvida
Drenagem biliar ecoguiada apresenta sucesso técnico e clínico similar a drenagem transparietal (percuntânea)
Obstrução biliar
após falha da CPRE

Em caso de forte suspeita de cálculo de vesícula com ultrassonografia negativa, existe somente fraca recomendação de uso da
ecoendoscopia [3]

Neste caso, é imperativo que esteja documentado no prontuário o resultado negativo da ultrassonografia antes da realização
da ecoendoscopia

3. INDICAÇÕES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS DE MENOR QUALIDADE

Em algumas situações, diagnóstico ou tratamento ecoendoscópico pode ser mais fácil ou seguro:

US, TC, RM ou PET-CT deve ser realizada antes da ecoendoscopia nas seguintes situações [12]:

• Para descartar metástases distantes em pacientes oncológicos;


• Em pacientes com dor abdominal;
• Em pacientes com grandes lesões abdominais;
• Em pacientes com suspeita de coledocolitíase;
• Em pacientes com adenocarcinoma ductal do pâncreas para avaliar a ressecabilidade.
Em algumas situações, diagnóstico ou tratamento ecoendoscópico pode ser mais fácil ou seguro:

Coledocolitíase A probabilidade de coledocolitíase é de 70% se ≥3 dos seguintes: colédoco > 7 mm, febre, bilirrubina > 2
mg/dL, ↑ fosfatase alcalina ou TGP ↑ > 2x o normal). Neste caso, deve-se fazer direto CPRE.
Ecoendoscopia é indicada se colédoco > 7 mm e ↑ de pelo menos 1 das enzimas como citado
anteriormente [4]
Colangiopancreatogra Drenagem da árvore biliar com implante de stent através de abordagem transgástrica ou
fia transduodenaldo quando CPRE for impossível devido a alterações anatômicas decorrentes de cirugias ou
obstrução duodenal ou ampular por tumores [5]
Drenagem de Drenagem de abscessos subfrênicos ou do lobo esquerdo do fígado em pacientes com hipertensão
abscesso portal e múltiplas veias colaterais que acarretam risco à abordagem percutânea [6]
Drenagem transretal de abscessos pélvicos pós-cirúrgicos com remoção do stent após 2 semanas (em
uma série com 25 pacientes, houve resolução completa em 24 [7])
Ablação química de Injeção por agulha fina de substâncias ablativas tem sido utilizada para tratamento de tumor estromal
tumores gastrointestinal [8], insulinoma [9], metástase hepática [10], câncer esofágico localmente avançado antes da
ressecção [11], neoplasia cística [12] e adenocarcinoma irressecável do pâncreas [13]
Gastroenterostomia Em caso de obstrução da via da saída gástrica ou duodenal, tem sido descrita a interposição de stent por
a criação de gastroduodenostomia ou gastrojejunostomia [14]

4. COMPLICAÇÕES DA ECOENDOSCOPIA

Complicações mais comumente descritas nos artigos citados neste carepathway (taxa):

• Perfuração (0 a 0,4%);
• Sangramento (0,4%);
• Bacteremia após punção por agulha fina (4-6%);
• Pancreatite após punção pancreática com agulha fina (2%).

Referências

[1] Endosc Ultrasound 2017, 6:359;


[2] Am J Med Sci 2015, 350:229;
[3]J Hepatol 2016, 65: 146;
[4] Endosc Ultrasound 2019, 8:3;
[5] Endoscopy 2007, 39:287;
[6] Gastrointest Endosc 2004, 59:578;
[7] Gastrointest Endosc 2009, 70:1121;
[8] Gastrointest Endosc 2003, 57:113;
[9] Gastrointest Endosc 2006, 63:1059;
[10] Gastrointest Endosc 2002, 55:266;
[11] J Clin Oncol 2011, 29:AB e13610;
[12] Gastrointest Endosc 2008, 67:636;
[13] Endoscopy 2006, 38:399;
[14] Gastrointest Endosc 2015, 82:745 e 82:567.

Código Elaborador: Revisor:or: Aprovador: Data de Data de


Documento: Mauro Dirlando Mauro Dirlando C Haggeas Da Silveira Elaboração: Aprovação:
CPTW202.1 Conte de Oliveira de Oliveira Fernandes 02/12/2020 02/12/2020

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