PRADO, Heloísa Almeida. Organização e Administração de Bibliotecas
PRADO, Heloísa Almeida. Organização e Administração de Bibliotecas
PRADO, Heloísa Almeida. Organização e Administração de Bibliotecas
Tabela "PHA ”
l í edição, 1964
2Í edição, 1976
3í edição, 1984
T A . QUEIROZ, EDITOR
SãoPaulo jpjSnTUTO DF. AFIES
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UNICAMP
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N 3 CPD
Prado, Heloísa de Almeida, 1912-1990.
Organização e administração de bibliotecas /
Heloísa de Almeida Prado. — 2! ed. rev. — São
Paulo : T.A. Queiroz, 1992. Introdução, 1
Bibliografia. 1. Organização e administração de bibliotecas, 3
ISBN 05-85008-60-1
2. Aquisição e seleção de material, 26
1. Bibliotecas — Administração 2. Bibliotecas
3. Tombamento ou registro de entrada, 30
— Serviços técnicos I. Título. 4. Classificação, 33
5. Catalogação, 38
6. Preparo mecânico de um livro catalogado, 88
CDD-025.1
91-1803 -025.02 7. Arrumação dos livros nas prateleiras, 92
8. Tombamento, catalogação e classificação de mapas, 95
9. Periódicos, 98
índices para catálogo sistemático:
10. Indexação de artigos e fichas analíticas para os diferentes artigos
1. Bibliotecas ; Administração 025,1
de periódicos, 103
2. Bibliotecas : Serviços técnicos 025.02 11. Folhetos, recortes de jornais e outros documentos menores Mé
todo unitermo, 105
12. Empréstimo de livros, periódicos e folhetos, 113
13. Preparo técnico dos materiais especializados, 119
14. Distribuição do espaço em bibliotecas, 129
15. ISBN (International Standard Book Number), 131
16. Técnicas de avaliação de serviços em bibliotecas, 134
17. Regras para arquivamento alfabético de fichas, 138
Proibida a reprodução,
mesmo pardal, e por 18. Sistema decimal de Melvil Dewey, 141
qualquer processo, sem 19. Tabela “ PHA” abreviada, 184
autorização expressa
do editor.
Bibliografia, 205
índice analítico, 207
Direitos desta edição reservados
T. A. QUEIROZ, EDITOR, LTDA.
Rua Joaquim Floriano, 733 — 9?
04334 São Paulo, SP
(011) 829-0200
1992
Impresso no Brasil
INTRODUÇÃO
Na seção de cataJogação, além das fontes necessárias para consul O primeiro passo será procurar ter uma visão total do empreendi
tas bibliográficas e de sugestões de assuntos, deve haver fichários de mento para que seja possível decidir a maneira de desenvolver os di
identidade, de cabeçalhos de assuntos e de casas publicadoras. As ex versos trabalhos, separando, em cada atividade, o que é essencial do
plicações se encontram no capítulo 5, relativo à catalogação. que pode ser dispensado.
Na seção em que o livro é preparado para ser entregue ao leitor É preciso conhecer os métodos que proporcionarão os resultados
deve haver ex-libris, papeletas de datas de entrega, tinta para o letter positivos das diversas atividades. O estudo de métodos trará como con-
ing ou etiquetas, cola, etc. seqüência uma melhor maneira de agir, ajudando na acertada escolha
A seção de referência é constituída do material que só pode ser da disposição da biblioteca e de seus equipamentos, criando boas con
consultado dentro da biblioteca e deve ficar bem à vista da pessoa que dições de trabalho e favorecendo real aproveitamento dos recursos hu
atende ao público. manos e materiais.
Na sala de leitura estará o catálogo do público (dicionário, siste O encarregado de uma biblioteca deverá fazer uma lista completa
mático ou qualquer outro adotado pela biblioteca). das tarefas e dividi-las em partes; deve saber expressar claramente o
Na carteira de circulação haverá, quando a biblioteca for circu que precisa ser feito, conhecer a técnica de treinar o pessoal, autorizar
lante, o fichário dos leitores inscritos na biblioteca e o fichário dos li a execução de tarefas e observar cuidadosamente os resultados, para
vros retirados. ter elementos que corrijam falhas, aperfeiçoem o desempenho e conti
A biblioteca, sendo de livre acesso, será muito mais útil aos leito nuem produzindo um trabalho satisfatório.
res, que poderão percorrer livremente o depósito de livros e tomar co Reiterando esta afirmação, podemos dizer que as etapas funda
nhecimento completo de tudo o que lhes interessa. O livre acesso dimi mentais para alcançar a organização ideal serão: selecionar o trabalho
nui também o trabalho da pessoa encarregada de atender ao público, e decidir sobre o processo de execução; registrar, por meio de observa
pois os freqüentadores assíduos da biblioteca logo dispensarão qual ção minuciosa, os resultados quanto à utilização das técnicas determi
quer auxílio. A desordem inevitável na colocação dos livros é plena nadas; examinar os fatos registrados, analisando tudo com senso críti
mente compensada pelas vantagens obtidas. Desde que se mantenha co, anotando os detalhes, a finalidade de cada atividade, o lugar onde
uma pessoa encarregada de verificar as estantes, este aspecto da ques se realiza, a ordem seguida na execução e os meios empregados; pro
tão seguramente não constituirá problema. curar adotar o método mais econômico; medir o volume de trabalho
A biblioteca deve permanecer aberta ao público durante o maior que o método escolhido exige e calcular o tempo médio para sua exe
espaço de tempo possível: na definição do seu horário de funciona cução. Aprovado o método que demonstrou ser válido, adotá-lo e
mento é preciso levar em consideração especialmente o interesse ou as mantê-lo, não deixando de ter também um controle discreto e adequa
necessidades dos leitores, e não os de seus funcionários. do para que os resultados obtidos sejam positivos.
Administrar é dirigir. O administrador precisa estar capacitado a
A administração dominar as finalidades e as necessidades, sabendo aproveitar todas as
oportunidades que lhe garantam o sucesso do empreendimento; deve
Uma vez organizada a biblioteca, não será tarefa menor administrá- definir com clareza os problemas que sempre surgem no trabalho de
la. Quem a dirige terá que prever o desenvolvimento e as dificuldades direção e deve possuir suficiente agilidade mental para tomar decisões
em todos os setores e saber levantar um plano de ação. rápidas e certas, encontrando meios de resolver dificuldades. A admi
Podemos considerar democrática uma administração onde haja nistração requer observação permanente de tudo que se passa na área
respeito pelo pensamento do pessoal profissional e onde todos colabo sob sua responsabilidade. A capacidade administrativa compreende vi
rem com a administração com idéias, dedicação e esforço. Seguindo são e julgamento certo das novas idéias, para que haja evolução e pro
essa orientação podemos dizer que temos uma administração por meio gresso. O administrador competente não perde a ocasião de um apro
de objetivos, não de ordens. veitamento racional dos recursos gerais e dos recursos humanos.
Antes de organizar precisamos planejar o serviço, determinar a Um dos difíceis encargos do administrador é a seleção do pessoal.
estrutura da organização que desejamos. Não é tarefa fácil prever o Disto vai depender o sucesso de seu empreendimento. È indispensável
futuro e determinar o caminho para alcançar os objetivos do que te que as atribuições sejam determinadas de acordo com a capacidade de
mos em mira. É indispensável estarmos seguros das intenções dos ob cada um. Não se deve desperdiçar competências, destinando ao fun
jetivos do que pretendemos realizar. cionário funções aquém das suas possibilidades. As responsabilidades
6 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 7
devem ser claramente definidas e acompanhadas da respectiva liberda O manual de serviços é um instrumento onde estão registrados to
de de ação. O subordinado precisa sentir que tem autoridade para diri dos os detalhes estruturais da biblioteca. É um verdadeiro auxiliar ad
gir o seu setor e que suas decisões serão respeitadas. Toda obrigação ministrativo, pois nele aparecem a avaliação dos elementos que com
requer uma liberdade de ação à altura e por isso toda atenção deve ser põem a biblioteca, a indicação dos serviços que devem ser prestados,
dada à seleção do pessoal, para que cada subordinado esteja em con a informação sobre a política bibliotecária, a determinação da relação
dições de arcar com a responsabilidade que lhe é atribuída. existente entre as diversas tarefas e os diversos setores de trabalho. To
do esse registro aparece numa seqüência sistemática, facilitando a rea
Dependendo do tamanho da biblioteca, o diretor deverá subdivi lização dos diferentes serviços e a verificação de sua execução.
dir o trabalho. Supondo que haja vários departamentos é necessário
que também haja um chefe para cada um deles. Cabe a cada chefe orien Suas partes fundamentais são o regulamento e a determinação de
tar, aperfeiçoar e desenvolver as tarefas de rotina, procurando melho como agir.
rar os métodos, obtendo assim bom resultado do empreendimento. Convém que seja incluído nesse manual um gráfico de sua organi
zação, mostrando o trabalho que está sendo realizado e trabalhos fu
O chefe não deve resolver todas as dificuldades, mas sim guiar e
turos, planejados mas ainda não executados, os quais devem aparecer
fomentar a revisão dos métodos, para que seus funcionários tenham
no organograma cercados por linhas pontilhadas. O organograma põe
oportunidade de agir de acordo com suas próprias idéias.
em destaque a relação coordenada dos diversos elementos funcionais.
O número de funcionários deve ser suficiente para que todos os
Deve-se fazer um diagrama do piano estabelecido para o traba
departamentos sejam bem atendidos e tenham possibilidade de apre lho, pois o diagrama é a representação .gráfica da sucessão de fatos,
sentar um trabalho correto e a tempo; não devem ser contratados além
ou fases, que se apresentam ao aplicar-se o método ao plano desejado.
das necessidades, pois é uma verdade indiscutível que pessoas em ex
cesso atrapalham; o ideal é o equilíbrio perfeito. O manual de serviços proporciona eficiente coordenação, assegu
rando uniformidade nos processos comuns e determinando para cada
É indispensável que o pessoal, de acordo com as diversas faixas trabalho, uma seqüência correta.
de atribuições, além de dominar suas próprias funções, compreenda
também como essas funções se enquadram no trabalho do departamen Será interessante preparar o manual de serviços em pasta de fo
to, como um todo. Será interessante um estágio nas diferentes seções, lhas soltas, presas por dispositivo metálico, porque garante sua flexi
para habilitar o pessoal em diversos trabalhos, pois quando houver falta bilidade, admitindo intercalação das modificações que se vão tornan
de algum funcionário essa ausência não deverá acarretar desordem na do necessárias, neste ou naquele setor-, à medida que a biblioteca evolui.
rotina do serviço. Esse treinamento precisa ser contínuo, para manter A biblioteca é uma instituição de valor social e o bibliotecário pre
o pessoal em forma. cisa fortalecer a vida intelectual dos usuários.
O bom atendimento é o elemento mais importante para promover Os serviços específicos de uma biblioteca geral são: oferecer ma
o alto conceito da biblioteca. Para aumentar a produtividades de uma terial para leitura e estudo, preparar um bom serviço informativo e
biblioteca deve-se incrementar qualitativa e quantitativamente os ser guiar, dentro do possível, a consulta.
viços prestados por ela. O material de que ela dispõe paia executar o seu trabalho é ó li
O diretor deve promover reuniões periódicas do pessoal. São óti vro, o periódico, o folheto, o mapa, os materiais audiovisuais etc.
mas essas reuniões, que ensejam oportunidade de apresentar um pa Organizado tecnicamente esse material, a biblioteca está prepara
norama geral da situação, de trocar idéias, de sentir o interesse do gru da para atender ao usuário no que ele solicita. Graças à classificação,
po pelo trabalho e de desenvolver o indispensável espírito de coopera que utiliza símbolos certos para representar os vários assuntos e, gra
ção — são muito mais proveitosas do que entrevistas individuais, quer ças também ao catálogo, localizará imediatamente em seu acervo o ma
pela convivência, quer pelo tempo gasto, que é muito menor no en terial desejado.
contro coletivo. O bibliotecário deve demonstrar entusiasmo pelo trabalho que rea
O regulamento do pessoal deve ser organizado por assunto e não liza, pois é de grande utilidade social. Deve estar imbuído do desejo
pela descrição das obrigações de cada funcionário. O funcionário po de servir. As bibliotecas são verdadeiros armazéns de idéias e informa
derá completar a cópia do regulamento que receberá ao tomar posse ções, porém não é suficiente armazenar, é preciso estimular a leitura,
do cargo, fazendo anotações específicas a respeito de suas obrigações, o estudo, a consulta, a busca de dados e o uso desse precioso material.
fixando detalhes que não seriam registrados no regulamento geral. A biblioteca é, portanto, um instrumento de auto-educação para de-
8 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 9
senvolver idéias. Só a leitura, entre os diversos meios de comunicação, A biblioteca precisa também cuidar de sua publicidade, organi
oferece oportunidade ao hábito de pensar e refletir. zando comemorações por ocasião da Semana Nacional da Biblioteca,
Quando se tratar de uma biblioteca especializada, ou de um de do Dia do Livro, das grandes datas nacionais, bem como exposições
partamento de informação, o material é a própria informação. Nesse periódicas sobre assuntos que mereçam destaque em biblioteca, publi
caso o bibliotecário deverá destacar toda informação de valor que hou cação de boletim de notícias (se possível duas vezes por ano), listas co
ver no seu acervo e pô-la a serviço do usuário, chamando a atenção municando as novas aquisições, as quais podem ficar expostas em qua
para ela, mesmo que não tenha sido solicitada. dros (mostradores). A publicidade deve ser contínua. O que realmente
Selecionar o acervo das bibliotecas especializadas é problema bem promove a biblioteca é a apresentação de um serviço eficiente.
maior do que fazê-lo nas bibliotecas gerais, pois naquelas o material Terminadas estas observações de caráter geral devemos nos lem
que fornece informações difere bastante do da geral. Apesar disto, o brar também de que, para se organizar uma biblioteca, é indispensável
bibliotecário pode contar com o auxílio dos especialistas e professores ainda considerar o tipo da que se vai organizar, para que as diversas
para apresentar sugestões, o que é um apoio sensível. A ansiedade com características sejam observadas. As bibliotecas podem ser nacionais,
que são aguardados os resultados das pesquisas técnicas e científicas estaduais, municipais, universitárias, escolares, infantis, especializadas,
fazem dos relatórios técnicos, das revistas científicas e de outros mate ambulantes e sucursais. As especializadas podem ser departamentais,
riais especializados o que há de mais valioso para formar o fundo das destinadas a determinados assuntos ou para grupos especiais de leito
especializadas. Em geral, não é fácil conseguir os relatórios, pois nor res. As sucursais podem ser alimentadas por meio de remessas
malmente eles não são vendidos, o que tom a sua aquisição um grande periódicas.
problema. Há até agências que se encarregam de reunir e tornar aces Incluiremos aqui observações sobre Biblioteca escolar, Biblioteca
sível toda a literatura relatorial não classificada e desclassificada. Não
universitária e Biblioteca pública.
classificada é a que não apresenta restrição quanto à sua divulgação;
desclassificada, são os relatórios antigos que ao serem publicados fo
ram considerados secretos e que, depois de certo tempo, foram colo
cados à disposição de qualquer interessado, visando a ajudar ao bem Biblioteca escolar
comum. Esses relatórios, quando publicados, já recebem uma classifi
cação de segurança: Secreto, Restrito, Confidencial etc. A biblioteca escolar é uma necessidade, pois não constitui uma
entidade independente, mas um complemento da escola. Se a escola
Para as bibliotecas técnicas são de muito valor as patentes, espe
inicia o aluno na instrução, a biblioteca a completa. Sua função é a
cificações e normas, desenhos de engenharia, folhas de informações,
teses de universitários etc. Importantes informações técnicas e econô de agente educacional, proporcionando enriquecimento da cultura do
micas são também encontradas na literatura comercial, jornais, pes aluno nos diferentes campos, oportunidade para o seu desenvolvimen
quisas de mercados, quadros estatísticos e outras publicações que di to social e intelectual, e horas de distração através de livros de leitura
vulgam informações econômicas. Estas bibliotecas muito se interessam recreativa, de muito bom resultado quando bem dirigida.
também por leis e regulamentos, catálogos comerciais, de exposições Nos últimos anos os programas escolares têm-se alargado de tal
e outros. Todo esse material deve também ser classificado e indexado. modo que fazê-los depender de um simples texto é absolutamente im
Um dos sérios problemas de administração é o do orçamento. Pri possível. A biblioteca escolar vem justamente oferecer solução a esta
meiramente é preciso calcular o custo anual aproximado para a atuali dificuldade, já que deverá estar equipada para auxiliar os estudantes
zação do fundo. É necessário saber qual a verba destinada à bibliote em tudo o que os seus trabalhos escolares exigirem, e porque seus ob
ca, para criteriosamente planejar o emprego da mesma. Far-se-á então jetivos devem estar intimamente relacionados com a escola.
um levantamento do que se julga indispensável, o que já deve estar ano Objetivos da Biblioteca Escolar:
tado, pois durante o ano, à medida que surjam, os pedidos e sugestões 1) tornar-se um campo para exploração e enriquecimento cultural;
devem ser registrados. Consultam-se também listas bibliográficas, ca
2) difundir a boa leitura;
tálogos de editores e de livrarias para saber-se o que é possível adqui
rir. Quando a soma do material escolhido ultrapassar a verba disponí 3) orientar no uso do livro, visando à pesquisa e à educação indi
vel, então uma segunda seleção, cortando o que for menos necessário, vidual;
oferecerá a possibilidade de dotar a biblioteca de tudo que seja real 4) criar um ambiente favorável à formação do hábito de leitura
mente imprescindível. e estimular a apreciação literária.
10 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 11
Com estes objetivos ela será indiscutivelmente um importante e cara. Certamente as estantes de aço são as melhores, embora mais ca
excelente instrumento de educação, e dará, mesmo, maior dimensão ras. Em uma biblioteca escolar, a altura máxima da última prateleira
à educação. Entretanto, para que este ideal se torne realidade é indis deve ser de l,80m. Embora o vão normal entre as prateleiras deva ser
pensável haver colaboração entre os professores e a biblioteca. de 25cm, é melhor que elas sejam móveis, para atender à altura dos
Os professores de 1? e 2? graus precisam cooperar com a bibliote livros; quanto à profundidade, é aconselhável a medida de 20cm. Pre
ca e ensinar com apoio nela,, pois assim estarão realizando o ensino cisamos fazer umas prateleiras mais profundas (30cm) para as obras
real, com base nos princípios da educação moderna, aceitos por todas de referência. Quando as estantes forem colocadas no meio da sala elas
as autoridades em matéria de educação. podem ser duplas, sendo úteis ambos os lados. O número de pratelei
O professor precisa conhecer o que a biblioteca possui com rela ras depende do acervo. Para 1.000 livros (menor acervo recomendá
ção à sua matéria e dar aos alunos problemas acompanhados de bi vel) são necessárias seis estantes, ou digamos, 36 metros de prateleiras.
bliografias. Daí a importância, já destacada, de cuidar-se da publici As mesas podem ser retangulares (0,90 x 2,2m), para oito leitores;
dade da biblioteca (divulgação de boletins, listas de aquisições etc.). se forem redondas devem ter 1,5 de diâmetro. A altura recomendável
O professor que demonstrar entusiasmo pela biblioteca dará vida ao é de 70 a 75cm. O mobiliário deve ser simples e forte.
trabalho escolar. O fichário, para abrigar o catálogo do público, deve ter gavetas
Contando com esta colaboração, que poderia ser chamada de pe de 40cm de profundidade e comportar fichas de 7,5 x 12,5cm. Deverá
dra fundamentai do trabalho da biblioteca escolar, o bibliotecário po ter pelo menos oito gavetas.
derá executar sua parte, que é ilimitada e importantíssima. A influên Deve haver um móvel apropriado para revista (estantes inclina
cia do bibliotecário será sentida quer no arranjo da sala, na disposição das) e outro para jornais. As prateleiras do móvel de revistas devem
dos móveis, quer na seleção dos livros, revistas etc., quer ainda no tra medir de 30 a 35ctn de profundidade.
tamento dos leitores. É aconselhável um quadro para afixar avisos, anúncios de confe
Consideremos em primeiro lugar o ambiente: o ideal seria a bi rências, listas de livros etc.
blioteca possuir prédio próprio que contasse sala de leitura, sala para São necessários também suportes para manter os livros de pé. Es
administração e trabalho, depósito de livros, enfim, tudo o que se tor ses suportes chamam-se bibliocantos. Deve haver pelo menos três
na necessário para um ótimo andamento dos serviços; mas, como isto dúzias.
requer investimentos relativamente altos e, infelizmente, nem sempre
A ventilação é também um fator importante, pois o ar deve ser
disponíveis, pode-se instalar uma boa biblioteca escolar em apenas duas
sempre renovado; 20 a 25% das paredes deverão ser destinadas a jane
salas, uma para leitura e depósito de livros e outra para o preparo do
material. A sala de leitura deverá ter, de preferência, a forma retangu las. Depois de instalados os móveis citados, a escrivaninha e balcão
de empréstimos, a biblioteca estará completa quando a sala adquirir
lar, que é a mais adequada à organização da biblioteca. Desnecessário
dizer que quanto maior, melhor, A área destinada a cada leitor, na sa a atmosfera amiga e o caráter alegre que convidam o leitor a nela per
la de leitura, deverá ser de 2m2, e para ser considerada razoável uma manecer. Flores, quadros e decoração adequada concorrem para isso.
A biblioteca deve ser o living-room. “ Se a escola tiver uma alma, ela
sala deverá comportar 30 leitores sentados. (No caso de biblioteca cir
culante a sala não precisa ser muito grande.) Com 70m2 o problema habitará na biblioteca*’, disse alguém, muito acertadamente.
está resolvido. Não pode ser úmida porque a umidade é um dos maio Assim aparelhada, a biblioteca está em condições de atrair freqüen-
res inimigos do livro. Deve receber luz direta e suficiente, ou indireta, tadores. Quem tiver ocasião de observar uma biblioteca escolar verá
porém bem planejada para que seja eficiente. Persianas poderão corri o quanto os alunos a apreciam. Procuram-na sempre que há oportuni
gir excesso de claridade ou reverberação brilhante, prejudiciais à vista. dade. Infelizmente, os horários escolares quase não permitem que pos
E muito desejável que tenha capacidade de expansão e que esteja loca sam aproveitá-la tanto quanto ela merece e os alunos desejam. O ideal
lizada no segundo andar, em geral mais silencioso que o térreo. As pa seria que os alunos tivessem hora para freqüentá-la, dentro do período
redes devem ser de cor clara: azul-claro, verde-claro, creme ou cinza, escolar.
por exemplo. O teto deve ser branco ou creme. As estantes devem ser Havendo frequentadores, o primeiro passo é ensiná-los a usar a
abertas e estar em lugar muito seco, porém não devem receber direta- biblioteca.
mente a luz do sol. Quanto à madeira, é preferível não usar pinho, póf Em geral, a’criança começa a ler por curiosidade e desejo de imi
ser facilmente atacado por bichos. A imbuia é resistente e não é muito tação. Estes incentivos perduram por muitos anos, juntamente com ou-
12 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 13
tros como vaidade, desejo de crescer, de compreender a sociedade, as A circulação visa a proporcionar o maior uso possível dos livros
pessoas, as invenções etc. Aí entra o grande papel do bibliotecário, que e outros materiais da biblioteca. Os serviços de empréstimo e de refe
é o de guiar, orientar e, com habilidade, explorar de modo muito efi rência são a razão de ser da biblioteca.
ciente estas tendências naturais. Conclui-se que a biblioteca funciona para todos os objetivos es
É lógico que a idade e o sexo dos leitores devem ser considerados. colares, não tendo nenhum assunto especializado e fornecendo mate
A menina prefere sempre “ livros românticos” . Os meninos gostam de rial para os assuntos que possam interessar a alunos e professores. Atin
livros de aventuras e invenções. ge seus fins justamente quando os leitores aprendem a usar suas fontes
As leituras mais procuradas são aquelas cujos títulos falam aos e a servir-se dela para seus trabalhos e suas horas de lazer. Através de
respectivos interesses. A biblioteca escolar, tendo uma boa coleção de la os livros e outros materiais como mapas, revistas etc., são distribuí
livros, adequada aos leitores, não deve proibir determinada leitura e dos a indivíduos, grupos e classes, para todos os tipos de pesquisa; por
sim sugerir. Estas sugestões são aceitas quando o bibliotecário conse tanto, tem uma função positiva e ativa de ensinar. Ela sugere a leitura
gue ganhar a confiança dos leitores, graças ao seu bom julgamento. de bons livros, que talvez permanecessem esquecidos ou ignorados. Ofe
O bibliotecário entusiasmado contribui muito para estimular a leitura, rece oportunidade para os interesses se desenvolverem e se expandi
pois o entusiasmo é contagioso. Embora a ação do bibliotecário seja rem, estimulando-os. Coopera com os agentes de instrução. A beleza,
muito eficiente, quase sempre o leitor a ignora. a ordem, o silêncio, a eficiência de sua organização e o apelo de seus
O bibliotecário e o professor não devem esquecer que, em geral, livros atraem o leitor. Realiza, então, a sua finalidade máxima: servir
o aluno não nasceu um pesquisador; portanto, cabe a eles incentivar e difundir a leitura.
a idéia de investigação e descoberta, dando-lhe instrumentos para que
ele possa agir. Com um trabalho paciente e bem planejado, pode-se
ir despertando o interesse pela biblioteca, o qual vai aumentando com Biblioteca universitária
o desenvolvimento da compreensão do aluno.
A biblioteca universitária nada mais é que uma universidade em
Para a classificação das obras da biblioteca escolar deve ser ado si mesma. As universidades são centros transmissores do saber, atra
tado o Sistema Decimal de Melvil Dewey; os catálogos do público de vés do ensino e dos livros. Temos a palavra falada e a palavra escrita
vem ser alfabéticos; dicionário ou divididos em três seções, como está a serviço da cultura. Desde os mais remotos tempos a universidade e
explicado no capítulo “ Catalogação” . a biblioteca, trabalhando na mais íntima reciprocidade, têm desempe
Num grande estabelecimento é muito difícil para o bibliotecário nhado a importantíssima função de preservar e disseminar o conheci
atender a todos os leitores como deveria; porém, com uma boa orien mento. Desde os tijolos da Babilônia e os rolos de papiro da Biblioteca
tação do professor isto se torna bem mais fácil. Nas bibliotecas de li de Alexandria aos rolos de microfilme de nossos dias, vemos uma lon
vre acesso pode-se ensinar os leitor« a obter o que desejam sem muito ga estrada de trabalho, «forço e pesquisa.
esforço e com mínimo dispêndio de tempo, apenas o indispensável pa Porém, o que hoje exigimos da biblioteca é totalmente diferente
ra a consulta. do que dela antigamente esperávamos. Pois, eram elas depósito dos
De posse do problema, com indicações das fontes e sabendo en melhores monumentos das mentes do passado, apenas na função de
contrar o que deseja, o consulente está preparado para agir e então guardiães desses monumentos, acumulados pelo homem em seu traba
o papel do bibliotecário será mais o de orientador do uso das fontes lho de conquista do mundo físico e desenvolvimento de suas capacida
e auxiliar do aluno na interpretação do que encontrou. des intelectuais e espirituais. Hoje isto já não satisfaz. A seleção, a in
Para se verificar o interesse do aluno pela biblioteca, o gênero de tegração e a disseminação do material impresso têm tornado a biblio
leitura que mais aprecia e as dificuldades que tem em encontrar o que teca uma verdadeira oficina, com um ponto de vista mteiramente no
deseja, podem-se estabelecer concursos ou testes, unindo o útil ao vo. Através do corpo docente, a universidade usa os conhecimentos
agradável. e idéias conservados, revitalizando-os e pondo-os a serviço da educa
Os regulamentos, estipulando prazo para devolução dos livros, ção da mocidade. Transmitir, para as novas gerações, as idéias conti
quando a biblioteca for circulante, multas para os livros em atraso etc., das nos livros deve ser o objetivo básico da universidade, ponto culmi
devem ser só os absolutamente necessários; porém, uma vez determi nante de nosso sistema educacional.
nados, devem ser observados. Há muitas opiniões a favor de que, em Assim, a biblioteca não pode ser um agente neutro, passivo, ape
lugar de multas, seja retirado o privilégio da leitura. nas entregando o livro ao leitor e controlando a sua volta. A nova con
14 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 15
cepção foi muito bem resumida por Archibald MacLeish: “ A bibliote pia cooperação poderá oferecer um resultado satisfatório. Bibliogra
ca é um conjunto de seres humanos que aceita a responsabilidade de fias bem feitas, com entradas por autor, assunto e mesmo título, in
tornar o material impresso útil à sociedade.’' formarão o que está sendo publicado no inundo todo e o que existe
Infelizmente, algumas vezes os meios têm preocupado mais que nas bibliotecas de nossa cidade, estado ou país. Serão então atingidos
os fins. Vemos casos em que maior atenção é dada à aquisição e à pre dois alvos: graças às estrangeiras, ficarão os leitores informados dos
servação do material, do que ao seu uso. Isto terá que ser combatido, últimos trabalhos, das últimas pesquisas; graças às nacionais, talvez
porque não pode haver mais dúvida de que cabe à biblioteca oferecer seja possível conseguir a obra desejada, por empréstimo.
oportunidade para que todos possam aproveitar ao máximo os seus É claro que há um material básico que a biblioteca precisará mes
acervos. O acesso ao conhecimento precisa ser franco, pois os homens mo possuir, porém há muita coisa que num determinado lugar é de
só poderão estar em condições de exercer sabiamente seus direitos e raríssima consulta e que, sabendo-se onde encontrar, não precisaria estar
poderes depois de haver gozado de tal acesso. Vejamos, então, como ocupando um lugar precioso para outra, de interesse mais imediato.
atingir o alvo da biblioteca universitária. A biblioteca universitária deve funcionar como um verdadeiro ser
Louis Round Wilson e Maurice F. Tauber, no trabalho The Uni- viço de documentação, não só conservando, mas também difundindo
versity Library, indicam, como base essencial de uma boa organização os documentos. Estará assim em melhores condições de servir aos es
de biblioteca universitária, o seguinte: 1. Recurso para ensino, pesqui tudiosos e pesquisadores, R. S. Taylor imagina a biblioteca universitá
sa e extensão. 2. Um competente corpo administrativo e executivo. 3. ria como uma instituição social que proporciona uso eficaz de dados,
Organização eficiente para uso do material bibliográfico. 4. Espaço e informações, conhecimentos etc. como base para a educação, lazer,
equipamento adequados. 5. Integração da biblioteca com os dirigentes pesquisa e tomada de decisões.
administrativos e educacionais. 6. Integração da biblioteca com as as Bradford, em seu livro Documentation, diz que documentar é reu
sociações de bibliotecários, sejam elas regionais, estaduais, nacionais nir, classificar e distribuir documentos de toda espécie, em todos os
ou internacionais. 7. Razoável apoio financeiro. 8. Plano de direção domínios da atividade humana. Talvez possamos dizer que documen
para a realização do trabalho da biblioteca. tar é algo mais do que expressa esta definição. Poderá ser resumir, co
Analisando estes princípios básicos, podemos concluir: é preciso mentar etc., os documentos.
que a biblioteca esteja perfeitamente a par do trabalho da instituição Como exemplo de serviço de documentação temos os períodicos
para que possa orientar suas aquisições de acordo com esse trabalho. de abstracting, que visam justamente organizar as informações para
Além do material de interesse direto, ainda será necessário adquirir os serem usadas pelos pesquisadores. Há abstracts que publicam resumos
de interesse correlato. Os objetivos específicos da biblioteca são deter assinados de livros e artigos dê revistas sobre determinados assuntos,
minados pela universidade e o objetivo geral é facilitar o acesso e o incluindo mesmo teses que não foram publicadas. Este trabalho, entre
uso das fontes de informações, que representam a base do ensino e da nós, ainda é muito pouco conhecido, mas será de inestimável valor
pesquisa. quando for desenvolvido.
É imprescindível que o acervo atenda não só às exigências especí Nos dias em que vivemos, observamos um movimento no sentido
ficas dos programas de graduação, mas também que satisfaça aos pro de unir cada vez mais as noções do mundo. Como já disse alguém, se
gramas de pós-graduação e de trabalhos de pesquisa. É preciso que o rá este o século internacional entre os povos do mundo. Esperemos,
conteúdo intelectual das coleções esteja à altura dos programas de en pois, que no entusiasmo desse internacionalismo se multipliquem es
sino e pesquisa. Toma-se necessário que seja adquirido pelo menos um sas obras que serão certamente esteios da cooperação internacional cien
exemplar de cada item mencionado na bibliografia das diversas tífica e cultural. A biblioteca universitária já não pode dispensar este
disciplinas. auxílio. O extraordinário desenvolvimento da ciência, especialmente
É de tal importância a satisfação desta necessidade, que será pos depois da última guerra, em que as mais diversas e úteis pesquisas au
mentaram em progressão geométrica, com os resultados imediatamen
sível conseguir êxito somente com o desenvolvimento de bibliografias.
te usados em novas conquistas no terreno científico, não permite a ex
Os acervos das bibliotecas crescem assombrosamente. A biblioteca, para clusão de um instrumento que ponha toda classe de estudantes, que
ser agente ativo, precisa fazer constantemente novas aquisições. Um cursa nossas universidades, a par de tudo o que está sendo publicado
bom livro é uma aquisição de valor permanente. Como será resolvido sobre este ou aquele assunto, o mais rapidamente possível.
o problema de espaço? A solução está no desenvolvimento de biblio
Com este instrumento será possível a permuta da riqueza comum
grafias e catálogos coletivos, pois só um trabalho baseado na mais-am-
de conhecimentos.
16 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 17
Em relação ao pessoal, há qualidades que devem ser exigidas para 1. O probiema de espaço é ainda maior em se tratando dessa cen
que a biblioteca possa realizar um real trabalho de ensino e pesquisa. tralização. Para organizar as tão necessárias salas particulares para es
Essas qualidades são não só de ordem cultural como também de or tudo, o prédio da biblioteca terá de ser muito grande.
dem técnica e moral. É imprescindível que os funcionários da bibliote 2. Separa a biblioteca da escola. Quando cada biblioteca está liga
ca estejam cônscios de sua responsabilidade, que sejam dotados de gran da à respectiva escola, desperta maior interesse e agrupa os assuntos
de desejo de servir e que procurem tornar o mais útil possível o mate correlatos. Para evitar esta desvantagem, a biblioteca pode lançar mão
rial de sua biblioteca. de outros meios para manter o interesse dos professores e alunos das
Sendo a universidade a reunião de várias escolas de nível superior diversas escolas. Por exemplo: conservar junto a cada escola uma pas
e de especializações diferentes, surge a questão de ser a biblioteca cen ta onde haja uma relação de todas as obras que a biblioteca possui,
tralizada ou descentralizada. de utilidade para ela; enviar mensalmente listas de novas aquisições;
O ideal é que seja ela centralizada, o que não significa que todo manter uma pasta contendo catálogos enviados pelas diversas edito
o seu acervo precise obrigatoriamente estar colocado num único edifí ras; encarregar uma funcionária da biblioteca de renovar os catálogos
cio, Poderá estai, ou poderá haver uma biblioteca central e diversas e de incluir as listas mensais nas respectivas pastas.
setoriais, junto às diferentes escolas. O indispensável é que obedeça Naturalmente, as vantagens e desvantagens de centralização em
a uma única direção, a qual efetua a aquisição e o registro do material um único prédio são diametralmente opostas às citadas para a biblio
bibliográfico, administra os serviços técnicos (classificação, cataloga teca central que mantém bibliotecas setoriais. Economicamente, a se
ção, preparo do material para circulação etc.) e orienta o trabalho de paração é também um grande problema. Manter uma biblioteca junto
modo geral. Isto proporciona uniformidade de processo e supervisão a cada escola exige maior número de funcionários, de livros, de catá
completa do bibliotecário sobre todo o material da biblioteca. Podere logos etc., dividindo muito a verba, que, no caso de prédio único, é
mos mesmo chamar a este tipo de centralização de “ descentralização melhor aproveitada.
coordenada” . A descentralização consiste em diferentes bibliotecas autônomas,
As bibliotecas setoriais encarregam-se de atender aos leitores, completamente independentes da biblioteca central. Este sistema, que
auxiliá-los em seus trabalhos, receber as sugestões e encaminhá-las à não é aconselhável, em geral existe por força das circunstâncias. São
biblioteca central. Por meio de um catálogo coletivo a biblioteca cen bibliotecas de escolas que não pertenciam à universidade e eram inde
tral não terá dificuldade em localizar os documentos solicitados. pendentes. Fundada a universidade, as escolas, embora distantes umas
Vantagens da centralização em um único edifício: das outras, passam a pertencer ao sistema universitário; entretanto, as
bibliotecas não aceitam a direção da biblioteca principal; em geral há
1. São muitas as escolas que se interessam pelas mesmas obras e bastante colaboração entre essas bibliotecas descentralizadas, mas ca
assim ficam todas elas reunidas.
da uma continua com direção própria, acarretando prejuízos para o
2. O leitor, freqüentando a biblioteca, estará em contato côm to trabalho que realizam.
do o estoque que ela possui.
Para que o objetivo da biblioteca universitária seja atingido, é in
3. Maior oportunidade de troca de idéias entre os membros que dispensável que as atribuições da biblioteca central, que é o órgão coor
constituem a universidade e o pessoal da biblioteca, convívio útil ao denador dos trabalhos, estejam perfeitamente definidas. Os responsá
trabalho educacional e de pesquisa, quer como orientação, quer como veis por ela devem estabelecer normas de serviço, mediante análise das
sugestão. necessidades.
Para evitar que o trabalho de laboratório e de certos cursos seja A biblioteca universitária, quer centralizada, quer descentraliza
prejudicado por não haver à mão material de interesse imediato para da, além do ponto de vista de organização técnica e de outros já anali
experiências, demonstrações e preleções, a biblioteca manterá, junto sados, ainda se caracteriza por atividades que lhe são peculiares.
a cada escola, o indispensável para essa consulta. Este material será Deve ela tomar-se um centro natural para estimular a comunida
adquirido, classificado, catalogado e controlado pela biblioteca. Para de universitária, oferecendo oportunidade à satisfação de sua curiosi
haver centralização em um único edifício, é indispensável que todas dade intelectual e ao desenvolvimento de sua imaginação criadora. Lan
as escolas que formam a universidade estejam localizadas próximas çando mão de seu mundo impresso, poderá organizar comemorações,
umas das outras. exposições regulares, incluindo fotografias, postais, cartazes, mapas,
Desvantagens da centralização em um único edifício: gráficos, filmes, o que entre nós é ainda muito difícil, devido à dificul-
18 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 19
dade financeira. O material audiovisual é de inestimável valor na edu orientação e progresso da literatura profissional biblioteconômica. Esta
cação. Poderá promover palestras, conferências, enfim, todas as ini cooperação profissional e as resoluções dos problemas em conjunto evi
ciativas que venham contribuir para a cultura. É muito importante que tarão o desperdício de esforços isolados na superação de dificuldades
a biblioteca esteja integrada aos dirigentes administrativos e educacio iguais ou semelhantes. É enorme a utilidade deste intercâmbio de idéias
nais da universidade a que pertence, pois, se a biblioteca e a universi e experiências entre os bibliotecários.
dade formam um todo, é indispensável uma larga compreensão e cola O ponto de vista financeiro é primordial. É lógico que o êxito da
boração entre os elementos de uma e de outra. biblioteca universitária está em grande parte na dependência do apoio
Para a classificação das obras da biblioteca universitária, deve ser financeiro que receber da administração. Este é um problema comple
adotado o Sistema de Classificação Decimal (CDU), nas suas edições xo e delicado, que não depende, porém, do bibliotecário; mas, com
desenvolvidas e abreviadas; o catálogo do público deve ser sistemático. relatórios bem feitos, apresentando o trabalho realizado, exaltando os
E importante que se oriente o leitor quanto ao uso da biblioteca. serviços prestados com gráficos demonstrativos do crescente progres
A pessoa encarregada de atender ao público deverá dar todas as infor so, possivelmente se estimulará o desejo de oferecer uma verba pelo
mações, tais como a classificação usada, a consulta do catálogo, a dis menos razoável à biblioteca, que lhe permita manter a sua eficiência.
posição dos livros nas prateleiras, enfim, deve fazer com que o leitor A biblioteca universitária bem administrada orienta suas ativida
não tenha a mínima dúvida sobre como encontrar o que deseja. des para atender aos seus objetivos. Reunindo e organizando o mate
Deve-se procurar dar assistência quanto à referência especializa rial impresso, serve infiniíamente ao ensino, à pesquisa e aos progra
da, orientar a apresentação de trabalhos diversos, tais como teses, bi mas de extensão universitária. Dando assistência aos leitores, partici
bliografias, artigos etc. Será interessante aproveitar os meios de divul pa da função interpretativa da universidade.
gação existentes para estimular o uso das coleções armazenadas. Periodicamente tomamos conhecimento de dados numéricos re
Os bibliotecários de bibliotecas universitárias não poderão dispen ferentes às inúmeras universidades que há pelos diversos países e apro
sar o auxílio dos técnicos para classificar os livros que apresentarem ximadamente do número de alunos universitários. Vemos esses núme
dificuldades. ros crescerem cada vez mais; portanto, é fácil avaliar a responsabilida
Quando surgirem novos assuntos, não havendo ainda, no sistema de que cabe às universidades e, consequentemente, às suas bibliotecas,
de classificação usado pela biblioteca, um número para esses assuntos, na formação desses que serão por certo os líderes do futuro.
terão eles de apelar para os professores, para que os elucidem sobre A biblioteca deve, portanto, funcionar como parte integrante do
a matéria. Depois de compreender do que se trata, escolherão o núme processo educacional, para o qual a universidade existe.
ro que na classificação usada lhes parecer mais conveniente para os A evolução dos meios de registro da informação e aprendizagem
mesmos. tem sido tal que, a partir de meados deste século, houve profunda mu
Há também obras cujos assuntos não parecem bem definidos, aos dança no conceito de biblioteca e especialmente no de biblioteca uni
olhos de leigos, e exigem igualmente que sejam consultados técnicos versitária, que é atualmente um verdadeiro centro de informação.
para uma classificação exata. Como já foi descrito, cabe à biblioteca universitária reunir o ma
O professor só pode ser eficiente ensinando através da biblioteca, terial apropriado aos seus objetivos, classificá-lo, organizá-lo tecnica
pois nela encontra campo que permite constante atualização de conhe mente, armazená-lo com a máxima rapidez e pô-lo à disposição dos
cimentos; é através da biblioteca que o estudante tem oportunidade de usuários.
realizar um trabalho independente, de pesquisa, trabalho que é dirigi É claro que para este trabalho a biblioteca terá de contar com re
do no sentido da expansão do conhecimento. Compreendendo a ex cursos humanos quantitativa e qualitativamente capazes de atender às
tensão do valor da biblioteca, o corpo administrativo e o educacional exigências dos que demandam a informação.
serão para ela um apoio a todo o seu trabalho. Depois da segunda guerra mundial houve um enorme avanço tec
A biblioteca deve estar filiada a associações de bibliotecários, as nológico que alterou os meios de comunicação de massa e trouxe co
sociações educacionais, sociedades culturais; pelos relatórios anuais e mo consequência uma grande modificação na vida da biblioteca, que
publicações dessas entidades é que a biblioteca toma conhecimento das passou a ser um dos maiores disseminadores da informação. Seu acer
iniciativas, das experiências, das conclusões mais recentes e das ativi vo deixou de ser apenas bibliográfico, para abranger também discos,
dades dessas organizações. Isto constitui uma das melhores fontes de diapositivos, filmes, fitas gravadas, que são oS materiais não impressos.
20 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 21
Com seu acervo assim enriquecido, a biblioteca é hoje considera Além dos itens já mencionados sobre a base essencial de uma boa
da um dos “ multimeios” de aprendizagem. organização de biblioteca universitária, gostaríamos de acrescentar:
Vemos, pois, que os meios não impressos estão se generalizando. a) organização de bibliotecas depositárias para abrigar material
São excelentes não só pelo muito que poupam em espaço como pelo fora de uso nas bibliotecas universitárias, o qual deve ser conservado
que representam em economia. As microfichas, cartões com filme trans para consulta ocasional;
parente, podem abrigar um livro inteiro num único cartão. Seguida b) controle sobre teses, dissertações, relatórios, trabalhos apresen
mente estão surgindo novos processos de preparo desse material, cada tados em congressos etc., não publicados comercialmente, mas que são
vez mais perfeitos. Há a ultra-supermicroficha, onde num cartão são de muito valor para o acervo das bibliotecas;
apresentadas 1.000 páginas impressas. Apareceu nos Estados Unidos c) reconhecimento da importância e do papel do bibliotecário co
a ultramicroficha (UMF) que pode registrar até 3.200 páginas, o que
mo especialista em informação.
significa reunião de muitos livros. A UMF pode ser lida em aparelho
aperfeiçoadíssimo, o qual mostra a imagem bem aumentada.
O videoteipe também está sendo usado para reproduzir páginas Bibliotecas públicas
impressas. Há videoteipes que apresentam o registro da informação sob
a forma de sons e imagens em movimento. São constantes as inova As bibliotecas públicas são instituições básicas para o processo de
ções no campo desses novos meios de registrar a informação. educação, cultura e informação de um povo. Seus objetivos principais
Há também o videodisco, o vídeo-longplay e os filmes, que pro são: estimular, nas comunidades, o hábito de leitura e preservar o acervo
porcionam exibições repetidas, sem interrupção, chamados filmes cultural.
repetitivos, Sendo ponto pacífico a sua importância na vida de uma comuni
A reprodução de textos por meio de aparelhos tipo Xerox já é mui dade, será de indiscutível valor que se organizem sistemas de bibliote
to usada entre nós e vem prestando inestimáveis serviços. cas públicas em cada estado, onde um Serviço Central possa liderar
Atualmente já vemos também o computador e outros recursos ele a organização das mesmas em seus diversos municípios.
trônicos utilizados em pesquisa, para armazenar e recuperar a Haverá grande economia quanto à instalação e manutenção das
informação. mesmas, pois esse Serviço Central programará, coordenará e orienta
Continuando nesta evolução, por certo os processos manuais de rá as atividades básicas, fornecerá os equipamentos necessários e pro
indexação, de transmissão e de divulgação de conhecimentos serão aos videnciará o acervo, que deverá ser enviado já tecnicamente prepara
poucos substituídos pela informação automatizada e os processos ma do . É evidente que uma aquisição para abastecer muitas bibliotecas go
nuais passarão a ser usados mais raramente. Será a informatização tam zará de consideráveis descontos, proporcionando às cidades institui
bém ná biblioteca. ções muito mais ricas e úteis, ao contrário do que ocorreria se cada
As ilnivèrsidades precisam apoiar suas bibliotecas, dando-lhes re cidade se incumbisse de organizar sua própria biblioteca. É certo que
cursos sufidéntes para preparar uma infra-estrutura básica indispen a padronização de serviços reduz, e consideravelmente, o custo opera
sável para alcançar seus objetivos. É indiscutível que grande parte dos cional.
recursos informativos se encontra nas bibliotecas universitárias. Se for Naturalmente, decidida a criação desse Sistema, serão estabeleci
organizado um inteligente plano de cooperação para utilizar esses re dos os objetivos específicos, planejada a estrutura, fixado o apoio fi
cursos estocados nas diversas bibliotecas, os pesquisadores e estudio nanceiro, garantido o indispensável apoio legal, escolhido o corpo de
sos poderão contar com um volume de informação infinitamente maior. coordenadores, o qual deverá ser composto de técnicos eficientes e in
A cooperação é básica para qúé haja um real aproveitamento dos re teressados no sucesso do empreendimento e, finalmente, implantado
cursos informativos existentes e para evitar a duplicação de meios pa o Sistema.
ra fins idênticos. O Sistema oferecerá condições de conciliar a educação e a cultu
Nos países desenvolvidos essa colaboração se acha difundida, po ra, atendendo às necessidades da comunidade e encarregando-se de
rém entre nós ainda está longe de alcançar o que seria de desejar. Já manter um verdadeiro Centro Cultural. No decorrer do trabalho a preo
há o Sistema Nacional de Informação Científica e Tecnológica (SNICT) cupação é suprimir as barreiras e proporcionar ao máximo a utilização
e toda biblioteca universitária deve dele participar. da biblioteca.
!■
(■
Organização e administração — 23
j. 22 — Organização e administração de bibliotecas
\ sentado, seja para conhecer a estrutura do livro e saber como reparar
Para compreender a comunidade é necessário conviver com os um livro estragado.
J usuários. São eles a razão de ser da biblioteca. Para atingir seus objeti-
O livro encadernado é mais sujeito ao bicho do que a brochura
j vos ela precisa manter-se atualizada em relação aos problemas da so
ou mesmo o cartonado, porém a encadernação aumenta a durabilida
ciedade. Deve ter participação ativa na vida da comunidade a que se de, tornando-o mais resistente.
! destina.
Denominação das partes externas do livro:
Por meio de relatórios anuais o Serviço Central poderá acompa
nhar as atividades das diversas bibliotecas, podendo, aproveitando as
várias experiências, fazer sugestões para aperfeiçoá-las e torná-las ca CORTE CABEÇA
da vez mais úteis. SEIXAS
Estando decidida a organização do Sistema Estadual de Bibliote
cas, o plano deverá ser dividido em metas, registrando o que deve ser
executado em cada período, até que toda a rotina esteja perfeitamente
estabelecida e se possa dar início ao funcionamento das mesmas.
Estatísticas e relatórios — Para controle do trabalho, são impres
cindíveis estatísticas mensais que, reunidas, ofereçam o relatório anual
das atividades. É este o melhor índice da eficiência e da utilidade da
ESPELHO OU ROSTO
biblioteca. Os relatórios devem ser regulares, precisos, claros e devem
registrar todos os fatos importantes ocorridos durante o ano. Devem
ser também de fácil leitura.
São aconselháveis as seguintes estatísticas mensais: total de livros
classificados e catalogados (separando os de ficção dos classificados
propriamente ditos e separando-se também por língua); total de fichas
para os catálogos do público e para os diversos fichários do bibliotecá FILETE
:
24 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 25
O nosso clima é prejudicial ao livro pois, no Brasil, em geral o Material para o trabalho técnico:
ar é úmido e quente. Isto contribui para o aumento de insetos e o apa Um livro de tombo (Fig. 3) ou 1.000 fichas de tombo (Fig. 2)
recimento do mofo, que tanto prejudica não só a encadernação como 100 fichas para registro de revistas (Fig. 15)
o próprio livro. 100 fichas para registro de jornais (Fig. 16)
A solução ideal seria o ar condicionado para controlar a tempera 10 blocos (de 100 folhas) para registro de circulação (Fig. 20)
tura e a umidade, porém conhecemos as dificuldades de ser adotada 1.000 fichas para registro de leitores (Fig. 19)
tal providência. 10.000 cartões de catalogação (ficha branca, medindo 7,5 x 12,5cm)
Daremos três receitas que podem ser aplicadas aos livros, com bas 1.000 bolsos (Fig. 7)
tante sucesso, a fim de imunizá-los. 1.000 cartões do livro (Fig. 8)
100 blocos (de 100 folhas) de data de entrega (Fig. 9)
I 1.000 papeletas de doação (papeleta medindo 8 x 3,5cm, com lu
gar para pôr o nome do doador e a data da doação)
Pincelar o livro,* junto da costura, com um produto denominado 100 fichas guias (fichas iguais aos cartões de catalogação, porém
“ Fredrin” e deixar em lugar fechado durante dois ou três dias. tendo uma projeção para receber a notação alfabética ou numérica —
ver Fig.4; a notação alfabética ou numérica é datilografada).
li
Acervo bibliográfico:
Álcool bencílico 100g No mínimo 1,000 obras.
Ácido fênico 25g
Usar esta solução como foi indicado na primeira receita. Móveis e equipamentos:
Quanto aos móveis e equipamentos, pode também ser consultado
lli o capítulo sobre “ Distribuição de espaço em bibliotecas“ , onde há re
ferência sobre os mesmos.
Pulverizar as prateleiras ou passar, com pincel, DDT líquido. De
pois de secar as prateleiras, guardar os livros e colocar DDT em pó,
para não os manchar.
(+) O livro atacado pelo bicho deve ser isolado e muito bem desinfetado, para evitar
que se espalhe essa calamidade pela biblioteca toda.
Aquisição e seleção de material — 27
Linguagem e literatura................................................. 5% exemplar, em mau estado; a biblioteca deve reservar-se o direito de não
Poesia e drama............................................................ 6% aceitá-la. Se o seu estado, porém, for bom, pode permutá-la com ou
Romances...................................................................... 20% tra biblioteca que por ela se interesse, ou mesmo doá-la. Este é um sim
Diversos..................................................................... 10% ples exemplo, mas são diversas as situações em que se tem de proceder
desse modo.
É difícil selecionar bem. Hoje já não se recomenda selecionar de A permuta é um bom sistema para não atulhar as bibliotecas de
acordo com as classes do Sistema Decimal de M. Dewey, ou qualquer duplicatas desnecessárias e também para enriquecer os seus acervos.
outro. É indispensável atender às correntes culturais e sociais de nossa Consideram-se também como doação as publicações oficiais, en
época. A seleção precisa considerar o material bibliográfico existente viadas pelos diversos departamentos do governo, e a distribuição gra
e o interesse do leitor. tuita de obras diversas, efetuada por instituições oficiais, como, por
Nossa experiência em atender à procura em biblioteca geral nos exemplo, o Instituto Nacional do Livro.
proporcionou a organização de uma tabela que mencionamos apenas Obs.: 1) Ao recebermos o material adquirido devemos conferir para
como base de orientação, não a considerando como recomendação de verificar se está de acordo com a encomenda, se as obras não apresen
finitiva.* tam defeito de encadernação ou impressão, se as notas fiscais estão
Já modificamos as porcentagens apresentadas em outras edições exatas, os preços certos e se tudo que consta das notas está sendo en
de nosso trabalho, porque, em pesquisas recentes, encontramos alte tregue. Estando tudo em ordem, as notas devem ser encaminhadas à
rações no interesse dos consulentes que freqüentam nossas bibliotecas. seção de compras para o devido pagamento.
Aliás, este fato é perfeitamente compreensível, pois é normal que haja 2) São publicadas no Brasil as seguintes bibliografias que podem
evolução no interesse dos usuários. ser úteis ao trabalho de seleção: Bibliografia Brasileira, publicada pelo
Instituto Nacional do Livro; Boletim Bibliográfico, publicado pela Bi
Ciências puras.................. ....................................... 11 % blioteca Nacional; Boletim Bibliográfico, publicado pela Prefeitura do
Ciências aplicadas.................................................... 14% Município de S. Paulo; Oficina de Livros (obras catalogadas na fon
Belas-artes........................................................... 6% te), publicada pela Câmara Brasileira do Livro.
Ciências sociais.......................................................... 12%
Teologia....................................................................... 2%
Filosofia................................................................... 7%
História e viagens.................................................... 12%
Biografia..................................................................... 4%
Filologia.......................... 4%
Literatura: romance.................................................. 11%
poesia....................................................... 4%
teatro........................................................ 4%
história.................................................... 4%
outros....................................................... 2%
Diversos...................................................................... 3%
(*) Os assuntos tratados nas obras, atualmente, são muito complexos, não permitindo
mais separações como aparecem em tabelas como estas. Por exemplo, uma obra sobre
“ Estruturalismo’' pode abranger várias classes dos sistemas de classificação usados na
maior parte de nossas bibliotecas.
Tombamento ou registro de entrada — 31
FICHA DE TOMBO
3 N? de tombo
TOMBAMENTO OU REGISTRO DE ENTRADA Autor: Slater, Alfred Cowley, 1875-1958.
38.561
Título: Minerais e minérios.
Todo livro, ao entrar na biblioteca, deve ser primeiramente tomba Lugar de pub.: S. Paulo: Casa pub.: LEP,
do, isto é, deve receber um número de acordo com sua entrada, que é Data de pub.: 1952. Data da entrada: 3/5/60.
chamado número de aquisição, de registro ou de tombo. Este número
Class. Preço: CrJ 58,00. Custo: CrJ 46,40. Encad.: Sim.
é colocado na página de rosto do livro e em outro lugar determinado, 549
para maior garantia. Em muitas bibliotecas é colocado sempre na pági S63m Obra: 1 / Volume 1/ Língua: Fort,
na 100. Em seguida registramos todas as informações aeíe referentes em Doação: —
ficha ou em livro de tombo, também chamado livro de inventário. As
informações que aparecem são praticamente as mesmas, porém os par Observações:
tidários do tombamento em ficha encontram nele as seguintes vantagens :
a) Mais coerência e atualidade, pois todos os trabalhos da biblio Figura 2
teca são feitos em fichas.
b) As fichas correspondentes às obras de um mesmo autor ficam
juntas, no fichário de tombo, por serem arquivadas por ordem alfabé Do exame das figs. 2 e 3, a única informação que pode exigir es
tica de sobrenome do autor. O fichário de tombo é conhecido também clarecimentos é a questão de obra e volume. Ao tombarmos uma obra
por catálogo de inventário. escrita em diversos volumes, daremos um número de tombo ao 1? vo
lume e marcaremos a entrada de uma obra e de um volume. Ao tom
c) Mais uniformidade e estética, pois, sendo as fichas datilografa
barmos, porém, o 2? volume, marcaremos apenas a entrada de um vo
das, o aspecto é melhor. lume, não assinalando mais a da obra. Cada volume recebe um núme
As vantagens encontradas pelos partidários do tombamento em ro de tombo e o seu registro ocupará uma linha do livro do tombo,
livro são: ou uma ficha de tombo. A entrada da obra é registrada quando é tom
a) Maior segurança, pois, constituindo o tombo uma relação do bado o 1? volume.
patrimônio da biblioteca, a segurança é um fator ponderável. Há bibliotecas que registram a entrada de uma obra no acervo ape
b) O único registro numérico da biblioteca, pois a qualquer mo nas pela primeira vez é consideram as duplicatas, isto é, os outros exem
mento é possível saber a que livro corresponde um determinado núme plares, quer sejam de obras em um só volume, quer sejam em vários
ro. As fichas de tombo poderiam ser guardadas por ordem numérica; volumes, apenas como entrada de novos volumes.
haveria então a vantagem do fichário por número, com prejuízo da Nesse caso, se comprássemos dois exemplares de uma obra em qua
vantagem de reunir todas as fichas de tombo de um mesmo autor. O tro volumes, registraríamos na coluna “ obra” o número I, quando es
bibliotecário terá que optar quanto ao arquivamento dessas fichas, es tivéssemos tombando o 1? volume; ao tombarmos os outros, iríamos
colhendo o que mais interessar à biblioteca. colocando traço na coluna “ obra” e pondo o algarismo 1 em coluna
c) Um grande auxiliar para as extatísticas da biblioteca, pois a so “ volume” .
ma de suas diferentes colunas oferece totais interessantes, como, por De acordo com o exemplo teríamos registrado a entrada apenas
exemplo, o dinheiro gasto na compra de livros, em encadernação, to de uma obra e de S volumes. Não estamos de acordo com este critério,
tal de obras e volumes entrados etc. pois preferimos registrar cada coleção como obra separada. Teríamos
32 — Organização e administração de bibliotecas
4
CLASSIFICAÇÃO
nas, embora com acervo superior a 5.000 volumes, não devem ser usa lhes dos vários assuntos, ainda, por meio de uma combinação de nú
das mais que duas classes decimais. meros e sinais determinados, registra o lugar, o tempo, a forma, a lín
O número de classificação é representado por três algarismos in gua, o ponto de vista etc. das obras a classificar. É, portanto, um sis
teiros, depois dos quais virão as subdivisões decimais, Por essa razão tema mais descritivo que o de Dewey.
colocaremos um . (ponto) para separar os inteiros dos decimais. Vejamos alguns sinais; ( ) lugar
Partindo do mais complexo para o mais simples, aquele sistema “ *’ Tempo
oferece a possibilidade de se penetrar nos mínimos pormenores do as (O) forma
sunto. Ele divide os conhecimentos humanos em dez classes, as quais, - língua.
por sua vez, se subdividem em outras dez, e assim por diante, sendo O livro Situação econômica da França no século XVIII, escrito
infinita esta possibilidade de subdivisão, graças à sua base decimal. em português, será classificado de acordo:
É digno de atenção, o grande auxiliar de memória que representa Com Dewey: 338,0944. (Ver, no fim desta obra, a regra de locali
a semelhança do desdobramento das diversas classes do sistema, evi zação dos assuntos.)
denciando o cuidado com que foi executado. Com o Decimal Universal: 338(44) “ 17" = 69*
A evolução constante da ciência obriga os sistemas de classifica Pelo exposto podemos concluir que o de Dewey é um sistema de
ção a progredirem. Como prova disto não encontramos na edição de classificação geral, visando à classificação de obras, enquanto o Deci
1951 do Sistema de Dewey, por exemplo, um número para transistor, mal Universal é de classificação minuciosa, reproduzindo idéias, o que
cibernética etc., o que naturalmente exige pesquisa, estudo e consulta permite mais detalhes.
do bibliotecário, para que seja dado um número certo aos novos as
suntos que forem aparecendo na biblioteca.* Pode-se supor que, com o correr do tempo, este sistema supere
completamente o de Dewey, devido às suas vantagens. Portanto, se a
Acompanha a tabela decimal um índice de assunto, específico e biblioteca a organizar tiver capacidade superior a 5.000 volumes, caso
detalhado, indispensável na tarefa de classificação. Nesse índice, em em que o bibliotecário não poderá adotar a tabela abreviada de De
ordem alfabética, são encontrados os diferentes assuntos, seguidos dos wey, é conveniente estudar os dois sistemas antes de decidir a escolha.
números que lhes possam servir, conforme o ponto de vista sob o qual As explicações que precedem os dois sistemas são muito claras e não
seja o assunto tratado na obra a classificar. apresentam dificuldade a quem empreender a tarefa de classificar.
Exemplo: Classificada a obra, temos de identificá-la entre outras que tra
Higiene (em geral)...................................................... 613 tam do mesmo assunto. Assim, se houver 10 obras de sociologia, to
administração............................................. 351 das das receberão, de acordo com a tabela de Dewey, o n? 300. Como
das cidades................... 614 é possível identificar a de autoria de Gilberto Freyre? Entre os diver
dom éstica............................................................ 648 sos processos usados para tal identificação, podemos citar a Tabela de
mental................................................................... 131 Cutter, a de Cutter-Sanborn, que apresenta algumas modificações à
profissional.................... 613 tabela original de Cutter, e a que fizemos, intitulada Tabela “PHA ” ,
saneamento das cidades..................................... 628 que vem sendo usada com sucesso.** Seguimos a distribuição de nú
meros encontrada nas tabelas americanas, porém apresentando uma
Apesar de não ser possível apresentar aqui outros sistemas de clas combinação de letras que obedece à freqüência dos nomes nas biblio
sificação, convém que seja feito um pequeno comentário a respeito do tecas brasileiras. Além de considerarmos várias listas de nomes frequen
Decimal Universal (CDU), que se baseou no de Dewey. tes entre nós, ainda comparamos as combinações escolhidas com os
Partindo, por assim dizer, do “ tronco" organizado por Dewey, fichários de identidade de algumas bibliotecas, como, por exemplo, a
este sistema está hoje desenvolvido e aperfeiçoado; ele desdobra muito do Instituto Mackenzie, que então contava 37 anos de atividade e onde,
bem suas classes. Além de estender as subdivisões aos mínimos deta
{*) "17” representa o século XVIII, ou seja, o século que começou em 1701. 69 é o final
(*) Novas edições do Sistema apresentarão os números para os assuntos que vão apare do número “ 469” dado ao assunto ‘‘filologia portuguesa” , como podemos verificar na
cendo no campo dos conhecimentos humanos, porém é evidente que as bibliotecas não tabela de classificação. Quanto ao número da França, usa-se o número de história, 944,
poderão interromper o trabalho de classificação até que sejam publicadas as edições tra porém em lugar do 9 colocam-se os parênteses, símbolo de localização, naquele sistema.
zendo as últimas novidades. (**) Publicada também pela T. A. Queiroz: 3? edição, revista, 3984,
36 — Organização e administração de bibliotecas Classificação — 37
além de haver um número elevado de obras estrangeiras, ainda figura país e inserir o algarismo / entre o 9 e o seguinte. Assim, 944 é a classi
a maior parte de autores nacionais, graças à sua característica de bi ficação de história da França; 914.4 indicará geografia da França. Ou
blioteca geral. Para tornar mais completo este livro, resolvemos orga tro exemplo: 950 corresponde à história da Ásia , 915 à geografia da
nizar uma tabela “ PHA” abreviada, que se encontra no final, com Ásia.*
todas as explicações necessárias ao seu uso, incluindo muitos exemplos 2. Não são classificados decimalmente os livros de ficção em pro
sobre todos os problemas que possam surgir no trabalho de identifica sa, mas sim designados pela letra F.
ção do livro classificado. 3. As biografias individuais não recebem o número 920 (biogra
Todos os números dos exemplos de identificação, apresentados nes fias coletivas), mas simplesmente 92. Há bibliotecas que usam apenas
ta obra, foram tirados da tabela “ PH A ” abreviada. Para bibliotecas a letra B.
maiores, aconselhamos a edição completa da tabela “ PHA” . 4. As obras de referência já mencionadas têm os seus números de
No exemplo citado, a obra será assim identificada: classificação precedidos da letra R e devem ser guardadas em seção
especial.
300 — Classificação de acordo com Dewey. Convém observar, junto ao 3? sumário da tabela de Dewey, as
F94s — F: Inicial do sobrenome do autor. subdivisões relativas à literatura brasileira, portuguesa e hispano-ame
94: Número de acordo com a tabela “ PHA” para ricana, à história do Brasil e à classificação geográfica do Brasil, ao
o sobrenome do autor (edição abreviada), executar o trabalho de classificação. Estas subdivisões são muito úteis
s: Inicial do título da obra. às bibliotecas brasileiras.
92 — Classificação.
C32v — C: Inicial do sobrenome do biografado.
32: Número encontrado na tabela “ PHA” para
Carvalho (edição abreviada),
v: Inicial do sobrenome do autor.
O tronco do ipê
Ateacar, José Martiiúmo de, 1S29-IS77
5
CATALOGAÇÃO 690 Segundo, Joío Emílio do» Santos
Iniciando o trabalho de catalogação, o primeiro passo é o exame Resumo das fichas que devem ser feitas para os diversos catálogos:
das partes impressas do livro. Vejamo-las:
, autor
/ título
1. Páginas preliminares — São as que precedem a página de ros assunto
to, tais como página de ante-rosto, página de rosto adicional, verso ilustradores, colaboradores,
da página de rosto e capa. tradutores etc.
2. Página de rosto — Constitui o elemento mais precioso para o
catalogador. Nela deverá aparecer o nome do autor, o título, a edição Catálogo dicionário (fichas reunidas e < ( autor
e a imprenta, que consiste no conjunto: local de publicação, casa pu- arquivadas em uma única ordem analíticas titulo
blicadora e data de publicação. Entretanto, algumas vezes encontra alfabética) j ^ assunto
mos a imprenta, especialmente a data, no verso da página de rosto,
ou no fim do livro, ou ainda em alguma das páginas preliminares. \ remissivas
| autor
titulo
3. Prefácio — Nem todo livro tem prefácio, porém é útil, porque | assunto
geralmente explica a obra.
4. Introdução — Pode ser uma apresentação, como o prefácio, Catálogo sistemático ou classificado
assunto
e pode citar a matéria do livro. (fichas arquivadas pelo número de
analítica de assunto
chamada)
5. índice — É a lista, em ordem alfabética, do que a obra contém,
ou de nomes citados, apresentada no fim da obra. autor
6. Sumário ou conteúdo — É a lista dos capítulos, na ordem em Catálogo de autor (fichas arquivadas colaboradores etc,
que eles aparecem na obra. ordem alfabética) analítica de autor
7. Notas de rodapé, notas marginais, notas bibliográficas, apên remissiva de autor
dices, adendas etc. — Estes detalhes devera merecer a atenção do cata
logador, pois muitas vezes são de interesse para os usuários da Topográfico (as fichas são arquivadas pelo número
I
de chamada)
biblioteca.
8. Texto — É a apresentação da matéria.
Os catálogos, tanto o classificado como o alfabético, são de im
portância capital na organização de uma biblioteca. Devem estar sem
pre atualizados, pois só assim estarão em condições de cumprir sua
Cabeçalhos ou rubricas
missão.
de assunto í todas as fichas são ar-
Identidade ou nome < quivadas por ordem
Regras para a elaboração das fichas catalográficas certo { alfabética
Casas publicadoras
Emprego de maiiísculas — 0 uso de maiusculas e minúsculas é
geralmente determinado pelas regras de cada língua; entretanto, há al Para o arquivamento das fichas de título temos duas soluções: 1) distribuir alfabetica
gumas que devemos considerar nas fichas catalográficas. mente as fichas de título no catálogo de autor; 2) organizar um catálogo de título em
Usaremos maiúsculas nos seguintes casos: separado, em ordem alfabética, onde serão arquivadas também as analíticas e remissi
vas de titulo.
1. Para todos os nomes próprios (nomes de pessoas, sobrenomes,
nomes geográficos). 4. Para as expressões de tratamento, quer escritas por extenso, quer
abreviadas, como: Dom, Sr., Madame etc,
2. Para a primeira palavra do título de uma obra, de algum título
citado, ou de um título alternado. 5. Para os nomes de sociedades, departamentos do governo e or
ganizações em geral. Exemplos: Ministério da Educação, Academia
3. Para a primeira palavra depois do ponto. Paulista de Letras etc.
6. Todos os nomes que compõem as entidades coletivas são ini
ciados por maiúsculas.
7. Os termos religiosos: Papa, Padre, Madre, Vigário, Sagrada,
Catalogação' — 43
42 — Organização e administração de bibliotecas
8. Para os pontos cardeais, e para termos empregados em lugar para todas as fichas que registiarão a obra nos catálogos. Quando apa
de nomes próprios geográficos. Exemplo: cultura Oriental. recer na página de rosto mais de um nome de pessoa ou entidade, co
mo autores da obra, faremos a entrada principal pelo primeiro nome
9. Quando abreviaturas correspondem a palavras escritas com mencionado, a menos que apareça na página de rosto outro nome de
maiusculas, elas também devem ser. Exemplo: Pe.(Padre).
autor em maior destaque.
Tomando uma ficha, datilografaremos o nome do autor, escre
Em outras edições deste manual foram citadas regras para uma
vendo o seu último sobrenome em primeiro lugar, separando-o por vír
redação abreviada de fichas catalográficas, baseadas na catalogação
gula e espaço dos nomes de batismo e de sobrenomes que antecedem
tradicional, quanto ao registro das informações, obedecendo às pon
o último. Exemplo: Sérgio Luís de Carvalho Ramos encabecerá a fi
tuações, margens, espaços etc. por ela estabelecidos. Porém, acompa
nhando o grande esforço que está sendo feito por grupos de estudio cha assim:
sos, no sentido de uniformizar a catalogação, resolvemos enquadrar Ramos, Sérgio Luís de Carvalho, 1901-1968.
nossos exemplos nas regras para a catalogação descritiva de acordo com Após o nome virão as datas de nascimento e morte, quando co
a ISBD(M) (International Standard Bibliographic Description), que visa nhecidas, as quais devem ser separadas, do nome, por vírgula e espa
a normalizar a catalogação universalmente, o que trará como conse- ço. Coloca-se ponto final ao terminar a entrada principal. Quando a
qüência uma grande facilidade no intercâmbio internacional da infor entrada principal for longa e exigir continuação na linha seguinte, ou
mação bibliográfica, não só quando apresentada sob forma de escrita Unhas seguintes, essa continuação deverá entrar em terceira margem,
tradicional, como também permite a transformação das descrições em portanto a quinze espaços da margem esquerda da ficha, mantendo-se
dados legíveis à máquina. essa margem até terminar a informação.
Na ‘‘Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Mo As margens são classificadas em 1f, 2? e 3?, distando 9,12 e 15
nografias ISBD(M)", para definir as diferentes partes dos registros que espaços da margem esquerda da ficha, respectivamente. Ao datilogra-
figuram nas fichas, foram usados os termos elementos e áreas. Para
melhor ilustrar o trabalho de catalogação, depois de analisarmos as
diversas áreas, apresentaremos um jogo completo de fichas catalográ
ficas para representar uma obra nos diferentes catálogos da bibliote
ca. Iniciando a elaboração de uma ficha procuraremos comentar os
C la ss.
diversos dados que levantaremos, acompanhados das explicações in N9 PHA Nome do a u t o r ( e n tr a n d o p e lo ú ltim o sobrenom e)
dispensáveis para a colocação certa dos mesmos, de acordo com as de T í t u l o d a o b ra : s u b t í t u l o / A utor ou a u to
terminações da ISBD. Foram também convencionados sinais, pontua r e s : A u to re s s e c u n d á r io s . — n ? ed . — L o c a l s
ções e margens para que possa haver completa uniformização na dis E d i t o r a , D a ta ,
posição das informações nas fichas, o que é indispensável para a per p . ou v . : i l . , mapa. — ( S e r ie ; v. )
feição do trabalho.
N o ta s
Em primeiro lugar destacamos o nome do autor, que é a primeira ISBN
informação que usaremos para elaborar a ficha. Sempre deverá ser feita
uma pesquisa sobre o nome do autor e sobre os dados de seu nasci P is ta
mento (e morte, quando for o caso), para se colocar na entrada princi
pal. O autor é uma pessoa ou uma entidade responsável pelo conteúdo
de uma obra. A ficha encabeçada pelo seu nome é considerada a en
trada principal, também chamada ficha matriz. A entrada de uma fi
cha é a palavra ou grupo de palavras que a encabeçam. O
A entrada principal aparece na quarta Unha da ficha e a nove es
paços da margem esquerda da mesma. Sendo as fichas datilografadas,
as referências a espaços correspondem a espaços de máquina. Em to
das as fichas que serão feitas para os catálogos, o nome do autor deve
Ficha 1
ocupar a mesma posição. A ficha principal é a que servirá de modelo
44 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 45
farmos as fichas, devemos deixar, do lado direito, cerca de dois espa Algumas vezes, no caso de tradução, aparece na página-de-rosto
ços de margem. Daremos o modelo de uma ficha para ilustrar a posi o próprio título em outro idioma, o que chamaremos de título equiva
ção em que devem aparecer os diversos elementos (ver ficha 1). lente. Havendo título equivalente, ele será separado do título por es-
Examinemos as sete áreas que constituem as partes principais da paço sinal de igualdade espaço. Exemplo:
ficha e que se baseiam na entrada principal. Essas áreas são reunidas Diário de uma viagem ao Brasil = Journal of a voyage to Brazil.
em parágrafos e assim se apresentam: Este registro na ficha só deverá ser feito se o título equivalente
O primeiro parágrafo será formado pelas áreas 1, 2 e 3. A área aparecer na página de rosto.
1 abrange o título da obra, o subtítulo, algum dado com relação ao
autor, nomes de colaboradores, tradutores, ilustradores etc. A área 2 O título é registrado logo abaixo da linha destinada ao autor,
se destina à nota de edição e a área 3 é reservada à imprenta. iniciando-o em segunda margem. Ao continuar esta informação nas
linhas seguintes devemos voltar para a í 1 margem e permanecer em
O título é o nome que o autor dá à obra. O subtítulo é uma frase 1? margem até terminar o 1? parágrafo.
ou palavra que em geral vem em seguida ao título, explicando-o. O
título é separado por espaço âois-pontos espaço. H á autores que dão
mais de um título à obra, os quais são separados pela conjunção “ ou” ;*
para efeito de catalogação são considerados como títulos alternados
(ver ficha n? 2). O título da obra é separado do título alternado por
espaço dois-pontos espaço e a conjunção “ ou” . F
Q43v Q u e iro z , D inah S i l v e i r a d e , 1 9 1 1 -1 9 8 2 .
2 . ed . V erão doa i n f i é i s : rom ance / D inah S i l v e i
r a de Q u e iro z . — 2, e d . — R io de J a n e i r o ;
Jo s e Olympio : INL, 1971.
x i v , 100 p .
F ISBN
G97m G u im a rã e s, B e rn a rd o Joaq u im da S i l v a , 1 8 2 7 -1 8 8 4 .
M a u ríc io : ou Os p a u l i s t a s em S . J o a o d 'E l - 1. ROMANCE BRASILEIRO I . T í t u l o .
R e i / B e rn a rd o G u im arães. — 2 . e d . — R io d e
J a n e i r o : B r í g u i e t , 1941.
444 p . : i l .
Ficha 3
posições (por, de, etc.), conjunções (e, etc.) para efeito de unir infor dados referentes ao autor, porém na área 6 da ficha, como veremos
mações. Quando a obra tiver sido escrita por dois ou três autores, os brevemente.
seus nomes serão registrados na ficha, separados por vírgula. Caso ha Terminada esta primeira parte do primeiro parágrafo, trataremos
ja quatro ou mais autores, ou colaboradores com a mesma função, tais da disposição das áreas 2 e 3.
como ilustradores, compiladores, organizadores, registra-se apenas o A área 2, que consiste na nota de edição, é escrita em seguida à
primeiro nome e indica-se a ausência dos outros nomes por espaço re área 1, dela separada por ponto espaço travessão * espaço. Quando se
ticências espaço e a expressão et al. entre colchetes [et al.]. Esta ex trata de 1? (primeira) edição não há necessidade de registrá-la na fi
pressão vem do latim et alii e significa “ e outros” . Exemplo: cha. Devemos sempre escrever o número da edição em algarismos ará
Tratado prático de eletrônica / Raul Pereira ... [et ai.] bicos, mesmo que, na página de rosto, apareça em algarismos roma
Quando não aparecem na página de rosto, os nomes dos colabo nos, ou em palavras por extenso, A palavra edição deve ser abreviada,
radores podem ser suprimidos. Esta é a determinação da regra, porém usando simplesmente “ ed.” (ver fichas 2 e 3). No caso de obras em
somos de opinião que o nome do tradutor figure sempre que encontra línguas estrangeiras, o número da edição segue a regra acima, porém
do, embora não na página de rosto. Para separar o dado referente ao a palavra “ edição” será escrita como estiver na página de rosto.
autor, dos nomes de tradutores, ilustradores etc., usa-se espaço pon- Considera-se uma nova edição, quando um livro ou outra qual
to-e-vírgula espaço (ver ficha 4). Essa pontuação é também usada para quer publicação reimpressa apresentar modificações, atualizações, cor
separar os nomes desses colaboradores entre si, ainda que estejam eles reções, ampliações etc. Quando não houver alteração alguma, será u m a
ligados por conjunção. simples reimpressão e o seu número não deve figurar na catalogação.
O catalogador deve examinar a obra, para evitar o erro de registrar
como nova edição o que, na realidade, não passa de reimpressão. É
comum as editoras empregarem mal a palavra edição.
575 Algumas vezes na página de rosto aparecem dados referentes a au
M55g M e t t l e r , L aw ren c e E u g e n e , 1 9 2 9 - tores que trabalharam na nova edição, como nome do revisor, do co
G e n e tic a d e p o p u la ç õ e s e e v o l u ç ã o ^ / L aw ren c e laborador etc. Esses nomes devem vir em seguida à nota de edição, de
E . M e t t l e r , Thomas_G. G re g g ; t r a d u ç ã o d e Ro la separados por espaço barra espaço (ver ficha 5).
l a n d V en c o v sk y , J o a o L u c io d e A z e v e d o , G e rh a rd
B ä n d e l. — São P a u lo : P o líg o n o : E d . d a U n i
Observar nas fichas 3 e 5 a pontuação que separa o subtítulo do
v e r s i d a d e d e S ão P a u l o , 1 9 7 3 .
título, a indicação da edição e, na ficha 5, o registro do nome do cola
262 p . : i l .
borador dessa edição, separado por espaço barra espaço; ver fatnhAm
a pontuação que separa a área 2 da 3, ponto espaço travessão espaço.
A área 3 representa a imprenta, que consiste no conjunto: local
de publicação, casa editora e data (ano) de publicação ou de direito
autoral (Copyright), que deverá ser precedida de um c minúsculo, sem
ponto, sempre em algarismos arábicos. Exemplo: cl977. Estes dados
estão presentes, em geral, na página de rosto, porém, se não estive
rem, precisam ser procurados no verso da página de rosto, no fim do
O livro, ou nas páginas que precedem a página de rosto, isto é, as pági
nas preliminares.
O local de publicação é a cidade onde se encontra a casa editora.
Não sendo a cidade conhecida, ou se houver outra de igual nome, deve
Ficha 4 ser colocado o nome do estado ou país, para ser possível identificá-la.
Quando não houver citação do local de publicação, adota-se a abre
Muitas vezes aparecem na página de rosto outras indicações co viatura “ s.l.” entre colchetes. Esta abreviatura vem do latim, sine lo-
mo bibliografias, apêndices etc. acompanhadas de nomes de seus au
tores, as quais devem ser registradas do mesmo modo como foram os (*) Nas fichas datilografadas dois hífens formam o travessão.
48 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 49
co, que significa “ sem lugar” . É preciso atenção para não registrar guinte registro: [s.l. : s.n.], 1976 {Curitiba]. Vemos o nome da cidade
o local da gráfica impressora em lugar da casa editora. A casa editora de Curitiba entre colchetes, por não se encontrar na obra.
é a responsável pela publicação, custo de impressão e distribuição da A data de publicação da obra (apenas o ano) deve aparecer na fi
obra, ao passo que a impressora somente se incumbe da parte material cha em algarismos arábicos. Já foi dito que na falta da data de publi
da impressão. cação pode-se usar a de copyright.
Quando não se encontrar data alguma, o catalogador deverá pôr
uma data aproximada. Não se conseguindo data nenhuma, pode-se usar
o século.
7 9 3 .7 3 2 Como vemos em nossos exemplos, a imprenta aparece sempre na
R36d R ib e ir o , H é lio . _ . seguinte ordem: local, editora e data de publicação. O lugar de publi
3 , ed, D ic io n á rio d e p a la v r a s c ru z a d a s : a u x i l i a r cação é separado do nome da casa editora por espaço dois-pontos es
do c r u z a l i s t a e do c h a r a d i s t a / H e l i o R i b e i r o ,
paço. No caso de haver mais de um lugar de publicação, eles serão se
— 3 . e d . r e v i s a d a e a m p lia d a / C o la b o r a d o r
parados por espaço ponto-e-vírgula espaço. Havendo duas editoras e
d e s t a e d iç ã o C a r l o s P e r d i r a d á V e ig a . Sao
dois lugares de publicação, a primeira editora e seu lugar serão separa
P a u lo : P r o g r e s s o , 1 9 6 4 .
dos da segunda por espaço ponto-e-vírgula espaço. Havendo duas edi
180 p .
toras e um só lugar de publicação, separa-se o lugar, da primeira edi
tora, como já foi explicado; em seguida espaço dois-pontos espaço e
coloca-se o nome da segunda editora (ver ficha 3). A data é separada
do nome da casa editora por vírgula espaço. É este o último dado re
gistrado no primeiro parágrafo, terminando com ponto final. Quando
for preciso colocar o lugar e o nome do impressor, então serão eles
que ocuparão o último lugar. A imprenta termina sempre com ponto
final, a não ser que a última informação seja registrada entre colche
O tes, por ter sido obtida em fonte diferente e não na obra. Depois de
colchete não se põe ponto.
Terminado o primeiro parágrafo, passaremos ao segundo, onde
iremos encontrar as áreas 4 e 5. A área 4 é destinada à colação.
Ficha 5 Na colação será registrada o que chamaremos de descrição física
da obra.
Quando não se encontra na obra o nome da casa editora, coloca- Como vemos em nossos exemplos, a colação entra em segunda
se a abreviatura “ s.n.” entre colchetes. Esta abreviatura vem do latim margem, na linha logo abaixo à ocupada pela imprenta; consiste no
sine nomine (sem nome). registro do número de páginas ou volumes, de ilustrações, de mapas,
Há casos em que a casa editora é ao mesmo tempo a autora da do formato do livro e, quando for o caso, de algum material que acom
obra; então, fazendo a entrada principal da ficha pelo seu nome, em panhe a obra. Caso a colação não caiba numa linha, continuará na
lugar de repeti-lo na imprenta, pode-se abreviá-lo. Também quando linha seguinte, em primeira margem. Analisando a questão da pagina
se tratar de uma obra editada pelo próprio autor, no lugar da editora ção, encontramos algumas situações que merecem esclarecimentos, a
pode-se usar o seu nome, abreviadamente. saber:
Na falta do lugar de publicação e do nome da casa editora, ha 1) A obra pode ter as páginas numeradas e, nesse caso, registrare
vendo na Obra o lugar da impressão e o nome do impressor, podemos mos o número da última página, seguido da abreviatura “ p / \
usá-los na ficha, registrando-os na imprenta, entre parênteses. 2) Se em lugar de estarem numeradas as páginas, estiverem nume
Vejamos: radas as folhas ou as colunas, registraremos o último número delas,
[s.1. : s.n.], 1976 (S. Paulo, Gráfica Bandeirante) seguido da respectiva abreviatura, ‘77.” ou “ co/.” . Assim:
Se descobríssemos o lugar em que uma obra foi impressa, porém
essa informação não constasse do livro, faríamos, na imprenta, o se 230 p. 43 fl. 510 col.
50 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 51
3) Se houver páginas prefaciais, numeradas com algarismos ro tável uma aproximação para grupos de 50 folhas ou páginas. Sendo
manos, iniciaremos a colação assim: o registro feito nessa base, antes do total coloca-se a abreviatura “ca”
(tirada da palavra latina circa, que significa “ cerca de” ), Exemplos:
xiv, 135 p.
ca. 250 p. ca. 150 fl.
Note-se que os algarismos romanos são escritos.com minúsculas
(ver ficha 3).
A colação das obras escritas em mais de um volume deverá indi
4) Algumas vezes a obra é dividida em seções numeradas com al car o número de volumes e não o de páginas.
garismos romanos e arábicos. Ora as páginas numeradas com algaris
Se os volumes tiverem paginação continuada, coloca-se, depois do
mos romanos aparecem em primeiro lugar, ora aparecem no fim. De
número de volumes, o número de páginas, entre parênteses. Assim:
vem ser registradas respeitando-se a ordem em que se apresentam. Ve
3 v. (xix, 830 p.).
jamos:
Quando houver numa obra qualquer tipo de ilustração, é preferí
viii, 251 p. 317, ix p. vel indicá-la na colação, por meio da abreviatura “il. Essa abrevia
tura pode abranger lâminas, plantas, retratos, fac-símiles, desenhos etc.
Quando a obra apresenta até três seções numeradas, podendo mes Simplifica muito o trabalho de catalogação o uso de uma única abre
mo ter páginas numeradas em algarismos romanos antes e depois de viatura. Faz-se exceção para o caso de mapa, em que é indicado sepa
cada seção, registra-se na colação do seguinte modo: radamente, não sendo incluído nas ilustrações.
Portanto, como vemos nos exemplos dados, ao registrarmos a co
xi, 170, xv p. xx, 202, 10 p. 93, xi, 180 p. lação na ficha, começamos com o número de páginas ou volumes. Em
seguida aparece a abreviatura “i l ” , se a obra possuir ilustração (ver
No caso de a obra estar dividida em quatro ou mais seções nume ficha 2). A separação entre essas duas informações é de espaço dois-
radas, somam-se as páginas ou folhas de cada seção e registra-se, na pontos espaçó. Depois da abreviatura "il," virá virgula espaço e a pa
colação, o total acompanhado da observação “ em várias numerações’1. lavra “ mapa” ou “ mapas” , se a obra os contiver.
Assim: Em seguida deverá ser indicado o formato do livro, quando se de
sejar registrar essa informação. Virá ela separada da última informa
480 p. em várias numerações. ção por espaço ponto-e-vírgula espaço. Muitas bibliotecas dispensam
esse dado, não o incluindo na colação. Para se obter o formato, mede-
5) Há obras que apresentam seções não numeradas no início ou se a lombada e dá-se sua altura em centímetros, aproximando-se a fra
no final do texto e elas não precisam ser consideradas pelo cataloga- ção para o centímetro seguinte. A indicação será, por exemplo: “ 25
dor; porém, se contiverem material de valor como ilustrações, glossá cm” .
rio, bibliografia importante, deverão ser contadas e indicadas entre col Terminada a colação, põe-se um ponto finai, se a obra não fizer
chetes. Exemplo: parte de uma série, e estará encerrado o 2° parágrafo, Se houver cita
ção de série, ela constituirá a área 5 e deverá aparecer em seguida à
[18], 415 p. 327, [12] p. colação, na mesma linha, entre parênteses, dela se separando por pon
to espaço travessão espaço (ver fichas 6 e 7).
6) Há também o caso das obras que se apresentam sem numera Sendo necessário continuar em outra linha, passará para a primeira
ção das páginas ou das folhas. Quando têm menos de 100 (páginas ou margem, permanecendo nessa margem até terminar a informação.
folhas) devem ser contadas e registrado esse total na colação da ficha, Considera-se série, uma coleção de publicações que se apresenta reuni
entre colchetes. Exemplo: da por um título coletivo, em que os volumes conservam em geral o
mesmo formato e, normalmente, são publicados pela mesma editora.
[55] p. [32] fl. O nome da série é separado do número do volume por espaço ponto-e-
vírgula espaço. Entre a abreviatura “ n.” e o número do volume há
No caso de terem mais de 100 páginas ou folhas, elas podem ser wm espaço. Depois de parênteses não há necessidade de se colocar pon
contadas, apresentando assim um trabalho mais perfeito, porém é aeei- to, Podemos também, se julgarmos conveniente, em lugar de apenas
52 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 53
92 537
A86m M a to s , M a rio , 1 8 9 3 -1 9 6 6 . B91e B r u h a t , G eo rg es
M achado d e A s s i s : o homem e a o b r a / M a rio 5. ed. É l e c t r i c i t é / G e o rg e s B r u h a t . — 5 . é d i t i o n
M a to s . — S. P a u lo : E d. N a c i o n a l , 1 9 3 9 . r e v u e e t c o r r i g é . — P a r i s : M a sso n , 1 9 4 4 .
451 p . ; i l . — ( B r a s i l i a n a ; n . 53) 762 p . : i l . — (C o u rs d e p h y s iq u e g é n é r a l e )
Ficha 6 Ficha 7
indicar a série, como nas fichas 6 e 7, fazer uma entrada pelo seu títu
lo, além da catalogação completa para as diferentes obras que com
põem a série. Vejamos as fichas 7 e 8. C o u rs d e p h y s iq u e g é n é r a l e / G eo rg es B r u h a t . —
Passaremos para a área 6, que consiste no registro de informações P a r i s : M asso n , 1 9 4 2 -4 7 .
relativas à obra, as quais não tiveram lugar no primeiro parágrafo, mas
que merecem figurar na ficha, por serem úteis aos consulentes do catálogo. 537
B91e É l e c t r i c i t é . — 1944,
Cada registro deve ser feito em parágrafo separado. A primeira 535
nota deve começar na segunda linha, abaixo do parágrafo onde se en B91o O p tiq u e . — 1 9 4 7 .
contram a colação e a série, deixando-se, portanto, uma linha em bran 531
co, entrando em segunda margem e continuando na linha seguinte, B91m M é ca n iq u e, — 1944.
quando necessário, em primeira margem. Ainda que se registrem vá
rias notas, cada uma deve entrar em segunda margem, sem deixar li
nha vaga entre elas.
O cataiogador não deve exagerar no número de notas registradas,
anotando-as somente quando forem, sem qualquer dúvida, absoluta
mente úteis. 0
Daremos aqui uma lista dos principais objetivos do registro de no
tas, nas fichas catalográficas:
a) indicar se a obra é encadernada com outra, ou se ela é parte
de alguma obra; Ficha 8
54 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 55
b) comunicar se a obra é incompleta ou apresenta defeitos; e a encadernação não deverão ser incluídos nas fichas catalográficas,
c) informar se a obra está em microforma; pois são dados que já figuram no tombo e geralmente não interessam
d) indicar se a obra apresenta uma bibliografia considerável e aos usuários do catálogo. Em capítulo à parte será explicado o que sig
valiosa; nifica o número do ISBN.
e) registrar a existência de suplemento em separado; O ISBN (“ International Standard Book Number” , ou Número In
ternacional Normatizado do Livro), a encadernação e o preço consti
f) mencionar se a obra é tese;
tuem a 7? área da ficha.
g) indicar se a obra apresenta texto em duas ou mais línguas. Além dos elementos já examinados para figurar nas fichas, os quais
Apesar de não haver uma ordem estabelecida para o registro das foram definidos como componentes de áreas, vamos agora analisar a
notas na ficha, há duas informações que devem ocupar lugar certo. pista, que é o último elemento que constará na ficha principal. A pista
São elas: a nota de conteúdo e a nota que dá o número do ISBN. é a lista ou o registro de todas as fichas secundárias que serão feitas
para a obra, para serem arquivadas nos diversos catálogos do público.
Graças a ela, a qualquer momento podemos localizar uma ficha que
fora intercalada nos catálogos.
551. 5
A pista pode ser registrada na frente ou no verso da ficha princi
D53m D ia s , A n tô n io de P a d u a , 1 8 7 2 -1 9 3 5 . pal e no verso da ficha topográfica, da qual falaremos logo mais.
M e te o r o lo g ia e c l i m a t o l o g i a : com a p l i c a ç a o Apesar de nas fichas impressas a pista vir na frente, como por
ã a g r o c u l t u r a / A n tô n io P a d u a E i a s . — S . P a u exemplo nas da catalogação na fonte, nas da Biblioteca do Congresso
l o : " 0 E s t a d o " , 1917. e de outras, julgamos preferível colocá-la no verso.
240 p . : i l . O registro da pista, no verso da ficha, deve ser feito de modo a
C o n te ú d o : M e te o r o lo g ia . — C l i m a t o l o g i a . —
permitir a leitura quando a ficha estiver arquivada (o verso deve ser
0 c lim a do B r a s i l . datilografado de cabeça para baixo). Numeram-se as diversas partes
ISBN da pista tanto no verso da ficha como quando o registro aparecer na
frente; usam-se algarismos arábicos para os assuntos e algarismos ro
manos para todas as outras entradas secundárias (ver verso da ficha
5 e frente da ficha 3). Embora não haja uma posição rigorosa para
o registro da pista no verso da ficha, a bem da uniformidade julgamos
útil que o registro seja iniciado a três espaços da margem superior e
a nove espaços da margem esquerda da ficha. Em primeiro lugar
registram-se os cabeçalhos de assunto, sem ordem determinada, po
rém é preferível que o primeiro corresponda exatamente ao número
de classificação da obra. Em seguida são registradas as outras fichas
de entrada secundária. Os cabeçalhos de assunto são escritos em ver
Ficha 9
melho, ou em letras maiúsculas, não só nas pistas como também nos
cabeçalhos das fichas secundárias de assunto. As outras entradas se
Como qualquer outra nota, o conteúdo entra em segunda mar cundárias serão registradas como estiverem escritas nas fichas encabe
gem. Escreve-se a palavra “ Conteúdo” , separa-se por espaço dois-pon- çadas por elas, usando letras maiúsculas e minúsculas, como podemos
tos espaço da relação daquilo que a obra contém. Cada registro do con ver em nossos exemplos. Finalmente, registramos a palavra “ Título”,
teúdo é terminado por ponto e separado do registro seguinte por espa para indicar que foi feita uma ficha de título, e a palavra “Série”, quan
ço travessão espaço (ver ficha 9). do for feita uma entrada pelo nome da série a que pertence a obra,
O conteúdo, quando for registrado, será sempre a penúltima no o que aliás não é frequente. Poder-se-á abreviar a palavra “Título”,
ta, e o número do ISBN será a última da ficha. O ISBN entra em se pondo apenas Ti., e "Série”, usando Ser.
gunda margem e será seguido da encadernação e do preço, porém se
parado por espaço dois-pontos espaço. Somos de opinião de que o preço
56 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 57
5 1 5 .6 3
W69c W illia m s o n , R ic h a rd Edmond, 1 9 2 7 -
C a lc u lo de f u n ç õ e s v e t o r i a i s / R ic h a rd E .
W illia m s o n , R ic h a rd H. C r o w e ll, H a le P . T r o t
t e r ; t r a d u t o r e s G e n é sio Lima d o s R e is ; An
g e l a O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io de J a n e i r o •
LTC, 1974.
2 v. : i l .
8 6 9 .3
M46
2. ed. Os m e lh o r e s c o n to s p o r t u g u e s e s / s e l e ç ã o , p r e Ficha 12
f a c i o e n o t a s de G u ilh e rm e de C a s t i l h o . —
2 . e d . — L is b o a : P o r t u g ã l i a , 1 9 5 0 .
2. v . : i l .
Entrada principal pelo título uniforme — Escreve-se o título uni
forme na quarta linha da ficha, entrando em primeira margem, ocu
pando, portanto, o lugar do nome de autor. Quanto ao mais, a ficha
segue a ordem normal de uma ficha principal (ver ficha 13).
Pseudônimos — Atualmente há uma corrente favorável a que se
coloque, na entrada principal de autor, o nome como o mesmo apare
ce na obra, não se fazendo uma entrada única com o nome verdadeiro
e apresentando os pseudônimos em fichas remissivas, mandando ver
o nome certo.
O argumento a favor dessa corrente é o de que o autor tem o di
reito de figurar no catálogo, pelo nome que escolheu para cada uma
de suas obras. Se respeitarmos esse ponto de vista, as remissivas de pseu
dônimos deverão ser de “ver também” (ficha 14),
Ficha 11 A ficha 15 nos mostra um autor que entrou pelo seu nome certo
e no corpo da ficha aparece o seu pseudônimo. Neste caso a remissiva
No exemplo dado temos um caso de coletânea, em que a obra foi deverá ser de “ ver.”
catalogada pelo seu titulo. Esse tipo de publicação é sempre precedido
de um título geral. Quando o nome do compilador aparecer em desta
que na página de rosto, o catalogador poderá fazer a entrada principal
pelo seu nome.
60 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 61
32 0 .1
22 0 .5 6 9 L71p Lim a, A lceu Amoroso, 1893-1983.
B47 B íb lia . P o l í t i c a / p o r T r i s t ã o de A th ay d e. — Rio
Ä B í b l i a S ag rad a : A n tig o e Novo T estam en to ; de J a n e ir o : L iv . C a th o lic a , 1932.
tra d u ç ã o de Jo a o F e r r e i r a d e A lm eid a. — Ed, r e 286 p .
v i s t a e a t u a l i z a d a n o B r a s i l . — Rio de J a n e i
ro : S o cied ad e B í b l i c a do B r a s i l , 1969.
1238 p .
Ficha 13 Ficha 15
515.63
W69c W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927-
C ã lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E.
W illia m so n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H aie F. T r o t
t e r ; t r a d u t o r e s G en êsio Lima do s R eis ; 2 n -
g e la O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io de J a n e ir o :
LTC, 1974.
2 V. : i l .
A p êndice.
Conteúdo : v . 1 . S lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2 . S e r ie s e i n t e g r a i s múl
tip la s .
F ich a 16
Ficha 14
62 — Organização e administração de bibliotecas
Catalogação — 63
Desdobramento completo da ficha principal n? 16 para alimentar
diversos catálogos (fichas 17, 18, 19 e 20);
515.63 C ro w e ll, R ic h a rd H.
W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927-
5 1 5 .6 3 C a lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E,
W69c C a lc u lo d e fu n ç õ e s v e t o r i a i s . W illia m so n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H ale F. T ro -
W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927- t e r ; t r a d u t o r e s G enésio Lima do s R eis ; An
C ã lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E. g e la O liv e ir a C o s ta le s . — Rio de J a n e ir o :
W illia m s o n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H ale F. T r o t LTC, 1974.
t e r ; t r a d u t o r e s G en ésio Lima d o s R e is ; An 2 v. : il.
g e l a O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io d e J a n e ir o :
LTC, 1974. A pêndice.
2 v. : il. Conteúdo : v . 1. A lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2. S e r ie s e i n t e g r a i s múl
A p e n d ic e . tip la s .
C onteúdo : v . 1. A lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2 . S é r i e s e i n t e g r a i s múl
tip la s .
O
O
Ficha de entrada secundária de autor (n? 19).
Ficha de entrada secundária de título (n? 17).
O O
que representam os assuntos; porém, preferimos registrar os assuntos infinidade de fichas entrando pela palavra “ Organização” , mas tam
seguidos dos respectivos números por facilitar o controle. bém porque devemos dar atenção à idéia principal do assunto. Fare
Escolha de assunto — Quando a biblioteca usa catálogo sistemá mos, naturalmente, a remissiva de “ Organização racional do trabalho”
tico, o problema é simples; sendo o assunto representado por número para o assunto adotado.
e podendo ser encaixados, no índice, todos os termos lembrados, com e) Precisamos juntar ao termo escolhido, entre parênteses, a res
a indicação dos números de classificação a que correspondem, não ha pectiva definição, quando ele tiver dois ou mais sentidos:
verá dificuldade. Exemplo; Rádio (Aparelho); Rádio (Química).
No caso de catálogos alfabéticos, os problemas são inúmeros, por Os exemplos de rubricas e remissivas serão apresentados mais
que o leitor procura o assunto por ordem alfabética, de modo que a adiante.
escolha dos termos deve merecer muito cuidado. É indispensável que Fichas analíticas — São fichas feitas para um capítulo, uma parte
esta seleção seja essencialmente coerente, o que não é tarefa fácil. ou um volume de uma obra que mereça especial menção: podem ser
A primeira impressão do bibliotecário inexperiente é a de que este de autor, título ou assunto. Faz-se analítica de autor quando o autor
trabalho não apresenta dificuldade, porém as escolhas simples e rápi do que se estiver fichando não for o mesmo da obra; de título, quando
das nem sempre se aplicam a todos os casos. A própria evolução da o trabalho fichado puder ser procurado pelo título; de assunto, sem
ciência já é um problema para a seleção. pre que o mesmo interessar, o que aliás é frequente, pois as analíticas
O termo escolhido para determinar um assunto chama-se ‘‘cabe de assunto são as mais usadas.
çalho’' ou “ rubrica" de assunto. A analítica é um grande recurso para aproveitar o material da bi
Há muitos tratados sobre cabeçalhos de assunto, especialmente em blioteca. Quanto mais pobre for a biblioteca, mais fichas analíticas de
inglês, porém muito poucos em português, o que dificulta a organiza verá fazer para as obras que tiver.
ção de nossos fichários de rubricas. Estes tratados já sugerem as re
missivas que deverão ser feitas, não só para termos sinônimos como
também para assuntos correlatos.
A escolha deve obedecer às seguintes regras básicas: 9 1 4 .2
a) A palavra ou frase escolhida não deve representar um livro e L71n K ip lin g , R u d y ard , 1865-1936,
sim um assunto, mas deve ser de tal modo específica que represente I f l Rudyard K ip lin g .
exatamente o assunto do livro. Assim, para a obra Projetos para em
belezamento de grandes cidades, o assunto deverá ser “ Urbanismo” . In lim a , H. I l h a d e John B u ll. São P a u lo ,
1941. p . 1 2 6 -1 2 7 .
b) Devemos ter em mente que os termos populares, isto é, mais
conhecidos, devem ser usados de preferência aos técnicos. Como já foi
dito, o catálogo de base alfabética é muito indicado para bibliotecas
gerais e, assim sendo, deve estar à altura de um público heterogêneo.
Usamos, por exemplo, o assunto “ Sistema nervoso — Doença” , e não
“ Neuropatologia, mas faremos uma remissiva deste para aquele.
c) Quando as formas plural e singular tiverem o mesmo significa
do, daremos preferência à primeira. Entretanto, quando o número al
terar o sentido, como: “ Música” (arte de combinar os sons) e “ Músi
cas” (peças musicais), usaremos as diferentes formas, conforme as obras O
que possuirmos.
d) As frases como rubricas de assunto devem ser evitadas; casos
há, no entanto, em que são indispensáveis, como: “ Trabalho — Orga
nização racional” . Neste caso, encontramos um cabeçalho invertido, Ficha 23 — Analítica de autor.
o que também não é recomendável, mas às vezes se tom a necessário,
não só porque, se usássemos a ordem direta, teríamos no catálogo uma
68 — Organização e administração de bibliotecas
Catalogação — 69
914.2 If,
L7In 3 4 1 ,1 COLÔNIAS - COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
K i p lin g , R u d y a rd , 18 6 5 -1 9 3 6.
L59i F i n k e l s t e i n , Lawrence S.
I f / R udyard K i p l i n g .
C o lo n ia l a c t i v i t i e s / Law rence S. F in k e ls te in .
I n L im a, H. I l h a d e Jo h n B u ll. Sao P a u lo ,
I n L e o n a rd . L.’ L. I n t e r n a t i o n a l o r g a n íz a -
1941. p . 1 2 6 -1 2 7 .
tio n . New Y ork, 1951, p . 4 7 5 -5 3 3 .
3 4 1 .1 POLÍTICA MUNDIAL
Nas fichas apresentadas, as entradas são as já explicadas. Ao títu
L 59i L e o n a rd , L eo n ard L a r r y , 1916- lo do capítulo, depois de espaço barra espaço, segue o nome do autor
P o l i t i c a l a c t i v i t i e s f L. L a rry L eo n ard . do capítulo, como se encontra da obra. Deixando-se uma linha em bran
co, entrando em segunda margem, a expressão In e o nome do autor
In L e o n a rd , L . L. I n t e r n a t i o n a l o r g a n iz a do livro, em forma abreviada. Depois de três espaços, o título do livro
tio n , New Y o rk , 19 5 1 . p . 115 -3 3 2 . e, após mais três espaços, o local e a data de publicação da obra, sepa
rados por vírgula. Mais três espaços, a paginação ou o volume onde
se acha o trabalho que mereceu a analítica.
O autor, título ou assunto, que aparece no alto da ficha analítica,
é o do capítulo ou volume que está sendo fichado e não o da obra,
porém o número de chamada é claro que tem de ser o da obra.
Feitas as analíticas, precisamos registrá-las. Este registro é feito
nas pistas da topográfica e no verso da ficha principal (da obra), onde
o assunto da analítica deverá ser escrito em vermelho, ou em letra maius
O cula.
No caso de adotarmos catálogo sistemático, no verso da ficha
de autor, adiante dos assuntos, colocaremos os números de classifica
ção, após os quais serão arquivadas as fichas registradas ou, simples
Ficha 25 — Analítica de assunto (o autor do livro é o prdprio autor do capítulo). mente, registraremos os números sem as palavras que representam
os assuntos.
Catalogação — 71
70 — Organização e administração de bibliotecas
In c lu i b ib lio g r a f ia s e In d ic e .
ISBN
O
O
Ficha 28
São as fichas que “ levam” o leitor que procura um autor, um as F M orrer p o r e l a .
sunto ou um título, através de uma forma não utilizada pela bibliote D54m D ick en s, C h a rle s , 1812-1870.
ca, para aquela que a biblioteca usa. Vejamos os diferentes casos de
remissivas:
Remissivas de autor:
a) Supondo um leitor que procure no catálogo as obras de Ma
chado de Assis: se a biblioteca adotar o último sobrenome, ele deverá
encontrar a remissiva da ficha 28.
b) Se procurar um autor pelo pseudônimo, como por exemplo Bel O
monte, também encontrará uma remissiva de ver ou de ver também,
conforme o critério da biblioteca, naturalmente no caso de haver na
biblioteca obra desse autor.
72 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 73
Mesmo que a biblioteca não possua a obra com o novo título, se b) Escolhido um cabeçalho de assunto formado por duas palavras,
eía tomar conhecimento dessa publicação, deverá fazer a remissiva pa como “ Brasil — História” , é inevitável a remissiva:
ra atender ao leitor que a procure pelo novo título, o qual terá então
oportunidade de ler a obra desejada.
(Observe-se a posição do número de chamada e o espaço vago dei
xado para colocar a palavra ver.) H l s t Sr i A DO BRASIL
b) Quando uma obra tiver título alternado, poderá ser feita uma
remissiva do segundo título que aparecer na página de rosto, para o ver
primeiro, porém é perfeitamente dispensável.
BRASIL - HISTORIA
Remissivas de assunto:
a) Adotado um assunto, são indispensáveis remissivas de termos
sinônimos para ele; assim, o assunto “ Aeronáutica” requer a seguinte
remissiva:
NAVEGAÇÃO AÊEEA
ver
O
AERONÁUTICA
Ficha 31
Ficha 30
74 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 75
72
MARCENARIA CARPINTARIA
r<
P
s
i
Ficha 32 Ficha 33
As remissivas de assunto são necessárias se a biblioteca adotar ca Os espaços nas remissivas de título:
tálogo organizado em ordem alfabética. Se adotar o sistemático, não 0 primeiro título aparece em 2Í margem e a três espaços da borda
haverá essa necessidade, pois os assuntos serão representados por nú superior; logo na linha seguinte o nome do autor em primeira margem;
meros e o índice, que acompanha o catálogo sistemático, poderá rece em 3? margem (15), a expressão “ ver” ; em seguida, o título usado, em
ber fichas registrando todos os assuntos que se fizerem necessários, se 2f margem; novamente o nome do autor, em 1í margem. O número de
guidos de seus respectivos números, para remeter o consulente ao nú classificação é posto na altura do título (ver ficha 29). Deixa-se linha èm
mero do assunto desejado. branco separando a palavra “ ver” dos dois títulos.
Espaços das remissivas: A primeira forma é escrita em segunda Registro de remissivas: As de títulos devem ser registradas nas pis
margem e na quarta linha da ficha. Na linha seguinte, deixando uma tas da topográfica e da ficha principal (verso) do respectivo livro. As re
linha em branco, entrando em terceira margem (15 espaços), a expres missivas de assunto são registradas nos cabeçalhos de assunto e as de
são “ ver” ou “ ver também” . Voltando para a primeira margem, tam autor nas fichas de identidade, com veremos mais adiante.
bém deixando uma linha em branco, a forma para a qual se está “re Arquivamento de remissivas: São arquivadas em perfeita ordem alfa
metendo” o leitor. bética, nos catálogos do público, com exceção das remissivas que ligam
assuntos relacionados (“ ver também”), as quais devem ser colocadas após
as fichas de assuntos dos livros que a biblioteca possuir sobre o mesmo.
Assim, no exemplo que temos, após todas as fichas de assunto para os
livros de “ Carpintaria”, arquivaremos a remissiva (ver ficha 32). A remis
siva* de “ver também” poderá incluir várias referências numa única ficha.
(*) É aconselhável que também sejam feitas remissivas de autor para o fichário de identidade
e remissivas de assunto para o de rubricas, pois facilitam muito o trabalho de catalogação.
76 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 77
F ic h a 36
A e r o n á u tic a
x Navegação a e r e a
Ficha 37 Ficha 39
SO — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 81
LTC 370.981
A86a A ss o c ia ç ã o B r a s i l e i r a de E ducação.
L iv r o s T é c n ic o s e C i e n t í f i c o s E d ito r a S.A A n ais do o ita v o c o n g re sso b r a s i l e i r o de edu
cação : G o ia n ia , ju n h o de 1942 / A sso c ia ç ã o Bra
R io de J a n e i r o s i l e i r a d e E d u caçao. — Rio d e J a n e i r o : A A sso
c ia ç ã o , 1944.
626 p . : i l .
O O
378 ex . 1 2 9.134
U 5 ir U n iv e r s id a d e M ack en zie. E s c o la d e E n g e n h a ria . e x . 2 2 9.135
R egim ento i n t e r n o : hom ologado em 7 /4 /1 9 5 9 /
E s c o la d e E n g e n h a ria da U n iv e rs id a d e M ackenzie.
— São P a u lo : A U n iv e r s id a d e , 1960.
43 p .
Eicha 44
O
Vírgula
1) Separa o último sobrenome do autor, dos nomes que o seguem.
2) Separa o nome, da data de nascimento do autor.
Ficha 46
3) Separa os nomes dos autores que aparecem no corpo da ficha.
(*) No exemplo citado as obras são de autores diíerentes, porém mais comum é o caso 4) Separa o nome da casa editora, da data de publicação da obra.
de as obras serem escritas pelo mesmo autor. Nesse easo procederemos do mesmo modo. 5) Separa a indicação de ilustração, da indicação de mapa.
86 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 87
Barra (/)
1) Separa a última informação do título, da notação referente ao
autor.
2) Sepára os elementos relacionados com a edição, como o revi
sor, o ilustrador etc., do dado da própria edição.
Ponto-e-vírgula (;)
1) Separa o dado referente ao autor, dos elementos que indicam
nomes de pessoas e suas diferentes funções como, por exem
plo, ilustradores, tradutores etc.
2) avendo dois ou mais lugares de publicação, eles são separados
por ponto-e-vígula,
3) Havendo duas editoras e dois lugares de publicação, o ponto-e-
vírgula separa aprimeira editora e seu lugar, da segunda editora.
4) Separa a indicação de ilustração, do formato da obra.
Preparo mecânico de um livro catalogado — 89
6
PREPARO MECÂNICO DE UM LIVRO CATALOGADO
Figura 7
EX -U B R tS PAPELETA DE DOAÇÃO
321.8 19.965
M53q
Au,or Merriam
NOME DATA
F ig u ra 6
F ig u ra 8
90 — Organização e administração de bibliotecas Preparo mecânico de um livro catalogado — 91
Como vemos, estão registrados nos modelos os números de tom No dorso do livro escreve-se o número de chamada, pelo qual Vai
bo, de chamada, sobrenome do autor e título do livro. Estas três últi ser ele guardado na prateleira. Este serviço, que é conhecido pela ex
mas informações entram, no bolso, em 1? margem, havendo dois es pressão inglesa lettering, pode ser executado com uma tinta branca,
apropriada para letreiros, a qual, depois de seca, deve ser protegida
paços entre cada uma delas. O número de tombo deve vir na mesma
por um verniz incolor, para aumentar a durabilidade. Se houver ne
linha que o de classificação (a 3 espaços da borda superior), porém na cessidade de refazê-lo é suficiente limpar com álcool o dorso e escrever
extremidade oposta. novamente. Há um lápis elétrico, americano, com o qual se pode gra
Este bolso deve ser pregado na parte interna da capa do livro, sem var o número de chamada com purpurina, esmalte ou ouro. Também
pre na mesma posição, porque, como já foi dito, deve haver uniformi tinta branca, para desenhos, dá muito bom resultado. Conforme a cor
dade em todos os trabalhos da biblioteca. Dentro do bolso põe-se o do dorso do livro, pode ser usada, com sucesso, a tinta nanquim.
cartão do livro correspondente. No canto superior do livro, à esquer Usam-se também etiquetas para este trabalho. Datilografa-se o nú
da, coloca-se o ex-libris, que é o símbolo da biblioteca e, à direita, mero de chamada na etiqueta, a qual se prega no dorso do livro,
uma papeleta com o nome do doador, quando a obra tiver sido doada protegendo-a com fita colante transparente. Está dando muito bom re
(Fig. 6). sultado a fita auto-adesiva “ Mágica” .
Junto da costura do livro, prega-se uma papeleta denominada da
ta de entrega, ou data de devolução.
D A T A DE E N T R E G A
Mod. 1 - DEGMAC-6/12
Figura 9
7
ARRUM AÇÃO DOS LIVROS N A S PRATELEIRAS
8
TOMBA MENTO, CATALOGAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE MAPAS
F icha 48
(*) Na imprenta anotamos a data (ano em que o periódico começou a ser publicado);
em seguida, pomos um traço e, quando o periódico deixar de ser publicado, anotaremos
a data de encerramento. Também colocaremos essa data caso o periódico passe a ser
publicado com outro titulo, fato que deve ser registrado no rodapé das fichas topográfi
cas e do catálogo do público, do respectivo periódico. Ao fazer a catalogação para o
novo título do periódico, também anotaremos, no rodapé dessas fichas, o título antigo,
seguido da data da alteração.
102 — Organização e administração de bibliotecas
620
S -4 B e r r i n i , L u iz C a r l o s , 1 8 8 4 -1 9 4 9 .
E -5 A v a lia ç ã o de t e r r e n o s : m étodos e p r o c e s s o s
P -2 de a v a l i a ç ã o i — (Na " R e v i s t a d e E n g e n h a ria Mac
k e n z i e " . - - Ju n h o , 1944. — p . 3 3 -4 1 )
material que periodicamente pode ser renovado, a sua catalogação te mesmo processo dos livros, porém só se deve preparar o cartão de em
rá de ser feita de maneira essencialmente prática. Uma boa solução é préstimo quando for solicitado pelo leitor, para evitar gasto excessivo
guardá-los em pastas, de acordo com seus assuntos, escrevendo por de bolso (envelope) e cartão, pois em geral os folhetos são lidos na pró
fora dessas pastas os respectivos assuntos e localizações. Também po pria biblioteca e raramente retirados.
dem ser guardados em caixas. Excepcionalmente, quando tivermos alguns folhetos muito úteis,
Faremos para cada pasta duas fichas, uma para o catálogo de fo de determinado autor, e desejarmos destacá-los dos demais, inclusive
lhetos usado pelo bibliotecário e outra para o catálogo usado pelo pú para poder atender à solicitação de algum leitor que procure os traba
blico. Estas fichas deverão ser arquivadas por ordem alfabética. Na lhos de autoria de determinada pessoa, o que não seria possível saber
margem superior de cada folheto, a três espaços da parte superior, es pelo processo que acabamos de explicar, podemos fazer uma ficha co
creveremos o assunto e a localização, o mesmo que deve estar escrito letiva para o autor de folhetos e arquivá-la entre as do catálogo de fo
por fora da pasta, na qual será guardado, impedindo, assim, o seu ex lhetos, tanto do público como do bibliotecário.
travio. Dentro da pasta guardaremos os folhetos por ordem alfabética Por essa ficha teremos uma relação dos trabalhos de autoria de
de titulo. determinada pessoa, onde poderemos ver a localização das pastas em
O ideal será guardar essas pastas em arquivo vertical, mas como que se encontra cada um dos trabalhos. O nome da pasta aparece en
isto se torna muito dispendioso elas podem ser guardadas nas estantes, tre parênteses.
horizontalmente. É uma rápida e ótima solução para este tipo de material
Sendo estas pastas guardadas por assunto e em ordem alfabética, bibliográfico.
por exemplo, a pasta correspondente à ficha 51 deverá estar entre as Igual trato poderemos dar às separatas, que são em geral publica
de classificação “ 330” (economia), na letra C, alfabeticamente, pela ções de muito valor. Em lugar de fazer catalogação completa para elas,
palavra “ cooperativismo” . Como no caso dos periódicos, aconselha- poderemos localizá-las com grande facilidade por meio deste processo.
se classificá-las pelo 2? sumário de Dewey e identificá-las pela locali Os recortes podem ser de muita utilidade para os consulentes. Há
zação: sala, estante e prateleira. Também podem ser emprestados pelo muitos assuntos, de grande atualidade, que são muito bem estudados
em artigos de jornais e revistas. O problema, para a biblioteca, é
colecioná-los de tal sorte que possam ser encontrados rapidamente. A
reunião desses recortes, ou mesmo pequenos folhetos, pode constituir
H ev es, C h r i s t i a n o S t o c k l e r d a s , 1889- um arquivo de informações. Há diversas maneiras de agrupá-los, po
720 C o n s id e ra ç õ e s s o b re a a r c h i t e c t u r a t r a d i o i o - rém daremos aqui o “método unitermo” , também conhecido por “con
F -2 0 n a l do B r a s i l . — ( A r q u i t e tu r a ) ceitos coordenados” , que tem dado ótimo resultado e é de grande
A profissão do architecto no Brasil. — (Ar simplicidade.
quitetura)
Faculdade de Arquitetura Mackenzie. — (Ar Método “ Unitermo ” ou indexação coordenada
quitetura)
700 Bom g o s t o , p o r que t e e sc o n d e s e nao re a g e s ? Este método foi lançado nos Estados Unidos pelo dr. Mortimer
E -18 (A rte )
Taube e usado na organização do arquivo técnico das Forças Armadas
320 P o r um govern o s o c i o c r ã t i c o . — ( P o l í t i c a e americanas, com muito sucesso.
E -9 govern o ) O método é aconselhado no arquivamento de informações técni
cas e comerciais, de plantas, desenhos, fotografias, projetos, relató
rios, recortes de jornais ou revistas, memorandos, cartas etc., baseado
no seguinte: considerando que a vista humana é mais rápida do que
a máquina para encontrar números repetidos, em sequências de núme
ros ordenados, ele consiste em organizar fichas trazendo ao alto pala
O vras indicando assunto ou nome, chamados unitermos e, em colunas,
como logo mais será explicado, os números dos documentos que tra
tam dos assuntos ou nomes registrados nas diversas fichas. A base da
indexação coordenada é o sistema de comparação.
Ficha 52 — Exemplo da ficha coletiva. Organização do arquivo — Os documentos vão sendo numerados
108 — Organização e administração de bibliotecas Folhetos, recortes de jornais e... — 109
(*) Lotada a papeleta de data de entrega, será substituída, devendo ser pregada de modo
a ser facilmente retirada. O cartão do livro, quando cheio, deverá ser guardado para
que tenhamos a relação completa de sua retirada, ou então poderemos inutilizá-lo; po
rém, no alto do cartão novo deveremos marcar n? 2, e assim por diante, para que saiba
mos o total de circulação de cada obra.
116 — Organização e administração de bibliotecas Empréstimos de livros... — 117
(*) O microfilme não deve ser classificado como material audiovisual, mas sim dentro
da reprografia.
120 — Organização e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais . .. — 121
rial clássico. A seguir analisaremos as diferentes fases do processamento Resolvida a questão da classificação, teremos que partir para a
técnico de cada grupo de material. catalogação.
Primeiramente tombaremos o material, preparando um livro ou Uma solução será preparar as fichas seguindo o mesmo critério
um fichário de tombo para cada tipo de material especializado, regis adotado para o material impresso. Determinando qual será a entrada
trando as informações que julgarmos necessárias, como explicado pa principal das fichas para os diferentes materiais especializados, iremos
ra os materiais impressos. Partindo do número 1, câda peça receberá montando-as com os dados que pudermos extrair das diferentes peças.
o seu número de tombo. Consultando os diversos tombos, poderemos Conforme o material, esses dados são bem variados e às vezes difíceis
saber qual o último número ocupado em cada registro dos materiais de ser encontrados, pois são registrados nas peças nos mais diversos
especializados. lugares.
Terminado o tombamento trataremos da classificação do mate De um modo geral, è preferível fazer a entrada do material espe
rial. Poderíamos adotar o mesmo sistema de classificação que usamos cializado pelo título, colocando-se em seguida a forma entre parênte
para o material impresso, como, por exemplo, a Classificação Deci ses. Assim:
mal de Dewey (CDD), a Classificação Decimal Universal (CDU), ou
outra qualquer, porém a experiência tem demonstrado que a classifi As cidades históricas de Minas Gerais (filme)
cação não é o elemento essencial para a recuperação do material espe III festival da música popular brasileira (disco).
cializado. É mais aconselhável que o número de chamada seja forma
do por um símbolo que identifique o tipo de material, seguido de seu No caso de fitas, microfilmes ou discos que apresentem obras im
número de tombo. Determina-se uma ou mais letras para cada tipo de pressas, a entrada principal deverá ser pelos nomes dos autores das
material. Por exemplo: obras. Os títulos, os nomes de tradutores, ilustradores etc. das obras
deverão ser mencionados no corpo das respectivas fichas, como quan
D - Disco DE - Desenho DP - Diapositivo do catalogamos obras impressas. Aconselha-se até que neste caso
F - Filme LP - Longplay FO - Fotografia prepare-se também uma ficha desse material especializado para figu
VT - Videoteipe rar no catálogo geral da biblioteca, para que o consulente do catálogo
DF - Diafilme G - Gravura tome conhecimento de que, da obra pela qual se interessa, há no acer
M - Microfilme T - Transparência vo da biblioteca um registro em outra forma, além da impressa.
A biblioteca deverá fixar critérios para os diferentes casos, a fim
Teremos então o número de cada peça assim: D l, D2, D3 etc.; de que haja uniformidade na apresentação das fichas.
F l, F2, F3 (símbolo da peça seguido de seu número de tombo). Esse
material deverá ser armazenado nessa ordem, em arquivos separados Consideremos uma fita gravada com músicas de um único com
para cada tipo. Consultando-se o catálogo, do qual falaremos logo mais, positor: é evidente que a entrada principal deverá ser pelo nome desse
com a maior facilidade localizaremos qualquer peça. compositor. Algumas vezes podemos preferir fazer a entrada principal
Ainda quanto à identificação desse material, há bibliotecas que pelo nome do intérprete, ou da orquestra, ou ainda do regente etc.,
têm dado outras soluções satisfatórias, porém sempre de modo sim por julgarmos serem esses os elementos de maior importância na peça
ples, sem adotar um dos clássicos sistemas de classificação. Por exem em questão. Entretanto, deve ficar bem claro que a escolha que fizer
plo, a Divisão de Biblioteca e Documentação da Universidade de São mos para a entrada principal em nada prejudicará os outros dados con
Paulo identifica seus cassetes considerando a data de produção. De siderados menos importantes, pois serão feitas para eles fichas de en
terminou um código composto de seis dígitos, referindo-se os dois pri trada secundária e, portanto, o consulente será sempre bem informado.
meiros ao ano, os dois seguintes ao mês e finalmente os dois últimos Ao montar as fichas para o material especializado, o bibliotecário
ao dia. Exemplo: um cassete produzido no dia 28 de abril de 1978 terá terá,que dispensar muita atenção à imprenta e à colação, que diferem
o seguinte número de chamada: bastante da apresentada pelo material impresso. A imprenta geralmente
USP consta do local de produção, do nome do produtor e da data de pro
780428 dução ou de Copyright, A colação, conforme o material, registra a cor,
lado 1 a velocidade, a sonorização, enfim, dados que não aparecem no mate
lado 2 rial clássico de biblioteca. Por exemplo, no caso de microfilme, na co-
122 — Organizaçao e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais... — - 123
lação aparecerá o número de fotogramas, a medida dos mesmos e a ção seria a indicação color, se for o caso, e a medida da fotografia.
indicação de cor. As fichas que são feitas para o catálogo poderão apresentar no
Daremos, a seguir, alguns esclarecimentos que julgamos úteis pa tas, conteúdo etc. como as que foram explicadas para o material im
ra o preparo das diferentes fichas. presso. Será indispensável a pista para registrar as fichas que forem
No caso de disco, a imprenta é formada pelo gome da gravadora desdobradas das principais. Conforme o tipo de material especializa
ou firma que o fabricou, podendo também ser aproveitado o número do, o desdobramento é necessário, como, por exemplo, no caso de dis
que o catálogo da gravadora menciona para ele. Em seguida colocare cos. A posição e o espaço dessas informações, nas fichas, também de
mos a data de distribuição. A sua colação é constituída de: números verão ser os mesmos adotados por aquelas que registram o material
de lados, diâmetro do disco, preferivelmente em centímetros, e núme impresso.
ro de rotações por minuto (velocidade). * Poderíamos colocar ainda a Naturalmente, devemos guardar essas fichas em gavetas separa
duração, porém preferimos simplificar a catalogação. das, ou, quando o número de fichas não justificar destinar-se uma ga
Em se tratando de filmes, diqfilmes, diapositivos etc., a imprenta veta inteira para cada tipo de material, podemos separar os diferentes
consiste no registro de quem os produziu, seguido da data. Exemplo: blocos de fichas por meio de fichas-guias. Por fora das gavetas regis
Serviço de Documentação da USP, 1976. A colação do film e registra traremos, em etiquetas, o material contido em cada uma delas.
a largura do filme (bitola), a cor (color, ou b/p, quando for branco Devemos dar preferência à colocação das guias separadoras tam
e preto). bém em ordem alfabética. Assim, se em uma única gaveta arquivar
Do diapositivo, a colação registra o número de quadros, isto é, mos as fichas correspondentes aos filmes e aos discos, devemos pri
de fotogramas, a indicação da cor e a dimensão (largura do slide ou meiro guardar as fichas dos discos e depois as dos filmes, pois teremos
tamanho da moldura). Exemplo: em primeiro lugar a guia D (discos) e, terminadas as fichas de discos,
aparecerá a guia F (filmes). Manteremos, então, também nas guias a
45 quadros, b /p , 35mm ordem alfabética.
39 quadros, col, 4 x 4cm Consultando o catálogo, que deve estar organizado em ordem al
Podemos dar o mesmo trato à colação do diafilme, pois na reali fabética (catálogo dicionário), encontraremos o que desejamos e, pelo
dade o diafilme é um conjunto de slides reunidos em uma única tira. número de chamada, como já explicamos, temos o símbolo do mate
A diferença entre diafilme e diapositivo está na projeção, pois o proje rial seguido de seu número de tombo. Exemplo: F 47, G 15 (filme 47,
tor de diapositivos não é igual ao de diafilmes. gravura 15). No depósito desses materiais, encontraremos, dispostas
A imprenta do microfilme terá que ser a mesma do documento em ordem numérica, as peças que desejamos. Assim, na seção dos fil
original de onde foi preparado o microfilme. Por exemplo, se tiver mes, chega-se facilmente ao número 47 e, na seção das gravuras, não
mos o microfilme de uma obra, a imprenta será constituída do local há problema para se obter a de número 15.
de publicação, casa publicadora e data de publicação da mencionada Daremos alguns exemplos de fichas preparadas para o catálogo
obra. Na colação aparecerá, por exemplo: Microfilme com 63 foto do material especializado, para melhor orientar os interessados.
gramas de 35mm. Se realizarmos o trabalho de catalogação tal como acabamos de
Na catalogação de fotografias, a entrada principal poderá ser pe explicar, ele será, indiscutivelmente, bastante completo, porém somos
lo título da fotografia, seguido de um subtítulo explicativo sobre o lu partidários de que não se façam essas fichas e que se aplique ao mate
gar de onde foi tirada a fotografia, quando houver. Poderá também rial especializado o método unitermo de registro. Com muito menos
aparecer o nome do fotógrafo, para quem, se fosse interessante, faría trabalho chegaremos a um resultado altamente positivo.
mos uma ficha de entrada secundária. A imprenta seria o lugar onde Faremos o tombamento, o número de chamada e o arquivamento
foi revelada, a casa que a revelou e a data da revelação. Esses dados das peças em seus depósitos, como explicamos neste capítulo; apenas
nem sempre são mencionados, o que dificulta o trabalho de cataloga deixaremos de fazer a catalogação, substituindo-a pelos cartões
ção. Algumas vezes são encontrados no verso da fotografia. A cola “ unitermo” .
(*) Detalhe — velocidade — que não se dispensa, apesar da sua atual uniformização,
laser, CD etc., porque sempre haverá, ou poderá haver, no acervo material produzido
há muitos anos em 78 rpm ou 45 rpm.
124 — Organização e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais . .. — 125
L a c e r d a , C a r lo s , 19 1 4 -1 9 7 7 . C hopin, F r e d e r i c , 1810-1849.
A c a s a do meu avo : p e n sa m en to s, p a la v r a s N o ctu rn e n9 2 in E f l a t / C hopin ; F e l i x
e o b r a s / C a r lo s L a c e rd a ; f o t o g r a f i a s d e Se M endelssohn and h i s H aw aiian S e r e n a d e rs . —
b a s t i ã o L a c e rd a . — E d iç ã o l i m i t a d a p a r a a Con England : Colum bia F. B: 3456.
f r a r i a dos Amigos do L iv r o . — R io d e J a n e i r o : 10 p o l. speed 78.
208 p . : i l .
LP8 DF21
A o b ra p i a n í s t i c a de L u iz Levy / E udõxia de B a r-
A i n f l u e n c i a rom ana n as a r t e s : a r q u i t e t u r a ,
r o s . — S, P a u lo : C h a n te c le r 2 -0 8 -4 0 4 -0 7 2-A , e s c u ltu ra , p in tu ra .
1976. 53 q u a d ro s , c o l o r . 35mra.
2 la d o s : 12 p o l . 33 1 /3 rpm
O O
ISBN 85-7182-006-6
nos serviços. Por meio de comparação de relatórios anuais de uma mes Quando for este o método adotado, cabe ao bibliotecário encami
ma entidade, não só se observam os serviços que ela vem prestando nhar aos membros do grupo todos os dados sobre os serviços da bi
como haverá oportunidade de aperfeiçoamento dos trabalhos. Um re blioteca, a fim de que a equipe tenha elementos para analisar e avaliar
latório anual bem feito apresenta o total do acervo, por assunto, o au as alterações que deverão sugerir. Depois de cuidadoso estudo e julga
mento ocorrido no ano, os empréstimos, quando se tratar de bibliote mento dos fatos, pode-se atingir o alvo: aperfeiçoamento do trabalho
ca circulante, empréstimos entre bibliotecas, frequência de usuários etc., produzido, quantitativa e qualitativamente falandp, menor esforço e
que são dados preciosos e básicos para uma boa avaliação de serviços. desgaste, redução do pessoal e maior economia. É muito importante
Quando comparamos dados de bibliotecas semelhantes, podemos o modo como são executadas as diversas tarefas. Às vezes há grande
aproveitar as experiências válidas, melhorando assim os serviços pres desperdício de tempo em movimentos desnecessários e atividades su
tados pela organização que dirigimos. pérfluas ou repetitivas. Devem-se eliminar rotinas dispensáveis, esta
belecer os cursos das operações em seus mínimos detalhes, modificar
5. Amostragem — É um método que está sendo muito usado para
sequências e simplificar fases, quando possívei.
se aplicar a um grupo relativamente pequeno, mas realmente represen
tativo de um grande aglomerado social. Naturalmente, é preciso sele Para uma execução satisfatória do trabalho precisamos estar cer
cionar com bastante critério os grupos que serão observados para que tos de quem deve executá-lo, quando, onde e em quantas etapas. O
haja representantes dos diversos elementos que compõem o grupo. Di fator tempo é muito importante e deve merecer toda a atenção do
gamos que tomássemos os dados referentes a uma área da qual se pre analista.
tende obter a amostragem. Esses dados seriam, por exemplo, com re Escolhida a melhor solução, ela deve ser experimentada e os re
lação ao interesse, ao nível de cultura, à profissão etc. Poder-se-ia tam sultados observados até a implantação definitiva do sistema. É então
bém marcar um dia por semana, em determinada hora, para entrevis necessário modificar o manual de serviços para atualizá-lo de acordo
tar o consulente que entrasse na biblioteca. Anotadas todas as infor com as novas determinações. O elemento humano precisa ser prepara
do para receber as modificações introduzidas, pois é ele o principal fa
mações obtidas, no fim de um período predeterminado teríamos uma
tor de garantia do sucesso do sistema. Quando ele participa efetiva
série de observações bastante significativas e representativas de um gran
mente, desde o início do trabalho, por exemplo desde a coleta de da
de grupo de usuários. Por amostragem, poderemos concluir quais as
dos até as observações dos resultados finais, na fase de experimenta
modificações que seriam aconselháveis para melhorar os serviços ção, o sucesso do trabalho já está em parte assegurado. E condição
prestados. essencial haver um treinamento do pessoal para a aplicação do sistema
6. Métodos estatísticos — Os chamados métodos estatísticos são recomendado.
complexos e, para serem aplicados, exigem dos que pretendem aplicá-
los um conhecimento completo de técnicas estatísticas e profundo de
matemática.
Portanto, para avaliar os serviços de bibliotecas podemos lançar
mão de métodos menos sofisticados e capazes de oferecer resultados
perfeitamente satisfatórios.
7. Análise de sistemas — Este método é hoje muito difundido p a
ra aperfeiçoar os vários tipos de trabalho, pois é de grande valia a orien
tação determinada por um grupo capaz de julgar um sistema que está
sendo empregado e sugerir modificações úteis. Este processo de ava
liação requer a organização de um grupo de estudo formado de biblio
tecários (quândo aplicado à biblioteca), técnicos de administração, ana
listas de sistemas etc., cada um contribuindo com sua especialização
a fim de preparar um plano de avaliação. Naturalmente, é um método
complexo que deve ser empregado apenas no caso de grande institui
ção, pois para organizações menores pode ser aplicado qualquer outro
dos que foram aqui citados.
Regras para arquivamento alfabético — 139
die, das, ein, eine, der, des, dem, den, einem, einen, einer, ernes
(em alemão);
the, a, an (em inglês).
4. Sinais e símbolos — Usados nas entradas de fichas, devem ser
desprezados. Vejamos o título: “ ??? a grande dúvida” (arquiva-se na
17 letra g). Quando uma letra ou sílaba for seguida de sinal, considera-se
REGRAS PARA ARQUIVAMENTO ALFABÉTICO DE FICHAS a letra e despreza-se o sinal. Assim: “ X..., Senhor Delegado” (arquiva-
se em X e em seguida deve ser considerada a palavra Senhor). Se hou
ver um título só com sinais, por exemplo (reticências), colocare
mos essa ficha antes da letra “ A” .
À primeira vista pode parecer muito simples o arranjo alfabético, 5. Iniciais — Colocar primeiramente as fichas que trazem só ini
determinado para o catálogo dicionário; quando, porém, realizamos ciais e depois as que trazem palavras começando pela mesma letra da
o trabalho de arquivamento das fichas são muitas as dúvidas que sur inicial. Assim:
gem. Daremos aqui as regras indispensáveis para garantir uniformida A ., A .
de aos catálogos das bibliotecas brasileiras. Dizemos brasileiras por
que estas regras não satisfariam, por exemplo, um catálogo dicionário a ., a
da Alemanha, devido às peculiaridades da língua. Este trabalho, não Almeida, Benedito
sendo executado com cuidado, dentro em pouco desorganiza o catálo
6. Abreviaturas — Devem ser arquivadas como se estivessem es
go, dispersando fichas que deveriam estar reunidas e informando mal
critas por extenso. Portanto, é preciso considerar as letras das pala
o consuíente. Pode-se dizer que o catálogo é a espinha dorsal da bi
vras que estão abreviadas. Exemplo da ordem das fichas neste caso:
blioteca. Por ele tomamos conhecimento do que existe na biblioteca.
Sandálias
1. Regra básica — Considerar palavra por palavra, alfabetando Sr. Barão (lê-se “ senhor” )
letra por letra, até o finai de cada palavra. Som
2. A s modificações das tetras — Crase, trema, til, cedilha etc. não Não confundir esta regra com a anterior, pois iniciais nem sempre
devem ser consideradas na alfabetação. Exceções: 1) Palavras perfei são conhecidas, o que não deve acontecer com as abreviaturas. Por
tamente iguais quanto à ortografia, porém havendo a cedilha modifi essa razão as iniciais são arquivadas como aparecem e as abreviaturas,
cando o sentido, é preferível considerar primeiramente as que trazem pelas palavras á que correspondem.
c simples e depois o ç. Ex.: Franca (cidade do Estado de São Paulo)
e França (país), evitando, no fichário, a mistura das fichas referentes 7. Siglas — As siglas, com ou sem ponto(s), devem vir antes das
palavras iguais a elas, quando não usadas como sidas. Assim:
a um e outro lugar. 2) As letras tremadas, em palavras alemãs, “ ã ” , “ A.S.A.” deve vir antes de “ Asa” ; “ IRA” , deve vir antes de “ Ira” .
“ õ ” , “ ü ” , devem ser consideradas como: ae, oe, ue, respectivamente,
para efeito de alfabetação. 8. Apóstrofo e elisão — Ligada uma palavra à outra, deve ser lida
como se fosse uma só palavra. Ex.: “ Who’s who” , deve ser considera
3. Artigo inicial — O artigo inicial não deve ser considerado na da como “ Whos who” . Recomenda-se fazer exceção para o caso de
alfabetação. Os artigos mais comuns em nossas bibliotecas são: o, a, artigo e de preposição, ligados por elisão ou apóstrofo à palavra se
os, as, um, uma, uns, umas (em português); não confundir o artigo guinte, arquivando-os como palavras independentes. Ex.: “ D el’intel-
indefinido “ um” com o adjetivo numeral, o qual deve ser considerado Ugence” deve ser arquivada como se fosse “De la intelligence” ; “ Casa
na alfabetação. Em outras línguas: perto dum rio” , deve ser, “ Casa perto de um rio” .
9. As pontuações — Não devem ser consideradas na alfabetação.
1’, le, la, les, un, une (em francês);
Ex.: traço, dois-pontos, ponto-e-vírgula etc. Há duas exceções: o pon
il, lo, g l\ gli, la, le, T, un, uno, una, un’ (em italiano); to final e a vírgula, separando o último sobrenome do prenome, nas
el, lo, los, la, las, un, una (em espanhol); entradas das fichas, os quais devem ser considerados. A presença do
140 — Organização e administração de bibliotecas
040 — (vago)
000 — OBRAS GERAIS, GENERALIDADES
001 — Informações gerais. Conhecimentos gerais 050 — Periódicos gerais e seus índices
001.1 — Vida intelectual 051 — Americanos
001.4 — Pesquisas. Metodologia da pesquisa 052 — Em Inglês
001.5 — Cibernética e disciplinas relacionadas 053 — Em línguas germânicas
002 — 0 livro 054 — Em Francês, Provençal, Catalão
055 — Em Italiano, Românico
010 — Bibliografias e catálogos 056 — Em Espanhol
011 — Bibliografias gerais e catálogos 056.9 — Em Português
012 — Bibliografias individuais 056.99 — Em Português do Brasil
013 — Bibliografias de grupos especiais de autores 057 — Em línguas eslavas
014 — Bibliografias de anônimos, pseudônimos etc. 057.1 — Em Russo
015 — Bibliografias nacionais 058 — Em Escandinavo
016 — Bibliografias especializadas (assuntos especiais) 059 — Em outras línguas
017 — Catálogos classificados (de assunto)
018 — Catálogos de autores 060 — Associações em geral e museología
019 — Catálogos dicionários 061 — Americanas
062 — Inglesas
063 — Alemãs e E uropa Central
020 — Biblioteconomia e ciência da informação 064 — Francesas
021 — A biblioteca e a sociedade 065 — Italianas e Territórios adjacentes
0(21.009 — História das bibliotecas 066 — Espanholas e da Peninsula Ibérica
022 — Prédios de bibliotecas e centros de informação 066.9 — Portuguesas
023 — Legislação e regulamentos. Pessoal 066.99 — Brasileiras
024 — Regulamento para leitores 067 - Sociedades gerais da U nião das Repúblicas Socialistas Soviéticas
025 — Administração e organização. Processos técnicos (Rússia)
025.3 — Catalogação 068 — Sociedades de outros países
025.4 — Classificação 069 — Museoiogia
026 — Bibliotecas especializadas (de acordo com o assunto)
027 — Bibliotecas gerais — Relatórios etc, 070 — Jornalismo, Jornais
028 — Orientação e leitura 07 i — Americano
029 — Documentação 071.1 — Canadense
072 — Inglês
030 — Enciclopédias gerais 073 — Alemão e da E uropa Central
031 — Americanas 074 — Francês
032 — Inglesas 075 — Italiano e Territórios adjacentes
033 — Alemãs 076 — Espanhol e da Peninsula Ibérica
034 — Francesas. Catalãs. Provençais. 076.9 — Português
035 — Italianas. Românicas 077 — U nião das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Rússia)
036 — Espanholas 078 — Escandinavo
036.9 — Portuguesas 079 — O utros países
036.99 — Brasileiras 079,8 — Sul-Americano
037 — Línguas estavas 079.81 — Brasileiro
037.1 — Russas
037.8 — Outras eslavas 080 — Poligrafia. Coletânea
038 — Escandinavas 081 — Americana
146 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 147
350 — Administração pública. Direito administrativo 390 — Usos e costumes. Folclores. Antropologia social ou cultural
351 — Governos centrais 391 — Trajes e cuidados pessoais. Modas. Costumes
352 — Governo local; condados, cidades e municipalidades, cantões, 392 — Vida privada e familiar
estados etc. 393 — Mortos: cerimônias. Funerais. Luto
353 — Estados Unidos (Governo dos) 394 — Costumes sociais
354 — Organizações públicas internacionais e outros governos centrais 395 — Etiqueta. Conduta formai
355 — Ciência militar. Exérdto. Defesa nacional 396 -
154 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil D e w e y — 255
397 —
439 — Outras línguas germânicas
398 — Folclore. Provérbios, lendas, superstições etc.
399 — Guerra (costumes). Diplomacia (etiqueta) 440 — Francesa
441 — Ortografia. Fonologia
400 - FILOLOGIA (Linguística)
442 — Etimologia
401 — Filosofia. Origem da linguagem 443 — Dicionários
402 — Compêndios. Miscelâneas 444 —
403 — Dicionários 445 - Gramáticas
404 — Tópicos especiais de aplicabilidade geral 446 — Prosódia
404.2 — Bílingualismo 447 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
405 — Periódicos 448 — Lingüistica aplicada
406 — Sociedades 449 — Provençal. Catalã
407 — Estudo e ensino das línguas em geral
408 — Poligrafia. Linguagem internacional. Esperanto 450 — Italiana. Línguas românicas
409 — História da linguagem 451 — Ortografia. Fonologia
452 — Etimologia
410 ■ Filologia comparada. Linguística 453 — Dicionários
411 — Ortografia. Alfabetos 454 —
412 — Etimologia 455 - Gramáticas
413 — Dicionários 456 — Prosódia
414 — Fonologia 457 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
415 — Gramática, morfologia, sintaxe 458 — Lingüistica aplicada
416 — Prosódia. M étrica (descontinuado) 459 — Romeno. Romanche
417 — Inscrições, Paleografia
418 — Lingtifstíca aplicada 460 — Espanhola
418.02 — Tradução e interpretação 461 — Ortografia. Fonologia
419 — Hieróglifos ou ideografia. Linguagem figurada 462 — Etimologia
463 — Dicionários
420 — Inglesa e Anglo-saxônka 464 —
421 — Ortografia. Fonologia 465 — Gramáticas
422 — Etimologia 466 — Prosódia
423 — Dicionários 467 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
424 — 468 — Lingüistica aplicada
425 — Gramáticas 469 — Portuguesa
426 — Prosódia 469.1 — Ortografia. Fonologia
469.2 — Etimologia
427 — Dialetos. “ Fatois” . "Slang". A língua em diferentes épocas 469.3 — Dicionários
428 — Lingüistica aplicada. Inglês básico
429 — Anglo-saxônica 469.5 — Gramáticas
469.6 — Prosódia
430 — Alemã. 469.7 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
Línguas germânicas
469.794 — Galega
431 — Ortografia. Fonologia 469.798 — Dialetos do Brasil
432 — Etimologia
469.8 — Lingüistica aplicada
433 — Dicionários
434 —
470 — Latina (Línguas itálicas)
435 — Gramáticas
471 — Ortografia. Fonologia
436 — Prosódia
472 — Etimologia
437 — Dialetos. A língua 473 — Dicionários
em diferentes épocas
438 — Linguística apticad a 474 —
156 — Organização e administração de bibliotecas
Sistema decimal de Melvil Dewey — 157
475 — Gramáticas
519 — Cálculo das probabilidades. Matemática aplicada. Programação
476 — Prosódia
matemática
477 — Latim vulgar
519.7 — Análise de sistemas
478 — Linguística aplicada. Latina medieval e moderna
479 — Outras línguas itálicas
520 — Astronomia e ciências afins
521 — Astronomia teórica. Mecânica celeste
480 — Grega (clássica). Línguas helénicas
522 — Astronomia prática e esférica
481 — Ortografia. Fonologia
482 — Etimologia
523 — Astronomia descritiva. Astrofísica
483 — Dicionários 523.02 — Cosmoquimica
484 — 524 -
485 — Gramáticas
525 — Terra (geografia astronômica)
526 — Geodésia. Levantamentos topográficos. Geografia Matemática.
486 — Prosódia
527 — Astronomia náutica. Longitude. Latitude.
487 — Grego helenlstico e bizantino
528 — Efemérides, Almanaques náuticos
488 — Linguística aplicada. Grega clássica
529 — Cronologia. O tempo. O calendário
489 — Outras tfnguas helénicas
489.3 — Grega moderna
530 — Física
490 — Outras línguas 530.1 — Física teórica e matemática
531 — Mecânica. Cinemática
491 — Indo-européias em geral e oélticas
532 — Hidráulica. Mecânica dos fluidos. Hidromecânlca
492 — Afro-asiátícas (Hamito - Semíticas)
533 — AeromeCâmca. Mecânica dos gases
493 — Hamíticas
534 — Acústica. Vibrações. Ondulações (Som)
494 — Uralo-altaicas. Turcas
495 — Asiáticas 535 — Luz. Óptica, Radiação
496 — Africanas 536 — Calor. Termodinâmica
537 — Eletricidade. Eletrônica
497 — Norte-americanas e canadenses ameríndias
538 — Magnetismo e eletromagnetismo
498 — Sul-americanas ameríndias
499 — Austronésicas e australianas. Outras línguas
539 — Física molecular, atômica e nuclear (natureza física da matéria)
720 — Arquitetura, Arte monumental 765 — Linha. Pontos. Gravura em cobre e aço (talho-doce)
721 — Construção arquitetônica 766 — Meia-tinta. Aquatinta
722 — Antiga. Oriental. Pagã 767 — Água-forte. Ponte-seca
723 — Medieval. Gática. Maometana. Bizantina 768 -
724 — Moderna: Renascença. Vitoriana (1400- ) 769 — Gravuras
725 — Edifícios públicos
726 — Arquitetura religiosa. Edifícios para fins religiosos 770 — Fotografia
727 — Prédios para escolas e pesquisa 771 — Química fotográfica. Materiais. Equipamento fotográfico
728 — Residências 772 — Processos fotográficos
729 — Decoração, Projeto arquitetônico. Detalhes arquitetônicos 773 — Gelatina e pigmento
774 — Holografia
730 — Escultura. Artes plásticas 775 -
731 — Materiais e métodos 776 -
732 — Antiga, primitiva e oriental 777 —
733 — Grega e romana (clássica), Etrusca 778 — Aplicações especiais da fotografia
734 — Medieval (500-1400) 779 — Coleções de fotografias
735 — Moderna. Renascença (1400- )
736 — Entalhes. Sinetes. Camafeus. Gravura em pedra e metais 780 - Música
737 — Numismática (aspecto artístico). Sigilografia 781 — Teoria e técnica
738 — Cerâmicas. Porcelanas 782 — Música dramática. Ópera etc.
739 — Trabalhos artísticos em metal. Joalheria 783 — Música sacra
784 — Música vocal e coral
740 — Desenho. Decoração. Artes industriais 785 — Música instrumental. Orquestras, Conjuntos musicais
741 — Desenho a mão livre. Crayon. Caricaturas 786 - Instrumentos de teclado
742 — Perspectiva. Cenografia 787 — Instrumentos de corda, violas etc,
743 — Arte anatômica. Modelos vivos 788 — Instrumentos de sopro
744 — Desenho geométrico e técnico 789 — Instrumentos de percussão, mecânicos e elétricos
745 — Decoração. Arte decorativa
746 — Tapeçaria. Trabalhos artísticos de agulha 790 — Divertimentos. Jogos. Esportes. Teatro. Coreografia
747 — Decoração interior 791 — Divertimentos públicos
748 — Vidros. Cristais. Vitrais 792 — Teatro. Palco. Arte dramática
749 — Mobiliário artístico. Lareiras 793 — Divertimentos sociais e passatempos
794 — Jogos de destreza (raciocínio e perída)
750 — Pintura 795 — Jogos de azar
751 — Materiais e métodos 796 - - Jogos ao ar livre. Educação física. Atletismo
752 — Teoria e prática da cor 797 — Jogos aquáticos e aéreos
753 — Mitológicos, Abstrações, Simbolismo, Alegoria 798 — Equitação. Corridas. Hipismo
754 — Pintura de “ genre” . Anedótica 799 — Pescarias, Caçadas. Tiro
755 — Pintura religiosa
756 -— Pintura histórica. Batalhas etc. 800 — LITERATURA
757 — Modelos vivos. Retratos. Figuras 801 — Filosofia. Teoria. Estética
758 — Paisagem. Natureza morta. Marinhas 802 — Compêndios. Miscelânea
759 — História da pintura 803 — Dicionários, enciclopédias
804 — Ensaios, conferências, palestras
760 — Gravura, Estampa. Ilustração 805 — Periódicos
761 — Gravuras em relevo 806 — Sociedades: relatórios, atas etc.
762 — 807 — Estudo e ensino
763 — Litografia 808 - Retórica. Composição de formas literárias específicas
764 — Cromolitografia 808.1 — Poesia
164 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 165
981.4 — Região Leste Setentrional Se tivermos que classificar as seguintes obras: um manual de hor
981.41 — Estado de Sergipe tas e jardins, um ensaio de política e uma história da filosofia, apli
981.42 — Estado da Bahia cando a divisão de forma, teremos, respectivamente, os números:
981.5 — Região Leste Meridional 635.02, 320.4 e 109.
981.51 — Estado de Minas Gerais
Dos exemplos citados é fácil concluir que para os assuntos cujos
981.52 — Estado do Espirito Santo
981.53 — Estado do Rio de Janeiro números não terminarem em 0, será suficiente acrescentar a divisão
981.6 — Região Sul de forma. Quando terminarem em 0, usaremos o número da divisão
981.61 — Estado de São Paulo de forma sem o 0 que o acompanha. Quando o número do assunto
981.62 — Estado do Paraná terminar por dois 00, substituiremos o último 0 pelo algarismo da divi
981.63 — (Era o número do extinto Território do Iguaçu) são de forma
981.64 — Estado de Santa Catarina
981.65 — Estado do Rio Grande do Sul
Localização dos assuntos — Usando o mesmo critério da divisão
981.7 — Região Centro-Oeste de forma, podemos acrescentar, aos números dos diversos assuntos,
981.71 — {Era o número do extinto Território de Ponta Porã) o número de história do respectivo país, quando desejamos localizar
981.72 — Estado de Mato Grosso um assunto. Vejamos:
981.72« — Estado de Mato Grosso do Sul Condições econômicas do Brasil................................ 338.0981
981.73 — Estado de Goiás
981.74 — Brasília (Distrito Federal) Educação nos Estados Unidos.................................... 370,973
Arte na Itália................................................................ 709.45
Para se formar o número de qualquer capital é suficiente colocar o algarismo “ 1” Consultando a tabela de Dewey, temos os seguintes números para
após o número do Estado, Para formar o número de uma cidade, poremos o número os assuntos citados: 338, 370 e 700. Os números dados para a história
do Estado, seguido do algarismo “ 2” e da inicial da respectiva cidade. Se houver coinci dos países, também na mesma ordem, são: 981, 973 e 945.
dência de símbolo, colocaremos mais uma letra.
Ex,: 981.61 — S. Paulo (Estado) Com auxílio do 0 indicado na divisão de forma, podemos facil
981.611 — S. Paulo (Capital) mente localizar qualquer assunto, como nos exemplos acima.
981.612Í — Itu
981.612p — Piracicaba
98L612pi — Pirajuf
índice resumido do 3? Sumário
Divisão de forma da Tabela Decimal*
O sistema de Dewey aconselha aplicar uma divisão de forma aos Acústica, 534, 781
números dos diversos assuntos, a qual é de grande utilidade, especial Administração biblioteconômica, 025
mente para a biblioteca que usa a tabela abreviada, pois estabelece uma Administração pública, 350
certa divisão entre as obras de determinado assunto, evitando que fi Aerodinâmica, 533
quem todas com o mesmo número de classificação. Aeromecânica, 533
Agricultura, 630
Divisão de forma: Alimento, 338, 641, 664
01 — Filosofia, teorias, princípios etc.
Alma, 128, 129
02 — Compêndios, manuais
Anatomia, 611
03 — Dicionários, enciclopédias Animais, 590, 636
04 — Ensaios, conferências, comentários etc, Antropologia, 572
05 — Periódicos, revistas etc.
Apicultura, 638
06 — Associações, relatórios etc. Aquecimento e ventilação, 621, 644, 697
07 — Educação, estudo, ensino etc. Arqueologia, 913
08 — Poligrafia, coleções
09 — História
(*) Os números correpondem à classificação.
178 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimai de Melvil Dewey — 179
símbolo para individualizar a obra recebida. Usaríamos o símbolo ime Seguindo o mesmo critério, identificaríamos os diversos volumes
diatamente anterior, ou o imediatamente posterior, ficando então este da obra Física teórica, de autoria de Gustav Jáger, do seguinte modo:
segundo autor com o símbolo “ 16” ou “ 18” ; outra solução será adi
cionar mais um decimal, ficando o símbolo “ 173” , ou “ 174” etc. Pre 530 530
ferimos a primeira solução, pois não aumentaremos o número de alga J23f J23f
rismos no símbolo e a nossa experiência tem demonstrado que não são v. 1 v. 2
freqüentes os casos em que muitos símbolos coincidem dentro de uma
mesma classe, com exceção das obras de ficção e de biografias indivi No caso de recebermos um exemplar de uma obra que a bibliote
duais, que são numerosas nas bibliotecas gerais. ca já tem, porém de edição diferente, poderemos colocar a data ou o
É comum encontrarmos obras de um mesmo autor, sobre um mes número da edição, no número de chamada. Se recebêssemos a 4? edi
mo assunto, com títulos iniciados pela mesma letra. Quando for o ca ção da obra Como se organiza uma biblioteca, de autoria de Heloísa
so de apenas duas ou três obras, podemos usar mais uma segunda e de Almeida Prado, apresentaríamos do seguinte modo o seu número
terceira letras para identificar cada obra. Citemos o exemplo das obras de chamada:
de José de Alencar, Til e O tronco do ipê, que poderiam ter os seguin
tes números de chamada: 020 ou 020
P91c P91c
F e F 4? 1963
A35t A35tr
Quando se tratar de um caso como o da série Tarzan, é preferível Com relação às antologias, em que as entradas são feitas pelos
usar algarismo, e teremos então tl, t2, t3, à medida que forem sendo títulos e não pelos compiladores, temos o problema de que muitos tí
adquiridos os livros. Neste caso não haverá uma sequência alfabética tulos coincidem. Vejamos, por exemplo, a coleção “ Maravilhas do con
dos títulos, mas as obras serão facilmente encontradas. Outra solução to universal” , composta de diversos volumes, como:
será aproveitar mais alguma palavra identificadora da obra e pôr a sua
inicial junto da inicial principal. Usando o mesmo exemplo teremos Maravilhas do conto árabe.......................... F
a série Tarzan, de autoria de Edgar Rice Burroughs, assim M25a
individualizada: Maravilhas do conto italiano....................... F
M25i
Tarzan no centro da terra....-.......................................... F Maravilhas do conto português................ . F
B97tc M25p
Tarzan e os homens formigas......................................... F
B97th Poderemos identificá-los colocando primeiramente a inicial do tí
Tarzan, o invencível.................................... ................... F tulo, em seguida o símbolo numérico encontrado na tabela, correspon
B97ti dente a essa primeira palavra do título e, depois, a inicial da palavra
Tarzan, o magnífico......................................................i F que identificará a coleção.
B97tm Quando precisamos individualizar suplementos e índices de obras,
Tarzan, o terrível........................................................ F devemos usar os mesmos números de chamada das respectivas obras,
B97tt
tendo abaixo a indicação de que se trata de suplemento ou índice.
Há também o problema de se identificarem as duplicatas e os di Exemplo:
ferentes volumes de uma obra. Vejamos os casos: se possuíssemos dois Se houvesse um suplemento ou um índice para uma obra cujo nú
exemplares da obra Introdução ã psicologia educacional, de autoria mero de chamada fosse
de Noemy da Silveira Rudolfer, os números de chamada seriam:
015
370.15 e 370.15 M25b,
R85f R85i
e.2
188 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "P H A " abreviada — 189
assim seriam eles identificados: lugar do sobrenome do autor da genealogia. Digamos a obra Aponta
mentos histórico-genealógicos sobre afamília Pacheco e Silva, por João
015 015 Baptista de Souza Filho, que será assim identificada:
M25b M25b
Supl. Ind. 929
Plls
No caso das biografias individuais, usa-se o número da tabela 929 classificação de genealogia
“ PH A ” para o sobrenome do biografado, porque, assim sendo, todas P inicial do sobrenome da família: Pacheco e Silva
as biografias de determinada pessoa ficam reunidas. Neste caso a iden 11 n? da tabela “ PHA” para esse sobrenome de família
tificação da obra será a inicial do biografado, o seu número e a inicial s inicial do sobrenome do autor da genealogia
do sobrenome do autor da biografia.
Críticas e comentários sobre obras também devem ficar junto das
Quando se tratar de autobiografia, usamos a inicial do autor (que respectivas obras. Para isso poderemos identificar a crítica pelo sobre
é o próprio biografado) seguida apenas do número correspondente ao nome do autor da obra e não pelo sobrenome do crítico, e usaremos,
seu sobrenome. Exemplo desses dois casos: após a inicial do título da obra, a inicial do sobrenome de quem a criti
cou ou comentou. Por exemplo, a obra Subsídios para a leitura dos
Joaquim Nabuco, por Gilberto Freyre, terá o seguinte número de Lusíadas, por J. Barbosa de Bettencourt, pode ser assim identificada:
chamada:
92 869.1
Nllf C19Lb
Minha vida e minha obra, por Henry Ford, terá:
A letra “ L” , correspondente à inicial do título “ Lusíadas” , está
92 em maiúscula para não haver confusão com o algarismo 1.
F79
Podemos também colocar um “ Y” maiúsculo depois do título da
De acordo com a arrumação relativa dos livros nas prateleiras, te obra e em seguida pôr a inicial do sobrenome do crítico. Nesse caso
remos, primeiro, a autobiografia de determinada pessoa e, depois, as o “ Y” simbolizará crítica. O exemplo citado ficaria assim:
biografias que outros dela escreveram. Se houver mais de uma auto
869.1
biografia (isto é, um autor que escreva vários livros de memórias, ou C19LYb
autobiografias parciais), para não confundir umas com as outras, po
deremos usar, para a primeira autobiografia que entrar na biblioteca, Para dicionários das obras, poderemos colocar o símbolo “ Z” do
o número do autor seguido da letra “ a” . Se houver mais de uma auto mesmo modo como foi explicado para se usar o símbolo “ Y” .
biografia, poremos “ a2” , “ a3“ etc. Se algum autor, cujo sobrenome Há bibliotecas que se interessam também por distinguir as tradu
também comece pela letra A, escrever a vida desse mesmo autobiogra- ções das diversas obras. Pode-se facilmente executar esta identificação
fado, usaremos “ A ” (“ a” maiúsculo) para o seu sobrenome. Veja colocando-se, após a inicial do título da obra, a inicial da língua para
mos os exemplos que melhor esclarecerão esta explicação: Humberto a qual foi traduzida e, se ainda se desejar, a inicial do sobrenome do
de Campos escreveu suas Memórias: primeira parte e, depois de sua tradutor. É preferível colocar a inicial da língua em maiuscula.
morte, publicaram-se as Memórias inacabadas. Suponhamos que um Portanto, a obra O doente de cisma de Molière, traduzida por Cas
autor de sobrenome “ Amaral” escreva uma biografia de Humberto tilho, pode ser identificada de diversos modos, de acordo com o crité
de Campos. rio da biblioteca:
Teremos os seguintes números de chamada para os diversos casos:
842 Caso a biblioteca não se interesse por separar as diferen-
92 92 92 M73d tes traduções.
C21a C21a2 C21A 842 Se desejar separar as traduções segundo aslínguas.
M73dP
No caso de genealogias, também é preferível que se identifique a 842 Se, além de indicar a língua, desejar separar segundo o
obra pelo sobrenome da família que mereceu o estudo genealógico, em M73dPc tradutor.
190 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "P H A " abreviada — 191
D—F G — H
N—P R—S
O —U V — W
Q —X Y—Z