PRADO, Heloísa Almeida. Organização e Administração de Bibliotecas

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D a a u to ra : HELOÍSA DE ALMEIDA PRADO

(Professora de Organização de Bibliotecas.


Como se organiza uma biblioteca Professora de Organização de Arquivos do IDORT de São Paulo)
l í edição, 1951
2í edição, 1953
3! edição, 1957
4í edição, 1963

Organize sua biblioteca


l í edição, 1968
2Í edição, 1974
3Í edição, 1976
3Í edição, la, reimpressão, 1979
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Organização e administração de bibliotecas
l í edição, 1979
lí edição, Ia. reimpressão, 1981
2Í edição, 1992
DE BIBLIOTECAS
Manual do arquivista
l í edição, 1961
2! edição, 1965
2? edição, revista
A técnica de arquivar
l í edição, 1970
2Í edição, 1974
3í edição, 1977
4Í edição, 1980
4Í edição, l í reimpressão, 1982
5í edição, 1985
5Í edição, l í reimpressão, 1988
5! edição, 2Í reimpressão, 1992

Tabela "PHA ”
l í edição, 1964
2Í edição, 1976
3í edição, 1984

025.1 P882t> 2,ed.

T A . QUEIROZ, EDITOR
SãoPaulo jpjSnTUTO DF. AFIES
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UNICAMP
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N 3 CPD
Prado, Heloísa de Almeida, 1912-1990.
Organização e administração de bibliotecas /
Heloísa de Almeida Prado. — 2! ed. rev. — São
Paulo : T.A. Queiroz, 1992. Introdução, 1
Bibliografia. 1. Organização e administração de bibliotecas, 3
ISBN 05-85008-60-1
2. Aquisição e seleção de material, 26
1. Bibliotecas — Administração 2. Bibliotecas
3. Tombamento ou registro de entrada, 30
— Serviços técnicos I. Título. 4. Classificação, 33
5. Catalogação, 38
6. Preparo mecânico de um livro catalogado, 88
CDD-025.1
91-1803 -025.02 7. Arrumação dos livros nas prateleiras, 92
8. Tombamento, catalogação e classificação de mapas, 95
9. Periódicos, 98
índices para catálogo sistemático:
10. Indexação de artigos e fichas analíticas para os diferentes artigos
1. Bibliotecas ; Administração 025,1
de periódicos, 103
2. Bibliotecas : Serviços técnicos 025.02 11. Folhetos, recortes de jornais e outros documentos menores Mé­
todo unitermo, 105
12. Empréstimo de livros, periódicos e folhetos, 113
13. Preparo técnico dos materiais especializados, 119
14. Distribuição do espaço em bibliotecas, 129
15. ISBN (International Standard Book Number), 131
16. Técnicas de avaliação de serviços em bibliotecas, 134
17. Regras para arquivamento alfabético de fichas, 138
Proibida a reprodução,
mesmo pardal, e por 18. Sistema decimal de Melvil Dewey, 141
qualquer processo, sem 19. Tabela “ PHA” abreviada, 184
autorização expressa
do editor.
Bibliografia, 205
índice analítico, 207
Direitos desta edição reservados
T. A. QUEIROZ, EDITOR, LTDA.
Rua Joaquim Floriano, 733 — 9?
04334 São Paulo, SP
(011) 829-0200
1992
Impresso no Brasil
INTRODUÇÃO

Este manual se apresenta hoje com aspecto bastante diferente do


das edições que o antecederam.
A primeira edição de Como se organiza uma biblioteca apareceu
no inicio de 1951, quando a biblioteconomia entrenós era ainda pou­
co divulgada e o interesse por realizar um trabalho eficiente, capaz de
tornar as bibliotecas organismos úteis e cumpridores de suas finalida­
des, começava a ser despertado.
Naquela obra encontrávamos, de modo simples e resumido, as di­
retrizes que deveriam ser tomadas para se organizar tecnicamente uma
biblioteca. Foi muito bem aceita, tendo-se esgotado rapidamente a pri­
meira edição. Talvez tivesse mesmo conseguido “ acordar curiosidades
e despertar idéias” , como prognosticou Adelpha Silva Rodrigues de
Figueiredo, prefaciadora daquela edição e pioneira da biblioteconomia
no Brasil.
Sucessivas edições apareceram, sempre revistas e aumentadas, até
que em 1968 seu título foi modificado e surgiu Organize sua bibliote­
ca. Outras edições vieram, sempre procurando acompanhar a evolu­
ção da biblioteconomia.
Esgotada a última edição, resolvemos refazê-la inteiramente, pa­
ra atender às atuais exigências, muito embora alguns capítulos, que não
necessitavam de alteração, tenham sido mantidos. Novos capítulos, co­
mo, por exemplo, o que se refere à “ Organização e administração de
( bibliotecas’ ’, onde se destacam os pontos essenciais para se realizar es­
sa importante tarefa, e o que trata do preparo técnico dos materiais
especializados, foram introduzidos. O capítulo sobre catalogação foi
refeito de acordo com a nova orientação, que determina outra apre­
sentação das fichas catalográficas, visando à unificação da descrição
bibliográfica.
Aceitamos a nova técnica, tendo em vista que os centros de cata­
logação na fonte (Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
— CIF), da Câmara Brasileira do Livro, de São Paulo, e do Sindicato
Nacional dos Editores de Livros, do Rio de Janeiro, já apresentam suas
2 — Organização e administração de bibliotecas

fichas obedecendo a essas novas determinações. Não só as explicações


estão de acordo com as regras estabelecidas como também foram reu­
nidos vários exemplos para orientar da melhor maneira possível os que
se encarregam desse trabalho.
Desejamos que esta edição, a exemplo das outras, possa ser útil
aos que se interessam pela organização de bibliotecas.
1
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE BIBLIOTECAS

A organização cria o serviço e a administração faz funcionar esse


serviço. Portanto, a organização precede a administração.

Observações gerais sobre a organização

Ao pretendermos organizar uma biblioteca precisamos conside­


rar dois aspectos básicos: o intelectual e o material. O intelectual é a
preocupação de servir a um público que pede conhecimentos, poden­
do esse público ser ou não especializado. O material é a preparação
técnica do acervo para que fique em condições de atender rápida e acer-
tadamente às consultas dos leitores.
Antes de entrarmos no estudo da organização geral de uma bi­
blioteca apresentaremos um resumo da organização-padrão e da mar­
cha do livro pelas diferentes seções de trabalho da biblioteca. Os servi­
ços aqui mencionados serão explicados detalhadamente ao longo deste
livro.
Há sempre um diretor que orienta todo o trabalho e um número
variável de responsáveis pelas diversas seções, departamentos etc., de­
pendendo do tamanho da biblioteca.
Adquirido o material, ele será tombado, isto é, registrado, e em
seguida classificado, catalogado, preparado para ser usado e, finalmen­
te, guardado na estante.
Na seção de aquisição deve haver bibliografias, listas de livrarias
e editoras e outros recursos que estão indicados no capítulo 2. É neces­
sário, também, o livro ou o fichário de tombo paia ser registrado o
material adquirido, cada item recebendo o seu número.
Na seção de classificação deve, naturalmente, haver o sistema de
classificação usado pela biblioteca e o sistema de identificação do livro
dentro de sua classificação (como, por exemplo, a tabela “ PHA” ), e
o fichário topográfico, para se confrontarem os livros que serão clas­
sificados com as fichas dos que já o foram. Nos capítulos 18 e 19 o
leitor encontrará as tabelas de classificação e identificação.
4 — Organização e administração de bibliotecas Organizaçao e administração — 5

Na seção de cataJogação, além das fontes necessárias para consul­ O primeiro passo será procurar ter uma visão total do empreendi­
tas bibliográficas e de sugestões de assuntos, deve haver fichários de mento para que seja possível decidir a maneira de desenvolver os di­
identidade, de cabeçalhos de assuntos e de casas publicadoras. As ex­ versos trabalhos, separando, em cada atividade, o que é essencial do
plicações se encontram no capítulo 5, relativo à catalogação. que pode ser dispensado.
Na seção em que o livro é preparado para ser entregue ao leitor É preciso conhecer os métodos que proporcionarão os resultados
deve haver ex-libris, papeletas de datas de entrega, tinta para o letter­ positivos das diversas atividades. O estudo de métodos trará como con-
ing ou etiquetas, cola, etc. seqüência uma melhor maneira de agir, ajudando na acertada escolha
A seção de referência é constituída do material que só pode ser da disposição da biblioteca e de seus equipamentos, criando boas con­
consultado dentro da biblioteca e deve ficar bem à vista da pessoa que dições de trabalho e favorecendo real aproveitamento dos recursos hu­
atende ao público. manos e materiais.
Na sala de leitura estará o catálogo do público (dicionário, siste­ O encarregado de uma biblioteca deverá fazer uma lista completa
mático ou qualquer outro adotado pela biblioteca). das tarefas e dividi-las em partes; deve saber expressar claramente o
Na carteira de circulação haverá, quando a biblioteca for circu­ que precisa ser feito, conhecer a técnica de treinar o pessoal, autorizar
lante, o fichário dos leitores inscritos na biblioteca e o fichário dos li­ a execução de tarefas e observar cuidadosamente os resultados, para
vros retirados. ter elementos que corrijam falhas, aperfeiçoem o desempenho e conti­
A biblioteca, sendo de livre acesso, será muito mais útil aos leito­ nuem produzindo um trabalho satisfatório.
res, que poderão percorrer livremente o depósito de livros e tomar co­ Reiterando esta afirmação, podemos dizer que as etapas funda­
nhecimento completo de tudo o que lhes interessa. O livre acesso dimi­ mentais para alcançar a organização ideal serão: selecionar o trabalho
nui também o trabalho da pessoa encarregada de atender ao público, e decidir sobre o processo de execução; registrar, por meio de observa­
pois os freqüentadores assíduos da biblioteca logo dispensarão qual­ ção minuciosa, os resultados quanto à utilização das técnicas determi­
quer auxílio. A desordem inevitável na colocação dos livros é plena­ nadas; examinar os fatos registrados, analisando tudo com senso críti­
mente compensada pelas vantagens obtidas. Desde que se mantenha co, anotando os detalhes, a finalidade de cada atividade, o lugar onde
uma pessoa encarregada de verificar as estantes, este aspecto da ques­ se realiza, a ordem seguida na execução e os meios empregados; pro­
tão seguramente não constituirá problema. curar adotar o método mais econômico; medir o volume de trabalho
A biblioteca deve permanecer aberta ao público durante o maior que o método escolhido exige e calcular o tempo médio para sua exe­
espaço de tempo possível: na definição do seu horário de funciona­ cução. Aprovado o método que demonstrou ser válido, adotá-lo e
mento é preciso levar em consideração especialmente o interesse ou as mantê-lo, não deixando de ter também um controle discreto e adequa­
necessidades dos leitores, e não os de seus funcionários. do para que os resultados obtidos sejam positivos.
Administrar é dirigir. O administrador precisa estar capacitado a
A administração dominar as finalidades e as necessidades, sabendo aproveitar todas as
oportunidades que lhe garantam o sucesso do empreendimento; deve
Uma vez organizada a biblioteca, não será tarefa menor administrá- definir com clareza os problemas que sempre surgem no trabalho de
la. Quem a dirige terá que prever o desenvolvimento e as dificuldades direção e deve possuir suficiente agilidade mental para tomar decisões
em todos os setores e saber levantar um plano de ação. rápidas e certas, encontrando meios de resolver dificuldades. A admi­
Podemos considerar democrática uma administração onde haja nistração requer observação permanente de tudo que se passa na área
respeito pelo pensamento do pessoal profissional e onde todos colabo­ sob sua responsabilidade. A capacidade administrativa compreende vi­
rem com a administração com idéias, dedicação e esforço. Seguindo são e julgamento certo das novas idéias, para que haja evolução e pro­
essa orientação podemos dizer que temos uma administração por meio gresso. O administrador competente não perde a ocasião de um apro­
de objetivos, não de ordens. veitamento racional dos recursos gerais e dos recursos humanos.
Antes de organizar precisamos planejar o serviço, determinar a Um dos difíceis encargos do administrador é a seleção do pessoal.
estrutura da organização que desejamos. Não é tarefa fácil prever o Disto vai depender o sucesso de seu empreendimento. È indispensável
futuro e determinar o caminho para alcançar os objetivos do que te­ que as atribuições sejam determinadas de acordo com a capacidade de
mos em mira. É indispensável estarmos seguros das intenções dos ob­ cada um. Não se deve desperdiçar competências, destinando ao fun­
jetivos do que pretendemos realizar. cionário funções aquém das suas possibilidades. As responsabilidades
6 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 7

devem ser claramente definidas e acompanhadas da respectiva liberda­ O manual de serviços é um instrumento onde estão registrados to­
de de ação. O subordinado precisa sentir que tem autoridade para diri­ dos os detalhes estruturais da biblioteca. É um verdadeiro auxiliar ad­
gir o seu setor e que suas decisões serão respeitadas. Toda obrigação ministrativo, pois nele aparecem a avaliação dos elementos que com­
requer uma liberdade de ação à altura e por isso toda atenção deve ser põem a biblioteca, a indicação dos serviços que devem ser prestados,
dada à seleção do pessoal, para que cada subordinado esteja em con­ a informação sobre a política bibliotecária, a determinação da relação
dições de arcar com a responsabilidade que lhe é atribuída. existente entre as diversas tarefas e os diversos setores de trabalho. To­
do esse registro aparece numa seqüência sistemática, facilitando a rea­
Dependendo do tamanho da biblioteca, o diretor deverá subdivi­ lização dos diferentes serviços e a verificação de sua execução.
dir o trabalho. Supondo que haja vários departamentos é necessário
que também haja um chefe para cada um deles. Cabe a cada chefe orien­ Suas partes fundamentais são o regulamento e a determinação de
tar, aperfeiçoar e desenvolver as tarefas de rotina, procurando melho­ como agir.
rar os métodos, obtendo assim bom resultado do empreendimento. Convém que seja incluído nesse manual um gráfico de sua organi­
zação, mostrando o trabalho que está sendo realizado e trabalhos fu­
O chefe não deve resolver todas as dificuldades, mas sim guiar e
turos, planejados mas ainda não executados, os quais devem aparecer
fomentar a revisão dos métodos, para que seus funcionários tenham
no organograma cercados por linhas pontilhadas. O organograma põe
oportunidade de agir de acordo com suas próprias idéias.
em destaque a relação coordenada dos diversos elementos funcionais.
O número de funcionários deve ser suficiente para que todos os
Deve-se fazer um diagrama do piano estabelecido para o traba­
departamentos sejam bem atendidos e tenham possibilidade de apre­ lho, pois o diagrama é a representação .gráfica da sucessão de fatos,
sentar um trabalho correto e a tempo; não devem ser contratados além
ou fases, que se apresentam ao aplicar-se o método ao plano desejado.
das necessidades, pois é uma verdade indiscutível que pessoas em ex­
cesso atrapalham; o ideal é o equilíbrio perfeito. O manual de serviços proporciona eficiente coordenação, assegu­
rando uniformidade nos processos comuns e determinando para cada
É indispensável que o pessoal, de acordo com as diversas faixas trabalho, uma seqüência correta.
de atribuições, além de dominar suas próprias funções, compreenda
também como essas funções se enquadram no trabalho do departamen­ Será interessante preparar o manual de serviços em pasta de fo­
to, como um todo. Será interessante um estágio nas diferentes seções, lhas soltas, presas por dispositivo metálico, porque garante sua flexi­
para habilitar o pessoal em diversos trabalhos, pois quando houver falta bilidade, admitindo intercalação das modificações que se vão tornan­
de algum funcionário essa ausência não deverá acarretar desordem na do necessárias, neste ou naquele setor-, à medida que a biblioteca evolui.
rotina do serviço. Esse treinamento precisa ser contínuo, para manter A biblioteca é uma instituição de valor social e o bibliotecário pre­
o pessoal em forma. cisa fortalecer a vida intelectual dos usuários.
O bom atendimento é o elemento mais importante para promover Os serviços específicos de uma biblioteca geral são: oferecer ma­
o alto conceito da biblioteca. Para aumentar a produtividades de uma terial para leitura e estudo, preparar um bom serviço informativo e
biblioteca deve-se incrementar qualitativa e quantitativamente os ser­ guiar, dentro do possível, a consulta.
viços prestados por ela. O material de que ela dispõe paia executar o seu trabalho é ó li­
O diretor deve promover reuniões periódicas do pessoal. São óti­ vro, o periódico, o folheto, o mapa, os materiais audiovisuais etc.
mas essas reuniões, que ensejam oportunidade de apresentar um pa­ Organizado tecnicamente esse material, a biblioteca está prepara­
norama geral da situação, de trocar idéias, de sentir o interesse do gru­ da para atender ao usuário no que ele solicita. Graças à classificação,
po pelo trabalho e de desenvolver o indispensável espírito de coopera­ que utiliza símbolos certos para representar os vários assuntos e, gra­
ção — são muito mais proveitosas do que entrevistas individuais, quer ças também ao catálogo, localizará imediatamente em seu acervo o ma­
pela convivência, quer pelo tempo gasto, que é muito menor no en­ terial desejado.
contro coletivo. O bibliotecário deve demonstrar entusiasmo pelo trabalho que rea­
O regulamento do pessoal deve ser organizado por assunto e não liza, pois é de grande utilidade social. Deve estar imbuído do desejo
pela descrição das obrigações de cada funcionário. O funcionário po­ de servir. As bibliotecas são verdadeiros armazéns de idéias e informa­
derá completar a cópia do regulamento que receberá ao tomar posse ções, porém não é suficiente armazenar, é preciso estimular a leitura,
do cargo, fazendo anotações específicas a respeito de suas obrigações, o estudo, a consulta, a busca de dados e o uso desse precioso material.
fixando detalhes que não seriam registrados no regulamento geral. A biblioteca é, portanto, um instrumento de auto-educação para de-
8 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 9

senvolver idéias. Só a leitura, entre os diversos meios de comunicação, A biblioteca precisa também cuidar de sua publicidade, organi­
oferece oportunidade ao hábito de pensar e refletir. zando comemorações por ocasião da Semana Nacional da Biblioteca,
Quando se tratar de uma biblioteca especializada, ou de um de­ do Dia do Livro, das grandes datas nacionais, bem como exposições
partamento de informação, o material é a própria informação. Nesse periódicas sobre assuntos que mereçam destaque em biblioteca, publi­
caso o bibliotecário deverá destacar toda informação de valor que hou­ cação de boletim de notícias (se possível duas vezes por ano), listas co­
ver no seu acervo e pô-la a serviço do usuário, chamando a atenção municando as novas aquisições, as quais podem ficar expostas em qua­
para ela, mesmo que não tenha sido solicitada. dros (mostradores). A publicidade deve ser contínua. O que realmente
Selecionar o acervo das bibliotecas especializadas é problema bem promove a biblioteca é a apresentação de um serviço eficiente.
maior do que fazê-lo nas bibliotecas gerais, pois naquelas o material Terminadas estas observações de caráter geral devemos nos lem­
que fornece informações difere bastante do da geral. Apesar disto, o brar também de que, para se organizar uma biblioteca, é indispensável
bibliotecário pode contar com o auxílio dos especialistas e professores ainda considerar o tipo da que se vai organizar, para que as diversas
para apresentar sugestões, o que é um apoio sensível. A ansiedade com características sejam observadas. As bibliotecas podem ser nacionais,
que são aguardados os resultados das pesquisas técnicas e científicas estaduais, municipais, universitárias, escolares, infantis, especializadas,
fazem dos relatórios técnicos, das revistas científicas e de outros mate­ ambulantes e sucursais. As especializadas podem ser departamentais,
riais especializados o que há de mais valioso para formar o fundo das destinadas a determinados assuntos ou para grupos especiais de leito­
especializadas. Em geral, não é fácil conseguir os relatórios, pois nor­ res. As sucursais podem ser alimentadas por meio de remessas
malmente eles não são vendidos, o que tom a sua aquisição um grande periódicas.
problema. Há até agências que se encarregam de reunir e tornar aces­ Incluiremos aqui observações sobre Biblioteca escolar, Biblioteca
sível toda a literatura relatorial não classificada e desclassificada. Não
universitária e Biblioteca pública.
classificada é a que não apresenta restrição quanto à sua divulgação;
desclassificada, são os relatórios antigos que ao serem publicados fo­
ram considerados secretos e que, depois de certo tempo, foram colo­
cados à disposição de qualquer interessado, visando a ajudar ao bem Biblioteca escolar
comum. Esses relatórios, quando publicados, já recebem uma classifi­
cação de segurança: Secreto, Restrito, Confidencial etc. A biblioteca escolar é uma necessidade, pois não constitui uma
entidade independente, mas um complemento da escola. Se a escola
Para as bibliotecas técnicas são de muito valor as patentes, espe­
inicia o aluno na instrução, a biblioteca a completa. Sua função é a
cificações e normas, desenhos de engenharia, folhas de informações,
teses de universitários etc. Importantes informações técnicas e econô­ de agente educacional, proporcionando enriquecimento da cultura do
micas são também encontradas na literatura comercial, jornais, pes­ aluno nos diferentes campos, oportunidade para o seu desenvolvimen­
quisas de mercados, quadros estatísticos e outras publicações que di­ to social e intelectual, e horas de distração através de livros de leitura
vulgam informações econômicas. Estas bibliotecas muito se interessam recreativa, de muito bom resultado quando bem dirigida.
também por leis e regulamentos, catálogos comerciais, de exposições Nos últimos anos os programas escolares têm-se alargado de tal
e outros. Todo esse material deve também ser classificado e indexado. modo que fazê-los depender de um simples texto é absolutamente im­
Um dos sérios problemas de administração é o do orçamento. Pri­ possível. A biblioteca escolar vem justamente oferecer solução a esta
meiramente é preciso calcular o custo anual aproximado para a atuali­ dificuldade, já que deverá estar equipada para auxiliar os estudantes
zação do fundo. É necessário saber qual a verba destinada à bibliote­ em tudo o que os seus trabalhos escolares exigirem, e porque seus ob­
ca, para criteriosamente planejar o emprego da mesma. Far-se-á então jetivos devem estar intimamente relacionados com a escola.
um levantamento do que se julga indispensável, o que já deve estar ano­ Objetivos da Biblioteca Escolar:
tado, pois durante o ano, à medida que surjam, os pedidos e sugestões 1) tornar-se um campo para exploração e enriquecimento cultural;
devem ser registrados. Consultam-se também listas bibliográficas, ca­
2) difundir a boa leitura;
tálogos de editores e de livrarias para saber-se o que é possível adqui­
rir. Quando a soma do material escolhido ultrapassar a verba disponí­ 3) orientar no uso do livro, visando à pesquisa e à educação indi­
vel, então uma segunda seleção, cortando o que for menos necessário, vidual;
oferecerá a possibilidade de dotar a biblioteca de tudo que seja real­ 4) criar um ambiente favorável à formação do hábito de leitura
mente imprescindível. e estimular a apreciação literária.
10 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 11

Com estes objetivos ela será indiscutivelmente um importante e cara. Certamente as estantes de aço são as melhores, embora mais ca­
excelente instrumento de educação, e dará, mesmo, maior dimensão ras. Em uma biblioteca escolar, a altura máxima da última prateleira
à educação. Entretanto, para que este ideal se torne realidade é indis­ deve ser de l,80m. Embora o vão normal entre as prateleiras deva ser
pensável haver colaboração entre os professores e a biblioteca. de 25cm, é melhor que elas sejam móveis, para atender à altura dos
Os professores de 1? e 2? graus precisam cooperar com a bibliote­ livros; quanto à profundidade, é aconselhável a medida de 20cm. Pre­
ca e ensinar com apoio nela,, pois assim estarão realizando o ensino cisamos fazer umas prateleiras mais profundas (30cm) para as obras
real, com base nos princípios da educação moderna, aceitos por todas de referência. Quando as estantes forem colocadas no meio da sala elas
as autoridades em matéria de educação. podem ser duplas, sendo úteis ambos os lados. O número de pratelei­
O professor precisa conhecer o que a biblioteca possui com rela­ ras depende do acervo. Para 1.000 livros (menor acervo recomendá­
ção à sua matéria e dar aos alunos problemas acompanhados de bi­ vel) são necessárias seis estantes, ou digamos, 36 metros de prateleiras.
bliografias. Daí a importância, já destacada, de cuidar-se da publici­ As mesas podem ser retangulares (0,90 x 2,2m), para oito leitores;
dade da biblioteca (divulgação de boletins, listas de aquisições etc.). se forem redondas devem ter 1,5 de diâmetro. A altura recomendável
O professor que demonstrar entusiasmo pela biblioteca dará vida ao é de 70 a 75cm. O mobiliário deve ser simples e forte.
trabalho escolar. O fichário, para abrigar o catálogo do público, deve ter gavetas
Contando com esta colaboração, que poderia ser chamada de pe­ de 40cm de profundidade e comportar fichas de 7,5 x 12,5cm. Deverá
dra fundamentai do trabalho da biblioteca escolar, o bibliotecário po­ ter pelo menos oito gavetas.
derá executar sua parte, que é ilimitada e importantíssima. A influên­ Deve haver um móvel apropriado para revista (estantes inclina­
cia do bibliotecário será sentida quer no arranjo da sala, na disposição das) e outro para jornais. As prateleiras do móvel de revistas devem
dos móveis, quer na seleção dos livros, revistas etc., quer ainda no tra­ medir de 30 a 35ctn de profundidade.
tamento dos leitores. É aconselhável um quadro para afixar avisos, anúncios de confe­
Consideremos em primeiro lugar o ambiente: o ideal seria a bi­ rências, listas de livros etc.
blioteca possuir prédio próprio que contasse sala de leitura, sala para São necessários também suportes para manter os livros de pé. Es­
administração e trabalho, depósito de livros, enfim, tudo o que se tor­ ses suportes chamam-se bibliocantos. Deve haver pelo menos três
na necessário para um ótimo andamento dos serviços; mas, como isto dúzias.
requer investimentos relativamente altos e, infelizmente, nem sempre
A ventilação é também um fator importante, pois o ar deve ser
disponíveis, pode-se instalar uma boa biblioteca escolar em apenas duas
sempre renovado; 20 a 25% das paredes deverão ser destinadas a jane­
salas, uma para leitura e depósito de livros e outra para o preparo do
material. A sala de leitura deverá ter, de preferência, a forma retangu­ las. Depois de instalados os móveis citados, a escrivaninha e balcão
de empréstimos, a biblioteca estará completa quando a sala adquirir
lar, que é a mais adequada à organização da biblioteca. Desnecessário
dizer que quanto maior, melhor, A área destinada a cada leitor, na sa­ a atmosfera amiga e o caráter alegre que convidam o leitor a nela per­
la de leitura, deverá ser de 2m2, e para ser considerada razoável uma manecer. Flores, quadros e decoração adequada concorrem para isso.
A biblioteca deve ser o living-room. “ Se a escola tiver uma alma, ela
sala deverá comportar 30 leitores sentados. (No caso de biblioteca cir­
culante a sala não precisa ser muito grande.) Com 70m2 o problema habitará na biblioteca*’, disse alguém, muito acertadamente.
está resolvido. Não pode ser úmida porque a umidade é um dos maio­ Assim aparelhada, a biblioteca está em condições de atrair freqüen-
res inimigos do livro. Deve receber luz direta e suficiente, ou indireta, tadores. Quem tiver ocasião de observar uma biblioteca escolar verá
porém bem planejada para que seja eficiente. Persianas poderão corri­ o quanto os alunos a apreciam. Procuram-na sempre que há oportuni­
gir excesso de claridade ou reverberação brilhante, prejudiciais à vista. dade. Infelizmente, os horários escolares quase não permitem que pos­
E muito desejável que tenha capacidade de expansão e que esteja loca­ sam aproveitá-la tanto quanto ela merece e os alunos desejam. O ideal
lizada no segundo andar, em geral mais silencioso que o térreo. As pa­ seria que os alunos tivessem hora para freqüentá-la, dentro do período
redes devem ser de cor clara: azul-claro, verde-claro, creme ou cinza, escolar.
por exemplo. O teto deve ser branco ou creme. As estantes devem ser Havendo frequentadores, o primeiro passo é ensiná-los a usar a
abertas e estar em lugar muito seco, porém não devem receber direta- biblioteca.
mente a luz do sol. Quanto à madeira, é preferível não usar pinho, póf Em geral, a’criança começa a ler por curiosidade e desejo de imi­
ser facilmente atacado por bichos. A imbuia é resistente e não é muito tação. Estes incentivos perduram por muitos anos, juntamente com ou-
12 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 13

tros como vaidade, desejo de crescer, de compreender a sociedade, as A circulação visa a proporcionar o maior uso possível dos livros
pessoas, as invenções etc. Aí entra o grande papel do bibliotecário, que e outros materiais da biblioteca. Os serviços de empréstimo e de refe­
é o de guiar, orientar e, com habilidade, explorar de modo muito efi­ rência são a razão de ser da biblioteca.
ciente estas tendências naturais. Conclui-se que a biblioteca funciona para todos os objetivos es­
É lógico que a idade e o sexo dos leitores devem ser considerados. colares, não tendo nenhum assunto especializado e fornecendo mate­
A menina prefere sempre “ livros românticos” . Os meninos gostam de rial para os assuntos que possam interessar a alunos e professores. Atin­
livros de aventuras e invenções. ge seus fins justamente quando os leitores aprendem a usar suas fontes
As leituras mais procuradas são aquelas cujos títulos falam aos e a servir-se dela para seus trabalhos e suas horas de lazer. Através de­
respectivos interesses. A biblioteca escolar, tendo uma boa coleção de la os livros e outros materiais como mapas, revistas etc., são distribuí­
livros, adequada aos leitores, não deve proibir determinada leitura e dos a indivíduos, grupos e classes, para todos os tipos de pesquisa; por­
sim sugerir. Estas sugestões são aceitas quando o bibliotecário conse­ tanto, tem uma função positiva e ativa de ensinar. Ela sugere a leitura
gue ganhar a confiança dos leitores, graças ao seu bom julgamento. de bons livros, que talvez permanecessem esquecidos ou ignorados. Ofe­
O bibliotecário entusiasmado contribui muito para estimular a leitura, rece oportunidade para os interesses se desenvolverem e se expandi­
pois o entusiasmo é contagioso. Embora a ação do bibliotecário seja rem, estimulando-os. Coopera com os agentes de instrução. A beleza,
muito eficiente, quase sempre o leitor a ignora. a ordem, o silêncio, a eficiência de sua organização e o apelo de seus
O bibliotecário e o professor não devem esquecer que, em geral, livros atraem o leitor. Realiza, então, a sua finalidade máxima: servir
o aluno não nasceu um pesquisador; portanto, cabe a eles incentivar e difundir a leitura.
a idéia de investigação e descoberta, dando-lhe instrumentos para que
ele possa agir. Com um trabalho paciente e bem planejado, pode-se
ir despertando o interesse pela biblioteca, o qual vai aumentando com Biblioteca universitária
o desenvolvimento da compreensão do aluno.
A biblioteca universitária nada mais é que uma universidade em
Para a classificação das obras da biblioteca escolar deve ser ado­ si mesma. As universidades são centros transmissores do saber, atra­
tado o Sistema Decimal de Melvil Dewey; os catálogos do público de­ vés do ensino e dos livros. Temos a palavra falada e a palavra escrita
vem ser alfabéticos; dicionário ou divididos em três seções, como está a serviço da cultura. Desde os mais remotos tempos a universidade e
explicado no capítulo “ Catalogação” . a biblioteca, trabalhando na mais íntima reciprocidade, têm desempe­
Num grande estabelecimento é muito difícil para o bibliotecário nhado a importantíssima função de preservar e disseminar o conheci­
atender a todos os leitores como deveria; porém, com uma boa orien­ mento. Desde os tijolos da Babilônia e os rolos de papiro da Biblioteca
tação do professor isto se torna bem mais fácil. Nas bibliotecas de li­ de Alexandria aos rolos de microfilme de nossos dias, vemos uma lon­
vre acesso pode-se ensinar os leitor« a obter o que desejam sem muito ga estrada de trabalho, «forço e pesquisa.
esforço e com mínimo dispêndio de tempo, apenas o indispensável pa­ Porém, o que hoje exigimos da biblioteca é totalmente diferente
ra a consulta. do que dela antigamente esperávamos. Pois, eram elas depósito dos
De posse do problema, com indicações das fontes e sabendo en­ melhores monumentos das mentes do passado, apenas na função de
contrar o que deseja, o consulente está preparado para agir e então guardiães desses monumentos, acumulados pelo homem em seu traba­
o papel do bibliotecário será mais o de orientador do uso das fontes lho de conquista do mundo físico e desenvolvimento de suas capacida­
e auxiliar do aluno na interpretação do que encontrou. des intelectuais e espirituais. Hoje isto já não satisfaz. A seleção, a in­
Para se verificar o interesse do aluno pela biblioteca, o gênero de tegração e a disseminação do material impresso têm tornado a biblio­
leitura que mais aprecia e as dificuldades que tem em encontrar o que teca uma verdadeira oficina, com um ponto de vista mteiramente no­
deseja, podem-se estabelecer concursos ou testes, unindo o útil ao vo. Através do corpo docente, a universidade usa os conhecimentos
agradável. e idéias conservados, revitalizando-os e pondo-os a serviço da educa­
Os regulamentos, estipulando prazo para devolução dos livros, ção da mocidade. Transmitir, para as novas gerações, as idéias conti­
quando a biblioteca for circulante, multas para os livros em atraso etc., das nos livros deve ser o objetivo básico da universidade, ponto culmi­
devem ser só os absolutamente necessários; porém, uma vez determi­ nante de nosso sistema educacional.
nados, devem ser observados. Há muitas opiniões a favor de que, em Assim, a biblioteca não pode ser um agente neutro, passivo, ape­
lugar de multas, seja retirado o privilégio da leitura. nas entregando o livro ao leitor e controlando a sua volta. A nova con­
14 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 15
cepção foi muito bem resumida por Archibald MacLeish: “ A bibliote­ pia cooperação poderá oferecer um resultado satisfatório. Bibliogra­
ca é um conjunto de seres humanos que aceita a responsabilidade de fias bem feitas, com entradas por autor, assunto e mesmo título, in­
tornar o material impresso útil à sociedade.’' formarão o que está sendo publicado no inundo todo e o que existe
Infelizmente, algumas vezes os meios têm preocupado mais que nas bibliotecas de nossa cidade, estado ou país. Serão então atingidos
os fins. Vemos casos em que maior atenção é dada à aquisição e à pre­ dois alvos: graças às estrangeiras, ficarão os leitores informados dos
servação do material, do que ao seu uso. Isto terá que ser combatido, últimos trabalhos, das últimas pesquisas; graças às nacionais, talvez
porque não pode haver mais dúvida de que cabe à biblioteca oferecer seja possível conseguir a obra desejada, por empréstimo.
oportunidade para que todos possam aproveitar ao máximo os seus É claro que há um material básico que a biblioteca precisará mes­
acervos. O acesso ao conhecimento precisa ser franco, pois os homens mo possuir, porém há muita coisa que num determinado lugar é de
só poderão estar em condições de exercer sabiamente seus direitos e raríssima consulta e que, sabendo-se onde encontrar, não precisaria estar
poderes depois de haver gozado de tal acesso. Vejamos, então, como ocupando um lugar precioso para outra, de interesse mais imediato.
atingir o alvo da biblioteca universitária. A biblioteca universitária deve funcionar como um verdadeiro ser­
Louis Round Wilson e Maurice F. Tauber, no trabalho The Uni- viço de documentação, não só conservando, mas também difundindo
versity Library, indicam, como base essencial de uma boa organização os documentos. Estará assim em melhores condições de servir aos es­
de biblioteca universitária, o seguinte: 1. Recurso para ensino, pesqui­ tudiosos e pesquisadores, R. S. Taylor imagina a biblioteca universitá­
sa e extensão. 2. Um competente corpo administrativo e executivo. 3. ria como uma instituição social que proporciona uso eficaz de dados,
Organização eficiente para uso do material bibliográfico. 4. Espaço e informações, conhecimentos etc. como base para a educação, lazer,
equipamento adequados. 5. Integração da biblioteca com os dirigentes pesquisa e tomada de decisões.
administrativos e educacionais. 6. Integração da biblioteca com as as­ Bradford, em seu livro Documentation, diz que documentar é reu­
sociações de bibliotecários, sejam elas regionais, estaduais, nacionais nir, classificar e distribuir documentos de toda espécie, em todos os
ou internacionais. 7. Razoável apoio financeiro. 8. Plano de direção domínios da atividade humana. Talvez possamos dizer que documen­
para a realização do trabalho da biblioteca. tar é algo mais do que expressa esta definição. Poderá ser resumir, co­
Analisando estes princípios básicos, podemos concluir: é preciso mentar etc., os documentos.
que a biblioteca esteja perfeitamente a par do trabalho da instituição Como exemplo de serviço de documentação temos os períodicos
para que possa orientar suas aquisições de acordo com esse trabalho. de abstracting, que visam justamente organizar as informações para
Além do material de interesse direto, ainda será necessário adquirir os serem usadas pelos pesquisadores. Há abstracts que publicam resumos
de interesse correlato. Os objetivos específicos da biblioteca são deter­ assinados de livros e artigos dê revistas sobre determinados assuntos,
minados pela universidade e o objetivo geral é facilitar o acesso e o incluindo mesmo teses que não foram publicadas. Este trabalho, entre
uso das fontes de informações, que representam a base do ensino e da nós, ainda é muito pouco conhecido, mas será de inestimável valor
pesquisa. quando for desenvolvido.
É imprescindível que o acervo atenda não só às exigências especí­ Nos dias em que vivemos, observamos um movimento no sentido
ficas dos programas de graduação, mas também que satisfaça aos pro­ de unir cada vez mais as noções do mundo. Como já disse alguém, se­
gramas de pós-graduação e de trabalhos de pesquisa. É preciso que o rá este o século internacional entre os povos do mundo. Esperemos,
conteúdo intelectual das coleções esteja à altura dos programas de en­ pois, que no entusiasmo desse internacionalismo se multipliquem es­
sino e pesquisa. Toma-se necessário que seja adquirido pelo menos um sas obras que serão certamente esteios da cooperação internacional cien­
exemplar de cada item mencionado na bibliografia das diversas tífica e cultural. A biblioteca universitária já não pode dispensar este
disciplinas. auxílio. O extraordinário desenvolvimento da ciência, especialmente
É de tal importância a satisfação desta necessidade, que será pos­ depois da última guerra, em que as mais diversas e úteis pesquisas au­
mentaram em progressão geométrica, com os resultados imediatamen­
sível conseguir êxito somente com o desenvolvimento de bibliografias.
te usados em novas conquistas no terreno científico, não permite a ex­
Os acervos das bibliotecas crescem assombrosamente. A biblioteca, para clusão de um instrumento que ponha toda classe de estudantes, que
ser agente ativo, precisa fazer constantemente novas aquisições. Um cursa nossas universidades, a par de tudo o que está sendo publicado
bom livro é uma aquisição de valor permanente. Como será resolvido sobre este ou aquele assunto, o mais rapidamente possível.
o problema de espaço? A solução está no desenvolvimento de biblio­
Com este instrumento será possível a permuta da riqueza comum
grafias e catálogos coletivos, pois só um trabalho baseado na mais-am-
de conhecimentos.
16 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 17

Em relação ao pessoal, há qualidades que devem ser exigidas para 1. O probiema de espaço é ainda maior em se tratando dessa cen­
que a biblioteca possa realizar um real trabalho de ensino e pesquisa. tralização. Para organizar as tão necessárias salas particulares para es­
Essas qualidades são não só de ordem cultural como também de or­ tudo, o prédio da biblioteca terá de ser muito grande.
dem técnica e moral. É imprescindível que os funcionários da bibliote­ 2. Separa a biblioteca da escola. Quando cada biblioteca está liga­
ca estejam cônscios de sua responsabilidade, que sejam dotados de gran­ da à respectiva escola, desperta maior interesse e agrupa os assuntos
de desejo de servir e que procurem tornar o mais útil possível o mate­ correlatos. Para evitar esta desvantagem, a biblioteca pode lançar mão
rial de sua biblioteca. de outros meios para manter o interesse dos professores e alunos das
Sendo a universidade a reunião de várias escolas de nível superior diversas escolas. Por exemplo: conservar junto a cada escola uma pas­
e de especializações diferentes, surge a questão de ser a biblioteca cen­ ta onde haja uma relação de todas as obras que a biblioteca possui,
tralizada ou descentralizada. de utilidade para ela; enviar mensalmente listas de novas aquisições;
O ideal é que seja ela centralizada, o que não significa que todo manter uma pasta contendo catálogos enviados pelas diversas edito­
o seu acervo precise obrigatoriamente estar colocado num único edifí­ ras; encarregar uma funcionária da biblioteca de renovar os catálogos
cio, Poderá estai, ou poderá haver uma biblioteca central e diversas e de incluir as listas mensais nas respectivas pastas.
setoriais, junto às diferentes escolas. O indispensável é que obedeça Naturalmente, as vantagens e desvantagens de centralização em
a uma única direção, a qual efetua a aquisição e o registro do material um único prédio são diametralmente opostas às citadas para a biblio­
bibliográfico, administra os serviços técnicos (classificação, cataloga­ teca central que mantém bibliotecas setoriais. Economicamente, a se­
ção, preparo do material para circulação etc.) e orienta o trabalho de paração é também um grande problema. Manter uma biblioteca junto
modo geral. Isto proporciona uniformidade de processo e supervisão a cada escola exige maior número de funcionários, de livros, de catá­
completa do bibliotecário sobre todo o material da biblioteca. Podere­ logos etc., dividindo muito a verba, que, no caso de prédio único, é
mos mesmo chamar a este tipo de centralização de “ descentralização melhor aproveitada.
coordenada” . A descentralização consiste em diferentes bibliotecas autônomas,
As bibliotecas setoriais encarregam-se de atender aos leitores, completamente independentes da biblioteca central. Este sistema, que
auxiliá-los em seus trabalhos, receber as sugestões e encaminhá-las à não é aconselhável, em geral existe por força das circunstâncias. São
biblioteca central. Por meio de um catálogo coletivo a biblioteca cen­ bibliotecas de escolas que não pertenciam à universidade e eram inde­
tral não terá dificuldade em localizar os documentos solicitados. pendentes. Fundada a universidade, as escolas, embora distantes umas
Vantagens da centralização em um único edifício: das outras, passam a pertencer ao sistema universitário; entretanto, as
bibliotecas não aceitam a direção da biblioteca principal; em geral há
1. São muitas as escolas que se interessam pelas mesmas obras e bastante colaboração entre essas bibliotecas descentralizadas, mas ca­
assim ficam todas elas reunidas.
da uma continua com direção própria, acarretando prejuízos para o
2. O leitor, freqüentando a biblioteca, estará em contato côm to­ trabalho que realizam.
do o estoque que ela possui.
Para que o objetivo da biblioteca universitária seja atingido, é in­
3. Maior oportunidade de troca de idéias entre os membros que dispensável que as atribuições da biblioteca central, que é o órgão coor­
constituem a universidade e o pessoal da biblioteca, convívio útil ao denador dos trabalhos, estejam perfeitamente definidas. Os responsá­
trabalho educacional e de pesquisa, quer como orientação, quer como veis por ela devem estabelecer normas de serviço, mediante análise das
sugestão. necessidades.
Para evitar que o trabalho de laboratório e de certos cursos seja A biblioteca universitária, quer centralizada, quer descentraliza­
prejudicado por não haver à mão material de interesse imediato para da, além do ponto de vista de organização técnica e de outros já anali­
experiências, demonstrações e preleções, a biblioteca manterá, junto sados, ainda se caracteriza por atividades que lhe são peculiares.
a cada escola, o indispensável para essa consulta. Este material será Deve ela tomar-se um centro natural para estimular a comunida­
adquirido, classificado, catalogado e controlado pela biblioteca. Para de universitária, oferecendo oportunidade à satisfação de sua curiosi­
haver centralização em um único edifício, é indispensável que todas dade intelectual e ao desenvolvimento de sua imaginação criadora. Lan­
as escolas que formam a universidade estejam localizadas próximas çando mão de seu mundo impresso, poderá organizar comemorações,
umas das outras. exposições regulares, incluindo fotografias, postais, cartazes, mapas,
Desvantagens da centralização em um único edifício: gráficos, filmes, o que entre nós é ainda muito difícil, devido à dificul-
18 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 19

dade financeira. O material audiovisual é de inestimável valor na edu­ orientação e progresso da literatura profissional biblioteconômica. Esta
cação. Poderá promover palestras, conferências, enfim, todas as ini­ cooperação profissional e as resoluções dos problemas em conjunto evi­
ciativas que venham contribuir para a cultura. É muito importante que tarão o desperdício de esforços isolados na superação de dificuldades
a biblioteca esteja integrada aos dirigentes administrativos e educacio­ iguais ou semelhantes. É enorme a utilidade deste intercâmbio de idéias
nais da universidade a que pertence, pois, se a biblioteca e a universi­ e experiências entre os bibliotecários.
dade formam um todo, é indispensável uma larga compreensão e cola­ O ponto de vista financeiro é primordial. É lógico que o êxito da
boração entre os elementos de uma e de outra. biblioteca universitária está em grande parte na dependência do apoio
Para a classificação das obras da biblioteca universitária, deve ser financeiro que receber da administração. Este é um problema comple­
adotado o Sistema de Classificação Decimal (CDU), nas suas edições xo e delicado, que não depende, porém, do bibliotecário; mas, com
desenvolvidas e abreviadas; o catálogo do público deve ser sistemático. relatórios bem feitos, apresentando o trabalho realizado, exaltando os
E importante que se oriente o leitor quanto ao uso da biblioteca. serviços prestados com gráficos demonstrativos do crescente progres­
A pessoa encarregada de atender ao público deverá dar todas as infor­ so, possivelmente se estimulará o desejo de oferecer uma verba pelo
mações, tais como a classificação usada, a consulta do catálogo, a dis­ menos razoável à biblioteca, que lhe permita manter a sua eficiência.
posição dos livros nas prateleiras, enfim, deve fazer com que o leitor A biblioteca universitária bem administrada orienta suas ativida­
não tenha a mínima dúvida sobre como encontrar o que deseja. des para atender aos seus objetivos. Reunindo e organizando o mate­
Deve-se procurar dar assistência quanto à referência especializa­ rial impresso, serve infiniíamente ao ensino, à pesquisa e aos progra­
da, orientar a apresentação de trabalhos diversos, tais como teses, bi­ mas de extensão universitária. Dando assistência aos leitores, partici­
bliografias, artigos etc. Será interessante aproveitar os meios de divul­ pa da função interpretativa da universidade.
gação existentes para estimular o uso das coleções armazenadas. Periodicamente tomamos conhecimento de dados numéricos re­
Os bibliotecários de bibliotecas universitárias não poderão dispen­ ferentes às inúmeras universidades que há pelos diversos países e apro­
sar o auxílio dos técnicos para classificar os livros que apresentarem ximadamente do número de alunos universitários. Vemos esses núme­
dificuldades. ros crescerem cada vez mais; portanto, é fácil avaliar a responsabilida­
Quando surgirem novos assuntos, não havendo ainda, no sistema de que cabe às universidades e, consequentemente, às suas bibliotecas,
de classificação usado pela biblioteca, um número para esses assuntos, na formação desses que serão por certo os líderes do futuro.
terão eles de apelar para os professores, para que os elucidem sobre A biblioteca deve, portanto, funcionar como parte integrante do
a matéria. Depois de compreender do que se trata, escolherão o núme­ processo educacional, para o qual a universidade existe.
ro que na classificação usada lhes parecer mais conveniente para os A evolução dos meios de registro da informação e aprendizagem
mesmos. tem sido tal que, a partir de meados deste século, houve profunda mu­
Há também obras cujos assuntos não parecem bem definidos, aos dança no conceito de biblioteca e especialmente no de biblioteca uni­
olhos de leigos, e exigem igualmente que sejam consultados técnicos versitária, que é atualmente um verdadeiro centro de informação.
para uma classificação exata. Como já foi descrito, cabe à biblioteca universitária reunir o ma­
O professor só pode ser eficiente ensinando através da biblioteca, terial apropriado aos seus objetivos, classificá-lo, organizá-lo tecnica­
pois nela encontra campo que permite constante atualização de conhe­ mente, armazená-lo com a máxima rapidez e pô-lo à disposição dos
cimentos; é através da biblioteca que o estudante tem oportunidade de usuários.
realizar um trabalho independente, de pesquisa, trabalho que é dirigi­ É claro que para este trabalho a biblioteca terá de contar com re­
do no sentido da expansão do conhecimento. Compreendendo a ex­ cursos humanos quantitativa e qualitativamente capazes de atender às
tensão do valor da biblioteca, o corpo administrativo e o educacional exigências dos que demandam a informação.
serão para ela um apoio a todo o seu trabalho. Depois da segunda guerra mundial houve um enorme avanço tec­
A biblioteca deve estar filiada a associações de bibliotecários, as­ nológico que alterou os meios de comunicação de massa e trouxe co­
sociações educacionais, sociedades culturais; pelos relatórios anuais e mo consequência uma grande modificação na vida da biblioteca, que
publicações dessas entidades é que a biblioteca toma conhecimento das passou a ser um dos maiores disseminadores da informação. Seu acer­
iniciativas, das experiências, das conclusões mais recentes e das ativi­ vo deixou de ser apenas bibliográfico, para abranger também discos,
dades dessas organizações. Isto constitui uma das melhores fontes de diapositivos, filmes, fitas gravadas, que são oS materiais não impressos.
20 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 21

Com seu acervo assim enriquecido, a biblioteca é hoje considera­ Além dos itens já mencionados sobre a base essencial de uma boa
da um dos “ multimeios” de aprendizagem. organização de biblioteca universitária, gostaríamos de acrescentar:
Vemos, pois, que os meios não impressos estão se generalizando. a) organização de bibliotecas depositárias para abrigar material
São excelentes não só pelo muito que poupam em espaço como pelo fora de uso nas bibliotecas universitárias, o qual deve ser conservado
que representam em economia. As microfichas, cartões com filme trans­ para consulta ocasional;
parente, podem abrigar um livro inteiro num único cartão. Seguida­ b) controle sobre teses, dissertações, relatórios, trabalhos apresen­
mente estão surgindo novos processos de preparo desse material, cada tados em congressos etc., não publicados comercialmente, mas que são
vez mais perfeitos. Há a ultra-supermicroficha, onde num cartão são de muito valor para o acervo das bibliotecas;
apresentadas 1.000 páginas impressas. Apareceu nos Estados Unidos c) reconhecimento da importância e do papel do bibliotecário co­
a ultramicroficha (UMF) que pode registrar até 3.200 páginas, o que
mo especialista em informação.
significa reunião de muitos livros. A UMF pode ser lida em aparelho
aperfeiçoadíssimo, o qual mostra a imagem bem aumentada.
O videoteipe também está sendo usado para reproduzir páginas Bibliotecas públicas
impressas. Há videoteipes que apresentam o registro da informação sob
a forma de sons e imagens em movimento. São constantes as inova­ As bibliotecas públicas são instituições básicas para o processo de
ções no campo desses novos meios de registrar a informação. educação, cultura e informação de um povo. Seus objetivos principais
Há também o videodisco, o vídeo-longplay e os filmes, que pro­ são: estimular, nas comunidades, o hábito de leitura e preservar o acervo
porcionam exibições repetidas, sem interrupção, chamados filmes cultural.
repetitivos, Sendo ponto pacífico a sua importância na vida de uma comuni­
A reprodução de textos por meio de aparelhos tipo Xerox já é mui­ dade, será de indiscutível valor que se organizem sistemas de bibliote­
to usada entre nós e vem prestando inestimáveis serviços. cas públicas em cada estado, onde um Serviço Central possa liderar
Atualmente já vemos também o computador e outros recursos ele­ a organização das mesmas em seus diversos municípios.
trônicos utilizados em pesquisa, para armazenar e recuperar a Haverá grande economia quanto à instalação e manutenção das
informação. mesmas, pois esse Serviço Central programará, coordenará e orienta­
Continuando nesta evolução, por certo os processos manuais de rá as atividades básicas, fornecerá os equipamentos necessários e pro­
indexação, de transmissão e de divulgação de conhecimentos serão aos videnciará o acervo, que deverá ser enviado já tecnicamente prepara­
poucos substituídos pela informação automatizada e os processos ma­ do . É evidente que uma aquisição para abastecer muitas bibliotecas go­
nuais passarão a ser usados mais raramente. Será a informatização tam­ zará de consideráveis descontos, proporcionando às cidades institui­
bém ná biblioteca. ções muito mais ricas e úteis, ao contrário do que ocorreria se cada
As ilnivèrsidades precisam apoiar suas bibliotecas, dando-lhes re­ cidade se incumbisse de organizar sua própria biblioteca. É certo que
cursos sufidéntes para preparar uma infra-estrutura básica indispen­ a padronização de serviços reduz, e consideravelmente, o custo opera­
sável para alcançar seus objetivos. É indiscutível que grande parte dos cional.
recursos informativos se encontra nas bibliotecas universitárias. Se for Naturalmente, decidida a criação desse Sistema, serão estabeleci­
organizado um inteligente plano de cooperação para utilizar esses re­ dos os objetivos específicos, planejada a estrutura, fixado o apoio fi­
cursos estocados nas diversas bibliotecas, os pesquisadores e estudio­ nanceiro, garantido o indispensável apoio legal, escolhido o corpo de
sos poderão contar com um volume de informação infinitamente maior. coordenadores, o qual deverá ser composto de técnicos eficientes e in­
A cooperação é básica para qúé haja um real aproveitamento dos re­ teressados no sucesso do empreendimento e, finalmente, implantado
cursos informativos existentes e para evitar a duplicação de meios pa­ o Sistema.
ra fins idênticos. O Sistema oferecerá condições de conciliar a educação e a cultu­
Nos países desenvolvidos essa colaboração se acha difundida, po­ ra, atendendo às necessidades da comunidade e encarregando-se de
rém entre nós ainda está longe de alcançar o que seria de desejar. Já manter um verdadeiro Centro Cultural. No decorrer do trabalho a preo­
há o Sistema Nacional de Informação Científica e Tecnológica (SNICT) cupação é suprimir as barreiras e proporcionar ao máximo a utilização
e toda biblioteca universitária deve dele participar. da biblioteca.
!■
(■
Organização e administração — 23
j. 22 — Organização e administração de bibliotecas
\ sentado, seja para conhecer a estrutura do livro e saber como reparar
Para compreender a comunidade é necessário conviver com os um livro estragado.
J usuários. São eles a razão de ser da biblioteca. Para atingir seus objeti-
O livro encadernado é mais sujeito ao bicho do que a brochura
j vos ela precisa manter-se atualizada em relação aos problemas da so­
ou mesmo o cartonado, porém a encadernação aumenta a durabilida­
ciedade. Deve ter participação ativa na vida da comunidade a que se de, tornando-o mais resistente.
! destina.
Denominação das partes externas do livro:
Por meio de relatórios anuais o Serviço Central poderá acompa­
nhar as atividades das diversas bibliotecas, podendo, aproveitando as
várias experiências, fazer sugestões para aperfeiçoá-las e torná-las ca­ CORTE CABEÇA
da vez mais úteis. SEIXAS
Estando decidida a organização do Sistema Estadual de Bibliote­
cas, o plano deverá ser dividido em metas, registrando o que deve ser
executado em cada período, até que toda a rotina esteja perfeitamente
estabelecida e se possa dar início ao funcionamento das mesmas.
Estatísticas e relatórios — Para controle do trabalho, são impres­
cindíveis estatísticas mensais que, reunidas, ofereçam o relatório anual
das atividades. É este o melhor índice da eficiência e da utilidade da
ESPELHO OU ROSTO
biblioteca. Os relatórios devem ser regulares, precisos, claros e devem
registrar todos os fatos importantes ocorridos durante o ano. Devem
ser também de fácil leitura.
São aconselháveis as seguintes estatísticas mensais: total de livros
classificados e catalogados (separando os de ficção dos classificados
propriamente ditos e separando-se também por língua); total de fichas
para os catálogos do público e para os diversos fichários do bibliotecá­ FILETE

rio; total de mapas, periódicos, folhetos etc. classificados e cataloga­ CANTO


dos; total de bolsos e cartões dos livros: total de livros e outros perdi­

dos, descartados e recatalogados; total de revistas, livros etc. compra­
dos, permutados e recebidos por doação.
; Diariamente pode ser anotada a freqüência e a circulação (por as­
sunto e por língua).
Pelas estatísticas de consultas e circulação podemos saber se o uso
do acervo está aumentando, se os tipos de consultas têm mudado, qual
a razão, e se a verba é suficiente para atualizar o acervo, a julgar pelas' Ao mandar livros, coleções de periódicos etc., ao encadernador,
solicitações. devemos fazer uma lista com cópia do material enviado, ficando uma
De posse destes dados todos, o bibliotecário tem base suficiente com o bibliotecário, para conferir ao receber o serviço, e outra com
para mostrar o que realizou. Servirão de base também quando se pro­ o encadernador, ambas assinadas pelo bibliotecário e pelo
jetar qualquer alteração nos sistemas. encadernador.
As estatísticas podem variar, porém suas características indispen­ Toda biblioteca, principalmente a circulante, não pode dispensar
sáveis são: simplicidade; exatidão absoluta, para que tenham real va­ a sua seção de consertos. Reparos feitos empiricamente nunca dão bom
lor; clareza; compreensão; oportunidade; e, finalmente, devem ser bas­ resultado. Um conhecimento técnico do trabalho oferece oportunida­
de de melhor aproveitamento do material.
tante completas, para fornecer as informações necessárias.
Para a boa conservação do material bibliográfico, a biblioteca deve
Encadernação e reparação dos livros — É indispensável a quem ser bem arejada e muito bem cuidada. É indispensável a limpeza pe­
trabalha em biblioteca conhecer algo a respeito de encadernação; seja riódica de todo o acervo.
para determinar o trabalho ao encadernador e julgar o serviço apre-

:
24 — Organização e administração de bibliotecas Organização e administração — 25

O nosso clima é prejudicial ao livro pois, no Brasil, em geral o Material para o trabalho técnico:
ar é úmido e quente. Isto contribui para o aumento de insetos e o apa­ Um livro de tombo (Fig. 3) ou 1.000 fichas de tombo (Fig. 2)
recimento do mofo, que tanto prejudica não só a encadernação como 100 fichas para registro de revistas (Fig. 15)
o próprio livro. 100 fichas para registro de jornais (Fig. 16)
A solução ideal seria o ar condicionado para controlar a tempera­ 10 blocos (de 100 folhas) para registro de circulação (Fig. 20)
tura e a umidade, porém conhecemos as dificuldades de ser adotada 1.000 fichas para registro de leitores (Fig. 19)
tal providência. 10.000 cartões de catalogação (ficha branca, medindo 7,5 x 12,5cm)
Daremos três receitas que podem ser aplicadas aos livros, com bas­ 1.000 bolsos (Fig. 7)
tante sucesso, a fim de imunizá-los. 1.000 cartões do livro (Fig. 8)
100 blocos (de 100 folhas) de data de entrega (Fig. 9)
I 1.000 papeletas de doação (papeleta medindo 8 x 3,5cm, com lu­
gar para pôr o nome do doador e a data da doação)
Pincelar o livro,* junto da costura, com um produto denominado 100 fichas guias (fichas iguais aos cartões de catalogação, porém
“ Fredrin” e deixar em lugar fechado durante dois ou três dias. tendo uma projeção para receber a notação alfabética ou numérica —
ver Fig.4; a notação alfabética ou numérica é datilografada).
li
Acervo bibliográfico:
Álcool bencílico 100g No mínimo 1,000 obras.
Ácido fênico 25g
Usar esta solução como foi indicado na primeira receita. Móveis e equipamentos:
Quanto aos móveis e equipamentos, pode também ser consultado
lli o capítulo sobre “ Distribuição de espaço em bibliotecas“ , onde há re­
ferência sobre os mesmos.
Pulverizar as prateleiras ou passar, com pincel, DDT líquido. De­
pois de secar as prateleiras, guardar os livros e colocar DDT em pó,
para não os manchar.

Relação do material indispensável para instalação de uma peque­


na biblioteca:

Material de escritório para o trabalho de biblioteca:


Carimbo com o nome da biblioteca, carimbo de datas, almofada
para carimbos, bloco de papel para carta com o nome da biblioteca,
envelopes timbrados, gomeiro, tinta para almofada de carimbo, goma-
arábica, tinta nanquim, clipes, alfinetes, borracha para lápis e para má­
quina, elásticos (borrachinhas), mata-borrão, fita adesiva, papel de car­
ta aérea, papel de ofício timbrado, papel de cópia, envelope para car­
ta, livro de visitas, livro de protocolo para anotar saída de correspon­
dência, classificadores (pastas para arquivar ofícios, cartas etc.), per­
furador, grampeador, máquina de escrever tipo elite.

(+) O livro atacado pelo bicho deve ser isolado e muito bem desinfetado, para evitar
que se espalhe essa calamidade pela biblioteca toda.
Aquisição e seleção de material — 27

de livros de psicologia. Trata-se de tendência natural que deverá ser


combatida pelo bibliotecário consciencioso.*
Cabe à biblioteca promover o uso do acervo. Assim, deve possuir
livros que possam contribuir para a cultura geral do leitor, livros de
ficção, que constituem a parte recreativa da biblioteca, e livros que não
são propriamente para serem lidos, mas consultados. São estes os que
2 formam a coleção de referência, a qual inclui dicionários, enciclopé­
AQUISIÇÃO E SELEÇÃO DE MATERIAL dias, almanaques, atlas, manuais, guias turísticos, bibliografias, volu­
mes de referência literária, histórica e geográfica, documentos, exem­
plares de edições caras e raras e algumas publicações governamentais.
Esta coleção de referência deve ficar em estantes separadas e seus vo­
O primeiro trabalho de uma biblioteca é a constituição do fundo, lumes só serão emprestados em casos excepcionais.
isto é, procurar adquirir o material, que pode ser obtido por compra, Além de livros, a biblioteca deve ter também periódicos, seleções,
doação ou permuta. folhetos, jornais, mapas, coleção de estampas, arquivo de informações
Em se tratando de compra, surge o problema da seleção. O bi­ e, se possível, filmes, microfilmes e outros materiais audiovisuais.
bliotecário deve executar com o maior cuidado este trabalho, procu­ O bibliotecário precisa pôr o leitor em contato com o material bi­
rando empregar, do melhor modo possível, averba da biblioteca, que bliográfico adequado às suas necessidades e interesses. Resolvemos in­
depende quase totalmente de sua cultura e critério. cluir aqui as “ cinco leis da biblioteconomia” do conhecido bibliotecá­
É necessário dotar a biblioteca de tudo o que vise a realizar os seus rio indiano S. R. Ranganathan, por definirem, com grande simplici­
objetivos. No Brasil, porém, a escolha ainda é muito difícil, porque dade, o problema da biblioteca e do bibliotecário. Se forem obedeci­
não dispomos de boas bibliografias; temos de nos limitar a listas de das, o objetivo da biblioteca terá sido atingido:
livrarias, uma ou outra bibliografia, ainda que pequena, críticas lite­ 1. os livros são para serem usados;
rárias e resenhas publicadas em jornais e revistas. Para os livros es­ 2. a cada leitor, seu livro;
trangeiros, especialmente os franceses e americanos, existem ótimos ca­ 3. para cada livro, seu leitor;
tálogos e bibliografias. As sugestões dos leitores são dignas da maior 4. economizar o tempo do leitor;
atenção, pois nos revelam os seus interesses. Desse modo, devem ser
5. a biblioteca é um organismo em constante desenvolvimento; deve
estudadas e, quando julgadas convenientes, atendidas com a máxima
crescer e atualizar-se.
brevidade. Dependendo do tamanho da biblioteca, podemos anotar as
sugestões em listas ou organizar um fichário das mesmas. Três pontos Levando em conta as considerações a respeito do critério para se­
de vista devem ser observados nesta seleção: lecionar as aquisições, daremos a tabela organizada por Brown, sobre
as diferentes porcentagens que ele recomenda, dentro de cada assunto:
1. Imparcialidade crítica do bibliotecário. O bibliotecário deve
lembrar-se sempre de que não é e não deverá ser instrumento para Ciências p u ra s............................................................... 8%
uma determinada ideologia. Precisa ser indiferente e imparcial com Ciências aplicadas.......................................................... 7%
relação às suas próprias crenças e teorias. Deve ser “ elástico” e le­ Belas-artes....................................................................... 7%
var a sua imparcialidade a ponto de comprar obras boas de várias ideo­ Ciências sociais.............................................................. 8%
logias, julgadas de utilidade, embora sejam contrárias ao seu modo Teologia......................................................................... 6%
de pensar. História e viagens..................................................... 15%
2. Não rebaixar o nível da biblioteca. O bibliotecário não deverá Biografia........................................................................ 8%
procurar o livro barato, mas sim os bons livros, que é o que o leitor
necessita. Elevará, assim, o nível da biblioteca. (*) Em diversas observações usamos a palavra “ livro” para facilitar a exposição sobre
seleção, porém queremos nos referir a todos os materiais indispensáveis para que seja
3. O bibliotecário deve ter em mente que não compra livros para atingido o objetivo da biblioteca. É claro que são importantíssimas as assinaturas de
si, mas para o público. Assim, se ele se interessar por psicologia, não periódicos, os mapas, os modernos recursos audiovisuais, enfim, todas as novas formas
deverá ver nisso razão para dotar a biblioteca de um grande número de registro da informação.
28 — Organização e administração de bibliotecas Aquisição e seleção de material — 29

Linguagem e literatura................................................. 5% exemplar, em mau estado; a biblioteca deve reservar-se o direito de não
Poesia e drama............................................................ 6% aceitá-la. Se o seu estado, porém, for bom, pode permutá-la com ou­
Romances...................................................................... 20% tra biblioteca que por ela se interesse, ou mesmo doá-la. Este é um sim­
Diversos..................................................................... 10% ples exemplo, mas são diversas as situações em que se tem de proceder
desse modo.
É difícil selecionar bem. Hoje já não se recomenda selecionar de A permuta é um bom sistema para não atulhar as bibliotecas de
acordo com as classes do Sistema Decimal de M. Dewey, ou qualquer duplicatas desnecessárias e também para enriquecer os seus acervos.
outro. É indispensável atender às correntes culturais e sociais de nossa Consideram-se também como doação as publicações oficiais, en­
época. A seleção precisa considerar o material bibliográfico existente viadas pelos diversos departamentos do governo, e a distribuição gra­
e o interesse do leitor. tuita de obras diversas, efetuada por instituições oficiais, como, por
Nossa experiência em atender à procura em biblioteca geral nos exemplo, o Instituto Nacional do Livro.
proporcionou a organização de uma tabela que mencionamos apenas Obs.: 1) Ao recebermos o material adquirido devemos conferir para
como base de orientação, não a considerando como recomendação de­ verificar se está de acordo com a encomenda, se as obras não apresen­
finitiva.* tam defeito de encadernação ou impressão, se as notas fiscais estão
Já modificamos as porcentagens apresentadas em outras edições exatas, os preços certos e se tudo que consta das notas está sendo en­
de nosso trabalho, porque, em pesquisas recentes, encontramos alte­ tregue. Estando tudo em ordem, as notas devem ser encaminhadas à
rações no interesse dos consulentes que freqüentam nossas bibliotecas. seção de compras para o devido pagamento.
Aliás, este fato é perfeitamente compreensível, pois é normal que haja 2) São publicadas no Brasil as seguintes bibliografias que podem
evolução no interesse dos usuários. ser úteis ao trabalho de seleção: Bibliografia Brasileira, publicada pelo
Instituto Nacional do Livro; Boletim Bibliográfico, publicado pela Bi­
Ciências puras.................. ....................................... 11 % blioteca Nacional; Boletim Bibliográfico, publicado pela Prefeitura do
Ciências aplicadas.................................................... 14% Município de S. Paulo; Oficina de Livros (obras catalogadas na fon­
Belas-artes........................................................... 6% te), publicada pela Câmara Brasileira do Livro.
Ciências sociais.......................................................... 12%
Teologia....................................................................... 2%
Filosofia................................................................... 7%
História e viagens.................................................... 12%
Biografia..................................................................... 4%
Filologia.......................... 4%
Literatura: romance.................................................. 11%
poesia....................................................... 4%
teatro........................................................ 4%
história.................................................... 4%
outros....................................................... 2%
Diversos...................................................................... 3%

A doação, que é sempre muito bem recebida, precisa também ser


selecionada, quer pelo interesse que representa, quer pelo estado em
que se encontra. Digamos que uma biblioteca já possua, em duplicata,
determinada obra que não seja muito procurada e que receba mais um

(*) Os assuntos tratados nas obras, atualmente, são muito complexos, não permitindo
mais separações como aparecem em tabelas como estas. Por exemplo, uma obra sobre
“ Estruturalismo’' pode abranger várias classes dos sistemas de classificação usados na
maior parte de nossas bibliotecas.
Tombamento ou registro de entrada — 31

Podemos também fazer o registro em folhas soltas, encadernando-


as posteriormente, o que permite que o tombo seja feito a máquina.

FICHA DE TOMBO

3 N? de tombo
TOMBAMENTO OU REGISTRO DE ENTRADA Autor: Slater, Alfred Cowley, 1875-1958.
38.561
Título: Minerais e minérios.

Todo livro, ao entrar na biblioteca, deve ser primeiramente tomba­ Lugar de pub.: S. Paulo: Casa pub.: LEP,
do, isto é, deve receber um número de acordo com sua entrada, que é Data de pub.: 1952. Data da entrada: 3/5/60.
chamado número de aquisição, de registro ou de tombo. Este número
Class. Preço: CrJ 58,00. Custo: CrJ 46,40. Encad.: Sim.
é colocado na página de rosto do livro e em outro lugar determinado, 549
para maior garantia. Em muitas bibliotecas é colocado sempre na pági­ S63m Obra: 1 / Volume 1/ Língua: Fort,
na 100. Em seguida registramos todas as informações aeíe referentes em Doação: —
ficha ou em livro de tombo, também chamado livro de inventário. As
informações que aparecem são praticamente as mesmas, porém os par­ Observações:
tidários do tombamento em ficha encontram nele as seguintes vantagens :
a) Mais coerência e atualidade, pois todos os trabalhos da biblio­ Figura 2
teca são feitos em fichas.
b) As fichas correspondentes às obras de um mesmo autor ficam
juntas, no fichário de tombo, por serem arquivadas por ordem alfabé­ Do exame das figs. 2 e 3, a única informação que pode exigir es­
tica de sobrenome do autor. O fichário de tombo é conhecido também clarecimentos é a questão de obra e volume. Ao tombarmos uma obra
por catálogo de inventário. escrita em diversos volumes, daremos um número de tombo ao 1? vo­
lume e marcaremos a entrada de uma obra e de um volume. Ao tom­
c) Mais uniformidade e estética, pois, sendo as fichas datilografa­
barmos, porém, o 2? volume, marcaremos apenas a entrada de um vo­
das, o aspecto é melhor. lume, não assinalando mais a da obra. Cada volume recebe um núme­
As vantagens encontradas pelos partidários do tombamento em ro de tombo e o seu registro ocupará uma linha do livro do tombo,
livro são: ou uma ficha de tombo. A entrada da obra é registrada quando é tom­
a) Maior segurança, pois, constituindo o tombo uma relação do bado o 1? volume.
patrimônio da biblioteca, a segurança é um fator ponderável. Há bibliotecas que registram a entrada de uma obra no acervo ape­
b) O único registro numérico da biblioteca, pois a qualquer mo­ nas pela primeira vez é consideram as duplicatas, isto é, os outros exem­
mento é possível saber a que livro corresponde um determinado núme­ plares, quer sejam de obras em um só volume, quer sejam em vários
ro. As fichas de tombo poderiam ser guardadas por ordem numérica; volumes, apenas como entrada de novos volumes.
haveria então a vantagem do fichário por número, com prejuízo da Nesse caso, se comprássemos dois exemplares de uma obra em qua­
vantagem de reunir todas as fichas de tombo de um mesmo autor. O tro volumes, registraríamos na coluna “ obra” o número I, quando es­
bibliotecário terá que optar quanto ao arquivamento dessas fichas, es­ tivéssemos tombando o 1? volume; ao tombarmos os outros, iríamos
colhendo o que mais interessar à biblioteca. colocando traço na coluna “ obra” e pondo o algarismo 1 em coluna
c) Um grande auxiliar para as extatísticas da biblioteca, pois a so­ “ volume” .
ma de suas diferentes colunas oferece totais interessantes, como, por De acordo com o exemplo teríamos registrado a entrada apenas
exemplo, o dinheiro gasto na compra de livros, em encadernação, to­ de uma obra e de S volumes. Não estamos de acordo com este critério,
tal de obras e volumes entrados etc. pois preferimos registrar cada coleção como obra separada. Teríamos
32 — Organização e administração de bibliotecas

4
CLASSIFICAÇÃO

Em biblioteconomia, classificar significa agrupar os livros segun­


do os assuntos de que tratam. Portanto, classificar é determinar o as­
sunto de um livro. E a classificação que dá, à biblioteconomia, a opor­
tunidade de ser considerada ciência. A classificação é usada como fer­
ramenta no serviço de recuperação da informação e no de referência.
Quando temos idéia bem clara do que é classificação, o trabalho
torna-se muito mais fácil. Quando verificarmos que uma obra é um
Figura 3 trabalho de urbanismo ou uma gramática inglesa, ela já está classifica­
da. A dificuldade surge quando os assuntos das obras não estão bem
então nosso acervo aumentado em duas obras e 8 volumes. Esta solu­ definidos, exigindo, da pessoa que empreende este tipo de serviço, uma
ção é mais racional, pois quando mencionamos em estatística o total boa cultura e bastante prática.
de nosso acervo, não indicamos as obras diferentes, mas sim o total Algumas vezes a obra trata igualmente de dois ou três assuntos,
de obras que possuímos. ficando o bibliotecário em dificuldade para classificá-la. Neste caso,
O nome do autor é registrado sempre pelo último sobrenome, se­ deverá ser dada a classificação que mais interessar à biblioteca. É in­
parado do prenome por vírgula, seguido das datas de nascimento e mor­ dispensável adotar um sistema de classificação para que se tenha este
te. Ex,: Dickens, Charles, 1812-1870. trabalho tecnicamente realizado. O sistema de classificação dá um nú­
No livro de tombo não colocamos uma coluna para a informação mero a cada assunto. Muitos são os sistemas existentes, porém o mais
“ classificação” , a fim de evitar que o livro, depois de classificado, pre­ aconselhável para bibliotecas gerais e populares é o sistema decimal
cise retornar à seção de tombamento para preencher essa informação. de Melvil Dewey. Universalmente conhecido, adotado por numerosas
A ficha de tombo segue dentro de seu respectivo livro para as seções bibliotecas, já há muito provou sua eficiência. A tabela resumida de
de classificação e catalogação, onde é completada. Pela mesma razão, Dewey encontra-se no fim desta obra, para ser efetuado o trabalho de
não colocamos no livro de tombo as datas de nascimento e morte do classificação.
autor. Na coluna “ observações” registraremos qualquer fato impor­
tante que se relacione com o volume (por exemplo: data em que foi Quaqdo a obra tratar de diversos aspectos de uma mesma maté­
ria, classifica-se no número geral do assunto, número este fornecido
descartado, perdido etc.). pelo sistema de classificação adotado pela biblioteca, porque abrange­
N a coluna “ Data de entrada” registramos a data em que a obra
rá todos os aspectos. Exemplo: um livro que contenha uma parte de
está sendo tombada. N a coluna “ Encadernação” colocamos as pala­
vras “ Sim” ou “ Não” , para se saber se a obra tombada é ou não en­ “ química analítica” , outra de “ química orgânica” e ainda outra de
cadernada. No caso de não ser e a Biblioteca pretender encaderná-la, “ química inorgânica” , deverá ser classificado no número geral de quí­
devemos colocar o preço da encadernação em lugar da informação mica: “ 540” , de acordo com Dewey (verificar na tabela).
“ sim” ou “ não” . Na coluna “ Língua” registramos a língua em que Suas tabelas podem ser usadas na íntegra ou resumidamente, con­
a obra está escrita. No livro de tombo da Fig. 3 devem ser registrados forme a possibilidade de crescimento da biblioteca. Os tratados ameri­
os livros e os periódicos encadernados. Quanto aos folhetos, periódi­ canos recomendam a edição abreviada de Dewey para bibliotecas cuja
cos não encadernados e mapas, as explicações são encontradas nos ca­ capacidade não ultrapasse 5.000 volumes; para as bibliotecas peque-
pítulos que tratam desses assuntos.
34 — Organização e administração de bibliotecas Classificação — 35

nas, embora com acervo superior a 5.000 volumes, não devem ser usa­ lhes dos vários assuntos, ainda, por meio de uma combinação de nú­
das mais que duas classes decimais. meros e sinais determinados, registra o lugar, o tempo, a forma, a lín­
O número de classificação é representado por três algarismos in­ gua, o ponto de vista etc. das obras a classificar. É, portanto, um sis­
teiros, depois dos quais virão as subdivisões decimais, Por essa razão tema mais descritivo que o de Dewey.
colocaremos um . (ponto) para separar os inteiros dos decimais. Vejamos alguns sinais; ( ) lugar
Partindo do mais complexo para o mais simples, aquele sistema “ *’ Tempo
oferece a possibilidade de se penetrar nos mínimos pormenores do as­ (O) forma
sunto. Ele divide os conhecimentos humanos em dez classes, as quais, - língua.
por sua vez, se subdividem em outras dez, e assim por diante, sendo O livro Situação econômica da França no século XVIII, escrito
infinita esta possibilidade de subdivisão, graças à sua base decimal. em português, será classificado de acordo:
É digno de atenção, o grande auxiliar de memória que representa Com Dewey: 338,0944. (Ver, no fim desta obra, a regra de locali­
a semelhança do desdobramento das diversas classes do sistema, evi­ zação dos assuntos.)
denciando o cuidado com que foi executado. Com o Decimal Universal: 338(44) “ 17" = 69*
A evolução constante da ciência obriga os sistemas de classifica­ Pelo exposto podemos concluir que o de Dewey é um sistema de
ção a progredirem. Como prova disto não encontramos na edição de classificação geral, visando à classificação de obras, enquanto o Deci­
1951 do Sistema de Dewey, por exemplo, um número para transistor, mal Universal é de classificação minuciosa, reproduzindo idéias, o que
cibernética etc., o que naturalmente exige pesquisa, estudo e consulta permite mais detalhes.
do bibliotecário, para que seja dado um número certo aos novos as­
suntos que forem aparecendo na biblioteca.* Pode-se supor que, com o correr do tempo, este sistema supere
completamente o de Dewey, devido às suas vantagens. Portanto, se a
Acompanha a tabela decimal um índice de assunto, específico e biblioteca a organizar tiver capacidade superior a 5.000 volumes, caso
detalhado, indispensável na tarefa de classificação. Nesse índice, em em que o bibliotecário não poderá adotar a tabela abreviada de De­
ordem alfabética, são encontrados os diferentes assuntos, seguidos dos wey, é conveniente estudar os dois sistemas antes de decidir a escolha.
números que lhes possam servir, conforme o ponto de vista sob o qual As explicações que precedem os dois sistemas são muito claras e não
seja o assunto tratado na obra a classificar. apresentam dificuldade a quem empreender a tarefa de classificar.
Exemplo: Classificada a obra, temos de identificá-la entre outras que tra­
Higiene (em geral)...................................................... 613 tam do mesmo assunto. Assim, se houver 10 obras de sociologia, to­
administração............................................. 351 das das receberão, de acordo com a tabela de Dewey, o n? 300. Como
das cidades................... 614 é possível identificar a de autoria de Gilberto Freyre? Entre os diver­
dom éstica............................................................ 648 sos processos usados para tal identificação, podemos citar a Tabela de
mental................................................................... 131 Cutter, a de Cutter-Sanborn, que apresenta algumas modificações à
profissional.................... 613 tabela original de Cutter, e a que fizemos, intitulada Tabela “PHA ” ,
saneamento das cidades..................................... 628 que vem sendo usada com sucesso.** Seguimos a distribuição de nú­
meros encontrada nas tabelas americanas, porém apresentando uma
Apesar de não ser possível apresentar aqui outros sistemas de clas­ combinação de letras que obedece à freqüência dos nomes nas biblio­
sificação, convém que seja feito um pequeno comentário a respeito do tecas brasileiras. Além de considerarmos várias listas de nomes frequen­
Decimal Universal (CDU), que se baseou no de Dewey. tes entre nós, ainda comparamos as combinações escolhidas com os
Partindo, por assim dizer, do “ tronco" organizado por Dewey, fichários de identidade de algumas bibliotecas, como, por exemplo, a
este sistema está hoje desenvolvido e aperfeiçoado; ele desdobra muito do Instituto Mackenzie, que então contava 37 anos de atividade e onde,
bem suas classes. Além de estender as subdivisões aos mínimos deta­
{*) "17” representa o século XVIII, ou seja, o século que começou em 1701. 69 é o final
(*) Novas edições do Sistema apresentarão os números para os assuntos que vão apare­ do número “ 469” dado ao assunto ‘‘filologia portuguesa” , como podemos verificar na
cendo no campo dos conhecimentos humanos, porém é evidente que as bibliotecas não tabela de classificação. Quanto ao número da França, usa-se o número de história, 944,
poderão interromper o trabalho de classificação até que sejam publicadas as edições tra­ porém em lugar do 9 colocam-se os parênteses, símbolo de localização, naquele sistema.
zendo as últimas novidades. (**) Publicada também pela T. A. Queiroz: 3? edição, revista, 3984,
36 — Organização e administração de bibliotecas Classificação — 37

além de haver um número elevado de obras estrangeiras, ainda figura país e inserir o algarismo / entre o 9 e o seguinte. Assim, 944 é a classi­
a maior parte de autores nacionais, graças à sua característica de bi­ ficação de história da França; 914.4 indicará geografia da França. Ou­
blioteca geral. Para tornar mais completo este livro, resolvemos orga­ tro exemplo: 950 corresponde à história da Ásia , 915 à geografia da
nizar uma tabela “ PHA” abreviada, que se encontra no final, com Ásia.*
todas as explicações necessárias ao seu uso, incluindo muitos exemplos 2. Não são classificados decimalmente os livros de ficção em pro­
sobre todos os problemas que possam surgir no trabalho de identifica­ sa, mas sim designados pela letra F.
ção do livro classificado. 3. As biografias individuais não recebem o número 920 (biogra­
Todos os números dos exemplos de identificação, apresentados nes­ fias coletivas), mas simplesmente 92. Há bibliotecas que usam apenas
ta obra, foram tirados da tabela “ PH A ” abreviada. Para bibliotecas a letra B.
maiores, aconselhamos a edição completa da tabela “ PHA” . 4. As obras de referência já mencionadas têm os seus números de
No exemplo citado, a obra será assim identificada: classificação precedidos da letra R e devem ser guardadas em seção
especial.
300 — Classificação de acordo com Dewey. Convém observar, junto ao 3? sumário da tabela de Dewey, as
F94s — F: Inicial do sobrenome do autor. subdivisões relativas à literatura brasileira, portuguesa e hispano-ame­
94: Número de acordo com a tabela “ PHA” para ricana, à história do Brasil e à classificação geográfica do Brasil, ao
o sobrenome do autor (edição abreviada), executar o trabalho de classificação. Estas subdivisões são muito úteis
s: Inicial do título da obra. às bibliotecas brasileiras.

Este conjunto de classificação e identificação é o que se denomina


“ número de chamada” . Este processo de identificação é adotado quan­
do a biblioteca usa a arrumação relativa dos livros nas prateleiras, que
adiante será explicada.
Exceção: no caso das biografias individuais, usa-se o número da
tabela “ PHA” para o sobrenome do biografado, porque é preferível
que as biografias de determinada pessoa fiquem reunidas. Neste caso,
não se usa a inicial do título do livro, mas sim a do sobrenome do au­
tor. Exemplo: Vicente de Carvalho, por Hermes Vieira, terá o seguin­
te número de chamada:

92 — Classificação.
C32v — C: Inicial do sobrenome do biografado.
32: Número encontrado na tabela “ PHA” para
Carvalho (edição abreviada),
v: Inicial do sobrenome do autor.

Esta explicação aparece também em capítulo à parte.


No caso das arrumações fixa e mista, a identificação da obra é
feita pela sua localização na biblioteca. Neste exemplo, ela seria en­
contrada pela indicação da sala, estante, prateleira e seu número na
prateleira, conforme pode ser observado no capítulo 7, “ Arrumação
dos livros nas prateleiras” .
Casos especiais de classificação: (*) Os números de classificação dos exemplos citados foram tirados da tabela decimal
1. Se quisermos, por exemplo, formar o número de geografia de de Dewey. Não precisamos usar 915.0 para geografia da Ásia, porque não se coloca ze­
qualquer país, é suficiente tomar o número de história do respectivo ro depois de vírgula dedntal, ficando, .portanto, apenas 915.
Catalogação — 39

O sistemático é organizado de acordo com o sistema de classifica­


ção adotado pela biblioteca. É, portanto, um catálogo de assunto, muito
aconselhável para bibliotecas especializadas. Sua estrutura será expli­
cada mais adiante.

O tronco do ipê
Ateacar, José Martiiúmo de, 1S29-IS77
5
CATALOGAÇÃO 690 Segundo, Joío Emílio do» Santos

100 Dumot, WillUia Jaroei, 1SS5-


Constnjç&es
690 Segurado, Joio Emílio doe Santos
Catalogar é registrar tudo o que há na biblioteca, para que o lei­ S43a AcaMmenios da» construções; estuques,
tor possa saber o que nela existe e qual a sua localização. 537 Biuhftt, Oeorges
O catálogo deve, portanto, poder informar o que existe de deter­ B91e Êlectricité, Cinquièmc íditjon ievue et
ooxrigfe, Paria, Masson, 1944,
minado autor, sobre determinado assunto e se há determinada obra 762p. üua» (Coara de physique génfaüe)
(título).

Figura f — Catálogo dicionário


Fichas reunidas em uma única ordem alfabética

O dicionário é baseado na ordem alfabética e funciona como ver­


dadeiro dicionário. São feitas, para cada livro, fichas encabeçadas pe­
lo nome do autor, pelo título, assunto e pelo nome do colaborador,
do tradutor etc., analíticas de autor, título e assunto e remissivas de
autor, titulo e assunto, sendo todas arquivadas numa única ordem al­
fabética, pela primeira palavra que aparece na ficha, não sendo consi­
derado o artigo inicial. É um catálogo muito simples e de fácil consul­
ta, pois basta conhecer o nome do autor, o título ou o assunto de um
livro para se saber se ele existe na biblioteca (Fig. 5).
As regras básicas de alfabetação, para arquivar as fichas em catá­
logos alfabéticos, são encontradas em capítulo à parte.
Figura 4 — Catálogo sistemático
O tamanho-padrão da ficha para estes catálogos é 12,5 x 7,5cm.
As fichas devem ser furadas na parte inferior, permitindo a passagem
Há diversos tipos de catálogos, porém os mais usados são o siste­ de uma vareta que, atravessando os orifícios, as mantenha na ordem
mático, também chamado classificado, o dicionário e o alfabético di­ certa. Devem ser sem pauta, para serem datilografadas.
vidido em três seções: autor, assunto e título.
40 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — - 41

Iniciando o trabalho de catalogação, o primeiro passo é o exame Resumo das fichas que devem ser feitas para os diversos catálogos:
das partes impressas do livro. Vejamo-las:
, autor
/ título
1. Páginas preliminares — São as que precedem a página de ros­ assunto
to, tais como página de ante-rosto, página de rosto adicional, verso ilustradores, colaboradores,
da página de rosto e capa. tradutores etc.
2. Página de rosto — Constitui o elemento mais precioso para o
catalogador. Nela deverá aparecer o nome do autor, o título, a edição Catálogo dicionário (fichas reunidas e < ( autor
e a imprenta, que consiste no conjunto: local de publicação, casa pu- arquivadas em uma única ordem analíticas titulo
blicadora e data de publicação. Entretanto, algumas vezes encontra­ alfabética) j ^ assunto
mos a imprenta, especialmente a data, no verso da página de rosto,
ou no fim do livro, ou ainda em alguma das páginas preliminares. \ remissivas
| autor
titulo
3. Prefácio — Nem todo livro tem prefácio, porém é útil, porque | assunto
geralmente explica a obra.
4. Introdução — Pode ser uma apresentação, como o prefácio, Catálogo sistemático ou classificado
assunto
e pode citar a matéria do livro. (fichas arquivadas pelo número de
analítica de assunto
chamada)
5. índice — É a lista, em ordem alfabética, do que a obra contém,
ou de nomes citados, apresentada no fim da obra. autor
6. Sumário ou conteúdo — É a lista dos capítulos, na ordem em Catálogo de autor (fichas arquivadas colaboradores etc,
que eles aparecem na obra. ordem alfabética) analítica de autor
7. Notas de rodapé, notas marginais, notas bibliográficas, apên­ remissiva de autor
dices, adendas etc. — Estes detalhes devera merecer a atenção do cata­
logador, pois muitas vezes são de interesse para os usuários da Topográfico (as fichas são arquivadas pelo número

I
de chamada)
biblioteca.
8. Texto — É a apresentação da matéria.
Os catálogos, tanto o classificado como o alfabético, são de im­
portância capital na organização de uma biblioteca. Devem estar sem­
pre atualizados, pois só assim estarão em condições de cumprir sua
Cabeçalhos ou rubricas
missão.
de assunto í todas as fichas são ar-
Identidade ou nome < quivadas por ordem
Regras para a elaboração das fichas catalográficas certo { alfabética
Casas publicadoras
Emprego de maiiísculas — 0 uso de maiusculas e minúsculas é
geralmente determinado pelas regras de cada língua; entretanto, há al­ Para o arquivamento das fichas de título temos duas soluções: 1) distribuir alfabetica­
gumas que devemos considerar nas fichas catalográficas. mente as fichas de título no catálogo de autor; 2) organizar um catálogo de título em
Usaremos maiúsculas nos seguintes casos: separado, em ordem alfabética, onde serão arquivadas também as analíticas e remissi­
vas de titulo.
1. Para todos os nomes próprios (nomes de pessoas, sobrenomes,
nomes geográficos). 4. Para as expressões de tratamento, quer escritas por extenso, quer
abreviadas, como: Dom, Sr., Madame etc,
2. Para a primeira palavra do título de uma obra, de algum título
citado, ou de um título alternado. 5. Para os nomes de sociedades, departamentos do governo e or­
ganizações em geral. Exemplos: Ministério da Educação, Academia
3. Para a primeira palavra depois do ponto. Paulista de Letras etc.
6. Todos os nomes que compõem as entidades coletivas são ini­
ciados por maiúsculas.
7. Os termos religiosos: Papa, Padre, Madre, Vigário, Sagrada,
Catalogação' — 43
42 — Organização e administração de bibliotecas

8. Para os pontos cardeais, e para termos empregados em lugar para todas as fichas que registiarão a obra nos catálogos. Quando apa­
de nomes próprios geográficos. Exemplo: cultura Oriental. recer na página de rosto mais de um nome de pessoa ou entidade, co­
mo autores da obra, faremos a entrada principal pelo primeiro nome
9. Quando abreviaturas correspondem a palavras escritas com mencionado, a menos que apareça na página de rosto outro nome de
maiusculas, elas também devem ser. Exemplo: Pe.(Padre).
autor em maior destaque.
Tomando uma ficha, datilografaremos o nome do autor, escre­
Em outras edições deste manual foram citadas regras para uma
vendo o seu último sobrenome em primeiro lugar, separando-o por vír­
redação abreviada de fichas catalográficas, baseadas na catalogação
gula e espaço dos nomes de batismo e de sobrenomes que antecedem
tradicional, quanto ao registro das informações, obedecendo às pon­
o último. Exemplo: Sérgio Luís de Carvalho Ramos encabecerá a fi­
tuações, margens, espaços etc. por ela estabelecidos. Porém, acompa­
nhando o grande esforço que está sendo feito por grupos de estudio­ cha assim:
sos, no sentido de uniformizar a catalogação, resolvemos enquadrar Ramos, Sérgio Luís de Carvalho, 1901-1968.
nossos exemplos nas regras para a catalogação descritiva de acordo com Após o nome virão as datas de nascimento e morte, quando co­
a ISBD(M) (International Standard Bibliographic Description), que visa nhecidas, as quais devem ser separadas, do nome, por vírgula e espa­
a normalizar a catalogação universalmente, o que trará como conse- ço. Coloca-se ponto final ao terminar a entrada principal. Quando a
qüência uma grande facilidade no intercâmbio internacional da infor­ entrada principal for longa e exigir continuação na linha seguinte, ou
mação bibliográfica, não só quando apresentada sob forma de escrita Unhas seguintes, essa continuação deverá entrar em terceira margem,
tradicional, como também permite a transformação das descrições em portanto a quinze espaços da margem esquerda da ficha, mantendo-se
dados legíveis à máquina. essa margem até terminar a informação.
Na ‘‘Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Mo­ As margens são classificadas em 1f, 2? e 3?, distando 9,12 e 15
nografias ISBD(M)", para definir as diferentes partes dos registros que espaços da margem esquerda da ficha, respectivamente. Ao datilogra-
figuram nas fichas, foram usados os termos elementos e áreas. Para
melhor ilustrar o trabalho de catalogação, depois de analisarmos as
diversas áreas, apresentaremos um jogo completo de fichas catalográ­
ficas para representar uma obra nos diferentes catálogos da bibliote­
ca. Iniciando a elaboração de uma ficha procuraremos comentar os
C la ss.
diversos dados que levantaremos, acompanhados das explicações in­ N9 PHA Nome do a u t o r ( e n tr a n d o p e lo ú ltim o sobrenom e)
dispensáveis para a colocação certa dos mesmos, de acordo com as de­ T í t u l o d a o b ra : s u b t í t u l o / A utor ou a u to ­
terminações da ISBD. Foram também convencionados sinais, pontua­ r e s : A u to re s s e c u n d á r io s . — n ? ed . — L o c a l s
ções e margens para que possa haver completa uniformização na dis­ E d i t o r a , D a ta ,
posição das informações nas fichas, o que é indispensável para a per­ p . ou v . : i l . , mapa. — ( S e r ie ; v. )
feição do trabalho.
N o ta s
Em primeiro lugar destacamos o nome do autor, que é a primeira ISBN
informação que usaremos para elaborar a ficha. Sempre deverá ser feita
uma pesquisa sobre o nome do autor e sobre os dados de seu nasci­ P is ta
mento (e morte, quando for o caso), para se colocar na entrada princi­
pal. O autor é uma pessoa ou uma entidade responsável pelo conteúdo
de uma obra. A ficha encabeçada pelo seu nome é considerada a en­
trada principal, também chamada ficha matriz. A entrada de uma fi­
cha é a palavra ou grupo de palavras que a encabeçam. O
A entrada principal aparece na quarta Unha da ficha e a nove es­
paços da margem esquerda da mesma. Sendo as fichas datilografadas,
as referências a espaços correspondem a espaços de máquina. Em to­
das as fichas que serão feitas para os catálogos, o nome do autor deve
Ficha 1
ocupar a mesma posição. A ficha principal é a que servirá de modelo
44 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 45

farmos as fichas, devemos deixar, do lado direito, cerca de dois espa­ Algumas vezes, no caso de tradução, aparece na página-de-rosto
ços de margem. Daremos o modelo de uma ficha para ilustrar a posi­ o próprio título em outro idioma, o que chamaremos de título equiva­
ção em que devem aparecer os diversos elementos (ver ficha 1). lente. Havendo título equivalente, ele será separado do título por es-
Examinemos as sete áreas que constituem as partes principais da paço sinal de igualdade espaço. Exemplo:
ficha e que se baseiam na entrada principal. Essas áreas são reunidas Diário de uma viagem ao Brasil = Journal of a voyage to Brazil.
em parágrafos e assim se apresentam: Este registro na ficha só deverá ser feito se o título equivalente
O primeiro parágrafo será formado pelas áreas 1, 2 e 3. A área aparecer na página de rosto.
1 abrange o título da obra, o subtítulo, algum dado com relação ao
autor, nomes de colaboradores, tradutores, ilustradores etc. A área 2 O título é registrado logo abaixo da linha destinada ao autor,
se destina à nota de edição e a área 3 é reservada à imprenta. iniciando-o em segunda margem. Ao continuar esta informação nas
linhas seguintes devemos voltar para a í 1 margem e permanecer em
O título é o nome que o autor dá à obra. O subtítulo é uma frase 1? margem até terminar o 1? parágrafo.
ou palavra que em geral vem em seguida ao título, explicando-o. O
título é separado por espaço âois-pontos espaço. H á autores que dão
mais de um título à obra, os quais são separados pela conjunção “ ou” ;*
para efeito de catalogação são considerados como títulos alternados
(ver ficha n? 2). O título da obra é separado do título alternado por
espaço dois-pontos espaço e a conjunção “ ou” . F
Q43v Q u e iro z , D inah S i l v e i r a d e , 1 9 1 1 -1 9 8 2 .
2 . ed . V erão doa i n f i é i s : rom ance / D inah S i l v e i ­
r a de Q u e iro z . — 2, e d . — R io de J a n e i r o ;
Jo s e Olympio : INL, 1971.
x i v , 100 p .

F ISBN
G97m G u im a rã e s, B e rn a rd o Joaq u im da S i l v a , 1 8 2 7 -1 8 8 4 .
M a u ríc io : ou Os p a u l i s t a s em S . J o a o d 'E l - 1. ROMANCE BRASILEIRO I . T í t u l o .
R e i / B e rn a rd o G u im arães. — 2 . e d . — R io d e
J a n e i r o : B r í g u i e t , 1941.
444 p . : i l .

Ficha 3

O A informação relacionada com o autor deve ser colocada após os


dados do título, sendo separada por espaço barra espaço. Nesta área
o nome do autor (pessoa ou entidade coletiva) deve ser transcrito co­
mo se encontra na página de rosto (ver ficha 3). Quando, em seguida
Ficha 2 ao nome do autor, houver títulos profissionais, de tratamento etc., não
devem ser colocados nas fichas, com exceção dos títulos de nobreza,
que devem figurar nas mesmas. Não devem ser mencionados também
(*) A conjunção será “ ou” se a obra for escrita em português; sendo em outra língua
será uma conjunção equivalente, na língua em que estiver redigida a obra. Não se deve cargos, iniciais de sociedade etc. O catalogador não deve colocar na
usar vírgula depois de “ ou” . ficha palavra alguma que não figure na página de rosto, tais como pre-
46 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 47

posições (por, de, etc.), conjunções (e, etc.) para efeito de unir infor­ dados referentes ao autor, porém na área 6 da ficha, como veremos
mações. Quando a obra tiver sido escrita por dois ou três autores, os brevemente.
seus nomes serão registrados na ficha, separados por vírgula. Caso ha­ Terminada esta primeira parte do primeiro parágrafo, trataremos
ja quatro ou mais autores, ou colaboradores com a mesma função, tais da disposição das áreas 2 e 3.
como ilustradores, compiladores, organizadores, registra-se apenas o A área 2, que consiste na nota de edição, é escrita em seguida à
primeiro nome e indica-se a ausência dos outros nomes por espaço re­ área 1, dela separada por ponto espaço travessão * espaço. Quando se
ticências espaço e a expressão et al. entre colchetes [et al.]. Esta ex­ trata de 1? (primeira) edição não há necessidade de registrá-la na fi­
pressão vem do latim et alii e significa “ e outros” . Exemplo: cha. Devemos sempre escrever o número da edição em algarismos ará­
Tratado prático de eletrônica / Raul Pereira ... [et ai.] bicos, mesmo que, na página de rosto, apareça em algarismos roma­
Quando não aparecem na página de rosto, os nomes dos colabo­ nos, ou em palavras por extenso, A palavra edição deve ser abreviada,
radores podem ser suprimidos. Esta é a determinação da regra, porém usando simplesmente “ ed.” (ver fichas 2 e 3). No caso de obras em
somos de opinião que o nome do tradutor figure sempre que encontra­ línguas estrangeiras, o número da edição segue a regra acima, porém
do, embora não na página de rosto. Para separar o dado referente ao a palavra “ edição” será escrita como estiver na página de rosto.
autor, dos nomes de tradutores, ilustradores etc., usa-se espaço pon- Considera-se uma nova edição, quando um livro ou outra qual­
to-e-vírgula espaço (ver ficha 4). Essa pontuação é também usada para quer publicação reimpressa apresentar modificações, atualizações, cor­
separar os nomes desses colaboradores entre si, ainda que estejam eles reções, ampliações etc. Quando não houver alteração alguma, será u m a
ligados por conjunção. simples reimpressão e o seu número não deve figurar na catalogação.
O catalogador deve examinar a obra, para evitar o erro de registrar
como nova edição o que, na realidade, não passa de reimpressão. É
comum as editoras empregarem mal a palavra edição.
575 Algumas vezes na página de rosto aparecem dados referentes a au­
M55g M e t t l e r , L aw ren c e E u g e n e , 1 9 2 9 - tores que trabalharam na nova edição, como nome do revisor, do co­
G e n e tic a d e p o p u la ç õ e s e e v o l u ç ã o ^ / L aw ren c e laborador etc. Esses nomes devem vir em seguida à nota de edição, de­
E . M e t t l e r , Thomas_G. G re g g ; t r a d u ç ã o d e Ro­ la separados por espaço barra espaço (ver ficha 5).
l a n d V en c o v sk y , J o a o L u c io d e A z e v e d o , G e rh a rd
B ä n d e l. — São P a u lo : P o líg o n o : E d . d a U n i­
Observar nas fichas 3 e 5 a pontuação que separa o subtítulo do
v e r s i d a d e d e S ão P a u l o , 1 9 7 3 .
título, a indicação da edição e, na ficha 5, o registro do nome do cola­
262 p . : i l .
borador dessa edição, separado por espaço barra espaço; ver fatnhAm
a pontuação que separa a área 2 da 3, ponto espaço travessão espaço.
A área 3 representa a imprenta, que consiste no conjunto: local
de publicação, casa editora e data (ano) de publicação ou de direito
autoral (Copyright), que deverá ser precedida de um c minúsculo, sem
ponto, sempre em algarismos arábicos. Exemplo: cl977. Estes dados
estão presentes, em geral, na página de rosto, porém, se não estive­
rem, precisam ser procurados no verso da página de rosto, no fim do
O livro, ou nas páginas que precedem a página de rosto, isto é, as pági­
nas preliminares.
O local de publicação é a cidade onde se encontra a casa editora.
Não sendo a cidade conhecida, ou se houver outra de igual nome, deve
Ficha 4 ser colocado o nome do estado ou país, para ser possível identificá-la.
Quando não houver citação do local de publicação, adota-se a abre­
Muitas vezes aparecem na página de rosto outras indicações co­ viatura “ s.l.” entre colchetes. Esta abreviatura vem do latim, sine lo-
mo bibliografias, apêndices etc. acompanhadas de nomes de seus au­
tores, as quais devem ser registradas do mesmo modo como foram os (*) Nas fichas datilografadas dois hífens formam o travessão.
48 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 49

co, que significa “ sem lugar” . É preciso atenção para não registrar guinte registro: [s.l. : s.n.], 1976 {Curitiba]. Vemos o nome da cidade
o local da gráfica impressora em lugar da casa editora. A casa editora de Curitiba entre colchetes, por não se encontrar na obra.
é a responsável pela publicação, custo de impressão e distribuição da A data de publicação da obra (apenas o ano) deve aparecer na fi­
obra, ao passo que a impressora somente se incumbe da parte material cha em algarismos arábicos. Já foi dito que na falta da data de publi­
da impressão. cação pode-se usar a de copyright.
Quando não se encontrar data alguma, o catalogador deverá pôr
uma data aproximada. Não se conseguindo data nenhuma, pode-se usar
o século.
7 9 3 .7 3 2 Como vemos em nossos exemplos, a imprenta aparece sempre na
R36d R ib e ir o , H é lio . _ . seguinte ordem: local, editora e data de publicação. O lugar de publi­
3 , ed, D ic io n á rio d e p a la v r a s c ru z a d a s : a u x i l i a r cação é separado do nome da casa editora por espaço dois-pontos es­
do c r u z a l i s t a e do c h a r a d i s t a / H e l i o R i b e i r o ,
paço. No caso de haver mais de um lugar de publicação, eles serão se­
— 3 . e d . r e v i s a d a e a m p lia d a / C o la b o r a d o r
parados por espaço ponto-e-vírgula espaço. Havendo duas editoras e
d e s t a e d iç ã o C a r l o s P e r d i r a d á V e ig a . Sao
dois lugares de publicação, a primeira editora e seu lugar serão separa­
P a u lo : P r o g r e s s o , 1 9 6 4 .
dos da segunda por espaço ponto-e-vírgula espaço. Havendo duas edi­
180 p .
toras e um só lugar de publicação, separa-se o lugar, da primeira edi­
tora, como já foi explicado; em seguida espaço dois-pontos espaço e
coloca-se o nome da segunda editora (ver ficha 3). A data é separada
do nome da casa editora por vírgula espaço. É este o último dado re­
gistrado no primeiro parágrafo, terminando com ponto final. Quando
for preciso colocar o lugar e o nome do impressor, então serão eles
que ocuparão o último lugar. A imprenta termina sempre com ponto
final, a não ser que a última informação seja registrada entre colche­
O tes, por ter sido obtida em fonte diferente e não na obra. Depois de
colchete não se põe ponto.
Terminado o primeiro parágrafo, passaremos ao segundo, onde
iremos encontrar as áreas 4 e 5. A área 4 é destinada à colação.
Ficha 5 Na colação será registrada o que chamaremos de descrição física
da obra.
Quando não se encontra na obra o nome da casa editora, coloca- Como vemos em nossos exemplos, a colação entra em segunda
se a abreviatura “ s.n.” entre colchetes. Esta abreviatura vem do latim margem, na linha logo abaixo à ocupada pela imprenta; consiste no
sine nomine (sem nome). registro do número de páginas ou volumes, de ilustrações, de mapas,
Há casos em que a casa editora é ao mesmo tempo a autora da do formato do livro e, quando for o caso, de algum material que acom­
obra; então, fazendo a entrada principal da ficha pelo seu nome, em panhe a obra. Caso a colação não caiba numa linha, continuará na
lugar de repeti-lo na imprenta, pode-se abreviá-lo. Também quando linha seguinte, em primeira margem. Analisando a questão da pagina­
se tratar de uma obra editada pelo próprio autor, no lugar da editora ção, encontramos algumas situações que merecem esclarecimentos, a
pode-se usar o seu nome, abreviadamente. saber:
Na falta do lugar de publicação e do nome da casa editora, ha­ 1) A obra pode ter as páginas numeradas e, nesse caso, registrare­
vendo na Obra o lugar da impressão e o nome do impressor, podemos mos o número da última página, seguido da abreviatura “ p / \
usá-los na ficha, registrando-os na imprenta, entre parênteses. 2) Se em lugar de estarem numeradas as páginas, estiverem nume­
Vejamos: radas as folhas ou as colunas, registraremos o último número delas,
[s.1. : s.n.], 1976 (S. Paulo, Gráfica Bandeirante) seguido da respectiva abreviatura, ‘77.” ou “ co/.” . Assim:
Se descobríssemos o lugar em que uma obra foi impressa, porém
essa informação não constasse do livro, faríamos, na imprenta, o se­ 230 p. 43 fl. 510 col.
50 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 51

3) Se houver páginas prefaciais, numeradas com algarismos ro­ tável uma aproximação para grupos de 50 folhas ou páginas. Sendo
manos, iniciaremos a colação assim: o registro feito nessa base, antes do total coloca-se a abreviatura “ca”
(tirada da palavra latina circa, que significa “ cerca de” ), Exemplos:
xiv, 135 p.
ca. 250 p. ca. 150 fl.
Note-se que os algarismos romanos são escritos.com minúsculas
(ver ficha 3).
A colação das obras escritas em mais de um volume deverá indi­
4) Algumas vezes a obra é dividida em seções numeradas com al­ car o número de volumes e não o de páginas.
garismos romanos e arábicos. Ora as páginas numeradas com algaris­
Se os volumes tiverem paginação continuada, coloca-se, depois do
mos romanos aparecem em primeiro lugar, ora aparecem no fim. De­
número de volumes, o número de páginas, entre parênteses. Assim:
vem ser registradas respeitando-se a ordem em que se apresentam. Ve­
3 v. (xix, 830 p.).
jamos:
Quando houver numa obra qualquer tipo de ilustração, é preferí­
viii, 251 p. 317, ix p. vel indicá-la na colação, por meio da abreviatura “il. Essa abrevia­
tura pode abranger lâminas, plantas, retratos, fac-símiles, desenhos etc.
Quando a obra apresenta até três seções numeradas, podendo mes­ Simplifica muito o trabalho de catalogação o uso de uma única abre­
mo ter páginas numeradas em algarismos romanos antes e depois de viatura. Faz-se exceção para o caso de mapa, em que é indicado sepa­
cada seção, registra-se na colação do seguinte modo: radamente, não sendo incluído nas ilustrações.
Portanto, como vemos nos exemplos dados, ao registrarmos a co­
xi, 170, xv p. xx, 202, 10 p. 93, xi, 180 p. lação na ficha, começamos com o número de páginas ou volumes. Em
seguida aparece a abreviatura “i l ” , se a obra possuir ilustração (ver
No caso de a obra estar dividida em quatro ou mais seções nume­ ficha 2). A separação entre essas duas informações é de espaço dois-
radas, somam-se as páginas ou folhas de cada seção e registra-se, na pontos espaçó. Depois da abreviatura "il," virá virgula espaço e a pa­
colação, o total acompanhado da observação “ em várias numerações’1. lavra “ mapa” ou “ mapas” , se a obra os contiver.
Assim: Em seguida deverá ser indicado o formato do livro, quando se de­
sejar registrar essa informação. Virá ela separada da última informa­
480 p. em várias numerações. ção por espaço ponto-e-vírgula espaço. Muitas bibliotecas dispensam
esse dado, não o incluindo na colação. Para se obter o formato, mede-
5) Há obras que apresentam seções não numeradas no início ou se a lombada e dá-se sua altura em centímetros, aproximando-se a fra­
no final do texto e elas não precisam ser consideradas pelo cataloga- ção para o centímetro seguinte. A indicação será, por exemplo: “ 25
dor; porém, se contiverem material de valor como ilustrações, glossá­ cm” .
rio, bibliografia importante, deverão ser contadas e indicadas entre col­ Terminada a colação, põe-se um ponto finai, se a obra não fizer
chetes. Exemplo: parte de uma série, e estará encerrado o 2° parágrafo, Se houver cita­
ção de série, ela constituirá a área 5 e deverá aparecer em seguida à
[18], 415 p. 327, [12] p. colação, na mesma linha, entre parênteses, dela se separando por pon­
to espaço travessão espaço (ver fichas 6 e 7).
6) Há também o caso das obras que se apresentam sem numera­ Sendo necessário continuar em outra linha, passará para a primeira
ção das páginas ou das folhas. Quando têm menos de 100 (páginas ou margem, permanecendo nessa margem até terminar a informação.
folhas) devem ser contadas e registrado esse total na colação da ficha, Considera-se série, uma coleção de publicações que se apresenta reuni­
entre colchetes. Exemplo: da por um título coletivo, em que os volumes conservam em geral o
mesmo formato e, normalmente, são publicados pela mesma editora.
[55] p. [32] fl. O nome da série é separado do número do volume por espaço ponto-e-
vírgula espaço. Entre a abreviatura “ n.” e o número do volume há
No caso de terem mais de 100 páginas ou folhas, elas podem ser wm espaço. Depois de parênteses não há necessidade de se colocar pon­
contadas, apresentando assim um trabalho mais perfeito, porém é aeei- to, Podemos também, se julgarmos conveniente, em lugar de apenas
52 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 53

92 537
A86m M a to s , M a rio , 1 8 9 3 -1 9 6 6 . B91e B r u h a t , G eo rg es
M achado d e A s s i s : o homem e a o b r a / M a rio 5. ed. É l e c t r i c i t é / G e o rg e s B r u h a t . — 5 . é d i t i o n
M a to s . — S. P a u lo : E d. N a c i o n a l , 1 9 3 9 . r e v u e e t c o r r i g é . — P a r i s : M a sso n , 1 9 4 4 .
451 p . ; i l . — ( B r a s i l i a n a ; n . 53) 762 p . : i l . — (C o u rs d e p h y s iq u e g é n é r a l e )

Ficha 6 Ficha 7

indicar a série, como nas fichas 6 e 7, fazer uma entrada pelo seu títu­
lo, além da catalogação completa para as diferentes obras que com­
põem a série. Vejamos as fichas 7 e 8. C o u rs d e p h y s iq u e g é n é r a l e / G eo rg es B r u h a t . —
Passaremos para a área 6, que consiste no registro de informações P a r i s : M asso n , 1 9 4 2 -4 7 .
relativas à obra, as quais não tiveram lugar no primeiro parágrafo, mas
que merecem figurar na ficha, por serem úteis aos consulentes do catálogo. 537
B91e É l e c t r i c i t é . — 1944,
Cada registro deve ser feito em parágrafo separado. A primeira 535
nota deve começar na segunda linha, abaixo do parágrafo onde se en­ B91o O p tiq u e . — 1 9 4 7 .
contram a colação e a série, deixando-se, portanto, uma linha em bran­ 531
co, entrando em segunda margem e continuando na linha seguinte, B91m M é ca n iq u e, — 1944.
quando necessário, em primeira margem. Ainda que se registrem vá­
rias notas, cada uma deve entrar em segunda margem, sem deixar li­
nha vaga entre elas.
O cataiogador não deve exagerar no número de notas registradas,
anotando-as somente quando forem, sem qualquer dúvida, absoluta­
mente úteis. 0
Daremos aqui uma lista dos principais objetivos do registro de no­
tas, nas fichas catalográficas:
a) indicar se a obra é encadernada com outra, ou se ela é parte
de alguma obra; Ficha 8
54 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 55

b) comunicar se a obra é incompleta ou apresenta defeitos; e a encadernação não deverão ser incluídos nas fichas catalográficas,
c) informar se a obra está em microforma; pois são dados que já figuram no tombo e geralmente não interessam
d) indicar se a obra apresenta uma bibliografia considerável e aos usuários do catálogo. Em capítulo à parte será explicado o que sig­
valiosa; nifica o número do ISBN.
e) registrar a existência de suplemento em separado; O ISBN (“ International Standard Book Number” , ou Número In­
ternacional Normatizado do Livro), a encadernação e o preço consti­
f) mencionar se a obra é tese;
tuem a 7? área da ficha.
g) indicar se a obra apresenta texto em duas ou mais línguas. Além dos elementos já examinados para figurar nas fichas, os quais
Apesar de não haver uma ordem estabelecida para o registro das foram definidos como componentes de áreas, vamos agora analisar a
notas na ficha, há duas informações que devem ocupar lugar certo. pista, que é o último elemento que constará na ficha principal. A pista
São elas: a nota de conteúdo e a nota que dá o número do ISBN. é a lista ou o registro de todas as fichas secundárias que serão feitas
para a obra, para serem arquivadas nos diversos catálogos do público.
Graças a ela, a qualquer momento podemos localizar uma ficha que
fora intercalada nos catálogos.
551. 5
A pista pode ser registrada na frente ou no verso da ficha princi­
D53m D ia s , A n tô n io de P a d u a , 1 8 7 2 -1 9 3 5 . pal e no verso da ficha topográfica, da qual falaremos logo mais.
M e te o r o lo g ia e c l i m a t o l o g i a : com a p l i c a ç a o Apesar de nas fichas impressas a pista vir na frente, como por
ã a g r o c u l t u r a / A n tô n io P a d u a E i a s . — S . P a u ­ exemplo nas da catalogação na fonte, nas da Biblioteca do Congresso
l o : " 0 E s t a d o " , 1917. e de outras, julgamos preferível colocá-la no verso.
240 p . : i l . O registro da pista, no verso da ficha, deve ser feito de modo a
C o n te ú d o : M e te o r o lo g ia . — C l i m a t o l o g i a . —
permitir a leitura quando a ficha estiver arquivada (o verso deve ser
0 c lim a do B r a s i l . datilografado de cabeça para baixo). Numeram-se as diversas partes
ISBN da pista tanto no verso da ficha como quando o registro aparecer na
frente; usam-se algarismos arábicos para os assuntos e algarismos ro­
manos para todas as outras entradas secundárias (ver verso da ficha
5 e frente da ficha 3). Embora não haja uma posição rigorosa para
o registro da pista no verso da ficha, a bem da uniformidade julgamos
útil que o registro seja iniciado a três espaços da margem superior e
a nove espaços da margem esquerda da ficha. Em primeiro lugar
registram-se os cabeçalhos de assunto, sem ordem determinada, po­
rém é preferível que o primeiro corresponda exatamente ao número
de classificação da obra. Em seguida são registradas as outras fichas
de entrada secundária. Os cabeçalhos de assunto são escritos em ver­
Ficha 9
melho, ou em letras maiúsculas, não só nas pistas como também nos
cabeçalhos das fichas secundárias de assunto. As outras entradas se­
Como qualquer outra nota, o conteúdo entra em segunda mar­ cundárias serão registradas como estiverem escritas nas fichas encabe­
gem. Escreve-se a palavra “ Conteúdo” , separa-se por espaço dois-pon- çadas por elas, usando letras maiúsculas e minúsculas, como podemos
tos espaço da relação daquilo que a obra contém. Cada registro do con­ ver em nossos exemplos. Finalmente, registramos a palavra “ Título”,
teúdo é terminado por ponto e separado do registro seguinte por espa­ para indicar que foi feita uma ficha de título, e a palavra “Série”, quan­
ço travessão espaço (ver ficha 9). do for feita uma entrada pelo nome da série a que pertence a obra,
O conteúdo, quando for registrado, será sempre a penúltima no­ o que aliás não é frequente. Poder-se-á abreviar a palavra “Título”,
ta, e o número do ISBN será a última da ficha. O ISBN entra em se­ pondo apenas Ti., e "Série”, usando Ser.
gunda margem e será seguido da encadernação e do preço, porém se­
parado por espaço dois-pontos espaço. Somos de opinião de que o preço
56 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 57

biblioteca. As fichas topográficas trazem todas as informações que são


encontradas nas fichas principais, dispensando-se as notas, isto é, áreas
6 e 7 . Nessas fichas a última informação deve ser a colação. Em segui­
1 . PALAVRAS CRUZADAS. I . V e ig a , C a r l o s P e r e i r a da são registrados todos os exemplares que há na biblioteca, acompa­
d a . I I . T itu lo . nhados de seus números de tombo, da obra a que a ficha corresponde.
As fichas desse catálogo são arquivadas pelo número de chamada, pois
estão dispostas do mesmo modo que os livros nas prateleiras, quando
é usada a arrumação relativa. Esta arrumação está explicada em capí­
tulo à parte. Daí o seu nome, topográfico. É um catálogo classificado,
isto é, o seu arranjo obedece ao número de classificação (ver ficha 10).

5 1 5 .6 3
W69c W illia m s o n , R ic h a rd Edmond, 1 9 2 7 -
C a lc u lo de f u n ç õ e s v e t o r i a i s / R ic h a rd E .
W illia m s o n , R ic h a rd H. C r o w e ll, H a le P . T r o t ­
t e r ; t r a d u t o r e s G e n é sio Lima d o s R e is ; An­
g e l a O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io de J a n e i r o •
LTC, 1974.
2 v. : i l .

(Verso da ficha 5) e x . 1 53.207V. 1


e x . 1 53.208V. 2
Quando a pista se encontra na frente da ficha , está colocada na
parte inferior, obedecendo à disposição geral, isto é, a primeira linha
entra em segunda margem e as Unhas seguintes permanecem na pri­
meira margem (ver ficha 3).
Uma vez terminada a ficha principal, desdobraremos as fichas se­ O
cundárias para os catálogos do público, as quais serão iguais à princi­
pal, variando apenas a primeira informação que aparece na ficha. Por
isso, este processo é chamado de processo da ficha única. São elas en­
cabeçadas pelo assunto, pelo título, pelo nome do colaborador, do tra­ Ficha 10
dutor etc.
Para executar o desdobramento faremos tantas fichas quantas es­ Aconselha-se que o registro de exemplares seja iniciado em pri­
tiverem registradas na pista da ficha principal. O catalogador elabora meira margem, deixando-se uma linha em branco entre ele e a cola­
apenas uma ficha, pois o desdobramento será praticamente um servi­ ção. Pode-se estender esse registro até a margem inferior da ficha e
ço de cópia, podendo mesmo ser executado por meios mecânicos, o organizar colunas, quando houver necessidade, isto é, quando forem
que garantirá uniformidade e economia de tempo. Não haverá neces­ muitos os exemplares. Inclusive podemos continuar registrando no verso
sidade de revisão das fichas e será muito útil para a catalogação coo­ da ficha. Do mesmo modo que os exemplares, podemos registrar os
perativa, de que falaremos mais adiante. Raramente fazemos ficha de volumes de uma obra, seguidos de seus números de tombo (ver ficha
entrada secundária para tradutor. 10). As fichas topográficas não são registradas nas pistas, porque já
O catálogo topográfico não é um catálogo para o público, mas se subentende que toda vez que se faz uma catalogação deve ser feita
sim para o bibliotecário. A sua finalidade é registrar todo o acervo da também a topográfica.
58 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 59

Margem pendente — Usa-se esta disposição na montagem da fi­


cha quando a entrada principal for feita pelo título, como por exem­
plo no caso de obras anônimas, de coletâneas e outros. Não se aplica
esta norma quando a entrada principal for um “ título uniforme” . Ti­ H99 Hymns f o r w o r s h ip . — P h i l a d e l p h i a : P r e s b y t e ­
tulo uniforme é o título escolhido para reunir no catálogo todas as en­ r i a n B . , 1910.
tradas de determinada obra, quando suas traduções, edições etc. se apre­ 128 p . : i l .
sentam sob títulos diversos, como, por exemplo, no caso das obras “Ro-
I n c lu i r n d ic e .
man de renart“, “Bíblia” etc. Adotada a margem pendente, q registro
começa na quarta linha superior e na primeira margem. A continua­
ção irá para a segunda margem e manterá essa margem até terminar
o parágrafo. A disposição dos dados na ficha é igual à de qualquer
ficha principal. O número de identificação da obra é dado, procurando-
se na tabela “ PHA” o número correspondente à primeira palavra do
título; usa-se a inicial dessa palavra para substituir a ausência inicial
do sobrenome do autor (ver fichas 11 e 12).

8 6 9 .3
M46
2. ed. Os m e lh o r e s c o n to s p o r t u g u e s e s / s e l e ç ã o , p r e ­ Ficha 12
f a c i o e n o t a s de G u ilh e rm e de C a s t i l h o . —
2 . e d . — L is b o a : P o r t u g ã l i a , 1 9 5 0 .
2. v . : i l .
Entrada principal pelo título uniforme — Escreve-se o título uni­
forme na quarta linha da ficha, entrando em primeira margem, ocu­
pando, portanto, o lugar do nome de autor. Quanto ao mais, a ficha
segue a ordem normal de uma ficha principal (ver ficha 13).
Pseudônimos — Atualmente há uma corrente favorável a que se
coloque, na entrada principal de autor, o nome como o mesmo apare­
ce na obra, não se fazendo uma entrada única com o nome verdadeiro
e apresentando os pseudônimos em fichas remissivas, mandando ver
o nome certo.
O argumento a favor dessa corrente é o de que o autor tem o di­
reito de figurar no catálogo, pelo nome que escolheu para cada uma
de suas obras. Se respeitarmos esse ponto de vista, as remissivas de pseu­
dônimos deverão ser de “ver também” (ficha 14),
Ficha 11 A ficha 15 nos mostra um autor que entrou pelo seu nome certo
e no corpo da ficha aparece o seu pseudônimo. Neste caso a remissiva
No exemplo dado temos um caso de coletânea, em que a obra foi deverá ser de “ ver.”
catalogada pelo seu titulo. Esse tipo de publicação é sempre precedido
de um título geral. Quando o nome do compilador aparecer em desta­
que na página de rosto, o catalogador poderá fazer a entrada principal
pelo seu nome.
60 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 61

32 0 .1
22 0 .5 6 9 L71p Lim a, A lceu Amoroso, 1893-1983.
B47 B íb lia . P o l í t i c a / p o r T r i s t ã o de A th ay d e. — Rio
Ä B í b l i a S ag rad a : A n tig o e Novo T estam en to ; de J a n e ir o : L iv . C a th o lic a , 1932.
tra d u ç ã o de Jo a o F e r r e i r a d e A lm eid a. — Ed, r e ­ 286 p .
v i s t a e a t u a l i z a d a n o B r a s i l . — Rio de J a n e i ­
ro : S o cied ad e B í b l i c a do B r a s i l , 1969.
1238 p .

Ficha 13 Ficha 15

515.63
W69c W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927-
C ã lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E.
W illia m so n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H aie F. T r o t­
t e r ; t r a d u t o r e s G en êsio Lima do s R eis ; 2 n -
g e la O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io de J a n e ir o :
LTC, 1974.
2 V. : i l .

A p êndice.
Conteúdo : v . 1 . S lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2 . S e r ie s e i n t e g r a i s múl­
tip la s .

F ich a 16
Ficha 14
62 — Organização e administração de bibliotecas
Catalogação — 63
Desdobramento completo da ficha principal n? 16 para alimentar
diversos catálogos (fichas 17, 18, 19 e 20);

515.63 C ro w e ll, R ic h a rd H.
W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927-
5 1 5 .6 3 C a lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E,
W69c C a lc u lo d e fu n ç õ e s v e t o r i a i s . W illia m so n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H ale F. T ro -
W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927- t e r ; t r a d u t o r e s G enésio Lima do s R eis ; An­
C ã lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E. g e la O liv e ir a C o s ta le s . — Rio de J a n e ir o :
W illia m s o n , R ic h a rd H. C ro w e ll, H ale F. T r o t­ LTC, 1974.
t e r ; t r a d u t o r e s G en ésio Lima d o s R e is ; An­ 2 v. : il.
g e l a O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io d e J a n e ir o :
LTC, 1974. A pêndice.
2 v. : il. Conteúdo : v . 1. A lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2. S e r ie s e i n t e g r a i s múl­
A p e n d ic e . tip la s .
C onteúdo : v . 1. A lg e b ra l i n e a r e c á lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2 . S é r i e s e i n t e g r a i s múl­
tip la s .
O

O
Ficha de entrada secundária de autor (n? 19).
Ficha de entrada secundária de título (n? 17).

5 1 5 .6 3 CÁLCULO VETORIAL 5 1 5 .6 3 T r o t t e r , H ale F.


W69c W illia m s o n , R ic h a rd Edmond, 1 927- W illia m so n , R ic h a rd Edmond, 1927-
C á lc u lo d e fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ic h a rd E. C ã lc u lo de fu n ç õ e s v e t o r i a i s / R ich ard E .
W illia m s o n , R ic h a rd H, C ro w e ll, H ale F . T r o t­ W illia m so n , R ic h a rd H. C ro v e i1, H ale F . T r o t­
t e r ; t r a d u t o r e s G en ésio Lima dos R e is ; An­ t e r ; t r a d u t o r e s G enésio Lima d o s R e is ; An­
g e l a O l i v e i r a C o s t a l e s . — R io d e J a n e ir o : g e la O liv e ir a C o s ta le s . — R io d e J a n e ir o :
LTC, 1974. LTC, 1974.
2 v. : i l . 2. v . : i l .
A p en d ice. A pêndice.
C onteúdo : v . 1. Á lg e b ra l i n e a r e c a lc u lo Conteúdo : v . 1» Á lg e b ra l i n e a r e c a lc u lo
d i f e r e n c i a l . — v . 2 . S e r i e s e i n t e g r a i s múl­ d i f e r e n c i a l . — v . 2. S e r ie s e i n t e g r a i s múl­
tip la s . tip la s .

O O

Ficha de entrada secundária de assunto (n? 18).


Ficha de entrada secundária de autor (n? 20).
64 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 65

Quando a biblioteca usar catálogo sistemático, far-se-ão para ele


fichas iguais às principais, porque, graças à organização do catálogo,
6 2 1 .3 o número que aparece na ficha-guia já indica o assunto (Fig. 4).
S84e S te in m e tz , C h a r le s P r o t e u s , 1865-1923. Imaginando que a biblioteca adote o sistema de classificação de­
E l e c t r i c a l e n g in e e r in g l i b r a r y / C h a r le s P . cimal de Dewey, são registrados em fichas-guias os números de classi­
S te in m e tz . — New Y ork : McGraw, 1 9 1 4 -2 0 . ficação que este sistema dá para os diversos assuntos. Tomemos como
9 v. : i l . exemplo a classe de matemática:
C onteudo : v . l . G e n e ra l l e c t u r e s . — v . 2 .
E n g in e e rin g m a th e m a tic s . — v . 3 . R a d ia tio n ,
510 — Matemática
l i g h t and i l l u m i n a t i o n . — v .4 . T h e o r e t i c a l
e le m e n ts o f e l e c t r i c a l e n g in e e r in g . -— v . 5 . 511 — Generalidades
Theory and c a l c u l a t i o n o f A lt e r n a t i n g c u r r e n t 512 — Álgebra
phenom ena. — v . 6 . T heory and c a l c u l a t i o n o f 513 — Aritmética
(v e r f i c h a s e g u in te ) 514 — Topologia
515 — Análise
516 — Geometria
o Nas guias do catálogo são registrados estes números e arrumadas
estas guias em ordem numérica crescente, tal como o sistema de classi­
ficação. Após a guia de “ aritmética” , aparecerão as diversas fichas
Fidba 21 — Ficha de autor, havendo conteúdo {obra escrita em vários volumes). dos livros que a biblioteca tem sobre este assunto, em ordem alfabéti­
A data de publicação da obra, nesta ficha, significa que a obra começou a ser publicada ca de autor. É claro que, se “ 513” já significa “ aritmética” , não será
em 1914 e foi concluída em 1920. necessário escrever essa palavra em cada ficha. Para saber a que nú­
mero corresponde um determinado assunto, há, em toda biblioteca que
usa catálogo sistemático, um índice alfabético auxiliar que fornece a
chave da localização dos assuntos. Neste índice o leitor procurará o
6 2 1 .3 assunto que deseja, em ordem alfabética, e encontrará, diante dele, o
S84e S te íiu s e tz , C. P . número correspondente. Assim: Aritmética— 513. Estará então o lei­
E l e c t r i c a l e n g in e e r in g l i b r a r y . — 1 9 1 4 -2 0 .
tor habilitado a usar o catálogo sistemático. Consultando-o, tomará
C onteudo - C o n tin u ação nota do número de chamada que o interessa e facilmente obterá a obra
desejada.
e l e c t r i c c i r c u i t s . — v . 7 . Theory and c a l c u l a ­ Estas bibliotecas mantêm também um catálogo de autor, em or­
t i o n o f e l e c t r i c a l a p p a r a tu s . — v .8 . E l e c t r i c dem alfabética, para que o leitor possa conhecer todas a obras que elas
d i s c h a r g e s , w aves and im p u ls e s . — v . 9 . T heory têm de um determinado autor, independentemente dos assuntos nelas
and c a l c u l a t i o n o f t r a n s e n t e l e c t r i c phenom ena contidos. As fichas principais são iguais às já exemplificadas. Estas bi­
and o s c i l l a t i o n s . bliotecas não costumam fazer catálogo de título, que seria muito útil.
Portanto, a biblioteca que adotar catálogo sistemático, fará para
cada livro uma ficha topográfica, para uso do bibliotecário, tantas fi­
chas quantas forem necessárias para o catálogo sistemático (dependendo
o dos assuntos tratados na obra) e uma ficha de autor, de colaborador,
etc. para o catálogo de autor. Na pista da ficha topográfica e da prin­
cipal são colocados os assuntos seguidos dos números de classificação,
após os quais serão arquivadas as fichas no catálogo sistemático; ou,
Ficha 22 — Continuação de conteúdo.
simplesmente, poderão aparecer os números, omitindo-se as palavras
66 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 67

que representam os assuntos; porém, preferimos registrar os assuntos infinidade de fichas entrando pela palavra “ Organização” , mas tam­
seguidos dos respectivos números por facilitar o controle. bém porque devemos dar atenção à idéia principal do assunto. Fare­
Escolha de assunto — Quando a biblioteca usa catálogo sistemá­ mos, naturalmente, a remissiva de “ Organização racional do trabalho”
tico, o problema é simples; sendo o assunto representado por número para o assunto adotado.
e podendo ser encaixados, no índice, todos os termos lembrados, com e) Precisamos juntar ao termo escolhido, entre parênteses, a res­
a indicação dos números de classificação a que correspondem, não ha­ pectiva definição, quando ele tiver dois ou mais sentidos:
verá dificuldade. Exemplo; Rádio (Aparelho); Rádio (Química).
No caso de catálogos alfabéticos, os problemas são inúmeros, por­ Os exemplos de rubricas e remissivas serão apresentados mais
que o leitor procura o assunto por ordem alfabética, de modo que a adiante.
escolha dos termos deve merecer muito cuidado. É indispensável que Fichas analíticas — São fichas feitas para um capítulo, uma parte
esta seleção seja essencialmente coerente, o que não é tarefa fácil. ou um volume de uma obra que mereça especial menção: podem ser
A primeira impressão do bibliotecário inexperiente é a de que este de autor, título ou assunto. Faz-se analítica de autor quando o autor
trabalho não apresenta dificuldade, porém as escolhas simples e rápi­ do que se estiver fichando não for o mesmo da obra; de título, quando
das nem sempre se aplicam a todos os casos. A própria evolução da o trabalho fichado puder ser procurado pelo título; de assunto, sem­
ciência já é um problema para a seleção. pre que o mesmo interessar, o que aliás é frequente, pois as analíticas
O termo escolhido para determinar um assunto chama-se ‘‘cabe­ de assunto são as mais usadas.
çalho’' ou “ rubrica" de assunto. A analítica é um grande recurso para aproveitar o material da bi­
Há muitos tratados sobre cabeçalhos de assunto, especialmente em blioteca. Quanto mais pobre for a biblioteca, mais fichas analíticas de­
inglês, porém muito poucos em português, o que dificulta a organiza­ verá fazer para as obras que tiver.
ção de nossos fichários de rubricas. Estes tratados já sugerem as re­
missivas que deverão ser feitas, não só para termos sinônimos como
também para assuntos correlatos.
A escolha deve obedecer às seguintes regras básicas: 9 1 4 .2
a) A palavra ou frase escolhida não deve representar um livro e L71n K ip lin g , R u d y ard , 1865-1936,
sim um assunto, mas deve ser de tal modo específica que represente I f l Rudyard K ip lin g .
exatamente o assunto do livro. Assim, para a obra Projetos para em­
belezamento de grandes cidades, o assunto deverá ser “ Urbanismo” . In lim a , H. I l h a d e John B u ll. São P a u lo ,
1941. p . 1 2 6 -1 2 7 .
b) Devemos ter em mente que os termos populares, isto é, mais
conhecidos, devem ser usados de preferência aos técnicos. Como já foi
dito, o catálogo de base alfabética é muito indicado para bibliotecas
gerais e, assim sendo, deve estar à altura de um público heterogêneo.
Usamos, por exemplo, o assunto “ Sistema nervoso — Doença” , e não
“ Neuropatologia, mas faremos uma remissiva deste para aquele.
c) Quando as formas plural e singular tiverem o mesmo significa­
do, daremos preferência à primeira. Entretanto, quando o número al­
terar o sentido, como: “ Música” (arte de combinar os sons) e “ Músi­
cas” (peças musicais), usaremos as diferentes formas, conforme as obras O
que possuirmos.
d) As frases como rubricas de assunto devem ser evitadas; casos
há, no entanto, em que são indispensáveis, como: “ Trabalho — Orga­
nização racional” . Neste caso, encontramos um cabeçalho invertido, Ficha 23 — Analítica de autor.
o que também não é recomendável, mas às vezes se tom a necessário,
não só porque, se usássemos a ordem direta, teríamos no catálogo uma
68 — Organização e administração de bibliotecas
Catalogação — 69

914.2 If,
L7In 3 4 1 ,1 COLÔNIAS - COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
K i p lin g , R u d y a rd , 18 6 5 -1 9 3 6.
L59i F i n k e l s t e i n , Lawrence S.
I f / R udyard K i p l i n g .
C o lo n ia l a c t i v i t i e s / Law rence S. F in k e ls te in .
I n L im a, H. I l h a d e Jo h n B u ll. Sao P a u lo ,
I n L e o n a rd . L.’ L. I n t e r n a t i o n a l o r g a n íz a -
1941. p . 1 2 6 -1 2 7 .
tio n . New Y ork, 1951, p . 4 7 5 -5 3 3 .

Ffeha 24 — Analítica de título.


Ficha 26 — Analítica de assunto (o autor do capítulo não é o mesmo da obra).

3 4 1 .1 POLÍTICA MUNDIAL
Nas fichas apresentadas, as entradas são as já explicadas. Ao títu­
L 59i L e o n a rd , L eo n ard L a r r y , 1916- lo do capítulo, depois de espaço barra espaço, segue o nome do autor
P o l i t i c a l a c t i v i t i e s f L. L a rry L eo n ard . do capítulo, como se encontra da obra. Deixando-se uma linha em bran­
co, entrando em segunda margem, a expressão In e o nome do autor
In L e o n a rd , L . L. I n t e r n a t i o n a l o r g a n iz a ­ do livro, em forma abreviada. Depois de três espaços, o título do livro
tio n , New Y o rk , 19 5 1 . p . 115 -3 3 2 . e, após mais três espaços, o local e a data de publicação da obra, sepa­
rados por vírgula. Mais três espaços, a paginação ou o volume onde
se acha o trabalho que mereceu a analítica.
O autor, título ou assunto, que aparece no alto da ficha analítica,
é o do capítulo ou volume que está sendo fichado e não o da obra,
porém o número de chamada é claro que tem de ser o da obra.
Feitas as analíticas, precisamos registrá-las. Este registro é feito
nas pistas da topográfica e no verso da ficha principal (da obra), onde
o assunto da analítica deverá ser escrito em vermelho, ou em letra maius­
O cula.
No caso de adotarmos catálogo sistemático, no verso da ficha
de autor, adiante dos assuntos, colocaremos os números de classifica­
ção, após os quais serão arquivadas as fichas registradas ou, simples­
Ficha 25 — Analítica de assunto (o autor do livro é o prdprio autor do capítulo). mente, registraremos os números sem as palavras que representam
os assuntos.
Catalogação — 71
70 — Organização e administração de bibliotecas

Machado de A s s is , Joaquim M aria


3 4 1 .1
L 59i L e o n a rd , L eonard L a r r y , 1 916-
ver
I n t e r n a t i o n a l o r g a n i z a t i o n / L, L a rry Leo­
n a r d . — Mew York : McGraw, 1951. A s s is , Joaquim M aria Machado d e, 1839-1908.
630 p. : i l .

In c lu i b ib lio g r a f ia s e In d ic e .
ISBN

O
O

Ficha 28

Ficha 27 — De autor do livro. Remissivas de título:


a) No caso de uma mesma obra publicada com título diferente,
a remissiva de título é inevitável. Exemplo:
Quanto ao arquivamento das fichas analíticas, ver o quadro “ Re­
sumo das fichas que devem ser feitas para os diversos catálogos” (pá­
gina 41).
P a r i s e L ondres.
D ick en s, C h a rle s , 1812-1870.
Fichas remissivas ver

São as fichas que “ levam” o leitor que procura um autor, um as­ F M orrer p o r e l a .
sunto ou um título, através de uma forma não utilizada pela bibliote­ D54m D ick en s, C h a rle s , 1812-1870.
ca, para aquela que a biblioteca usa. Vejamos os diferentes casos de
remissivas:

Remissivas de autor:
a) Supondo um leitor que procure no catálogo as obras de Ma­
chado de Assis: se a biblioteca adotar o último sobrenome, ele deverá
encontrar a remissiva da ficha 28.
b) Se procurar um autor pelo pseudônimo, como por exemplo Bel­ O
monte, também encontrará uma remissiva de ver ou de ver também,
conforme o critério da biblioteca, naturalmente no caso de haver na
biblioteca obra desse autor.
72 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 73

Mesmo que a biblioteca não possua a obra com o novo título, se b) Escolhido um cabeçalho de assunto formado por duas palavras,
eía tomar conhecimento dessa publicação, deverá fazer a remissiva pa­ como “ Brasil — História” , é inevitável a remissiva:
ra atender ao leitor que a procure pelo novo título, o qual terá então
oportunidade de ler a obra desejada.
(Observe-se a posição do número de chamada e o espaço vago dei­
xado para colocar a palavra ver.) H l s t Sr i A DO BRASIL
b) Quando uma obra tiver título alternado, poderá ser feita uma
remissiva do segundo título que aparecer na página de rosto, para o ver
primeiro, porém é perfeitamente dispensável.
BRASIL - HISTORIA
Remissivas de assunto:
a) Adotado um assunto, são indispensáveis remissivas de termos
sinônimos para ele; assim, o assunto “ Aeronáutica” requer a seguinte
remissiva:

NAVEGAÇÃO AÊEEA

ver
O
AERONÁUTICA

Ficha 31

c) Faz-se também remissiva para ligar dois ou mais assuntos cor-


relatos, ambos existentes na biblioteca. Supondo que haja obras sobre
“ Carpintaria” e “ Marcenaria” , é de imaginar que os leitores que se
interessam pelas primeiras também se interessarão pelas últimas; por­
tanto, devemos fazer as seguintes remissivas:
O

Ficha 30
74 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 75
72

elí CARPINTARIA MARCENARIA


ra
oi v e r tambéíQ v e r também

MARCENARIA CARPINTARIA

r<
P

s
i

Ficha 32 Ficha 33

As remissivas de assunto são necessárias se a biblioteca adotar ca­ Os espaços nas remissivas de título:
tálogo organizado em ordem alfabética. Se adotar o sistemático, não 0 primeiro título aparece em 2Í margem e a três espaços da borda
haverá essa necessidade, pois os assuntos serão representados por nú­ superior; logo na linha seguinte o nome do autor em primeira margem;
meros e o índice, que acompanha o catálogo sistemático, poderá rece­ em 3? margem (15), a expressão “ ver” ; em seguida, o título usado, em
ber fichas registrando todos os assuntos que se fizerem necessários, se­ 2f margem; novamente o nome do autor, em 1í margem. O número de
guidos de seus respectivos números, para remeter o consulente ao nú­ classificação é posto na altura do título (ver ficha 29). Deixa-se linha èm
mero do assunto desejado. branco separando a palavra “ ver” dos dois títulos.
Espaços das remissivas: A primeira forma é escrita em segunda Registro de remissivas: As de títulos devem ser registradas nas pis­
margem e na quarta linha da ficha. Na linha seguinte, deixando uma tas da topográfica e da ficha principal (verso) do respectivo livro. As re­
linha em branco, entrando em terceira margem (15 espaços), a expres­ missivas de assunto são registradas nos cabeçalhos de assunto e as de
são “ ver” ou “ ver também” . Voltando para a primeira margem, tam­ autor nas fichas de identidade, com veremos mais adiante.
bém deixando uma linha em branco, a forma para a qual se está “re­ Arquivamento de remissivas: São arquivadas em perfeita ordem alfa­
metendo” o leitor. bética, nos catálogos do público, com exceção das remissivas que ligam
assuntos relacionados (“ ver também”), as quais devem ser colocadas após
as fichas de assuntos dos livros que a biblioteca possuir sobre o mesmo.
Assim, no exemplo que temos, após todas as fichas de assunto para os
livros de “ Carpintaria”, arquivaremos a remissiva (ver ficha 32). A remis­
siva* de “ver também” poderá incluir várias referências numa única ficha.

(*) É aconselhável que também sejam feitas remissivas de autor para o fichário de identidade
e remissivas de assunto para o de rubricas, pois facilitam muito o trabalho de catalogação.
76 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 77

ARQUITETURA PAISAGÍSTICA A s s i s , Joaquim M aria Machado d e , 1839-1908.


x Machado de A s s is , Joaquim M aria
v e r também
E n c ic lo p é d ia e d ic i o n á r i o i n t e r n a c i o n a l . '1 9 .
CERCAS VIVAS D ic io n á r io u n i v e r s a l de l i t e r a t u r a . '4 0 .
PARQUES

Ficha 35 — Ficha de identidade


Ficha 34

FICHÁRIOS PARA USO DO BIBLIOTECÁRIO 3. Rubricas ou cabeçalhos de assuntos — Registram os assuntos


existentes na biblioteca e a forma como devem sempre ser usados. Eles
1. Topográfico — (já explicado) aparecem em 1? margem e logo nas linhas seguintes, em 2? margem,
2. Identidade ou nome certo — Serve para registrar todo o resul­ o registro das remissivas feitas para eles. Antes de “ ver” , põe-se x, e
tado da pesquisa que se fez em torno de um nome de autor. Nessa fi­ antes de “ ver também” , põe-se xx. O x é o símbolo de remissiva. A
cha é registrado o nome certo do autor, entrando pelo último sobreno­ sua finalidade é garantir a uniformidade das entradas de assuntos no
me, as datas de seu nascimento e morte, e as fontes consultadas para catálogo usado pelo público, quando alfabético, e nos índices de as­
se obterem essas informações. sunto (ver fichas 36, 37, 38 e 39 nas páginas seguintes).
As fontes podem ser bibliografias, enciclopédias, dicionários ge­ 4. Casas editoras — O nome das casas editoras pode ser usado,
rais ou biográficos etc. Quando não encontrarmos o nome do autor nas catalogações, também resumidamente, porém sempre do mesmo
nas fontes consultadas, basear-nos-emos em suas obras. Em 1! mar­ modo. Nunca se pode adotar um mesmo resumo para casas diferentes.
gem aparece o nome do autor; 4 espaços abaixo, em 2? margem, as Para evitar tal erro, fazem-se duas fichas para cada casa editora, as
fontes, que podem vir abreviadas, como no modelo da ficha 35. Após quais são arquivadas no próprio fichário, em ordem alfabética. Uma,
3 espaços, as datas de publicação dessas fontes. Logo abaixo do nome para que o catalogador, procurando o nome da firma como aparece
do autor, em 2? margem, registraremos a(s) remissiva(s) de autor quan­ na página de rosto, seja informado do resumo adotado pela bibliote­
do for(em) feita(s). ca. Outra, para que, antes de adotar um resumo, para uma nova firma
que apareça, consultando o fichário, saiba se o resumo escolhido está
vago. Estas fichas são arquivadas alfabeticamente (ver fichas 40 e 41,
na página 80).
78 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 79

B ra sil - H isto ria C a rp in ta ria


x H i s t ó r i a do B r a s i l xx M a rc e n a ria

F ic h a 36

A e r o n á u tic a
x Navegação a e r e a

Ficha 37 Ficha 39
SO — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 81

A primeira informação entra em 1 ? margem. Em 2? margem, dei­


xando uma linha em branco entre elas, vêm as outras informações.
L iv r o s T é c n ic o s e C i e n t í f i c o s E d ito r a S.A.

LTC Autores coletivos

R io de J a n e ir o Sociedades, instituições, corporações, companhias etc.


figurando como Autoras de Livros

Autores coletivos devem ser chamados também de autores


corporativos.
Daremos o lugar de autor aos nomes das entidades coletivas (p.ex.,
sociedades, instituições, companhias etc.) quando a obra for indiscuti­
velmente da responsabilidade dessas entidades (Ficha 42).
Quando na página de rosto aparece o nome de um autor indivi­
dual, embora a obra seja publicada por uma entidade, podemos op­
tar. Faremos a entrada principal indiferentemente por um deles e uma
O entrada secundária para o outro.
Com o mesmo critério, poderemos escolher a entrada principal,
quando se tratar de obra em que aparece na página de rosto o nome
l. ' ■■■..... II ..................
de um editor responsável, mas que foi publicada por uma entidade
coletiva.
Ficha 40

LTC 370.981
A86a A ss o c ia ç ã o B r a s i l e i r a de E ducação.
L iv r o s T é c n ic o s e C i e n t í f i c o s E d ito r a S.A A n ais do o ita v o c o n g re sso b r a s i l e i r o de edu­
cação : G o ia n ia , ju n h o de 1942 / A sso c ia ç ã o Bra­
R io de J a n e i r o s i l e i r a d e E d u caçao. — Rio d e J a n e i r o : A A sso­
c ia ç ã o , 1944.
626 p . : i l .

O O

Ficha 41 — Ficha de casa editora (nome resumido). Ficha 42 — Ficha principal.


82 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 83

Quando o autor for um órgão subordinado a entidade superior,


entraremos diretamente pelo órgão subordinado.
Há duas exceções a esta regra: 02 5 .3
a) Se o próprio nome do órgão implicar subordinação, ou for in­ E82r E sta d o s U nidos. L ib r a r y of C o n g ress. D e s c rip ­
suficiente para identificar o órgão subordinado, entraremos pela enti­ t i v e c a ta lo g in g d i v i s i o n .
dade superior, seguida da subordinada. R ules f o r d e s c r i p t i v e c a ta lo g in g in th e L i­
b r a r y o f C o n g ress. — W ashington, D. C. : The
L ib r a r y , 1949.
141 p .

378 ex . 1 2 9.134
U 5 ir U n iv e r s id a d e M ack en zie. E s c o la d e E n g e n h a ria . e x . 2 2 9.135
R egim ento i n t e r n o : hom ologado em 7 /4 /1 9 5 9 /
E s c o la d e E n g e n h a ria da U n iv e rs id a d e M ackenzie.
— São P a u lo : A U n iv e r s id a d e , 1960.
43 p .

Eicha 44

O Constituições, leist decretos, tratados e outras obras de igual na­


tureza, devem entrar pelo nome do país ha forma portuguesa (nas bi­
bliotecas brasileiras), seguido da denominação da espécie do
Ficha 43
documento.
Ex.: Brasil. Constituição, 1946.
b) A entidade subordinada, sendo um órgão administrativo, judi­ Itália. Leis, decretos, etc. Código civil.
ciário ou legislativo de um governo, a entrada principal deve ser pelo Mesmo as edições comentadas devem ser catalogadas assim,
nome do país. Exemplos: fazendo-se ficha de entrada secundária para o nome do comentador.
Brasil. Congresso. Câmara dos deputados. Faz-se a entrada principal pelo nome do comentador quando o texto
Brasil. Serviço do patrimônio histórico e artístico. do documento está citado apenas em parte e o comentário constitui
Peru. Congresso. Câmara de deputados. a parte mais importante da obra.
Na ficha 44 estão registrados dois exemplares iguais. Se houver
diferença de edição, imprenta, paginação etc. do primeiro para os ou­ Obras diversas num só volume
tros exemplares, anotaremos, em seguida aos respectivos números de Casos há em que aparecem duas ou mais obras formando um vo­
tombo, as diferenças existentes. Mas, quando as diferenças forem gran­ lume, sendo todas independentes entre si.
des e ás obras estiverem atualizadas, como no caso de edições revistas
A única solução é catalogar como se fossem obras separadas e ano­
e aumentadas, convém fazer nova catalogação.
tar este fato em todas as fichas. A classificação dada ao volume deverá
ser a correspondente ao assunto da primeira obra que figurar no volu­
me. O volume receberá apenas um número de tombo.
84 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 85

Poderíamos, em lugar de dar somente um número de tombo ao


volume todo, dar um número a cada obra, caso em que tombaríamos
519 o mesmo volume tantas vezes quantas forem as obras contidas. Julga­
M72c M oigno, F r a n ç o i s . 1804-1884. mos mais prático dar um único número, registrando no tombo os da­
C a lc u l d e s v a r i a t i o n s : r é d i g e d 'a p r è s l e s dos referentes à primeira obra que aparece no volume. Graças à cata­
m éth o d es e t l e s o u v ra g e s p u b l i e s ou i n é d i t s d e logação, as outras ficarão devidamente registradas. Na coluna “ obra”
A. L. Cauchy / F r a n ç o is Moigno ; r é d ig é en c o l ­ do tombo poremos o número de obras contidas no volume tombado.
l a b o r a t i o n av ec M. L in d e ltif . — P a r i s : M a l l e t - No caso aqui exemplificado o número seria “ 2” , pois são duas obras
B a c h e l i e r , 1861. encadernadas juntas. Na coluna “volume” , do tombo, poremos 1, pois
352 p . : i l . está registrado apenas um volume.
Com e s t a o b ra e s t a e n c a d e m a d a : P r e t i , " T r a i ­
t é c o m p le t, th é o r iq u e e t p r a t i q u e s u r l e s f i n s Catálogo coletivo
de p a r t i e s au je u d e s é c h e c s " . É a reunião, numa ordem única, do registro do acervo de mais
de uma biblioteca. Pode ser a reunião do que existe em bibliotecas per­
tencentes a uma universidade, a uma cidade, a uma região, enfim,
abrangendo um âmbito predeterminado.
O
A maior importância do catálogo coletivo é a localização das pu­
blicações, prestando um grande serviço à pesquisa e à difusão
bibliográfica.
F ic h a 45 — F ich a prin cip al.* O catálogo coletivo pode relacionar qualquer material bibliográ­
fico, porém os mais comuns são os catálogos de livros e os de periódicos.
Quanto ao arranjo, o catálogo coletivo de livros geralmente rela­
ciona as fichas por ordem alfabética de autor; são mais raros os que
519
M72c P r e t i , Jean
relacionam por ordem de assunto; quando são feitos, os assuntos são
T r a i t é c o m p le t, th é o r iq u e e t p r a t i q u e s u r representados por números, obedecendo a uma tabela de classificação.
l e s f i n s d e p a r t i e s au j e u d e s é c h e c s ! J e a n Os periódicos ou publicações seriadas em geral são relacionados
P r e t i , — P a r i s : L. T i n t e r l i n , 1858. pelos títulos. Além do catálogo em ficha, é comum a publicação de
400 p . : i l . catálogo de periódicos em listas, o que facilita muito a consulta e con­
tribui para a sua divulgação, mas é um empreendimento bastante dis­
E n c a d e rn a d a com : M oigno, " C a lc u l d es v a r i a ­ pendioso.
tio n s " .

Resumo das pontuações e espaços adotados


nos exemplos da catalogação

O
Vírgula
1) Separa o último sobrenome do autor, dos nomes que o seguem.
2) Separa o nome, da data de nascimento do autor.
Ficha 46
3) Separa os nomes dos autores que aparecem no corpo da ficha.
(*) No exemplo citado as obras são de autores diíerentes, porém mais comum é o caso 4) Separa o nome da casa editora, da data de publicação da obra.
de as obras serem escritas pelo mesmo autor. Nesse easo procederemos do mesmo modo. 5) Separa a indicação de ilustração, da indicação de mapa.
86 — Organização e administração de bibliotecas Catalogação — 87

Ponto espaço travessão espaço 5) Separa o nome da série, de seu número.


1) Separa o título, acompanhado das observações que se encon­
tram na página de rosto, da indicação de edição. Reticências
2) Separa a edição, do lugar de publicação. 1) Quando a obra for escrita por quatro ou mais autores, só se
3) Separa a colação, da série. menciona o nome do primeiro; a ausência dos outros é indicada por
reticências e, em seguida, a frase [et al.] entre colchetes.
Nota: Para se obter o travessão é necessário datilografar dois hí­
fens juntos.
Obs.: Ver, nos exemplos dados, os espaços que devem ser deixa­
dos entre as diversas pontuações.
Ponto final
í) Usa-se quando terminar um parágrafo ou uma abreviatura. O Resumo das margens adotadas nos exemplos de catalogação
ponto final é dispensável quando já houver outra pontuação
como, por exemplo, o colchete. O nome do autor ou a entrada principal deve aparecer na 4? linha
2) Após o nome do autor, não havendo data de nascimento e mor­ da ficha, a contar da borda superior e em primeira margem.
te. Se houver, põe-se depois da data de morte. 1? margem distará 9 espaços da margem esquerda da ficha.
3) Depois de terminado o título, na ficha de entrada secundária 2! margem distará 12 espaços da margem esquerda da ficha.
de título.
3? margem distará 15 espaços da margem esquerda da ficha.
Sinal de igualdade (= ) O número de chamada deve vir junto do lado esquerdo da ficha.
Será iniciado na terceira linha, portanto uma linha acima da entrada
1) Separa o título da obra, de títulos equivalentes. principal, ficando a identificação do autor logo abaixo do número de
classificação. Devem ser deixados dois espaços do lado direito da fi­
Dois-pontos (:)
cha.
1) Separa o título, do subtítulo. Obs.: Além das pontuações e dos espaços estabelecidos para se­
2) Separa o lugar de publicação, do nome da casa editora. parar as diversas informações nas fichas, outras situações não previs­
3) Separa paginação ou volumes, da indicação de ilustração. tas poderão ser resolvidas de acordo com as regras normais da língua.
4) Separa o título da conjunção ou, para em seguida pôr o título Como, por exemplo: deixa-se sempre um espaço depois de vírgula, de
alternado. ponto etc.

Barra (/)
1) Separa a última informação do título, da notação referente ao
autor.
2) Sepára os elementos relacionados com a edição, como o revi­
sor, o ilustrador etc., do dado da própria edição.

Ponto-e-vírgula (;)
1) Separa o dado referente ao autor, dos elementos que indicam
nomes de pessoas e suas diferentes funções como, por exem­
plo, ilustradores, tradutores etc.
2) avendo dois ou mais lugares de publicação, eles são separados
por ponto-e-vígula,
3) Havendo duas editoras e dois lugares de publicação, o ponto-e-
vírgula separa aprimeira editora e seu lugar, da segunda editora.
4) Separa a indicação de ilustração, do formato da obra.
Preparo mecânico de um livro catalogado — 89

6
PREPARO MECÂNICO DE UM LIVRO CATALOGADO

Abrir o livro já exige um cuidado especial. Devem-se abrir algu­


mas páginas no fim e depois algumas no começo, alternadamente, até
chegar ao centro, segurando o livro com o dorso sobre a mesa. Abrindo-
se descuidadamente, pode-se estragar o dorso.

Figura 7
EX -U B R tS PAPELETA DE DOAÇÃO

321.8 19.965
M53q

Au,or Merriam

Título Que é democracia?

NOME DATA

F ig u ra 6

Quando desdobrarmos uma matriz (ficha principal), deveremos


preparar também um bolso e um ou dois cartões como os modelos que
se seguem:

F ig u ra 8
90 — Organização e administração de bibliotecas Preparo mecânico de um livro catalogado — 91

Como vemos, estão registrados nos modelos os números de tom­ No dorso do livro escreve-se o número de chamada, pelo qual Vai
bo, de chamada, sobrenome do autor e título do livro. Estas três últi­ ser ele guardado na prateleira. Este serviço, que é conhecido pela ex­
mas informações entram, no bolso, em 1? margem, havendo dois es­ pressão inglesa lettering, pode ser executado com uma tinta branca,
apropriada para letreiros, a qual, depois de seca, deve ser protegida
paços entre cada uma delas. O número de tombo deve vir na mesma
por um verniz incolor, para aumentar a durabilidade. Se houver ne­
linha que o de classificação (a 3 espaços da borda superior), porém na cessidade de refazê-lo é suficiente limpar com álcool o dorso e escrever
extremidade oposta. novamente. Há um lápis elétrico, americano, com o qual se pode gra­
Este bolso deve ser pregado na parte interna da capa do livro, sem­ var o número de chamada com purpurina, esmalte ou ouro. Também
pre na mesma posição, porque, como já foi dito, deve haver uniformi­ tinta branca, para desenhos, dá muito bom resultado. Conforme a cor
dade em todos os trabalhos da biblioteca. Dentro do bolso põe-se o do dorso do livro, pode ser usada, com sucesso, a tinta nanquim.
cartão do livro correspondente. No canto superior do livro, à esquer­ Usam-se também etiquetas para este trabalho. Datilografa-se o nú­
da, coloca-se o ex-libris, que é o símbolo da biblioteca e, à direita, mero de chamada na etiqueta, a qual se prega no dorso do livro,
uma papeleta com o nome do doador, quando a obra tiver sido doada protegendo-a com fita colante transparente. Está dando muito bom re­
(Fig. 6). sultado a fita auto-adesiva “ Mágica” .
Junto da costura do livro, prega-se uma papeleta denominada da­
ta de entrega, ou data de devolução.

D A T A DE E N T R E G A

Mod. 1 - DEGMAC-6/12

Figura 9

Carimba-se o livro na página de rosto e em outra qualquer, con­


tanto que seja numa determinada.
Escreve-se no verso da página de rosto o número de chamada, pa­
ra maior garantia.
Arrumação dos livros nas prateleiras — 93

7
ARRUM AÇÃO DOS LIVROS N A S PRATELEIRAS

Uma das preocupações de quem organiza uma biblioteca é a dis­


posição dos livros nas prateleiras. Os livros podem ser guardados de
acordo com a arrumação fixa, relativa ou mista.
Arrumação fixa — Procura reunir os livros de acordo com o ta­
manho, sem dar atenção ao assunto. Este processo tem a grande van­ Como vemos na Fig. 11, são considerados primeiramente os nú­
tagem de economizar espaço e favorecer a estética, tendo, porém, a meros de classificação. Coincidindo os números, observaremos a or­
desvantagem de separar os livros que tratam do mesmo assunto. Nu­ dem alfabética das iniciais dos sobrenomes dos autores; dentro delas
ma biblioteca em que o leitor não tenha livre acesso ao depósito de consideraremos a ordem numérica dos números da tabela “ PHA” e,
livros, esta arrumação pode dar bom resultado, mas é péssima para finalmente, coincidindo o número de classificação, a inicial do sobre­
as bibliotecas de livre acesso. nome do autor e o número de “ PHA” (quando um determinado autor
escreveu mais de uma obra sobre um mesmo assunto), observaremos
então a inicial do título.

Arrumação mista — Pretende reunir as vantagens dos processos


citados evitando as suas desvantagens. Consiste em reunir os livros por
assunto e, dentro dos diversos assuntos, atender ao tamanho. A pri­
meira impressão deste processo é favorável, porém, na prática, acarre­
ta grande confusão devido à impossibilidade de se prever o espaço que
deve ser deixado para cada assunto.

A classificação que o livro recebe, é claro, nada tem a ver com


o sistema pelo qual será guardado. Entretanto, o processo de identifi­
cação está ligado ao sistema de arrumação. Como já foi dito, quando
se usa a arrumação relativa, identifica-se o livro pela sua classificação
e, dentro desta, graças à tabela “ PHA” . Nas arrumações mista e fixa
o mesmo é identificado pela localização, isto é, sala, estante, pratelei­
ra e número.
Na arrumação mista não precisamos marcar os números de classi­
Arrumação relativa — Reúne os livros que tratam do mesmo as­ ficação no dorso do livro. Na Fig. 12 estão os números de classifica­
sunto, sem dar atenção ao tamanho. Suas vantagens e desvantagens ção apenas para mostrar que são obras que tratam do mesmo assunto.
são exatamente opostas às encontradas na arrumação fixa. Ótima pa­
ra as bibliotecas de livre acesso. Os livros são arrumados pelos seus
números de chamada.
94 — Organização e administração de bibliotecas

8
TOMBA MENTO, CATALOGAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE MAPAS

O tombamento de mapas é igual ao de livros, mas num fichário


ou livro de tombo à parte.
Figura 12 — Arrumação mista. A catalogação é feita também sob o mesmo critério que a de li­
vros, com as seguintes diferenças:
a) A entrada é feita, de preferência, pelo nome do editor, haven­
do ainda partidários da entrada pelo nome do cartógrafo, O corpo da
ficha, isto é, edição e imprenta, é igual e posto na mesma posição que
na catalogação de livros.
b) A colação consiste no seguinte: número de mapas, escala, di­
mensão do mapa (tirada não do tamanho da folha, mas de linha a li­
nha, isto é, a largura e altura) e a indicação Col. (colorido). Entre ca­
da uma destas informações a separação é espaço dois-pontos espaço.
A pista e o número de chamada são colocados na mesma posição que
na catalogação de livros. O número de tomho é colocado só na ficha
topográfica, em seguida ao número do exemplar (ver ficha 44).
A escala é um elemento que deve merecer toda atenção do catalo-
gador, pois mostra a relação entre as dimensões do desenho e a parte
da superfície da Terra que ele representa.
A escala pode ser numérica ou gráfica. A gráfica representa a qui­
lometragem por meio de uma linha graduada. Na ficha do catálogo
anotamos a escala numérica; portanto, quando o mapa apresenta a es­
cala gráfica precisamos fazer a transformação. Para efetuá-la é sufi­
ciente verificar a quantos quilômetros corresponde um centímetro da
escala (medindo-se com uma régua).
Para classificar, usamos o número de História, tendo acima o sím­
bolo de mapas, que é 912. Para mapa-múndi, usamos apenas 912. Sendo
atlas, adotamos 912A. Assim, um mapa do Brasil, publicado em 1960,
terá o seguinte número de chamada:

912 — símbolo do mapa.


96 — Organização e administração de bibliotecas Tombamento, catalogação e classificação de mapas 97

981 — classificação para História do Brasil (de acordo com


Dewey).
912
1950a — identificação pela data de publicação do mapa. 981.61 S. P au lo (E sta d o ) I n s t i t u t o G e o g rá fic o e Geo­
ló g ic o .
C a rta g e r a l do E sta d o de S ,' P au lo / O I n s ­
A identificação é feita pela data, que é o elemento mais importan­
t i t u t o . — S, P a u lo : " Y p ira n g a " , 1950.
te. O a que vemos no exemplo dado corresponde ao primeiro mapa mapa c o l . : 120 x 80cm : E s c a la 1 :7 5 0 .0 0 0
do Brasil, publicado em 1950, que entrou na biblioteca. O segundo que
entrar terá o mesmo número de chamada, porém a data será seguida
da letra b e assim por diante.
Para mapas são feitas fichas de autor, isto é, principal, e de as­
sunto, mas nunca ficha de título, porque o título sempre coincide com
o assunto do mapa.
Fazemos também fichário topográfico, de identidade, de rubrica
de assunto e de casas publicadoras.
No caso de se fazer a entrada principal pelo nome do editor, pode-
se fazer entrada secundária pelo nome do cartógrafo, da pessoa que O
se responsabilizou pelo levantamento básico da cartografia e pelo do
gravador, dependendo da importância e do interesse que haja em des­
tacar essas pessoas.
Entretanto, quando se tratar de mapa onde não apareça nome de Ficha 47
pessoa alguma, que tenha de qualquer forma colaborado no seu pre­
paro, far-se-á a entrada principal pelo título. É o caso da obra anônima. Catalogação de estampas — As estampas são de grande utilidade
As informações para a montagem da ficha catalográfica de ma­ para a biblioteca. Poderão ser coladas em cartão fino, de preferência
pas poderão ser encontradas em qualquer ponto da face do mapa, de­ preto, para melhor destaque e melhor conservação.
pendendo do plano do desenhista (ver ficha 47). Na margem superior, à esquerda, escreve-se com tinta branca o
Podemos guardar as fichas de mapas no catálogo do público, em assunto da estampa, que será guardada em móvel apropriado, de ga­
gavetas separadas das dos livros, ou guardá-las nas mesmas gavetas, vetas grandes, por ordem alfabética de assunto.
usando fichas de cor diferente.
Os mapas devem ser guardados por assunto, em móveis apropria­
dos, que podem ser formados por gavetas rasas ou por uma espécie
de caixa alta, ficando os mapas suspensos, presos em varas que cor­
rem sobre suportes laterais, facilitando muito a sua arrumação relati­
va. Neste caso escreveremos os números de chamada dos mapas em
etiquetas e pregá-las-emos nas varas, sendo então muito simples en­
contrar o mapa desejado. Usando o móvel de gavetas, poderemos pre­
gar etiquetas, correspondentes aos assuntos, por fora das gavetas, e
dispor os mapas de modo a ficar à vista o número de chamada de cada
mapa. Uma vez que estejam guardados de acordo com esses números,
serão rapidamente encontrados.
Periódicos — 99

modelos que se seguem, para serem arquivadas verticalmente. O arqui­


vo horizontal é mais recomendável para este trabalho, porque a visibili­
dade das fichas arquivadas é perfeita, o que pode ser verificado numa
visita a qualquer firma especializada em arquivos. 0 “ Kardex” é ape­
nas uma marca de gabinete horizontal, porém, como foi o primeiro des­
te tipo, quando nos referimos ao arquivamento horizontal, logo nos lem­
9 bramos do seu nome, embora existam atualmente muitas outras marcas
PERIÓDICOS igualmente boas. Embora reconheçamos a superioridade do arquivo ho­
rizontal sobre o vertical, para este trabalho, apresentamos modelos pa­
ra arquivos verticais, por serem muito mais econômicos.

Definição, registro e catalogação Architectural Record (pubu«çio nmnui)


Publicações periódicas são as editadas em partes, trazendo a cola*
boração de autores diversos e sob a direção de uma ou de diversas pes*
soas, mas geralmente de uma entidade responsável. Pode o periódico Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set Oot
tratar de assunto específico ou de assuntos vários, porém o seu campo
é limitado a um plano predeterminado. 1986 V V V V X V V V V V
Quanto à periodicidade pode ser: regular ou irregular. Sendo re­ 1987
gular, será diário, bi-semanal, semanal, quinzenal, bimensal, mensal,
bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral ou anual. Sendo irre­ 1988
gular, não obedecerá a intervalos certos, preestabelecidos.
1989
Além das publicações periódicas, propriamente ditas, há as publi­
cações seriadas, que são publicadas anualmente ou com intervalos ir­
1990
regulares. Mesmo que cada volume seja completo em si, o conjunto
obedece a uma seqüência. Como exemplo dessas publicações temos os
relatórios, anuários, atas de congressos etc. Figura 13 — Modelo para registro de periódicos em geral.
A principal característica do periódico é a continuidade, pois quan­
do se lança um periódico a intenção é de que ele seja sempre publica­ À medida que os periódicos forem entrando na biblioteca, iremos
do; é, portánto, de duração indeterminada. A publicação periódica marcando nestes cartões suas entradas. Devemos convencionar alguns
apresenta um aspecto bibliográfico uniforme. Cada caderno publica­ sinais, assim como: V presença; X falta; • ausência de publicação. A
do chama-se “ fascículo” ou “ número” . A reunião de um determina­ qualquer momento podemos informar o leitor se a biblioteca recebeu
do grupo de fascículos constitui o volume. Por exemplo, 12 meses de ou não determinado periódico.
publicações consecutivas de um periódico mensal podem formar um Quando a periodicidade for mais espaçada do que a exemplifica­
volume. Geralmente são agrupados em um ou dois volumes por ano, da na Fig. 14, poremos um traço nas quadrículas que deverão ficar va­
dependendo do tamanho e da quantidade dos fascículos. O ano de pu­ zias, para inutilizá-las e evidenciar que não há falha no recebimento
blicação de um periódico pode não coincidir com o ano do calendário, do periódico.
pois uma publicação mensal, iniciada no mês de maio de determinado O conjunto destes cartões, pode-se dizer, constitui o tombamento
ano, termina o seu 1? ano de existência no mês de abril do ano seguinte. de periódicos, pois através deles temos todas as informações sobre os
A numeração dos fascículos pode ser sempre crescente ou pode mesmos; porém, quando encadernamos os periódicos, se desejarmos,
recomeçar ao se iniciar um novo volume. Por sua vez, a paginação de poderemos tombá-los, como fazemos com os livros, registrando em li­
cada fascículo pode ser independente ou continuar de um fascículo pa­ vro ou em ficha de tombo, dando um número de registro a cada volume.
ra outro, até terminar o volume. Podemos emprestar os periódicos pelo mesmo processo usado pa­
Os periódicos podem ser registrados em cartões tipo “ Kardex” , ra os livros. Os jornais não devem ser emprestados, a não ser em casos
os quais serão arquivados horizontalmente, ou em fichas, como as dos muito especiais.
100 — Organização e administração de bibliotecas Periódicos — 101

Quando não tivermos todos os fascículos de determinado volu­


0 E stado de S. Paulo me, ou todos os volumes de determinado periódico, convém fazer, na
ficha topográfica e na do catálogo do público, essa observação, a lá­
1 2 3 4 s 6 7 s s 10 íi 1213 14 IS 16 17 1B19 29 21 22 23 24 26 26 27 28 Zl 30 31 pis, diante da data do respectivo volume, porque no momento em que
conseguirmos completar a coleção será suficiente apagar a observação,
JANEf® • ✓ V V V X V • V V \
1 O modo estabelecido para se registrar “ volume” e “ fascículo” é
FEVERERO
o seguinte: 1966,30:5. Esta anotação significa que o volume 30 foi pu­
MARÇO
blicado em 1966 e que há na Biblioteca o fascículo 5 desse volume. O
ABRIL
número do volume deve vir sublinhado e separado do número do fas­
MAIO
cículo por dois-pontos e, da data, por vírgula.
JUNHO
JULHO - Aconselha-se classificar o periódico apenas na classe geral, ou se­
AGOSTO ja, pelo 2? sumário de Dewey. A identificação se faz pela localização:
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVMBRO
DEZEMBRO 910 N a tio n a l G eo g rap h ic M agazine - p u b lic a ç ã o m ensal
S-3 W ashington : N a t. G eographic S o c ., 1899-

Figura 14 — Modelo para registro de jornais (publicação diária). A b i b l io t e c a tem;


1936 1944 1952 1960
Muitos são os processos para a catalogação de periódicos, porém 1937 1945 1953 1961
o mais simples é descrito a seguir. 1938 1946 1954 1962
1939 1947 1955 1963
Fazemos para cada periódico apenas duas fichas, perfeitamente 1956 1964
1940 1948
iguais: uma para o fichário topográfico de periódicos e outra para o 1941 1949 1957 1965
catálogo do público. 1942 1950 1958
Em 1í margem colocamos o título do periódico, tal como se en­ 1943 1951 1959
contra na página de rosto. No caso de título em português, em orto­
grafia antiga, aconselha-se usar ortografia moderna. Em seguida,
coloca-se a indicação de periodicidade. Em 2? margem, logo abaixo,
a imprenta.* Deixando um espaço vago, mencionamos, entrando tam­ O
bém em 2? margem, o que há na biblioteca. Observar que a pontuação
e a separação da imprensa são as mesmas adotadas para livros.

F icha 48

(*) Na imprenta anotamos a data (ano em que o periódico começou a ser publicado);
em seguida, pomos um traço e, quando o periódico deixar de ser publicado, anotaremos
a data de encerramento. Também colocaremos essa data caso o periódico passe a ser
publicado com outro titulo, fato que deve ser registrado no rodapé das fichas topográfi­
cas e do catálogo do público, do respectivo periódico. Ao fazer a catalogação para o
novo título do periódico, também anotaremos, no rodapé dessas fichas, o título antigo,
seguido da data da alteração.
102 — Organização e administração de bibliotecas

sala, estante e prateleira. Os periódicos devem ser guardados pelo as­


sunto e, dentro dos assuntos, pela ordem alfabética de título, tanto
quanto possível, pois um critério rigoroso é difícil devido ao problema
de espaço. Não devemos guardar os periódicos com os livros, devemos
ter um lugar em separado para eles.
As fichas do catálogo do público, como no caso dos mapas, po­
dem ser guardadas em gavetas separadas, o que aliás é preferível, ou 10
junto com as dos livros, porém usando uma cor determinada para as INDEXAÇÃO DE ARTIGOS E FICHAS ANALÍTICAS
de periódicos. O catálogo do público pode ser sistemático, ou alfabéti­ PARA OS DIFERENTES ARTIGOS DE PERIÓDICOS
co pelos títulos dos periódicos.
O ideal será anualmente encadernar as coleções que mereçam per­
manecer na biblioteca, porém é difícil tal providência devido ao alto
Uma coleção de periódicos só pode ser devidamente aproveitada
preço da encadernação. Se houver falta de fascículos, não se deve en­
quando acompanhada de um índice. Muitos são os periódicos que pu­
cadernar o volume. blicam anualmente os índices de seus artigos. Estes índices podem ser
organizados por ordem alfabética de assunto ou de autor ou ainda de
ambos, o que os torna mais úteis. Quando é notado um grande interes­
se por parte dos leitores com relação a determinado periódico, se não
houver índice para ele, é conveniente a biblioteca fazê-lo, Apesar de não
ser pequeno o trabalho, é plenamente compensador. O índice por as­
sunto é sempre preferível ao de autor, quando se pretende fazer somen­
te um deles.
Pode-se ainda destacar algum artigo sobremaneira interessante, fa­
zendo ficha analítica para ele. Este trabalho é muito recomendável, es­
pecialmente devido ao constante progresso da ciência. É fácil de enten­
der que o periódico caminha muito mais a par da ciência do qué o li­
vro, pois pesquisas, descobertas ou observações chegarão, através dos
periódicos, no mesmo mês ou na mesma semana às nossas mãos, ao
passo que o livro, embora com mais detalhes e estudo mais profundo,
só será obtido, na melhor das hipóteses, meses depois.
Estas Fichas analíticas podem ser feitas tais como as analíticas já
explicadas (fichas 25 e 26) e poderão ser guardadas pelo mesmo crité­
rio recomendado para as catalogações de periódicos. Podem também
ser feitas como ilustram as fichas 49 e 50.0 bibliotecário resolve e adota
sempre uma das formas.
104 — Organização e administração de bibliotecas

620 TERRENOS - AVALIAÇÃO


S-4 B e r r i n i , L u iz C a r l o s , 18 8 4 -1 9 49.
E-5 A v a lia ç ã o de t e r r e n o s : m étodos e p r o c e s s o s
P -2 de a v a l i a ç a o . — (Na " R e v is ta de E n g e n h a ria Mac­
k e n z ie " . — Ju n h o , 1944. — p . 33-41) 11
FOLHETOS, RECORTES DE JORNAIS E OUTROS
DOCUMENTOS MENORES — MÉTODO UNITERMO

Para tombar os folhetos pode ser usado um livro de tombo sim­


ples, onde são registrados o nome do autor, o título, o nome do doa­
dor e a data de sua entrada na biblioteca.
Constituem eles um sério problema para o bibliotecário, pois em
geral as bibliotecas recebem mensalmente um grande número deles. É
O indispensável que sejam arrumados de maneira a facilitar a consulta,
São considerados folhetos as publicações com menos de 80 páginas.
De um modo geral, podemos dizer que os folhetos são de real uti­
lidade, mas, com raras exceções, de valor passageiro. Sendo então um
Ficha 49 — Analítica de assunto para artigo de regista.

620
S -4 B e r r i n i , L u iz C a r l o s , 1 8 8 4 -1 9 4 9 .
E -5 A v a lia ç ã o de t e r r e n o s : m étodos e p r o c e s s o s
P -2 de a v a l i a ç ã o i — (Na " R e v i s t a d e E n g e n h a ria Mac­
k e n z i e " . - - Ju n h o , 1944. — p . 3 3 -4 1 )

Ficha 51 — Modelo da ficha topográfica de folheto.


Ficha 50 — Analítica de autor para artigo de revista.
Obs: a classificação "620" corresponde ao assunto da revista. A ficha do catálogo do público é igual a esta.
106 — Organização e administração de bibliotecas Folhetos, recortes de jornais e... — 107

material que periodicamente pode ser renovado, a sua catalogação te­ mesmo processo dos livros, porém só se deve preparar o cartão de em­
rá de ser feita de maneira essencialmente prática. Uma boa solução é préstimo quando for solicitado pelo leitor, para evitar gasto excessivo
guardá-los em pastas, de acordo com seus assuntos, escrevendo por de bolso (envelope) e cartão, pois em geral os folhetos são lidos na pró­
fora dessas pastas os respectivos assuntos e localizações. Também po­ pria biblioteca e raramente retirados.
dem ser guardados em caixas. Excepcionalmente, quando tivermos alguns folhetos muito úteis,
Faremos para cada pasta duas fichas, uma para o catálogo de fo­ de determinado autor, e desejarmos destacá-los dos demais, inclusive
lhetos usado pelo bibliotecário e outra para o catálogo usado pelo pú­ para poder atender à solicitação de algum leitor que procure os traba­
blico. Estas fichas deverão ser arquivadas por ordem alfabética. Na lhos de autoria de determinada pessoa, o que não seria possível saber
margem superior de cada folheto, a três espaços da parte superior, es­ pelo processo que acabamos de explicar, podemos fazer uma ficha co­
creveremos o assunto e a localização, o mesmo que deve estar escrito letiva para o autor de folhetos e arquivá-la entre as do catálogo de fo­
por fora da pasta, na qual será guardado, impedindo, assim, o seu ex­ lhetos, tanto do público como do bibliotecário.
travio. Dentro da pasta guardaremos os folhetos por ordem alfabética Por essa ficha teremos uma relação dos trabalhos de autoria de
de titulo. determinada pessoa, onde poderemos ver a localização das pastas em
O ideal será guardar essas pastas em arquivo vertical, mas como que se encontra cada um dos trabalhos. O nome da pasta aparece en­
isto se torna muito dispendioso elas podem ser guardadas nas estantes, tre parênteses.
horizontalmente. É uma rápida e ótima solução para este tipo de material
Sendo estas pastas guardadas por assunto e em ordem alfabética, bibliográfico.
por exemplo, a pasta correspondente à ficha 51 deverá estar entre as Igual trato poderemos dar às separatas, que são em geral publica­
de classificação “ 330” (economia), na letra C, alfabeticamente, pela ções de muito valor. Em lugar de fazer catalogação completa para elas,
palavra “ cooperativismo” . Como no caso dos periódicos, aconselha- poderemos localizá-las com grande facilidade por meio deste processo.
se classificá-las pelo 2? sumário de Dewey e identificá-las pela locali­ Os recortes podem ser de muita utilidade para os consulentes. Há
zação: sala, estante e prateleira. Também podem ser emprestados pelo muitos assuntos, de grande atualidade, que são muito bem estudados
em artigos de jornais e revistas. O problema, para a biblioteca, é
colecioná-los de tal sorte que possam ser encontrados rapidamente. A
reunião desses recortes, ou mesmo pequenos folhetos, pode constituir
H ev es, C h r i s t i a n o S t o c k l e r d a s , 1889- um arquivo de informações. Há diversas maneiras de agrupá-los, po­
720 C o n s id e ra ç õ e s s o b re a a r c h i t e c t u r a t r a d i o i o - rém daremos aqui o “método unitermo” , também conhecido por “con­
F -2 0 n a l do B r a s i l . — ( A r q u i t e tu r a ) ceitos coordenados” , que tem dado ótimo resultado e é de grande
A profissão do architecto no Brasil. — (Ar­ simplicidade.
quitetura)
Faculdade de Arquitetura Mackenzie. — (Ar­ Método “ Unitermo ” ou indexação coordenada
quitetura)
700 Bom g o s t o , p o r que t e e sc o n d e s e nao re a g e s ? Este método foi lançado nos Estados Unidos pelo dr. Mortimer
E -18 (A rte )
Taube e usado na organização do arquivo técnico das Forças Armadas
320 P o r um govern o s o c i o c r ã t i c o . — ( P o l í t i c a e americanas, com muito sucesso.
E -9 govern o ) O método é aconselhado no arquivamento de informações técni­
cas e comerciais, de plantas, desenhos, fotografias, projetos, relató­
rios, recortes de jornais ou revistas, memorandos, cartas etc., baseado
no seguinte: considerando que a vista humana é mais rápida do que
a máquina para encontrar números repetidos, em sequências de núme­
ros ordenados, ele consiste em organizar fichas trazendo ao alto pala­
O vras indicando assunto ou nome, chamados unitermos e, em colunas,
como logo mais será explicado, os números dos documentos que tra­
tam dos assuntos ou nomes registrados nas diversas fichas. A base da
indexação coordenada é o sistema de comparação.
Ficha 52 — Exemplo da ficha coletiva. Organização do arquivo — Os documentos vão sendo numerados
108 — Organização e administração de bibliotecas Folhetos, recortes de jornais e... — 109

à medida que chegam, recebendo portanto um número de acordo com Parques


a ordem de entrada. Esse número chama-se número de tombo ou de
registro. Desses documentos, procuramos destacar os assuntos princi­ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
pais e os nomes que poderão servir à identificação dos mesmos.
21 32 54 46 37 18 39
Em fichas comuns (p. ex., de 15 x 12,5cm) registramos, ao alto,
um assunto ou um nome. Essas fichas devem ser divididas em 10 colu­
nas e, no alto de cada coluna, escreveremos um algarismo (de 0 a 9).
Antes de arquivar um documento, transcrevemos o seu número
na ficha ou fichas onde houver os termos escolhidos para sua identifi­
cação, na coluna cujo algarismo coincidir com o final do número rece­
bido pelo documento a arquivar.
Quanto mais fichas receberem os registros dos documentos, mais
fácil será encontrá-los. Figura 16
Depois de anotadas as fichas, serão as mesmas arquivadas em fi­
Portanto, vemos que o número que o documento recebe serve pa­
chário próprio, em rigorosa ordem alfabética, de acordo com os
unitermos. ra identificá-lo e localizá-lo.
Exemplo de duas fichas, onde estão registrados os assuntos e os
Estas fichas devem ser consultadas superpostas, de modo que as
colunas correspondentes das diversas fichas coincidam, para que a vis­ números correspondentes aos documentos que deles tratam. É claro
que os números dos documentos que se referem a ambos os assuntos
ta, percorrendo as colunas, possa imediatamente identificar os núme­
ros comuns a todas elas. deverão aparecer nas duas fichas (ver figs. 15 e 16).
Os termos escolhidos para indicar os assuntos devem ser simples
O documento é arquivado em pasta, em arquivo vertical, em or­
e expressivos. Não devem representar apenas um documento, mas de­
dem numérica crescente. Digamos que em cada pasta colocássemos 50
vem ser de tal modo específicos que representem exatamente o seu
documentos. Em projeções anotaríamos: 1 a 50, 51 a 100 e assim por
diante. assunto.
Se, devido ao tamanho ou a qualquer outro detalhe, o documento É preferível que o assunto seja apresentado por uma única pala­
não puder ser guardado no arquivo vertical, devemos deixar, no lugar vra: porém, não sendo possível, podemos usar duas e até três. O título
que esse documento deveria ocupar no arquivo, uma ficha ou uma foi- e subtítulo dos documentos, em geral, são preciosos para sugerir os
lha de papel indicando a sua localização, o seu número e o assunto assuntos. O nome do autor e da organização responsável podem tam­
(ou assuntos). bém ser fichados. Portanto, ao examinarmos um documento aprovei­
taremos ao máximo as indicações que ele nos puder oferecer para fi-
chamento, pois quando alguém pedir um determinado documento, di­
Arquitetura paisagística ficilmente saberá ao certo o nome do mesmo, mas, pelas indicações
qüe der, o encarregado do arquivo selecionará termos relacionados com
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 o assunto indicado e procurará, no fichário, os diversos termos. O nú­
30 11 2 73 54 25 37 28 19
mero (ou números) comum nas diferentes fichas, será o número do do­
81
cumento desejado.
35 49
Para cada termo escolhido deve existir apenas um cartão; portan­
to, antes de fazermos um novo cartão devemos consultar o fichário
dos já existentes, para evitar duplicatas. Isto não é fácü, devido à pos­
sibilidade do uso involuntário de termos sinônimos. É necessário or­
ganizar, em separado, um índice em ordem alfabética de remissivas de
assunto, para ajudar a resolver essa dificuldade.
O equipamento deste método é simples e não requer grande trei­
F ig u ra 15 namento do encarregado do arquivo.
110 — Organização e administração de bibliotecas
Folhetos, recortes de jornais e... — 111
Em uma única ficha estarão relacionados todos os documentos da“ Estatística”. Se houver um documento que, além de tratar de “ Edu­
existentes sobre o assunto correspondente ao termo da ficha, isto é,
cação” , portanto registrado na seção A, apresente interessantes “ Es­
ao unitermo.
tatísticas” no campo da Educação, ele deve figurar nas duas seções.
Não há código para seu uso, o que evita enganos. Ainda que o Na seção A será registrado apenas o seu número, pois o A já figura
documento seja procurado por uma informação vaga sobre o assunto, no alto do unitermo, porém, ao registrar o seu número na seção B,
é possível a sua identificação. colocamos na coluna o número precedido do A, que será o seu código,
A ampliação do fichário é simples, pois a qualquer momento po­ para que seja possível a sua localização no arquivo.
demos introduzir um novo termo acompanhado da relação dos docu­ Interessante também é a possibilidade de registrar nos unitermos
mentos a ele referentes. artigos de periódicos. Se desejarmos fazê-lo, devemos iniciar para eles
Além dos termos fornecidos pelo próprio texto, para encabeçar uma numeração à parte, partindo do número 1. Adotaremos um sím­
as fichas, ainda podemos consultar listas prefixadas de vocábulos úteis bolo para cada periódico e registraremos o artigo, na coluna do uni­
para pesquisadores e indexadores da informação, onde podemos en­ termo, do seguinte modo: supondo que desejássemos registrar um ar­
contrar palavras que, embora não constem no texto, sejam excelentes tigo da Revista dos Tribunais de maio de 1989, tratando de Imposto
para representar o conteúdo do mesmo. Essas listas, que se chamam de Renda, se houvesse um unitermo para este assunto, se o símbolo
thesaurus, ainda são em pequeno número e muito especializadas, mas escolhido para o periódico fosse “ RT” e o número dado ao artigo fos­
constituem um recurso valioso na organização do arquivo de indexa­ se 207, marcaríamos na coluna 7 do unitermo “ Imposto de Renda” ,
ção coordenada, pois sugerem palavras-chave descritivas de conceitos em vermelho, o seguinte registro: RT-89.
e reúnem termos sinônimos. Os termos encontrados nos thesaurus 5-207
chamam-se “ descritores” . Traduzindo o código, teríamos: “ Publicação da Revista dos Tri­
Para identificar os documentos, podemos usar unitermos e des­ bunais de maio de 1989, tendo o artigo registrado recebido o número
critores. A perfeição da recuperação depende da acertada escolha des­ 207” . Devemos fazer o registro em vermelho, para diferençar os docu­
ses unitermos e descritores, isto é, do uso de vocábulos precisos. mentos numerados, que se encontram nas pastas, dos artigos que es­
Uma crítica que vem sendo feita ao método unitermo é a de que tão nos periódicos. Os artigos de diferentes periódicos são numerados
ele dispersa, pelo arquivo, documentos que preferivelmente deveriam consecutivamente, isto é, se um artigo da Revista dos Tribunais rece­
estar reunidos. Isto acontece realmente, porque, sendo os documentos beu o número 207, o número 208 poderá ser dado a um artigo de outro
numerados pala ordem de chegada, forçosamente não há respeito pela periódico qualquer. Os periódicos permanecerão em seus lugares e lá
afinidadade existente entre eles. poderão ser consultados.
Uma boa solução para atenuar este inconveniente é dividir o ar­ Geralmente os periódicos são colocados em estantes, em ordem
quivo por seções, de acordo com os gêneros de documentos e simboli­ alfabética, pelos seus títulos. Dentro dos diversos títulos, a ordem será
zar as seções por meio de letras maiúsculas (A, B, C etc.). Cada uma de data da publicação.
dessas seções terá a sua numeração partindo do número 1. Portanto, Outra crítica ao método unitermo é a de que, quando a quantida­
haverá o documento A 1, A 2, B 1, B 2 etc. Esta solução proporciona­ de de documentos é muito grande, os números vão ficando enormes,
rá uma relativa reunião, porém não devem ser muitas as seções, por­ dificultando não só o registro nas colunas das fichas, como a localiza­
que complicaria o arquivo e justamente a característica importante deste ção, ao consultar os unitermos, para encontrar os números comuns.
método é a simplicidade de sua aplicação. Para evitar esta situação, poderemos iniciar anualmente nova nume­
Estabelecidas as seções, escreveremos no alto das fichas os uniter­ ração, o que vai exigir a presença da data, no código. Devemos colocar
mos precedidos dos símbolos de suas respectivas seções. Ao registrar­ a data antes do número de registro, para não prejudicar a comparação
mos os números dos documentos nos unitermos, usamos apenas os al­ das fichas. Assim, um documento entrado em 1990 e que recebeu o nú­
garismos, pois os símbolos das seções já estão registrados no alto das mero 57, será registrado na 7? coluna da ficha do seguindo modo: 90/57.
fichas. Entretanto, pode haver o caso de precisarmos registrar, em uma Por este método, algumas vezes estabelecemos falsas coordena­
ficha de determinada seção, um documento de outra seção que tam­ ções, que podem ser corrigidas. Preferimos não mencionar os meios
bém se refira àquele unitermo; então esse número deve ser acompa­ para evitar as falsas recuperações por julgarmos que, não sendo elas
nhado de seu respectivo símbolo. Exemplificando, suponhamos que a freqüentes, as providências que seriam tomadas prejudicariam a sim­
seção A reúna documentos sobre “ Educação” e à seção B correspon­ plicidade do método.
112 — Organização e administração de bibliotecas

Pode ser organizado um fichário de tombo, em ordem numérica,


dos documentos entrados no arquivo. Em cada ficha de tombo devem
aparecer, além do número de tombo do documento, as seguintes in­
formações: autor, título e a lista de unitermos em que o mesmo está
registrado. Por este fichário poderemos saber qual.o último número
ocupado.
Se não for feito este registro, diariamente, ao terminar a numera­ 12
ção dos documentos que entraram, é preciso anotar o último número EMPRÉSTIMO DE LIVROS, PERIÓDICOS E FOLHETOS
usado, para, no próximo dia, continuar a partir do número seguinte.
No caso de adotarmos a divisão do arquivo por seções, colocare­
mos fichas-guia no tombo, trazendo em suas projeções as letras identi­
O primeiro passo para se emprestarem livros, periódicos e folhe­
ficadoras das seções e, após essas guias, arquivaremos as fichas em or­ tos é organizar o fichário de leitores. Estas fichas podem ser feitas a
dem numérica, dos documentos entrados nas respectivas seções. Sabe­
critério do bibliotecário, porém o padrão de informações pedidas é mais
remos então qual o último número ocupado em cada seção. Também, ou menos o seguinte: nome, endereço, telefone, profissão, ou curso
se tombarmos artigos de periódicos, haverá uma separação para as fi­ e classe em que estuda, quando se tratar de biblioteca escolar, e data
chas de tombo que os registram. Os números dos artigos de revista de­ de inscrição como leitor. É conveniente que no verso dessa ficha venha
verão ser escritos em vermelho também nessas fichas de tombo, para
o regulamento da biblioteca, relacionado ao empréstimo do material,
evitar confusão. Este tombamento é um requinte, mas não é indispen­
com lugar para o leitor asssinar, responsabilizando-se pela obediência
sável. ao regulamento. O leitor deverá receber um cartão para ser apresenta­
do ao bibliotecário toda vez que desejar retirar livros.

Exemplo de um regulamento de biblioteca escolar,


para as suas seções circulantes

1. Inscrição — Podem se inscrever na B.G.A. os alunos, professores e funcio­


nários do Instituto Mackenzie.
1.1. A inscrição, que é anual, é feita na Central, mediante apresentação de:
a) Identidade mackenzista atualizada.
b) Fotografia.
. c) Documento oficial.
1.2. No ato da inscrição é preenchida uma ficha e o leitor assina o resumo
do regulamento impresso em seu verso.
1.2.1. A Biblioteca deverá ser avisada em caso de mudança de endere­
ço ou qualquer outra alteração dos dados fomeddos para o
preenchimento dessa ficha.
1.3. Ao leitor é dado um Cartão de Matricula numerado, intransferível e
aceito em todas as seções.
1.3.1. A B.G.A. deverá ser avisada de sua perda.
1.3.2. A 2? via só será expedida 7 dias após esse aviso.
1.4. A renovação da matrícula é feita na Central, mediante apresentação de:
a) Cartão de Matrícula do ano anterior.
b) Identidade mackenzista atualizada.
114 — Organização e administração de bibliotecas Empréstimos de livros . .. — 115

2. Circulação — Não circulam as obras da coleção de Referência, livros pre­


ciosos e livros separados por professores para trabalhos.
2.1. Para retirada ou devolução de qualquer material é obrigatória a apre­
sentação do Cartão de Matrícula.
2.2. Para cada leitor são emprestados 3 livros e 3 revistas, por 14 dias, po­
dendo esse prazo ser alterado em circunstâncias especiais.
2.3. O leitor é responsável pelas obras retiradas com seu cartão e deve
devolvê-las até o dia nele determinado.
2.4. Não havendo pedido de reserva, o prazo de empréstimo pode ser reno­
vado mediante apresentação do material em questão e Cartão de Ma­
trícula.
3. Reserva — Se o material desejado não estiver na B.G.A. o leitor pode reservá-
lo.
3.1. O leitor será avisado no dia em que o material for devolvido.
3.2. O prazo de reserva é de 48 horas após o aviso.
4. Penalidades — Os atrasos na devolução são punidos com multa por volu­
me e dia corrido.
4.1. O valor da multa é estipulado pela direção da Biblioteca e válido por Figura 17 — Um modelo de ficha para inscrição do leitor.
um ano.
4.2. Os atrasos superiores a 15 dias são punidos com a multa devida e a Ao entregar o livro para o leitor, o bibliotecário retirará do bolso
suspensão dos direitos de retirada por 15 ou mais dias. do livro o cartão nele contido, carimbará nesse cartão e na papeleta
4.3. Em caso de dano ou extravio de obras emprestadas é obrigatória a re­ de data de entrega a mesma data de devolução e escreverá no cartão
posição das mesmas ou a Biblioteca será indenizada de acordo com a o nome do leitor.* Pela data marcada na papeleta, o leitor saberá o
tabela de preços vigentes. último dia em que poderá devolver o livro sem incorrer em falta, e o
4.4. As dividas que não forem pagas dentro de 60 dias serão anexadas ao bibliotecário, por meio do cartão que retirou, sabe com quem tal livro
termo de responsabilidade de pagamento da anuidade, na Tesouraria, está e quando voltará para a biblioteca. Este cartão é arquivado por
para serem arrecadadas juntamente com a primeira parcela a se vencer. ordem alfabética de sobrenome de autor. Há bibliotecas que fazem dois
4.5. Não tem direito a retirar material da Biblioteca, todo leitor que tiver cartões para o bolso do livro, assim o outro poderá ser arquivado por
dividas para com ela. ordem de data de extinção do prazo de devolução, o que facilita o tra­
4.6. A Biblioteca reserva para si o direito de encaminhar os nomes dos lei­ balho de arrolamento de multados. Pode-se também dar um número
tores omissos à Diretoria do Instituto. a cada leitor e, então, em lugar de se escrever o seu nome no cartão
do livro anota-se apenas seu número.
Por este método de empréstimo podemos a qualquer momento sa­
ber: quais os livros que estão fora da biblioteca, com quem estão, quan­
do devem ser devolvidos, quais os que estão atrasados e quantas vezes
foi o livro emprestado. Se fizermos dois cartões, poderemos saber que
livros saíram em determinado dia e quais as multas de um certo dia.

(*) Lotada a papeleta de data de entrega, será substituída, devendo ser pregada de modo
a ser facilmente retirada. O cartão do livro, quando cheio, deverá ser guardado para
que tenhamos a relação completa de sua retirada, ou então poderemos inutilizá-lo; po­
rém, no alto do cartão novo deveremos marcar n? 2, e assim por diante, para que saiba­
mos o total de circulação de cada obra.
116 — Organização e administração de bibliotecas Empréstimos de livros... — 117

perda em “ Observações” , no livro ou na ficha de tombo, e tombar


C I R C U L A Ç Ã O o novo exemplar, pois cada livro deve receber o seu número de entra­
Port. Ing. Fr, Es. Al. It. TOTAL da na biblioteca. Entretanto, para facilitar o trabalho do bibliotecá­
000 rio, admite-se usar o mesmo número de tombo para a obra dada em
100 substituição e, neste caso, apenas será anotada no tombo, em “ Obser­
200 vações” , a expressão “ Substituída” . No caso de baixa, ela deve ser
300
dada também na ficha topográfica do respectivo livro e nela registra­
do o novo número de tombo do exemplar pago. O cartão do livro per­
400
dido deve ser arquivado por ordem alfabética de autor no fichário de
500
“ Perdidos” , que toda biblioteca precisa manter. No caso de obra es­
600 gotada, em que a perda é paga em dinheiro, uma vez que não mais
700 se possua a obra na biblioteca, além de se fazer o mesmo trabalho pa­
800 ra dar baixa no livro, ainda é necessário retirar a catalogação toda do
900 catálogo do público. Esta catalogação poderá ser guardada para espe­
F rar a oportunidade de ser novamente usada, se interessar à biblioteca
Total adquiri-la outra vez.
Livros descartados — Há livros que, pelo excesso de uso, ou por
Rev. não mais interessarem, precisam ser retirados da biblioteca. Faz-se o
Jor. mesmo trabalho que para o perdidos. Mesmo que se compre outro
E st exemplar para substituí-lo, será dada a devida baixa no número de tom­
Outros bo do descartado e o novo exemplar receberá um outro número de tom­
bo. Não sendo possível efetuar a substituição, a catalogação deverá
Total
ser também retirada. O cartão do livro descartado deverá ser arquiva­
D ata........................................ ..................................... do em ordem alfabética pelo sobrenome do autor, em um fichário de
“ Descartados” , que é indispensável,
Figura 18 No caso de uma substituição perfeitamente igual ao exemplar des­
cartado , admite-se agir como foi explicado para o caso dos perdidos,
a fim de poupar trabalho à biblioteca.
Pelo mesmo sistema podem ser emprestados os periódicos e De um modo geral, devem ser descartados os seguintes livros:
folhetos.
Textos obsoletos e sem valor como fonte de referência.
Deve ser feita uma estatística diariamente, por assunto, e por lín­ Ficção medíocre e de interesse passageiro.
gua, do movimento de empréstimos, não só para que se possa avaliar
a utilidade da biblioteca, como para se saber que classe de livro é mais Livros sujos, estragados, faltando páginas etc.
procurada (Fig. 18). Material sem interesse para a Biblioteca.
É preciso que seja instituída uma penalidade para os atrasos na O livro descartado deve receber um carimbo, “ Ofícialmente des­
devolução; entretanto, a finalidade educativa da biblioteca requer que cartado” , para evitar possíveis equívocos.
ela faça o máximo no sentido de desenvolver nos leitores o senso de Acervo da biblioteca — Anualmente devemos somar o número de
responsabilidade. Se o leitor se convencer de que não tem o direito de volumes entrados no decorrer do ano com o acervo do ano anterior.
prender o livro, porque alguém está sendo prejudicado, a biblioteca Deste total, tirando os perdidos e descartados durante o ano, teremos
estará realizando um trabalho construtivo. Se a penalidade for multa, o total de volumes existentes na biblioteca.
deve ser pequena. Para estarmos seguros de que não houve extravio de material bi­
Se um leitor perder um livro, naturalmente deverá pagar por ele. bliográfico, é conveniente que haja periodicamente, por exemplo uma
Mesmo no caso de o leitor entregar um exemplar igual ao perdido, é vez por ano, um balanço geral, isto é, um inventário. Uma pessoa fará
aconselhável dar baixa no número do tombo, registrando-se a data da a chamada dos livros pelo fichário topográfico e outra irá constatando
118 — Organização e administração de bibliotecas

a presença dos mesmos nas prateleiras. Em caso de perda, deverá ser


dada a baixa do livro desaparecido, como já foi explicado. É aconse­
lhável que se anote a ausência do livro, a lápis, na ficha topográfica,
e que somente no próximo balanço, caso o livro continue desapareci­
do, seja dada a baixa. O balanço é uma boa oportunidade para corri­
gir alguma falha que porventura tenha passado quando o livro foi co­
locado na prateleira. Deve-se verificar se o livro não encontrado não 13
foi emprestado ou não está na seção de conserto. Portanto, será inte­ PREPARO TÉCNICO DOS M ATERIAIS ESPECIALIZADOS
ressante levantar a ficha topográfica, deixando-a no próprio lugar quan­
do o livro não foi encontrado na estante. Ela deverá ser retirada do
catálogo apenas depois de se constatar que não foi possível localizá-lo.
Encontramos hoje nas bibliotecas duas classes bem distintas em
seus acervos. Há o clássico material bibliográfico que compreende li­
vros, periódicos, folhetos, catálogos etc. e há o grupo dos chamados
materiais especializados, também conhecidos como não impressos, que
abrange toda coleção que não apresenta a forma tradicional do acervo
de uma biblioteca. Neste grupo vamos encontrar não só todo material
audiovisual, como filmes, diafilmes, diapositivos, videoteipes, trans­
parências, fitas gravadas, discos, “ longplays” , microfilmes,* microfi-
chas e outras diversas formas de microrreproduções, como também ma­
nuscritos, plantas, fotografias, pinturas, desenhos, gravuras etc.
Há autores que também consideram recortes, folhetos, catálogos,
mapas, atlas e outros como material especializado; porém, como há
muito já fazem parte do acervo das bibliotecas, preferimos manter a
classificação adotada até agora. Em outros capítulos já explicamos o
preparo técnico de mapas, atlas, folhetos etc. Trataremos aqui somen­
te dos materiais que consideramos especializados.
Antes de apresentarmos o processamento técnico devemos nos lem­
brar de que esses materiais nos trazem problemas que precisam ser re­
solvidos, como o de armazenagem, exigindo equipamentos apropria­
dos para seu arquivamento, aparelhos de som, de projeção, de leitura
para as diversas microformas etc. Com o progresso da tecnologia esta­
mos sempre recebendo, nas bibliotecas, novos materiais que registram
informações e que requerem da organização das bibliotecas solução para
o aproveitamento adequado desse acervo em constante evolução.
Outro problema de grande importância é o da preservação. Tere­
mos que conhecer técnicas de conservação, considerar condições cli­
máticas, questões de segurança e outras dificuldades que vão surgindo
e que exigem toda atenção dos responsáveis pelas bibliotecas.
A marcha desse material, desde sua entrada na biblioteca até que
seja colocado à disposição dos consulentes, é a mesma que a do mate-

(*) O microfilme não deve ser classificado como material audiovisual, mas sim dentro
da reprografia.
120 — Organização e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais . .. — 121

rial clássico. A seguir analisaremos as diferentes fases do processamento Resolvida a questão da classificação, teremos que partir para a
técnico de cada grupo de material. catalogação.
Primeiramente tombaremos o material, preparando um livro ou Uma solução será preparar as fichas seguindo o mesmo critério
um fichário de tombo para cada tipo de material especializado, regis­ adotado para o material impresso. Determinando qual será a entrada
trando as informações que julgarmos necessárias, como explicado pa­ principal das fichas para os diferentes materiais especializados, iremos
ra os materiais impressos. Partindo do número 1, câda peça receberá montando-as com os dados que pudermos extrair das diferentes peças.
o seu número de tombo. Consultando os diversos tombos, poderemos Conforme o material, esses dados são bem variados e às vezes difíceis
saber qual o último número ocupado em cada registro dos materiais de ser encontrados, pois são registrados nas peças nos mais diversos
especializados. lugares.
Terminado o tombamento trataremos da classificação do mate­ De um modo geral, è preferível fazer a entrada do material espe­
rial. Poderíamos adotar o mesmo sistema de classificação que usamos cializado pelo título, colocando-se em seguida a forma entre parênte­
para o material impresso, como, por exemplo, a Classificação Deci­ ses. Assim:
mal de Dewey (CDD), a Classificação Decimal Universal (CDU), ou
outra qualquer, porém a experiência tem demonstrado que a classifi­ As cidades históricas de Minas Gerais (filme)
cação não é o elemento essencial para a recuperação do material espe­ III festival da música popular brasileira (disco).
cializado. É mais aconselhável que o número de chamada seja forma­
do por um símbolo que identifique o tipo de material, seguido de seu No caso de fitas, microfilmes ou discos que apresentem obras im­
número de tombo. Determina-se uma ou mais letras para cada tipo de pressas, a entrada principal deverá ser pelos nomes dos autores das
material. Por exemplo: obras. Os títulos, os nomes de tradutores, ilustradores etc. das obras
deverão ser mencionados no corpo das respectivas fichas, como quan­
D - Disco DE - Desenho DP - Diapositivo do catalogamos obras impressas. Aconselha-se até que neste caso
F - Filme LP - Longplay FO - Fotografia prepare-se também uma ficha desse material especializado para figu­
VT - Videoteipe rar no catálogo geral da biblioteca, para que o consulente do catálogo
DF - Diafilme G - Gravura tome conhecimento de que, da obra pela qual se interessa, há no acer­
M - Microfilme T - Transparência vo da biblioteca um registro em outra forma, além da impressa.
A biblioteca deverá fixar critérios para os diferentes casos, a fim
Teremos então o número de cada peça assim: D l, D2, D3 etc.; de que haja uniformidade na apresentação das fichas.
F l, F2, F3 (símbolo da peça seguido de seu número de tombo). Esse
material deverá ser armazenado nessa ordem, em arquivos separados Consideremos uma fita gravada com músicas de um único com­
para cada tipo. Consultando-se o catálogo, do qual falaremos logo mais, positor: é evidente que a entrada principal deverá ser pelo nome desse
com a maior facilidade localizaremos qualquer peça. compositor. Algumas vezes podemos preferir fazer a entrada principal
Ainda quanto à identificação desse material, há bibliotecas que pelo nome do intérprete, ou da orquestra, ou ainda do regente etc.,
têm dado outras soluções satisfatórias, porém sempre de modo sim­ por julgarmos serem esses os elementos de maior importância na peça
ples, sem adotar um dos clássicos sistemas de classificação. Por exem­ em questão. Entretanto, deve ficar bem claro que a escolha que fizer­
plo, a Divisão de Biblioteca e Documentação da Universidade de São mos para a entrada principal em nada prejudicará os outros dados con­
Paulo identifica seus cassetes considerando a data de produção. De­ siderados menos importantes, pois serão feitas para eles fichas de en­
terminou um código composto de seis dígitos, referindo-se os dois pri­ trada secundária e, portanto, o consulente será sempre bem informado.
meiros ao ano, os dois seguintes ao mês e finalmente os dois últimos Ao montar as fichas para o material especializado, o bibliotecário
ao dia. Exemplo: um cassete produzido no dia 28 de abril de 1978 terá terá,que dispensar muita atenção à imprenta e à colação, que diferem
o seguinte número de chamada: bastante da apresentada pelo material impresso. A imprenta geralmente
USP consta do local de produção, do nome do produtor e da data de pro­
780428 dução ou de Copyright, A colação, conforme o material, registra a cor,
lado 1 a velocidade, a sonorização, enfim, dados que não aparecem no mate­
lado 2 rial clássico de biblioteca. Por exemplo, no caso de microfilme, na co-
122 — Organizaçao e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais... — - 123

lação aparecerá o número de fotogramas, a medida dos mesmos e a ção seria a indicação color, se for o caso, e a medida da fotografia.
indicação de cor. As fichas que são feitas para o catálogo poderão apresentar no­
Daremos, a seguir, alguns esclarecimentos que julgamos úteis pa­ tas, conteúdo etc. como as que foram explicadas para o material im­
ra o preparo das diferentes fichas. presso. Será indispensável a pista para registrar as fichas que forem
No caso de disco, a imprenta é formada pelo gome da gravadora desdobradas das principais. Conforme o tipo de material especializa­
ou firma que o fabricou, podendo também ser aproveitado o número do, o desdobramento é necessário, como, por exemplo, no caso de dis­
que o catálogo da gravadora menciona para ele. Em seguida colocare­ cos. A posição e o espaço dessas informações, nas fichas, também de­
mos a data de distribuição. A sua colação é constituída de: números verão ser os mesmos adotados por aquelas que registram o material
de lados, diâmetro do disco, preferivelmente em centímetros, e núme­ impresso.
ro de rotações por minuto (velocidade). * Poderíamos colocar ainda a Naturalmente, devemos guardar essas fichas em gavetas separa­
duração, porém preferimos simplificar a catalogação. das, ou, quando o número de fichas não justificar destinar-se uma ga­
Em se tratando de filmes, diqfilmes, diapositivos etc., a imprenta veta inteira para cada tipo de material, podemos separar os diferentes
consiste no registro de quem os produziu, seguido da data. Exemplo: blocos de fichas por meio de fichas-guias. Por fora das gavetas regis­
Serviço de Documentação da USP, 1976. A colação do film e registra traremos, em etiquetas, o material contido em cada uma delas.
a largura do filme (bitola), a cor (color, ou b/p, quando for branco Devemos dar preferência à colocação das guias separadoras tam­
e preto). bém em ordem alfabética. Assim, se em uma única gaveta arquivar­
Do diapositivo, a colação registra o número de quadros, isto é, mos as fichas correspondentes aos filmes e aos discos, devemos pri­
de fotogramas, a indicação da cor e a dimensão (largura do slide ou meiro guardar as fichas dos discos e depois as dos filmes, pois teremos
tamanho da moldura). Exemplo: em primeiro lugar a guia D (discos) e, terminadas as fichas de discos,
aparecerá a guia F (filmes). Manteremos, então, também nas guias a
45 quadros, b /p , 35mm ordem alfabética.
39 quadros, col, 4 x 4cm Consultando o catálogo, que deve estar organizado em ordem al­
Podemos dar o mesmo trato à colação do diafilme, pois na reali­ fabética (catálogo dicionário), encontraremos o que desejamos e, pelo
dade o diafilme é um conjunto de slides reunidos em uma única tira. número de chamada, como já explicamos, temos o símbolo do mate­
A diferença entre diafilme e diapositivo está na projeção, pois o proje­ rial seguido de seu número de tombo. Exemplo: F 47, G 15 (filme 47,
tor de diapositivos não é igual ao de diafilmes. gravura 15). No depósito desses materiais, encontraremos, dispostas
A imprenta do microfilme terá que ser a mesma do documento em ordem numérica, as peças que desejamos. Assim, na seção dos fil­
original de onde foi preparado o microfilme. Por exemplo, se tiver­ mes, chega-se facilmente ao número 47 e, na seção das gravuras, não
mos o microfilme de uma obra, a imprenta será constituída do local há problema para se obter a de número 15.
de publicação, casa publicadora e data de publicação da mencionada Daremos alguns exemplos de fichas preparadas para o catálogo
obra. Na colação aparecerá, por exemplo: Microfilme com 63 foto­ do material especializado, para melhor orientar os interessados.
gramas de 35mm. Se realizarmos o trabalho de catalogação tal como acabamos de
Na catalogação de fotografias, a entrada principal poderá ser pe­ explicar, ele será, indiscutivelmente, bastante completo, porém somos
lo título da fotografia, seguido de um subtítulo explicativo sobre o lu­ partidários de que não se façam essas fichas e que se aplique ao mate­
gar de onde foi tirada a fotografia, quando houver. Poderá também rial especializado o método unitermo de registro. Com muito menos
aparecer o nome do fotógrafo, para quem, se fosse interessante, faría­ trabalho chegaremos a um resultado altamente positivo.
mos uma ficha de entrada secundária. A imprenta seria o lugar onde Faremos o tombamento, o número de chamada e o arquivamento
foi revelada, a casa que a revelou e a data da revelação. Esses dados das peças em seus depósitos, como explicamos neste capítulo; apenas
nem sempre são mencionados, o que dificulta o trabalho de cataloga­ deixaremos de fazer a catalogação, substituindo-a pelos cartões
ção. Algumas vezes são encontrados no verso da fotografia. A cola­ “ unitermo” .

(*) Detalhe — velocidade — que não se dispensa, apesar da sua atual uniformização,
laser, CD etc., porque sempre haverá, ou poderá haver, no acervo material produzido
há muitos anos em 78 rpm ou 45 rpm.
124 — Organização e administração de bibliotecas Preparo técnico dos materiais . .. — 125

L a c e r d a , C a r lo s , 19 1 4 -1 9 7 7 . C hopin, F r e d e r i c , 1810-1849.
A c a s a do meu avo : p e n sa m en to s, p a la v r a s N o ctu rn e n9 2 in E f l a t / C hopin ; F e l i x
e o b r a s / C a r lo s L a c e rd a ; f o t o g r a f i a s d e Se­ M endelssohn and h i s H aw aiian S e r e n a d e rs . —
b a s t i ã o L a c e rd a . — E d iç ã o l i m i t a d a p a r a a Con­ England : Colum bia F. B: 3456.
f r a r i a dos Amigos do L iv r o . — R io d e J a n e i r o : 10 p o l. speed 78.
208 p . : i l .

M ic ro film e com 120 fo to g ra m a s de 3 5 , , -

1. LITERATURA BRASILEIRA - MEMÕRIAS 1 . T i­


tu lo .

Ficha 53 — Para microfime de livro. Ficha 55 — Para disco.

LP8 DF21
A o b ra p i a n í s t i c a de L u iz Levy / E udõxia de B a r-
A i n f l u e n c i a rom ana n as a r t e s : a r q u i t e t u r a ,
r o s . — S, P a u lo : C h a n te c le r 2 -0 8 -4 0 4 -0 7 2-A , e s c u ltu ra , p in tu ra .
1976. 53 q u a d ro s , c o l o r . 35mra.
2 la d o s : 12 p o l . 33 1 /3 rpm

C onteúdo : Lado A : Tango b u r l e s c o . — D iá­


lo g o . J— B a r c a r o l a . — V a ls a b r i l h a n t e . — l a .
R a p s ó d ia b r a s i l e i r a . — Lado B : H a b a n e ra . —
S e r e n a ta , — P o u d re e ( 4 a . G avota) — 5 a. Gavo-
t a . — V a ls a l e n t a . —■ 2 a . R a p só d ia b r a s i l e i r a .

1 . mDs ICA BRASILEIRA I . L evy, L u iz H e n riq u e ,


1 8 6 1 -1 9 3 5 . .

O O

Ficha 54 — Para “ longplay” . F ich a 56 — P a r a diafilm e.


126 — Organização e administração de bibliotecas
Preparo técnico dos materiais... — 127

luna encabeçada pelo n? 7, pois o registro é feito na coluna cujo alga­


DP18 rismo coincida com o final do número de tombo que recebeu a peça.
A rq u ite tu ra b iz a n tin a . Quanto mais fichas receberem o registro das peças, mais fácil será
92 q u a d ro s , b / p , 4 x 4cm encontrá-las quando solicitadas.
Portanto, vemos que o número que o material recebe serve para
identificá-lo e localizá-lo.
Terminado o registro, o disco poderá ser guardado no lugar a ele
destinado e as fichas serão arquivadas no catálogo geral do material
especializado, em ordem rigorosamente alfabética. Imaginemos que en­
trasse um outro disco de igual título, executado por outra orquestra
e recebesse, no tombo, o n? 83. Retiraríamos do catálogo alfabético
a ficha encabeçada por Rapsódia húngara n ? 2 e registraríamos, na
coluna 3, também a chegada desse disco. É claro que o mesmo será
registrado em outras fichas também, como, por exemplo, pelo nome
da orquestra. A ficha volta para ò seu lugar no catálogo e o disco irá
para a discoteca, onde ocupará o lugar 83, pois são guardados de acordo
com o número de tombo.
Digamos que um consulente deseje ouvir determinada música, exe­
cutada por determinada orquestra; retirando-se do catálogo as fichas
encabeçadas pelo nome da orquestra e pelo nome da música,
Ficha 57 — Para diapositivo. consultando-as superpostas, de sorte que as colunas coincidam, ime­
diatamente perceberemos o número igual que aparece nas duas fichas.
Claro está que esse número corresponde à música procurada.
Há um capítulo desta obra onde tratamos detalhadamente do mé­ Quando se tratar de rolos de microfilmes, além de se localizar ca­
todo unitermo, que pode ser consultado para maiores esclarecimentos. da rolo, é necessário registrar todos os assuntos contidos no mesmo
Repetiremos aqui alguns trechos do mencionado capítulo, para facili­ e localizar rapidamente em que ponto do rolo está a informação dese­
tar o trabalho dos que desejarem aplicá-lo. jada. Para se saber quais os assuntos contidos num rolo, não há pro­
Em fichas de 15 x 12,5cm, divididas em dez colunas, cada coluna blema, pois os ditos assuntos se registram em unitermo; a vantagem
encabeçada por um algarismo de 0 a 9, registraremos ao alto um as­ do método unitermo é a sua flexibilidade, pois podem ser incluídas
sunto ou uma palavra-chave, para identificar a peça que desejamos quantas fichas forem necessárias em seu arquivo alfabético de fichas.
conservar. Para localizar a informação dentro do rolo, também é muito simples,
Iniciando o trabalho, tomamos um grupo de peças de determina­ porque há indicadores colocados em vários pontos determinados do
microfilme, de modo que com exatidão e rapidez é encontrado o docu­
do material, o qual já deve estar devidamente tombado, como foi ex­
mento após o indicador que marca o trecho do microfilme que interes­
plicado no início deste capítulo. Daremos o exemplo com disco, mas
sa ao consulente.
o serviço será o mesmo com qualquer tipo de material especializado.
As caixas que abrigam os rolos têm registrados os conteúdos dos
Digamos que de um disco que recebeu o número 27, desejássemos
microfilmes. Em geral todas as caixas possuem lugar para esses
destacar o nome do compositor, o título e o nome da orquestra. To­
registros.
maríamos três fichas das preparadas para este método e colocaríamos
em cada ficha, ao alto, como vemos nos exemplos do método, uma O catálogo poderá reunir numa única ordem alfabética todas as
das informações que selecionamos para identificá-lo, seguida do sím­ fichas dos materiais especializados, porque, como explicamos, ao al­
to, em seguida ao termo escolhido para identificar a peça, há o símbo­
bolo da peça. Assim: Rapsódia húngara n? 2 — D, seria a ficha enca­
beçada pelo título. Nas três fichas registraríamos o número 27, na co­ lo do material, portanto todos os números que figuram numa determi­
nada ficha referem-se ao material que recebeu aquele símbolo, isto é,
128 — Organização e administração de bibliotecas

o símbolo identifica o tipo de material que se acha relacionado em ca­


da ficha.
A ampliação do catálogo é simples, pois a qualquer momento po­
deremos introduzir alfabeticamente um novo termo, acompanhado da
relação dos números das peças a ele referentes.
14
DISTRIBUIÇÃO DO ESPAÇO E M BIBLIOTECAS

A preocupação é o conforto do usuárip e o aproveitamento racio­


nal do espaço. Bibliotecas em edifício próprio são casos raros. Algu­
mas salas destinadas à biblioteca em edifício de organizações diversas
já é uma situação bastante satisfatória. Nesse caso, seria muito mais
simples a planificação funcional do espaço, pois o arquiteto, com o
bibliotecário, já teria considerado todas as exigências da biblioteca, e
poderia realizar o melhor dentro das inevitáveis restrições da área a
ela atribuída.
Essa situação ideal raramente existe; em geral, o bibliotecário in­
cumbido de organizar uma biblioteca recebe um espaço criado para
as mais diferentes funções, e deve iniciar sua tarefa a partir dessa
realidade.
Felizmente, para solucionar esse problema hoje contamos com a
possibilidade de transformar e adaptar a parte imóvel, graças à parte
móvel. Antigamente, quando só havia paredes e estantes fixas, a situa­
ção era incomparavelmente mais difícil.
Para início do planejamento, precisamos determinar a divisão bá­
sica do espaço: Leitura, Depósito do Acervo e Procedimentos Técni­
cos. Estas três áreas devem ser organizadas de tal modo que possibili­
tem à biblioteca atingir os seus objetivos.
Como já mencionamos, é evidente que em sua organização não
pode haver estandardização. Porém, há sempre alguns elementos bási­
cos que poderão ter solução sistematizada. Por exemplo, as questões
de iluminação, de acústica, de circulação, de promoção da biblioteca
etc. Devemos procurar soluções práticas, flexíveis e dinâmicas, que ve­
nham contribuir para o sucesso do trabalho.
O Depósito, que é o local onde se conservam as informações bi­
bliográficas, deverá ser cuidadosamente planejado, pois terá que aten­
der às características da documentação e ao volume de material que
abrigará, prevendo, inclusive, uma futura expansão,
O Depósito e a Sala de Leitura podem estar num só ambiente, bem
assim em salas separadas. Quando estiverem juntos, as estantes devem
acompanhar as paredes, com o espaço central reservado para a área
130 — Organização e administração de bibliotecas

de leitura. As prateleiras devem ser graduáveis, dando oportunidade


a várias regulagens, de acordo com a necessidade, o que oferece me­
lhor aproveitamento de espaço. Sendo presas pelo sistema de encaixe,
proporcionam flexibilidade à instalação. Existem também estantes pró­
prias para revistas.
Quando a Sala de Leitura for separada, o Depósito pode abrigar
várias estantes no meio da sala, em “ faixas” , e também junto às pare­ 15
des. As do centro são duplas, úteis de ambos os lados. Um corredor ISBN (International Standard Book Number)
perimetral de 40 a 50cm de largura, junto às paredes, e corredores en­
tre as estantes, de 0,76 a l.OOm devem existir, para facilitar a circula­
ção dos usuários.
Quando no Acervo houver material audiovisual, é preciso prepa­ O ISBN é um número que foi idealizado para dar a cada livro uma
rar uma cabina de som e um local para projeção. Ao se planejar uma identificação, que será muito útil a vários fins, especialmente quando
Sala de Leitura, é preciso calcular a sua capacidade, prevendo expan­ a obra estiver registrada em computador.
são futura, cuidar do conforto indispensável e do fácil acesso às fontes Logicamente, qualquer livro é identificado graças a seu autor, tí­
de informação. tulo, língua e outras características mais. O imenso crescimento da pro­
Quanto às mesas, são muito aconselháveis as redondas ou as ovais, dução livresca reclamou a organização de um sistema racional para ofe­
que poupam mais espaço do que as retangulares. As mesas de pé cen­ recer uma individualização simples e exata aos que necessitarem de qual­
tral oferecem oportunidade de deixar a área sob o tampo livre, ficando quer informação que se encontre registrada.
os usuários bem instalados à volta das mesas. Essas mesas podem aco­ Por sugestão de muitos editores, estabeleceu-se que fosse dado um
modar bem oito leitores e a medida do tampo pode ser de 1,68 x l,18m. número a cada livro de determinado editor, e que não coincidisse com
Há mesas redondas de 1,20 a l,50m de diâmetro, para quatro lei­ a numeração adotada por outros editores, pois isto ocasionaria
tores, que são também muito boas e podem ser bem distribuídas numa confusões.
Sala de Leitura. O mobiliário básico para uma Sala de Leitura se com­ A Associação Britânica de Editores providenciou para que fosse
põe de mesas, poltronas e cadeiras. Hoje, a distribuição do espaço é feito um estudo visando organizar um sistema coerente e bem planeja­
feita matematicamente. Por exemplo, já está padronizado que em lm2 do, capaz de unificar toda a numeração de livros.
podem ser colocados 50 volumes. Para se saber de que área necessita­ A melhor solução para se aplicar a computador certamente esta­
mos para colocar 30.000 volumes, é suficiente dividir 30.000 por 50 ria no estabelecimento de um código representado por número.
= 600m2. Temos, então, a área necessária. Bem sabemos que o gabinete de um computador é um arquivo que
Atualmente há muitas firmas que se encarregam de planejar a ins­ pode armazenar todos os detalhes indispensáveis ao livro, tanto os que
talação de bibliotecas. Todas apresentam móveis altamente funcionais o identificam como os que indicam sua situação.
e têm pessoas competentes e capazes de estudar, no local, a melhor dis­ Para atingir seu objetivo o sistema de numeração teria que ser único
tribuição do espaço. As medidas de altura, profundidade e largura dos para todo o mundo, isto é, tanto para os livros nacionais como para
móveis, de que uma biblioteca necessita, já estão estandardizadas e é os estrangeiros. Portanto, cada ficha do arquivo deve registrar um nú­
suficiente entrar em contato com essas firmas para a escolha do que mero diferente. Por conseguinte, o ISBN fica fazendo parte integrante
mais convém. dos dados que identificam o livro e será um símbolo permanente, não
podendo variar. Ele é formado por um grupo de dez dígitos. Examine­
mos um ISBN, para explicar a sua formação e o que representam os
diversos dígitos:

ISBN 85-7182-006-6

-/ Os primeiros, neste caso 85, indicarão um grupo nacional, geo­


gráfico, lingüístico etc. Por exemplo, 85 é o prefixo destinado ao Bra-
132 — Organização e administração de bibliotecas ISBN (International Standard Book Number) — 133
sil. Este primeiro código depende do volume da produção editorial do ele também receberá códigos diferentes e, diante do ISBN de cada um,
grupo. O número de dígitos é inversamente proporcional ao número anota-se essa diferença; 5) no caso de traduções, o livro, além do seu
de títulos editados, isto é, pode ser destinado um só dígito para os paí­ próprio ISBN, indicará também o ISBN da edição original.
ses de maior produção e até cinco dígitos para os de menor.
São estes os principais casos que desejamos destacar, porém, ape­
A segunda parte também não tem um número fixo de dígitos e sar de poder haver outras observações registradas após o número do
serve para distinguir o editor. Quanto mais importante é o editor, me­ ISBN, isto não oferece problema ao catalogador, pois será suficiente
nor é o número de dígitos usados para identificá-lo. copiar na ficha o que estiver registrado na obra. Exemplo: ISBN
A terceira parte do ISBN chama-se número do título e serve para 84-01-06601-8 segunda edição, revista e corrigida.
individualizá-lo. Como os outros símbolos, também este terceiro é de
extensão variável, dependendo a mesma do tamanho dos símbolos an­ Como se determina um dígito “de comprovação”
teriores. Quanto maior o número de dígitos dos indicadores que o pre­
cederam, menor será o número de dígitos do título. O sistema prevê que cada ISBN seja formado por apenas 10 dígi­
Para terminar o ISBN há o dígito chamado “ de comprovação” , tos, mantendo-se portanto uma extensão constante. Para determinar
que é representado por um algarismo apenas. No exemplo citado temos: o dígito de comprovação, usa-se uma fórmula onde se aplica um cál­
85 — grupo geográfico ou lingüístico culo considerando pesos de 10 a 2 e que é operada do seguinte modo:
7182 — número do editor naquele grupo multiplica-se cada dígito do ISBN, começando pelo primeiro, por um
desses pesos em ordem decrescente, como podemos verificar tomando
006 — número do livro daquele editor naquele grupo
o exemplo já citado: ISBN 85-7182-006-6,
6 — dígito de comprovação
Todas as fichas feitas para o catálogo da biblioteca correspondentes Somadas as parcelas, vemos quanto falta para o to­
a essa obra trarão, como última indicação, o seu ISBN, que é portanto tal ser exatamente dividido por 1 1 .0 algarismo que
o elemento da área 7. 8 X 10 80 representar essa diferença será o dígito de compro-
É claro que não seria possível, de acordo com o objetivo do siste­ 5 X 9 45 vação. O módulo 11 foi determinado pelo sistema
ma, que ficasse a cargo de cada editor a determinação de seu ISBN. 7 X 8 56 ISBN para se obter o dígito de comprovação. Quan-
Já foi, desde 1973, organizada uma agência distribuidora para contro­ 1 X 7 7 do o total obtido na soma das parcelas exigir o dí-
lar e estabelecer o ISBN que se destina a cada editor. Ela deverá man­ 8 X 6 48 gito de comprovação 10, do que resultaria um ISBN
ter em dia o seu fichário. Haverá uma ficha para cada ISBN, onde se 2 X 5 10 de 11 dígitos, será usado em lugar do algarismo ará-
0 X 4 0 bico o romano X , que proporcionará uniformida-
incluirão as informações bibliográficas necessárias e indispensáveis para
0 X 3 0 de na extensão do ISBN, mantendo-o com 10 alga-
a identificação dá obra.
6 X 2 12 rismos. Exemplo: 84-7067-210-X,
Designado o ISBN, as editoras e os livreiros poderão utilizá-lo em
seus catálogos, em suas operações comerciais, em seus controles de es­ 258 + 6 =' 264 264 11= 24 (divisão exata)
toque, em seus mercados etc.
Para determinar os códigos a agência terá que fazer um estudo Apenas há poucos anos o ISBN foi introduzido no Brasil, estan­
cuidadoso sobre uma previsão para um período de 20 a 30 anos, evi­ do sua agência instalada na Biblioteca Nacional. Por essa razão não
tando assim que tenha que dar um novo símbolo a editores que já o incluímos nos modelos de fichas deste manual o ISBN. Colocamos a
haviam recebido. sigla em alguns exemplos só para mostrar a sua posição.
O ISBN deve aparecer: 1) em cada obra; 2) em cada volume dos
que integram uma obra em vários tomos. Neste caso cada volume re­
ceberá dois ISBN, um correspondente ao próprio volume e outró que
identifica o conjunto da coleção, isto é, o geral e o particular; 3) quan­
do uma obra (um título) se apresenta sob várias formas, por exemplo,
brochura e encadernada, haverá dois códigos e escreve-se, após cada
código, a palavra que identifica a forma. Assim: encadernada, edição
completa etc.; 4) quando um livro for publicado por vários editores,
Técnicas de avaliação de serviços — 135

2. Entrevistas — O método pode ser aplicado fazendo-se uma en­


trevista diretamente com uma ou mais pessoas. Os dados assim obti­
dos poderão ser válidos se a entrevista for estruturada, isto é, quando
é preparado um esquema bem planejado, com limite determinado pa­
ra as respostas; quando se permite que o entrevistado fale à vontade,
isto é, quando a entrevista não é estruturada, ou mesmo semi-
estruturada, os resultados não podem ser considerados de grande va­
16 lor, pois são muitos os fatores que influem nas respostas. Por exem­
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS plo, uma das preocupações do entrevistado é o uso que será feito de
E M BIBLIOTECAS suas respostas. Para evitar este defeito deve ser garantido o sigilo.
A entrevista deve ser realizada em lugar tranquilo, onde não haja
interrupções. O entrevistador precisa ser treinado para aplicá-la. O tom
Hoje vemos entre os bibliotecários a preocupação de avaliar o re­ de voz e a expressão do entrevistador podem provocar alteração nas
sultado dos serviços que vêm prestando essas instituições que têm a respostas do entrevistado. O entrevistador deve estar atento para não
seu cargo um trabalho de grande responsabilidade e de importante se distanciar do objetivo da entrevista, manter o controle da mesma
objetivo. e não influir sobre o entrevistado. Este equilíbrio do entrevistador não
Para avaliação da produtividade a biblioteca deverá controlar to­ é fácil. O registro das respostas deve ser feito de maneira cuidadosa
das as suas atividades. e honesta. O entrevistado também nem sempre responde às questões
Com a evolução da ciência e da tecnologia, cada vez mais são exi­ com a indispensável sinceridade.
gidos os seus serviços. É indispensável, portanto, que periodicamente 3. Questionário — Este método pretende atingir um grupo grande
haja pesquisas para se verificar se todos os serviços estão sendo execu­ de pessoas, o que é fácil pelo fato de se poder enviar muitos questioná­
tados a contento, ou se há alguns que podem ser aperfeiçoados, pro­ rios, porém, tal como o método entrevistas, as respostas são muitas
porcionando maiores informações a seus usuários. vezes duvidosas quanto ao valor. Por exemplo, pode haver engano ao
Um dos mais preciosos serviços é o de referência, cada vez mais dar a resposta, pode envolver suposição e não situação real, pode ha­
solicitado pelos usuários e, ao mesmo tempo, o que, por razões várias, ver preocupação de impressionar bem, evitando a informação certa etc.
é o mais difícil de as bibliotecas realizarem com a eficiência que seria O questionário pode ser fechado ou aberto. Fechado é quando as
de desejar. principais questões apresentam várias respostas, sendo suficiente a pes­
Há diversos métodos que poderão nos conduzir a uma boa avalia­ soa assinalar ou sublinhar a que deseja. Aberto é quando as questões
ção. Apresentaremos aqui alguns que julgamos eficientes e práticos: são de respostas livres, podendo as pessoas responder como desejarem.
1. Levantamento — Este método aplica as técnicas de observa­ O questionário deve ser planejado com o maior cuidado e com
ção, de distribuição de questionário, de entrevista para, mediante as habilidade para que as questões se relacionem com o que se deseja sa­
diversas anotações dos resultados, descrever os fatos como são, dando ber, As perguntas não devem ser passíveis de dúvidas, mas objetivas
uma idéia real da situação existente. Seguindo-se este método, observa- e claras. Não se deve solicitar opiniões, mas sim dados. O questionário
se mais de uma organização ao mesmo tempo e tiram-se conclusões, deve apresentar primeiramente as questões mais simples, depois as mais
analisando os resultados obtidos no levantamento. Ele pode ser des­ complexas.
critivo ou analítico. O levantamento descritivo procura descrever me­ É interessante testar o questionário antes de sua aplicação. Esse
todicamente os fatos e características de um grupo ou área de interes­ teste deve ser aplicado entre pessoas cujas funções se assemelham às
se. Estas pesquisas buscam colher dados capazes de descrever uma si­ das que vão responder ao questionário.
tuação, de definir problemas ou de justificar a conduta estabelecida. 4. Comparação de estatísticas — Este método é bastante interes­
Avaliando os dados colhidos e comparando o que outros fazem em
sante para ser aplicado à biblioteca. Podem-se comparar os dados ob­
condições semelhantes, é possível aproveitar a experiência para novos
planejamentos e determinações futuras. tidos em uma ou mais organizações com os de uma outra semelhante,
na mesma ocasião, ou mesmo podem ser comparados os dados de uma
Quando desejarmos levar a efeito um levantamento descritivo, de­ mesma entidade, em ocasiões diferentes. De posse desses dados, podem-
vemos estar bem certos de nossos objetivos e saber com o que pode­ se observar os fatos ocorridos e propor modificações e melhoramentos
mos contar para nossas pesquisas.
136 — Organização e administração de bibliotecas Técnicas de avaliação de serviços — 137

nos serviços. Por meio de comparação de relatórios anuais de uma mes­ Quando for este o método adotado, cabe ao bibliotecário encami­
ma entidade, não só se observam os serviços que ela vem prestando nhar aos membros do grupo todos os dados sobre os serviços da bi­
como haverá oportunidade de aperfeiçoamento dos trabalhos. Um re­ blioteca, a fim de que a equipe tenha elementos para analisar e avaliar
latório anual bem feito apresenta o total do acervo, por assunto, o au­ as alterações que deverão sugerir. Depois de cuidadoso estudo e julga­
mento ocorrido no ano, os empréstimos, quando se tratar de bibliote­ mento dos fatos, pode-se atingir o alvo: aperfeiçoamento do trabalho
ca circulante, empréstimos entre bibliotecas, frequência de usuários etc., produzido, quantitativa e qualitativamente falandp, menor esforço e
que são dados preciosos e básicos para uma boa avaliação de serviços. desgaste, redução do pessoal e maior economia. É muito importante
Quando comparamos dados de bibliotecas semelhantes, podemos o modo como são executadas as diversas tarefas. Às vezes há grande
aproveitar as experiências válidas, melhorando assim os serviços pres­ desperdício de tempo em movimentos desnecessários e atividades su­
tados pela organização que dirigimos. pérfluas ou repetitivas. Devem-se eliminar rotinas dispensáveis, esta­
belecer os cursos das operações em seus mínimos detalhes, modificar
5. Amostragem — É um método que está sendo muito usado para
sequências e simplificar fases, quando possívei.
se aplicar a um grupo relativamente pequeno, mas realmente represen­
tativo de um grande aglomerado social. Naturalmente, é preciso sele­ Para uma execução satisfatória do trabalho precisamos estar cer­
cionar com bastante critério os grupos que serão observados para que tos de quem deve executá-lo, quando, onde e em quantas etapas. O
haja representantes dos diversos elementos que compõem o grupo. Di­ fator tempo é muito importante e deve merecer toda a atenção do
gamos que tomássemos os dados referentes a uma área da qual se pre­ analista.
tende obter a amostragem. Esses dados seriam, por exemplo, com re­ Escolhida a melhor solução, ela deve ser experimentada e os re­
lação ao interesse, ao nível de cultura, à profissão etc. Poder-se-ia tam­ sultados observados até a implantação definitiva do sistema. É então
bém marcar um dia por semana, em determinada hora, para entrevis­ necessário modificar o manual de serviços para atualizá-lo de acordo
tar o consulente que entrasse na biblioteca. Anotadas todas as infor­ com as novas determinações. O elemento humano precisa ser prepara­
do para receber as modificações introduzidas, pois é ele o principal fa­
mações obtidas, no fim de um período predeterminado teríamos uma
tor de garantia do sucesso do sistema. Quando ele participa efetiva­
série de observações bastante significativas e representativas de um gran­
mente, desde o início do trabalho, por exemplo desde a coleta de da­
de grupo de usuários. Por amostragem, poderemos concluir quais as
dos até as observações dos resultados finais, na fase de experimenta­
modificações que seriam aconselháveis para melhorar os serviços ção, o sucesso do trabalho já está em parte assegurado. E condição
prestados. essencial haver um treinamento do pessoal para a aplicação do sistema
6. Métodos estatísticos — Os chamados métodos estatísticos são recomendado.
complexos e, para serem aplicados, exigem dos que pretendem aplicá-
los um conhecimento completo de técnicas estatísticas e profundo de
matemática.
Portanto, para avaliar os serviços de bibliotecas podemos lançar
mão de métodos menos sofisticados e capazes de oferecer resultados
perfeitamente satisfatórios.
7. Análise de sistemas — Este método é hoje muito difundido p a­
ra aperfeiçoar os vários tipos de trabalho, pois é de grande valia a orien­
tação determinada por um grupo capaz de julgar um sistema que está
sendo empregado e sugerir modificações úteis. Este processo de ava­
liação requer a organização de um grupo de estudo formado de biblio­
tecários (quândo aplicado à biblioteca), técnicos de administração, ana­
listas de sistemas etc., cada um contribuindo com sua especialização
a fim de preparar um plano de avaliação. Naturalmente, é um método
complexo que deve ser empregado apenas no caso de grande institui­
ção, pois para organizações menores pode ser aplicado qualquer outro
dos que foram aqui citados.
Regras para arquivamento alfabético — 139

die, das, ein, eine, der, des, dem, den, einem, einen, einer, ernes
(em alemão);
the, a, an (em inglês).
4. Sinais e símbolos — Usados nas entradas de fichas, devem ser
desprezados. Vejamos o título: “ ??? a grande dúvida” (arquiva-se na
17 letra g). Quando uma letra ou sílaba for seguida de sinal, considera-se
REGRAS PARA ARQUIVAMENTO ALFABÉTICO DE FICHAS a letra e despreza-se o sinal. Assim: “ X..., Senhor Delegado” (arquiva-
se em X e em seguida deve ser considerada a palavra Senhor). Se hou­
ver um título só com sinais, por exemplo (reticências), colocare­
mos essa ficha antes da letra “ A” .
À primeira vista pode parecer muito simples o arranjo alfabético, 5. Iniciais — Colocar primeiramente as fichas que trazem só ini­
determinado para o catálogo dicionário; quando, porém, realizamos ciais e depois as que trazem palavras começando pela mesma letra da
o trabalho de arquivamento das fichas são muitas as dúvidas que sur­ inicial. Assim:
gem. Daremos aqui as regras indispensáveis para garantir uniformida­ A ., A .
de aos catálogos das bibliotecas brasileiras. Dizemos brasileiras por­
que estas regras não satisfariam, por exemplo, um catálogo dicionário a ., a
da Alemanha, devido às peculiaridades da língua. Este trabalho, não Almeida, Benedito
sendo executado com cuidado, dentro em pouco desorganiza o catálo­
6. Abreviaturas — Devem ser arquivadas como se estivessem es­
go, dispersando fichas que deveriam estar reunidas e informando mal
critas por extenso. Portanto, é preciso considerar as letras das pala­
o consuíente. Pode-se dizer que o catálogo é a espinha dorsal da bi­
vras que estão abreviadas. Exemplo da ordem das fichas neste caso:
blioteca. Por ele tomamos conhecimento do que existe na biblioteca.
Sandálias
1. Regra básica — Considerar palavra por palavra, alfabetando Sr. Barão (lê-se “ senhor” )
letra por letra, até o finai de cada palavra. Som
2. A s modificações das tetras — Crase, trema, til, cedilha etc. não Não confundir esta regra com a anterior, pois iniciais nem sempre
devem ser consideradas na alfabetação. Exceções: 1) Palavras perfei­ são conhecidas, o que não deve acontecer com as abreviaturas. Por
tamente iguais quanto à ortografia, porém havendo a cedilha modifi­ essa razão as iniciais são arquivadas como aparecem e as abreviaturas,
cando o sentido, é preferível considerar primeiramente as que trazem pelas palavras á que correspondem.
c simples e depois o ç. Ex.: Franca (cidade do Estado de São Paulo)
e França (país), evitando, no fichário, a mistura das fichas referentes 7. Siglas — As siglas, com ou sem ponto(s), devem vir antes das
palavras iguais a elas, quando não usadas como sidas. Assim:
a um e outro lugar. 2) As letras tremadas, em palavras alemãs, “ ã ” , “ A.S.A.” deve vir antes de “ Asa” ; “ IRA” , deve vir antes de “ Ira” .
“ õ ” , “ ü ” , devem ser consideradas como: ae, oe, ue, respectivamente,
para efeito de alfabetação. 8. Apóstrofo e elisão — Ligada uma palavra à outra, deve ser lida
como se fosse uma só palavra. Ex.: “ Who’s who” , deve ser considera­
3. Artigo inicial — O artigo inicial não deve ser considerado na da como “ Whos who” . Recomenda-se fazer exceção para o caso de
alfabetação. Os artigos mais comuns em nossas bibliotecas são: o, a, artigo e de preposição, ligados por elisão ou apóstrofo à palavra se­
os, as, um, uma, uns, umas (em português); não confundir o artigo guinte, arquivando-os como palavras independentes. Ex.: “ D el’intel-
indefinido “ um” com o adjetivo numeral, o qual deve ser considerado Ugence” deve ser arquivada como se fosse “De la intelligence” ; “ Casa
na alfabetação. Em outras línguas: perto dum rio” , deve ser, “ Casa perto de um rio” .
9. As pontuações — Não devem ser consideradas na alfabetação.
1’, le, la, les, un, une (em francês);
Ex.: traço, dois-pontos, ponto-e-vírgula etc. Há duas exceções: o pon­
il, lo, g l\ gli, la, le, T, un, uno, una, un’ (em italiano); to final e a vírgula, separando o último sobrenome do prenome, nas
el, lo, los, la, las, un, una (em espanhol); entradas das fichas, os quais devem ser considerados. A presença do
140 — Organização e administração de bibliotecas

entradas das fichas, os quais devem ser considerados. A presença do


ponto isola a palavra, portanto; “ Brasil. Constituição” vem antes de
“ Brasil altaneiro ” . Como exemplo de virgula separando o último so­
brenome, observemos;
Souza, Antônio Carlos de
Souza, Ricardo Alves de
18
Souza Freitas, Cesário Gabriel de* SISTEMA DECIMAL DE MELVIL D EW EY
10. Números — Quando um título é iniciado por algarismo, deve­ (de acordo com a 19? edição)
mos ler o número como se estivesse escrito por extenso, na língua do
texto, e arquivar alfabeticamente. Assim: “ 27 contos de amor” , deve
ser arquivada na letra V (Vinte e sete contos de amor); porém, quando
o número vem em seguida a uma palavra, indicando uma série de da­ 1? SUMÁRIO
tas ou de números, devemos fazer o arquivamento cronológico;
Curso de inglês: 3? ano. Classes
Curso de inglês: 4? ano.
000 -
Neste exemplo, se fôssemos arquivar alfabeticamente, o 4? (quar­ 000 — OBRAS GERAIS. GENERALIDADES
to) viria antes do 3? (terceiro). O mesmo critério deverá ser obedecido 100 — FILOSOFIA
no caso de datas; 200 — RELIGIÃO
300 — CIÊNCIAS SOCIAIS
Brasil — História — 1500 a 1899 400 — LINGUÍSTICA
Brasil — História — 1900 a 1960 500 — CIÊNCIAS PURAS
600 — CIÊNCIAS APLICADAS
11. Palavras que podem ser escritas de duas ou mais formas só
700 — ARTES E DIVERTIMENTOS
devem aparecer no catálogo dicionário por uma delas, fazendo-se re­
800 — LITERATURA
missivas das formas não adotadas para a escolhida. 900 — HIST0RIA — GEOGRAFIA — BIOGRAFIA
12. Palavra composta ligada por hífen deve ser alfabetada como
se fosse uma só; porém, se não houver hífen ligando, considera-se se­ 2? SUMÁRIO
paradamente para efeito de alfabetação. Por exemplo, “ guarda-chuva” 000 — OBRAS GERAIS. GENERALIDADES
arquiva-se como se fosse “ guardachuva” . “ Rio Grande do Sul” , 010 — Bibliografia
arquiva-se considerando “ Rio” independente do resto. 020 — Biblioteconomia
13. Sobrenome iniciado por prefixo deve ser considerado uma só 030 — Enciclopédias gerais
040 — Coleções gerais de ensaios
palavra. Assim:
050 — Periódicos gerais
Del Picchia, arquiva-se como se fosse “ Delpicchia” . 060 — Associações em geral. Museus
Du Gard, arquiva-se como se fosse “ Dugard” . 070 — Jornalismo. Jornais
O'Neill, arquiva-se como se fosse “ Oneill” , 080 — Poligrafia, Coletâneas
090 — Livros raros. Munuscritos. Ex-libris
14. As conjunções e preposições, ligando as palavras e orações,
não devein ser consideradas na \alfabetação. 100 — FILOSOFIA
110 — Metafísica
120 — Metafísica espedal
130 — Ramificações da psicologia. Metapsíquica
140 — Doutrinas e sistemas filosóficos
(*) Esta ficha aparece em terceiro lugar porque não há virgula depois do sobrenome “ Sou­ 150 — Psicologia
za” , pois se trata de um a entrada peio sobrenome de família. 160 — Lógica
142 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 143

170 — Ética 600 — CIÊNCIAS APLICADAS. TECNOLOGIA


180 — Filósofos antigos e medievais 610 — Medicina
190 — Filósofos modernos 620 — Engenharia
630 — Agricultura
200 — RELIGIÃO 640 — Economia doméstica
210 — Teologia natural 650 — Organização e administração do comércio, da indústria e dos
220 — Bíblia transportes
230 — Dogmas, Doutrinas 660 — Tecnologia química. Indústrias químicas
240 — Moral e prática religiosa 670 — Manufaturas
250 — Teologia pastoral 680 — Profissões mecânicas
260 — Igreja cristã: instituições e trabalho 690 — Materiais e processos de construção
270 — História cristã da Igreja
280 — Igrejas cristãs e seitas 700 — ARTES E DIVERTIMENTOS
290 — Igrejas não-cristãs 710 — Urbanismo
720 — Arquitetura. Arte monumental
300 — CIÊNCIAS SOCIAIS. SOCIOLOGIA 730 — Escultura. Artes plásticas
310 — Estatística 740 — Desenho. Decoração
320 — Ciência política 750 — Pintura
330 — Economia. Organização econômica 760 — Gravura. Estampa. Ilustração
340 — Direito 770 — Fotografia
350 — Administração pública. Direito administrativo 780 — Música
360 — Serviço social. Associações e Instituições 790 — Divertimentos, Jogos. Esportes. Teatro. Coreografia
370 -- Educação
380 — Serviços de utilidade pública 800 — LITERATURA
390 — Usos e costumes. Folclore 810 — Americana
820 — Inglesa
400 — FILOLOGIA (LINGÜISTICA) 830 — Alemã e outras germânicas
410 — Filologia comparada 840 — Francesa. Provençal. Catalã
420 — Filologia inglesa e anglo-saxônica 850 — Italiana. Romena. Romanche
430 — Filologia alemã e de outras linguas germânicas 860 — Espanhola
440 — Filologia francesa, provençal, catalã 869 — Portuguesa
450 — Filologia italiana e rom ena. Romanche 869.9 — Brasileira
460 — Filologia espanhola 870 — Latina e outras itálicas
469 — Filologia portuguesa. Galega 880 — Gregas e outras helénicas
470 — Filologia latina e de outras itálicas 890 — Outras literaturas
480 — Filologia grega e de outras helénicas
490 — Filologia de outras línguas
900— HISTÓRIA
910 — Geografia política. Viagens. Explorações
920 — Biografias coletivas
500 — CIÊNCIAS PURAS
930 — História Antiga em geral
510 — Matemática
940 — Europa
520 — Astronomia
950 — Ásia
530 — Física
960 — África
540 — Química
970 - América do Norte
550 — Geologia
980 - América do Sul
560 — Paleontologia
981 — Brasil
570 — Biologia, Antropologia
990 — Oceãnia. Regiões Árticas e Antárticas
580 — Botânica
590 - Zoologia
144 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey 145

3? SUMÁRIO 039 — Outras línguas

040 — (vago)
000 — OBRAS GERAIS, GENERALIDADES
001 — Informações gerais. Conhecimentos gerais 050 — Periódicos gerais e seus índices
001.1 — Vida intelectual 051 — Americanos
001.4 — Pesquisas. Metodologia da pesquisa 052 — Em Inglês
001.5 — Cibernética e disciplinas relacionadas 053 — Em línguas germânicas
002 — 0 livro 054 — Em Francês, Provençal, Catalão
055 — Em Italiano, Românico
010 — Bibliografias e catálogos 056 — Em Espanhol
011 — Bibliografias gerais e catálogos 056.9 — Em Português
012 — Bibliografias individuais 056.99 — Em Português do Brasil
013 — Bibliografias de grupos especiais de autores 057 — Em línguas eslavas
014 — Bibliografias de anônimos, pseudônimos etc. 057.1 — Em Russo
015 — Bibliografias nacionais 058 — Em Escandinavo
016 — Bibliografias especializadas (assuntos especiais) 059 — Em outras línguas
017 — Catálogos classificados (de assunto)
018 — Catálogos de autores 060 — Associações em geral e museología
019 — Catálogos dicionários 061 — Americanas
062 — Inglesas
063 — Alemãs e E uropa Central
020 — Biblioteconomia e ciência da informação 064 — Francesas
021 — A biblioteca e a sociedade 065 — Italianas e Territórios adjacentes
0(21.009 — História das bibliotecas 066 — Espanholas e da Peninsula Ibérica
022 — Prédios de bibliotecas e centros de informação 066.9 — Portuguesas
023 — Legislação e regulamentos. Pessoal 066.99 — Brasileiras
024 — Regulamento para leitores 067 - Sociedades gerais da U nião das Repúblicas Socialistas Soviéticas
025 — Administração e organização. Processos técnicos (Rússia)
025.3 — Catalogação 068 — Sociedades de outros países
025.4 — Classificação 069 — Museoiogia
026 — Bibliotecas especializadas (de acordo com o assunto)
027 — Bibliotecas gerais — Relatórios etc, 070 — Jornalismo, Jornais
028 — Orientação e leitura 07 i — Americano
029 — Documentação 071.1 — Canadense
072 — Inglês
030 — Enciclopédias gerais 073 — Alemão e da E uropa Central
031 — Americanas 074 — Francês
032 — Inglesas 075 — Italiano e Territórios adjacentes
033 — Alemãs 076 — Espanhol e da Peninsula Ibérica
034 — Francesas. Catalãs. Provençais. 076.9 — Português
035 — Italianas. Românicas 077 — U nião das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Rússia)
036 — Espanholas 078 — Escandinavo
036.9 — Portuguesas 079 — O utros países
036.99 — Brasileiras 079,8 — Sul-Americano
037 — Línguas estavas 079.81 — Brasileiro
037.1 — Russas
037.8 — Outras eslavas 080 — Poligrafia. Coletânea
038 — Escandinavas 081 — Americana
146 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 147

082 — Poiigrafia em língua inglesa 120 — Metafísica especial


083 — Em línguas germânicas 121 — Conhecimento. Origem. Limite. Epistemología
084 — Em Francês, Provençal e Cataião 122 — Causa e efeito
085 — Em Itaiiano, Românico 123 — Liberdade e necessidade
124 — Teleobgia, Causas finais
086 — Em Espanhol
125 — Infinito e finito
087 — Em línguas eslavas
126 — Personaiidade. Consciência
088 — Em línguas escandinavas 127 — Subconsciente. Inconsciente
089 — Em outras líaguas 128 — Alma. Vida e morte. Homem
129 — Origem e destino da alma individual. Imortalidade
090 - Livros raros. Ex-libris. Manuscritos
091 — Manuscritos. Autógrafos 130 — Ramificações da psicologia. Parapsicologia. Ocultismo
092 — Livros em tijolos 131 — Higiene mental
093 — Iacunábulos 132 —
133 — Parapsicologia. Ocultismo
094 — Livros raros (impressos depois de 1500)
134 —
095 — Encadernações raras
135 — Tradições místicas
096 — Ilustrações e materiais raros 136 —
097 — Ex-libris. Livros ráros devido à origem 137 — Psicologia da personalidade
098 — Edições proibidas. Trabalhos notáveis pelo conteúdo 138 — Fisiognomonia
099 — Outras raridades. Curiosidades bibliográficas: Edições de formatos 139 — Frenotogia
interessantes (ex. miniaturas)
140— Sistemas filosóficos
100 — FILOSOFIA 141 — Idealismo, Transcendentalismo. Individualismo
142 — Filosofia crítica
101 — Valor e uso da filosofia. Teoria
143 — Intuicionalismo. Bergsonismo
102 — Miscelânea de filosofia 144 — Pragmatismo, Humanismo e sistemas correlatos
103 — Dicionários 145 — Sensacionalismo e ideologia
104 — Ensaios 146 — Materialismo. Naturalismo. Evolucionismo. Positivismo
105 — Periódicos 147 — Panteísmo. Monismo. Dualismo
106 - Sociedades 148 — Ecletismo. Liberalismo. Dogmatismo
107 — Estudo e ensino da Filosofia 149 — Outros sistemas filosóficos. Misticismo, otimismo, pessimismo etc.
108 — Poiigrafia. Máximas
109 — H istória
150 — Psicologia
151 — Emoções. Instintos
152 — Percepção. Psicologia fisiológica e experimental
110 — Metafísica 153 — Compreensão. Conhecimento. Inteligência. Memória. Imaginação.
111 — Ontologia Vontade. Intuição. Razão
112 — Metodologia. Classificação do conhecimento 154 — Processos subconscientes. Sonhos, sonambulismo. Hipnotismo
113 — Cosmologia 155 — Psicologia diferencial e genética. Psicologia individual. Crianças.
114 — Espaço Adolescentes etc
115 — Tempo. Eternidade 156 — Psicologia comparativa
116 — Movimento 157 —
158 — Psicologia aplicada
117 — M atéria e forma
159 — Outros aspectos
118 — Energia. Força
119 — Número. Quantidade 160 — Lógica
161 — Indução
162 — Dedução
148 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 149

163 — 200— RELIGIÃO


164 — Simbólica (Matemática) 201 — Filosofia. Teorias
165 — Fontes de erro (contradições, paradoxos) 202 — Miscelânea de cristandade
166 — Silogismos 203 — Dicionários. Enciclopédias
167 — Hipóteses 204 — Ensaios, Mitologia cristã
168 — Argumento, Persuasão 205 — Periódicos
169 — Analogias 206 — Sociedades. Organizações cristãs
207 — Educação. Escolas teológicas
170 — Ética 208 — Poligrafia
171 — Teoria. Sistemas e doutrinas 209 — História da religião. História do pensamento cristão
172 — Cívica, Política
173 — Familiar 2 1 0 — Teologia natural
174 — Profissional 211 — Deísmo. Ateísmo. Teismo.
175 — Ética dos divertimentos 212 — Teosofia. Natureza de Deus
176 — Sexual 213 — Criação. Evolução
177 — Relações sociais 214 — Providência. Teodicéia. Fatalismo
178 — Temperança 215 — Religião e ciência
179 — O utros tópicos. Crueldade 216 — Bem. Mal. Depravação
217 — Adoração. Culto
180 — Filósofos antigos e medievais 218 — Vida futura. Imortalidade. Homem (sua natureza e lugar no
181 — Orientais universo)
182 — Gregos antigos (Pré-socráticos) 219 — Analogias
183 — Sofistas e socráticos
184 — Platônicos 220 — Biblia
185 — Aristotéltcos 221 — Velho Testamento
186 — Neoplatônicos 222 — Livros históricos (V. T.)
187 — Epicuristas 223 — Livros poéticos (V. T.)
188 — Estóicos 224 — Livros proféticos (V. T.)
189 — Medievais ocidentais. Filosofia cristã 225 — Novo Testamento
226 — Evangelhos e Atos
190 — Fiiósofos modernos 227 — Epístolas
191 — Americanos e canadenses 228 — Apocalipse. Revelação de São João
192 — Ingleses 229 — Apócrifos
193 — Alemães e austríacos
194 — Franceses 230 — Dogmas. Doutrinas cristãs
195 — Italianos 231 — Deus. Unidade divina. Trindade
196 — Espanhóis e portugueses 232 — Cristo. Cristologia
196.1 — Espanhóis 233 — Homem, Queda, Pecado. Alma, Livre arbítrio
196.9 — Portugueses 234 — Salvação
197 — Russos e finlandeses 235 — Santos. Anjos. Demônios. Satanás
197.1 — Finlandeses 236 — Escatologia. Morte. Juízo fina!
197.2 — Russos 237 -
198 — Escandinavos 238 — Catecismo. Credos
198,1 — Noruegueses 239 — Apologética, Evidências
198.5 — Suecos
198.9 — Dinamarqueses 240 — Moral cristã e prática religiosa
199 — O utros modernos 241 — Teologia moral
199.8 — Sul-americanos 242 — Meditação. Contemplação
199.81 — Brasileiros 243 — Orações. Livros de orações
150 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 151

244 — 286 — Batista. Imersionistas. Advenlista


245 — Poesia religiosa. Hinologia 287 — Metodista
246 — Simbolismo. Arquitetura e. decoração eclesiásticas. Arte no 288 — Unitarista
cristianismo 289 — Outras seitas cristãs
247 — Aparato sagrado, vasos, ornamentos etc.
248 — Ascetismo. Prática religiosa individual Religiões não-cristãs
249 — Culto familiar ou doméstico (cristão) 291 — Religião comparada e mitologia
292 — Grega e romana. Mitologia clássica
250 — Teologia pastoral 293 — Teutônica e nórdica. Religiões primitivas
251 — Pregação. Homilética 294 — Bramanismo. Budismo. Religiões hindus
252 — Sermões 295 — Mitraísmo. Zoroastrismo
253 — Padres. Ministros. Pastores 296 — Judaísmo
254 — Finanças da igreja. Governo e administração paroquial 297 — Maometismo. Islamismo
255 — Congregações religiosas 298 —
256 - 299 — Outras religiões não cristãs
257 —
258 — Ação social CIÊNCIAS SOCIAIS, SOCIOLOGIA
259 — Outros serviços de paróquia 301 — Sociologia: Filosofia, teorias
301.1 — Psicologia social
260 — Igreja cristã: instituições e trabalho 301.2 — Cultura e processos culturais
261 — Igreja: influências — Sociologia cristã 301.3 — Ecologia humana e comunidade
262 — Organização eclesiástica. Governo da Igreja 301.4 — Estrutura social
262.9 — Direito canônico 30(2 — Interação social
263 — Sábado. Dia do Senhor, Domingo. (Observações religiosas) 303 — Processo social
264 — Culto público. Ritual. Liturgia 304 — Relação de fatores naturais ou quase naturais do processo sodal
265 — Sacramentos. Outros ritos e cerimônias 305 — Estratificação social
266 — Missões: nacionais e estrangeiras 306 — Cultura e instituições
267 — Associações religiosas 307 — Comunidades
268 — Escolas dominicais. Educação religiosa. Catequese
308 -
269 — Revivificação. Retiros. Renovação espiritual
309 —
309.1 — Pesquisas sociais
270 — História da igreja cristã
271 — Ordens religiosas. Mosteiros
Estatística
272 — Perseguições religiosas. Mártires
311 — Teoria. Métodos
273 — Heresias. Controvérsias doutrinárias
312 — População. Demografia
274 — História religiosa da Europa
313 —
275 — História religiosa da Ásia
314 — Europa
276 — História religiosa da África
277 — História religiosa da América do Norte 315 — Ásia
278 — História religiosa da América do Sul 316 — África
278.1 — História religiosa do Brasil 317 — América do Norte
318 — América do Sul
279 — História religiosa da OceSnia
318.1 — Brasil
280 — Igrejas cristãs e seitas 319 — Oceânia
281 — Primitivas e orientais
282 — Católica romana Ciência política
283 — Anglicana. Episcopal 321 — Formas de Estado
284 — Protestantes. Luterana 321.8 — Democracia
285 — Presbiteriana. Congregacionais 322 — Estado e grupos sociais (Ex. Igreja)
152 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 153

323 — Relações internas (Política interna) 356 — Infantaria


324 — Processo politico 357 — Cavalaria
324.1 — Organizações e atividades internacionais 358 — Artilharia; engenharia, serviços aéreos e outros
324.2 — Partidos políticos 359 — Ciência naval. Marinha de guerra
324.6 — Eleições
324.7 — Prática política 360 — Associações. Instituições. Serviço social
325 — Migração; emigração e imigração. Colonização 361 — Assistência social
326 — Escravatura e emancipação 362 — Patologia social. Problemas sociais
327 — Relações internacionais (Política internacional) 363 — Outros serviços sociais
328 — Legislação. Parlamento e assembléias 364 — Reformatórios. Crimes e Providêndais sociais
329 — 365 — Prisões. Penitenciárias. Instituições penais
366 — Assodações secretas: maçonaria, rosacrudanos etc. e organizações
330 — Economia, Organização econômica de auxilio fraterno e clubes gerais
331 — T rabalho e trabalhadores. (Ponto de vista econômico) 367 — Clubes sociais: Rotary etc.
332 — Bancos, Moedas, Crédito. Juros, Finanças privadas 368 — Seguros
333 — Propriedade territorial 369 — Outras associações beneficentes
333.7 — Recursos naturais
333.79 — Energia e recursos energéticos 370 — Educação
334 — Cooperativismo 370.15 — Psicologia educacional
335 — Socialismo. Sistemas socialistas 371 — Métodos de ensino. Pedagogia. A escola
336 — Finanças públicas. Impostos 372 — Educação primária. Jardim da infânda
337 — Economia internacional 373 — Educação secundária
337.1 — Esferas de cooperação econômica 374 — Educação de adultos
338 — Produção. Condições econômicas 375 — Programas (currículo): discussões sobre programas
338.2 — Extração de minerais 376 — Educação feminina
338.5 — Microeconomia 377 — Educação religiosa, moral e secular
339 — Macroeconomia 378 — Educação superior: colégios e universidades
379 — Instrução pública. Educação e Estado
340 — Direito
340.1 — Filosofia e teoria 380 — Comércio. Comunicações (ponto de vista político-econômico). Transporte
340.5 — Legislação comparada 381 — Comércio interno
341 — Direito internacional 382 — Comércio externo. Serviço consular
341.1 — Organização mundial e internacional 382.1 — Generalidades sobre comércio internacional
342 — Direito constitucional 383 — Serviço postal
343 — Direito público. Direito administrativo 384 — Telégrafo. Cabograma. Tfelefone. Ttíecomunicações. Diversos sis­
344 — Direito social temas de comunicação
345 ■— Direito criminal 385 — Estradas de ferro: organização e controle
346 — Direito privado 386 — Navegação fluvial. Canais e vias
347 — Processo civil 387 — Uansporte marítimo e aéreo
343 — Direito: Código, regulamentos e causas (dividido por pais) 388 — Serviço de trânsito local e interurbano. Estradas de rodagem
349 — Direito municipal 389 — Pesos e medidas. Metrologia e estandardização

350 — Administração pública. Direito administrativo 390 — Usos e costumes. Folclores. Antropologia social ou cultural
351 — Governos centrais 391 — Trajes e cuidados pessoais. Modas. Costumes
352 — Governo local; condados, cidades e municipalidades, cantões, 392 — Vida privada e familiar
estados etc. 393 — Mortos: cerimônias. Funerais. Luto
353 — Estados Unidos (Governo dos) 394 — Costumes sociais
354 — Organizações públicas internacionais e outros governos centrais 395 — Etiqueta. Conduta formai
355 — Ciência militar. Exérdto. Defesa nacional 396 -
154 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil D e w e y — 255
397 —
439 — Outras línguas germânicas
398 — Folclore. Provérbios, lendas, superstições etc.
399 — Guerra (costumes). Diplomacia (etiqueta) 440 — Francesa
441 — Ortografia. Fonologia
400 - FILOLOGIA (Linguística)
442 — Etimologia
401 — Filosofia. Origem da linguagem 443 — Dicionários
402 — Compêndios. Miscelâneas 444 —
403 — Dicionários 445 - Gramáticas
404 — Tópicos especiais de aplicabilidade geral 446 — Prosódia
404.2 — Bílingualismo 447 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
405 — Periódicos 448 — Lingüistica aplicada
406 — Sociedades 449 — Provençal. Catalã
407 — Estudo e ensino das línguas em geral
408 — Poligrafia. Linguagem internacional. Esperanto 450 — Italiana. Línguas românicas
409 — História da linguagem 451 — Ortografia. Fonologia
452 — Etimologia
410 ■ Filologia comparada. Linguística 453 — Dicionários
411 — Ortografia. Alfabetos 454 —
412 — Etimologia 455 - Gramáticas
413 — Dicionários 456 — Prosódia
414 — Fonologia 457 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
415 — Gramática, morfologia, sintaxe 458 — Lingüistica aplicada
416 — Prosódia. M étrica (descontinuado) 459 — Romeno. Romanche
417 — Inscrições, Paleografia
418 — Lingtifstíca aplicada 460 — Espanhola
418.02 — Tradução e interpretação 461 — Ortografia. Fonologia
419 — Hieróglifos ou ideografia. Linguagem figurada 462 — Etimologia
463 — Dicionários
420 — Inglesa e Anglo-saxônka 464 —
421 — Ortografia. Fonologia 465 — Gramáticas
422 — Etimologia 466 — Prosódia
423 — Dicionários 467 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
424 — 468 — Lingüistica aplicada
425 — Gramáticas 469 — Portuguesa
426 — Prosódia 469.1 — Ortografia. Fonologia
469.2 — Etimologia
427 — Dialetos. “ Fatois” . "Slang". A língua em diferentes épocas 469.3 — Dicionários
428 — Lingüistica aplicada. Inglês básico
429 — Anglo-saxônica 469.5 — Gramáticas
469.6 — Prosódia
430 — Alemã. 469.7 — Dialetos. A língua em diferentes épocas
Línguas germânicas
469.794 — Galega
431 — Ortografia. Fonologia 469.798 — Dialetos do Brasil
432 — Etimologia
469.8 — Lingüistica aplicada
433 — Dicionários
434 —
470 — Latina (Línguas itálicas)
435 — Gramáticas
471 — Ortografia. Fonologia
436 — Prosódia
472 — Etimologia
437 — Dialetos. A língua 473 — Dicionários
em diferentes épocas
438 — Linguística apticad a 474 —
156 — Organização e administração de bibliotecas
Sistema decimal de Melvil Dewey — 157
475 — Gramáticas
519 — Cálculo das probabilidades. Matemática aplicada. Programação
476 — Prosódia
matemática
477 — Latim vulgar
519.7 — Análise de sistemas
478 — Linguística aplicada. Latina medieval e moderna
479 — Outras línguas itálicas
520 — Astronomia e ciências afins
521 — Astronomia teórica. Mecânica celeste
480 — Grega (clássica). Línguas helénicas
522 — Astronomia prática e esférica
481 — Ortografia. Fonologia
482 — Etimologia
523 — Astronomia descritiva. Astrofísica
483 — Dicionários 523.02 — Cosmoquimica
484 — 524 -
485 — Gramáticas
525 — Terra (geografia astronômica)
526 — Geodésia. Levantamentos topográficos. Geografia Matemática.
486 — Prosódia
527 — Astronomia náutica. Longitude. Latitude.
487 — Grego helenlstico e bizantino
528 — Efemérides, Almanaques náuticos
488 — Linguística aplicada. Grega clássica
529 — Cronologia. O tempo. O calendário
489 — Outras tfnguas helénicas
489.3 — Grega moderna
530 — Física
490 — Outras línguas 530.1 — Física teórica e matemática
531 — Mecânica. Cinemática
491 — Indo-européias em geral e oélticas
532 — Hidráulica. Mecânica dos fluidos. Hidromecânlca
492 — Afro-asiátícas (Hamito - Semíticas)
533 — AeromeCâmca. Mecânica dos gases
493 — Hamíticas
534 — Acústica. Vibrações. Ondulações (Som)
494 — Uralo-altaicas. Turcas
495 — Asiáticas 535 — Luz. Óptica, Radiação
496 — Africanas 536 — Calor. Termodinâmica
537 — Eletricidade. Eletrônica
497 — Norte-americanas e canadenses ameríndias
538 — Magnetismo e eletromagnetismo
498 — Sul-americanas ameríndias
499 — Austronésicas e australianas. Outras línguas
539 — Física molecular, atômica e nuclear (natureza física da matéria)

500 — CIÊNCIAS PURAS 540 — Química e ciências afins


501 — Filosofia 541 — Química física e teórica
502 — Miscelânea
542 — Química experimental. Laboratórios
503 — Dicionários 543 — Química analitica em geral (Análises químicas)
504 —
544 — Análise qualitativa
505 — Periódicos 545 — Análise quantitativa
506 — Sociedades 546 — Química inorgânica
507 — Estudo e ensino das ciências 547 — Química orgânica
508 — Coleções, Viagens (Pontos de vista científicos)
548 — Cristalografia
509 — História 549 — Mineralogia

550 — Geologia. Gêndas da terra e de outros mundos


510 — Matemática
511 — Generalidades 551 — Geologia física e dinâmica
512 — Álgebra
551.4 — Geomorfologia
513 — Aritmética 551.5 — Meteorologia
514 — Topologia 551.6 — Climatologia
515 — Análise 552 — Petrologia. Rochas
516 — Geometria 553 — Geologia econômica
517 — 554 — Geologia da Europa
518 - 555 — Geologia da Ásia
556 — Geologia da África
158 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimai de Melvii Dewey — 159
557 — Geologia da América do Norte
600 — CIÊNCIAS APLICADAS. TECNOLOGIA
558 — Geologia da América do Sul
601 — Filosofia, teorias etc.
558.1 — Geologia do Brasil
602 —
559 — Geologia da Oceânia. Regiões polares e outras
603 — Dicionários, enciclopédias
604 — Tecnologia geral
560 — Paleontologia. Paíeozoologia
605 — Periódicos
561 — Plantas (Paleobotânica)
606 — Sociedades. Feiras. Exposições
562 — Invertebrados (fósseis) 607 — Escolas de tecnologia. Estudo e ensino das ciências aplicadas
563 — Protozoários (fósseis)
608 — Coleções e patentes
564 — Moluscos (fósseis)
608.3 — Receituários industriais
565 — Articulados, Insetos (fósseis)
608.7 — Patentes. Invenções
566 — Vertebrados (fósseis)
609 — História
567 — Peixes. Batráquios (fósseis)
568 — Répteis. Pássaros (fósseis)
610 — Medicina
569 — Mamíferos (fósseis)
611 — Anatomia humana. Citologia
612 — Fisiologia humana
570 — Biologia, Antropologia. Etnologia. Ciências da vida (naturais)
613 — Higiene geral e pessoal. Saúde
571 —
614 — Saúde pública
572 —- Antropologia. Etnologia. Etnografia. Raças humanas.
614.1 — Medicina legal
572,981 — índios do Brasil
615 — Terapêutica. Farmacologia
573 — História natural do homem. Antropologia física.
616 — Patologia, Doenças. Tratamento
574 — Biologia
617 — Cirurgia
575 — Evolução. Filogenia. Genética
617.6 — Odontologia
576 — Origem e princípio da vida, Microbiologia
618 — Ginecologia. Obstetrícia
577 — Propriedades da m atéria viva. Filosofia da origem da vida
619 — Veterinária, Medicina experimental
578 — Microscopia (em biologia)
579 — Coleções e preservação da espécie biológica
620 — Engenharia
621 — Física aplicada. Mecânica
580 — Botânica
621.3 — Eletrotécnica
581 — Botânica geral
621.38 — Engenharia de Comunicação. Eletrônica
582 — Espermatófitos: plantas com semente
622 — Engenharia de minas
583 — Dicotiledôneas
623 — Engenharia militar e naval
584 — Monocotiledôneas
624 — Engenharia civil. Pontes. Telhados. Estruturas. Fundações. Túneis
585 — Ginospermas
625 — Técnica das estradas de ferro
586 — Criptógamos: plantas sem semente
625.7 — Estradas de rodagem e elevados
587 — Pteridófitas
626 —
588 — Briófitas
627 — Rios e portos. Engenharia hidráulica. Barragens e canais
589 — Talófitas
628 — Engenharia sanitária e municipal
629 — Engenharia dos transportes.
590 — Zoologia
629.1 — Engenharia aeroespacial. Aviação. Aeroportos. Aeronáutica
591 — Zoologia geral
629.4 — Astronáutica
592 — Invertebrados
593 — Protozoários
630 — Agricultura
594 — Moluscos
631 — Agronomia geral. Aparelhos e equipamentos
595 — Outros invertebrados
632 — Proteção das plantas cultivadas. Pragas, doenças etc.
596 — Vertebrados
633 — Culturas herbáceas. Plantas industriais. Grãos
597 — Peixes. Batráquios
634 — Plantas frutíferas. Florestas. Pomares
598 — Répteis. Pássaros
635 — Hortas e jardins
599 — Mamíferos
636 — Animais domésticos. Pecuária. Agropecuária
160 — Organização e administração de bibliotecas
Sistema decimal de Melvil Dewey — 161
637 — Leite e lacticínios. Gorduras e graxas. Ovos
638 — A picultura e sericicultura. Outros insetos 680 — Manufaturas diversas. Profissões mecânicas
639 — Caça e pesca. Piscicultura. Animais não domésticos 681 — Mecânica de precisão: relógios, balanças, máquinas de escrever e
imprimir, instrumentos de óptica.
640 — Economia doméstica. Arte culinária 682 — Fundição. Forja. Trabalhos de ferreiro
641 — Alimentos. Bebidas 683 — Quinquilharia. Serralharia. Fechaduras
642 — Serviço de mesa. Recepções familiares 684 — Marcenaria
643 — Residência: aparelhamento e conservação 685 — Selaria. Calçados
644 — Aquecimento. Ventilação. Iluminação 686 — Encadernação. Atividades relativas à técnica de imprimir. Pratea-
645 — Interiores: mobília, decoração ção. Douração. Indústria do livro. Tipografia
646 — Traje. Toilette. Modas (figurinos) 687 — Alfaiataria. Confecções para senhoras. Chapelaria. Armarinho
647 — Administração doméstica 688 — Manufatura de pequenos artigos (brinquedos etc.)
648 — Precauções sanitárias 689 —
649 — Cuidados com crianças. Puericultura
690 — Materiais e processos de construção de edifícios
650 — Organização e administração d o comércio, da indústria e dos transportes 691 — Materiais de construção
651 — Organização dos escritórios 692 — Plantas. Especificações
652 — Datilografia. Cópias. Traduções. Correspondência comercial (Pro­ 693 — Alvenaria. Concreto. Estuques. Ladrilhos. Construção de materiais
cessos de comunicação escrita) específicos
653 — Estenografia 694 — Carpintaria e marcenaria aplicadas à construção
654 — 695 — Coberturas, Estruturas de telhados
655 — Tipografia. Atividades relativas à imprensa 696 — Instalações de água, gás e luz. Encanamentos
656 — 697 — Engenharia de aquecimento e ventilação. Ar condicionado
657 *— Contabilidade 698 — Revestimento interno. Pintura. Tapeçaria. Acabamento
658 — Administração em geral 699 —
659 — Publicidade. Propaganda. Relações públicas
700 — ARTES, DIVERTIMENTOS. ESPORTES
660 — Tecnologia química 701 — Filosofia. Estética
661 — Produtos químicos. Tecnologia de química industrial 702 — Miscelânea
662 — Pirotécnica. Explosivos. Combustíveis 703 — Dicionários, enciclopédias
663 — Bebidas com e sem álcool. Chás 704 — Aspectos especiais de arte decorativa
664 — Indústrias da alimentação. Conservas 704.94 — Iconografia
665 — Óleos, gorduras, ceras. Gases de iluminação 705 — Periódicos
666 — Vidraria. Cerâmica, Esmaltes. Porcelanas 706 — Sociedades e organizações de arte
667 — Tinturaria. Tintas. Vernizes 707 — Estudo e ensino da arte
668 — Indústrias de produtos químicos orgânicos: sabão, glicerina, gomas, 708 — Galerias de arte e museus. Coleções particulares
resinas etc. 709 — História da arte
669 — Metalurgia
710 — Urbanismo. Arquitetura de jardins
670 — Indústrias manufatuieiias 711 — Urbanismo. Projetos de área de lazer
671 — Artigos de metal. Jóias 712 — Arquitetura de jardins. Parques
672 — Objetos de ferro e aço; fogões, cutelaria etc. 713 — Passeios. Calçadas. Ornamentação de estradas
673 ~ Objetos de cobre, latão, bronze etc. (não ferrosos) 714 — Fontes. Lagos
674 — Objetos de madeira 715 — Árvores. Arbustos. Cercas vivas. Arborização
675 — Couro e peles. Indústria de curtumes 716 — Plantas. Flores. Estufas
676 — Papel e papelão 717 — Construções diversas. Caramanchões. Bancos. Quiosques. Coretos.
677 — Indústrias têxteis e de cordoaria 718 — Cemitérios. Monumentos. Mausoléus
678 — Borrachas e seus produtos. Plásticos 719 — Conservação das belezas naturais. "Áreas verdes”
679 — M anufatura de outros produtos (fibras, tabaco etc.)
162 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 163

720 — Arquitetura, Arte monumental 765 — Linha. Pontos. Gravura em cobre e aço (talho-doce)
721 — Construção arquitetônica 766 — Meia-tinta. Aquatinta
722 — Antiga. Oriental. Pagã 767 — Água-forte. Ponte-seca
723 — Medieval. Gática. Maometana. Bizantina 768 -
724 — Moderna: Renascença. Vitoriana (1400- ) 769 — Gravuras
725 — Edifícios públicos
726 — Arquitetura religiosa. Edifícios para fins religiosos 770 — Fotografia
727 — Prédios para escolas e pesquisa 771 — Química fotográfica. Materiais. Equipamento fotográfico
728 — Residências 772 — Processos fotográficos
729 — Decoração, Projeto arquitetônico. Detalhes arquitetônicos 773 — Gelatina e pigmento
774 — Holografia
730 — Escultura. Artes plásticas 775 -
731 — Materiais e métodos 776 -
732 — Antiga, primitiva e oriental 777 —
733 — Grega e romana (clássica), Etrusca 778 — Aplicações especiais da fotografia
734 — Medieval (500-1400) 779 — Coleções de fotografias
735 — Moderna. Renascença (1400- )
736 — Entalhes. Sinetes. Camafeus. Gravura em pedra e metais 780 - Música
737 — Numismática (aspecto artístico). Sigilografia 781 — Teoria e técnica
738 — Cerâmicas. Porcelanas 782 — Música dramática. Ópera etc.
739 — Trabalhos artísticos em metal. Joalheria 783 — Música sacra
784 — Música vocal e coral
740 — Desenho. Decoração. Artes industriais 785 — Música instrumental. Orquestras, Conjuntos musicais
741 — Desenho a mão livre. Crayon. Caricaturas 786 - Instrumentos de teclado
742 — Perspectiva. Cenografia 787 — Instrumentos de corda, violas etc,
743 — Arte anatômica. Modelos vivos 788 — Instrumentos de sopro
744 — Desenho geométrico e técnico 789 — Instrumentos de percussão, mecânicos e elétricos
745 — Decoração. Arte decorativa
746 — Tapeçaria. Trabalhos artísticos de agulha 790 — Divertimentos. Jogos. Esportes. Teatro. Coreografia
747 — Decoração interior 791 — Divertimentos públicos
748 — Vidros. Cristais. Vitrais 792 — Teatro. Palco. Arte dramática
749 — Mobiliário artístico. Lareiras 793 — Divertimentos sociais e passatempos
794 — Jogos de destreza (raciocínio e perída)
750 — Pintura 795 — Jogos de azar
751 — Materiais e métodos 796 - - Jogos ao ar livre. Educação física. Atletismo
752 — Teoria e prática da cor 797 — Jogos aquáticos e aéreos
753 — Mitológicos, Abstrações, Simbolismo, Alegoria 798 — Equitação. Corridas. Hipismo
754 — Pintura de “ genre” . Anedótica 799 — Pescarias, Caçadas. Tiro
755 — Pintura religiosa
756 -— Pintura histórica. Batalhas etc. 800 — LITERATURA
757 — Modelos vivos. Retratos. Figuras 801 — Filosofia. Teoria. Estética
758 — Paisagem. Natureza morta. Marinhas 802 — Compêndios. Miscelânea
759 — História da pintura 803 — Dicionários, enciclopédias
804 — Ensaios, conferências, palestras
760 — Gravura, Estampa. Ilustração 805 — Periódicos
761 — Gravuras em relevo 806 — Sociedades: relatórios, atas etc.
762 — 807 — Estudo e ensino
763 — Litografia 808 - Retórica. Composição de formas literárias específicas
764 — Cromolitografia 808.1 — Poesia
164 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 165

808.2 — Teatro 840 — Literatura francesa


808.3 — Ficção 841 — Poesia
808.4 — Ensaios, crônicas, memórias, críticas 842 — Teatro
808.5 — Oratória 843 — Romance
808.6 — Cartas 844 — Ensaios, crônicas, memórias, criticas
808.7 — Sátira. Humor 845 — Oratória
808.8 — Coleções de diversos gêneros literários 846 — Cartas
809 — História 847 — Sátira. Humor
848 — Miscelânea
810 — Literatura americana 849 — Provençal
811 — Poesia 849.9 — Catalã
812 — Teatro
8Í3 — Romance bS40 — Literatura belga
814 — Ensaios, crônicas, memórias, críticas
815 — Oratória s840 — Literatura suiça francesa
816 — Cartas Seguem as mesmas subdivisões de forma da literatura francesa.
817 — Sátira. Humor
818 — Miscelânea 850 — Literatura italiana
819 — Literatura canadense (Com as mesmas subdivisões da literatura ame­ 851 — Poesia
ricana. Ex,: Poesia canadense — 819.1) 852 — Teatro
853 — Romance
820 — Literatura inglesa e de línguas anglo-saxônicas 854 — Ensaios, crônicas, memórias, críticas
821 — Poesia 855 — Oratória
822 — Teatro 856 — Cartas
823 — Romance 857 — Sátira. Humor
824 — Ensaios, crônicas, memórias, criticas 858 — Miscelânea
825 — Oratória 859 — Romeno
826 — Cartas 859.9 — Romanche
827 — Sátira. Humor
828 — Miscelânea s850 — Literatura suíça italiana
829 — Literatura anglo-saxônica (Dividir como a literatura inglesa) Seguem as mesmas subdivisões de forma da literatura italiana.

830 — Literatura alemã. Literatura de línguas germânicas 860 — Literatura espanhola


831 — Poesia 861 — Poesia
832 — Teatro 862 — Teatro
833 — Romance 863 — Romance
834 — Ensaios, crônicas, memórias, críticas 864 — Ensaios, crônicas, memórias, críticas
835 — Oratória 865 — Oratória
836 — Cartas 866 — Cartas
837 — Sátira. Humor 867 — Sátira. Humor
838 — Miscelânea 868 — Miscelânea
839 — Outras literaturas germânicas (Dividir como a literatura alemã) 869 — Literatura portuguesa
869.9 — Literatura brasileira
a830 — Literatura austríaca g869.9 — Literatura galega
839.7 — Literatura sueca
839.81 — Literatura dinamarquesa h860 — Literatura hispano-americana
839.82 — Literatura norueguesa an860 — Literatura antilhana
Seguem as mesmas subdivisões de forma da literatura alemã. ar860— Literatura argentina
Assim, poesia norueguesa será: 839.821 b860 — Literatura boliviana
166 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 167

c860 — Literatura chilena 869.2 — Teatro português


cb860 — Literatura cubana 869.208 — Coleções de peças dramáticas
co860 — Literatura colombiana 869.209 — História do teatro português
cr860 — Literatura costarriquenha 869.21 — Período primitivo 1140-1495)
d860 — Literatura dominicana .22 — Idade áurea (1495-1580)
eS6G — Literatura equatoriana .23 - Idade de ferro (1580-1750)
f860 — Literatura filipina ,24 — Renascimento (1750-1826)
g860 — Literatura guatemalteca ,25 — Período romântico (1826-1865)
ha860 — Literatura haitiana .26 — Período de reação (1865- )
ho860 — Literatura hondurenha .27 — Contemporâneos
m86© — Literatura mexicana
nS60 — Literatura nicaragüense 869.3 — Romance português
p860 — Literatura panamenha 869.308 — Coleções de romances e contos
pa860 — Literatura paraguaia 869.309 — História do romance português
pe860 — Literatura peruana 869.31 —- Período primitivo (1140-1495)
po860 — Literatura porto-riquenha .32 — Idade áurea (1495-1580)
s860 — Literatura salvatoriana .33 — Idade de ferro (1580-1750)
u860 — Literatura uruguaia .34 — Renascimento (1750-1826)
v860 — Literatura venezuelana ,35 — Período romântico (1826-1865)
Com as mesmas subdivisões da literatura espanhola. .36 — Período de reação (1865- )
.37 — Contemporâneos
869 — Literatura portuguesa
869.01 — Filosofia, utilidade da... 869.4 — Críticas, crônicas, memórias e ensaios portugueses
.02 — Compêndios 869.41 — Período primitivo (1140-1495)
.03 — Dicionários .42 — Idade áurea (1495-1580)
.04 — Ensaios, memórias, saudações, discursos, palestras, conferên­ .43 — Idade de ferro (1580-1750)
cias, crônicas, críticas .44 — Renascimento (1750-1826)
.05 — Revistas, periódicos ,45 — Período romântico (1826-1865)
.06 — Associações literárias .46 — Período de reação (1865- )
.07 — Ensino da... .47 — Contemporâneos
.08 — Coleções de obras literárias
.09 — História da literatura portuguesa 869.5 — Eloqflência portuguesa
869.51 — Período primitivo (1140-1495)
869.1 — Poesia portuguesa .52 — Idade áurea (1495-15809
869.101 — Poética portuguesa ,53 — Idade de ferro (1580-Í750)
.102 — Poesia dramática .54 — Renascimento (1750-1826)
.103 — Poesia romântica e épica .55 — Período romântico (1826-1865)
. 104 — Poesia lírica
.56 — Período de reação (1865- )
.105 — Poesia didática
.57 — Contemporâneos
.106 — Poesia descritiva
.107 — Poesia satírica e humorística
869.6 — Epistolografia portuguesa
.108 — Coleções de poesias. Florilégios
869.61 — Período primitivo (1140-1495)
.109 — História da poesia portuguesa
.62 - Idade áurea (1495-1580)
869.11 — Período primitivo (1140-1495)
.63 — Idade de ferro (1580-1750)
869.12 — Idade áurea (1495-1580)
869.13 - Idade de ferro (1580-1750) .64 — Renascimento (1750-1826)
869.14 — Renascimento (1750-1826) .65 — Período romântico (1826-1865)
869.15 — Período romântico (1826-1865) .66 — Período de reação (1865- )
869.16 — Período de reação (1865- ) .67 — Contemporâneos
869.17 — Contemporâneos
168 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 169

869.7 — Humorismo português 869.921 — Período de formação (1500-1750)


869.71 — Período primitivo (1140-1495) .922 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
.72 - Idade áurea (1495-1580) .923 — Período romântico (1830-1870)
.73 — Idade de feno (1580-1750) .924 — Período de reação (1870- )
.74 — Renascimento (1750-1826) ,925 — Contemporâneos
.75 — Período romântico (1826-1865)
.76 — Período de reação (1865- ) 869.93 —Romance brasileiro
.77 — Contemporâneos 869.9308 — Coleções de romances e contos
,9309 — História do romance brasileiro
869.8 — Poligrafia portuguesa 869.931 — Período de formação (1500-1750)
869.81 — Período primitivo (1140-1495) .932 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
.82 — Idade áurea (1495-1580) .933 — Período romântico (1830-1870)
,83 — Idade de ferro (1580-1750) .934 — Período de reação (1870- )
.84 — Renascimento (1750-1826) .935 — Contemporâneos
.85 — Período romântico (1826-1865)
.86 — Período de reação (1865- ) 869.94 —Criticas, ensaios, memórias e crônicas
.87 — Contemporâneos 869.941 — Período de formação (1500-1750)
.942 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
869.9 •— Literatura brasileira .943 — Período romântico (1830-1870)
869.901 — Filosofia, utilidade da... .944 — Período de reação (1870- )
.902 — Compêndios .945 — Contemporâneos
.903 — Dicionários
,904 — Ensaios, memórias, saudações, discursos, palestras, 869.95 —Eloqüênria brasileira
conferências 869.951 — Período de formação (1500-1750)
.905 — Revistas, periódicos ■952 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
.906 — Associações literárias ■953 — Período romântico (1830-1870)
.907 — Ensino da... .954 — Período de reação (1870- )
.908 — Coleções de obras literárias .955 — Contemporâneos
.909 — História da literatura brasileira
869.96 —Epistolografia brasileira
869.961 — Período de formação (1500-1750)
869.91 — Poesia brasileira
869.9101 — Poética brasileira .962 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
.9102 — Poesia dramática .963 — Período romântico (1830-1870)
•964 — Período de reação (1870- )
.9103 — Poesia épica .
.9104 — Poesia lírica .965 — Contemporâneos
.9105 — Poesia didática -
869.97 —Humorismo brasileiro
.9106 — Poesia descritiva
.9107 — Poesia satírica e humorística 869.971 — Período de formação (1500-1750)
.9108 — Coleções de poesias. Florilégios .972 — Período de desenvolvimento (1750-1830)
.9109 — Histórias da poesia brasileira .973 — Período romântico (1830-1870)
869.911 — Período de formação (1500-1750) .974 — Período de reação (1870- )
.912 — Período de desenvolvimento (1750-1830) .975 — Contemporâneos
.913 — Período romântico (1830-1870)
869.98 — Poligrafia brasileira
.914 — Período de reação (1870- )
869.981 — Período de formação (1500-1750)
.915 — Contemporâneos
.982 — Período de desenvolvimento (1730-1830)
.983 — Período romântico (1830-1870)
869.92 —Teatro brasileiro
869.9208 — Coleções de peças teatrais .984 — Período de reação (1870- )
.9209 — História do teatro brasileiro .985 — Contemporâneos
170 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimai de Melvil Dewey — 171
g869.9 — Literatura galega 905 — Periódicos
Com as mesmas subdivisões de forma da literatura brasileira
906 — Sociedades: relatórios, atas etc,
907 — Estudo e ensino
870 — Literatura latina clássica. Literaturas de línguas itálicas 907.2 — Historiografia
871 — Poesia 908 — Coleções de HistóriaGeral
872 — Teatro (poesia e teatro dramático) 909 — História universal
873 — Épicos (poesia e ficção)
874 — Líricos (poesia) 910 — Geografia, viagens, explorações, descrições de países
875 — Oratória 910.02 — A terra (geografia física)
876 — Cartas 910,4 — Viagens. Turismo
877 — Sátira. Humor 910.92 — Viagens de exploração
878 — Miscelânea. Citações 911 — Geografia histórica
879 — Literaturas itálicas. Latina moderna e medie vai 912 — Mapas, atlas, planos de cidades, cartografia. Representa­
ções gráficas
880 — Literatura grega clássica. Literaturas de línguas helénicas. 913 — Antiguidades. Arqueologia. Geografia regional em geral
Trabalhos incluindo literaturas grega e latina devem ser classificados 914 — Geografia da Europa
em 880. 915 — Geografia da Ásia
881 — Poesia 916 — Geografia da África
882 — Teatro (poesia e teatro dramático) 917 — Geografia da América do Norte
883 — Épicos (poesia e ficção) 918 — Geografia da América do Sul
884 — Líricos (poesia) 918.1 — Geografia do Brasil
885 — Oratória 919 — Geografia da Oceânia e das Regiões Polares. Outras
886 — Cartas
887 — Sátira. Humor 920 — Biografias coletivas. Genealogia. Insígnias
888 — Miscelânea 920.1 — Bibliógrafos
889 — Grega moderna 920.2 — Bibliotecários
889.9 — Outras literaturas helénicas 921 — Filósofos. Psicólogos
922 — Religiosos. Santos
890 — Literaturas de outras línguas 923 — Sociólogos: chefes de Estado, estadistas, educadores, polí­
891 — Indo-euxopéias e línguas célticas ticos, financistas etc.
891.7 — Russa 924 — Filólogos
892 — Semíticas. Afro-asiádcas 925 — Cientistas: físicos, químicos, astrônomos, geólogos etc.
892.4 — Hebraica 926 — Engenheiros, médicos, agricultores, técnicos em geral
892.7 — Árabe 927 — Artistas
893 — Hamfticas 928 — Literatos
894 - - Uralo-altaicas, Turca. Húngara 929 — Genealogia. Heráldica. Insígnias
895 — Asiáticas. Sino-tibetanas NOTA: Para as biografias individuais usamos simples­
896 — Africanas mente o número “ 92” ou o símbolo “ B”
897 — Norte-americanas (literatura ameríndia) 930 — História antiga em gera! (500 A.D.)
898 - Sul-americanas (literatura ameríndia) 931 — China antiga
899 _ Malaio-polinésia, javanesa e outras línguas 932 — Egito antigo
932.01 — Egito antigo (até 322 A.C.)
900 — HISTÓRIA. GEOGRAFIA. BIOGRAFIA 932.02 — Egito antigo (322 A.C. —640 D.C.)
900 — História 933 — Palestina antiga.Judéia
901 — Filosofia, teoria etc. 934 — índia e Indochina antigas
901.9 — História da Civilização 935 — Mesopotâmia antiga. Medos e persas
902 — Compêndios. Cronologias. Miscelânea 936 — Norte da Europa e Península Italiana Ocidental
903 — Dicionários, enciclopédias 937 — Península Italiana e territórios adjacentes
904 - Còleçáo de fatos específicos (Ex. batalhas) 938 — História da grécia antiga
172 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 173

939 — Outras civilizações do mundo antigo (640 A.D.) 956.91 — Síria


Europa 956.92 — Líbano
— Guerra Mundial (I), 1914-1918 956,94 — Israel. Palestina
940.3
940.53 956,95 — Jordânia
— Guerra Mundial (II), 1939-1945
957 — Sibéria (Rússia Asiática)
941 — Escócia e Irlanda
941. J — Irlanda 958 — Ásia Central
958.1 — Afeganistão
942 — Inglaterra. Ilhas Britânicas
959 — Sudoeste da Ásia
943 — Alemanha. Europa Central
959.1 — Birmânia
943.6 — Áustria
943.7 — Tcheco-Eslováquia 959.3 — Tailândia
943.8 — Polônia 959.4 — Laos
943.9 — Hungria 959.5 — Malásia
944 — França 959.6 — Camboja
945 — Itália 959.7 — Vietnã
946 — Espanha, Península Ibérica 959.8 — Indonésia
946.9 959.9 — Ilhas Filipinas
— Portugal
947 — União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (compreende: Rús­
sia, Ucrânia, Azerbaijã, Geórgia, Letônia, Lituânia, Estônia, 960 — África
Moldávia, incluindo a Bessarábia, Armênia) 961 — Norte e Nordeste da África
947.1 — Finlândia 961.1 — Túnisia
948 — Escandinávia 961.2 — Líbia
948.1 — Noruega 962 — Egito. Países do Nilo
948.5 — Suécia 963 — Etiópia (Abissínia)
948.9 — Dinamarca 964 — Marrocos
949 — Outros países da Europa 965 — Argélia
949.1 — Islândia 966 — África Ocidental
949.2 — Holanda (Países Baixos) 966.1 — Mauritânia
949.3 — Bélgica 966.25 — Alto Volta
949.35 — Luxemburgo 966.3 — Senegal
949.4 — Suíça 966.5 — Guiné
949.5 — Gréda 966.6 — Libéria
949.6 — Estados Balcânicos 966.7 — Gana
949.61 — Turquia Européia 966.8 — Daomé
949.65 — Albânia 966.9 — Nigéria
949.7 — Iugoslávia e Bulgária 967 — África Central (Equatorial)
949.77 — Bulgária 967.11 — Camarão (Camerun)
949.8 — Romênia 967.3 — Angola
950 — Ásia 967.43 — Chade (Tchad)
951 - China e áreas adjacentes 967.5 — Congo Belga
951.9 — Coréia 967.51 — República do Congo
952 — Japão 967.62 — Quênia (Kenya)
953 - Península Arábica 967.9 — Moçambique
954 ' — índia. Sul da Ásia 968 — União Sul-Africana
954.9 — Paquistão 968.6 — Lesotho (antiga: Basutolândia)
954.93 — Ceilão 968.9 — Rodésia
955 — Irã (Pérsia) 968.97 — Niassalândia
956 — Sudoeste da Ásia 969 — Ilhas do Oceano índico
956.1 — Turquia Asiática 969.1 — Madagáscar
956.7 — Iraque
174 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 175
970 — América do Norte
991.4 — Filipinas
970.1 — índios
992 -
971 — Canadá 993 — Australásia em geral. Melanésia
972 — México e América Central 993.1 — Nova Zelândia
972.8 — América Central (Repúblicas etc.) 994 — Austrália
.81 — Guatemala 995 — Nova Guiné
.82 — Honduras Britânicas 996 — Poíinésia
.83 — Honduras 996.5 — Micronésía
.84 — S, Salvador (El Salvador) 996.9 — Pacífico (Centro-Norte) — Hawai
.85 — Nicarágua 997 — Ilhas do Oceano Atlântico e Antárticas
.86 — Costa Rica 998 — Regiões Árticas. Regiões do Pólo Norte
.87 — Panamá (República) 999 — Mundos extraterrenos
972.9 — índias Ocidentais. Antilhas. Ilhas Caraíbas. Ilhas do Atlântico
Ocidental 981 - HISTÓRIA DO BRASIL
.91 — Cuba
.92 — Jamaica e dependências 1. Classificação por períodos
.93 — Sâo Domingos (Republica Dominicana)
.94 — Haiti (República) 981.01 — Descobrimento. Colonização. Guerra holandesa (1500-1654)
.95 — Porto Rico 981.011 — Período primitivo (1500-1530)
.96 — Baanias 981.012 — Colonização (1530-1624)
.97 — Ilhas de Barlavento 981.02 — Povoamento. Bandeirantes (1654-1789)
.98 — Ilhas de Sotavento 981.03 — Conjuração mineira e outras rebeliões da mesma época
.99 — Bermudas (Ilhas Somers) (1789-1808)
981.04 — Vinda da família real. Brasil-reino (1808-1822)
973 — Estados Unidos da América
981.05 — Independência, D. Pedro I (1822-1831)
974 — E, U.: Estados do Nordeste (Nova Inglaterra)
981.06 — Regêndas (1831-1840)
975 — E. U.: Estados do Sudeste (Atlântico Sul)
981.07 — D. Pedro II (1840-1889)
976 — E, U.: Estados Meridionais do Centro (golfo) 981.08 — República
977 — E. U.: Estados Setentrionais do Centro (lagos)
978 — E, U.: Estados do Oeste (montanhas) 2. Classificação geográfica
979 — E. U.: Estados do Pacifico
981 — Brasil
980 — América do Sul 981.1 — Região Norte
981 — Brasil 981.11 — Rondônia (antigo Guaporé)
982 — Argentina. Patagônia 981.12 — Território do Acre
983 — Chile 981.13 — Estado do Amazonas
984 — Bolívia 981.14 — Roraima (antigo Território do Rio Branco)
985 — Peru 981.15 — Estado do Pará
986 — Países do Noroeste 981.16 — Território do Amapá
986.1 — Colômbia 981.2/981.3 — Região Nordeste
986-2 — Panamá (antes de 1903) (Ver 972.87) 981.2 — Região Nordeste Oddental
986.6 — Equador 981.21 - Estado do Maranhão
987 — Venezuela 981.22 — Estado do Piauí
988 — Guianas 981.3 — Região Nordeste Oriental
989 — Outras partes da América do Suí 981.31 — Estado do Ceará
989.2 — Paraguai 981.33 — Estado do Rio Grande do Norte
989.5 — Uruguai 981.32 — Estado da Paraíba
981.34 — Estado de Pernambuco
981.35 — Estado de Alagoas
990 — Oceânia. Regiões Árticas e Antárticas
991 — 981.36 — Território de Fernando de Noronha
981.4/981.5 — Região Leste
176 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 177

981.4 — Região Leste Setentrional Se tivermos que classificar as seguintes obras: um manual de hor­
981.41 — Estado de Sergipe tas e jardins, um ensaio de política e uma história da filosofia, apli­
981.42 — Estado da Bahia cando a divisão de forma, teremos, respectivamente, os números:
981.5 — Região Leste Meridional 635.02, 320.4 e 109.
981.51 — Estado de Minas Gerais
Dos exemplos citados é fácil concluir que para os assuntos cujos
981.52 — Estado do Espirito Santo
981.53 — Estado do Rio de Janeiro números não terminarem em 0, será suficiente acrescentar a divisão
981.6 — Região Sul de forma. Quando terminarem em 0, usaremos o número da divisão
981.61 — Estado de São Paulo de forma sem o 0 que o acompanha. Quando o número do assunto
981.62 — Estado do Paraná terminar por dois 00, substituiremos o último 0 pelo algarismo da divi­
981.63 — (Era o número do extinto Território do Iguaçu) são de forma
981.64 — Estado de Santa Catarina
981.65 — Estado do Rio Grande do Sul
Localização dos assuntos — Usando o mesmo critério da divisão
981.7 — Região Centro-Oeste de forma, podemos acrescentar, aos números dos diversos assuntos,
981.71 — {Era o número do extinto Território de Ponta Porã) o número de história do respectivo país, quando desejamos localizar
981.72 — Estado de Mato Grosso um assunto. Vejamos:
981.72« — Estado de Mato Grosso do Sul Condições econômicas do Brasil................................ 338.0981
981.73 — Estado de Goiás
981.74 — Brasília (Distrito Federal) Educação nos Estados Unidos.................................... 370,973
Arte na Itália................................................................ 709.45
Para se formar o número de qualquer capital é suficiente colocar o algarismo “ 1” Consultando a tabela de Dewey, temos os seguintes números para
após o número do Estado, Para formar o número de uma cidade, poremos o número os assuntos citados: 338, 370 e 700. Os números dados para a história
do Estado, seguido do algarismo “ 2” e da inicial da respectiva cidade. Se houver coinci­ dos países, também na mesma ordem, são: 981, 973 e 945.
dência de símbolo, colocaremos mais uma letra.
Ex,: 981.61 — S. Paulo (Estado) Com auxílio do 0 indicado na divisão de forma, podemos facil­
981.611 — S. Paulo (Capital) mente localizar qualquer assunto, como nos exemplos acima.
981.612Í — Itu
981.612p — Piracicaba
98L612pi — Pirajuf
índice resumido do 3? Sumário
Divisão de forma da Tabela Decimal*

O sistema de Dewey aconselha aplicar uma divisão de forma aos Acústica, 534, 781
números dos diversos assuntos, a qual é de grande utilidade, especial­ Administração biblioteconômica, 025
mente para a biblioteca que usa a tabela abreviada, pois estabelece uma Administração pública, 350
certa divisão entre as obras de determinado assunto, evitando que fi­ Aerodinâmica, 533
quem todas com o mesmo número de classificação. Aeromecânica, 533
Agricultura, 630
Divisão de forma: Alimento, 338, 641, 664
01 — Filosofia, teorias, princípios etc.
Alma, 128, 129
02 — Compêndios, manuais
Anatomia, 611
03 — Dicionários, enciclopédias Animais, 590, 636
04 — Ensaios, conferências, comentários etc, Antropologia, 572
05 — Periódicos, revistas etc.
Apicultura, 638
06 — Associações, relatórios etc. Aquecimento e ventilação, 621, 644, 697
07 — Educação, estudo, ensino etc. Arqueologia, 913
08 — Poligrafia, coleções
09 — História
(*) Os números correpondem à classificação.
178 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimai de Melvil Dewey — 179

Arquitetura, 720 Cooperativismo, 334


Arte culinária, 640 Cosmologia, 113
Artes, 700 Costumes e usos, 390
Artes e divertimentos, 700 Cristalografia, 548
Artes plásticas, 730 Cultura, 301.2
Assembléias, 328 Datilografia, 652
Associações beneficentes e sociais, 360 Decoração, 645, 729, 745, 747
Astronomia, 520 Democracia, 321.8
Autógrafos, 091 Demografia, 312
Bebidas, 178, 663 Desenho, 729, 740
Bíblia, 220 Devoção, 240
Bibliografias, 010 Direito, 340
Biblioteconomia, 020 Divertimentos, 790
Biografia (coletiva), 920 Doenças, 616
Biografia (individual), 92 Dogmas, 230
Biologia, 570 Ecologia humana, 301.3
Botânica, 580 Economia, 330
Caça e pesca, 639, 799 Economia doméstica, 640
Calor, 536, 551, 621 Economia política, 330
Camafeus, 736 Educação, 370
Caráter, 137 Educação religiosa, 268, 337
Carpintaria, 674, 694 Eleições, 324
Catalogação (livros), 025.3 Eletricidade, 537, 696, 621,3
Catálogos gerais, 010 Eletromagnetismo, 538
Catecismo, 238 Emoções, 151
Cerâmica, 666, 691, 738 Encadernação, 686
Cereais, 633 Encadernações raras, 095
Ciência política, 320 Encanamentos, 628, 696
Ciências aplicadas, 600 Enciclopédias gerais, 030
Ciências físicas e naturais, 500 Energia, 118, 531, 621
Ciências puras, 500 Engenharia, 620
Ciências sociais, 300 Ensino, 370
Cirurgia, 617 Entalhe, 736
Civilização, 901.9, 301.2 Escravatura, 326
Classificação (livros), 025.4 Escritórios comerciais (organização), 651
Clubes sociais, 367 Escultura, 730
Combustíveis, 662 Espaço (filosofia), 114
Comércio, 380, 650 Esportes, 790
Compreensão, 153 Essências, 668
Comunicações, 380, 621.38, 650 Estatística, 310
Concreto, 691, 693 Estradas, 385, 625
Condições econômicas, 338 Estuque, 693
Consciência, 126 Ética, 170
Construção prática, 690 Etnografia, 572
Contabilidade, 657 Etnologia, 572
180 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 181
Evolução, 213, 575 Indústrias químicas, 660
Exército, 355, 623 Informações gerais, 001
Ex-libris, 097 Instintos, 151
Farmacologia, 615 Instituições de assistência e sociais, 360
Filogenia, 575 Instrução pública, 379
Filosofia (ver na tabela as subdivisões para as diferentes línguas), 400 Intelecto, 153
Filosofia, 100 Intuição, 153
Filosofia (sistemas e doutrinas), 140 Jardins, 635, 712
Filósofos antigos, 180 Joalheria, 671, 739
Filósofos modernos, 190 Jogos, 790
Finanças, 332, 336, 351, 352 Jornais, 070
Física, 530 Jornalismo, 070
Fisiologia, 612 Ladrilhos, 666, 693
Fisiologia e higiene mental, 131 Leite e laticínios, 637
Folclore, 398 Línguas (estudo das), 400
Força, 118, 531, 537, 621 Literatura (ver na tabela as subdivisões para a literatura dos diversos países
Fósseis, 560 e para os vários gêneros literários), 800
Fotografia, 770 Livros raros, 090
Gás, 533, 665, 696 Lógica, 160
Geodésia, 526 Luz, 535, 621, 644, 665
Geografia, 910, 551 Magnetismo, 538
Geologia, 550 Manuscritos antigos, 091
Gomas, 668 Marcenaria, 674, 684, 694
Gorduras, 665 Marinha, 359, 387, 623
Gravuras, 760 Matemática, 510
Graxas, 664, 665, 667 Matéria (filosofia), 117
Herbáceas (culturas), 633 Materiais de construção, 691
Hidráulica, 532, 621 Mecânica, 521, 531, 621, 681
Hidrostática, 532, 621 Medicina, 610
Higiene geral e pessoal, 613 Memória, 153
Hinologia, 245, 783 Metafísica, 110
Hipnotismo, 154 Metafísica especial, 120
História antiga, 930 Metalurgia, 669
História da civilização, 901.9 Metodologia (filosofia), 112
História natural, 573, 574 Mineralogia, 549
História universal (ver na tabela as subdivisões para os diversos países), 900 Monumentos, 718, 725, 730
Homilética, 251 Museu, 069
Igreja (história), 270 Música, 780
Igrejas cristãs, 280 Navegação, 386, 387, 527, 533, 627, 629
Igrejas não-cristãs, 290 Numismática, 737
Imaginação, 153 Obras gerais, 000
Inconsciente, 127 Odontologia, 671.6
Incunábulo, 093 Óleos, 665
índios do Brasil, 572, 981 Ontologia, íl l
Indústria (organização), 650 óptica, 535, 681
182 — Organização e administração de bibliotecas Sistema decimal de Melvil Dewey — 183

Organização internacional, 341.1 Residência: aparelhamento e conservação, 643, 747


Ovos, 637 Resinas, 668
Países (ver classe), 900 Sabão, 668
Paleontologia, 560 Saúde pública, 614
Parlamentos, 328 Sericicultura, 638
Parques, 712 Sermões, 252
Partidos políticos, 329 Serviço postal, 383
Pastoral, 250 Serviço social, 258, 360
Patologia, 616 Sistemas fiiosóficos, 140
Pecuária, 636 Sociedades em geral, 060
Pedagogia, 371 Sociologia, 300
Penitenciárias, 365 Som, 534
Percepção, 152 Sonambulismo, 154
Periódicos gerais, 050 Sonhos, 154
Personalidade, 126, 137 Subconsciente, 127
Pesquisas sociais, 309.1 Taquigrafia, 653
Petrologia, 552 Teatros, 725, 782, 792
Pintura, 750 Telefone, 384, 621
Pintura de prédios, 698 Telégrafo, 384, 621
Piscicultura, 639 Tempo, 115, 529
Plantas, 591, 630, 716 Teologia natural, 210
Plantas (construção), 692, 725, 726, 727, 728 Terapêutica, 615
Poligrafia, 080 Termodinâmica, 536
Porcelanas, 666, 738 Terra, 525, 551
Práticas religiosas, 240 Tintas, 667
Prisões, 365 Tipografia, 655
Produção, 338
Produtos químicos, 661 Topografia, 526
Profissões mecânicas, 680 Trabalhos e trabalhadores, 331
Propaganda, 659 Transportes, 380, 629
Psicanálise, 130, 155, 158 Urbanismo, 710
Psicologia, 150 Usos e costumes, 390
Psicologia educacional, 370.15 Vernizes, 667, 698
Psicologia fisiológica, 130, 158 Veterinária, 619
Psicologia genética, 155 Vidraria, 666
Psicologia social, 301,15 Vontade, 153
Puericultura, 649 Zoologia, 590
Química, 540
Quimiotécnica, 660
Radiação, 535
Razão, 156, 153
Reformatórios, 364
Relações internacionais, 327
Religião, 200
Residência, 728
Tabela “PHA ” abreviada — 185

Para melhor servir aos que estão empenhados no trabalho de or­


ganizar bibliotecas, resolvemos acrescentar neste livro uma tabela
“ PHA” , abreviada, bastante suficiente para bibliotecas pequenas, onde
os leitores terão a abreviada de Dewey, para classificar as obras, e a
“ PHA” , para as identificar, dentro de seus respectivos assuntos.

19 Como usar a Tabela


TABELA “P H A ” ABREVIADA Examinando a tabela, vemos colunas de letras, alfabeticamente
dispostas, tendo no centro uma numeração crescente, de base decimal,
que serve para dar símbolo a ambas as colunas.
Desejando dar um símbolo a um sobrenome, procuramos na ta­
Explicação da Tabela bela a combinação de letras que mais se aproxime desse sobrenome e
Todos os que se interessam por organização de biblioteca conhe­ agiremos do seguinte modo para individualizar a obra: anotaremos o
cem o problema de se encontrar o livro desejado na estante. número de classificação da obra e, logo abaixo, a inicial do sobreno­
As bibliotecas mais antigas arranjam seus livros pela arrumação me do autor, seguida do número encontrado na tabela para esse sobre­
nome e, finalmente, a inicial do título da obra. Vejamos um exemplo:
fixa ou mista, casos em que o livro traz na lombada a sua localização.
a obra Classificação decimal, de autoria de Noêmia Lentino, terá o
Usamos denominar de “ número de chamada” o símbolo que en­ seguinte número de chamada:
contramos no dorso do livro, graças ao qual é ele colocado na estante.*
025.4
Vejamos exemplos de número de chamada, em bibliotecas que L59c
usam arrumação fixa ou mista. 025.4 Número de classificação de acordo com o Sistema De­
1) B Por este “ número de chamada” sabemos que o livro desejado se en- cimal de M. Dewey.
D contra na Sala B, Estante D, Prateleira 18, onde ele é o 27?. Portanto L Inicial do sobrenome da autora.
18 o primeiro símbolo representa a sala, o segundo a estante, o terceiro 59 N? encontrado na tabela “ PHA” abreviada, para es­
27 o número da prateleira e o quarto o número de ordem, na prateleira. se sobrenome.
c Inicial do título da obra.
2) 981 Neste segundo exemplo, o número de chamada, além da localização
B do livro apresenta um número que corresponde ao assunto do mes- Não encontrando um número exato para “ Lentino” , usamos en­
D mo (História do Brasil, de acordo com o Sistema Decimal de Melvil tão o número 59, que se aproxima e é anterior a ele, na ordem alfabéti­
18 Dewey). ca. Não devemos usar símbolo posterior ao sobrenome que procura­
27 mos identificar e, sim, o imediatamente anterior. Para alguns sobre­
nomes encontramos o número exato, como, por exemplo, “ Barros” : 28.
Porém, nas bibliotecas modernas, em que a preferência pela arru­
mação relativa** é indiscutível, torna-se necessário o uso de uma tabe­ Se precisássemos individualizar uma obra escrita por um autor de
la que individualize os autores dentro dos mesmos números de classifi­ sobrenome “ Rath" e outra de sobrenome “ Sampaio” , teríamos para
cação. Organizamos para realizar esse trabalho a Tabela “PHA ” tam­ a primeira o símbolo R18 e para a segunda S18. Vemos, então, que
o mesmo número serve para as duas colunas.
bém publicada pela T. A. Queiroz e que tem sido muito usada.***
Em uma biblioteca, dentro de determinada classe de assunto, dois
autores diferentes não podem ter o mesmo símbolo; precisamos
(*) O número de chamada é encontrado no dorso de cada volume, no verso da página
de rosto, junto da margem esquerda de todas as fichas dos catálogos do público e do distingui-los. Assim, a História do Brasil de Vicente Tapajós terá o se­
topográfico, nos bolsos e nos cartões que acompanham os volumes, nas bibliotecas cir­ guinte número de chamada:
culantes. 981
(**) A arrumação relativa reúne os livros nas prateleiras pelos assuntos e, dentro dos mes­
mos assuntos, pelos autores, e quando coincidem os assuntos e os autores pelos títulos T17h
de suas obras (ver capítulo 7). Caso a biblioteca receba outra História do Brasil de autor dife­
(***) Vide referência no Capítulo 4. rente, porém de sobrenome igual, precisamos fazer uma alteração no
V
186 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "PHA ’* abreviada — 187

símbolo para individualizar a obra recebida. Usaríamos o símbolo ime­ Seguindo o mesmo critério, identificaríamos os diversos volumes
diatamente anterior, ou o imediatamente posterior, ficando então este da obra Física teórica, de autoria de Gustav Jáger, do seguinte modo:
segundo autor com o símbolo “ 16” ou “ 18” ; outra solução será adi­
cionar mais um decimal, ficando o símbolo “ 173” , ou “ 174” etc. Pre­ 530 530
ferimos a primeira solução, pois não aumentaremos o número de alga­ J23f J23f
rismos no símbolo e a nossa experiência tem demonstrado que não são v. 1 v. 2
freqüentes os casos em que muitos símbolos coincidem dentro de uma
mesma classe, com exceção das obras de ficção e de biografias indivi­ No caso de recebermos um exemplar de uma obra que a bibliote­
duais, que são numerosas nas bibliotecas gerais. ca já tem, porém de edição diferente, poderemos colocar a data ou o
É comum encontrarmos obras de um mesmo autor, sobre um mes­ número da edição, no número de chamada. Se recebêssemos a 4? edi­
mo assunto, com títulos iniciados pela mesma letra. Quando for o ca­ ção da obra Como se organiza uma biblioteca, de autoria de Heloísa
so de apenas duas ou três obras, podemos usar mais uma segunda e de Almeida Prado, apresentaríamos do seguinte modo o seu número
terceira letras para identificar cada obra. Citemos o exemplo das obras de chamada:
de José de Alencar, Til e O tronco do ipê, que poderiam ter os seguin­
tes números de chamada: 020 ou 020
P91c P91c
F e F 4? 1963
A35t A35tr
Quando se tratar de um caso como o da série Tarzan, é preferível Com relação às antologias, em que as entradas são feitas pelos
usar algarismo, e teremos então tl, t2, t3, à medida que forem sendo títulos e não pelos compiladores, temos o problema de que muitos tí­
adquiridos os livros. Neste caso não haverá uma sequência alfabética tulos coincidem. Vejamos, por exemplo, a coleção “ Maravilhas do con­
dos títulos, mas as obras serão facilmente encontradas. Outra solução to universal” , composta de diversos volumes, como:
será aproveitar mais alguma palavra identificadora da obra e pôr a sua
inicial junto da inicial principal. Usando o mesmo exemplo teremos Maravilhas do conto árabe.......................... F
a série Tarzan, de autoria de Edgar Rice Burroughs, assim M25a
individualizada: Maravilhas do conto italiano....................... F
M25i
Tarzan no centro da terra....-.......................................... F Maravilhas do conto português................ . F
B97tc M25p
Tarzan e os homens formigas......................................... F
B97th Poderemos identificá-los colocando primeiramente a inicial do tí­
Tarzan, o invencível.................................... ................... F tulo, em seguida o símbolo numérico encontrado na tabela, correspon­
B97ti dente a essa primeira palavra do título e, depois, a inicial da palavra
Tarzan, o magnífico......................................................i F que identificará a coleção.
B97tm Quando precisamos individualizar suplementos e índices de obras,
Tarzan, o terrível........................................................ F devemos usar os mesmos números de chamada das respectivas obras,
B97tt
tendo abaixo a indicação de que se trata de suplemento ou índice.
Há também o problema de se identificarem as duplicatas e os di­ Exemplo:
ferentes volumes de uma obra. Vejamos os casos: se possuíssemos dois Se houvesse um suplemento ou um índice para uma obra cujo nú­
exemplares da obra Introdução ã psicologia educacional, de autoria mero de chamada fosse
de Noemy da Silveira Rudolfer, os números de chamada seriam:
015
370.15 e 370.15 M25b,
R85f R85i
e.2
188 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "P H A " abreviada — 189
assim seriam eles identificados: lugar do sobrenome do autor da genealogia. Digamos a obra Aponta­
mentos histórico-genealógicos sobre afamília Pacheco e Silva, por João
015 015 Baptista de Souza Filho, que será assim identificada:
M25b M25b
Supl. Ind. 929
Plls
No caso das biografias individuais, usa-se o número da tabela 929 classificação de genealogia
“ PH A ” para o sobrenome do biografado, porque, assim sendo, todas P inicial do sobrenome da família: Pacheco e Silva
as biografias de determinada pessoa ficam reunidas. Neste caso a iden­ 11 n? da tabela “ PHA” para esse sobrenome de família
tificação da obra será a inicial do biografado, o seu número e a inicial s inicial do sobrenome do autor da genealogia
do sobrenome do autor da biografia.
Críticas e comentários sobre obras também devem ficar junto das
Quando se tratar de autobiografia, usamos a inicial do autor (que respectivas obras. Para isso poderemos identificar a crítica pelo sobre­
é o próprio biografado) seguida apenas do número correspondente ao nome do autor da obra e não pelo sobrenome do crítico, e usaremos,
seu sobrenome. Exemplo desses dois casos: após a inicial do título da obra, a inicial do sobrenome de quem a criti­
cou ou comentou. Por exemplo, a obra Subsídios para a leitura dos
Joaquim Nabuco, por Gilberto Freyre, terá o seguinte número de Lusíadas, por J. Barbosa de Bettencourt, pode ser assim identificada:
chamada:
92 869.1
Nllf C19Lb
Minha vida e minha obra, por Henry Ford, terá:
A letra “ L” , correspondente à inicial do título “ Lusíadas” , está
92 em maiúscula para não haver confusão com o algarismo 1.
F79
Podemos também colocar um “ Y” maiúsculo depois do título da
De acordo com a arrumação relativa dos livros nas prateleiras, te­ obra e em seguida pôr a inicial do sobrenome do crítico. Nesse caso
remos, primeiro, a autobiografia de determinada pessoa e, depois, as o “ Y” simbolizará crítica. O exemplo citado ficaria assim:
biografias que outros dela escreveram. Se houver mais de uma auto­
869.1
biografia (isto é, um autor que escreva vários livros de memórias, ou C19LYb
autobiografias parciais), para não confundir umas com as outras, po­
deremos usar, para a primeira autobiografia que entrar na biblioteca, Para dicionários das obras, poderemos colocar o símbolo “ Z” do
o número do autor seguido da letra “ a” . Se houver mais de uma auto­ mesmo modo como foi explicado para se usar o símbolo “ Y” .
biografia, poremos “ a2” , “ a3“ etc. Se algum autor, cujo sobrenome Há bibliotecas que se interessam também por distinguir as tradu­
também comece pela letra A, escrever a vida desse mesmo autobiogra- ções das diversas obras. Pode-se facilmente executar esta identificação
fado, usaremos “ A ” (“ a” maiúsculo) para o seu sobrenome. Veja­ colocando-se, após a inicial do título da obra, a inicial da língua para
mos os exemplos que melhor esclarecerão esta explicação: Humberto a qual foi traduzida e, se ainda se desejar, a inicial do sobrenome do
de Campos escreveu suas Memórias: primeira parte e, depois de sua tradutor. É preferível colocar a inicial da língua em maiuscula.
morte, publicaram-se as Memórias inacabadas. Suponhamos que um Portanto, a obra O doente de cisma de Molière, traduzida por Cas­
autor de sobrenome “ Amaral” escreva uma biografia de Humberto tilho, pode ser identificada de diversos modos, de acordo com o crité­
de Campos. rio da biblioteca:
Teremos os seguintes números de chamada para os diversos casos:
842 Caso a biblioteca não se interesse por separar as diferen-
92 92 92 M73d tes traduções.
C21a C21a2 C21A 842 Se desejar separar as traduções segundo aslínguas.
M73dP
No caso de genealogias, também é preferível que se identifique a 842 Se, além de indicar a língua, desejar separar segundo o
obra pelo sobrenome da família que mereceu o estudo genealógico, em M73dPc tradutor.
190 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "P H A " abreviada — 191

Podem surgir casos na biblioteca em que seja dada preferência à B—C


identificação por outro sobrenome em lugar do sobrenome do autor
da obra. Por exemplo, podemos citar obras que mencionam teorias fi­ B 1 C Bix 55 Clas
losóficas de determinados filósofos, ou reproduções de determinados Ba 11 Ca B1 56 Cle
pintores etc. Seria mais interessante colocá-las junto às obras dos ditos Bachi 12 Cabr Blan 57 Cli
filósofos ou pintores do que identificá-las pelos sobrenomes dos que Bae 13 Cae Blast 58 Co
Bain 14 Cal Blef 59 Cobr
as escreveram. Agiremos, então, como no caso das biografias indivi­
Baldr 15 Cald
duais. O mesmo se dá com os catálogos e bibliografias de determina­ 16 Call Bio 61 Codi
Bati
dos autores, que devem receber como identificação a inicial do sobre­ Bani 17 Cam BIu 62 Coel
nome do autor catalogado, o número da tabela para esse sobrenome Baran 18 Camarg Boa 63 Coi
e a inicial do sobrenome do autor do catálogo ou da bibliografia. Barbi 19 Cami Boc 64 Col
Quando se tratar de entrada principal pelo nome de instituição, Bod 65 Colas
associação etc., para identificar a obra usaremos a inicial da respecti­ Barbosa 21 Campo Boes 66 Coli
va instituição, associação etc., seguida do número da tabela correspon­ Barci 22 Can Boj 67 Colli
dente à primeira palavra da mesma e, em seguida, a inicial do título Barg 23 Cant Bom 68 Colo
Barn 24 Cape Bon 69 Colon
da obra.
Barra 25 Car
Em se tratando de obra anônima, a individualização será pela ini­ Barreto 26 Cardo Bonn 71 Colt
cial do título, seguida do número da tabela correspondente à primeira Barri 27 Care Bor 72 Com
palavra desse título (nunca se considera o artigo inicial). Nesse caso, Barros 28 Cari Borg 73 Comp
nada poremos após o número da tabela, a menos que na mesma classi­ Bars 29 Carn Bon: 74 Con
ficação surjam diversas obras anônimas iniciadas pela mesma palavra, Bos 75 Conde
caso em que poderemos agir com o mesmo critério explicado para as Barz 31 Can Bot 76 Coni
antologias. Bass 32 Carv Bott 77 Conso
Bastos 33 Cas Bout 78 Conti
* # # Bau 34 Cast Bra 79 Copo
Be 35 Castr
Bed 36 Cati Bram 81 Corb
Nas páginas seguintes apresentamos a Tabela "Pha" abreviada. 37 Cav Brand 82 Cordel
Bel
Procuramos manter a mesma ordem na apresentação das letras, nesta Beli 38 Ce Bras 83 Con
tabela abreviada, que a usada na tabela desenvolvida. Por isso vemos Belo 39 Cer Bre 84 Cone
primeiramente as consoantes até o T, depois as vogais e, finalmente, Bret 85 Cors
as letras V, W, Q, X , Y e Z. Bene 41 Ces Bri 86 Corto
É claro que se recomenda, de preferência, a utilização da Tabela Bent 42 Ch Brin 87 Cost
"Pha" integral nos procedimentos profissionais de classificação e ca­ Bere 43 Chan Bro 88 Cosu
talogação em bibliotecas de porte médio ou grande, e mesmo nas pe­ BerI 44 Che Bros 89 Cotu
quenas com possibilidades ou projetos de ampliação e crescimento. Berr 45 Chi
Berte 46 Chie Bru 91 Couto
Bi 47 Chis Bruit 92 Cra
Bic 48 Chr Bu 93 Crav
Big 49 Ci Buen 94 Cres
Bui 95 Cris
Bin 51 Cid Bun 96 Cru
Bir 52 Cint Bur 97 Cub
Bis 53 Cl Burt 98 Cun
Bit 54 Ciar But 99 Cut
192 — Organização e administração de bibliotecas Tabela "PHA ” abreviada — 193

D—F G — H

D 1 F Did 55 Fiore G 1 H Goh 55 Hilt


Da 11 Fa Dieh 56 Fis Ga 11 Ha Gol 56 Hir
Dad 12 Fabr Dik 57 Fit Gad 12 Habes Goldg 57 Hirsh
Dai 13 Fad Dimo 58' Fitz Gai 13 Habu Golf 58 Hit
Dal 14 Fagu Dinan 59 Fî Gal 14 Haco Golo 59 Hiu
Dali 15 Fair Gale 15 Hae
Dam 16 Falb Gali 16 Haf Gom 61 Hoc
Damo 17 Falco Diniz 61 Flan Galv 17 Hai Gomi 62 Hock
Danes 18 Falk Dio 62 Fie Gamb 18 Hak Gonco 63 Hodo
Danj 19 Fals Dipe 63 Flet Gano 19 Hamm Gong 64 Hoer
Diss 64 Fli Gonz 65 Hofj
Diw 65 flor Gard 21 Hand Goodm 66 Hohl
Dant 21 Fan Do 66 Flori Garm 22 Hano Gordin 67 Holb
Dap 22 Fanto Doe 67 Fo Gas 23 Haral Gori 68 Holle
Dare 23 Fare Doi 68 Foe Gaus 24 Hare Gort 69 Holm
Dam 24 Farie Doli 69 Fogg Gaz 25 Harlo
Das 25 Faro Ge 26 Harris Gote 71 Holth
Dau 26 Fat Geid 27 Haru Gotte 72 Hom
Davi 27 Faus Dome 71 Folg Gele 28 Hass Goulo 73 Homo
Davie 28 Favo Domini 72 Foil Gene 29 Hato Gove 74 Hone
Davis 29 Fay Donat 73 Folm Gra 75 Hoo
Dono 74 Fonk Geor 31 Haun Grad 76 Hop
Dorg 75 Font Geri 32 Haut Grai 77 Hopp
Daw 31 Fe Dors 76 Fontao Gerv 33 Hayd Grand 78 Horg
De 32 Fef Doun 77 Fonti Gha 34 Hea
Deb 33 Fein Dox 78 Fonz Gi 35 Hec Grant 79 Horo
Dec 34 Fel Dr 79 Fore Giai 36 Hee Grasso 81 Horv
Ded 35 Felin Giann 37 Heid Gray 82 Hosp
Deg 36 Felix Gibe 38 Hein Green S3 Hou
Deh 37 Fello Dran 81 Fori Gig 39 Heit Greip 84 Hov
Delar 38 Fenn Dre 82 From Gres 85 Hr
Dele 39 Fere Dreu 83 Forni Gim 41 Helc Gri 86 Hu
Dri 84 Fort Gior 42 Helli Gril 87 Hue
Dron 85 Fortu Gip 43 Hemm Grinf 88 Hueg
Delian 41 Fem Drun 86 Fou Gis 44 Henk Griso 89 Hui
Deln 42 Ferr Duar 87 Frag Gla 45 Henro
Delpo 43 Ferrari Due 88 Fran Glat 46 Her Grom 91 Hume
Dem 44 Ferrei Dud 89 Franch Gler 47 Herk Grossi 92 Huno
Demo 45 Ferri Glog 48 Hera Grue 93 Hur
Denn 46 Fet Duer 91 Frank Gruns 94 Hurp
Deq 47 Fid Dum 92 Fras Glud 49 Hert Guas 95 Hus
Derr 48 Fier Dun 93 Free Gobbi 51 Hes Guel 96 Hussi
Dess 49 Figueire Duo 94 Fren Goc 52 Heu Gug 97 Hute
Dur 95 Frio Godin 53 Hey Guin 98 Hutti
Devi 51 Fil Duri 96 Fros Goeh 54 Hie Gust 99 Hy
Dhe 52 FiU Dut 97 Fuh
Dias 53 Fin Duv 98 Fup
Dib 54 Fino Dwo 99 Fus
194 — Organização e administração de bibliotecas
Tabela “P H A ” abreviada — 195
J - K
L —M
J 1 K Jes 55 Keyes
56 Kh L 1 M Leite 55 Mest
Ja 11 Ka Jesus La 11 Lell
57 Ki Ma 56 Meyer
Jab 12 Kab Jim Labe 12 Macedo
Joa 58 Kie Lemes 57 Mich
Jac 13 Kac Lacas 13 Mach Len 58 Mik
Jack 14 Kad Job 59 Kier Lacer 14 Made Lent 59 Mill
Jackson 15 Kae Laer 15 Macy
Jaco 16 Kaf Lae 16 Mae Leonei 61 Milo
Jacobi 17 Kag Joe 61 Kil 17 Magar
Lag Ler 62 Minh
Jacobs 18 Kahn Jof 62 Kim Lagos 18 Magu Lese 63 Mio
Jacq 19 Kai Joh 63 Kin Lait 19 Maie Leuz 64 Miran
John 64 King Levy 65 Mirg
Johnson 65 Kir Lai 21 Maid Lia 66 Misi
Jae 21 Kaie Jol 66 Kis Lamar 22 Mall Libo 67 Mitr
Jaf 22 Kall Jones 67 Kit Lami 23 Mam Lid 68 Miz
Jag 23 Kam Jor 68 Kiv Land 24 Mane Lif 69 Mod
Jago 24 Kan Jorda 69 Kla Lands 25 Mant
Jai 25 Kant Lang 26 Marb Lim 71 Moe
Jak 26 Kap Jorge 71 Kle Langer 27 Marcon Line 72 Mohi
Jal 27 Kar Joseph 72 Klei Lanni 28 Marg Lino 73 Mole
Jame 28 Kann Jost 73 Klis Lanz 29 Marin Lipo 74 Mollo
James 29 Karr Jot 74 Klo Lisb 75 Mone
Jou 75 Kna Lanzo 31 Marm Liu 76 Mons
Jami 31 Käst Jouv 76 Kne Lapos 32 Marr Lla 77 Monteb
Jan 32 Kauf Jov 77 Kni Larac 33 Mart Lohnt 78 Montel
Jane 33 Kea Joy 78 Kno Laron 34 Martino Loc 79 Montet
Jank 34 Kee Joyce 79 Know Lase 35 Marto
Jann 35 Keh Lask 36 Masc Lodo 81 Moo
Jano 36 Kei Lasse 37 Mass Lof 82 Moraes
Jans 37 Keil Joz 81 Koc Lat 38 Mati Loj 83 Moras
Janu 38 Keller Jua 82 Koe Laue 39 Matto Lon 84 Morel
Jap 39 Kello Jub 83 Koes Lop 85 Mori
Juc 84 Kof Laur 41 Man Lopo 86 Mors
Jud 85 Kob Laus 42 May Loret 87 Moss
Jar 41 Kels Juds 86 Koo Lavi 43 Me Lora 88 Mou
Jard 42 Kem Jue 87 Korn Law 44 Medi Löss 89 Mourao
Jarr 43 Ken Jule 88 Kos Laws 45 Mein
Jas 44 Kent Juli 89 Kov Lazz 46 Mel Lott 91 Moz
Jaw 45 Keny Leal 47 Meli Lou 92 Mug
Jay 46 Kep Jullian 91 Kra Leb 48 Mellor Lour 93 Munh
Jean 47 Ker Jung 92 Kre Lebs 49 Mendo Lous 94 Munt
Jeans 48 Kerr Junk 93 Kri Lovi 95 Mure
Jef 49 Kes Junqueira 94 Kro Led 51 Menez Lu 96 Murp
Jur 95 Kra Lef 52 Meo Luci 97 Musar
Jen 51 Kesh Juss 96 Krun Leh 53 Mere Luk 98 Mussi
Jenn 52 Kess Just 97 Kub Leik 54 Mery Lus 99 Muz
Jens 53 Ket Juv 98 Kuh
Jer 54 Key Juz 99 Ky
196 — Organização e administração de bibliotecas Tabela “PHA " abreviada — 197

N—P R—S

N 1 P Nicole 55 Persi R 1 S Roberts 55 Shelt


Na 11 Pa Nicot 56 Pesa Ra 11 Sa Robo 56 Ship
Nace 12 Pachi Niels 57 Pest Rad 12 Sabi Roch 57 Side
Nadi 13 Pad Niet 58 Peti Rai 13 Sadl Rocher 58 Silva
Nagat 14 Pae Nigl 59 Petrin Ramo 14 Sail Rod 59 Silve
Naj 15 Paget Rams 15 Sainz
Nam 16 Pah Nik 61 Petz Rano 16 Sali Rodr 61 Simi
Nano 17 Paix Nine 62 Pfa Raq 17 Salom Roe 62 Simp
Narci 18 Palat Nir 63 Pfi Rast 18 Samb Rogério 63 Sir
Nas 19 Pall Nisk 64 Pho Raum 19 Sanch Roisen 64 Sle
Niu 65 Picc Role 65 Sne
Nash 21 Palo No 66 Pick Ravi 21 Sando Roln 66 Sob
Nasti 22 Pans Noble 67 Piep Re 22 Sann Romb 67 Solar
Nati 23 Pape Noce 68 Piers Rebei 23 Santo Rond 68 Somo
Navarr 24 Paran Noe 69 Pilli Rebou 24 Säo Roq 69 Sore
Ne 25 Parel Redi 25 Sarf _
Neb 26 Park Nogue 71 Pimo Reggi 26 Sarto Rosaa 71 Souto
Nebo 27 Parq Noir 72 Pinho Reh 27 Saty Rosem 72 Spa
Ned 28 Pascar Nolle 73 Pto Reicher 28 Savoy Rosi ■ 73 Sper
Neg 29 Pasi Noo 74 Pire Reihe 29 Sca Rosse 74 Spin
Norb 75 Pirr Rot 75 Spo
Negre 31 Pasqui Noren 76 Pitt Reis 31 Scarp Rott 76 Squ
Negri 32 Passos Noroz 77 Pla Rej 32 Schae Rouso 77 Stac
Nei 33 Pat Nos 78 Plaz Renk 33. Schat Rovir 78 Stai
Nej 34 Pall Noth 79 Po Rese ■ . 34 Schei Rox 79 Stanl
Nelt 35 Paule Revo 35 Schev
Nen 36 Paup Nouth 81 Poh Rhe . 36 Schil Rozem 81 Stau
Nes 37 Pea Novah 82 Pole Ribey - 37; Schli Ru 82 Ste
Nest 38 Pece Novels 83 Polito Rice '■ 38 Schmit Ruben 83 Steg
Neu 39 Pede Novin 84 Polu Riehe 39; Scho Rubio 84 Steini
Novu 85 Pompeo . Rudge 85 Sten
Neumar 41 Pedre Now 86 Pontu Rico ,;.r. 41 Sehr Rue 86 Stemf
Nev 42 Pedu Nua 87 Porch Riem 42 Schur Ruggi 87 Stew
Nevi 43 Peixo Nud 88 Porti Rile ■: V 43 Schwe Ruic 88 Stoc
Newbu 44 Pelle Nugg 89 Post Rin 44 Scott Rumo 89 Stran
Newh 45 Pelu Rins 45 Sec
Newm 46 Penna Null 91 Pra Ripp 46 Sei Rupi 91 Stri
Ney 47 Pente Nund 92 Pral Ris 47 Sem Rusi 92 Stu
Ni 48 Pera Nunez 93 Praz Riso 48 Seni Russo 93 Stux
Nibo 49 Perei Nur 94 Preti Risu 49 Sere Ruth 94 Sud
Nus 95 Prim Ruz 95 Suit
Nice 51 Peres Nusse 96 Prot Ritti - 51. Serre Ryck 96 Suri
Nici 52 Perid Nutri 97 Pu Rive 52 Setti Rye 97 Sutt
Nicko 53 Pern Nyd 98 Pui Riz 53 Sey Rym 98 Swi
Nicolai 54 Perri Nyp 99 Put Rizzo 54 Sham Ryo 99 Syr
198 — Organizaçâo e administraçâo de bibliotecas Tabela “P H A ” abreviada — 199
T —A E—I
T 1 A To 55 Ana E 1 I Era 55
Ta 11 Aa 56 Ando Iaz
Toe Ea 11 lab Erc 56
12 Abe Todh 57 Andrai Ipa
Tac Eas 12 lac Erd 57 Ipe
Taf 13 Abi Tole 58 Andreu Ere
Eat 13 lad 58 Ipi
Tais 14 Abram Toll 59 Angeli 14 Iae Erg 59
Tall 15 Abu Eba Ipo
Tambo 16 Ach Tom 61 Angu Ebel 15 Iam
Tani 17 Act Tomm 62 Ann Eber 16 lan Erh 61 Ippol
Tapp 18 Add Tonio 63 Ant Ebl 17 Iann Eric 62 Iran
Tardi 19 Adv Torq 64 Antoni Ebo 18 Iasi Erid 63 Iren
Torri 65 Ape Eca 19 Iaz Erli 64 Irg
Tasi 21 Aga Tot 66 Appo Erm 65 Iri
Tau 22 Ago Tout 67 Ara Ech 21 Ib Erne 66 Irl
Tavé 23 Agui Tra 68 Aranh Eco 22 Ic Emest 67 Irm
Taylor 24 Ah Tral 69 Arau Eda 23 Ie Erri 68 Ira
Tebe 25 Aie Ede 24 Ierv Ert 69 Iro
Td 26 Aiz Trau 71 Arch Eder 25 lez
Tej 27 Akir Tred 72 Ard Edm 26 lg Erw 71 Irt
Ten 28 Alari Très 73 Ares Efa 27 Ign Esa 72 Irv
Teof 29 Albert Trevo 74 Argo Hgas 28 Ik Esco 73 Isa
Tril 75 Arist Ego 29 lia Esper 74 Isai
Terp 31 Albuq Tro 76 Armen Espind 75 Isen
Tes 32 Alcant Trap 77 Arne Egy - 31 Imp Espinh 76 Iser
Teu 33 Alrin Tru 78 Amou Ehr 32 Ina Espino 77 Ish
Tha 34 Aldri Trum 79 Arons Eic 33 Ine Espir 78 Isi
The 35 Alek Eid 34 Ind
Thet 36 Ales Try 81 Arri Espos 79 Isle
Thil 37 Alf Tu 82 Arme Eig 35 Ine
Thom 38 Alg Tul 83 Artm Eiras 36 Infan Esq 81 Ism
Thomp 39 Ali Tup 84 Asch Eisen 37 Ing Esse 82 Isn
Tume 85 Ash Ekm 38 Inglez Estef 83 Iso
Thor 41 Alim Turq 86 Asp Eks 39 Ingr Estev 84 Isold
Thum 42 Allan Tus 87 Assu Estrel 85 Ita
Tibi 43 Alles Tut 88 Astr Elias 41 Ini Etz 86 Iti
Tien 44 Alls Tuv 89 Atk Elie ' 42 Inn Euel 87 Ito
Tij 45 Almen Eil 43 Inno Eugen 88 lug
Till 46 Alp Tuz 91 Au Eis 44 Inoc Euse 89 Iun
Tils 47 Alv Twel 92 Aud Ente 45 Inou
Timi 48 Alve Twit 93 Aug Emi 46 Inser Euz 91 Ivan
Tind 49 Amad Twoy 94 Aule Eng 47 Inst Eva 92 Ivar
Ty 95 Aust Engel 48 Inta Evans 93 Iver
Tir 51 Amar Tyd 96 Auw Eni 49 Inui
Tis 52 Amaran Tyk 97 Aver Evar 94 Ivy
Tit 53 Ambro Tyo 98 Ayr Ewb 95 Iw
Titt 54 Amo Tyt 99 Azi Eno 51 Inz Ex 96 ly
Ern- 52 Ion Ey 97 Iza
Epe 53 Ior Ezeq 98 Izo
Bpi 54 Iov Ezi 99 Izz
200 — Organização e administração de bibliotecas Tabela '‘PHA ” abreviada — 201

O —U V — W

0 1 U Olivier 55 Unw V 1 W Velli 55 Wetter


Oa 11 Ua Olivio 56 Unz Va 11 Wa Ven 56 Weyg
Ob 12 Uba Olivo 57 ■ Upj Vac 12 Wad Vene 57 Whee
Obei 13 Ubal OH 58 Upt Vacch 13 Waen Ver 58 Whit
Ober 14 Ube Olle 59 Ura Vacho 14 Wah Verd 59 Whith
Obs 15 Ubi Vadin 15 Wain
Oca 16 Ucc Olm 61 Uran Vaer 16 Wajm Verga 61 Whittak
Och 17 Uce Ols 62 Urb Vag 17 Waldn Veri 62 Wia
Oco 18 Uch Oltr 63 Urban Vago 18 Wall Vero 63 Wide
Oda 19 Uchoa Om 64 Urbani Vai 19 Wals Verso 64 Weig
Ome 65 Urbano Vesp 65 Wiesn
Ode 21 Ud Ona 66 Urbi Vaini 21 Wan Vetu 66 Wilco
Odi 22 Udl One 67 Urc Vaji 22 Wans Viann 67 Wilk
Odiv 23 Ue Ono 68 Ure Val 23 Ware Vicen 68 Willar
Oe 24 Uel Opi 69 Uren Valdi 24 Warm Vida 69 ,, Williams
Oeh 25 Uen Valent 25 Warp
Oel 26 Oga Opp 71 Ures Valh 26 Wars Vidn 71 Willks
Ofa 27 Ugl Or 72 Uri Vail 27 Warw Vieit 72 Wilt
Oga 28 Ugol Orb 73 Urios Vails 28 Wasi Vige 73 Wine
Ogi 29 Ugr Ore 74 Um Valve 29 Wassm Vigo 74 Wink
Orci 75 Uro Vilari 75 Winw
Ogu 31 uhi Ord 76 Urp Vane 31 Waterm Villa 76 Wirz
Oha 32 uib Ore 77 Urq Vane 32 Watk Villar 77 Wisl
Ohi 33 Ulb Ori 78 Um Vani 33 Wats Villel 78 Witi
Ohl 34 Ulhoa Orl 79 Urs Vanm 34 Watt Vine 79 Wittm
Oid 35 Uli Vanr 35 Watts
Oka 36 Ulis Orn 81 Urso Vansi 36 Waut Virg 81 Wo
Ola 37 Ull Oro 82 Ursz Vantr 37 Wayn Vital 82 Woe
Olav 38 Ulm Ors S3; Usa Vanw 38 Web Vitt 83 Wol
Oli 39 Ulp Orse 84 Ush Vao 39 Wec Vivan 84 Wolfg
Orsi 85 Usm Via 85 Wom
Oliva 41 Ulr Orso 86 Usp Var 41 Wee Vod 86 Woods
Olivan 42 UIs Ort 87 Usu Varel 42 Wefe Vogl 87 Word
Olivar 43 Umb Orte 88 Usz Van 43 Wei Voit 88 Worn
Olive 44 Und Ortiz 89 Ut Varro 44 Weil Voli 89 Worts
Oliveira 45 Une Vasconi 45 Weins
Oliveira C. 46 Ung Osc 91 Utch Vasq 46 Weissi Vona 91 Wot
Oliveira F. 47 Ungar Oso 92 Ute Vasso 47 Weib Vons 92 Wr
Oliveira L. 48 Unge Oss 93 Uth Vato 48 Wello Vose 93 Wres
Oliveira P. 49 Ungl Ost 94 Uti Vav 49 Wemo Votl 94 Wro
Osw 95 Utr Voul 95 Wu
Oliveira R. 51 Univ Ot 96 Uv Ve 51 Weni Vra 96 Wuln
Oliveira T. 52 Unt Otto 97 Uw Ved 52 Werg Vro 97 Wy
Oliver 53 Unter Ov 98 Uy Veil 53 Wes Vulc 98 Wyk
Olivi 54 Unti Oz 99 Uz Velc 54 Westin Vut 99 Wyn
202 — Organização e administração de bibliotecas Tabela “PHA ” abreviada — 203

Q —X Y—Z

Q 1 X Quet 55 Y 1 Z Yon 55 Zeni


Qe 11 Xa Quev 56 Yab 11 Za Yonge 56 Zeno
Qi 12 Xam Qui 57 Yac 12 Zab Yonge M. 57 Zep
Qua 13 Xand Quil 58 ' Yad 13 Zabe Yop 58 Zer
Quab 14 Xando Quill 59 Yag 14 Zabr Yor 59 Zeu
Quac 15 Xar Yah 15 Zac
Quad 16 Xav Quim 61 Yal 16 Zacc York 61 Zev
Quadr 17 Xavier Quin 62 Yale 17 Zach Yorks 62 Zi
Quadros 18 Xavier C. Quine 63 Yam 18 Zacr Yos 63 Zie
Quadrot 19 Xavier F. Quine 64 Yamas 19 Zade Yot 64 Zig
Quint 65 Yott 65 Zil
Quag 21 Xavier L. Quintal 66 Yamaw 21 Zae You 66 Zim
Quai 22 Xavier P. Quintan 67 Yan 22 Zaf Young 67 Zin
Qual 23 Xavier R. Quintani 68 Yane. 23 Zag Young F. 68 Zip
Quan 24 Xavier T. Quinte 69 Yang 24 Zah Young M, 69 Zir
Quar 25 Xe Yanhi 25 Zak
Quares 26 Xel Qnintél 71 Yank 26 Zal Young R. 71 Zis
Quartim 27 Xen Quinti 72 Yao 27 Zam Younger 72 Zit
Quartim M. 28 Xer Quintili 73 Yap 28 Zamo Younis 73 Zoc
Quartin 29 Xes Quintin 74iv Yar 29 Zamp Yount 74 Zocc
Quinto 75 v Yous 75 Zof
Quas 31 Xi Quinz 76 Yard 31 Zan Youss 76 Zog
Quatr 32 Xil Quip 77 Yarm 32 Zane Youst 77 Zol
Quatrí 33 Xim Quir 78 Yars 33 Zanf Ypr 78 ZOE
Quatt 34 Ximenes Quirino 79 Yas 34 Zang Yr 79 Zop
Que 35 Ximenes M. Yat 35 Zani
Queb 36 Ximenez Quirino M 81 Yate 36 Zano Ys 81 Zor
Qued 37 Ximenez M. Quiro 82 Yaz 37 Zap Yu 32 Zos
Quee 38 Xir Quis 83 Yazi 38 Zapp Yuf 83 Zr
Quei 39 Xis Quit 84 Yb 39 Zara Yuh 84 Zs
Quitt 85 Yuk 85 Zu
Queir 41 Xo Quo 86 Yea 41 Zarc Yula 86 Zuc
Queiroz 42 Xoi Quoi 87 Ye 42 Zard Yule 87 Zuk
Queiroz C. 43 Xon Quor 88 Year 43 Zare Yuli 88 Zul
Queiroz F, 44 Xor Quos 89 Yeat 44 Zari Yum 89 Zup
Queiroz L. 45 Xud Yeg 45 Zav
Queiroz P. 46 Xug Quot 91 Yem 46 Zay Yuna 91 Zuq
Queiroz R. 47 Xun Qup 92 Yep 47 Ze Yunes 92 Zur
Queiroz T. 48 Xur Qur 93 Yer 48 Zee Yung 93 Zuz
Quel 49 Xy Qut 94 Yet 49 Zeg Yunis 94 Zv
Quv 95 Yuq 95 Zwa
Quen 51 Quy 96 Yoa 51 Zel Yur 96 Zweig
Quer 52 Qva 97 Yod 52 Zell Yut 97 Zwi
Queri 53 Qvi 98 Yoe 53 Zem Yve 98 Zwo
Quest 54 Qy 99 Yol 54 Zen Yvo 99 Zy
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(*) As subdivisões da tabela de classificação, relativas ãs literaturas brasileira, portugue­


sa e hispano-americana e à História do Brasil, foram apresentadas de acordo com este
trabalho. A classificação geográfica do Brasil obedeceu ãs atuais determinações da Co­
missão brasileira da classificação decimal universal.
206 — Organização e administração de bibliotecas

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Miranda, Antônio, Planejamento bibliotecário no Brasil — 1977. Biblioteca universitária, 13-21
Anônimas (Obras), 58-60
Moraes, Rubens Borba de, O bibliófilo aprendiz — 1965. Apêndices, 40 Bibliotecas (Instalação de), 10, 11, 129
Moshier, Louise Marion, The Small Public Library — 1942. Aquisição, 26 Biografias (Classificação de), 36
Panalosa, Fernando, Seleção e aquisição de livros — 1961. Arquivamento alfabético de fichas, Biografias (Identificação), 36
138-140 Bolso do livro, 88, 89
Penna, Carlos Victor, Catalogación y clasificación de libros — 1949.
Arrumação dos livros nas prateleiras,
Pfromm Netto, Samuel, A biblioteca como instrumento de tecnologia educa­ 36, 92-94 C
cional — 1974. Arrumação fixa, 92
Póvoa, Neyde Pedroso, Catalogação de material audiovisual — 1971. Arrumação mista, 93 Cabeçalhos de assuntos, 77-79
Schur, H., Education and Training o f Information Specialists for the 1970*s Arrumação relativa, 92 Cartão do livro, 88, 89
Artigos (Catalogação e Indexaçao), 103, Casas editoras, 80
— 1973. Catalogação, 38-87
104
Sears, M. Earl, List o f Subjet Headings for Small Libraries — 1944. Assunto (Analíticas de), 67-69 Catálogo coletivo, 85
Selva, Manuel, Tratado de bibliotecnia — 1944. Assunto (Fichas de), 62 Catálogo dicionário, 4, 39
Shepard, Marietta Daniels, Estúdios y conocimientos en acción — 1958. Assunto (Remissivas de), 72-75 Catálogo para uso do bibliotecário, 41
Assunto (Rubricas de), 77-79 Catálogo sistemático, 4, 38, 65
Shepard, Marietta Daniels, “La infra-estructura bibliotecológica de los siste­ Circulação (controle da), 116
mas nacionaies de información” -—In; Planeamiento nacional de servi­ Assunto (Escolha de), 66
Autor (Analíticas de) 67 Classificação, 33-37
dos bibliotecários, V. 1, 1972. Autor (Catálogo de), 41 Classificação decimal universal, 33
Souza, Ruth Villela, Biblioteca escolar —- 1960. Autor (Fichas de), 44-48, 53, 54, 61, 63, Colação, 49 a 51
Strauss, Lucille J., e outros, Scientific and Technical Libraries — 1964. 64, 70 Coletâneas, 58
Autor (Posição na ficha), 42, 43 Companhias (como autoras), 81
Viswanathau, C. G., An Introduction to Public Library Organization — 1961. Compra, 26
Autor (Remissivas de), 59, 70
Wheeler, J. Louis, e Herbert Goldhor, Administraciónprácticade bibliotecas Autores (Obras escritas por dois), 46, Constituições, 83
públicas — 1970 47 Conteúdo, 54, 55, 61-64
Wheeler, J. Louis, The American Public Library Building — 1941, Autores (Obras escritas por mais de Corporações (como autoras), 81
White, Carl M., Bases o f Modem Ltbrarianship — 1964. dois), 46, 47
Autores coletivos, 81 D
Wilson, Louis Round, e Maurice F. Tauber, La biblioteca universitária — 1963.
B Data de entrega, 88, 90
Decretos, 83
Bibliotecas (Planejamento de), 9-25, Descartados (livros, mapas etc,), 117
129, 130 Descritores, 110
Bibliografia, 205, 206 Doações, 26, 28
índice analítico — 209
208 — Organização e administração de bibliotecas
Tombo (Livro de), 30, 32
Doações {papeletas de), 88, 90 Séries, 52
Material de escritório e técnico para bi­ Sistema decimal de Melvil Dewey, Tombo (Número de), 31
Duplicatas, 82
blioteca, 24, 25 141-177 Topográficas, 56, 83
Material especializado, 119-128 Sociedades (como autoras), 81 Tratados, 83
E
Microfilmes, fitas, discos etc., 119-128 Sumário, 40
Móveis para bibliotecas, 10, 11, 129, 130 U
Edição, 44
Empréstimo, 113-117 T
N Unitermo (método de arquivamento),
Encadernação, 22-24 107
Entrada secundária, 61-64 Texto, 40
Espaços (em redação de fichas), 42-64, Notas bibliográficas, 40 Título, 44
Notas de rodapé, 40 V
85-87 Título (Analíticas de), 68
Estampas, 97 Notas marginais, 40 Título (Entrada principal), 58-59
Número de chamada, 36, 91 Volumes (Catalogação de obras em vá­
Estatística, 22 Título (Ficha de), 61
Título (Remissivas de), 71, 72 rios), 62
Etiquetas, 91 Volumes (Catalogação de obras em um
Ex-Übris, 88, 90 O Titulo alternado, 44
Tombamento, 30-32 só volume), 83
Obras (Entradas de), 31 Tombo (Ficha de), 31 Volumes (Entrada de), 30
F
Organização, 3, 5
Organograma, 7
Ficção (Classificação), 37
Fichas (tamanho), 39
P
Fichas (redação de), 42-64, 85-87
Fichas principais ou matrizes, 42
Página de rosto, 40
Fichas principais ou matrizes (Desdo­
Páginas preliminares, 40
bramento), 62-64
Perdas, 116
Folhetos, 1Ó5
Periódicos, 98-102
Permuta, 26, 29
I
PHA (Tabela abreviada), 36, 184-205
Pista, 55
Identificação (Catálogo de), 76, 77 Pontuação, 85-87
Identificação (do livro classificado), 35 Prefácio, 40 ^
Identificação (do mapa classificado), 96
Pseudônimos, 59 ;
Ilustração, 51
Publicações oficiais (Catalogação de),
Imprenta, 44, 48 83
Indexação de artigos, 103, 104
índice, 40
índice resumido do 3? Sumário da Ta­ Q .
bela Decimal, 177-183 Quadro das fichas para os vários catálo­
Instituições (como autoras),. 31 gos, 41
Introdução, 40
ISBN (Número internacional para li­ ' R
vro), 131-133
Recortes, 105, 107
L Referência (Coleção de), 3T, 114
Registro de entrada, 30
Leis, 83 Relatório, 22
Lettering, 91 Remissivas (fichas), 70-76
Livros descartados, 117 Remissivas (Registro de), 75
Localização de assuntos, 177 Reparação, 22, 23
Rubricas de assunto, 77-79
M

Maiusculas (Uso de), 40


Manual de serviços, 7 Seleção, 26
Separatas, 107

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