Documento 515073f

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região
Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

0000627-38.2020.5.09.0095
Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 22/07/2020

Valor da causa: R$ 31.930,76
Partes:
AUTOR: BERNARDO ESPINOLA MARTINEZ
ADVOGADO: ALEXANDRE MARCOS DE PAULA
ADVOGADO: JULIANI CARVALHO MISCEVSKI
RÉU: TRUCK CENTER SERVICOS E COMERCIO LTDA - ME
ADVOGADO: BRUNO DOS SANTOS SILVA
ADVOGADO: JOAO BATISTA DE ANDRADE
ADVOGADO: DAVID HERMES DEPINE
ADVOGADO: NESTIR ANTONIO ROHDE
PERITO: FLAVIA FERNANDA MARKUS RODRIGUES
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da 1a Vara do Trabalho
de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná
Autos nº. 0000627-38.2020.5.09.0095

Autor(a): BERNARDO ESPINOLA MARTINEZ
Réu: TRUCK CENTER SERVIÇOS E COMÉRCIO Ltda. - ME
Flávia Fernanda Markus Rodrigues, Engenheira de Segurança do Trabalho, CREA/PR

63.531/D, nomeado Perito para dirimir sobre a existência de Insalubridade na função de
SOLDADOR junto a Reclamada do auto em epígrafe vem mui respeitosamente à presença de
Vossa Excelência requerer a juntada do Laudo Pericial.
Oportunamente solicita que seja intimada a parte responsável pelo pagamento das custas para,
no prazo fixado por este DD. Juízo, efetuar o depósito dos honorários periciais no valor hora
calculado em R$ 3.975,00 (Três mil, novecentos e setenta e cinco reais), corrigidos pelos
índices da caderneta de poupança. Solicito que os honorários periciais sejam depositados em
favor desta signatária, no banco Caixa Econômica Federal, agência 3982 conta 1033-2.
Termos em que pede e espera deferimento.
Cascavel, 03 de dezembro de 2020.
Flávia Fernanda Markus Rodrigues

Engenheira de Segurança do Trabalho
CREA PR-63.531/D
Perita Judicial: Flávia Fernanda Markus Rodrigues – Enga. Segurança do Trabalho – CREA/PR 63.531/D
rua Manaus, 45 – São Cristóvão – Cascavel/Pr – Fone: (45) 9941.0798 Página 1 de 21
Assinado eletronicamente por: FLAVIA FERNANDA MARKUS RODRIGUES - Juntado em: 15/12/2020 14:31:22 - 515073f
Sumário
1. OBJETIVO ............................................................................................................................................ 3
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES .............................................................................................. 3
3. CONCLUSÕES FINAIS ...................................................................................................................... 3
4. FUNDAMENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES FINAIS....................................................................... 4

4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................................. 4
4.2 ANÁLISE DOS RISCOS OCUPACIONAIS .......................................................................................................................................... 4
5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES .......................................................................................... 8
5.1 METODOLOGIA .............................................................................................................................................................................. 8
6. QUESITOS DO RECLAMANTE...................................................................................................... 11
7. QUESITOS DO RECLAMADA ........................................................................................................ 16
8. LEGISLAÇÃO APLICADA............................................................................................................... 20
9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................... 20
10. HABILITAÇÃO ................................................................................................................................. 21
1. OBJETIVO
O presente Levantamento Técnico - Pericial tem como objetivo o Reconhecimento, a

Avaliação e o Controle dos Riscos Ambientais com potencial de Insalubridade existentes na
atividade e local de trabalho, bem como a determinação da exposição do Autor a tais riscos, sob
a ótica da legislação trabalhista vigente.
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O presente levantamento Pericial foi efetuado no dia 20 de novembro de 2020, tendo sido
iniciado às 10h00, no local de trabalho do Autor, ou seja, na TRUCK CENTER Serviços e
Comércio Ltda. - ME, situada na Rua Adolpho Lollato, 3.760 – Área Industrial, em Santa
Terezinha do Itaipu/PR.
Na ocasião, contamos com a colaboração e informações das seguintes pessoas:
 Sr. Zaqueu da Silva – Paradigma da função do Autor

 Sra. Maristela M. G. Cechinel – Sócia Proprietária – Representante da Reclamada
 Sr. Tiago Maiorano Silva – Engenheiro de Segurança do Trabalho CREA-SP
5069612210 – Assistente Técnico da Reclamada
 Sr. Nestir Antônio Rohde – Advogado OAB/PR 87.868 – Representante da Reclamada
3. CONCLUSÕES FINAIS
Conforme fundamentaremos significativamente a seguir, nossas conclusões legais e

técnicas apontam para o seguinte:
ENCONTRAMOS razão legal e técnica (NR-15 e seus anexos) para considerar o trabalho do
Reclamante INSALUBRE.
A exposição ocupacional observada na atividade desenvolvida por ele, a saber:
a) Agente Físico: Ruído, Radiação não Ionizante (Ultravioleta) e Vibração (Mãos e

Braços).
b) Agente Químico: Chumbo, Dióxido de Nitrogênio, Ozona e Manganês.
NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE NEUTRALIZADA (LEGAL E TECNICAMENTE) por uso de proteção

adequada.
Logo, como a atividade do Autor há percepção de agentes insalubres em

grau médio e em grau máximo, o mesmo faz jus, pelo texto dado pela Portaria 3.214/78
em sua NR15 item 15.3 “no caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,
será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial,
sendo vedada a percepção cumulativa”, portanto, o Autor deverá receber sobre o maior
grau, ou seja, INSALUBRIDADE - Grau Máximo (40%), ESTE É A CONCLUSÃO DO
LAUDO PERICIAL.
4. FUNDAMENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES FINAIS
4.1 Considerações Gerais
4.1.1 Funções em Análise:

 Soldador
4.1.2 Local de Trabalho:

 Setor Produção
4.1.3 Períodos
 Admissão: 16.05.2014
 Demissão: 09.08.2019
4.2 Análise dos Riscos Ocupacionais
4.2.1 Condições Ambientais do Local de Trabalho

SETOR: PRODUÇÃO
PAREDES:
Alvenaria Fibrocimento Metálica Madeira Outros (descrever):
DIVISÓRIAS:
Madeira Inexiste Outros (descrever):
COBERTURA:
Cerâmica Fibrocimento Metálica Outros (descrever):
FORRO:
Madeira Poliestireno/Isopor Laje Outros (descrever): inexiste
PISO:
Concreto Cerâmico Madeira Outros (descrever):
VENTILAÇÃO:
Natural Artificial Artificial (ventilador / exaustor)
ILUMINAÇÃO:
Natural Artificial – lâmpadas do tipo (descrever):
TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO:
EPIs utilizados Número do CA Fator de Proteção (*)
Ficha de Controle de EPI, DATADO DE 2014
PROTEÇÃO DOS OLHOS DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE
Óculos de proteção PARTÍCULAS VOLANTES; CONTRA RAIOS ULTRAVIOLETA (U6), NO CASO
9722
incolor DAS LENTES VERDE, INCOLOR, AMARELA; CONTRA RAIOS
ULTRAVIOLETA (U6) E LUZ INTENSA (L3), NO CASO DAS LENTES CINZA.
PROTEÇÃO DOS PÉS DO USUÁRIO CONTRA RISCOS DE NATUREZA LEVE
Calçado de segurança 11815 E CONTRA AGENTES ABRASIVOS E ESCORIANTES E CONTRA CHOQUES
ELÉTRICOS
25821 PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS E
Luva de vaqueta
Validade: 18/08/2014 ESCORIANTES.
25521 PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
Luva de raspa ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES.
30280
Guarda pó brim Sem CA -
Protetor auricular
29176 NRRsf 19 dB(A)
concha
Protetor auricular plug 19578 NRRsf 15 dB(A)
PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE
Máscara de solda, a
31311 PARTÍCULAS VOLANTES (FRONTAIS/MULTIDIRECIONAIS), LUMINOSIDADE
partir de 27/08/2014 INTENSA E RADIAÇÕES PROVENIENTES DE SERVIÇOS DE SOLDAGEM.
PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES, CONTRA AGENTES
Luva de raspa 39333 TÉRMICOS (PEQUENAS CHAMAS, CALOR DE CONTATO, CONVECTIVO, E
METAL FUNDIDO) E CONTRA AGENTES TÉRMICOS PROVENIENTES DE
OPERAÇÕES DE SOLDAGENS E PROCESSOS SIMILIARES.
Luva de raspa 30280 PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
30282 ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES.
Luva de vaqueta ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES.
26435 EPI NÃO APROVADO PARA USO EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E
PROCESSOS SIMILARES.
PROTEÇÃO DO TRONCO DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
Avental de raspa 40046 ESCORIANTES E TÉRMICOS PROVENIENTES DE OPERAÇÕES DE
SOLDAGEM E PROCESSOS SIMILARES.
11268 PROTEÇÃO DOS OLHOS DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE
Óculos de proteção 26126 PARTÍCULAS VOLANTES;
incolor PROTEÇÃO DOS OLHOS DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE
19176 PARTÍCULAS VOLANTES FRONTAIS.
Protetor auricular plug
(02 entregas no ano)
Luva de vaqueta 35320 ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES.
Máscara Sem CA -
Protetor auricular Sem CA -
Avental vaqueta Sem CA -
9722
PROTEÇÃO DO BRAÇO E ANTEBRAÇO DO USUÁRIO CONTRA AGENTES
ABRASIVOS, ESCORIANTES E AGENTES TÉRMICOS PROVENIENTES DE
Mangote de raspa com
16923 OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E PROCESSOS SIMILARES.
fivelas metálicas EPI NÃO APROVADO CONTRA ARCO ELÉTRICO, FOGO REPENTINO E
COMBATE A INCÊNDIO.
Luva de vaqueta PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES.
39333 TÉRMICOS (PEQUENAS CHAMAS, CALOR DE CONTATO, CONVECTIVO, E
Luva de raspa PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES TÉRMICOS
(PEQUENAS CHAMAS, CALOR DE CONTATO, CONVECTIVO, RADIANTE E
28614 METAIS FUNDIDOS).
EPI NÃO APROVADO CONTRA ARCO ELÉTRICO, FOGO REPENTINO E
PROTEÇÃO DOS PÉS DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE QUEDAS DE
Calçado de segurança
30305 OBJETOS SOBRE OS ARTELHOS E CONTRA AGENTES ABRASIVOS E
com biqueira de aço ESCORIANTES.
Máscara descartável Sem CA -
(01 entrega no ano)
Óculos de proteção PROTEÇÃO DOS OLHOS DO USUÁRIO CONTRA IMPACTOS DE
11268
incolor PARTÍCULAS VOLANTES;
11268
Luva de vaqueta 31179 PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES ABRASIVOS,
PROTEÇÃO DAS MÃOS DO USUÁRIO CONTRA AGENTES TÉRMICOS
PROVENIENTES DE OPERAÇÕES DE SOLDAGENS E PROCESSOS
39928 SIMILARES.
Luva de raspa
39333 ESCORIANTES, CORTANTES E PERFURANTES, CONTRA AGENTES
TÉRMICOS (PEQUENAS CHAMAS, CALOR DE CONTATO, CONVECTIVO, E
Máscara facial inteira PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DO USUÁRIO CONTRA A
INALAÇÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS, QUANDO UTILIZADO COM FILTROS
com filtro combinado 16774 MECÂNICOS OU COMBINADOS, E CONTRA GASES E VAPORES, QUANDO
(1 kit) UTILIZADO COM FILTROS QUÍMICOS OU COMBINADOS.
39201
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DO USUÁRIO CONTRA POEIRAS E
Máscara PFF1 21336 NÉVOAS (PFF1).
Validade: 23/12/2017
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DO USUÁRIO CONTRA POEIRAS,
Máscara PFF2 38943 NÉVOAS E FUMOS (PFF2).
(01 entrega no ano)
11268
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS CONTRA POEIRAS, NÉVOAS E
Máscara PFF2 38503 FUMOS (PFF2).
(*) EPI´s auditados junto as Fichas de Controle de Entrega de EPIs dada pela Reclamada e consultado os respectivos CAs – Certificados de Aprovação
junto a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia para a verificação e comprovação de sua eficácia e/ou Fator de Redução.
4.2.2 Análise dos Agentes de Risco

LOCAL DE TRABALHO/SETOR: PRODUÇÃO
FUNÇÃO: SOLDADOR
ATIVIDADES (#): P/F

Realizar solda MIG ponto para a montagem e travamento de peças; e solda em linha para fixação, geralmente
H
atividade que demanda de 4 a 5 horas por dia;
Realizar o corte, lixamento e acabamento de solda com o uso de lixadeira Ewald, atividade que demanda até 3
H
horas;
Auxiliar em atividades gerais de reforma de carreta usando furadeira, lixadeira, maquita, marreta, chave de
H
boca entre outras ferramentas de mão;
Realizar a limpeza da solda com o uso da grafiteira (eletrodo grafite); H
Realizar o corte de peças metálicas com o uso de maçarico; H
Eventualmente, fazer o corte de madeira com o uso de maquita; E
Auxiliar na limpeza do barracão, por varrição juntando a sujidade e colocando-a em balde. E
Legenda: P/F – Periodicidade/Frequência E - Eventual H – Habitual e/ou Permanente
(#) = Informações retiradas da Ficha com descrição de atividade, elaborada durante perícia, com informações fornecidas pelo
paradigma da função do Autor, assinada por ele, pelo representante da Reclamada, pelo Assistente Técnico e pelo Advogado da
Reclamada.
ANÁLISE DOS RISCOS:
NR-15 – ANEXO N0 01 – RUÍDO
- Exposição ocupacional habitual a nível médio de ruído da ordem de 86,5 dB(A), acima do limite de tolerância, sem
o uso de proteção adequada.
NR-15 – ANEXO N0 07 –RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (PROCESSO INDUSTRIAL SOLDAGEM)

- Exposição ocupacional habitual da pele e olhos a radiação não ionizante do tipo ultravioleta (processos industriais),
acima do limite de tolerância, segundo literatura específica, avaliado qualitativamente por inspeção no local de
trabalho (julgamento profissional), sem proteção adequada.
NR-15 – ANEXO N0 08 – VIBRAÇÕES

- Exposição ocupacional habitual a vibrações localizadas (mãos e braços), avaliada qualitativamente por inspeção no
local de trabalho (julgamento profissional), sem o uso de proteção adequada.
NR-15 – ANEXO N0 11 – CHUMBO

- Exposição ocupacional habitual das vias respiratórias a concentrações ambientais de fumos de Chumbo, avaliado
qualitativamente por inspeção no local de trabalho (julgamento profissional), atividade de soldagem, sem o uso de
proteção adequada.
NR-15 – ANEXO N0 11 – DIÓXIDO DE NITROGÊNIO

- Exposição ocupacional habitual das vias respiratórias a concentrações ambientais de gás Dióxido de Nitrogênio,
avaliado qualitativamente por inspeção no local de trabalho (julgamento profissional), atividade de soldagem, sem o
uso de proteção adequada.
NR-15 – ANEXO N0 11 – OZONA

- Exposição ocupacional habitual das vias respiratórias a concentrações ambientais de gás Ozônio, avaliado
NR-15 – ANEXO N0 12 – MANGANÊS

- Exposição ocupacional habitual das vias respiratórias a concentrações ambientais de fumos de Manganês,
- Exposição ocupacional habitual das vias respiratórias a concentrações ambientais de fumos de Cobre, Cromo,
Ferro (óxido), Fósforo, Molibdênio, Níquel, ido Clorídrico1 (ACGIH), avaliado qualitativamente por inspeção no
local de trabalho (julgamento profissional), atividade de soldagem, sem o uso de proteção adequada.
- Não há indícios de exposição a outros agentes ambientais (físicos, químicos e biológicos).
CARACTERIZAÇÃO (Conforme a Portaria Nº 3.214/78 do MTE em sua NR 15.) :

INSALUBRIDADE - Grau Médio (20%) - Anexo 1 - RUÍDO.
1
Agentes de risco de acordo com a ACGIH American Conference of Governmental Industrial Hygienists;
A NR-09 data pela Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego cita em seu item 9.3.5.1 c) (...)
limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional
adotados pela ACGIH (...).
INSALUBRIDADE - Grau Médio (20%) - Anexo 7 - RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (ultravioleta).
INSALUBRIDADE - Grau Médio (20%) - Anexo 8 – VIBRAÇÃO DE MÃOS E BRAÇOS.
INSALUBRIDADE - Grau Máximo (40%) - Anexo 11 – CHUMBO.
INSALUBRIDADE - Grau Máximo (40%) - Anexo 11 – DIÓXIDO DE NITROGÊNIO.
INSALUBRIDADE - Grau Máximo (40%) - Anexo 11 – OZONA.
INSALUBRIDADE - Grau Máximo (40%) - Anexo 12 – MANGANÊS.
AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS:
- RUÍDO
Dose Dose Lavg Dose Dose
Tempo Situação de
Data Lavg dB(A) NR 15 NHO01 Nome dB(A) NR15 NHO-01
(h:mm) Exposição
(%) (%) (M) (%) (M) (%) (M)
Zaqueu da Silva
Acima do Limite de
20/11/20 0:43 86,5 123,1% 141,4% (paradigma da 87 132,0% 158,7%
Tolerância
função do Autor)
Legenda: Lavg – Nível Médio de Ruído Lavg (M) – Média logarítmica dos valores de Lavg Dose - Resultado do nível de ruído encontrado dividido pelo Limite de Tolerância
Dose NR 15 - % de Dose com Fator Duplicativo de Dose (FDD/q) = 5 Dose NHO-01 - % de Dose com Fator Duplicativo de Dose (FDD/q) = 3
5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
5.1 Metodologia
a) O RECONHECIMENTO DOS RISCOS foi efetuado através de pesquisa bibliográfica prévia,

análise dos documentos apresentados ao processo, de análise dos processos e métodos de
trabalho e de entrevista com o Autor.
b) As AVALIAÇÕES QUALITATIVAS da exposição ocupacional aos agentes físicos e químicos

citadas neste laudo foram realizadas a saber:
 Ruído: com base nos documentos apresentados pela Reclamada, e interpretação pelos
Anexos 1 e 2 da NR 15 da Portaria 3214/78.
 Vibração de mãos e braços: com base no Anexo 08 da NR 15 da Portaria 3214/78.
 Atividades ou operações envolvendo Agentes Químicos absorvíveis pela pele e por
vias respiratórias: com base nos Anexo 11, Anexo 12 e 13 da NR 15 da Portaria 3214/78.
 Radiações Não Ionizantes (Ultravioleta):
- Interpretação técnica: com base no item 2 do Anexo 7 da NR 15 da Portaria 3214/78
que cita explicitamente que “As operações e atividades que exponham os
trabalhadores às radiações não ionizantes, sem proteção adequada, serão
consideradas insalubridades em decorrência de laudo de inspeção realizada no local
de trabalho”. Como não há critério técnico que norteie a “INSPEÇÃO”, este perito
fazendo uso de julgamento profissional baseado na melhor técnica, une-se à ACGIH
que ratifica:
a. Para carga solar: “Trabalhadores que executam atividades a céu aberto, em
latitudes inferiores a ±40 graus1, podem ficar expostos acima dos TLVs®, em
períodos tão curtos quanto 5 minutos, em torno do meio-dia, durante o verão”.
Com base nisto e segundo literatura médica específica, que demonstra ser a
falta de sol tão prejudicial quanto o excesso (APROXIMADAMENTE 4,0 horas
de exposição diária seria TOLERÁVEL), este Perito estabeleceu uma espécie
de “FATOR DE TOLERÂNCIA” para suas interpretações, assim definido:
-Exposição INFERIOR OU IGUAL há 30 minutos/jornada
(CUMULATIVAMENTE OU NÃO) - risco desprezível.
- Exposição SUPERIOR a 30 minutos/jornada e INFERIOR a 4,0 horas/jornada
(CUMULATIVAMENTE OU NÃO) –risco moderado, sem maiores potenciais
de dano, mas merecendo proteção adequada.
- Exposição IGUAL OU SUPERIOR a 4,0 horas/jornada
(CUMULATIVAMENTE OU NÃO) - risco potencialmente nocivo, obrigando à
b. Para processos industriais: Medições quantitativas históricas revelam que
poucos segundos diários de exposição a radiações não ionizantes, oriundas do
processo de soldagem (p. exemplo), independentemente do tipo empregado,
são capazes de ultrapassar os TLVs® da ACGIH.
1
Posição Brasil: Norte: latitudes +5º16'20" (longitude -60º12'43" Nascente do
Rio Ailã – Roraima); Sul: latitudes -33º45'03" (longitude -53º23'48" Arroio
Chuí - Rio Grande do Sul).
- Caracterização legal dos resultados: com base no Anexo 7 da NR 15 da Portaria
3214/78.
As avaliações acima foram feitas tomando-se por base a análise simultânea e concorrente
dos seguintes fatores a eles relacionados:
 Toxidade ou Nível de Agressividade

 Suposta Concentração ou Intensidade
 Tempo de Efetiva Exposição
 Suposta Hipersensibilidade
Para caracterizar o “tempo de exposição” do ocupante de determinada função a um dado

agente nocivo/insalubre, foi considerada como fundamentação técnico-legal uma periodicidade
de tempo tradicionalmente utilizada pelo Ministério do Trabalho e profissionais da área (inclusive
jurisprudencialmente), que define:
 Exposição Eventual:
Aquela que sugere a NÃO CONCESSÃO de adicionais porque não oferece riscos
cumulativos à saúde.
 Exposição Intermitente e/ou Contínua:
Aquela que sugere a CONCESSÃO de adicionais por oferecer potencialmente riscos
cumulativos à saúde.
Este entendimento quanto ao “tempo de exposição” tem como fundamento diversos

pareceres técnico/jurídicos, como, por exemplo:
1º - SÚMULAS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO:
(...)47 – INSALUBRIDADE – O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente,

não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. (RA41/1973 – DJ 14-
6-1973)
(...)132- ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO. I – O adicional de periculosidade, pago
em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. II – Durante as horas de
sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração
do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (Res. 129/2005 – DJ – 20-4-2005)
(...)364 – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL PERMANENTE E
INTERMITENTE. I – Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou
que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato se dá de
forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente
reduzido. (...) (Res. 129/2005 – DJ – 20-4-2005)
2º - PORTARIA MTE 1.078, DE 16 DE JULHO DE 2014 – NR-16 – ANEXO 4:
(...)3. O trabalho intermitente é equiparado à exposição permanente para fins de pagamento integral
do adicional (...), excluída a exposição eventual, assim considerado o caso fortuito ou que não faça parte
da rotina. (...)
Há dificuldades para a definição do que é EVENTUAL, INTERMITENTE e/ou

CONTÍNUO, em função da Portaria MTE Nº 3.311, de 29/11/89 (que procedia a tais definições)
ter sido recentemente revogada pela Portaria MTE Nº 546, de 11/03/2010. Contudo, tendo em
vista:
1º - a inexistência de instrução oficial que substitua a Portaria MTE 3.311;
2º - a premência da comunidade técnico/jurídica por definições aceitáveis, defensáveis e
lógicas do que sejam exposições “EVENTUAIS”, “INTERMITENTES” e/ou “CONTÍNUAS”;
3º - a presença do Art. 19 da citada Portaria MTE 546, que diz competir “(...) à SIT
expedir normas complementares à execução desta Portaria e resolver os casos omissos e
eventuais controvérsias.”;
4º - a existência, na extinta Portaria 3.311, do tópico “INSTRUÇÃO PARA
ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE”, com definições
extremamente aceitáveis e de uso corrente da comunidade técnico/jurídica;
Assim sendo reservo o direito de MANTER, até segunda ordem, a seguinte

conceituação:
(...)Do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a quantidade de
exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado risco operacional sem proteção,
multiplicado pelo número de vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se
o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se
repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30
min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, entretanto, ele se expõe ao mesmo agente
durante 20 minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400
min/dia de trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se
processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a exposição é
de natureza contínua...
6. QUESITOS DO RECLAMANTE
1 - Qual a função exercida pelo reclamante e quais eram as atividades desempenhadas por ele?
FUNÇÃO: SOLDADOR
ATIVIDADES (#): P/F

H
H
horas;
H
Reclamada.
2 – Informe a Sra. Perita por qual período e em quais áreas o reclamante adentrou para o
desempenho de suas funções, quais as condições do local de trabalho?
Períodos
 Admissão: 16.05.2014
 Demissão: 09.08.2019
Condições Ambientais do Local de Trabalho

SETOR: PRODUÇÃO
PAREDES:
Alvenaria Fibrocimento Metálica Madeira Outros (descrever):
DIVISÓRIAS:
Madeira Inexiste Outros (descrever):
COBERTURA:
Cerâmica Fibrocimento Metálica Outros (descrever):
FORRO:
Madeira Poliestireno/Isopor Laje Outros (descrever): inexiste
PISO:
Concreto Cerâmico Madeira Outros (descrever):
VENTILAÇÃO:
Natural Artificial (ventilador / exaustor)
ILUMINAÇÃO:
Natural Artificial – lâmpadas do tipo (descrever):
3 – o local do desempenho da função do reclamante encontra-se de acordo com o PPRA

apresentado? Existem exaustores ou sistemas de ventilação no ambiente de trabalho do
reclamante? Quais os riscos à saúde do reclamante pela condição do ambiente de trabalho?
Prejudicado, foi-nos apresentado apenas o documento PPRA datado de 2018 durante a

diligência pericial e no processo consta o documento datado de 2019/2020 para que possamos
formar parecer quanto a atividade x documentação.
Não há exaustores ou sistemas de ventilação vinculados a atividade de soldagem no ambiente

de trabalho do Autor.
Prejudicado, riscos à saúde, refere-se a quesito de cunho médico.
4 – O reclamante durante o contrato de trabalho esteve exposto a agentes nocivos a sua

saúde? Quais riscos e com que frequência?







5 – A quais elementos químicos o reclamante foi exposto de acordo com a NR15 e seus
anexos?
NR15 - Anexo 11 – CHUMBO.

NR15 - Anexo 11 – DIÓXIDO DE NITROGÊNIO.
NR15 - Anexo 11 – OZONA.
NR15 - Anexo 12 – MANGANÊS.
6 – Foram fornecidos EPI´s ao reclamante? Sim.
7 – Em caso afirmativo ao item 6, foram fornecidos de maneira correta, na quantidade correta?
Conforme a análise da Tecnologia de Proteção adotada para a atividade do Autor, apresentada

a seguir, observa-se que não foi realizada a entrega da totalidade dos EPIs requeridos para
neutralização eficaz dos agentes de risco a que o Autor esteve exposto; desde o início do
contrato e em todo o período laboral dele; não fora observada a periodicidade de troca /
reposição da tecnologia de proteção adotada; não fora observado o fator de proteção requerido
em função do risco a ser neutralizado; não fora observada a data de validade para a utilização
do EPI; não fora observado a não aplicação do EPI para a atividade que o Autor desenvolvia; e
não fora comprovado treinamento sobre uso e conservação de EPIs pela Reclamada.
2
9722
ELÉTRICOS
Luva de vaqueta
30280
Protetor auricular
concha
30282
Máscara Sem CA -
9722
(01 entrega no ano)
11268
11268
39928 SIMILARES.
Luva de raspa
39201
(01 entrega no ano)
11268
8 – Levando em consideração os documentos apresentados pela reclamada sobre o

fornecimento de EPIs, estes eram suficientes? Como por exemplo, as máscaras descartáveis
eram fornecidas diariamente?
Amplamente respondido no quesito de número 7, anterior.
9 – os EPIs fornecidos foram suficientes para conter os agentes nocivos? Tais como os fumos
metálicos, poeira, levando em consideração o fornecimento descrito nos documentos anexados
pela reclamada, bem como o disposto na NR06?
Amplamente respondido no quesito de número 7, anterior.
10 – As atividades e frequência do reclamante a exposição dos agentes nocivos, eram

consideradas de risco insalubre? Em que grau?
11 – Em caso de afirmativa a resposta sobre fornecimento de EPIs, foram totalmente eficazes,

com o fim de não restar nenhuma sequela ao risco a saúde do reclamante?
Prejudicado, quesito de cunho médico.
7. QUESITOS DO RECLAMADA
1 – Em que setor da empresa o reclamante trabalhava e qual atividade ele exercia?

FUNÇÃO: SOLDADOR
ATIVIDADES (#): P/F

H
H
horas;
H
Reclamada.
2 – Considerando o que dispõe o art. 190 da CLT, esclareça a Sra. Perita se a atividade do
reclamante se encontra elencada como insalubre na NR-15.
A atividade do Autor, pelas condições do ambiente de trabalho, análise da exposição

ocupacional aos agentes de risco, meios de propagação, tempo de exposição e tecnologia de
proteção adotada, caracterização como Atividade insalubre.
3 – Em caso de resposta afirmativa ao quesito de número 2, indique a Sra. Perita, de forma

objetiva, em que anexo e respectivo subitem da referida norma regulamentadora a atividade
desenvolvida pelo reclamante encontra-se elencada como insalubre, assim como especifique o
agente insalubre a cuja atuação estava sujeito àquele.

4 – Indique a Sra. Perita, de forma objetiva, se a exposição do reclamante à atuação do agente

insalubre referido na resposta ao quesito de número 3 se dava em caráter eventual, intermitente
ou permanente.







5 – O reclamante recebeu EPIs? Em caso de resposta afirmativa, indique a Sra. Perita, de forma
objetiva:
a) Quais?
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ELÉTRICOS
Luva de vaqueta
30280
Protetor auricular
concha
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3
Máscara Sem CA -
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(01 entrega no ano)
11268
11268
39928 SIMILARES.
Luva de raspa
39201
(01 entrega no ano)
11268
b) Eram os mesmos eficazes para elidir a atuação do agente insalubre referido na resposta
ao quesito de número 3?
Conforme a análise da Tecnologia de Proteção adotada para a atividade do Autor, observa-se

que não foi realizada a entrega da totalidade dos EPIs requeridos para neutralização eficaz dos
agentes de risco a que o Autor esteve exposto; desde o início do contrato e em todo o período
laboral dele; não fora observada a periodicidade de troca / reposição da tecnologia de proteção
adotada; não fora observado o fator de proteção requerido em função do risco a ser
neutralizado; não fora observada a data de validade para a utilização do EPI; não fora
observado a não aplicação do EPI para a atividade que o Autor desenvolvia; e não fora
comprovado treinamento sobre uso e conservação de EPIs pela Reclamada.
8. LEGISLAÇÃO APLICADA
O presente trabalho está fundamentado na legislação brasileira em vigor, abaixo indicada:
 Capítulo V da CLT, em sua nova redação, dada pela lei 6.514 de 22 de Dezembro de 1977.
 Portaria 3.214/78 do MTE, de 08 de Junho de 1978, em suas Normas Regulamentadoras 9 e
15 e respectivas atualizações.
 Portaria 3.311/89 do MTE, de 29 de Novembro de 1989.
 Decreto 3048 do INSS, de 06 de Maio de 1999, e suas atualizações.
 Normas ISO 5349/86, ISO 5349/01 e ISO 2631-1/97.
 Normas de Higiene Ocupacional – Fundacentro.
9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
American Conference of Industrial Hygienists. Threshold Limit Values. Edição em português –

Tradução ABHO - ACGIH, 2007.
CAMPANHOLE, Adriano e Hilton Lobo. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 103ª ed., São
Paulo: Atlas, 2000.
Manual de Higiene Industrial. Madri, Fundação Mapfre, 1991.
NIOSH Manual of Analytical Methods.
Geneva, International Labour Office, 1991.
Riscos Físicos, Químicos e Biológicos – Fundacentro, 1990.
Segurança e Medicina do Trabalho. 62ª ed., Vol. 16. São Paulo, Atlas, 2008.
10. HABILITAÇÃO
O presente laudo tem a responsabilidade técnica e é assinado por FLÁVIA FERNANDA

MARKUS RODRIGUES, Engenheira de Segurança do Trabalho, com registro no CREA PR-
63.531/D.
Sua habilitação para executar tal tarefa está explícita na Constituição Federal, no título II
- dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo I - dos Direitos e Deveres Individuais e artigo
5º - Item XIII; no artigo 195 da CLT - lei 6514/77 e na Resolução nº 359 de 31/07/91, do
CONFEA.
https://pje.trt9.jus.br/pjekz/validacao/20121514311830000000083815152?instancia=1
Número do processo: 0000627-38.2020.5.09.0095
Número do documento: 20121514311830000000083815152

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Poder Judiciário

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 22/07/2020

Autos nº. 0000627-38.2020.5.09.0095

Flávia Fernanda Markus Rodrigues, Engenheira de Segurança do Trabalho, CREA/PR

Termos em que pede e espera deferimento.

Cascavel, 03 de dezembro de 2020.

Flávia Fernanda Markus Rodrigues

2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES .............................................................................................. 3

3. CONCLUSÕES FINAIS ...................................................................................................................... 3

4. FUNDAMENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES FINAIS....................................................................... 4

7. QUESITOS DO RECLAMADA ........................................................................................................ 16

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................... 20

10. HABILITAÇÃO ................................................................................................................................. 21

O presente Levantamento Técnico - Pericial tem como objetivo o Reconhecimento, a

Na ocasião, contamos com a colaboração e informações das seguintes pessoas:

 Sr. Zaqueu da Silva – Paradigma da função do Autor

Conforme fundamentaremos significativamente a seguir, nossas conclusões legais e

A exposição ocupacional observada na atividade desenvolvida por ele, a saber:

a) Agente Físico: Ruído, Radiação não Ionizante (Ultravioleta) e Vibração (Mãos e

NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE NEUTRALIZADA (LEGAL E TECNICAMENTE) por uso de proteção

Logo, como a atividade do Autor há percepção de agentes insalubres em

4.1 Considerações Gerais

4.1.1 Funções em Análise:

4.1.2 Local de Trabalho:

4.2 Análise dos Riscos Ocupacionais

4.2.1 Condições Ambientais do Local de Trabalho

4.2.2 Análise dos Agentes de Risco

ATIVIDADES (#): P/F

NR-15 – ANEXO N0 07 –RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (PROCESSO INDUSTRIAL SOLDAGEM)

NR-15 – ANEXO N0 08 – VIBRAÇÕES

NR-15 – ANEXO N0 11 – CHUMBO

NR-15 – ANEXO N0 11 – DIÓXIDO DE NITROGÊNIO

NR-15 – ANEXO N0 11 – OZONA

NR-15 – ANEXO N0 12 – MANGANÊS

- Não há indícios de exposição a outros agentes ambientais (físicos, químicos e biológicos).

CARACTERIZAÇÃO (Conforme a Portaria Nº 3.214/78 do MTE em sua NR 15.) :

a) O RECONHECIMENTO DOS RISCOS foi efetuado através de pesquisa bibliográfica prévia,

b) As AVALIAÇÕES QUALITATIVAS da exposição ocupacional aos agentes físicos e químicos

 Toxidade ou Nível de Agressividade

Para caracterizar o “tempo de exposição” do ocupante de determinada função a um dado

Este entendimento quanto ao “tempo de exposição” tem como fundamento diversos

1º - SÚMULAS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO:

(...)47 – INSALUBRIDADE – O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente,

2º - PORTARIA MTE 1.078, DE 16 DE JULHO DE 2014 – NR-16 – ANEXO 4:

Há dificuldades para a definição do que é EVENTUAL, INTERMITENTE e/ou

Assim sendo reservo o direito de MANTER, até segunda ordem, a seguinte

ATIVIDADES (#): P/F

Condições Ambientais do Local de Trabalho

3 – o local do desempenho da função do reclamante encontra-se de acordo com o PPRA

Prejudicado, foi-nos apresentado apenas o documento PPRA datado de 2018 durante a

Não há exaustores ou sistemas de ventilação vinculados a atividade de soldagem no ambiente

Prejudicado, riscos à saúde, refere-se a quesito de cunho médico.

4 – O reclamante durante o contrato de trabalho esteve exposto a agentes nocivos a sua

ANÁLISE DOS RISCOS:

NR-15 – ANEXO N0 07 –RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (PROCESSO INDUSTRIAL SOLDAGEM)

NR-15 – ANEXO N0 08 – VIBRAÇÕES